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Belém – Pará
Outubro/2001
Grupo de Vibrações e Acústica – UFPA Análise Modal Experimental
1. INTRODUÇÃO
Figura 1 – Placa livre excitada por força variável. Figura 2 – Resposta da placa.
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H(ω) =
x(s) 1
= (5)
F(s) ms + cs + k
2
e
ωd = ωn 1 − ξ 2 (8)
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1
H( ω) = (9)
m(s − s1 )(s − s 2 )
onde s 1 = σ + i.ωd e s2 = s*1 = σ - i.ωd , que são as duas raízes da equação característica
dadas pela Eq. (6), são denominadas de pólos da Função de Transferência, os quais
podem ser visualizados no plano s como mostrado na Fig. 11.
A*
H(ω) =
1 A
= + (10)
m(s − s1 )(s − s 2 ) (s − s1 ) (s − s1* )
Com base no que foi apresentado anteriormente, podemos dizer que o domínio de
Laplace descreve o sistema sob análise em termos de pólos e resíduos. Agora, avaliando
a Função de Transferência somente no domínio da freqüência nós obtemos:
A A* A A*
H( ω) = H( s) s=iω = + = + (12)
iω − s1 iω − s1* i(ω − ωd ) + ξωn i( ω + ωd ) + ξωn
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1
H( ω) = (13)
(k − ω m ) + iωc
2
1/m
H( ω) = (14)
ω − ω2 + i2ξωωn
2
n
1/ m 1 1
H( ω) = = = (15)
ωn2 k k
m
m
1
H( ω) = e arg .H( ω) = 0 o (16)
k
Assim, o ganho em baixa freqüência é uma constante igual a (1/k), ou ao inverso da
rigidez, e a fase assume o valor de 0°.
Em freqüências acima da freqüência natural, ω2 >> ω.ωn >> ωn2, a FRF é dada por:
1/m 1
H( ω) = =− (17)
−ω 2
m ω2
1
H( ω) = e arg .H( ω) = −180 o (18)
m ω2
1/m 1 1 j
H( ω) = = = =− (19)
j2ξωωn j2ξω2m k 2ξk
j2ξ m
m
1
H( ω) = e arg .H(ω) = −90 o (20)
2ξk
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Assim, o ganho na ressonância é igual ao ganho em baixa freqüência dividido por 2.ξ.
Uma vez que ξ é geralmente um número pequeno, por exemplo, 1 % do amortecimento
crítico ou 0,01, a magnitude na ressonância é amplificada. Por outro lado, a fase na
ressonância é de - 90°.
As figuras 12 e 13 são, respectivamente, a magnitude e a fase da FRF para um
sistema de um grau de liberdade onde m = 1 kg, k = 1 N/m e ξ assume valores na faixa de
0.1 a 1, com incrementos de 0.1. Para os valores de m e k dados, a freqüência natural do
sistema é de 1 rd/s.
Uma vez que a freqüência natural é de 1 rd/s, os picos das curvas na Fig. 12
ocorrem próximo a esta freqüência, de forma mais precisa em ωd = ωn 1 − 2ξ 2 . A
magnitude em baixa freqüência foi mostrada ser igual a 1/k = 1.0 e pode ser visto que as
curvas correspondentes a valores distintos de ξ aproximam-se deste valor nas baixas
freqüências. Por outro lado, nas altas freqüências a magnitude é dada por 1/ (m. ω2) e,
sendo m = 1, a magnitude deve ser dada por 1/ ω2. Portanto, verificando a Fig. 12 a
magnitude na freqüência de 10 rd/s deverá ser igual a 1/100 ou 0,01.
Note que a declividade das curvas em baixa freqüência é nula, significando que a
FRF não muda com a freqüência. Contudo, a declividade das curvas em alta freqüência é
“-2”, o que significa que cada década de aumento na freqüência corresponde a um
decaimento de duas décadas na magnitude da FRF, em virtude do termo ω2 no
denominador. A declividade de “-2” em um diagrama log x log pode ser mostrada
analiticamente por:
A vibração livre do sistema pode ser obtida assumindo que o sistema foi excitado
por uma função de força do tipo impulso no tempo t = 0. A Função resposta impulsiva de
um sistema de um grau de liberdade pode ser facilmente determinada das Eq’s. (5) e (10),
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assumindo condições iniciais nulas e que F(s)=1 para uma função de força impulsiva.
Assim, temos:
A A*
x(s ) = H(s ) F( s)=1 = + (22)
( s − s1 ) ( s − s1* )
e, portanto:
x(t) = £-1{X(s)} = A e s .t
1 + A* e s* .t
1 = e-ξωn (A e i.ω .t
d + A* e –i.ω .t
d )
(23)
que é, precisamente, a mesma equação obtida pelo método clássico. A Eq. (23)
representa uma oscilação amortecida de freqüência ωd, conforme pode ser visualizada na
Fig. 14. Assim, a freqüência de oscilação corresponde à parte imaginária do pólo, a taxa
de decaimento corresponde à parte real e o resíduo A controla a amplitude inicial da
resposta impulsiva.
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Ed = π.d(ω).X 2 (26)
Ed = π.d.X 2 (27)
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onde [D] é a matriz de amortecimento histerético. Note que como [C] é simétrica, também
[H] o é.
A equação de movimento para um sistema com um grau de liberdade, com
amortecedor histerético, excitado harmonicamente, pode ser escrita como:
que permite seja obtida a seguinte expressão para a FRF do sistema, com amortecedor
do tipo histerético:
X 1 1/ m
H( ω) = = = 2 (30)
F (k − ω m) + id ωn − ω2 + iηωn2
2
4.1 – Receptância
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É obvio que esta não é a forma mais conveniente de se representar a FRF. Assim,
como uma alternativa, podemos mostrar a FRF em dois gráficos separados, ou seja, parte
real x freqüência e parte imaginária x freqüência, como mostrado nas figuras 17 e 18
respectivamente. Nestes gráficos, ωn = 10 rd/s e cada um deles corresponde a uma
projeção, da curva mostrada na Fig. 16, nos planos Parte Real/freqüência e Parte
Imaginária/freqüência, respectivamente. É interessante notar que a parte real da
Receptância α(ω) cruza o eixo das freqüências na ressonância enquanto, na mesma
região, a parte imaginária apresenta um mínimo.
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deslocamen to
α( ω) = (Receptância) (31)
força
Velocidade
Y( ω) = (Mobilidade) (32)
força
aceleração
A(ω) = (Acelerância) (33)
força
força
= Rigidez Dinâmica (34)
deslocamen to
força
= Im pedância Mecânica (35)
velocidade
força
= Massa Aparente (36)
aceleração
x& ( t ) Xe iωt
Y( ω) = = iω iωt = iωα(ω) (37)
F( t ) Fe
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Portanto,
π
Y(ω) = ω α(ω) e arg .[ Y( ω)] = arg .[ α(ω)] + (38)
2
&x&( t ) Xeiω t
A(ω) = = −ω 2 = −ω2α( ω) (39)
F( t ) Feiω t
levando a:
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amortecimento, é fácil concluir que o Diagrama de Nyquist deixa de ser útil quando o
amortecimento é muito baixo. Isto é mostrado na Fig. 28, onde a Receptância é mostrada
para dois valores distintos de amortecimento viscoso. Nesta figura, os pontos são
igualmente espaçados na freqüência, com incrementos de 0.2 rd/s. Para o caso onde ξ =
0.003 os pontos estão todos concentrados próximos a origem e não existe um laço visível
no diagrama. Portanto, o Diagrama de Nyquist não é conveniente de ser usado na análise
de sistemas levemente amortecidos.
5 – ESTIMATIVA DO AMORTECIMENTO
Foi mostrado anteriormente que uma FRF mostrada em um gráfico log-log pode
fornecer informação imediata das características de massa e rigidez para um sistema de
um grau de liberdade. Contudo, para uma definição completa do modelo de um grau de
liberdade é, ainda, necessário determinar o valor do amortecimento. Assim, nesta seção,
serão apresentados três métodos que podem ser usados para a determinação do valor do
amortecimento presente no sistema.
1
α( ω) = R (42)
k
é obvio que
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1
log(R ) = log( α( ω) ) − log (43)
k
1 1
log(R max ) = log( ) − log = − log( η) (44)
kη k
para o modelo de amortecimento histerético. Isto significa que o fator de perda pode ser
facilmente determinado da distância entre o pico de amplitude e a linha de rigidez, no
gráfico log-log mostrado na Fig. 29. O mesmo método pode ser aplicado ao modelo de
amortecimento viscoso, conforme segue:
1 1
log(R max ) = log( ) − log = − log( 2ξ) (45)
2kξ k
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Emax α( ω) max
E1,2 = ∴ α( ω) 1,2 = (47)
2 2
Estes pontos determinam uma faixa de freqüência conhecida como banda de meia
potência, embora devêssemos falar de energia e não de potência. Assim, com base na
Eq. (47) e da Eq. (30), podemos facilmente escrever:
ω22 − ω12
η= (48)
2ωn2
A Eq. (48) é exata e permite que o valor de η seja calculado baseado somente nos
valores de freqüência. Se o amortecimento for baixo, 2 ωn = ω2 + ω1 podemos reescrever
a Eq. (48) como:
( ω 2 − ω1 )( ω 2 + ω1 ) ω2 − ω1
η= ∴ η= (49)
2ω2n ωn
ω2 − ω1
ξ= (50)
2ω n
k − ω 2m
= Re[α( ω)] + iIm [α( ω)]
d
α( ω) = H(ω) = −i (51)
(k − ω m) + d
2 2 2
(k − ω m ) 2 + d 2
2
Sabendo que:
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{Re[α(ω)] 2 2
} {
+ Im [α(ω)] − Re[α( ω)] + Im [α( ω)] = 0
2 2
} (52)
se obtém
{Re[α(ω)] 2
+ Im [α(ω)]2 −} 1
(k − ω m) 2 + d 2
2
=0 (53)
2 2
1 1
Re [α( ω)] + Im [α( ω)] + =
2
(54)
2d 2d
A Eq. (54) representa a equação de uma circunferência de raio igual a 1/ 2d, cujo
centro está posicionado no par ordenado (0 , -1/ 2d) do plano de Argand. Assim, a curva
da Receptância, para o sistema de um grau de liberdade com modelo de amortecimento
histerético, é um círculo perfeito conforme mostra a Fig. 31.
Na Fig. 31, é possível observar que, devido às propriedades geométricas do
diagrama, os pontos relativos às freqüências ω1 e ω2, que definem a banda de meia
potência, são facilmente identificados, uma vez que eles correspondem aos pontos onde
o círculo é interceptado por uma reta que coincide com o diâmetro paralelo ao eixo real. É
oportuno destacar que as curvas referentes a Mobilidade e Acelerância, para o modelo de
amortecimento histerético, não apresentam um círculo exato no plano de Argand. O
mesmo acontece em relação a Receptância e Acelerância para o modelo de
amortecimento viscoso. Contudo, para sistemas de um grau de liberdade com este
modelo de amortecimento, é a Mobilidade que fornece um círculo no plano de Argand. De
fato, para tal situação, a mobilidade é dada por:
iω
Y( ω) =
(k − ω m) + iωc
2
ωc ω(k − ω m )
2 2
Y( ω) = +i (55)
(k − ω m) + ( ωc )
2 2 2
(k − ω 2m) 2 + ( ωc ) 2
Y( ω) = Re [α( ω) ] + i Im [α( ω)]
e, após algumas manipulações matemáticas similares a que foram feitas para o modelo
de amortecimento histerético, pode se obter a seguinte equação:
2 2
1 1
Im [Y( ω) ] + Re[Y( ω)] − =
2
(56)
2c 2c
Assim, pela Eq. (56), fica claro que a Mobilidade traça um círculo perfeito no plano de
Argand, conforme mostrado na Fig. 32. O círculo tem raio igual a 1/ 2c e seu centro está
sobre o eixo real, no par ordenado (1/ 2c , 0) e a freqüência natural é obtida do ponto
onde o círculo cruza o eixo real.
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Assumindo que sobre cada massa atua uma força harmônica fi (t), com i = 1,2,...,N,
todas de mesma freqüência, podemos escrever, na forma matricial, o sistema de
equações simultâneas que rege o movimento do modelo apresentado na Fig. 40:
É importante notar que a Eq. (40) é válida apenas quando o segundo membro for
um vetor de forças harmônicas, todas de mesma freqüência ω. Infringida esta restrição, a
Eq. (40) fica sem sentido. Para se entender isto basta perguntar: “No caso do segundo
membro da Eq. (40) possuir um espectro mais amplo, que o de uma simples freqüência,
qual o sentido de ω no primeiro membro?”.
A restrição acima deve ficar bem clara, caso contrário, a Eq. (40) estará misturando
os domínios do tempo e da freqüência. Como então usar o modelo histerético em
excitação que não a harmônica pura? Simples, basta escrever a Eq. (40) no domínio da
freqüência, isto é:
{ φ} Tj [M]{ φ} = m j δij
(43)
{ φ} Tj [K ]{ φ} = k jδ ij
[φ ] T [M][ φ ] =[ \ m j \ ]
(45)
[φ ] T [K ][ φ] =[ \ k j \ ]
que, pré-multiplicada pelo transposto de {φ}j e tendo em vista a Eq. (43), fornece a
seguinte relação:
kj
sj = (47)
mj
Na Eq. (47) mj e k j são, em geral, complexos. Por outro lado, os autovetores podem ser
ortonormalizados, de tal sorte que mj = 1, j = 1,...,N. A Eq. (47) fica:
sj = kj (47)
[φ ] −1 = [φ ] T [M] (49)
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que levada à Eq. (41) e, após, a pré-multiplicação por [φ]T, permite escrever:
onde
N
Nj ( ω) = ∑ φ rjFr ( ω) (53)
r =1
Nj ( ω)
pj (ω) = (55)
s j − ω2
Note que a Eq. (50) pode ser reescrita na forma expandida abaixo:
N
{ q(ω)} = ∑ { φ} j pj ( ω) (56)
j=1
N N φrj
{ q(ω)} = ∑ { φ} j ∑ Fr ( ω) (57)
j=1 r =1 s j − ω2
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N φ φ
qk ( ω) = ∑ kj sj 2 Fs ( ω) (59)
j=1 s j − ω
Por outro lado, o termo entre parênteses na Eq. (59) nada mais é do que a Receptância
do sistema, aqui reescrita por conveniência:
N φkj φ sj
α ks ( ω) = ∑ (61)
j =1 s j − ω2
A Receptância pode ser reescrita em uma forma mais elaborada. Para tal, lembre
que s j = k j , ou seja:
Assim, como os valores de sj são complexos é conveniente representá-lo por suas partes
reais e imaginária, como segue:
s j = ω2j + ih j (63)
s j = ω2j (1 + iη j ) (63)
onde ηj é o fator perda modal, dj é o coeficiente de amortecimento modal histerético e ωj
a freqüência natural, relativos ao j-ésimo modo de vibração. Portanto, com esta nova
notação, a Receptância é reescrita como:
N j
A ks
α ks ( ω) = ∑ (64)
j =1 ω − ω2 + iη jω2j
2
j
[η] = υ[ \ I \ ] (65)
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As matrizes que aparecem na Eq. (67) são todas diagonalizáveis pela matriz modal
do problema abaixo muito conhecido:
[K ]{ φ } = λ[M]{ φ } (68)
o que permite dizer que os autovetores do problema expresso pela Eq. (68) também o são
do problema expresso pela Eq. (67), embora os autovalores sejam distintos.
Reescrevendo a Eq. (67) para um certo j e pré-multiplicando por {φ )Tj , obtem-se:
Note que, na Eq. (69), ω2j é real e que ωj representa a j-ésima freqüência natural não
amortecida.
A Eq. (69) pode ser posta sob a forma:
s j = ω2j (1 + ηj ) (70)
onde
γ
ηj = υ + (71)
ω2j
Nos itens anteriores, foi mostrado que o modelo de resposta, de um Sistema com
Múltiplos Graus de Liberdade (MDOF), consiste num conjunto de FRF’s diferentes e que
um sistema com N Graus de Liberdade é descrito por um modelo modal com N
freqüências naturais e N formas modais. Também, foi mostrado que cada FRF pode ser
escrita sob a forma de uma série de termos, cada um dos quais diz respeito à contribuição
de cada modo de vibração à resposta total, como estabelecido pela Eq. (64).
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Olhando a Fig. 41(b) fica claro que existem mais do que quatro mudanças de fase.
Estas mudanças de fase não ocorrem somente nas ressonâncias, mas também em
valores intermediários de freqüência, que não têm nenhum comportamento especial
aparente quando observamos a Fig. 41(a). Isto é justamente devido ao fato de se usar
uma escala linear para plotar a magnitude da receptância, a qual esconde o
comportamento de níveis mais baixos. Assim, se ao invés de usar a escala linear fosse
usada a escala logarítmica, o resultado seria o gráfico da Fig. 42. Agora, esta simples
operação permite que sejam observados os detalhes nos níveis de resposta mais baixos,
uma vez que a FRF mostra que, naquelas regiões das freqüências intermediárias, existem
alguns picos invertidos, sendo que cada um deles ocorre entre os picos de ressonâncias.
Estes picos invertidos são denominados de anti-ressonâncias e apresentam um
comportamento importante que é uma mudança de fase justamente como aquelas
associadas às ressonâncias.
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N j
A ks
α ks ( ω) = ∑ (72)
j =1 ω − ω2
2
j
onde a constante modal j Aks é agora uma quantidade real. Agora, em adição, considere a
receptância pontual, isto é α kk , a constante modal j Akk é sempre positiva devido ela ser o
resultado do produto entre o elemento k do auto-vetor, para o modo j, e ele próprio.
O que a Eq. (72) estabelece é que a Receptância total é a soma das contribuições
de termos de um único grau de liberdade que correspondem a cada um dos modos de
vibração. Para a Receptância Pontual, temos:
1 2 N
Akk A kk A kk
α kk (ω) = + + L + (73)
ω1 − ω
2 2
ω2 − ω
2 2
ωN − ω2
2
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sob consideração é fixada. Esta propriedade é útil em alguns casos experimentais, tais
como quando se usa uma mesa sísmica para testar a estrutura, onde a excitação e a
resposta são medidas na mesa sísmica. Neste caso, as freqüências anti-ressonantes do
sistema global (mesa mais estrutura) são as freqüências ressonantes da estrutura sob
análise, desde que a mesa se comporte como um corpo rígido, o que normalmente é
verdadeiro, para os valores baixos da faixa de freqüência de interesse em tais casos.
Agora, tendo como base os sistemas amortecidos, as curvas das FRF’s num
digrama de Bode são muito similares àquelas dos sistemas não amortecidos. A diferença
reside no fato de que na ressonância e na anti-ressonância os picos são menos afilados e
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os ângulos de fase não são mais exatamente 0° ou -180°. Isto é mostrado na Fig. 45 onde
a Receptância para um sistema amortecido de quatro graus de liberdade é apresentada.
Na Fig. 45 é possível observar que altos valores de amortecimento podem esconder a
existência de uma anti-ressonância, fazendo com que uma FRF pontual se pareça com
uma FRF de transferência.
De modo a evitar este problema, podemos traçar várias curvas onde cada uma
cobrirá uma faixa de freqüência, tal que a escala de amplitude em cada curva seja
diferente. Uma outra alternativa é trocar o gráfico da Receptância pelo gráfico da
Acelerância, como mostrado na Fig. 47. Agora, todos os modos são visíveis e está claro
que as partes real e imaginária não exibem o mesmo comportamento daquele registrado
na Fig. 26. A razão para este comportamento é que, para o exemplo de sistema com
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quatro graus de liberdades usado, os dois últimos modos de vibração têm amortecimentos
altamente não-proporcionais.
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3 r 1 2 3
Akk A kk Akk A kk
α kk (ω) = ∑ 2 = 2 + 2 + 2 (74)
r =1 ωr − ω + i ηr ωr ω1 − ω + iη1ω1 ω2 − ω + iη2 ω2 ω3 − ω2 + iη3ω23
2 2 2 2 2 2
onde Bkk é uma constante complexa que representa a contribuição dos outros modos
presentes na Receptância, que é dominada pelo primeiro modo. O primeiro termo do
somatório, no Diagrama de Nyquist, é representado por um círculo com centro sobre o
eixo imaginário, justamente como a Receptância para um sistema de um grau de
liberdade. A única diferença em relação ao sistema de um grau de liberdade é o fato de
que existe um fator de escala real, que altera o diâmetro do círculo, devido a existência da
constante modal 1 A kk no numerador. Assim, a soma da quantidade comple xa
Bkk produzirá uma translação do círculo, deslocando-o da posição original.
Na Fig. 48, pode ser visto, ainda, que todos os laços de círculo estão situados na
metade inferior do plano complexo. Como explicado acima, a única diferença de um
Diagrama de Nyquist de um sistema de um grau de liberdade é o produto por um fator de
escala em cada termo no somatório. Como a Receptância sob análise é do tipo pontual,
as constantes modais são todas positivas e, portanto, os círculos permanecem na metade
inferior do plano complexo.
Uma situação diferente da anterior ocorre se traçarmos o diagrama para uma FRF
de transferência. Nesse caso, a constante modal pode ser positiva ou negativa e os sinais
opostos destas quantidades podem fazer com que apareçam um ou mais laços de círculo
na metade superior do plano complexo, como mostrado na Fig. 49, onde a Receptância
de transferência do exemplo anterior é mostrada.
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ou seja:
Até o momento assumimos que os nossos sistemas são descritos por modelos
completos, isto é, suas propriedades de massa, rigidez e amortecimento são todas
conhecidas, ou que todos os autovalores e todos os elementos dos autovetores são
conhecidos, ou que todos os elementos na matriz de FRF são conhecidos.
Embora isso seja uma hipótese válida do ponto de vista teórico, na prática, isso
corresponde a uma impossibilidade, uma vez que qualquer sistema real tem um número
infinito de graus de liberdade, o que já permite entender essa impossibilidade. Contudo,
quando referimo-nos a modelos incompletos estamos o fazemos segundo outras
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y1 f y 1
{q }
R
[ ]
R
= y 2 = α f y 2
(82)
y f
3 y3
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na análise experimental ser limitada e, desta forma, pelo menos os modos de freqüências
mais altas serão omitidos. Assim, embora se mantenha o número N de graus de liberdade
do modelo, teremos de considerar um número menor de modos (m < N), isto é, a equação
da receptância será da forma:
m≤N r
A ks
α ks (iω) = ∑ω
r =1
2
− ω 2 + iηr ωr2
(83)
r
Está claro que cada uma das equações anteriores omite informações que podem
ser extremamente importantes. Observe que o fato de m < N, na Eq. (84), levará a uma
matriz [α] de ordem N x N que não pode ser invertida, devido ao fato de que suas linhas
não são linearmente independentes, isto é, a ordem da matriz é N, mas o “rank” é m.
Finalmente, a conseqüência de se considerar somente um número limitado de modos é
que terminaremos com uma matriz quadrada de autovalores de ordem m x m e uma
matriz de autovetores retangular de ordem N x m.
Agora, pense em termos do modelo de resposta e considere um sistema que será
modelado com um número N finito de graus de liberdade. Esses graus de liberdade
corresponderão às coordenadas de interesse para a análise. Assuma, também, que o
nosso modelo modal será obtido através da técnica de identificação baseada em dados
experimentais. Como discutido anteriormente, a análise terá de ser realizada para uma
faixa de freqüência necessariamente limitada e, portanto, baseada em um número
limitado m de modos.
Assim, o modelo de resposta medido consistirá de uma matriz N x N de elementos
α ks expressos em termos de dados experimentais. Para trocar esses dados por um
modelo matemático dado pela Eq. (83), com m ≠ N, é necessário aplicar procedimentos
de identificação, tais como os que serão descritos mais adiante, e determinar os valores
dos parâmetros modais ωr, ηr e r A ks para todos os r modos medidos.
Contudo, o nosso modelo de resposta, agora descrito por uma matriz [α] de ordem
N x N, conterá erros devido à omissão de todos os modos fora da faixa de freqüência
considerada. Esses erros são, geralmente, visíveis quando comparamos os dados da
FRF medida com os dados correspondentes da FRF identificada, se esta é representada
somente pela Eq. (83). Uma forma de minimizar as conseqüências de se usar tal modelo
é introduzir alguma correção sobre as FRF’s identificadas, tal que elas se aproximem aos
dados obtidos por medição, na faixa de freqüência de interesse, incluindo um termo extra
na equação de resposta, conforme a equação abaixo:
m r
A ks
α ks (iω) = ∑ + Rks (iω) (85)
r =1 ω − ω 2 + iηr ω2r
2
r
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Uma segunda classificação diz respeito ao número de modos que podem ser
analisados. A este respeito podemos ter as análises de grau de liberdade único (SDOF) e
graus de liberdade múltiplos (MDOF). No domínio do tempo tem-se somente a análise
MDOF, enquanto que no domínio da freqüência podemos ter análises SDOF e MDOF
com o método indireto e com o método direto apenas a análise MDOF.
Geralmente, quando uma estrutura é testada um conjunto de FRF’s é obtido, tendo
por base a coleta de uma série de dados medidos. Estas FRF’s são o resultado de excitar
a estrutura em cada ponto selecionado e de medir a resposta em várias posições ao
longo dessa estrutura. Alguns métodos de aná lise modal somente podem ser aplicados a
uma única FRF de cada vez. Esses são denominados de métodos de única entrada/única
saída (SISO). Outros métodos permitem que várias FRF’s sejam analisadas
simultaneamente, com respostas tomadas em vários pontos sobre a estrutura, mas
usando uma excitação pontual. Esses são denominados de métodos globais ou métodos
de única entrada/múltiplas saídas (SIMO). A filosofia por trás dessa categoria de métodos
é que as freqüências naturais e razões de amortecimento não variam (teoricamente) de
uma FRF para outra (elas são propriedades globais da estrutura) e, assim, deveria ser
possível obter um conjunto único e consistente daquelas propriedades processando
várias FRF’s ao mesmo tempo. Finalmente, existem métodos que podem processar
simultaneamente todas as FRF’s disponíveis obtidas de posições de resposta e
excitações várias. Esses métodos são denominados de polireferência ou múltiplas
entradas/múltiplas saídas (MIMO). Situações de múltiplas entradas/única saída (MISO)
são também possíveis, mas são muito pouco usadas. A Fig. 54 mostra um diagrama com
as várias categorias possíveis de métodos.
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onde r Bks é uma constante complexa associada com o modo r. Por outro lado, como já
discutido, o diagrama de Nyquist de 1 ( ωr2 − ω 2 + iηr ω2r ) é um círculo. Olhando a Eq. (87),
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x 2 + y 2 + ax + by + c = 0 (88)
Para pontos levemente afastados dessa circunferência, o segundo membro da Eq. (88)
será diferente de zero e esta diferença caracteriza um erro. Assim, define-se a seguinte
função erro:
E( x, y ) = x 2 + y 2 + ax + by + c (89)
que, para o ponto experimental (xk ,yk), fornece o seguinte valor de erro:
E k = E( x k , y k ) = xk2 + y 2k + ax k + by k + c (90)
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m m
E T = ∑ Ek = ∑ ( x k + y k + ax k + by k + c )
2 2 2 2 2
(91)
k =1 k =1
m 2 m m
m 3
∑ xk ∑ xk yk ∑ ∑ ( x k y k + x k )
2
x k
mk=1 k =1 k =1
a km=1
x y
m m
3
∑ ∑y ∑
2
y k b = ∑ ( y k x k + y k )
2
(92)
k k k
c m
k =1 k =1 k =1 k =1
m
( y k + x k )
m
∑ xk ∑y m ∑ 2 2
k=1
k
k =1 k=1
( x o , y o ) = ( −a / 2;−b / 2)
a b
2 2
(93)
Ro = + − c
2 2
∑ (x 2
k + y 2k + ax k + by k + c )2
e 2m = k =1
(94)
m
o qual é uma medida da qualidade do ajuste. Por outro lado, os erros da ordem de 1 a 3%
são normalmente aceitos como indicação de um bom ajuste.
A localização e determinação da freqüência natural estão baseadas em uma
técnica de espaçamento da freqüência. Para um dado modo, não considerando o efeito
da constante modal complexa, o ângulo de fase θr é dado por:
ηr
θ r = arctg 2
(95)
ω
1 −
ωr
d d(ω 2 )
= 0 ⇒ ω = ωr
dω dθr
(96)
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Existirá uma mudança de sinal de ∆2γ tão logo passemos de um ponto antes para
um ponto após da freqüência natural. A localização da freqüência natural e a
determinação de seu valor são realizadas por meio da fórmula de diferenças de Newton:
f ( V ) = f ( Vo ) + ( V − Vo ) f ( Vo , V1 ) + ( V − Vo )( V − V1 )f ( Vo , V1, V2 ) + L
(97)
+ ( V − Vo )( V − V1 ) L ( V − VL )f ( Vo , V1,L , VL )
onde
f ( V0 , V1,L , VL −1 ) − f ( V0 , V1,L , VL )
f ( V0 , V1,L , VL ) = (98)
V0 − VL
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θ = θo + ( ω2 − ω 20 )( θ o , θ1 ) + ( ω2 − ω02 )( ω − ω12 )( θ o , θ 1, θ 2 ) +
(99)
+ ( ω2 − ω02 )( ω2 − ω12 )( ω2 − ω22 )f ( θ o , θ1, θ 2 , θ3 )
com
θ0 − θ1 ( θ0 , θ1 ) − ( θ1, θ 2 )
(θ 0 , θ1 ) = ( θ 0 , θ1, θ 2 ) =
ω20 − ω12 ω20 − ω22
(100)
( θ , θ , θ ) − ( θ1, θ 2 , θ 3 )
(θ 0 , θ1, θ 2 , θ 3 ) = 0 1 2 2
ω0 − ω23
1 2 ( θ 0 , θ1, θ 2 )
ω2r = ω0 + ω12 + ω22 − (101)
3 ( θ 0 , θ 1, θ2 , θ3 )
Substituindo o valor de ωr, determinado pela Eq. (101), na Eq. (99), calculamos o
valor de θr. Essa técnica é muito simples de ser implementada e leva a valores muito
precisos da freqüência natural e de sua localização exata sobre a curva de resposta.
Embora outras técnicas possam, também, fornecer uma determinação precisa do valor da
freqüência natural, elas podem não ser tão precisa em termos de sua localização sobre a
curva de resposta. A importância da precisão na localização de ωr sobre a curva é
aparente somente quando necessitamos deduzir o valor do ângulo de fase φr da
constante modal complexa, calculado desenhando uma reta unindo o ponto de freqüência
natural e o centro do círculo, conforme a Fig. 55.
A estimativa do fator de amortecimento é, agora, uma tarefa fácil. Da Eq. (95),
tomando dois pontos sobre o círculo, onde um corresponde a uma freqüência ωb abaixo
da freqüência natural e outro valor correspondente a freqüência ωa acima da freqüência
natural, podemos escrever:
ηr ηr
tg( θa ) = 2
e tg( θb ) = 2
(102)
ω ω
1 − a 1 − b
ωr ωr
∆γ a ∆γ b
∆θ a = = θa − θr ∆θ b = = θr − θb (103)
2 2
temos que
∆γ 1 1 ω 2
tg a = tg( θ a − θr ) = − =− 1 − a (104)
2 tg( θ a ) ηr ωr
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∆γ 1 1 ω 2
tg a = tg( θ a − θr ) = − =− 1 − a (105)
2 tg( θ a ) ηr ωr
e, portanto
ω2a − ω2b 1
ηr = . (106)
ωr2
tg( ∆θ a ) − tg( ∆θb )
De fato, a Eq.(106) é válida mesmo quando θr ≠ π/2, uma vez que estamos
tratando com diferenças de ângulos, conforme mostra a Fig. 57.
Como pode ser visto, a Eq. (106) dá uma relação para os pontos da banda de meia
potência quando ∆γa = ∆γb = π/2. Para um dado conjunto de resultados, é possível
determinar vários valores para ηr, dependendo do par de pontos que são usados na Eq.
(106). Ewins (1982) mostrou que isto pode ser uma forma muito útil de determinar a
existência de efeitos não lineares. Em princípio, para um sistema linear, os valores de ηr
deveriam ser todos idênticos. Contudo, na prática este não é o caso. Os desvios nas
estimativas de ηr são, portanto um meio útil de taxar a validade da análise. Se as
variações são aleatórias, isto significa que o espalhamento é, provavelmente, devido a
erros de medição, mas se eles são sistemáticos pode ser que tais erros sejam causados
por não linearidades.
Por outro lado, devemos ser cautelosos e não elaborarmos conclusões
precipitadas uma vez que na estimativa de amortecimento sempre ocorrerá algum erro
mesmo que o sistema seja linear ideal. A razão para isso é o procedimento de cálculo
associado com a Eq. (106) e, principalmente, devido à natureza do denominador. O
resultado final pode ser como o mostrado na Fig. 58, onde o plano ao invés de ser
horizontal é meio inclinado. Os melhores resultados são obtidos quando os ângulos ∆γa e
∆γb não são muito pequenos e têm valores similares. Assim, é aconselhável usar a
combinação de pontos que correspondam a diagonal da superfície de ηr representada na
Fig. 58, e calcular o valor médio.
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Ar x − xD
diâmetro = e φr = arctg 0 (107)
ωr2 ηr y0 − yD
onde (xD,yD) são as coordenadas da origem deslocada e seus valores são determinados
tão logo seja determinada a posição da freqüência natural.
Embora bem conhecido, o método de ajuste do círculo é freqüentemente
desconsiderado devido ao fato de se dizer que ele somente trabalha bem quando os
modos estão bem separados e para valores de amortecimento não tão altos.
Provavelmente, isso se deve ao fato de que em alguns analisadores comerciais a versão
do método disponível é muito básica. Entretanto, é nossa opinião e a de outros
pesquisadores que o método de ajuste de círculo trabalha muito bem para a maioria dos
casos mesmo quando se trata de estruturas altamente complexas.
Um dos mais importantes melhoramentos associados com o método do ajuste de
círculo é a possibilidade de subtrair o efeito dos modos já analisados antes de
analisarmos aqueles que estamos interessados. A idéia é muito simples: após a primeira
identificação de cada um dos modos individualmente, a análise é repetida para cada
modo, desta vez subtraindo da FRF original a contribuição dos outros modos, que se
distribuem ao lado daquele sob estudo, e que já tenham sido identificado.
Matematicamente, isso pode ser escrito como:
N
αr = α − ∑ α s para s ≠r (108)
s =1
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O método inverso foi apresentado por Dobson e baseia-se no fato de que as partes
real e imaginária do inverso da receptância (Rigidez Dinâmica) são linhas retas quando
observadas em relação ao quadrado da freqüência.
Escrevendo a receptância para um sistema com um grau de liberdade, com
amortecimento histerético, conforme abaixo:
A r e iφr
αr = (109)
ω2r − ω2 + iηr ω2r
a inversa é
1 (B + Dr ηr )ωr2 − Br ω2
Re = r (112)
αr B2r + D2r
1 (B η − D )ω2 + D ω2
Im = r r 2 r r 2 r (113)
αr Br + D r
1
Re = m R + nR ω2 (114)
αr
1
Im = mI + nIω 2 (115)
αr
com
(Br + Dr ηr )ω2r Br
mR = ; nR = − (116)
B2r + Dr2 B + D2r
2
r
(Br ηr − Dr )ω2r Dr
mI = ; nI = (117)
B2r + D2r B + D2r
2
r
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Assim, após a realização do ajuste para Re[1/α r] e Im[1/α r], obtém-se duas retas
que determinam os valores de mr, mI, nr e nI, os quais permitem a determinação dos
quatro parâmetros modais, após manipulação conveniente das equações (116) e (117),
como segue:
− m RnR − mInI
ωr = (118)
nR2 + nI2
mR nI − mInR
ηr = (119)
− m RnR − mInI
1
Ar = (120)
nR2 + nI2
n
φ r = arctg − I (121)
nR
O método inverso pode ter vantagens, em alguns casos, sobre o método do ajuste
de círculo, principalmente, quando o amortecimento é muito pequeno e/ou existem erros
de medição significativos nas áreas próximas a ressonância, uma vez que é mais fácil
ajustar uma reta do que um círculo, quando tem-se somente uma boa definição de
resposta longe dos picos de ressonâncias. Naturalmente, se os modos estão muito
próximos, o procedimento iterativo de remover o efeito dos modos já identificados tem que
ser implementado, como para o ajuste do círculo.
Br + iD r
α(iω) = + resíduo (122)
ω − ω2 + iηr ωr2
2
r
Br + iDr
α(iω) = + resíduo (123)
ω − Ω 2 + iηr ω2r
2
r
ω2 − Ω 2
α(iω) − α(iΩ ) = (Br + iDr ) 2 2
(124)
( ωr − ω )( ωr − Ω ) − ηr ωr + iηr ωr (2ωr − ω − Ω )
2 2 2 2 4 2 2 2
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ω2 − Ω 2
Definindo ∆ = , pode-se escrever:
α(iω) − α(iΩ)
B − iDr 2
∆ = r2 [ ]
(ωr − ω2 )( ω2r − Ω 2 ) − η2r ωr4 + iηr ω2r (2ω2r − ω2 − Ω 2 )
2
(125)
Br + Dr
tR = −
1
B + Dr2
2
[
Br ( ω2r − Ω 2 ) + D r ηr ω2r ] (128)
r
tI = −
1
B + D 2r
2
[
B r ηr ω2r − D r ( ω2r − Ω 2 ) ] (129)
r
Variando Ω ao redor de ωr, com Ω ≠ ωr, obtemos uma família de retas para Re[∆] e
Im[∆]. A priori, não é fácil determinar os parâmetros modais pelas Eq.’s (128) e (129).
Contudo, estas equações representam as equações de duas retas em Ω 2, tal que:
t R = dR + uR Ω 2 (130)
t I = dI + uI Ω 2 (131)
onde
(B r + Dr ηr )ωr2 Br
dR = − ; uR = (132)
B2r + D2r B + D2r
2
r
(Br ηr − Dr )ω2r Dr
dI = − ; uI = − (133)
B2r + Dr2 B + D2r
2
r
Os parâmetros modais podem ser determinados das Eq.’s (132) e (133). A Fig. 59
é um exemplo teórico de gráficos obtidos neste método, onde os dados correspondem a
um modo real (φ r = 0°). Se o modo for complexo, os gráficos da direita terão uma forma
similar dos gráficos da esquerda.
Resumindo o procedimento:
1. Obter as famílias de retas, a partir dos dados medidos (Re[∆] e Im[∆]), conforme
mostrado na Fig. 59, com inclinações t R e t I;
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2. Por outro lado, tR e tI são eles próprios retas em Ω 2 . Assim, um segundo ajuste de
retas permite calcular os valores do lado esquerdo das Eq.’s (132) e (133). Assim,
como conseqüência, obtém-se os parâmetros modais.
1. O método inverso não leva em conta os efeitos dos outros modos, enquanto que o
método de Dobson considera este efeito;
2. No método inverso os valores de Re[1/α r] e Im[1/α r] são usados diretamente,
enquanto que no método de Dobson os parâmetros tR e tI já são resultados de um
ajuste de retas.
Finalmente, deve -se ressaltar que com dados teóricos, sem ruído e para 1 GL, o
método de Dobson coincide com o método inverso. Por outro lado, para modos bem
espaçados o efeito residual não é muito grande e os resultados de ambos os métodos são
similares.
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j
A ks
α ks (iω) = ∑ onde s j = ω2j (1 + η j ) (134)
j s j − ω2
Aj
Bk = ∑ − H(iωk ) (136)
j ≠r s j − ω2
onde os parâmetros A j e s j são conhecidos previamente. Por exemplo, suponha que esses
parâmetros tenham sido determinados por ajustamento do círculo de Nyquist ou pelo
método inverso. Desta forma, os Bk podem ser calculados, com k = 1, 2, ... N, sendo N o
número de pontos de freqüência em que H(iωk) foi medida. Portanto, podemos reescrever
a Eq. (135) como segue:
Ek =
Ar
s r − ω2k
+ Bk ou Ek =
1
sr − ωk2
[ ]
A r + Bk (s r − ω2k ) (137)
∑ ∑P Bk
∑ Pk B kωk2
2 2 2
Pk
k A r k
k
2 = 2 2
k
(139)
∑ Pk Bk ∑P Bk s r ∑ Pk B k ωk
2 * 2 2
k
k k k
onde o termo central corresponde aos modos da banda medida, Rm(iω) representa o
efeito dos modos inferiores da banda considerada e Rs (iω) corresponde ao efeito dos
modos que estão acima da banda considerada. Os parâmetros Rm(iω) e Rs (iω) são
denominados de resíduos e, através de um raciocínio simples, podem ser
convenientemente expressos.
Considere ω pertencente à banda medida. Para os modos representados por
Rm(iω) esta freqüência é “alta”. Então, considere um termo particular de Rm(iω) expresso
por:
Ak Ak
= 2 (142)
sk − ω 2
ωk − ω2 + iηk ωk2
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A k ω2k
=
( )
A k ωk2 (1 − rk2 − iηk )
; rk =
ω
>> 1 (143)
1 − rk2 + iηk (1 − rk2 ) 2 + η2k ωk
aproximadamente tem-se:
A k ω2k A A η 1 Aη A
= − 2 k 2 − i k2 4k = − 2 ( A k + i k 2 k ) = − m2 (144)
1 − rk + iηk
2
ωk rk ωk rk ω rk ω
Portanto, o resíduo Rm(iω) tem o comportamento de uma massa de valor Am. Por
outro lado, um raciocínio análogo conduz a determinação de Rs (iω). Aqui, as freqüências
naturais deste termo são grandes comparadas com ω. É de se esperar que este termo se
comporte como uma mola.
Um termo típico de Rs (iω) será:
Ak A
= k2 (1 − iηk ) = A s (145)
sk − ω 2
ωk
∑ 1 ωk2 −N ∑ Ck
k A m = k
2 C ω2 (149)
∑ 1 ωk4 − ∑ 1 ωk A s ∑ k k
k k k
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Ar Aj A
Ek = +∑ − H(iωk ) + A s − m2 (150)
s r − ωk j≠r s j − ωk
2 2
ωk
Redefine-se B k assim:
Aj Am
Bk = ∑ − H( iωk ) + A s − (151)
j ≠r sj − ω 2
k ω2k
Ek =
Ar
s r − ω2k
+ Bk ou Ek =
1
sr − ω k
2
[ ]
A r + Bk (s r − ω2k ) (152)
∑ ∑P Bk
∑ Pk B kωk2
2 2 2
Pk
k A r k
k
2 = 2 2
k
(153)
∑ Pk Bk ∑P Bk s r ∑ Pk B k ωk
2 * 2 2
k
k k k
que fornece os novos valores de Aj e sj. Com estes novos valores calcula-se novamente
os valores de ∑ Ck e ∑ Ck ω2k e novos valores de As e Am são determinados. O processo
k k
continua até a convergência.
{A}j
{α(iω)} = − {R}m
k2
+∑ + {R}s (154)
ω 2
j= k1 s j − ω2
{ }
onde {A}j = j A k s = {φ}j φ sj e {R}m e {R}s são os vetores de constante que levam em conta
a resposta do sistema fora da banda de freqüência de interesse.
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{A}j {R}m
{B}k = ∑ − {H(iωk )} + {R}s − (156)
s j≠r j −ω 2
k ωk2
{E}k =
{A}r + {B}k ou {E}k =
1
[ ]
{A}r + {B}k ( s r − ω2k ) (157)
sr − ω 2
k sr − ωk2
ET = ∑ Errok2 = ∑ E *kTEk = Pk
2
[{A}*T
j ] [
+ (s *r − ωk2 ){B}*kT + {A}j + ( sr − ω2k ){B}k ] (158)
k k
ou
2
ET = ∑ Pk ∑ A *lj A lj + (s j − ωk2 )∑ A *ljBl k + ( s*j − ω2k )∑ B*l k A lj +
k l l l
(159)
+ ( s j − ωk2 )( s *j − ω2k )∑ B*l kBlk
l
onde Blk e Alj são os l-ésimos componentes de {B}k e {A}j, l = 1,2, ... n, onde n representa
o número de FRF’s disponíveis no vetor {α (iω)}.
Aplicando a derivada em relação a s *j e A *lj na Eq. (159), tem-se:
∂ET 2 2
= ∑ Pk ∑ B*lk A lj + ( s j − ω2k )∑ B lk = 0 (160)
∂s j
*
k l l
∂ET
∂A *lj
= ∑ Pk
2
[A lj ]
+ ( s j − ω2k )B lk = 0 (161)
k
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2
∑ ∑ P B*lk A lj + ∑ ∑ Pk B lk s j =∑ ∑ Pk B lk ωk2
2 2 2 2
k (162)
l k l k l k
a qual representa uma única equação tendo como incógnitas sj e A lj , com l = 1, 2, ...,n.
A Eq. (162) pode ser reescrita como:
∑C A l lj + Ds j = E (163)
l
k l k l k
como:
C1 A1j + C 2 A 2 j + L + C n A nj + Ds j = E (164)
FA l j + G l s j = Jl (165)
∑ Cl A l j + Ds j = E
l (166)
FA lj + Gl s j = Jl e l = 1, L, n
∑ 1 ωk2 −N ∑ Cpk
k Rpm = k
p = 1,L , n
2 C ω2 (167)
∑ 1 ωk4 − ∑ 1 ωk ps ∑ pk k
R
k k k
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r
2N A jk
α jk (iω) = ∑ (168)
r =1 ωr ξr + i( ω − ω'r )
com ω'r = ωr 1 − ξ 2r , ω'r +N = −ω'r e r +N A jk =r A *jk . O símbolo (*) usado denota o complexo
conjugado.
O método da exponencial complexa, ao contrário dos métodos de identificação
modal no domínio da freqüência, trabalha com a função resposta impulsiva, obtida da Eq.
(168) pela aplicação da Transformada Inversa de Fourier, conforme abaixo:
2N 2N
h jk ( t ) = ∑ A jk e ou h( t ) = ∑ A r e
r sr t ' sr t
(169)
r =1 r =1
onde s r = −ωr ξr + iω'r . A resposta temporal h(t), avaliada em uma série de intervalos
igualmente espaçados ∆t, é:
2N
h0 = h( 0) = ∑ A 'r
r =1
2N
h1 = h( ∆t ) = ∑A e
r =1
'
r
sr ( ∆t )
(170)
M M M
2N
hL = h(L∆t ) = ∑ A 'r esr (L∆t )
r =1
2N
h0 = ∑ A 'r
r =1
2N
h1 = ∑ A 'r Vr
r =1 (171)
M M
2N
hL = ∑ A 'r VrL
r =1
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Deve ser notado que na Eq. (171) os valores de A 'r e Vr não são conhecidos.
Como, então, calcular esses valores? A solução é uma técnica engenhosa desenvolvida
por Prony em 1975 e conhecida como Método de Prony. Prony, baseado no fato de que
os pólos sr, para um sistema sub-amortecido, sempre ocorrem em pares complexos
conjugados, estabeleceu que existe um polinômio em Vr, de ordem L, com coeficientes
reais β, denominados de coeficientes auto-regressivos, tal que a seguinte relação
matemática pode ser escrita:
L L
2 N ' j 2N ' L
∑ β h
j j = ∑ β j ∑ A r Vr = ∑ A r ∑ β j Vrj
j=o r =1 j=o
(173)
j=o r =1
A soma interna da Eq. (173) é exatamente o polinômio da Eq. (172). Então, como
este polinômio se anula para cada valor de V r, segue que:
∑β h
j=o
j j = 0 , para cada valor de V r (174)
β h2N
h0 h1 h2 L h 2N−1 0 h
h β
1 h2 h3 L h2N 1 2 N+1
β = −h2 N+ 2 (175)
M M M L M 2 M
M
h 2N−1 h2N h 2N+1 L h 4N−2
β2 N−1 h 4N−1
ou, simplesmente:
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1 1 L 1 A '1 h 0
V
1 V2 L V2N A '2 h1
V1 2
V22 L V22N A '3 = h 2 (177)
M M L M M M
V12N −1
V2 N−1
2
L V22NN−1 A '2 N h2N−1
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[ h] 1 {h' } 1
'
[ h] 2 {β} = {h } 2
M
ou [hG ]2Npx 2 N{β}2Nx1 = {h'G }2Npx 1 (178)
M
{h' } p
[h]p
Uma solução deste tipo para a Eq. (176) já poderia ter sido aplicada no método da
exponencial complexa, considerando-se que mais do que 2N conjuntos de pontos já
seriam uma forma de melhorar os resultados, principalmente, devido ao fato de se poder
varrer uma quantidade maior de pontos da Função Resposta Impulsiva e, assim,
minimizar os efeitos dos ruídos de medição. Portanto, na Eq. (178), podemos ter mais do
que 2N conjuntos de pontos de medição.
Conhecidos os coeficientes do vetor {β}, obtém-se os valores de Vr resolvendo,
como antes, a Eq. (172) e, então, para cada Função Resposta Impulsiva, os resíduos
Ar' podem ser determinados usando-se novamente a Eq. (177). Alternativamente, um
algoritmo no domínio da freqüência pode ser usado para determinação dos resíduos.
Como no método da exponencial complexa, permanece, ainda, o problema da
estimativa correta do número de modos. Entretanto, o cálculo do escalão da matriz [hG],
na Eq. (178) pode ser usado como uma indicação desta quantidade.
2N
{h(t)} = {h(t )}s + {h(t)}r = ∑ {φ}j (φsj + φrj )es t r
(181)
j=1
2N
{h(t)} = ∑ C j {φ}j e s t r
(182)
j =1
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onde Cj representa a soma dos j-ésimos fatores de participação modal. Essa constante,
no método de Ibrahim, é incorporada ao vetor {φ}j, conforme mostra a seguinte equação:
2N
{h(t)} = ∑ {ϕ}j es t r
(183)
j =1
Na Eq. (183), {ϕ}j = C j {φ}j é, ainda, um modo de vibrar, mas não mais ortonormal e
uma conseqüência da utilização do método de Ibrahim é a impossibilidade das constantes
Cj serem recuperadas. Com base na Eq. (183), a i-ésima resposta será escrita assim:
2N
hi ( t ) = ∑ ϕije sr t , i = 1,...,q (184)
j=1
2N
hik = ∑ϕ λ
j=1
ij jk (185)
onde
hik ≡ hi ( t k ) λ jk = e
sj tk
e (186)
ou, simplesmente
2N 2N
hi ( t k + ∆t ) = ∑ ϕij esr ( tk +∆t ) =∑ ϕij e sr ∆tk e
s j tk
(189)
j=1 j =1
) s ∆t
) )
Definindo ϕij = ϕij e j e hi ( t k ) = hik = hi ( t k + ∆t ) = hi,k+1
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tem-se
) 2N
)
hik = ∑ϕ λ
j=1
ij jk (190)
[h) ]
qxM
)
= [ϕ]qx 2 N [∧c ]2NxM (191)
)
Por outro lado, existe uma matriz quadrada [S] que relaciona h e h, da seguinte
maneira:
Esta matriz [S], que é uma matriz de transmissão, é característica do sistema estrutural,
como se verá a seguir, e pode ser calculada por:
) s ∆t
e como ϕij = ϕij e j e {ϕ)} = [S]{ϕ}, podemos escrever o seguinte problema padrão de
autovalor:
[S]{ϕ} = {ϕ}e s ∆t j
(195)
{ϕ) }j para um intervalo de tempo com o valor calculado para o intervalo seguinte. Um
modo genuíno fornecerá valores semelhantes enquanto que um modo computacional
tenderá a apresentar valores distintos.
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ANEXOS
A.1.1 – INTRODUÇÃO
e, por extensão:
[∑] é uma matriz real com ele mentos σij = σi para i = j e σij = 0 para i ≠ j. Os valores
de σi são denominados de valores singulares da matriz [A]. Sem perda de generalidade
nós assumiremos que eles são valores decrescentes, ou seja, σ1 > σ 2 > L > σN .
σ1 0 L 0
0 σ
2 L 0
[∑] = M M O M N (A.4)
0 0 L σN
0 0 L 0 M-N
N
Se a matriz [A] é complexa, então, a Eq. (A.1) torna-se:
onde o sobrescrito H denota a transposta conjugada complexa (Hermitiana). [U] e [V] são
matrizes unitárias (esta denominação substitui o termo ortogonal quando a matriz é
complexa), isto é:
Os valores singulares são a raiz quadrada dos autovalores da matriz [A]T[A], se [A]
é real, e de [A]H[A], se [A] é complexa. Porque [A]T[A] é simétrica e [A]H[A] é Hermitiana,
seus autovalores são sempre reais e, portanto, ambas as Eq. (A.1) e (A.5) fornecem
valores singulares reais.
A SVD pode ser muito útil para resolver sistemas de equações sobredeterminados,
da forma:
ou
ou, ainda,
com
σ jZ j = dj para j ≤ N e σj ≠ 0 (A.14a)
A matriz [A]+ sempre existe e é única. Se [A] é quadrada e não singular, então
[A] = [A]-1 e se [A] é retangular de escalão completo, então [A]+ = ([A]T [A])-1 [A]T. No
+
último caso se [A] é complexa, então [A]+ = ([A]H [A])-1 [A]H. Entretanto, se [A] não tem
escalão completo a melhor forma de calcular a pseudo-inversa é através da SVD. A
pseudo-inversa está relacionada ao problema de mínimos quadrados, tal como o valor de
{X} que minimiza [A]{X}− {b} e que pode ser dado por {X} = [A]+ {b}. Considerando a Eq.
2
[A ]NxM
+
= [V ]NxN[∑ ]NxM[U]MxM
+ T
(A.18)
A matriz [∑] + é uma matriz diagonal real de ordem N x M, constituída pelos valores
inversos dos valores singulares σj não nulos. Cada elemento da matriz [A]+ pode ser mais
eficientemente calculado por:
v ik u jk
aij+ = ∑
σk ≠ 0 σk
(A.19)
onde vjk e ujk são os elementos correspondentes de [V] e [U] T. A soma exclui os valores
de σj que são nulos. Em termos práticos, somente são considerados os valores singulares
que são maiores do que um valor crítico τ, ou seja:
v iku jk
aij+ = ∑
σk > τ σk
(A.20)
Por outro lado, todas as demais condições impostas pela Eq. (A.16) continuam
válidas. Entretanto, o fato do não atendimento de uma condição expressa pela Eq. (A.16)
leva a constatação de que a pseudo-inversa passa a não ser única, mas entre as
respostas possíveis, a condição expressa pela Eq. (A.21) é a que fornece o mínimo erro
para o problema de mínimos quadrados.
A.2.1 - INTRODUÇÃO
Quando o sinal de resposta é uma onda senoidal pura tal como aquela obtida de
um teste modal com excitação senoidal, a determinação das freqüências características é
um processo simples. Contudo, em um teste modal com excitação aleatória, o
deslocamento, a velocidade ou a aceleração da estrutura de teste é normalmente uma
função complicada resultante de uma interação entre várias freqüências de ressonância
da estrutura e das freqüências características da força acionadora externa.
Antes de abordarmos tal situação, iniciemos com o caso mais simples de uma
excitação periódica, que leva a uma resposta periódica. Como o deslocamento x(t) é uma
função periódica de período T, x(t) pode ser expresso como uma soma de ondas
senoidais harmonicamente relacionadas, ou seja, pode ser representado pela série de
Fourier como:
∞
2πn 2πn
x( t ) = a o + 2∑ a n cos t + b n sen t (AII-1)
n =1 T T
1 T /2 2πn
an =
T ∫−T / 2
x( t ). cos
T
t.dt (AII-2)
1 T/2 2πn
bn = ∫
T −T / 2
x( t ). sen
T
t.dt (AII-3)
a forma exponencial resultante para a série de Fourier pode ser escrita como:
∞
x( t ) = ∑C e n
i2 πnt / T
(AII-5)
n= −∞
onde
1 T /2
T ∫− T / 2
Cn = x( t ).e − i2 πnt / T dt (AII-6)
Cn = C−n = a 2n + b 2n (AII-7)
Se x(t) não é uma função periódica mas um único impulso, é possível ainda utilizar
o teorema de Fourier, embora em uma versão um pouco modificada. Substituindo a Eq.
(AII-6) na Eq. (AII-5), obtemos:
∞
1
∑ T ∫ dτ e
T/2 −i2 πnτ / T i2 πnt / T
x( t ) = x( τ )e (AII-8)
n= −∞
−T / 2
Pode ser assumido que neste caso o impulso será repetido após um período
infinito. Como T → ∞, 1 T = ∆f → df e n T = n∆f → f que é uma variável contínua.
Conseqüentemente, a soma na Eq. (AII-8) transforma-se em uma integral:
∞
∞ x( τ)e− i2 πfτdτ ei2 πf tdf
x( t ) = ∫− ∞ ∫− ∞
(AII-9)
ou
∞
x( t ) = ∫−∞
X( f ).ei2 πf tdf (AII-10)
onde
∞
X( f ) = ∫ x( t ).e −i 2 πf tdt (AII-11)
−∞
(a) Harmônico, por exemplo, forças e sinais de resposta de uma estrutura excitada por
uma força senoidal;
(b) Periódico, por exemplo, vibração de uma máquina rotativa em velocidade
constante;
(c) Transiente, por exemplo, a resposta de uma estrutura excitada por uma força
impulsiva;
(d) Aleatório, por exemplo, a resposta de uma estrutura sob excitação de ruído branco.
Figura AII.1 (a) Seno com n períodos. Figura AII.1 (b) Seno com (2n+1/2) períodos.
objetivo é obter um decaimento suave do sinal para o valor nulo nos limites do período de
tempo de gravação, tal que o sinal resultante se aproxime mais de um sinal de período
exato. Da Fig. AII.1(b) para a Fig. AII.2(b), nenhuma janela foi aplicada ou, o que é
equivalente, uma janela retangular foi usada.
Figura AII.2 (a) Espectro de Potência obtido Figura AII.2 (b) Espectro de Potência
obtido quando fo T é inteiro. quando foT não é inteiro.
A função janela mais comumente usada é a janela Hanning. Seu nome originou-se
de von Hann, um cientista que aplicou um processo equivalente para dados
meteorológicos. Quando os sinais senoidais mostrados nas figuras AII.1 (a) e (b) são
multiplicados pela janela Hanning antes da análise de Fourier, os espectros resultantes
dos sinais são mostrados nas figuras AII.3(a) e (b). Podemos observar que a janela
Hanning faz com que alguma quantidade de energia do sinal original escoe para as duas
componentes espectrais adjacentes enquanto ela suprime o vazamento de energia para
outras componentes espectrais que estão afastadas da freqüência correta. Então, a
aplicação da janela geralmente limita a extensão do vazamento e reduz a chance de
componentes importantes do sinal serem mascaradas.
Figura AII-3 (a) Espectro de potência obtido Figura AII-3 (a) Espectro de potência obtido
pelo uso de uma janela Hanning quando pelo uso de uma janela Hanning quando
foT é inteiro. fo T não é inteiro.
É recomendado que uma janela deve sempre ser usada exceto quando o sinal é
verdadeiramente periódico no tempo T ou o sinal é um transiente que sempre decai para
zero dentro do comprimento de gravação. Além disso, o inevitável espalhamento de
energia quando a análise de Fourier é usada para sinais que não são exatamente
periódicos no tempo de medição significa que grande cuidado deve ser tomado quando se
obtém valores de amortecimento do espectro, uma vez que os valores de amortecimento
tendem a assumir valores mais altos do que verdadeiramente são.
O que até aqui foi apresentado aplica-se igualmente aos sinais analógicos e
digitais. Na prática, a análise de Fourier é quase sempre desenvolvida usando um
Processador de Sinais Digitais embora os transdutores gerem sinais analógicos de saída.
Por exemplo, uma célula de carga piezelétrica gera uma voltagem de saída que é
proporcional à força excitadora aplicada à estrutura. Como a força varia de forma
contínua, a saída do transdutor mostra uma variação contínua do sinal. Um conversor
analógico digital (A/D), que é uma parte importante do sistema de aquisição de dados, é
usado para converter o sinal analógico do transdutor em código digital usado pelo
processador.
O conversor A/D grava o nível do sinal em um conjunto discreto de tempos, isto é,
1/fs , 2/fs , 3/fs , ..., N/fs segundos onde N é o número total de amostras e fs é a freqüência de
amostragem em Hz. A Fig. AII-4 mostra o processo típico de amostragem de um sinal
analógico.
Desde que não existe informação para os períodos de tempo entre as amostras, a
seleção incorreta da freqüência de amostragem pode produzir resultados não condizentes
com a realidade. A Fig. AII-5 (a) mostra uma onda senoidal com uma freqüência fo = 10
Hz. Tomando os valores amostrados desse sinal contínuo dependente do tempo, usando-
se freqüências de amostragem iguais a fs = 5 Hz, fs = 12 Hz e fs = 20 Hz e ligando os
valores amostrados por segmentos de retas, podemos produzir os gráficos de amplitude x
tempo como mostrado nas figuras AII-5 (b), (c) e (d). Examinando a Fig. AII-5 (b) é
razoável concluir que o sinal amostrado tem um valor constante, ou seja, é um sinal DC.
Esta conclusão está errada porque o sinal original é uma onda senoidal.
A magnitude do dado amostrado, que depende de quando a amostra foi tomada,
pode também não refletir a realidade. Isto ocorre se a onda é amostrada em uma taxa
qualquer que seja uma fração inteira da freqüência fo do sinal original, por exemplo, fo ,
fo/2, fo/3, ... A Fig. AII-5 (c) mostra os dados amostrados como sendo de uma onda com f
= 2 Hz, sendo esta freqüência a diferença entre a freqüência do sinal fo = 10 Hz e a
freqüência de amostragem fs = 12 Hz. A interpretação errada de um sinal por uma
senoide de freqüência mais baixa é denominada de “aliasing”. A menor taxa de
amostragem, ou freqüência de amostragem, requerida para evitar o “aliasing” é de pelo
menos duas vezes a freqüência do sinal. Esta afirmação é conhecida como o teorema de
amostragem de Nyquist-Shaunon. A Fig. AII-5 (d) mostra os dados como sendo uma onda
senoidal de freqüência igual a 10 Hz, a mesma freqüência da onda original.
Quando a amostragem e a digitalização são feitas pelo conversor A/D, o
dispositivo gera um número fixo de níveis digitais discretos do sinal, ou níveis de
quantização. O valor do sinal no instante da amostragem é arredondado para o nível
digital mais próximo possível, conforme mostrado na Fig. AII-6. A precisão do processo
depende do número de bits no conversor, uma vez que um conversor de n bit tem 2n
níveis de quantização. Muitoa analisadores FFT usam conversores A/D de 12 bits dando
212 = 4096 níveis, ou 212 –1 = 4095 níveis não nulos, e uma faixa dinâmica de
20.log10 4095 = 72,25 dB para medições pico-a-pico.
Na prática, o sinal deve ocupar tanto quanto possível da faixa do conversor. Se o
conversor é bipolar tendo, por exemplo, 4096 níveis entre –1V e +1V e o sinal está entre –
0,01V e +0,01V, 40 dB da faixa de medição será perdida. Neste caso, o sinal deve ser
amplificado ou a faixa do conversor mudada. Feito isto, os erros de quantização são
insignificantes.