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A argumentação Jurídica na Petição Inicial Comentado [B1]: O sistema é autor data, como os modelos
iniciais, os demais exemplos de nota de rodapé são apenas exemplos-
Palavras-chave: Argumentação. Linguagem jurídica. Petição Inicial. Comentado [B6]: palavras –chave separadas por ponto
ABSTRACT
The legal argument is the embodiment of the speech delivered by the law
enforcement officersin legal activivities.There is increasing interest in theories of
knowledge that can support an argumentative legal process, since arguments
as a mean of sustaining ideas are used in legal practise where nothing is done
without explanstion and justification. This study aimed to describe the processo
of legal reasoning in the application. This study was conducted though a
literature research. It was verified that the aplication is called by Campestrini e
Florense (2009, p. 1)“essential document for filing the lawsuit” presentes
arguments to claim that citizens, justice, rights, built by means of a rational
organization of ideas, where there is appreciation of the current dialogue
process that respects the speaker and the contexto of your statements and if
necessary incorporate other fields. The field of law today is in terms of grades,
levels and layers, in addition to a formal logical view of the existence of absolute
thuths and “right” and “wrong”. The transformation of the right over time bears
the mark of the historical moment lived and representes the society. The
importance of the studies about legal arguments represent and contibute to
changing the law.
Introdução
1 PROCEDIMENTO METODOLÓGICO Comentado [B10]: não precisa ter esta seção –pode encerrar no
final da introdução
Método é o “conjunto das atividades sistemáticas e racionais, que com
maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo”.(MARCONI;
LAKATOS, 2005, p.83) Para responder às questões a investigar neste estudo,
optou-se por conduzir uma pesquisa bibliográfica.
A pesquisa se iniciou pela revisão de literatura, que pode ser
compreendida como pesquisa bibliográfica e segundo Marconi e Lakatos
(2005, p. 44) “compreende oito fases distintas: escolha do tema; elaboração de Comentado [B11]: modelo de citação curta-cópia –os autores
estão fora do parênteses
plano de trabalho; identificação; localização; compilação; fichamento; análise e
interpretação e redação”.
Após a compilação dos dados obtidos por meio da revisão de literatura
foram elaborados os pressupostos teóricos que sustentam, justificam e
respondem aos objetivos propostos desenvolvidos ao longo das seções deste
estudo.
3
3
PERELMAN, C. apud OLIVEIRA,E. C. A nova retórica da “regra da justiça ao ad
hominem 2007 . 224f.Tese (doutorado em Filosofia) Universidade Estadual de Campinas,
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas. .Campinas, S.P. p.193 Disponível em:<
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/2010/artigos_teses/FILOSOFIA/Teses/Ol
iveira_EduardoChagas.pdf> acesso 4 jul 2014
4
WESTON, A. A arte de argumentar. trad. Desidério Murcho. Portugal: Gradiva, 1996.p.26
5
ATIENZA, M. As razões do direito:teorias da argumentação jurídica. Trad Maria Cristina
Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy, 2006. p. 19
4
6
ATIENZA, M. As razões do direito:teorias da argumentação jurídica. Trad Maria Cristina
Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy, 2006.p.10
7
ATIENZA, op. Cit.
8
1965 apud ATIENZA, M. As razões do direito:teorias da argumentação jurídica. Trad Maria
Cristina Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy, 2006, p. 21
9
ATIENZA, op.cit., p.20
10
ATIENZA, M. As razões do direito:teorias da argumentação jurídica. Trad Maria Cristina
Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy, 2006. p.20
5
último procedimento exige uma análise do tipo lógica e rege-se pelas regras do
método científico. 11
Desta forma, uma coisa é o procedimento mediante o qual se
estabelece uma determinada premissa ou conclusão e outra coisa é o
procedimento que consiste em justificar essa premissa ou conclusão. A
argumentação jurídica se enquadra nas teorias que pretendem explicar como
se argumenta no contexto da justificação das argumentações. 12
2.3.1 A TÓPICA JURÍDICA
As obras dos anos 50 compartilham entre si a rejeição da
lógica formal como instrumento para analisar os raciocínios jurídicos. 13 O
primeiro autor Viehweg publicou seu trabalho em 1953, a contraposição entre
lógica e tópica é um dos debates principais da obra do autor que se
assemelham a vários textos publicados em 1951 –inclusive a obra de Edward
H.Levi publicada em 1951. Para Levi o processo de raciocínio jurídico se
assemelha ao do raciocínio por exemplos – raciocínio de caso a caso “é um
processo que se compõe de três passos, caracterizado pela doutrina de
precedente”, 14se descobre semelhanças entre os casos, depois se exprime a
regra de direito implícita no primeiro e ela é aplicada no segundo. Ao se pensar
no Direito como um sistema aberto e não fechado – o conceito deve ser
construído à medida que aparecem os casos lembrando que “as palavras
mudam para receber o conteúdo que a comunidade lhes confere”. 15
16
ATIENZA, M. As razões do direito:teorias da argumentação jurídica. Trad Maria Cristina
Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy, 2006 , p. 51
17
ATIENZA, M. As razões do direito:teorias da argumentação jurídica. Trad Maria Cristina
Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy, 2006, p.52
18
Ibid., p.53
19
MEYER, M . Prefácio In: PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYECA, L Tratado de
argumentação: A Nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. XX
20
ATIENZA, M. As razões do direito: teorias da argumentação jurídica. Trad Maria Cristina
Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy, 2006 ,p. 61
7
Daí que Perelman venha dizer-nos que ao lado da prova para a lógica
tradicional, dedutiva ou indutiva, impõe-se considerar também outro
tipo de argumentos, os dialéticos ou retóricos.[...] a prova retórica
manifesta-se pela força do melhor argumento, que se mostrará mais
forte ou mais fraco, mais ou menos pertinente ou mais ou menos
convincente, mas que, pela sua natureza, afasta, à partida, qualquer
possibilidade de poder ser justificado como correto ou incorreto 21
21
SOUSA, A. de A persuasão: estratégias da comunicação influente. Covilhã: Universidade
da Beira Interior . 2001. p. 40.Disponível em:< http://www.bocc.ubi.pt/pag/sousa-americo-
persuasao-0.pdf> acesso em 14 nov 2011
22
Op.cit.,p. 61
23
MEYER, M . Prefácio In: PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYECA, L Tratado de
argumentação: A Nova retórica. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. XX
24
PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYECA, L Tratado de argumentação: A Nova retórica. São
Paulo: Martins Fontes, 1996, passim
25
Ibid, passim
26
PERELMAN, C.; OLBRECHTS-TYECA, L Tratado de argumentação: A Nova retórica. São
Paulo: Martins Fontes, 1996, passim
8
27
Ibid, p.17
28
Ibid,p.19
29
Ibid, p.22-28
9
30
ANDRADE, R. H. R. Verdade e Retórica em Chaim Perelman. 2009. 98f. Dissertação
(Mestrado em Filosofia) UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA –BAHIA. p.63 Disponível em:<
http://www.ppgf.ufba.br/dissertacoes/Ricardo_Andrade.pdf> Acesso em 5 set 2011
31
CADEMARTORI, L.H. U.; DUARTE, F.C. Hermenêutica e argumentação jurídica
neoconstitucional. São Paulo: Atlas, 2009. p.75
32
CEIA, C.. Argumentação. E- dicionário de termos literários. Disponível em:<
http://www.fcsh.unl.pt/invest/edtl/verbetes/A/argumentacao.htm> Acesso em 1 fev 2011.
33
CAMPESTRINI, H.; FLORENSE, R. C. B. Como redigir petição inicial. 2 ed. Ver. e ampl.
São Paulo: Saraiva, 2009.p. 1
34
MARINONI, L.G. A Petição Inicial. In:_________ Processo de Conhecimento. 7 ed. Ver. E
atual. 3. Tir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2008. p. 72.
10
35
Ibid., p. 73
36
Ibid.,p. 74
37
Petter (2002) apud MAZZAFERA, B.L. Interferências na aquisição e desenvolvimento da
linguagem oral In: VII Seminário de Pesquisa em Ciências Humanas/UEL, 2008, 2008,
Londrina. Anais do Seminário de Pesquisa em Ciências Humanas. Londrina: EDUEL, 2008.
v.01. p.1 – 12
38
Peter (2002, p 11) apud MAZZAFERA, B.L. Interferências na aquisição e
desenvolvimento da linguagem oral In: VII Seminário de Pesquisa em Ciências
Humanas/UEL, 2008, 2008, Londrina. Anais do Seminário de Pesquisa em Ciências Humanas.
Londrina: EDUEL, 2008. v.01. p.1 – 12
11
39
FIORIN, J. L.(org.). Prefácio In:_______(org.) Introdução à linguística. São Paulo:
Contexto, 2002.
40
FERNADES, E. Teorias de aquisição da linguagem. In :GOLDFELD,M. Org. Fundamentos
de Fonoaudiologia: linguagem. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan;1998.p.1-13.
41
ASENSI, F. D. Curso Prático de Argumentação jurídica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010,p.
119
42
ASENSI, F. D. Curso Prático de Argumentação jurídica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010
p.119
43
ASENSI, F. D. Curso Prático de Argumentação jurídica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010,p.
119
12
44
MARQUARDT, E. Metáfora. Campinas: Digital Educacion, 2011. Disponível em:
<http://de.neweducation.com.br/admin/modulo.php?idModulo=51.> Acesso em 2 jul 2014
45
CAMPESTRINI, H.; FLORENSE, R. C. B. Como redigir petição inicial. 2 ed. Ver. e ampl.
São Paulo: Saraiva, 2009.
46
Ibid, p. 12
47
Ibid, .p. 21
48
Ibid,. p. 32
49
SANTOS, A. MARQUES dos. Argumentação jurídica: os melhores e os piores argumentos
na retórica forense. Disponível em: <http://albertodossantos.wordpress.com/artigos-
juridicos/argumentacao-forense/>. Acesso em: 10 ago 2010.
13
52
JHERING, R. apud DURKHEIM, E. Ética e a sociologia da moral. Trad Paulo castanheira.
São Paulo : Landy. 2003 p. 44
53
CADEMARTORI, L.H. U.; DUARTE, F.C. Hermenêutica e argumentação jurídica
neoconstitucional. São Paulo: Atlas, 2009. p.74
54
ASENSI, F. D. Curso Prático de Argumentação jurídica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010
passim.
16
concreto 55. O argumento que prepondera é o mais razoável, como citado por
Perelman, o que recebe maior adesão por parte dos interlocutores.
A segunda característica associada à primeira é a valorização
do diálogo, por meio das colocações das partes envolvidas no processo,
pretende-se o alcance de consensos, mediados pelo juiz- estado. Este diálogo
acontece por meio da linguagem. A linguagem é uma característica
eminentemente humana e, durante o processo judicial, é oral ou escrita. Para
que a linguagem cumpra mais esta função social é necessário que ela possua
um conceito entendido pelos falantes do idioma. A Linguística chama signo a
essa combinação de conceito e palavra (escrita ou falada), o signo linguístico
utiliza um elemento material –sons concretos- chamado significante e o
elemento da palavra que produz a imagem mental, o conceito, chamado
significado. A evolução deste conceito ao longo do tempo pode ser expressa
pelo quadro 1, ou seja,
as palavras são constituídas de corpo (significante) e alma (significado); são
signos sociais, já que usadas por uma comunidade linguística [...] mas
devem ser levadas em consideração, no contexto linguístico (frase,
expressão ou texto) em que se encontram [...], são também, signos
individuais, pois cada indivíduo, baseado no aspecto social (referência
comum a todos os usuários da língua), infere suas próprias relações psico-
sócio culturais [...] e sua capacidade de compreensão relativa ao estágio de
maturação de seu desenvolvimento cognitivo. 56
Quadro 2: Evolução do conceito de signo linguístico
55
Ibid, p. 6-8
56
FERNADES, E. Teorias de aquisição da linguagem. In :GOLDFELD,M. Org. Fundamentos
de Fonoaudiologia: linguagem. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan;1998.p.4
17
60
1984 apud ATIENZA, M. As razões do direito:teorias da argumentação jurídica. Trad Maria
Cristina Guimarães Cupertino. São Paulo: Landy, 2006, p.22
19
pluralista que não aceita mais o consenso porque foi proferido por uma
autoridade. Justificar diante de um caso difícil não pode ser mero exercício
dedutivo, ou seja, extrair conclusão a partir de premissas normativas ou fáticas.
A lógica é necessária, mas insuficiente para o controle dos argumentos
jurídicos em muitos casos concretos.
Cabe ao argumentador contribuir, a partir da petição inicial,
para que as melhores decisões sejam tomadas pelo Estado em benefício do
cidadão que representa.
REFERÊNCIAS