Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BRASILEIRA ISO
50006
Primeira edição
29.03.2016
Número de referência
ABNT NBR ISO 50006:2016
36 páginas
© ISO 2014
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT, único representante da ISO no território brasileiro.
© ABNT 2016
Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicação pode ser
reproduzida ou utilizada por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia e microfilme, sem permissão por
escrito da ABNT.
ABNT
Av.Treze de Maio, 13 - 28º andar
20031-901 - Rio de Janeiro - RJ
Tel.: + 55 21 3974-2300
Fax: + 55 21 3974-2346
abnt@abnt.org.br
www.abnt.org.br
Sumário Página
Prefácio Nacional.................................................................................................................................v
Introdução............................................................................................................................................vi
1 Escopo.................................................................................................................................1
2 Referência normativa..........................................................................................................1
3 Termos e definições............................................................................................................1
4 Medição do desempenho energético................................................................................4
4.1 Resumo geral.......................................................................................................................4
4.1.1 Geral.....................................................................................................................................4
4.1.2 Consumo de energia...........................................................................................................4
4.1.3 Uso da energia.....................................................................................................................5
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
Figuras
Figura 1 – Relação entre desempenho energético, IDE, LBE e metas energéticas......................vi
Figura 2 – Visão geral da medição de desempenho energético......................................................5
Figura 3 – Conceito de período de linha de base e período de reporte para um IDE....................6
Figura 4 – Diagrama fence...................................................................................................................8
Figura 5 – Gráfico de tendência mostrando sazonalidade.............................................................10
Figura 6 – Variáveis com diferentes níveis de significância..........................................................10
Figura B.1 – Processo de divisão das fronteiras do IDE................................................................24
Figura D.1 – Cálculo do desempenho energético utilizando normalização.................................30
Figura D.2 – Processo de cálculo de normalização........................................................................31
Figura E.1 – Visão geral do monitoramento e reporte do desempenho energético....................32
Figura E.2 – Exemplo de IDE referentes à eficiência energética e uso de energia......................33
Figura E.3 – IDE e meta......................................................................................................................34
Figura E.4 – Gráfico de tendência do CEE.......................................................................................34
Figura E.5 – Gráfico X-Y.....................................................................................................................35
Tabelas
Tabela 1 – Os três níveis da fronteira do IDE.....................................................................................7
Tabela 2 – Tipos e aplicações de IDE...............................................................................................15
Tabela A.1 – Exemplos de atividades de revisão energética.........................................................22
Tabela C.1 – Exemplos de tipos de IDE e aplicações.....................................................................26
Tabela C.2 – Uso e propósito dos IDE..............................................................................................28
Prefácio Nacional
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
Ressalta-se que Normas Brasileiras podem ser objeto de citação em Regulamentos Técnicos. Nestes
casos, os Órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar outras datas para
exigência dos requisitos desta Norma, independentemente de sua data de entrada em vigor.
A ABNT NBR ISO 50006 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Gestão e Economia de Energia
(ABNT/CB-116), pela Comissão de Estudo de Gestão de Energia (CE-116:000.001). O Projeto circulou
em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 14.12.2015 a 12.01.2016.
Esta Norma é uma adoção idêntica, em conteúdo técnico, estrutura e redação, à ISO 50006:2014,
que foi elaborada pelo Technical Committee Energy Management (ISO/TC 242), conforme
ISO/IEC Guide 21-1:2005.
Scope
This International Standard provides guidance to organizations on how to establish, use and maintain
energy performance indicators (EnPIs) and energy baselines (EnBs) as part of the process of
measuring energy performance.
The guidance in this International Standard is applicable to any organization, regardless of its size,
type, location or level of maturity in the field of energy management.
Introdução
Esta Norma fornece às organizações orientações práticas sobre como atender aos requisitos
da ABNT NBR ISO 50001 relacionados ao estabelecimento, uso e manutenção dos indicadores
de desempenho energético (IDE) e linhas de base energética (LBE) para a medição e alterações
no desempenho energético. O IDE e a LBE são dois elementos-chave inter-relacionados
da ABNT NBR ISO 50001 que permitem a medição, e, logo, a gestão do desempenho
energético em uma organização. O desempenho energético é um conceito amplo relacionado
ao uso e consumo de energia e eficiência energética.
A LBE é uma referência que caracteriza e quantifica o desempenho energético de uma organização
durante um período de tempo específico. A LBE permite que uma organização avalie alterações
do desempenho energético entre dois períodos selecionados. A LBE também é utilizada para cálculos
de economia de energia, como uma referência antes e depois da implementação de ações de melhoria
do desempenho energético.
Organizações definem metas para o desempenho energético como parte do processo de planeja-
mento energético em seus sistemas de gestão de energia (SGE). A organização precisa considerar
as metas específicas de desempenho energético, enquanto identifica e estabelece o IDE e a LBE.
A relação entre o desempenho energético, IDE, LBE e metas energéticas é ilustrada na Figura 1.
- Eficiência energética
Esta Norma inclui quadros de ajuda desenvolvidos para fornecer ao usuário ideias, exemplos
e estratégias para medição do desempenho energético utilizando o IDE e a LBE.
Os conceitos e métodos nessa Norma podem também ser utilizados por organizações que não possuem
um SGE. Por exemplo, o IDE e a LBE podem também ser utilizados em nível de instalação, sistema,
processo ou equipamento, ou para a avaliação de ações individuais de melhoria de desempenho
energético.
1 Escopo
Esta Norma fornece orientações para organizações de como estabelecer, utilizar e manter indicadores
de desempenho energéticos (IDE) e linhas de base energética (LBE) como parte do processo
de medição de desempenho energético.
2 Referência normativa
O documento relacionado a seguir é indispensável à aplicação deste documento. Para referências
datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições
mais recentes do referido documento (incluindo emendas).
ABNT NBR ISO 50001:2011, Sistemas de gestão de energia – Requisitos com orientações para uso
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT NBR ISO 50001 e os
seguintes.
3.1
ajuste
processo de modificação da linha de base energética para permitir a comparação do desempenho
energético, em condições equivalentes, entre o período de reporte e o período de base
NOTA 1 A ABNT NBR ISO 50001 requer ajustes para a LBE quando o IDE deixa de refletir o uso e consumo
de energia da organização, ou quando ocorrem mudanças significativas no processo, padrões operacionais
ou sistemas energéticos, ou de acordo com um método predeterminado.
NOTA 2 Normalmente, os ajustes são feitos para responderem por mudanças nos fatores estáticos.
3.2
período de base
período de tempo definido utilizado para comparar o desempenho energético com o período de
reporte
3.3
fronteiras
limites físicos ou locais e/ou organizacionais definidos pela organização
EXEMPLO Um processo, um grupo de processos, uma fábrica, uma organização inteira ou múltiplos
locais sob o controle de uma organização.
[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011,3.1]
3.4
energia
eletricidade, combustíveis, vapor, calor, ar comprimido e outras formas análogas
NOTA 1 Para o propósito desta Norma, a energia refere-se às suas diversas formas, incluindo a renovável,
que podem ser compradas, armazenadas, processadas, utilizadas em equipamentos ou em um processo,
ou recuperadas.
NOTA 2 Energia pode ser definida como a capacidade de um sistema de produzir atividade externa
ou realizar trabalho.
3.5
linha de base energética
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
LBE
referência(s) quantitativa(s) fornecendo uma base para comparação do desempenho energético
NOTA 2 Uma linha de base energética pode ser normalizada usando variáveis que afetam o uso e/ou
consumo de energia, como nível de produção, graus-dia (temperatura exterior) etc.
NOTA 3 A linha de base energética é também utilizada para cálculo da economia de energia, como uma
referência antes e depois da implementação de ações de melhoria de desempenho energético.
[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.6, modificado – Adicionado termo abreviado]
3.6
consumo de energia
quantidade de energia aplicada
NOTA 1 O consumo de energia pode ser representado em unidades de fluxo de volume e massa ou peso
(combustível), ou convertido para unidades múltiplas de Joules ou watt-hora (por exemplo, GJ ou kWh).
3.7
eficiência energética
razão ou outra relação quantitativa entre uma saída de desempenho, serviços, produtos ou energia
e uma entrada de energia
NOTA Tanto a entrada como a saída precisam ser claramente especificadas em quantidade e qualidade
e serem mensuráveis.
3.8
desempenho energético
resultados mensuráveis relacionados à eficiência energética, uso de energia e consumo de energia
NOTA 1 No contexto de sistemas de gestão da energia, os resultados podem ser medidos em relação
à política energética da organização, objetivos, metas ou outros requisitos de desempenho energético.
3.13
normalização
processo de modificação constante de dados de energia para considerar mudanças em variáveis
relevantes para comparar o desempenho energético em condições equivalentes
3.14
variável relevante
fator quantificável que impacta o desempenho energético e muda constantemente
3.15
período de reporte
período definido de tempo selecionado para cálculo e reporte do desempenho energético
EXEMPLO O período durante o qual uma organização quer avaliar mudanças nos IDE relativos
ao período da LBE.
3.16
uso significativo de energia
USE
uso de energia responsável por substancial consumo de energia e/ou que ofereça considerável
potencial para melhoria de desempenho energético
NOTA Critérios de significância são determinados pela organização.
[FONTE: ABNT NBR ISO 50001:2011, 3.27, modificado – Foi adicionado termo abreviado]
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
3.17
fator estático
fator identificado que impacta o desempenho energético e não muda rotineiramente
EXEMPLO 1 Tamanho de instalação; projeto de equipamentos instalados, número de turnos semanais
de produção, número ou tipo de ocupantes (por exemplo, funcionários de escritório), diversidade de produtos.
EXEMPLO 2 Uma alteração no fator estático pode ser uma mudança na matéria-prima do processo
de manufatura, de alumínio para plástico.
Quando múltiplas formas de energia forem utilizadas, é útil converter todas as formas para uma
unidade de medição de energia comum. Convém tomar cuidado para que a conversão seja feita de
forma que represente a energia total consumida em uma organização apropriadamente, incluindo
perdas em processos de conversão de energia.
4.1.3 Uso da energia
A identificação dos usos da energia, como sistemas energéticos (por exemplo, ar comprimido, vapor,
água fria etc.), processos e equipamentos, auxilia a categorização do consumo de energia e a focar
o desempenho energético nos usos que são importantes para uma organização.
4.1.4 Eficiência energética
A eficiência energética é uma métrica frequentemente utilizada para se medir desempenho energético
e pode ser utilizada como um IDE.
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
A eficiência energética pode ser expressa de diferentes maneiras, como saída de energia/entrada de
energia (eficiência de conversão); energia requerida/energia consumida (onde a energia requerida
pode ser obtida a partir de um modelo teórico ou alguma outra relação); saída de produção/entrada
de energia (por exemplo, as toneladas de produção por unidade de energia consumida).
NOTA A entrada de energia/saída de produção às vezes é utilizada como IDE e é chamada de intensidade
energética.
o período de linha de base. O tipo de informação necessária para estabelecer uma linha de base
energética é determinado pelo propósito específico do IDE.
4.1.7 Quantificação do desempenho energético
Alterações no desempenho energético podem ser calculadas utilizando-se IDE e LBE para instala-
ções, sistemas, processos ou equipamentos.
A comparação do desempenho energético entre o período de base e o período de reporte envolve
o cálculo da diferença entre o valor do IDE nos dois períodos. A Figura 3 ilustra um caso simples
em que a medição direta do consumo de energia é utilizada como IDE e o desempenho energético
é comparado entre o período de base e o período de reporte.
Nos casos em que a organização determinar que variáveis relevantes como clima, produção,
horas de operação do edifício etc. afetam o desempenho energético, convém que o IDE e sua LBE
correspondente sejam normalizados para que o desempenho energético seja comparado sob condições
equivalentes.
LBE (linha de base energética)
Melhoria
(indicador de desempenho energético)
(Melhoria do IDE)
Valor de referência do IDE
Meta
(meta energética)
Meta alcançada!
Valor atual do IDE
IDE
(período de base)
(período de reporte)
Consumo energético
Para medir o desempenho energético, convém que sejam definidas as fronteiras de medição adequadas
para cada IDE. Estas são chamadas de fronteiras do IDE e podem se sobrepor.
NOTA Os usuários do IDE e suas necessidades precisam ser identificadas antes (ver 4.3.2), e então
a fronteira do IDE correspondente é definida.
Informações complementares sobre fronteiras de IDE no processo produtivo podem ser encontradas
no Anexo B.
Uma vez que uma fronteira do IDE for definida, convém que a organização identifique o fluxo de
energia através da fronteira. A organização pode utilizar um diagrama como aquele apresentado
na Figura 4 para determinar a informação sobre energia necessária para estabelecer o IDE. Estes
diagramas fence ou mapas de energia mostram visualmente o fluxo de energia dentro e através da
fronteira do IDE. Eles podem também incluir informações adicionais, como pontos de medição e fluxos
de produtos, os quais são importantes para a análise energética e o estabelecimento de IDE.
Convém que a organização meça o fluxo de energia dentro da fronteira do IDE, as alterações nos
níveis do estoque de combustíveis e a quantidade de qualquer energia armazenada.
O IDE e a LBE para USE requerem fronteiras bem definidas para a quantificação dos fluxos de
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
energia. Uma importante consideração para cada USE é a medição apropriada para medir o consumo
de energia que atravessa a fronteira do USE, assim como a disponibilidade de dados sobre variáveis
relevantes.
Prédio 2 Prédio 1
Building 1
Etapa
Process
1 do
Gás natural M M Stage
processo
1 Etapa
Process
2 do
processo
Stage 2
Eletricidade M
Etapa
Process
3 do
M processo
Stage 3
Nitrogênio M M
Prédio 3 Etapa
Process
4 do
processo
Stage 4 Etapa
Process
5 do
processo
Stage 5
Etapa 6 do Etapa 7 do Etapa 8 do
processo processo processo
M
Matérias -
primas
M M M
Legenda
M medição
Algumas variáveis são mais relevantes para o consumo de energia que outras. Por exemplo, quando
o uso de energia por unidade de produção estiver sendo medido, a contagem do número de produtos
finais pode fornecer um resultado errôneo se houver produção de saídas intermediárias e se estas
saídas intermediárias forem desperdícios, valor agregado ou reciclados.
Uma vez que variáveis relevantes tenham sido isoladas, técnicas de modelagem adicionais podem
ser usadas para determinar a natureza precisa da relação.
potencialidade das variáveis relevantes. Estas podem ser plotadas ao longo do tempo em um
gráfico de tendência. Isto permite a organização ver evidências de sazonalidade ou evidências
de alterações de variáveis em momentos similares ao do consumo de energia. Por exemplo,
se o consumo de energia ocorre em função de aquecimento, o consumo aumenta durante
os meses frios de inverno. Se a carga estiver relacionada à refrigeração, o consumo aumenta nos
meses de verão, conforme mostrado na Figura 5.
Após a avaliação visual das tendências no consumo de energia e variáveis, a organização pode
avaliar a significância da relação. Para fazer isto, a organização pode plotar uma variável contra o
consumo de energia utilizando um diagrama X-Y comum. Se a variável for relevante, é esperado
que evidências da relação sejam notadas na dispersão dos pontos. Se os pontos aparentarem estar
dispersos de acordo com uma função matemática, percebida como uma linha de tendência, isto
pode ser entendido como um indicativo da presença de variáveis relevantes [ver Figura 6-a) e 6-b)].
Se os pontos se apresentarem como uma nuvem aleatória sem uma relação evidente, a variável
provavelmente não é relevante [ver Figura 6-c)].
Em muitos casos, uma relação linear simples é adequada para se determinar a relevância. Algumas
variáveis podem apresentar relações não lineares e as organizações precisam decidir como incluir
estas variáveis no cálculo do IDE.
Quando uma única variável não parecer se relacionar significativamente com o consumo de energia,
a organização pode utilizar um modelo baseado em IDE, com duas ou mais variáveis relevantes
(ver 4.3.3.). Alternativamente, a fronteira do IDE pode ser dividida para isolar o consumo de energia
que é significamente relacionada com apenas uma variável (ver Anexo B).
Algumas variáveis relevantes podem exibir colinearidade, quando duas ou mais variáveis
independentes se alterarem consistentemente juntas. Para determinar esta situação, a organização
pode plotar as variáveis utilizando um diagrama X-Y. Se a organização determinar que a colinearidade
existe, convém que ela utilize a variável que possui maior impacto no consumo de energia e manter
a outra como uma constante.
9000
Refrigeração
8000 Inverno
Consumo energético kWh/mês
7000
6000
5000
4000
3000 Aquecimento
2000
1000
0
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Meses
Consumo energético
R² = 0,9285 R² = 0,2476
Consumo energético
Os fatores que afetam o desempenho energético mudam de valor. Convém que os fatores sejam
analisados para verificar se eles são mais adequadamente considerados variáveis relevantes ou
fatores estáticos. Por exemplo, uma planta de produção pode ter um nível de produção que varia
rotineiramente e que é uma variável relevante e uma mistura de produtos que não varia rotineiramente
que é um fator estático.
É importante registrar as condições destes fatores estáticos no momento em que os IDE e LBE
estiverem sendo estabelecidos. Convém que a organização revise estes fatores estáticos ao longo do
tempo para assegurar que os IDE e LBE permaneçam apropriados e para registrar qualquer mudança
significativa que poderia afetar o desempenho energético.
Embora fatores estáticos não variem substancialmente entre os períodos de reporte e o período
de base, se as condições se alterarem, o fator estático poderia mudar e convém a organização manter
o IDE e a LBE relacionados (ver 4.6).
Quadro de ajuda 2: Mudanças nos fatores estáticos que requerem manutenção do IDE e
LBE relacionados
Pode ser difícil entender quando fatores estáticos requerem manutenção nos IDE e LBE
relacionados. A seguir, alguns cenários úteis são descritos:
●● alteração no tipo de produto: uma fábrica pode possuir um consistente grupo de produtos
que ela produz. O tipo de produto seria, então, um fator estático. Se um novo produto for
introduzido, manutenção pode ser necessária para o novo tipo de produto.
●● alteração nos turnos por dia: uma fábrica possui um número fixo de turnos de produção por
dia. Se isto for alterado para mais ou menos turnos, manutenção pode ser necessária.
Convém que uma organização especifique os dados a serem coletados para cada IDE e LBE
correspondente. A coleta de dados pode ocorrer a qualquer momento durante o processo. Convém
que a fonte da energia seja especificada junto com as variáveis relevantes. É importante reunir
todos os dados incluindo os fatores estáticos que serão utilizados para desenvolver o IDE e LBE
correspondentes.
●● Ausência de dados medidos detalhados dos fornecedores de energia: quando uma organização
não possuir dados medidos detalhados dos fornecedores de energia, ela pode investigar
opções de medição adicionais possibilitadas por ela mesma ou por meio do seu fornecedor
de energia.
●● Ausência de dados sobre variáveis relevantes: quando uma organização não possuir dados
para um processo de produção específico intensivo em energia, ela pode adicionar sensores
para medir estes dados.
●● Ausência de dados para usos energéticos específicos: quando os dados de energia de uma
organização não fornecerem visibilidade para usos específicos da energia, ela pode adquirir
submedidores para estes usos.
4.2.6.2 Medição
O consumo de energia é normalmente medido a partir de medidores e submedidores permanentes
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
ou a partir de medição temporária. Convém que o consumo de energia seja medido e calculado
utilizando-se dados ao longo de um período de tempo específico.
Ao escolher seus IDE, convém que a organização considere suas medições e capacidade
de monitoramento existentes. Convém que a organização tome medidas para cada valor de energia
e variável relevante necessária para calcular os IDE selecionados e LBE correspondentes.
NOTA Em muitos casos, a quantidade de energia consumida precisa ser medida indiretamente. Isto
pode requerer a medição de um fluxo, volume ou massa de combustível suprido e pode variar de acordo
com fatores como composição, temperatura externa, pressão e outros fatores. Multiplicadores ou fatores
são comumente aplicados ao fluxo real de gás ou combustível líquido medido para calcular a quantidade
de energia contida no combustível.
Medições podem ser feitas no local (por exemplo, utilizando um medidor móvel/portátil), de forma
temporária (por exemplo, utilizando data loggers registradores de dados) ou continuamente
(por exemplo, utilizando dados de um sistema de controle de supervisão e aquisição de dados –
SCADA ou um sistema de aquisição e processamento de dados – DAHS). Convém que o consumo
de energia e as variáveis relevantes utilizadas para calcular cada IDE sejam medidos ao mesmo
tempo e na mesma frequência. Se a medição contínua não for possível, convém que a organização
assegure que a medição única ou a medição temporária sejam realizadas durante períodos que sejam
representativos do padrão de operação típico.
Convém que todas as medições sejam precisas e repetitivas e os medidores correspondentes,
calibrados. Convém que todas as medições sejam validadas.
4.2.6.3 Seleção da frequência de coleta de dados
O período da coleta de dados pode ser mais longo que o período de base e o período de reporte.
A coleta de dados é feita periodicamente (por exemplo, horária, diária, semanal). Isto é chamado
de frequência da coleta de dados.
Convém que a organização selecione uma frequência de coleta adequada para cada consumo de
energia e variável relevante incluída no IDE e LBE correspondente. Convém que o período e frequência
da coleta de dados sejam suficientes para capturar as condições de operação e fornecer um número
adequado de pontos de dados para análise.
A frequência da coleta de dados pode ser muito mais alta do que frequência de reporte para que
seja possível medir ou compreender o impacto das variáveis relevantes no desempenho energético.
Por exemplo, coleta de dados horária, diária ou semanal pode ser necessária no nível operacional
para lidar com desvios significativos. Estes valores de energia e variáveis relevantes podem então ser
agregados para revisões mensais no nível organizacional.
Se novos sistemas de medições forem instalados, convém que a organização considere a frequência
de dados necessária para suprir suas necessidades de monitoramento de desempenho energético.
Antes de calcular os IDE e LBE correspondentes, convém que a organização revise o conjunto de
valores de energia e variáveis relevantes medidos para determinar a qualidade dos dados. Medições
ou captura de dados falhos, ou condições de operação atípicas podem produzir pontos discrepantes
significativos que podem precisar ser examinados.
relevante como cálculo da média, desvio-padrão e erro-padrão dos dados calculados. Valores
excedendo um número prédeterminado de desvios-padrões do valor esperado da linha de
tendência ou função podem ser considerados pontos discrepantes.
Por exemplo, um desligamento anual de uma planta resulta em uma significante variação no
consumo de energia que aparece como um outlier em uma determinada semana de operação.
Antes de excluir um ponto discrepante, convém que as investigações sejam feitas para
determinar se há uma razão legítima para o ponto discrepante, e no caso de exclusão, convém
que as razões para isto sejam documentadas.
Se alguns pontos discrepantes forem excluídos, convém tomar cuidado para que isto não introduza
viés no IDE ou LBE correspondente.
Imprecisões nos equipamentos de medição podem minar a validade ddos dados coletados. Convém
que a organização considere fazer a calibração do equipamento periodicamente de acordo com as
recomendações do fabricante para reduzir o risco de dados imprecisos.
Convém que a precisão da medição e o nível de incerteza sejam levados em conta ao se interpretar
e relatar os IDE.
Convém que os IDE sejam facilmente compreendidos pelo seus usuários. Convém que o tipo e a
complexidade do IDE sejam adaptados às diferentes necessidades dos usuários finais. Múltiplos IDE
podem ser necessários.
Os IDE podem ser desenvolvidos para usuários internos ou externos. Usuários internos normalmente
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
usam IDE para gerenciar melhorias no desempenho energético. Usuários externos normalmente
utilizam IDE para atender às necessidades de informação oriundas de requisitos legais ou de outras
naturezas.
●● alta direção: as responsabilidades incluem assegurar que os IDE sejam apropriados para a
organização, considerar o desempenho energético no planejamento de longo prazo, assegurar
que todos os requisitos externos legais e de outras naturezas sejam atendidos e assegurar
que os resultados sejam medidos e reportados em intervalos determinados. A alta direção
pode usar um ou mais IDE que representem toda a organização;
●● pessoal de operação e manutenção: responsáveis por utilizar o IDE para controlar e assegurar
uma operação eficiente ao tomar ações corretivas para desvios no desempenho energético,
eliminando desperdícios e adotando manutenção preventiva para reduzir a degradação do
desempenho energético. O pessoal de operação e manutenção pode utilizar os IDE relevantes
para o processo ou equipamento sobre os quais ele possui responsabilidade;
Convém que a organização escolha o tipo de IDE para atender à necessidade do usuário e a
complexidade da aplicação. A Tabela 2 delineia os vários tipos de IDE assim como quando convém
que uma organização escolha cada tipo.
Tabela 2 (continuação)
●● Convém que os
modelos recebam
manutenção para
assegurar resultados
válidos
Tabela 2 (continuação)
Tipo de IDE Útil para Exemplos Observação
●● Avaliação do ●● Sistemas industriais ●● Convém que os
desempenho energético ou de geração de modelos recebam
de mudanças energia elétrica manutenção para
operacionais nos casos onde cálculos de assegurar resultados
em que variáveis forem engenharia ou válidos
numerosas simulações permitem
considerar mudanças
●● Processos transitórios
em variáveis
e/ou sistemas
relevantes e suas
envolvendo malhas
interações
de retroalimentação
dinâmica ●● Modelo do consumo
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
de eletricidade de um
●● Para sistemas com
refrigerador utilizando
variáveis relevantes
a demanda por
Modelo de interdependentes
frio, a temperatura
engenharia (como temperatura
externa (temperatura
e pressão)
de condensação) e
●● Estimar o desempenho temperatura interna
energético em uma fase (temperatura de
de projeto evaporação)
●● Modelos do edifício
inteiro que avaliam
horas de operação,
sistemas de HVAC
distribuídos versus
centralizados
e as diferentes
necessidades do
inquilino.
NOTA 1 Os tipos de IDE também seriam aplicados às LBE correspondentes.
NOTA 2 No ambiente de um prédio, kWh/m2 de espaço físico é comumente utilizado, mas é subótimo
porque a área construída raramente é uma variável relevante para aparelhos elétricos e/ou iluminação.
Um IDE de prédio melhor para aparelhos elétricos e/ou iluminação seria kWh/ocupante-hora.
NOTA 3 Em alguns casos, uma organização pode precisar combinar um IDE em um único IDE.
Por exemplo, uma fábrica com múltiplas atividades pode precisar apresentar um único valor de IDE para
atender a um requisito de programa do governo.
NOTA 4 Em alguns casos, uma organização pode apresentar o desempenho do IDE de modelo estatístico
como um único IDE. Por exemplo, uma organização utiliza um IDE que mostra o desempenho percentual
entre o seu consumo esperado e o consumo real da sua operação inteira. Com o IDE individual, é permitido
que a saída de um modelo estatístico seja consolidada em um único número compreensível pela organização.
NOTA 5 Modelos estatísticos e de engenharia permitem a comparação do desempenho energético sob
condições equivalentes, mesmo se houverem mudanças ou variáveis relevantes. Modelos geralmente
descrevem a relação entre valores de energia e variáveis relevantes no período de base. Modelos são
explicados em maiores detalhes no Anexo C.
Para determinar a LBE, convém que o IDE correspondente seja medido ou calculado utilizando dados
de consumo de energia e de variáveis relevantes do período de base. Se apropriado, convém que
a LBE seja testada quanto a sua validade para assegurar que ela é uma referência apropriada para
comparação. Quando modelos forem utilizados, a validade da LBE pode ser determinada utilizando-
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
Comparações diretas de consumo de energia (método não normalizado) entre o período de base e
o período de reporte só podem ser realizadas se não houver mudanças significativas nas variáveis
relevantes.
Para comparar o desempenho energético entre dois períodos sob condições equivalentes, convém
que o IDE e a LBE correspondente sejam normalizados utilizando-se variáveis relevantes conforme
apresentado a seguir:
—— em caso de uma única variável relevante e carga de base reduzida, uma simples razão do
consumo de energia dividida pela variável relevante pode ser utilizada (por exemplo, um consumo
de energia específico);
—— em caso de múltiplas variáveis relevantes ou uma carga de base grande, um modelo que descreva
a relação entre o consumo de energia e as variáveis relevantes é utilizado.
O Anexo D fornece informações sobre normalização de IDE e LBE utilizando-se variáveis relevantes.
Sem informações adicionais sobre as mudanças ocorridas entre 2008 e 2012, seria difícil
determinar se o progresso foi feito no sentido de atender aos objetivos e metas da organização.
Convém que o desempenho energético seja apresentado com base na necessidade dos usuários.
Convém que ele, normalmente, seja mostrado ou reportado com os IDE, LBE e um valor de meta
energética.
Para informações sobre formas de monitorar e reportar o desempenho energético, ver Anexo E.
Existem vários testes para se determinar se o IDE e a LBE ainda são apropriados ou válidos, incluindo:
a) comparação dos valores da linha de base de variáveis relevantes com as condições do período
de reporte para ver se elas estão dentro de uma faixa estatística válida (utilizado com modelos
estatísticos);
b) identificação de qualquer alteração significativa em fatores estáticos que podem invalidar o cálculo
do desempenho energético sob condições equivalentes incluindo processos produtivos de maior
importância inseridos ou retirados e alterações significativas na produção como alteração do
número de turnos de produção.
Se os valores da LBE não forem mais válidos, ajustes para se calcular o desempenho energético
precisam ser feitos. O período de base pode ser ajustado (por exemplo, alterado para um diferente
período de tempo) ou o desempenho energético pode ser calculado sem se alterar o período de base,
utilizando diversos métodos, incluindo:
—— utilização de dados de energia do período de reporte para desenvolver um modelo estatístico
e então calcular o desempenho utilizando a linha de base real; esta abordagem é às vezes
chamada previsão reversa (backcasting);
—— utilização de dados de energia com base em condições-padrão para desenvolver um modelo
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
estatístico e então calcular o desempenho com os dados de energia e variáveis relevantes reais
do período de base e de reporte.
Combinações destas abordagens também podem ser utilizadas. Estes métodos são importantes para
permitir que organizações submetidas a uma quantidade significativa de mudanças não necessitem
ajustar constantemente seus períodos de base.
Anexo A
(informativo)
A ABNT NBR ISO 50001 requer a elaboração de uma revisão energética. A Tabela A.1 apresenta
maiores detalhes sobre as atividades resultantes da revisão energética.
Anexo B
(informativo)
Anexo C
(informativo)
Organizações podem escolher a economia absoluta de energia como meta energética. Neste caso,
convém que a LBE seja ajustada para calcular a economia de energia em condição equivalente.
Se condições equivalentes forem garantidas, comparações diretas da LBE com o IDE podem ser
feitas (por exemplo, retrofit de um sistema de refrigeração em um armazém refrigerado).
Organizações que operam muitas instalações de um modo similar podem utilizar razão para comparar
o desempenho energético da instalação entre muitas instalações e/ou fazer benchmark contra
competidores ou padrões industriais.
Modelos podem ser obtidos de regressões lineares, regressões não lineares (por exemplo, relação
não linear aparece em ventiladores ou bombas), ou podem ser construídos utilizando a teoria baseada
em engenharia. A teoria baseada em engenharia pode ser aplicada nos casos em que relações
complexas entre o consumo de energia e variáveis relevantes não estão aptas a serem precisamente
capturadas com a regressão.
IDE baseados em modelos também são úteis para o exame e avaliação de ações de melhoria
do desempenho energético (ver C.2, 2.1.1.1 – normalizado para umidade do ar).
Após completar uma extensa revisão energética de suas instalações de manufatura, a equipe
de gerenciamento de energia da organização tira as seguintes conclusões:
—— a unidade usa eletricidade, comprada de um fornecedor externo, como única fonte de energia;
—— a taxa de produção (run-rate) de cada linha de produção pode variar entre zero e 100%
—— CEE (consumo de energia por kg) da linha B é 10 vezes mais alto que aquele da linha A e o
volume de produção de cada linha é quase o mesmo;
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
A equipe coleta, então, os dados de séries temporais em nível de instalação e linha de produção
para o consumo de energia, custo de energia, qualidade e quantidade de matéria prima, produção
de cada linha e condições climáticas. A equipe usa os dados coletados para modelar a instalação
e as duas linhas de produção. A partir da análise dos dados e do modelo, a equipe verifica que existe
uma correlação entre variações em algumas variáveis e o consumo de energia. A equipe identifica as
seguintes variáveis relevantes: quantidade de produção, taxa de produção, diversidade de produto
e umidade do ar.
A análise de dados neste caso indica que a qualidade da matéria-prima não causa mudança significativa
no consumo de energia. A equipe estabelece os IDE na hierarquia apresentada na Tabela C.2, com
os IDE de níveis mais altos (por exemplo, 1.1) voltados para requisitos de informações de nível
superior, com os IDE mais específicos (por exemplo, 2.1.1.1) direcionado aos engenheiros e técnicos
das linhas. A equipe de gerenciamento de energia utiliza a Tabela C.2 como guia do uso e propósito
dos IDE.
US$)
ações de melhorias
—— Gerente de negócios
—— Dono das instalações
2 IDE do produto da linha A
—— Controle do custo
—— Engenheiro da planta A
total de produção da —— IDE de valor
2.1 Consumo de energia da —— Gerente de orçamento
linha A de energia
linha A (kWh/dia) —— Departamento de
—— Elaboração de medido
contabilidade
orçamento
—— Gerente de marketing
—— Controle da eficiência
—— Departamento de vendas
energética da linha A
2.1.1 Consumo de energia —— Razão dos —— Gerente de negócios
da linha A por kg de saída do —— Avaliar o efeito de valores —— Engenheiro da planta A
produto (kWh/kg) ações de melhoria medidos —— Gerente de orçamento
do desempenho
energético (AMDE) —— Departamento de
contabilidade
2.1.1.1 Consumo de energia
da linha A por kg de saída —— Razão dos —— Engenheiro da planta A
—— Avaliar o efeito da
do produto (kWh/kg) – valores —— Técnicos de operação da
umidade do ar
normalizado para umidade medidos planta A
do ar a
2.1.1.2 Consumo de energia
da linha A por kg de saída —— Razão dos
—— Avaliar o efeito da
do produto (kWh/kg) – valores Mesmo que 2.1.1.1
taxa de produção
normalizado por taxa medidos
de produção
2.1.1.2.1 Consumo de
energia da linha A por kg de —— Avaliar o efeito da —— Razão dos
saída do produto (kWh/kg) – taxa de produção e valores Mesmo que 2.1.1.1
normalizado por umidade do umidade do ar medidos
ar e taxa de produção
3 IDE do produto da linha B
Repetido para linha B
a “Normalizado para umidade do ar” significa normalização adicional por umidade do ar para CEE normalizado por saída
do produto. Se a umidade do ar e CEE possuírem relação proporcional, o CEE normalizado pode ser calculado. A taxa
de produção pode ser normalizada da mesma maneira (CEE normalizado = CEE × Umidade do ar / Umidade do ar
referência).
Anexo D
(informativo)
A linha pontilhada na figura D.1 mostra os valores de consumo de energia baseados em um modelo
estatístico do IDE que normaliza o consumo em consideração às variáveis relevantes. Os valores
das variáveis relevantes durante o período de base são utilizados para desenvolver o modelo. A linha
tracejada mostra o consumo de energia real. Se o modelo estatístico for desenvolvido apropriadamente,
os valores do IDE durante o período de base, ou LBE, predizem o consumo real durante o período
de base precisamente.
NOTA Os valores de consumo de energia preditos e reais durante o período de base normalmente não
ficarão exatamente no topo um do outro conforme mostrado na Figura D.1.
O modelo pode também ser utilizado para prever o consumo de energia futuro. A utilização dos
valores de variáveis relevantes durante períodos de tempo futuros no modelo irá fornecer valores
de consumo de energia preditos ou estimados. Ao comparar o consumo de energia predito com o
consumo de energia real, a melhoria no desempenho energético pode ser calculada. A diferença
entre o consumo de energia real e o consumo predito ou esperado irá indicar se uma melhoria do
desempenho energético ocorreu. Se uma organização estiver implementando ativamente seus planos
de ação, convém que essa diferença seja evidente. O consumo de energia previsto mostra qual
energia teria sido consumida no período de reporte se não tivesse havido oportunidades de melhorias
do desempenho energético ou planos de ações implementados.
5
Consumo MWh
0
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
1 4 7 10 13 16 19 22 25 28 31 34
Mês
Real Esperado Mudanças
onde
Convém que esta relação atenda aos testes estatísticos também. Exemplos de testes são o coeficiente
de determinação (R2), o coeficiente de variação (CV) e o teste-F.
c) mudar o período de agregação de dados (ou seja, por hora versus diário versus mensal etc.).
Para calcular o desempenho energético, os valores das variáveis relevantes durante o período
de reporte será utilizado na equação acima para calcular o consumo de energia esperado ou predito
e comparados com o consumo de energia real, conforme ilustrado abaixo:
onde
Estimado Real
Ebase ∆E
Erep_real modelo
E = f(RV)
tempo
relevante
Variável
Pbase Prep
tempo
Energia
E = f(RV)
Produção
Anexo E
(informativo)
E.1 Geral
A Figura E.1 mostra o delineamento do conceito de desempenho energético e seu método de
visualização. É necessário mostrar os resultados medidos de acordo com a necessidade do usuário.
Por exemplo, a alta direção pode preferir um panorama dos resultados de toda a organização.
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
Os resultados relacionados às ações específicas podem ser mais adequados para um operador de
planta. Os resultados detalhados podem ser mais adequados para engenheiros, para que oportunidades
para estabelecimento de ações de melhoria do desempenho energético sejam encontradas.
O valor atual de energia e suas variáveis relevantes podem ser indicados pelas métricas ilustradas
na Figura E.1. Informações sobre o período de base registradas em um conjunto de dados também
são fornecidas. Ademais, os valores estimados pelos modelos de LBE também são fornecidos se IDE
baseados em modelos forem utilizados.
Potência
de pico
Potência de pico
nto
del
o nju
Mo Co ados
d
de
O monitoramento pode também ser feito utilizando-se painéis de alarme para anormalidades nos
valores do IDE em tempo real.
a) consumo de energia (ver Figura 3): consumo de energia de um período de base e do período
de reporte são comparados;
b) eficiência energética [ver Figura E.2 a)]: CEE do período de base e do período de reporte são
comparados;
c) uso de energia [ver Figura E.2 b)]: as parcelas de um uso específico de energia em um período
de base e um período de reporte são comparados.
LBE
Eb
Consumo
100 Meta
Consumo energético Melhoria
IDE de referência
nação
Ilumina
do período de
IDE de referência
ção
Pb Pr
IDE atual
IDE
Refri
gera
ção
Refrigeração
Produção do Produção do
IDE
Tempo
Aquecimento (68%)
Eb Er
= 1.5 = 1.1
(45%)
Pb Pr 0
Ano de base Este ano
a) b)
Figura E.2 – Exemplo de IDE referentes à eficiência energética e uso de energia
A Figura E.3 mostra como a LBE, o IDE atual e a meta podem ser exibidos. A diferença entre meta e
IDE atual também é exibida. Um gerente de instalação ou um operador pode encontrar os impactos
de seu trabalho sobre o desempenho energético e adotar medidas se necessário.
Meta- atual
LBE IDE atual Meta
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
Na Figura E.4, a CEE é muito alta em níveis baixos de produção, sugerindo alto consumo fixo ou
pobre desempenho energético de parte da carga.
60 60 2
Consumo energético específico
Ruim
50 50
Quantidade de produção
1.5
40 40
30 30
1
20 20
(kWh / unidade)
(unidade)
10 10 0.5
8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
hora
100
90
2011
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)
80
70
2012
60
0 50 100
Produção (%)
Há duas abordagens possíveis: utilizar um valor orçamentário para energia que não varia ou utilizar
custos correntes de compra da concessionária. A primeira abordagem é, claramente, bastante
mais simples de se implementar, embora menos precisa. Na segunda abordagem, são necessárias
informações tarifárias e informações sobre a eficiência de geração e distribuição quando utilidades
secundárias, como vapor, estiverem sendo utilizadas.
Bibliografia
[1] ABNT NBR ISO 14064-3:2007, Gases de efeito estufa – Parte 3: Especificação e orientação para
a validação e verificação de declarações relativas a gases de efeito estufa
[2] ISO 50015:2014, Energy management systems – Measurement and verification of energy
performance of organizations – General principles and guidance
Exemplar para uso exclusivo - Código identificador #514842@353588# RNP:2612293833 (Pedido 796802 Impresso: 07/06/2021)