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NORMA ABNT NBR

BRASILEIRA ISO
50006

Primeira edição
29.03.2016

Sistemas de gestão de energia — Medição


do desempenho energético utilizando linhas
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de base energética (LBE) e indicadores de


desempenho energético (IDE) — Princípios
gerais e orientações
Energy management systems — Measuring energy performance using
energy baselines (EnB) and energy performance indicators (EnPI) —
General principles and guidance

ICS 27.010 ISBN 978-85-07-06124-3

Número de referência
ABNT NBR ISO 50006:2016
36 páginas

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‌ 016
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ABNT NBR ISO 50006:2016

Sumário Página

Prefácio Nacional.................................................................................................................................v
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Medição do desempenho energético................................................................................4
4.1 Resumo geral.......................................................................................................................4
4.1.1 Geral.....................................................................................................................................4
4.1.2 Consumo de energia...........................................................................................................4
4.1.3 Uso da energia.....................................................................................................................5
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4.1.4 Eficiência energética...........................................................................................................5


4.1.5 Indicadores de desempenho energético (IDE).................................................................6
4.1.6 Linhas de base energética (LBE).......................................................................................6
4.1.7 Quantificação do desempenho energético ......................................................................6
4.2 Obtenção de informações relevantes do desempenho energético a partir da revisão
energética............................................................................................................................7
4.2.1 Geral ....................................................................................................................................7
4.2.2 Definição das fronteiras do indicador de desempenho energético...............................7
4.2.3 Definição e quantificação de fluxos de energia...............................................................8
4.2.4 Definição e quantificação de variáveis relevantes...........................................................8
4.2.5 Definição e quantificação de fatores estáticos..............................................................10
4.2.6 Reunião de dados............................................................................................................. 11
4.3 Identificação dos indicadores de desempenho energético..........................................13
4.3.1 Geral...................................................................................................................................13
4.3.2 Identificação de usuários de indicadores de desempenho energético.......................14
4.3.3 Determinação das características específicas do desempenho energético a serem
quantificadas.....................................................................................................................15
4.4 Estabelecimento de linhas de base energética..............................................................18
4.4.1 Geral...................................................................................................................................18
4.4.2 Determinação de um período de dados adequado........................................................18
4.4.3 Determinação e teste das linhas de base energética....................................................19
4.5 Utilização de indicadores de desempenho energético e linhas de base energética.. 19
4.5.1 Determinação de quando a normalização é necessária................................................19
4.5.2 Cálculo de melhorias do desempenho energético........................................................20
4.5.3 Comunicação de alterações do desempenho energético.............................................20
4.6 Manutenção e ajuste dos indicadores de desempenho energético e linhas de base
energética..........................................................................................................................20
Anexo A (informativo) Informações geradas por meio da revisão energética para identificar
o IDE e estabelecer o LBE................................................................................................22
Anexo B (informativo) Fronteiras do IDE em um exemplo de processo produtivo.......................24

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Anexo C (informativo) Orientações adicionais sobre indicadores de desempenho energético


e linhas de base energética..............................................................................................25
C.1 Guia prático para IDE e LBE.............................................................................................25
C.1.1 Valor de energia medido...................................................................................................25
C.1.2 Razão de valores medidos...............................................................................................25
C.1.3 IDE baseados em modelos...............................................................................................25
C.2 Exemplos de tipos de IDE e aplicações..........................................................................25
C.3 Estudo de caso..................................................................................................................27
Anexo D (informativo) Normalização da linha de base energética utilizando variáveis
relevantes...........................................................................................................................29
D.1 Conceitos de normalização..............................................................................................29
D.2 Exemplos de cálculos de normalização..........................................................................30
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Anexo E (informativo) Monitoramento e reporte do desempenho energético...............................32


E.1 Geral...................................................................................................................................32
E.2 Tipos de reportes e métodos de monitoramento...........................................................33
E.3 Comparação entre a meta e o IDE atual..........................................................................33
E.4 Gráfico de tendência.........................................................................................................34
E.5 Gráfico X-Y.........................................................................................................................35
E.6 Unidades de reporte..........................................................................................................35
Bibliografia..........................................................................................................................................36

Figuras
Figura 1 – Relação entre desempenho energético, IDE, LBE e metas energéticas......................vi
Figura 2 – Visão geral da medição de desempenho energético......................................................5
Figura 3 – Conceito de período de linha de base e período de reporte para um IDE....................6
Figura 4 – Diagrama fence...................................................................................................................8
Figura 5 – Gráfico de tendência mostrando sazonalidade.............................................................10
Figura 6 – Variáveis com diferentes níveis de significância..........................................................10
Figura B.1 – Processo de divisão das fronteiras do IDE................................................................24
Figura D.1 – Cálculo do desempenho energético utilizando normalização.................................30
Figura D.2 – Processo de cálculo de normalização........................................................................31
Figura E.1 – Visão geral do monitoramento e reporte do desempenho energético....................32
Figura E.2 – Exemplo de IDE referentes à eficiência energética e uso de energia......................33
Figura E.3 – IDE e meta......................................................................................................................34
Figura E.4 – Gráfico de tendência do CEE.......................................................................................34
Figura E.5 – Gráfico X-Y.....................................................................................................................35

Tabelas
Tabela 1 – Os três níveis da fronteira do IDE.....................................................................................7
Tabela 2 – Tipos e aplicações de IDE...............................................................................................15
Tabela A.1 – Exemplos de atividades de revisão energética.........................................................22
Tabela C.1 – Exemplos de tipos de IDE e aplicações.....................................................................26
Tabela C.2 – Uso e propósito dos IDE..............................................................................................28

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ABNT NBR ISO 50006:2016

Prefácio Nacional

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto da
normalização.

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
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Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.

A ABNT NBR ISO 50006 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia
(ABNT/CB-116), pela Comissão de Estudo de Gestão de Energia (CE-116:000.001). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 14.12.2015 a 12.01.2016.

Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 50006:2014,
que foi elaborada pelo Technical Committee Energy Management (ISO/TC 242), conforme
ISO/IEC Guide 21-1:2005.

O Escopo em inglês desta Norma Brasileira é o seguinte:

Scope
This International Standard provides guidance to organizations on how to establish, use and maintain
energy performance indicators (EnPIs) and energy baselines (EnBs) as part of the process of
measuring energy performance.

The guidance in this International Standard is applicable to any organization, regardless of its size,
type, location or level of maturity in the field of energy management.

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ABNT NBR ISO 50006:2016

Introdução

Esta Norma fornece às organizações orientações práticas sobre como atender aos requisitos
da ABNT NBR ISO 50001 relacionados ao estabelecimento, uso e manutenção dos indicadores
de desempenho energético (IDE) e linhas de base energética (LBE) para a medição e alterações
no desempenho energético. O IDE e a LBE são dois elementos-chave inter-relacionados
da ABNT NBR ISO 50001 que permitem a medição, e, logo, a gestão do desempenho
energético em uma organização. O desempenho energético é um conceito amplo relacionado
ao uso e consumo de energia e eficiência energética.

Para gerenciar efetivamente o desempenho energético de suas instalações, sistemas, processos


e equipamentos, as organizações precisam saber como a energia é utilizada e quanto é consumida
ao longo do tempo. Um IDE é um valor ou medida que quantifica resultados relacionados à eficiência
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energética, uso e consumo de energia em instalações, sistemas, processos e equipamentos.


As organizações utilizam IDE como medida de seus desempenhos energéticos.

A LBE é uma referência que caracteriza e quantifica o desempenho energético de uma organização
durante um período de tempo específico. A LBE permite que uma organização avalie alterações
do desempenho energético entre dois períodos selecionados. A LBE também é utilizada para cálculos
de economia de energia, como uma referência antes e depois da implementação de ações de melhoria
do desempenho energético.

Organizações definem metas para o desempenho energético como parte do processo de planeja-
mento energético em seus sistemas de gestão de energia (SGE). A organização precisa considerar
as metas específicas de desempenho energético, enquanto identifica e estabelece o IDE e a LBE.
A relação entre o desempenho energético, IDE, LBE e metas energéticas é ilustrada na Figura 1.

LBE (linha de base energética)


Melhoria
(indicador de desempenho energético)

Desempenho energético (Melhoria do IDE)


Meta
Valor de referência do IDE

- Consumo energético (meta energética)


Valor corrente do IDE
(período de reporte)

- Uso de energia Meta alcançada!


(período de base)
IDE

- Eficiência energética

Figura 1 – Relação entre desempenho energético, IDE, LBE e metas energéticas

Esta Norma inclui quadros de ajuda desenvolvidos para fornecer ao usuário ideias, exemplos
e estratégias para medição do desempenho energético utilizando o IDE e a LBE.

Os conceitos e métodos nessa Norma podem também ser utilizados por organizações que não possuem
um SGE. Por exemplo, o IDE e a LBE podem também ser utilizados em nível de instalação, sistema,
processo ou equipamento, ou para a avaliação de ações individuais de melhoria de desempenho
energético.

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ABNT NBR ISO 50006:2016

O contínuo comprometimento e engajamento da alta direção é essencial para a efetiva implementação,


manutenção e melhoria do SGE, de forma a alcançar os benefícos da melhoria do desempenho
energético. A alta direção demonstra seu comprometimento por meio de ações de liderança e um
envolvimento ativo no SGE, garantindo contínua alocação de recursos, incluindo pessoal, para
implementar e manter o SGE ao longo do tempo
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Sistemas de gestão de energia — Medição do desempenho energético


utilizando linhas de base energética (LBE) e indicadores de desempenho
energético (IDE) — Princípios gerais e orientações

1 Escopo
Esta Norma fornece orientações para organizações de como estabelecer, utilizar e manter indicadores
de desempenho energéticos (IDE) e linhas de base energética (LBE) como parte do processo
de medição de desempenho energético.

As orientações nesta Norma são aplicáveis a qualquer organização, independentemente do seu


tamanho, tipo, localização ou nível de maturidade na área de gestão de energia.
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2 Referência normativa
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR ISO 50001:2011, Sistemas de gestão de energia – Requisitos com orientações para uso

3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR ISO 50001 e os
seguintes.

3.1
ajuste
processo de modificação da linha de base energética para permitir a comparação do desempenho
energético, em condições equivalentes, entre o período de reporte e o período de base
NOTA 1 A ABNT NBR ISO 50001 requer ajustes para a LBE quando o IDE deixa de refletir o uso e consumo
de energia da organização, ou quando ocorrem mudanças significativas no processo, padrões operacionais
ou sistemas energéticos, ou de acordo com um método predeterminado.

NOTA 2 Normalmente, os ajustes são feitos para responderem por mudanças nos fatores estáticos.

NOTA 3 Métodos predeterminados tipicamente redefinem a LBE em intervalos definidos.

3.2
período de base
período de tempo definido utilizado para comparar o desempenho energético com o período de
reporte

3.3
fronteiras
limites físicos ou locais e/ou organizacionais definidos pela organização
EXEMPLO Um processo, um grupo de processos, uma fábrica, uma organização inteira ou múltiplos
locais sob o controle de uma organização.
[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011,3.1]

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3.4
energia
eletricidade, combustíveis, vapor, calor, ar comprimido e outras formas análogas

NOTA 1 Para o propósito desta Norma, a energia refere-se às suas diversas formas, incluindo a renovável,
que podem ser compradas, armazenadas, processadas, utilizadas em equipamentos ou em um processo,
ou recuperadas.

NOTA 2 Energia pode ser definida como a capacidade de um sistema de produzir atividade externa
ou realizar trabalho.

[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011,3.5]

3.5
linha de base energética
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LBE
referência(s) quantitativa(s) fornecendo uma base para comparação do desempenho energético

NOTA 1 Uma linha de base energética reflete um período de tempo especificado.

NOTA 2 Uma linha de base energética pode ser normalizada usando variáveis que afetam o uso e/ou
consumo de energia, como nível de produção, graus-dia (temperatura exterior) etc.

NOTA 3 A linha de base energética é também utilizada para cálculo da economia de energia, como uma
referência antes e depois da implementação de ações de melhoria de desempenho energético.

[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.6, modificado – Adicionado termo abreviado]

3.6
consumo de energia
quantidade de energia aplicada

NOTA 1 O consumo de energia pode ser representado em unidades de fluxo de volume e massa ou peso
(combustível), ou convertido para unidades múltiplas de Joules ou watt-hora (por exemplo, GJ ou kWh).

NOTA 2 O consumo de energia é tipicamente medido utilizando-se medidores permanentes ou temporários.


Os valores podem ser medidos diretamente ou podem ser calculados ao longo de um período de tempo
específico.

[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.7 modificado – Adicionado Notas 1 e 2]

3.7
eficiência energética
razão ou outra relação quantitativa entre uma saída de desempenho, serviços, produtos ou energia
e uma entrada de energia

EXEMPLO Eficiência de conversão, energia requerida/energia usada, saída/entrada, energia teórica


utilizada para operar/energia usada para operar.

NOTA Tanto a entrada como a saída precisam ser claramente especificadas em quantidade e qualidade
e serem mensuráveis.

[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.8]

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3.8
desempenho energético
resultados mensuráveis relacionados à eficiência energética, uso de energia e consumo de energia
NOTA 1 No contexto de sistemas de gestão da energia, os resultados podem ser medidos em relação
à política energética da organização, objetivos, metas ou outros requisitos de desempenho energético.

NOTA 2 Desempenho energético é um componente do desempenho do sistema de gestão da energia.

[Fonte: ABNT NBR ISO 50001:2011,3.12]


3.9
indicador de desempenho energético
IDE
valor ou medida quantitativa de desempenho energético conforme definido pela organização
NOTA Os IDE podem ser expressos como uma simples métrica, razão ou um modelo mais complexo.
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[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.13]


3.10
meta energética
requisito de desempenho energético detalhado e quantificável, aplicável à organização ou partes
desta, oriundo do objetivo energético e que necessita ser estabelecido e atendido para atingir este
objetivo
[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.17]
3.11
uso de energia
modo ou tipo de aplicação de energia
EXEMPLO Ventilação, iluminação, aquecimento, resfriamento, transporte, processos, linhas de produção.

[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.18]


3.12
instalação
instalação única, conjunto de instalações ou processos de produção (estacionários ou móveis),
que podem ser definidos dentro de um único limite geográfico, unidade organizacional ou processo
de produção

[FONTE: ABNT NBR ISO 14064:2006, 2.22]

3.13
normalização
processo de modificação constante de dados de energia para considerar mudanças em variáveis
relevantes para comparar o desempenho energético em condições equivalentes

NOTA O IDE e suas LBE correspondentes podem ser normalizados.

3.14
variável relevante
fator quantificável que impacta o desempenho energético e muda constantemente

EXEMPLO Parâmetros de produção (produção, volume, taxa de produção), condições climáticas


(temperatura externa, graus-dia), horas de operação, parâmetros de operação (temperatura operacional,
nível de luz).

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3.15
período de reporte
período definido de tempo selecionado para cálculo e reporte do desempenho energético
EXEMPLO O período durante o qual uma organização quer avaliar mudanças nos IDE relativos
ao período da LBE.

3.16
uso significativo de energia
USE
uso de energia responsável por substancial consumo de energia e/ou que ofereça considerável
potencial para melhoria de desempenho energético
NOTA Critérios de significância são determinados pela organização.

[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.27, modificado – Foi adicionado termo abreviado]
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3.17
fator estático
fator identificado que impacta o desempenho energético e não muda rotineiramente
EXEMPLO 1 Tamanho de instalação; projeto de equipamentos instalados, número de turnos semanais
de produção, número ou tipo de ocupantes (por exemplo, funcionários de escritório), diversidade de produtos.

EXEMPLO 2 Uma alteração no fator estático pode ser uma mudança na matéria-prima do processo
de manufatura, de alumínio para plástico.

[FONTE: ISO 50015:2014, 3.22, modificado – Exemplos foram modificados]

4 Medição do desempenho energético


4.1 Resumo geral
4.1.1 Geral
Para medir e quantificar efetivamente seu desempenho energético, uma organização estabelece o
IDE e a LBE. Os IDE são utilizados para quantificar o desempenho energético de toda a organização
ou de suas diferentes partes. As LBE são referências quantitativas utilizadas para comparar valores
do IDE ao longo do tempo e para quantificar alterações no desempenho energético.
Os resultados do desempenho energético podem ser expressos em unidades de consumo (por
exemplo, GJ, kWh), consumo específico de energia (CEE) (por exemplo, kWh/unidade), potência de
pico (por exemplo, kW), alteração percentual em eficiência ou proporções adimensionais etc. A relação
geral entre o desempenho energético, o IDE, a LBE e metas energéticas é apresentada na Figura 1.
O desempenho energético pode ser afetado por uma série de variáveis relevantes e fatores estáticos.
Eles podem estar relacionados às condições variáveis de negócio, como demanda de mercado,
vendas e rentabilidade.
Uma visão geral sobre o processo de desenvolvimento, utilização e atualização dos IDE e LBE
é ilustrada na Figura 2 e descrita em detalhes nas Seções 4.2 a 4.6. Este processo auxilia a organização
a melhorar continuamente a medição do seu desempenho energético.
4.1.2 Consumo de energia
A quantificação do consumo de energia é essencial para a medição do desempenho energético e das
melhorias do desempenho energético.

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Quando múltiplas formas de energia forem utilizadas, é útil converter todas as formas para uma
unidade de medição de energia comum. Convém tomar cuidado para que a conversão seja feita de
forma que represente a energia total consumida em uma organização apropriadamente, incluindo
perdas em processos de conversão de energia.
4.1.3 Uso da energia
A identificação dos usos da energia, como sistemas energéticos (por exemplo, ar comprimido, vapor,
água fria etc.), processos e equipamentos, auxilia a categorização do consumo de energia e a focar
o desempenho energético nos usos que são importantes para uma organização.
4.1.4 Eficiência energética
A eficiência energética é uma métrica frequentemente utilizada para se medir desempenho energético
e pode ser utilizada como um IDE.
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A eficiência energética pode ser expressa de diferentes maneiras, como saída de energia/entrada de
energia (eficiência de conversão); energia requerida/energia consumida (onde a energia requerida
pode ser obtida a partir de um modelo teórico ou alguma outra relação); saída de produção/entrada
de energia (por exemplo, as toneladas de produção por unidade de energia consumida).
NOTA A entrada de energia/saída de produção às vezes é utilizada como IDE e é chamada de intensidade
energética.

Obtenção de informações relevantes sobre desempenho


energético a partir da revisão energética
- Definição dos limites dos indicadores de desempenho energético
- Definição e quantificação dos fluxos de energia
- Definição e quantificação das variáveis relevantes
- Definição e quantificação de fatores estáticos
- Ajuntamento de dados

Identificação de indicadores de desempenho energético


- Identificação de usuários de indicadores de desempenho
energético
Melhoria contínua

- Determinação das características específicas do desempenho


energético a serem quantificadas

Estabelecimento de linhas de base energética


- Determinação de um período base adequado
- Determinação e teste das linhas de base energética

Utilização de indicadores de desempenho energético e linhas


de base energética
- Determinação de quando normalização é necessária
- Cálculo das melhorias do desempenho energético
- Comunicação de mudanças no desempenho energético

Manutenção e ajuste dos indicadores de desempenho


energético e linhas de base energética

Figura 2 – Visão geral da medição de desempenho energético

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4.1.5 Indicadores de desempenho energético (IDE)


Convém que os IDE forneçam informações relevantes sobre o desempenho energético para permitir
que vários usuários dentro de uma organização compreendam o seu desempenho energético
e adotem medidas para melhorá-lo.
Os IDE podem ser aplicados em nível de instalação, sistema, processo ou equipamento para
proporcionar vários níveis de foco.
Convém que uma organização estabeleça uma meta energética e uma linha de base energética para
cada IDE.
4.1.6 Linhas de base energética (LBE)
Convém que uma organização compare as alterações no desempenho energético entre o período
de base e o período de reporte. A LBE é apenas utilizada para determinar os valores de IDE para
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o período de linha de base. O tipo de informação necessária para estabelecer uma linha de base
energética é determinado pelo propósito específico do IDE.
4.1.7 Quantificação do desempenho energético
Alterações no desempenho energético podem ser calculadas utilizando-se IDE e LBE para instala-
ções, sistemas, processos ou equipamentos.
A comparação do desempenho energético entre o período de base e o período de reporte envolve
o cálculo da diferença entre o valor do IDE nos dois períodos. A Figura 3 ilustra um caso simples
em que a medição direta do consumo de energia é utilizada como IDE e o desempenho energético
é comparado entre o período de base e o período de reporte.
Nos casos em que a organização determinar que variáveis relevantes como clima, produção,
horas de operação do edifício etc. afetam o desempenho energético, convém que o IDE e sua LBE
correspondente sejam normalizados para que o desempenho energético seja comparado sob condições
equivalentes.
LBE (linha de base energética)
Melhoria
(indicador de desempenho energético)

(Melhoria do IDE)
Valor de referência do IDE

Meta
(meta energética)

Meta alcançada!
Valor atual do IDE
IDE

(período de base)

(período de reporte)
Consumo energético

Consumo energético total de cada período


Período de linha de base Período de reporte tempo

Figura 3 – Conceito de período de linha de base e período de reporte para um IDE

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4.2 Obtenção de informações relevantes do desempenho energético a partir da revisão


energética
4.2.1 Geral
A revisão energética fornece informações sobre desempenho energético úteis para o desenvolvimento
dos IDE e LBE. O Anexo A ilustra a relação entre a revisão energética e as informações necessárias
para se identificar o IDE e estabelecer a LBE. O estabelecimento de IDE apropriados e LBE
correspondentes requer o acesso a dados organizacionais de energia disponíveis, análise dos dados
e processamento da informação de energia.
4.2.2 Definição das fronteiras do indicador de desempenho energético
O escopo e fronteira do SGE compreendem a área ou as atividades dentro das quais uma organização
gerencia o desempenho energético.
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Para medir o desempenho energético, convém que sejam definidas as fronteiras de medição adequadas
para cada IDE. Estas são chamadas de fronteiras do IDE e podem se sobrepor.
NOTA Os usuários do IDE e suas necessidades precisam ser identificadas antes (ver 4.3.2), e então
a fronteira do IDE correspondente é definida.

Ao se definir uma fronteira do IDE, convém considerar:


—— responsabilidades organizacionais relacionadas à gestão de energia;
—— a facilidade de isolamento da fronteira do IDE medindo-se energia e variáveis relevantes;
—— a fronteira do SGE;
—— o uso significativo de energia (USE) ou grupos de USE que a organização designar como priori-
dade para controle e melhoria;
—— equipamentos, processos e subprocessos específicos que a organização quiser isolar e gerenciar.
Os três níveis primários da fronteira do IDE são: individual, sistema e organizacional, conforme
descrito na Tabela 1.

Tabela 1 – Os três níveis da fronteira do IDE


Nível da fronteira
Descrição e exemplos
do IDE
Instalação/ A fronteira do IDE pode ser definida ao redor do perímetro físico de uma
equipamento/ instalação/equipamento/processo que a organização desejar controlar e
processo individual melhorar
Exemplo: Um equipamento produtor de vapor.
Sistema A fronteira do IDE pode ser definida ao redor do perímetro físico de um
grupo de instalações/processos/equipamentos que interagem entre si que
a organização desejar controlar e melhorar
Exemplo: O equipamento produtor de vapor e utilizador de vapor, como
um secador.
Organizacional A fronteira do IDE pode ser definida ao redor do perímetro físico de um
grupo de instalações/processos/equipamentos levando em conta também a
responsabilidade no gerenciamento de energia de indivíduos, times, grupos
ou unidades de negócio designados pela organização
Exemplo: O vapor comprado para uma fábrica(s) ou departamento da
organização.

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Informações complementares sobre fronteiras de IDE no processo produtivo podem ser encontradas
no Anexo B.

4.2.3 Definição e quantificação de fluxos de energia

Uma vez que uma fronteira do IDE for definida, convém que a organização identifique o fluxo de
energia através da fronteira. A organização pode utilizar um diagrama como aquele apresentado
na Figura 4 para determinar a informação sobre energia necessária para estabelecer o IDE. Estes
diagramas fence ou mapas de energia mostram visualmente o fluxo de energia dentro e através da
fronteira do IDE. Eles podem também incluir informações adicionais, como pontos de medição e fluxos
de produtos, os quais são importantes para a análise energética e o estabelecimento de IDE.

Convém que a organização meça o fluxo de energia dentro da fronteira do IDE, as alterações nos
níveis do estoque de combustíveis e a quantidade de qualquer energia armazenada.

O IDE e a LBE para USE requerem fronteiras bem definidas para a quantificação dos fluxos de
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energia. Uma importante consideração para cada USE é a medição apropriada para medir o consumo
de energia que atravessa a fronteira do USE, assim como a disponibilidade de dados sobre variáveis
relevantes.

Prédio 2 Prédio 1
Building 1

Administração Caldeiras M Planta


Chiller
do Compressores
Air Tratamento
Water
refrigerador
Plant Compressors
de ar treatment
de água

Etapa
Process
1 do
Gás natural M M Stage
processo
1 Etapa
Process
2 do
processo
Stage 2
Eletricidade M
Etapa
Process
3 do
M processo
Stage 3
Nitrogênio M M

Prédio 3 Etapa
Process
4 do
processo
Stage 4 Etapa
Process
5 do
processo
Stage 5
Etapa 6 do Etapa 7 do Etapa 8 do
processo processo processo

M
Matérias -
primas
M M M

Produto A Produto B Produto C

Legenda

M medição

Figura 4 – Diagrama fence

4.2.4 Definição e quantificação de variáveis relevantes


De acordo com a necessidade da organização e seu SGE, convém que as variáveis relevantes que
podem impactar o desempenho energético sejam definidas e quantificadas em cada fronteira de IDE.
É importante isolar aquelas variáveis que são significantes em termos de desempenho energético
daquelas variáveis que possuem pequena ou nenhuma influência. A análise de dados é normalmente
necessária para determinar a significância de variáveis relevantes.

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Algumas variáveis são mais relevantes para o consumo de energia que outras. Por exemplo, quando
o uso de energia por unidade de produção estiver sendo medido, a contagem do número de produtos
finais pode fornecer um resultado errôneo se houver produção de saídas intermediárias e se estas
saídas intermediárias forem desperdícios, valor agregado ou reciclados.

Uma vez que variáveis relevantes tenham sido isoladas, técnicas de modelagem adicionais podem
ser usadas para determinar a natureza precisa da relação.

Quadro de ajuda 1: Definição e quantificação de variáveis relevantes


Entender a magnitude da relação entre variáveis e o consumo de energia é um desafio frequente para
organizações. A seguir, descreve-se um método para avaliar se a variável afeta significativamente
o consumo de energia.

Inicialmente, pode ser útil entender todas as tendências em consumo de energia e em


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potencialidade das variáveis relevantes. Estas podem ser plotadas ao longo do tempo em um
gráfico de tendência. Isto permite a organização ver evidências de sazonalidade ou evidências
de alterações de variáveis em momentos similares ao do consumo de energia. Por exemplo,
se o consumo de energia ocorre em função de aquecimento, o consumo aumenta durante
os meses frios de inverno. Se a carga estiver relacionada à refrigeração, o consumo aumenta nos
meses de verão, conforme mostrado na Figura 5.

Após a avaliação visual das tendências no consumo de energia e variáveis, a organização pode
avaliar a significância da relação. Para fazer isto, a organização pode plotar uma variável contra o
consumo de energia utilizando um diagrama X-Y comum. Se a variável for relevante, é esperado
que evidências da relação sejam notadas na dispersão dos pontos. Se os pontos aparentarem estar
dispersos de acordo com uma função matemática, percebida como uma linha de tendência, isto
pode ser entendido como um indicativo da presença de variáveis relevantes [ver Figura 6-a) e 6-b)].
Se os pontos se apresentarem como uma nuvem aleatória sem uma relação evidente, a variável
provavelmente não é relevante [ver Figura 6-c)].

Em muitos casos, uma relação linear simples é adequada para se determinar a relevância. Algumas
variáveis podem apresentar relações não lineares e as organizações precisam decidir como incluir
estas variáveis no cálculo do IDE.

Quando uma única variável não parecer se relacionar significativamente com o consumo de energia,
a organização pode utilizar um modelo baseado em IDE, com duas ou mais variáveis relevantes
(ver 4.3.3.). Alternativamente, a fronteira do IDE pode ser dividida para isolar o consumo de energia
que é significamente relacionada com apenas uma variável (ver Anexo B).

Algumas variáveis relevantes podem exibir colinearidade, quando duas ou mais variáveis
independentes se alterarem consistentemente juntas. Para determinar esta situação, a organização
pode plotar as variáveis utilizando um diagrama X-Y. Se a organização determinar que a colinearidade
existe, convém que ela utilize a variável que possui maior impacto no consumo de energia e manter
a outra como uma constante.

Quando os padrões de operação e os valores de variáveis relevantes flutuarem significativamente,


é importante assegurar que os dados analisados para correlação estão na frequência correta para
permitir que os efeitos de cada variável sejam observados precisamente.

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9000
Refrigeração
8000 Inverno
Consumo energético kWh/mês
7000

6000

5000

4000

3000 Aquecimento

2000

1000
0
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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses

Figura 5 – Gráfico de tendência mostrando sazonalidade

600 600 600


Consumo energético

Consumo energético
R² = 0,9285 R² = 0,2476
Consumo energético

400 400 400

200 200 200


R² = 0,7493
0 0 0
0 25 50 75 100 125 150 0 25 50 75 100 125 150 0 25 50 75 100 125 150
Variável exemplo Variável exemplo Variável exemplo

a) Variável significante b) Variável menos significante c) Variável não significante

Figura 6 – Variáveis com diferentes níveis de significância

4.2.5 Definição e quantificação de fatores estáticos

Os fatores que afetam o desempenho energético mudam de valor. Convém que os fatores sejam
analisados para verificar se eles são mais adequadamente considerados variáveis relevantes ou
fatores estáticos. Por exemplo, uma planta de produção pode ter um nível de produção que varia
rotineiramente e que é uma variável relevante e uma mistura de produtos que não varia rotineiramente
que é um fator estático.

É importante registrar as condições destes fatores estáticos no momento em que os IDE e LBE
estiverem sendo estabelecidos. Convém que a organização revise estes fatores estáticos ao longo do
tempo para assegurar que os IDE e LBE permaneçam apropriados e para registrar qualquer mudança
significativa que poderia afetar o desempenho energético.

Embora fatores estáticos não variem substancialmente entre os períodos de reporte e o período
de base, se as condições se alterarem, o fator estático poderia mudar e convém a organização manter
o IDE e a LBE relacionados (ver 4.6).

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Quadro de ajuda 2: Mudanças nos fatores estáticos que requerem manutenção do IDE e
LBE relacionados
Pode ser difícil entender quando fatores estáticos requerem manutenção nos IDE e LBE
relacionados. A seguir, alguns cenários úteis são descritos:

●● alteração no tipo de produto: uma fábrica pode possuir um consistente grupo de produtos
que ela produz. O tipo de produto seria, então, um fator estático. Se um novo produto for
introduzido, manutenção pode ser necessária para o novo tipo de produto.

●● alteração nos turnos por dia: uma fábrica possui um número fixo de turnos de produção por
dia. Se isto for alterado para mais ou menos turnos, manutenção pode ser necessária.

●● alteração na ocupação do prédio: um prédio possui um número relativamente estável de


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ocupantes. Se o número de ocupantes aumentar ou diminuir significativamente em função de


novas locações, manutenção pode ser necessária.

●● alteração na área construída: um prédio possui um tamanho fixo de área construída. Se a


organização expandir significativamente o prédio, manutenção pode ser requerida.

4.2.6 Reunião de dados

4.2.6.1 Coleta de dados

Convém que uma organização especifique os dados a serem coletados para cada IDE e LBE
correspondente. A coleta de dados pode ocorrer a qualquer momento durante o processo. Convém
que a fonte da energia seja especificada junto com as variáveis relevantes. É importante reunir
todos os dados incluindo os fatores estáticos que serão utilizados para desenvolver o IDE e LBE
correspondentes.

Quadro de ajuda 3: Desafios da coleta de dados de energia


Organizações podem enfrentar vários desafios relacionados à coleta de dados. Os cenários
a seguir descrevem soluções potenciais para alguns destes desafios.

●● Ausência de dados medidos detalhados dos fornecedores de energia: quando uma organização
não possuir dados medidos detalhados dos fornecedores de energia, ela pode investigar
opções de medição adicionais possibilitadas por ela mesma ou por meio do seu fornecedor
de energia.

●● Ausência de dados sobre variáveis relevantes: quando uma organização não possuir dados
para um processo de produção específico intensivo em energia, ela pode adicionar sensores
para medir estes dados.

●● Dados em formato incompatível: quando os dados de energia de uma organização estiverem


em uma frequência de medição diferente da dos dados de seus outros fatores, ela pode
agregar ou desagregar dados para alinhá-los.

●● Ausência de dados para usos energéticos específicos: quando os dados de energia de uma
organização não fornecerem visibilidade para usos específicos da energia, ela pode adquirir
submedidores para estes usos.

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A organização pode determinar que a significância do uso de energia na fronteira de um IDE ou


a oportunidade de melhoria é suficientemente alta para justificar os custos de novos medidores,
submedidores e/ou sensores para medir outras variáveis relevantes. Nestes casos, a organização
especificará estas medições em seu plano de monitoramento, medição e análise.
Quando a organização utilizar valores estimados para calcular os IDE e LBE correspondentes, convém
que as suposições e métodos sejam documentados.
Uma organização pode descobrir que alguns dos IDE anteriormente identificados como significantes
podem não ser mensuráveis devido à limitação de dados ou outras barreiras. Neste caso, a organização
precisará avaliar e, consequentemente, refinar os IDE ou introduzir novos medidores ou métodos de
medições adicionais.

4.2.6.2 Medição
O consumo de energia é normalmente medido a partir de medidores e submedidores permanentes
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ou a partir de medição temporária. Convém que o consumo de energia seja medido e calculado
utilizando-se dados ao longo de um período de tempo específico.
Ao escolher seus IDE, convém que a organização considere suas medições e capacidade
de monitoramento existentes. Convém que a organização tome medidas para cada valor de energia
e variável relevante necessária para calcular os IDE selecionados e LBE correspondentes.
NOTA Em muitos casos, a quantidade de energia consumida precisa ser medida indiretamente. Isto
pode requerer a medição de um fluxo, volume ou massa de combustível suprido e pode variar de acordo
com fatores como composição, temperatura externa, pressão e outros fatores. Multiplicadores ou fatores
são comumente aplicados ao fluxo real de gás ou combustível líquido medido para calcular a quantidade
de energia contida no combustível.

Medições podem ser feitas no local (por exemplo, utilizando um medidor móvel/portátil), de forma
temporária (por exemplo, utilizando data loggers registradores de dados) ou continuamente
(por exemplo, utilizando dados de um sistema de controle de supervisão e aquisição de dados –
SCADA ou um sistema de aquisição e processamento de dados – DAHS). Convém que o consumo
de energia e as variáveis relevantes utilizadas para calcular cada IDE sejam medidos ao mesmo
tempo e na mesma frequência. Se a medição contínua não for possível, convém que a organização
assegure que a medição única ou a medição temporária sejam realizadas durante períodos que sejam
representativos do padrão de operação típico.
Convém que todas as medições sejam precisas e repetitivas e os medidores correspondentes,
calibrados. Convém que todas as medições sejam validadas.
4.2.6.3 Seleção da frequência de coleta de dados
O período da coleta de dados pode ser mais longo que o período de base e o período de reporte.
A coleta de dados é feita periodicamente (por exemplo, horária, diária, semanal). Isto é chamado
de frequência da coleta de dados.
Convém que a organização selecione uma frequência de coleta adequada para cada consumo de
energia e variável relevante incluída no IDE e LBE correspondente. Convém que o período e frequência
da coleta de dados sejam suficientes para capturar as condições de operação e fornecer um número
adequado de pontos de dados para análise.
A frequência da coleta de dados pode ser muito mais alta do que frequência de reporte para que
seja possível medir ou compreender o impacto das variáveis relevantes no desempenho energético.
Por exemplo, coleta de dados horária, diária ou semanal pode ser necessária no nível operacional
para lidar com desvios significativos. Estes valores de energia e variáveis relevantes podem então ser
agregados para revisões mensais no nível organizacional.

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Se novos sistemas de medições forem instalados, convém que a organização considere a frequência
de dados necessária para suprir suas necessidades de monitoramento de desempenho energético.

4.2.6.4 Garantia da qualidade dos dados

Antes de calcular os IDE e LBE correspondentes, convém que a organização revise o conjunto de
valores de energia e variáveis relevantes medidos para determinar a qualidade dos dados. Medições
ou captura de dados falhos, ou condições de operação atípicas podem produzir pontos discrepantes
significativos que podem precisar ser examinados.

Quadro de ajuda 4 – Identificação e análise de outliers


Identificar e analisar pontos discrepantes pode ser desafiador.
Normalmente, pontos discrepantes podem ser identificados a partir da análise de um diagrama
de dispersão. Isto pode ser feito em referência a uma linha de tendência ou função da variável
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relevante como cálculo da média, desvio-padrão e erro-padrão dos dados calculados. Valores
excedendo um número prédeterminado de desvios-padrões do valor esperado da linha de
tendência ou função podem ser considerados pontos discrepantes.
Por exemplo, um desligamento anual de uma planta resulta em uma significante variação no
consumo de energia que aparece como um outlier em uma determinada semana de operação.
Antes de excluir um ponto discrepante, convém que as investigações sejam feitas para
determinar se há uma razão legítima para o ponto discrepante, e no caso de exclusão, convém
que as razões para isto sejam documentadas.

Se alguns pontos discrepantes forem excluídos, convém tomar cuidado para que isto não introduza
viés no IDE ou LBE correspondente.
Imprecisões nos equipamentos de medição podem minar a validade ddos dados coletados. Convém
que a organização considere fazer a calibração do equipamento periodicamente de acordo com as
recomendações do fabricante para reduzir o risco de dados imprecisos.
Convém que a precisão da medição e o nível de incerteza sejam levados em conta ao se interpretar
e relatar os IDE.

4.3 Identificação dos indicadores de desempenho energético


4.3.1 Geral
Ao identificar um IDE, convém que a organização entenda as características do seu consumo de
energia como carga-base (ou seja, consumo de energia fixo), assim como cargas variáveis decorrentes
de produção, ocupação, clima ou outros fatores.
Organizações definem metas para o desempenho energético como parte do processo de planejamento
energético em seus SGE. Convém que as metas de desempenho energético sejam caracterizadas por
valores de IDE.
Convém que os IDE, quando comparados ao longo do tempo, permitam que uma organização
determine se o desempenho energético mudou e se ele está atingindo as metas.
Ao selecionar os IDE apropriados, os usuários da informação e suas necessidades são fatores-chave
a serem considerados.
Os principais tipos de IDE são:
—— valores de energia medidos: consumo de um site completo ou um ou mais usos energéticos
medidos por um medidor;

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—— proporção de valores medidos: expressão da eficiência energética;

—— modelo estatístico: relação entre o consumo de energia e variáveis relevantes utilizando-se


regressões lineares e não lineares,

—— modelo baseado em engenharia: relação entre consumo de energia e variáveis relevantes


utilizando-se simulações de engenharia.

4.3.2 Identificação de usuários de indicadores de desempenho energético

Convém que os IDE sejam facilmente compreendidos pelo seus usuários. Convém que o tipo e a
complexidade do IDE sejam adaptados às diferentes necessidades dos usuários finais. Múltiplos IDE
podem ser necessários.

Os IDE podem ser desenvolvidos para usuários internos ou externos. Usuários internos normalmente
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usam IDE para gerenciar melhorias no desempenho energético. Usuários externos normalmente
utilizam IDE para atender às necessidades de informação oriundas de requisitos legais ou de outras
naturezas.

Quadro de ajuda 5 – Usuários de IDE


Pode ser difícil saber quem pode ser o beneficiário dos IDE de uma organização. Nos itens a
seguir, alguns usuários comuns são descritos:

●● alta direção: as responsabilidades incluem assegurar que os IDE sejam apropriados para a
organização, considerar o desempenho energético no planejamento de longo prazo, assegurar
que todos os requisitos externos legais e de outras naturezas sejam atendidos e assegurar
que os resultados sejam medidos e reportados em intervalos determinados. A alta direção
pode usar um ou mais IDE que representem toda a organização;

●● representante da direção: trabalha com um time de gerenciamento de energia e é responsável


por apresentar resultados mensuráveis dentro do SGE para a alta direção. O representante da
direção pode utilizar todos os IDE que a organização utilizar;

●● gerente da planta ou instalação: normalmente, controla recursos dentro da planta ou


instalação e pode ser responsabilizado pelos resultados. Convém que o gerente da planta ou
instalação compreenda tanto o desempenho energético planejado quanto qualquer desvio do
desempenho pretendido em termos de desempenho energético ou financeiro. Gerentes da
planta ou instalação podem utilizar todos os IDE na sua planta ou instalação incluindo o IDE
referente ao USE;

●● pessoal de operação e manutenção: responsáveis por utilizar o IDE para controlar e assegurar
uma operação eficiente ao tomar ações corretivas para desvios no desempenho energético,
eliminando desperdícios e adotando manutenção preventiva para reduzir a degradação do
desempenho energético. O pessoal de operação e manutenção pode utilizar os IDE relevantes
para o processo ou equipamento sobre os quais ele possui responsabilidade;

●● engenheiro de processo: planeja, executa e avalia uma ação de melhoria do desempenho


energético utilizando os IDE adequados para a aação e seu método de avaliação. O engenheiro
de processo pode utilizar IDE complexos, como modelos de engenharia;

●● usuários externos: Pode incluir organismos regulatórios, associações profissionais e setoriais,


auditores de SGE, clientes ou outras organizações.

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Os IDE podem ser estabelecidos em vários níveis da organização ou instalação.

4.3.3 Determinação das características específicas do desempenho energético a serem


quantificadas

Convém que a organização escolha o tipo de IDE para atender à necessidade do usuário e a
complexidade da aplicação. A Tabela 2 delineia os vários tipos de IDE assim como quando convém
que uma organização escolha cada tipo.

Tabela 2 – Tipos e aplicações de IDE

Tipo de IDE Útil para Exemplos Observação


●● Medir reduções no uso ●● Consumo de energia ●● Não leva em
ou consumo absoluto de (kWh) para iluminação conta o efeito de
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energia variáveis relevantes,


●● Consumo de combustível apresentando
●● Atender aos requisitos (GJ) de caldeiras resultados
regulatórios baseados
enganosos para
em economias absolutas ●● Consumo elétrico (kWh)
durante o horário de pico a maioria das
●● Monitorar e controlar aplicações.
Valor de ●● Pico de demanda (kW)
estoques e custos da
energia no mês ●● Não mede eficiência
energia
medido energética
●● Compreender tendências ●● Total de energia
do consumo de energia economizada (GJ) por
●● Obtido quando a programas relacionados à
medição de consumo de eficiência energética
energia é dada por um
medidor, com ou sem um
fator de conversão
●● Monitorar a eficiência ●● kWh/ton de produção ●● Não conta para
energética de sistemas efeitos do uso de
●● GJ/unidade de produto
que possuem apenas energia de base
uma variável relevante ●● kWh/m2 de espaço físico ou não linear; será
enganoso para
●● Monitorar sistemas ●● GJ/homem-dia instalações com
em que há pouca ou uma grande carga
●● Litros de combustível por
nenhuma carga de base de base.
quilômetro-passageiro
Proporção ●● Padronizar ●● eficiência da conversão
dos valores comparações entre
de uma caldeira (%)
medidos múltiplas instalações
ou organizações ●● Entrada/saída de energia
(benchmarking) (por exemplo, “taxa de
calor” em instalações
●● Atender às demandas de geração elétrica).
regulatórias baseadas
em eficiência energética ●● kWh/MJ para sistemas
de resfriamento
●● Compreender tendências
do consumo de energia ●● kW/Nm3 para sistemas
de ar comprimido

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Tabela 2 (continuação)

Tipo de IDE Útil para Exemplos Observação


●● L/100km
●● Pode representar a
Proporção ●● kWh/valor agregado
eficiência energética
dos valores em unidade monetária
de um pedaço de
medidos
equipamento ou sistema ●● kWh/unidade de
venda
●● Sistemas com muitas ●● Desempenho ●● Para modelos com
variáveis relevantes energético de uma múltiplas variáveis,
unidade de produção relações podem ser de
●● Sistemas com consumo com dois ou mais difícil determinação;
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de energia de carga de tipos de produção modelos podem


base demandar tempo para
●● Desempenho serem criados e pode
●● Quando comparações energético de uma ser difícil garantir
demandam instalação com carga precisão.
normalização de base
●● Pode não ser claro se
●● Modelagem de sistemas ●● Desempenho algum erro residual
complexos em que energético de um ocorrer devido a um
a relação entre o hotel com taxa erro na modelagem ou
desempenho energético de ocupação e falta de controle sobre
e as variáveis relevantes temperatura externa o consumo de energia
pode ser quantificada variável
Modelo
●● Podem ser imprecisos
estatístico ●● Desempenho energético ●● Relação entre se não forem
em nível organizacional consumo de energia confirmados por testes
com muitas variáveis de uma bomba/ estatísticos
relevantes ventilador e a taxa de
fluxo ●● Requer um detalhado
●● Ilustra a relação entre o entendimento do
consumo de energia e sistema para definir a
as variáveis relevantes forma funcional correta
da relação esperada
quando os dados não
forem lineares

●● Convém que os
modelos recebam
manutenção para
assegurar resultados
válidos

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Tabela 2 (continuação)
Tipo de IDE Útil para Exemplos Observação
●● Avaliação do ●● Sistemas industriais ●● Convém que os
desempenho energético ou de geração de modelos recebam
de mudanças energia elétrica manutenção para
operacionais nos casos onde cálculos de assegurar resultados
em que variáveis forem engenharia ou válidos
numerosas simulações permitem
considerar mudanças
●● Processos transitórios
em variáveis
e/ou sistemas
relevantes e suas
envolvendo malhas
interações
de retroalimentação
dinâmica ●● Modelo do consumo
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de eletricidade de um
●● Para sistemas com
refrigerador utilizando
variáveis relevantes
a demanda por
Modelo de interdependentes
frio, a temperatura
engenharia (como temperatura
externa (temperatura
e pressão)
de condensação) e
●● Estimar o desempenho temperatura interna
energético em uma fase (temperatura de
de projeto evaporação)
●● Modelos do edifício
inteiro que avaliam
horas de operação,
sistemas de HVAC
distribuídos versus
centralizados
e as diferentes
necessidades do
inquilino.
NOTA 1 Os tipos de IDE também seriam aplicados às LBE correspondentes.
NOTA 2 No ambiente de um prédio, kWh/m2 de espaço físico é comumente utilizado, mas é subótimo
porque a área construída raramente é uma variável relevante para aparelhos elétricos e/ou iluminação.
Um IDE de prédio melhor para aparelhos elétricos e/ou iluminação seria kWh/ocupante-hora.
NOTA 3 Em alguns casos, uma organização pode precisar combinar um IDE em um único IDE.
Por exemplo, uma fábrica com múltiplas atividades pode precisar apresentar um único valor de IDE para
atender a um requisito de programa do governo.
NOTA 4 Em alguns casos, uma organização pode apresentar o desempenho do IDE de modelo estatístico
como um único IDE. Por exemplo, uma organização utiliza um IDE que mostra o desempenho percentual
entre o seu consumo esperado e o consumo real da sua operação inteira. Com o IDE individual, é permitido
que a saída de um modelo estatístico seja consolidada em um único número compreensível pela organização.
NOTA 5 Modelos estatísticos e de engenharia permitem a comparação do desempenho energético sob
condições equivalentes, mesmo se houverem mudanças ou variáveis relevantes. Modelos geralmente
descrevem a relação entre valores de energia e variáveis relevantes no período de base. Modelos são
explicados em maiores detalhes no Anexo C.

O Anexo C fornece informações adicionais sobre a seleção de IDE.

O Anexo D fornece informações sobre normalização de IDE e LBE correspondentes.

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4.4 Estabelecimento de linhas de base energética


4.4.1 Geral
A LBE é caracterizada pelo valor do IDE durante o período de base. Uma comparação entre o IDE
do período de base e do período de reporte pode ser utilizada para ilustrar o avanço no sentido de
alcançar os objetivos e metas energéticas e demonstrar melhorias no desempenho energético.
Convém que os seguintes passos sejam seguidos para se estabelecer uma LBE:
—— determinar o propósito específico em que a LBE será utilizada;
—— determinar um período de dados adequado;
—— coleta de dados;
—— calcular e testar a LBE.
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4.4.2 Determinação de um período de dados adequado


Ao estabelecer as LBE, convém que a organização determine um período de dados adequado,
considerando a natureza de suas operações. Convém que o período de base e o período de reporte
sejam suficientemente longos para assegurar que as variações nos padrões de operação sejam
refletidas na LBE e no IDE. Normalmente, estes períodos são de 12 meses de duração para incorporar
a sazonalidade do consumo de energia e nas variáveis relevantes.
A frequência com que uma organização coleta os dados é um fator importante na determinação de
um período de base adequado. Convém que o período de base dure suficientemente para capturar
variações nas variáveis relevantes, como sazonalidade da produção, padrões climáticos etc.

Quadro de ajuda 6 – Períodos de base típicos a serem considerados


Períodos típicos a serem considerados são:
Um ano: a duração da LBE mais comum é de um ano, provavelmente devido ao alinhamento com
os objetivos do gerenciamento e negócios de energia, como a redução do consumo em relação
ao ano anterior. Um ano inclui também toda a gama de sazonalidade e, portanto, pode capturar
o impacto de variáveis relevantes como o clima no uso e consumo de energia. Ele também pode
capturar toda a gama de ciclos de operação do negócio onde a produção pode variar durante o ano
devido aos padrões anuais de demanda do mercado.
Menos de um ano: A duração de menos de um ano de uma LBE pode ser adequada nos casos em
que não há sazonalidade no consumo de energia ou quando períodos de operação mais curtos
capturam uma gama razoável de padrões de operação. A LBE de menor duração também pode ser
necessária para as situações em que há uma quantidade insuficiente de dados históricos confiáveis,
adequados ou disponíveis (por exemplo, quando mudanças na organização, em políticas ou nos
processos tornam disponíveis apenas os dados correntes).
Mais de um ano: Sazonalidade e tendências dos negócios podem se combinar para tornar uma LBE
plurianual ótima. Especificamente, períodos de LBE plurianuais personalizados são úteis para ciclos
anuais de produção extremamente curtos em que um negócio opera por poucos meses a cada ano
e fica relativamente dormente restante do ano (por exemplo, uma vinícola pode querer acompanhar
o desempenho energético apenas durante o período de esmagamento e fermentação de cada ano,
entretanto ao longo de vários anos).
É necessário preparar o conjunto de dados da LBE que convém que seja comparado com o IDE no
período de reporte. Se uma organização desejar monitorar os IDE todos os dias mesmo quando o
período de base é um ano, o dado diário é necessário para a LBE. Neste caso, a LBE é ajustada
para um ano de dados diários.

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Algumas organizações desenvolverão uma linha de base utilizando condições de operação-padrões,


baseada em dados de vários anos. Por exemplo, um prédio comercial pode utilizar dados climáticos
médios dos últimos 40 anos para caracterizar condições de operações típicas e aplicar estes dados
para criar uma LBE.
NOTA Em alguns casos, como quando uma nova instalação estiver sendo construída e não houver
histórico de operação, pode ser necessário simular, estimar ou calcular o consumo de energia esperado para
a nova instalação para servir como a LBE.

4.4.3 Determinação e teste das linhas de base energética

Para determinar a LBE, convém que o IDE correspondente seja medido ou calculado utilizando dados
de consumo de energia e de variáveis relevantes do período de base. Se apropriado, convém que
a LBE seja testada quanto a sua validade para assegurar que ela é uma referência apropriada para
comparação. Quando modelos forem utilizados, a validade da LBE pode ser determinada utilizando-
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se testes estatísticos como o Valor-P, Teste-F ou o coeficiente de determinação para determinar se


o modelo estatístico foi ajustado da melhor forma a partir dos dados. Se um modelo for considerado
inválido, convém que a organização considere ajustar a LBE ou determinar um novo modelo,
correspondendo IDE e LBE. Convém que os resultados dos testes sejam registrados.

4.5 Utilização de indicadores de desempenho energético e linhas de base energética


4.5.1 Determinação de quando a normalização é necessária

Comparações diretas de consumo de energia (método não normalizado) entre o período de base e
o período de reporte só podem ser realizadas se não houver mudanças significativas nas variáveis
relevantes.

Para comparar o desempenho energético entre dois períodos sob condições equivalentes, convém
que o IDE e a LBE correspondente sejam normalizados utilizando-se variáveis relevantes conforme
apresentado a seguir:

—— em caso de uma única variável relevante e carga de base reduzida, uma simples razão do
consumo de energia dividida pela variável relevante pode ser utilizada (por exemplo, um consumo
de energia específico);

—— em caso de múltiplas variáveis relevantes ou uma carga de base grande, um modelo que descreva
a relação entre o consumo de energia e as variáveis relevantes é utilizado.

O Anexo D fornece informações sobre normalização de IDE e LBE utilizando-se variáveis relevantes.

Quadro de ajuda 7 – Avaliação de medidas comparativas


Exemplo: Consumo de eletricidade no local diminuiu 200 000 kWh/ano entre 2008 e 2012.

Sem informações adicionais sobre as mudanças ocorridas entre 2008 e 2012, seria difícil
determinar se o progresso foi feito no sentido de atender aos objetivos e metas da organização.

Por exemplo, se a demanda de mercado tornou necessária uma mudança no conjunto de


produtos produzidos durante 2011 e 2012, a queda no consumo citado acima pode estar ou
não relacionada a melhorias no desempenho energético. Se a organização estabelecesse
metas de melhorias baseadas em eficiência, intensidade ou consumo total, excluindo os
efeitos atribuídos à mudança na mistura de produtos, então a comparação direta de resultados
mostrando melhorias poderia ser enganosa.

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4.5.2 Cálculo de melhorias do desempenho energético

Para avaliar mudanças no desempenho energético, convém que as organizações quantifiquem os


IDE durante o período de reporte e comparem estes valores com as LBE correspondentes. Convém
que a organização compare o desempenho energético quantificado com as suas metas energéticas
e adote as medidas.

Existem muitas abordagens e técnicas para as organizações calcularem e expressarem o desem-


penho energético.

Quadro de ajuda 8 – Cálculo de melhorias do desempenho energético


Pode ser difícil para as organizações escolherem dentre um grande número de abordagens de
medição de melhorias no desempenho energético. As seguintes abordagens são comuns:
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●● Diferença no IDE: É a diferença entre o valor do IDE no período de base e os valores


do IDE no período de reporte. Isto pode ser ilustrado na equação a seguir, em que o valor do
IDE no período base é “B”, o valor do IDE no período de reporte é “R”:
Diferença = R – B
●● Mudança percentual: É a mudança de valor entre o período de base e o período de reporte,
expresso como uma porcentagem do valor da LBE. Isto poderia ser ilustrado na equação a
seguir:
Mudança percentual = [(R – B) /B] × 100
●● Razão corrente: É a razão entre o valor do período de reporte e o valor do período de base.
Razão corrente = (R / B)
●● Estas três abordagens comuns podem ser utilizadas para todos os tipos de IDE e LBE.

4.5.3 Comunicação de alterações do desempenho energético

Convém que o desempenho energético seja apresentado com base na necessidade dos usuários.
Convém que ele, normalmente, seja mostrado ou reportado com os IDE, LBE e um valor de meta
energética.

Para informações sobre formas de monitorar e reportar o desempenho energético, ver Anexo E.

4.6 Manutenção e ajuste dos indicadores de desempenho energético e linhas de base


energética

Quando mudanças em instalações, sistemas ou processos ocorrerem, o uso, consumo e eficiência


energética e variáveis relevantes associadas podem ser impactados. Convém que a organização
assegure que os IDE correntes e suas fronteiras e LBE correspondentes continuem apropriados e
efetivos para medir o desempenho energético. Se eles não estiverem mais apropriados, convém que
a organização modifique ou desenvolva novos IDE ou ajuste a LBE.

Existem vários testes para se determinar se o IDE e a LBE ainda são apropriados ou válidos, incluindo:
 a) comparação dos valores da linha de base de variáveis relevantes com as condições do período
de reporte para ver se elas estão dentro de uma faixa estatística válida (utilizado com modelos
estatísticos);

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 b) identificação de qualquer alteração significativa em fatores estáticos que podem invalidar o cálculo
do desempenho energético sob condições equivalentes incluindo processos produtivos de maior
importância inseridos ou retirados e alterações significativas na produção como alteração do
número de turnos de produção.
Se os valores da LBE não forem mais válidos, ajustes para se calcular o desempenho energético
precisam ser feitos. O período de base pode ser ajustado (por exemplo, alterado para um diferente
período de tempo) ou o desempenho energético pode ser calculado sem se alterar o período de base,
utilizando diversos métodos, incluindo:
—— utilização de dados de energia do período de reporte para desenvolver um modelo estatístico
e então calcular o desempenho utilizando a linha de base real; esta abordagem é às vezes
chamada previsão reversa (backcasting);
—— utilização de dados de energia com base em condições-padrão para desenvolver um modelo
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estatístico e então calcular o desempenho com os dados de energia e variáveis relevantes reais
do período de base e de reporte.
Combinações destas abordagens também podem ser utilizadas. Estes métodos são importantes para
permitir que organizações submetidas a uma quantidade significativa de mudanças não necessitem
ajustar constantemente seus períodos de base.

Quadro de ajuda 9 – Exemplos de mudanças no IDE e LBE


A seguir apresentam-se mudanças comuns que uma organização pode antecipar.
●● Mudança dos fatores estáticos – Se um fator estático (ver 4.2.5) mudar, a LBE relacionada pode
necessitar de ajuste. Em alguns casos, pode ser necessário desenvolver novos IDE e LBE.
Testes estatísticos podem indicar se uma organização pode optar por desenvolver uma nova
LBE ou IDE.
●● Mudança no uso da energia – Quando uma organização promover mudanças fundamentais
nas formas de energia que ela utiliza, pode ser necessário modificar o que é monitorado (IDE)
e como estes fatores são ponderados na sua LBE.
●● Disponibilidade de dados – Melhorias no sistema de medição e coleta de dados da instalação
podem resultar na disponibilidade de dados de melhor qualidade ou no surgimento de novas
variáveis relevantes. Mudanças nos IDE e LBE podem então se tornar desejáveis.
●● Frequência de dados – Se os dados forem coletados em intervalos mais regulares ou em maior
frequência, isto poderia permitir um gerenciamento mais efetivo com um novo IDE e LBE.
●● Mudança de metas – Organizações podem querer atualizar o período da LBE para trazer
suas realizações para o presente e focar na melhoria em relação ao desempenho energético
atual ao invés daquele de um período passado. Para uma decisão estratégica desta natureza,
é necessário atualizar a LBE para um período recente (como o ano anterior) para ser utilizado
como novo ponto de referência.
●● Utilização de um método predeterminado – Pode ser útil para a organização identificar
antecipadamente as condições que tornariam necessária uma mudança nos IDE ou um ajuste
nas LBE. Convém que a organização também predetermine as regras e métodos que serão
utilizados (ver 3.1, Nota 3).
●● Revisão de gerenciamento - Uma das entradas para a revisão de gerenciamento é a revisão dos
IDE. Logo, uma saída da revisão poderia ser uma mudança nos IDE.
Convém que a organização registre e revise regularmente o método para determinação e atualização
dos IDE e LBE correspondentes.

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Anexo A
(informativo)

Informações geradas por meio da revisão energética para identificar


o IDE e estabelecer o LBE

A ABNT NBR ISO 50001 requer a elaboração de uma revisão energética. A Tabela A.1 apresenta
maiores detalhes sobre as atividades resultantes da revisão energética.

Tabela A.1 – Exemplos de atividades de revisão energética


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Atividades típicas resultantes da revisão


Revisão energética
energética
 a) analisar o uso, a1) identificar fontes de —— Criar uma lista: fonte de energia e valor da
eficiência e energia correntes energia (consumo, potência de pico etc.)
consumo de a2) avaliar o uso e —— Criar gráficos de tendência do valor de
energia com base consumo de energia energia por uso (propósito)
em medições e passado e presente
—— Criar gráficos de tendência do valor de
outros dados energia por fonte de energia
 b1) identificar as
instalações, —— Criar uma lista: instalações, equipamentos,
equipamentos, sistemas, processos.
sistemas, processos
e pessoal que —— Adicionar informação sobre o pessoal a
trabalham para a esta lista
organização, ou em —— Adicionar valores de energia a esta lista
nome dela, que afetam
significativamente o —— Adicionar informações do candidato
uso e consumo de a USE a esta lista
energia.
 b2) identificar outras —— Identificar variáveis relevantes que afetam
b) com base na variáveis relevantes o valor de energia (ver 4.2.3, definir e
análise do uso, que afetam os USE quantificar variáveis relevantes)
eficiência e consumo  b3) determinar o —— Criar uma lista: propósito do gerencia-
de energia, identificar desempenho mento em cada nível de gerenciamento
as áreas do USE energético atual e priorizar (ver 4.3.1)
de instalações,
—— Estabelecer fronteiras do IDE (ver 4.2.2)
equipamentos,
sistemas e processos —— Identificar os IDE em cada fronteira do
relacionados aos USE IDE (ver 4.3)
identificados
—— Estabelecer os IDE correspondentes às
LBE (ver 4.4)
 b4) estimar o uso e —— Estimar valor de energia usando o gráfico
consumo de energia de tendência
futuro —— Estimar valor de energia usando o modelo
de LBE no caso de utilização de IDE
baseado em modelo (ver Anexo C)

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Tabela A.1 (continuação)


Atividades típicas resultantes da revisão
Revisão energética
energética
●● Examinar ações de melhoria do desempenho
energético (AMDE) e criar uma lista

●● Adicionar valor (ou medida) da meta do IDE


c) identificar, priorizar e a esta lista
registrar oportunidades de
●● Estimar investimento aproximado
melhoria do desempenho
energético ●● Priorizar oportunidades com base no
retorno do investimento
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●● Elaborar um plano de implementação


e manter registros

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Anexo B
(informativo)

Fronteiras do IDE em um exemplo de processo produtivo

No processo de melhoria do desempenho energético, é importante encontrar a porção mais ineficiente


do sistema de produção. Uma fronteira do IDE pode ser efetivamente utilizada para focar nesta porção
ao estreitar a fronteira. Como um primeiro passo, a fronteira do IDE é a fábrica inteira. Para a fábrica
inteira, os pontos podem aparecer como uma nuvem randômica, como o diagrama X-Y mostrado
na Figura 6. Nestes casos, convém que a fronteira-alvo seja dividida em diversas fronteiras de IDE.
Como próximos passos, convém que a fronteira do IDE seja estreitada no USE do sistema de produção
para encontrar uma área específica para a melhoria de eficiência energética. A Figura B.1 mostra
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o processo de divisão da fronteira do IDE.


Limite do SGE

Primeiro Limite do IDE


passo (Inteiro)

Limite do IDE (#1 Inteiro)


Segundo USE da unidade Limite do IDE (# 1 – 1 USE da unidade)
passo
Limite do IDE (# 1 – 2 Outro)

Limite do IDE (#1 Inteiro)


Limite do IDE (#1 – 1 USE da unidade)
Terceiro USE do
equipamento Limite do IDE (#1 – 1– 1 USE do equipamento)
passo Limite do IDE (#1 – 1– 2 USE outro equipamento)
Limite do IDE (#1 – 2 Outro)

Figura B.1 – Processo de divisão das fronteiras do IDE


A divisão das fronteiras do IDE poderia ser efetuada das seguintes formas:
 a) convém que o número de divisões seja minimizado;
 b) recomenda-se inicialmente que a fronteira seja dividida em duas partes, como o USE e outra;
 c) convém que as instalações que funcionam da mesma maneira sejam categorizadas juntas;
 d) convém que a instalação seja dividida em algumas partes (por exemplo, unidade para o produto
X, unidade para o produto Y, setor de utilidades);
 e) convém que as LBE sejam estabelecidas para cada status operacional da fronteira do IDE.
O status operacional se refere ao aumento de produção, operação normal, paralisação da produção,
interrupção da produção etc. No mínimo, é recomendado que organizações estabeleçam pelo menos
duas condições de status operacional de LBE sob condição de produção e sob condição de não
produção.
Com os procedimentos descritos anteriormente, as características de energia da organização podem
ser modeladas facilmente. Este método divide uma fronteira em subfronteiras e as modela de acordo
com seu status. É mais fácil utilizar esse método do que analisar todos os dados e criar de um modelo
de regressão não linear. Resultados aplicados às subfronteiras bem definidos também podem ser
de interpretação mais fácil.

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Anexo C
(informativo)

Orientações adicionais sobre indicadores de desempenho energético


e linhas de base energética

C.1 Guia prático para IDE e LBE

C.1.1 Valor de energia medido


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Organizações podem escolher a economia absoluta de energia como meta energética. Neste caso,
convém que a LBE seja ajustada para calcular a economia de energia em condição equivalente.
Se condições equivalentes forem garantidas, comparações diretas da LBE com o IDE podem ser
feitas (por exemplo, retrofit de um sistema de refrigeração em um armazém refrigerado).

C.1.2 Razão de valores medidos

Organizações que operam muitas instalações de um modo similar podem utilizar razão para comparar
o desempenho energético da instalação entre muitas instalações e/ou fazer benchmark contra
competidores ou padrões industriais.

C.1.3 IDE baseados em modelos

Modelos podem ser obtidos de regressões lineares, regressões não lineares (por exemplo, relação
não linear aparece em ventiladores ou bombas), ou podem ser construídos utilizando a teoria baseada
em engenharia. A teoria baseada em engenharia pode ser aplicada nos casos em que relações
complexas entre o consumo de energia e variáveis relevantes não estão aptas a serem precisamente
capturadas com a regressão.

IDE baseados em modelos também são úteis para o exame e avaliação de ações de melhoria
do desempenho energético (ver C.2, 2.1.1.1 – normalizado para umidade do ar).

C.2 Exemplos de tipos de IDE e aplicações


A Tabela C.1 fornece descrições sobre os tipos de IDE, assim como exemplos de sua aplicação.

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Tabela C.1 – Exemplos de tipos de IDE e aplicações

Exemplo 1 Exemplo 2 Exemplo 4


Exemplo 3
Item Valor de energia Razão do valor Modelo de
Modelo estatístico
medido medido engenharia
Tipo de empresa Empresa de papel Empresa de aço Empresa de hotéis Campus
e celulose universitário
Processo Geração de vapor Forno elétrico a Aquecimento por Aquecimento e
arco boiler a óleo refrigeração
Intenção Eliminar o uso de Alcançar CEE de Reduzir custos Atingir metas de
óleo para cortar nível internacional com a distribuidora sustentabilidade
custos e permanecer no
negócio
Ação de Aumentar eficiência Muitas ações de Treinamento do Controle e
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melhoria energética do boiler melhoria operador do boiler isolamento


IDE e LBE Consumo de óleo CEE (KWh/ton) Eficiência kW/por pessoa
correspondente (KL/mês) energética kWh/ano
(L/grau-dia)
Meta IDE = 0 (KL/mês) Reduzir CEE 2% Melhorar a A meta do
ao ano e alcançar eficiência modelo é a
nível internacional energética em 5% redução de
em 4 anos. 20%, analisado
mensalmente
após ajustes.
Nota A empresa não se Inicialmente, este O modelo
preocupa com a hotel fixou o custo funciona
temperatura externa de energia ao com todas
e alterações na IDE. Entretanto, o as variáveis
produção efeito das ações relacionadas às
de melhorias no medições que
desempenho estiverem sendo
energético não incluídas.
puderam ser
confirmadas
porque o preço
unitário do óleo
estava alto e
a temperatura
média no período
de base estava
alta. Logo, esta
empresa decidiu
usar eficiência
energética
como IDE.

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C.3 Estudo de caso


Uma organização produz duas linhas de produtos: A e B.

Após completar uma extensa revisão energética de suas instalações de manufatura, a equipe
de gerenciamento de energia da organização tira as seguintes conclusões:

—— a unidade usa eletricidade, comprada de um fornecedor externo, como única fonte de energia;

—— a taxa de produção (run-rate) de cada linha de produção pode variar entre zero e 100%

—— a saída de cada linha de produção é medida independentemente em quilogramas;

—— CEE (consumo de energia por kg) da linha B é 10 vezes mais alto que aquele da linha A e o
volume de produção de cada linha é quase o mesmo;
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—— a qualidade da matéria prima varia;

—— há um projeto agendado para fazer um upgrade de todos os motores da linha de produção A.

As diferentes funções dentro da organização incluem um gerente de negócio/marketing, o gerente


de operação das instalações, o departamento de contabilidade, o engenheiro da linha de produção
A e o gerente da linha de produção B, assim como os técnicos de operação para cada linha. A equipe de
gerenciamento de energia se comunica com cada uma destas funções, e baseada nestas discussões,
a equipe determina que, em função dos vários níveis existentes na organização, com cada nível
possuindo responsabilidade específica pelo desempenho energético em seu próprio nível e esfera de
controle, convém que um conjunto escalonado de IDE seja estabelecido para prover à organização
as informações que ela necessita para gerenciar e melhorar efetivamente o desempenho energético.
Cada grupo funcional irá requerer diferentes níveis de informação para atender aos requisitos
de gerenciamento e responder a questões de gerenciamento de energia específicas. Uma vez que as
duas linhas de produção possuem CEE bastante diferentes, eles selecionam o consumo de energia
por valor de produção (intensidade energética) como o IDE em nível de instalação.

A equipe coleta, então, os dados de séries temporais em nível de instalação e linha de produção
para o consumo de energia, custo de energia, qualidade e quantidade de matéria prima, produção
de cada linha e condições climáticas. A equipe usa os dados coletados para modelar a instalação
e as duas linhas de produção. A partir da análise dos dados e do modelo, a equipe verifica que existe
uma correlação entre variações em algumas variáveis e o consumo de energia. A equipe identifica as
seguintes variáveis relevantes: quantidade de produção, taxa de produção, diversidade de produto
e umidade do ar.

A análise de dados neste caso indica que a qualidade da matéria-prima não causa mudança significativa
no consumo de energia. A equipe estabelece os IDE na hierarquia apresentada na Tabela C.2, com
os IDE de níveis mais altos (por exemplo, 1.1) voltados para requisitos de informações de nível
superior, com os IDE mais específicos (por exemplo, 2.1.1.1) direcionado aos engenheiros e técnicos
das linhas. A equipe de gerenciamento de energia utiliza a Tabela C.2 como guia do uso e propósito
dos IDE.

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Tabela C.2 – Uso e propósito dos IDE


Níveis de IDE Propósito/Necessidade Tipo de IDE Usuários do IDE
1 IDE em nível de instalação do negócio
—— Alta direção
—— Controle do custo
—— Departamento de
1.1 Consumo de energia em total de produção Valor de energia
contabilidade
nível de instalação (kWh/dia) —— Elaboração de medido
—— Líderes empresariais
orçamento
—— Gerentes de orçamento
—— Tomadores de decisão da
unidade
—— Controle da eficiência
1.1.1 Consumo de energia —— Gerente de marketing
em nível de instalação por energética total Razão dos
—— Departamento de vendas
volume de produção (kWh/ —— Avaliar o efeito das valores medidos
—— Gerente de produção
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US$)
ações de melhorias
—— Gerente de negócios
—— Dono das instalações
2 IDE do produto da linha A
—— Controle do custo
—— Engenheiro da planta A
total de produção da —— IDE de valor
2.1 Consumo de energia da —— Gerente de orçamento
linha A de energia
linha A (kWh/dia) —— Departamento de
—— Elaboração de medido
contabilidade
orçamento
—— Gerente de marketing
—— Controle da eficiência
—— Departamento de vendas
energética da linha A
2.1.1 Consumo de energia —— Razão dos —— Gerente de negócios
da linha A por kg de saída do —— Avaliar o efeito de valores —— Engenheiro da planta A
produto (kWh/kg) ações de melhoria medidos —— Gerente de orçamento
do desempenho
energético (AMDE) —— Departamento de
contabilidade
2.1.1.1 Consumo de energia
da linha A por kg de saída —— Razão dos —— Engenheiro da planta A
—— Avaliar o efeito da
do produto (kWh/kg) – valores —— Técnicos de operação da
umidade do ar
normalizado para umidade medidos planta A
do ar a
2.1.1.2 Consumo de energia
da linha A por kg de saída —— Razão dos
—— Avaliar o efeito da
do produto (kWh/kg) – valores Mesmo que 2.1.1.1
taxa de produção
normalizado por taxa medidos
de produção
2.1.1.2.1 Consumo de
energia da linha A por kg de —— Avaliar o efeito da —— Razão dos
saída do produto (kWh/kg) – taxa de produção e valores Mesmo que 2.1.1.1
normalizado por umidade do umidade do ar medidos
ar e taxa de produção
3 IDE do produto da linha B
Repetido para linha B
a “Normalizado para umidade do ar” significa normalização adicional por umidade do ar para CEE normalizado por saída
do produto. Se a umidade do ar e CEE possuírem relação proporcional, o CEE normalizado pode ser calculado. A taxa
de produção pode ser normalizada da mesma maneira (CEE normalizado = CEE × Umidade do ar / Umidade do ar
referência).

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Anexo D
(informativo)

Normalização da linha de base energética utilizando variáveis


relevantes

D.1 Conceitos de normalização


Normalização é um termo utilizado amplamente e que pode ter significados substancialmente distintos
em diferentes campos e aplicações. Neste contexto, a normalização está sendo utilizada para
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descrever o processo de modelagem dos dados de consumo de energia em consideração às variáveis


relevantes para comparar o desempenho energético sob condições equivalentes. Normalmente,
métodos estatísticos como regressão linear são utilizados para normalizar ou modelar o consumo
de energia em consideração às variáveis relevantes. O conceito geral de se calcular o desempenho
energético utilizando IDE e LBE normalizados é ilustrado na Figura D.1.

A linha pontilhada na figura D.1 mostra os valores de consumo de energia baseados em um modelo
estatístico do IDE que normaliza o consumo em consideração às variáveis relevantes. Os valores
das variáveis relevantes durante o período de base são utilizados para desenvolver o modelo. A linha
tracejada mostra o consumo de energia real. Se o modelo estatístico for desenvolvido apropriadamente,
os valores do IDE durante o período de base, ou LBE, predizem o consumo real durante o período
de base precisamente.

NOTA Os valores de consumo de energia preditos e reais durante o período de base normalmente não
ficarão exatamente no topo um do outro conforme mostrado na Figura D.1.

O modelo pode também ser utilizado para prever o consumo de energia futuro. A utilização dos
valores de variáveis relevantes durante períodos de tempo futuros no modelo irá fornecer valores
de consumo de energia preditos ou estimados. Ao comparar o consumo de energia predito com o
consumo de energia real, a melhoria no desempenho energético pode ser calculada. A diferença
entre o consumo de energia real e o consumo predito ou esperado irá indicar se uma melhoria do
desempenho energético ocorreu. Se uma organização estiver implementando ativamente seus planos
de ação, convém que essa diferença seja evidente. O consumo de energia previsto mostra qual
energia teria sido consumida no período de reporte se não tivesse havido oportunidades de melhorias
do desempenho energético ou planos de ações implementados.

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5
Consumo MWh

0
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1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34
Mês
Real Esperado Mudanças

Figura D.1 – Cálculo do desempenho energético utilizando normalização

D.2 Exemplos de cálculos de normalização


O IDE quantifica a relação matemática entre o consumo de energia e as variáveis relevantes. Utilizando
regressão linear, um exemplo de relação pode ser:

Consumo de energia (kWh) = A + B x Produto A + C × T

onde

A é um consumo fixo de energia (carga de base) (kWh);

B é o consumo de energia por unidade do produto A (kWh/unidade);

Produto A é o volume de produção do produto A (unidade/mês);

C é o consumo de energia por grau de temperatura mensal por semana (kWh/°C);

T é a temperatura mensal média (°C).

Os fatores A, B e C serão derivados de métodos de modelagem estatística utilizados para desen-


volver a regressão linear.

Convém que esta relação atenda aos testes estatísticos também. Exemplos de testes são o coeficiente
de determinação (R2), o coeficiente de variação (CV) e o teste-F.

Convém que as variáveis independentes ou relevantes utilizadas na equação também sejam


estatisticamente significantes ao explicar a variação no consumo de energia. Para avaliar a significância
estatística, cada variável precisará atender a certo p-valor.

Se o modelo não for estatisticamente robusto, pode ser necessário explorar:

 a) se variáveis relevantes podem estar faltando;

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 b) a eliminação de pontos discrepantes;

 c) mudar o período de agregação de dados (ou seja, por hora versus diário versus mensal etc.).

Normalmente, o modelo para consumo de energia é desenvolvido utilizando-se valores de variáveis


relevantes durante o período de base
NOTA Outros períodos de tempo entre e incluindo o período de base e o período de reporte podem
ser utilizados para desenvolver o modelo de regressão. Este é um tópico mais avançado.

Para calcular o desempenho energético, os valores das variáveis relevantes durante o período
de reporte será utilizado na equação acima para calcular o consumo de energia esperado ou predito
e comparados com o consumo de energia real, conforme ilustrado abaixo:

Consumo de energiaR (kWh) = A + B × Produto AR + C × TR


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onde

consumo de energiaR é o consumo de energia previsto durante o período de reporte;

A, B e C são desenvolvidos da análise de regressão linear;

produto AR é o valor do volume de produção medido durante o período de reporte;

TR é o valor da temperatura média mensal medido durante o período de reporte.

O conceito do processo de cálculo acima é ilustrado na Figura D.2.

• Consumo energético estimado Erep_est = f(Prep)


• Alterações no consumo energético ∆E = Erep_est – Erep_real

Estimado Real

Período de base Período de reporte


Erep_est
(produção) energético
Consumo

Ebase ∆E

Erep_real modelo
E = f(RV)
tempo
relevante
Variável

Pbase Prep

tempo
Energia

E = f(RV)
Produção

Figura D.2 – Processo de cálculo de normalização


O modelo de consumo de energia é desenvolvido utilizando-se os valores para volume de produção
durante o período de base. O modelo neste caso utiliza apenas uma variável relevante – produção.
O modelo estima ou prediz o consumo de energia, Erep_est, baseado nos valores das variáveis
relevantes durante o período de reporte. A diferença no consumo de energia, ∆E, entre o consumo
de energia real, Erep_real, e o consumo de energia estimado é a melhoria do desempenho energético
calculada.

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Anexo E
(informativo)

Monitoramento e reporte do desempenho energético

E.1 Geral
A Figura E.1 mostra o delineamento do conceito de desempenho energético e seu método de
visualização. É necessário mostrar os resultados medidos de acordo com a necessidade do usuário.
Por exemplo, a alta direção pode preferir um panorama dos resultados de toda a organização.
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Os resultados relacionados às ações específicas podem ser mais adequados para um operador de
planta. Os resultados detalhados podem ser mais adequados para engenheiros, para que oportunidades
para estabelecimento de ações de melhoria do desempenho energético sejam encontradas.

O valor atual de energia e suas variáveis relevantes podem ser indicados pelas métricas ilustradas
na Figura E.1. Informações sobre o período de base registradas em um conjunto de dados também
são fornecidas. Ademais, os valores estimados pelos modelos de LBE também são fornecidos se IDE
baseados em modelos forem utilizados.
Potência
de pico

Potência de pico

nto
del
o nju
Mo Co ados
d
de

Figura E.1 – Visão geral do monitoramento e reporte do desempenho energético

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E.2 Tipos de reportes e métodos de monitoramento


Organizações podem usar uma variedade de relatórios e vários tipos de métodos de monitoramento
e reporte para o desempenho energético, incluindo:

—— comparação do desempenho atual com a meta de desempenho (gráfico comparativo da meta e


o IDE atual);

—— gráfico X-Y (por exemplo, consumo de energia e produção);

—— avaliação da variância (variância);

—— gráfico de soma acumulada (CUSUM);

—— visualização usando várias ferramentas analíticas;


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—— gráficos multidimensionais com benchmarking interno.

O monitoramento pode também ser feito utilizando-se painéis de alarme para anormalidades nos
valores do IDE em tempo real.

Em cada caso, a informação pode ser representada graficamente ou em tabelas.

E.3 Comparação entre a meta e o IDE atual


Exemplos de comparações de IDE para três elementos do desempenho energético são mostrados
a seguir:

 a) consumo de energia (ver Figura 3): consumo de energia de um período de base e do período
de reporte são comparados;

 b) eficiência energética [ver Figura E.2 a)]: CEE do período de base e do período de reporte são
comparados;

 c) uso de energia [ver Figura E.2 b)]: as parcelas de um uso específico de energia em um período
de base e um período de reporte são comparados.

Período base Período de reporte LBE


Melhoria
Er
Produção energético

LBE
Eb
Consumo

100 Meta
Consumo energético Melhoria
IDE de referência
nação

Ilumina

Consumo energético Meta


Ilumi

do período de
IDE de referência

ção

do período base reporte


IDE atual
Taxa de uso de energia ( % )

Pb Pr
IDE atual

IDE
Refri
gera
ção

Refrigeração

Produção do Produção do
IDE

período base período de reporte

Tempo
Aquecimento (68%)

Consumo energético específico (CEE) = Ex /Px


Aquecimento

Eb Er
= 1.5 = 1.1
(45%)

Pb Pr 0
Ano de base Este ano

a) b)
Figura E.2 – Exemplo de IDE referentes à eficiência energética e uso de energia

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A Figura E.3 mostra como a LBE, o IDE atual e a meta podem ser exibidos. A diferença entre meta e
IDE atual também é exibida. Um gerente de instalação ou um operador pode encontrar os impactos
de seu trabalho sobre o desempenho energético e adotar medidas se necessário.

Consumo energético 24 Fev 2015

Meta- atual
LBE IDE atual Meta
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Figura E.3 – IDE e meta

E.4 Gráfico de tendência


Convém que os IDE sejam medidos para instalações e equipamentos individuais que possuem uso
de energia significativo. Estes IDE medidos individualmente podem ser monitorados continuamente e
variar ao longo do tempo. Os IDE e variáveis relevantes podem ser exibidos juntos como um gráfico
de tendências em tempo real. Variações no IDE podem ser demonstradas.

Ao investigar as causas da variação, o uso desnecessário da energia pode ser identificado.


Conforme mostrado na Figura E.4, a visualização dos resultados do monitoramento e medição facilita
a identificação de variações dos IDE ou falhas de equipamento.

Na Figura E.4, a CEE é muito alta em níveis baixos de produção, sugerindo alto consumo fixo ou
pobre desempenho energético de parte da carga.

consumo quantidade consumo energético


energético de produção especifico
Consumo energético (kWh)

60 60 2
Consumo energético específico

Ruim
50 50
Quantidade de produção

1.5
40 40
30 30
1
20 20
(kWh / unidade)
(unidade)

10 10 0.5

8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
hora

Figura E.4 – Gráfico de tendência do CEE

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E.5 Gráfico X-Y


As quantidades de produção diárias ou semanais e seu consumo de energia correspondente podem
ser ilustrados em um gráfico X-Y, (Figura E.5), de forma que qualquer melhoria do desempenho
energético possa ser verificada visualmente. Por exemplo, em 2011, uma determinada unidade
de produção teve seu equipamento trabalhando a 100% de sua capacidade. Em 2012, esta unidade
de produção passou por um retrofit para consumir energia de acordo com a quantidade de produção.
Isto é refletido como uma redução no consumo de energia da carga de base no gráfico X-Y.
Consumo energético (%)

100
90
2011
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80

70
2012
60

0 50 100
Produção (%)

Figura E.5 – Gráfico X-Y

E.6 Unidades de reporte


As Figuras E.3, E.4 e E.5 apresentam as porcentagens ou unidades de energia como unidades de
reporte. O problema potencial desta abordagem é que, em geral, as pessoas dão pouco valor para
a escala ou valor de uma unidade de energia típica – ou seja, quanto vale 10 GJ? Para superar esta
barreira e atribuir uma noção de escala ao gráfico, é possível converter as unidades de energia em
valores monetários.

Há duas abordagens possíveis: utilizar um valor orçamentário para energia que não varia ou utilizar
custos correntes de compra da concessionária. A primeira abordagem é, claramente, bastante
mais simples de se implementar, embora menos precisa. Na segunda abordagem, são necessárias
informações tarifárias e informações sobre a eficiência de geração e distribuição quando utilidades
secundárias, como vapor, estiverem sendo utilizadas.

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Bibliografia

[1]  ABNT NBR ISO 14064-3:2007, Gases de efeito estufa – Parte 3: Especificação e orientação para
a validação e verificação de declarações relativas a gases de efeito estufa

[2]  ISO 50015:2014, Energy management systems – Measurement and verification of energy
performance of organizations – General principles and guidance
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