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Faculdade de Engenharia

Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental

Hidráulica Geral (ESA024A)

Prof. Homero Soares

1º semestre 2013
Terças de 10 às 12 h
Sextas de 13 às 15h
Universidade Federal de Juiz de Fora - UFJF Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental – ESA
Faculdade de Engenharia Prof. Homero Soares

Análise dos Sistemas de Recalque


Objetivos
-Analisar as condições de funcionamento dos sistemas de recalque;
-Analisar as condições de ocorrência do fenômeno da CAVITAÇÃO.
Curvas Características das Bombas
-Ensaios demonstram que as bombas podem trabalhar para condições diversas
daquelas para as quais foram especificadas, isto é, para diferentes vazões (Q) e
alturas manométricas (Hm).
-As curvas características das bombas fornecidas pelos fabricantes permitem
relacionar:
OBS:
- Curva Qx Hm (m) As curvas características Hm x Q tem forma de equação de 2º Grau:
- Curva Qx P(CV)
Hm = aQ2 + bQ + c, sendo que: “a”, “b” e “c” são obtidos
- Curva Qx h(%) experimentalmente para três pares ordenados (H 1, Q1), (H2, Q2) e (H3,
- Curva Qx NPSHReq.(m) Q3).
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Aspectos Gerais das Curvas Características das Bombas

OBS:
Bombas axiais  operam com grandes vazões e pequenas alturas manométricas.
Bombas centrífugas  operam com pequenas vazões e grandes alturas manométricas.
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Princípio de Funcionamento da Bomba Centrífuga

Vaso cilíndrico girante Parabolóide de revolução


aberto Depressão junto ao centro do vaso e
sobrepressão nas periferias

Considerando um vaso
fechado, ao acionar o
vaso girante (rotor), a
depressão central aspira
o fluido que, sob a ação
da força centrífuga,
ganha, na periferia, a
sobrepressão que o
recalca para o
reservatório superior. Fonte: Djalma F. Carvalho (1977)
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Catálogo de Seleção de Bombas - Schneider


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Curva da Tubulação ou Curva do Sistema


Equação da Altura Manométrica: (Eq. 1): Hm = Hg + hfTot(1-2) hfTot = f (Q)

OBS: Equação da tubulação (1), refere-se à situação em que os pontos 1


e 2 estão sujeitos à mesma pressão atmosférica.

a) Método dos Comprimentos Virtuais b) Expressão Geral das Perdas Localizadas


Qn Lv
hf   m .Lv  r   m
Tot
kU 2
D D hf Loc

2g
 hf Tot  r.Q n
Hazen  Willians Então:
Então: n  1,85  .Q n kU 2 Q2
Hm  Hg  .L   Mas : U  2
2

10,64 Dm 2g A
r  1,85 4,87 .Lv
Hm  Hg  r.Q n C .D  .Q n 8kQ2
Hm  Hg  .L 
FórmulaUniversal Dm g 2 .D 4
L
n2 ou r1  
Dm
8f Hm  Hg  r1Q n  r2Q 2 
8k
r 2 .Lv r2 
 .g.D 5 g. 2 .D 4
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Traçado da Curva do Sistema

Hm2
Hm1

Q1 Q2

Se Q = 0  Hm = Hg
Quanto > Q > hf e conseqüentemente > Hm
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Curva da Bomba versus Curva do Sistema


Conceito
As curvas características das bombas demonstram que esses equipamentos podem
funcionar em ampla faixa de valores. Entretanto, a operação da bomba é definida,
para um dado sistema, em função da altura geométrica (Hg) e da perda de carga total
(hfTot), desse sistema.

Ponto de Operação da Bomba


Para um dado sistema, o ponto de operação da bomba é definido pelo ponto de
interseção da curva da bomba (CB) com a curva do sistema (CS), conforme ilustra o
gráfico a seguir.
ou Ponto
Pt (Q’,Hm’)
de Trabalho
Curva do sistema ou curva
característica da tubulação

Hm’

Curva característica da
bomba

Q’
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Problema V.1 (p CapV-4 Verso)


Certa bomba utilizada em instalação industrial, possui a curva característica
(Hm x Q) apresentada a seguir:
Q (l/s) 0 1 2 3 4 5 6 7 8 10 12 14
Hm (m) 40 39,9 39,8 38,1 37 36,5 36 34,8 33,5 30 24 15

A bomba alimenta um reservatório cuja pressão absoluta é 2 atm. O desnível


entre o reservatório e o poço de sucção é 13 m. Sabendo-se que a pressão
existente entre um ponto na tubulação de sucção (próximo à bomba) é de -0,5
kgf/cm2 e o outro ponto logo após a bomba, no recalque, de 2,5 kgf/cm2,
pede-se:
a) A equação característica da tubulação.
b) O novo ponto de funcionamento da bomba se a regulagem do registro de
gaveta provocasse um aumento de perda de carga dado por hfLoc = 0,02.Q2.
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Influência do Diâmetro do Rotor


Seja:
D1 = Diâmetro original do rotor;
D2 = Diâmetro do rotor após raspagem (usinagem);
Q1 = Vazão recalcada com rotor “R1” (original);
Q2 = Vazão recalcada com rotor “R2” (após usinagem/raspagem).
Neste caso, a relação será:

Q2
D2  D1
Q1

A raspagem limita-se à 20% do diâmetro original do rotor.


ATENÇÃO
Q1 nP 3 Q D Q
 K mas nP  n M então 1  K 3  ( 1 )3 ou D2  D1 3 2
Q2 nM Q2 D2 Q1
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Influência do Rotação do motor

Se se muda apenas a rotação do motor:


K = 1, pois a M = P, Modelo = Protótipo
Assim:

QP nP HM nM 2 PP nM 3
 ; ( ) ; ( )
QM nM HP nP PM nP

ATENÇÃO: a equação acima é válida parapontos de


mesma eficiência
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Problema V.2 (p. CapV-7)


A especificação de uma estação elevatória prevê que uma bomba
deverá recalcar 35 m3/h a uma Hm igual 17,5 m entre dois
reservatórios, com desnível de 12 m.
A curva característica da bomba para rotação de 1750 rpm e D =
200 mm (rotor) é:
Q (m3/h) 0 10 20 30 40 50

Hm (m) 25 24 22 20 17,5 10

Determine:
a) O ponto de trabalho da bomba escolhida no sistema.
b) O diâmetro do rotor da bomba para que a vazão seja
exatamente a especificada (suponha N = 1750 rpm
constante).
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Problema V.3 (p. CapV-8 Verso)


Uma bomba centrífuga com características Hm e Q mostradas no
quadro a seguir produziu 50 l/s quando instalada em uma adutora que
interliga dois reservatórios cuja diferença entre os níveis de água é 30
m. Após 20 anos de funcionamento verificou-se que a vazão ficou
reduzida à 40 l/s em função do aumento da perda de carga na
tubulação.
Desprezando as perdas localizadas determine, após 20 anos, a perda de
carga contínua na tubulação e o aumento percentual do coeficiente de
atrito “f”.
Q (l/s) 0 10 20 30 40 50 60 70 80

Hm (m) 80 75,1 69,6 63,6 57,1 50 42,4 34,3 25,6

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