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A Lei de Financiamentos Imobiliários 9514
A Lei de Financiamentos Imobiliários 9514
estabelece que:
Art. 5º As operações de financiamento imobiliário em geral, no âmbito
do SFI, serão livremente pactuadas pelas partes, observadas as
seguintes condições essenciais:
Nos termos do art. 478 do Código Civil "nos contratos de execução continuada
ou diferida, se a prestação de uma das partes se tornar excessivamente onerosa, com
extrema vantagem para a outra, em virtude de acontecimentos extraordinários e
imprevisíveis, poderá o devedor pedir a resolução do contrato".
Temos que notar que historicamente, o IGP-M é fixado para reajuste, tendo
percentual de 5 a 10%, conforme tabela abaixo:
2011: 5,09%
2012: 7,81%
2013: 5,52%
2014: 3,67%
2015: 10,54%
2016: 7,19%
2017: -0,53%
2018: 7,55%
2019: 7,31%
2020: 23,13%
Desta forma, cabe reajuste contratual no valor da média dos anos anteriores,
fixando-para o ano de 2020 o percentual de reajuste de 7,31%, equivalente ao ano
anterior, e, a partir de janeiro de 2021 repactuação dos juros, fazendo constar reajuste
pelo INCC, bem como, limitação explícita a 12% ao ano, em respeito à proibição da
usura.
TJSP DEFIRO a tutela recursal de urgência para determinar que o 13º aluguel seja
calculado com base na média dos locativos pagos durante o ano de 2020; bem como
para substituir o IGP-M pelo IPCA, ad referendum da D. Turma Julgadora.
TJRJ
Em 2016, o casal adquiriu um imóvel no Rio de Janeiro ainda em fase de construção por
meio de financiamento feito com a própria incorporadora. Quando receberam as chaves,
se mudaram para o imóvel e começaram a pagar as parcelas que, com o passar dos
anos, foram aumentando mais e mais.
Isso aconteceu porque o índice estabelecido no contrato para correção monetária das
parcelas foi o IGP-M que, segundo divulgação da Fundação Getúlio Vargas (FGV) feita
nesta sexta-feira, acumula alta de 30,70% nos últimos 12 meses.
— Ocorre que, este considerável aumento do IGP-M, além de corrigir o valor da moeda,
passou a servir como um adicional para a incorporadora, gerando um enriquecimento
excessivo e sem causa — argumenta o advogado dos consumidores, Raphael Mançur.
E acrescentou:
— embora tenha buscado uma solução amigável para redução do valor de suas
prestações, principalmente por já ter pago mais da metade das parcelas do
1
https://www.conjur.com.br/dl/tj-sp-substitui-igp-ipca-reajuste1.pdf
financiamento, o casal, que trabalha com o comércio e na pandemia teve seus negócios
bastante impactados, não conseguiu acordo.
Diante disso, os consumidores resolveram entrar com uma ação revisional, com base no
Código de Defesa do Consumidor. O advogado da defesa solicitou que as parcelas desde
março do ano passado fossem recalculadas com base no IPCA.
https://br.noticias.yahoo.com/justi%C3%A7a-autoriza-troca-%C3%ADndice-
corre%C3%A7%C3%A3o-193546621.html