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DISCIPLINA
PAVIMENTAÇÃO
TRN 032
Versão: 2006
AUTOR:
Prof.
GERALDO LUCIANO DE OLIVEIRA MARQUES
FACULDADE DE ENGENHARIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
CAMPUS UNIVERSITÁRIO – CEP 36036-330
CP 422 – JUIZ DE FORA – MG
e-mail: geraldo.marques@ufjf.edu.br
Universidade Federal de Juiz de Fora
Faculdade de Engenharia – Departamento de Transportes e Geotecnia
TRN 032 - Pavimentação – Prof. Geraldo Luciano de Oliveira Marques
SUMÁRIO
Capítulo 1
O PAVIMENTO RODOVIÁRIO
Para SOUZA (1980), Pavimento é uma estrutura construída após a terraplanagem por
meio de camadas de vários materiais de diferentes características de resistência e
deformabilidade. Esta estrutura assim constituída apresenta um elevado grau de
complexidade no que se refere ao cálculo das tensões e deformações.
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A tensão horizontal aplicada na superfície exige que esta tenha uma coesão mínima.
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São aqueles constituídos por camadas que não trabalham à tração. Normalmente são
constituídos de revestimento betuminoso delgado sobre camadas puramente
granulares. A capacidade de suporte é função das características de distribuição de
cargas por um sistema de camadas superpostas, onde as de melhor qualidade
encontram-se mais próximas da carga aplicada. Um exemplo de uma seção típica
pode ser visto na figura 02, a seguir.
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Segundo MEDINA (1997), perde-se o sentido a definição das camadas quanto às suas
funções específicas e distintas umas das outras, à medida que se passou a analisar o
pavimento como um sistema de camadas e a calcular as tensões e deformações.
A partir daí começou-se a considerar a absorção dos esforços de tração pelas
camadas de rigidez como o concreto asfáltico.
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1.4.1 - Sub-leito:
É o terreno de fundação onde será apoiado todo o pavimento. Deve ser considerado e
estudado até as profundidades em que atuam significativamente as cargas impostas
pelo tráfego (de 60 a 1,50 m de profundidade).
Se o CBR do sub-leito for <2% , ele deve ser substituído por um material melhor,
(2%≤CBR≤20) até pelo menos 1 ,00 metro.
Se o CBR do material do sub -leito for ≥ 20% , pode ser usado como sub -base.
1.4.2 - Leito:
1.4.5 - Sub-base:
Camada complementar à base. Deve ser usada quando não for aconselhável executar
a base diretamente sobre o leito regularizado ou sobre o reforço, por circunstâncias
técnico-econômicas. Pode ser usado para regularizar a espessura da base.
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1.4.6 - Base:
1.4.7 - Revestimento:
1.4.8 - Acostamento:
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Capítulo 2
PROJETO DE PAVIMENTAÇÃO
Segundo o DNER (1996) um Projeto de Engenharia tem sua versão final intitulada
Projeto Executivo e visa, além de permitir a perfeita execução da obra, possibilitar a
sua visualização, o acompanhamento de sua elaboração, seu exame e sua aceitação
e o acompanhamento da obra. O processo comporta três etapas que se caracterizam
pelo crescente grau de precisão: Estudos Preliminares; Anteprojeto e Projeto
Executivo.
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Reconhecimento do subleito
Estudos Estudos de jazidas
Correntes Estudos de Empréstimos
Sondagens para obras de arte
Estudos Geotécnicos
- Reconhecimento do Subleito
- Estudos de Ocorrências de Materiais para Pavimentação
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a) Objetivos
Nestes estudos são fixadas as diretrizes que devem reger os trabalhos de coleta de
amostras do subleito, de modo que se disponha de elementos necessários para o
projeto de pavimentação.
Nesta fase são feitas sondagens superficiais no eixo e nos bordos da plataforma da
rodovia para identificação dos diversos horizontes de solos (camadas) por intermédio
de uma inspeção expedida do campo.
Estas amostras visam fornecer material para a realização dos ensaios geotécnicos e
posterior traçado dos perfis de solos. São definidos a partir dos elementos fornecidos
pela inspeção expedia do campo.
De posse dos resultados dos ensaios feitos em cada camada ou horizonte de cada
furo, traça-se o perfil longitudinal de solos constituintes do subleito estudado.
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Para a identificação das diversas camadas de solo, pela inspeção expedita no campo,
são feitas sondagens no eixo e nos bordos da estrada, devendo estas, de preferência,
serem executadas a 3,50 m do eixo. Os furos de sondagem são realizados com trado
ou pá e picareta.
São usadas, na descrição das camadas de solos, combinações dos termos citados
como, por exemplo, pedregulho areno-siltoso, areia fina-argilosa, etc.
Deverão também ser anotadas as presenças de mica e matéria orgânica.
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Para a identificação dos solos pela inspeção expedita, são usados testes expeditos,
como: teste visual, do tato, do corte, da dilatância, da resistência seca, etc. A cor do
solo é elemento importante na classificação de campo. As designações "siltoso" e
"argiloso" são dadas em função do I.P., menor ou maior que 10, do material passando
na peneira de 0,42 mm (nº 40). O solo tomará o nome da fração dominante, para os
casos em que a fração passando na peneira nº 200 for menor ou igual a 35%; quando
esta fração for maior que 35%, os solos são considerados siltes ou argilas, conforme
seu I.P. seja menor ou maior que 10.
A coleta das amostras deve ser feita em todas as camadas que aparecem numa seção
transversal, de preferência onde a inspeção expedita indicou maiores espessuras de
camadas. Para os ensaios de caracterização (granulometria, LL e LP) é coletada, de
cada camada, uma amostra representativa para cada 100 m ou 200 m de extensão
longitudinal, podendo o espaçamento ser reduzido no caso de grande variação de tipos
de solos. Tais amostras devem ser acondicionadas convenientemente e providas de
etiquetas onde constem a estaca, o número de furo de sondagem, e a profundidade,
tomando, depois, um número de registro em laboratório.
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Para fins de estudos estatísticos dos resultados dos ensaios realizados nas amostras
coletadas no subleito, as mesmas devem ser agrupadas em trechos com extensão de
20 km ou menos, desde que julgados homogêneos dos pontos de vista geológico e
pedológico.
O DNER tem utilizado o seguinte plano de amostragem para a análise estatística dos
resultados dos ensaios:
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1,29σ ∑X
Xmax = X + + 0,68σ X=
N N
1,29σ ∑(X - X)
X min = X − − 0,68σ σ =
N N −1
onde:
N = Número de amostras
X = valor individual
X = média aritmética
σ = desvio padrão
Xmin. = valor mínimo provável, estatisticamente
Xmáx. = valor máximo provável, estatisticamente
N ≥ 9 (número de determinações feitas)
A análise estatística dos diversos grupos de solos encontrados no subleito pode ser
apresentada, conforme o Quadro da Figura 3.
Um perfil longitudinal com indicação dos grupos de solos pode ser visto na figura 4.
B O L E T I M DE S O N D A G E M
Interessado: Procedência: Nº
Finalidade: Data Sondador: Visto:
Estaca Furo nº Posição Profundidade Descrição
total
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Q U A D R O -R E S U M O D O S
SUBTRECHO: RESULTADOS DOS ENSAIOS
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Nesta fase são feitos estudos específicos nas Jazidas da região próxima à construção
da rodovia que serão analisadas para possível emprego na construção das camadas
do pavimento (regularização do sub-leito, reforço, subbase, base e revestimento ).
Estes estudos são baseados nos dados da Geologia e Pedologia da região e podem
ser utilizados fotografias aéreas, mapas geológicos, além de pesquisa com os
moradores da região, reconhecimento de jazidas antigas, depósitos aluvionares às
margens dos rios, etc. Durante os trabalhos é feita também a localização das fontes de
abastecimentos de água.
O DNER fixa modo como deve ser procedido o estudo de jazidas. Normalmente são
feitas em duas etapas :
- Prospecção preliminar
- Prospecção definitiva
a) Prospecção preliminar
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• Coleta-se em cada furo e para cada camada, uma amostra suficiente para o
atendimento dos ensaios desejados. Anota-se as cotas de mudança de camadas,
adotando-se uma denominação expedita que as caracterize. Assim, o material
aparentemente imprestável, constituinte da camada superficial, será identificado
com o nome genérico de capa ou expurgo. Os outros materiais próprios para o uso,
serão identificados pela sua denominação corrente do lugar, como: cascalho,
seixos, etc;
• Faz-se a amarração dos furos de sondagem, anotando-se as distâncias
aproximadas entre os mesmos e a posição da ocorrência em relação à rodovia em
estudo.
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Caso o Limite de Liquidez seja maior que 25% e/ou Índice de Plasticidade, maior que 6,
poderá o solo ser usado em base estabilizada, desde que apresente Equivalente de
Areia maior que 30%, satisfaça as condições de Índice Suporte Califórnia e se
enquadre nas faixas granulométricas citadas adiante. O Índice Suporte Califórnia
deverá ser maior ou igual a 60 para qualquer tipo de tráfego; a expansão máxima
deverá ser 0,5%. Poderá ser adotado um ISC até 40, quando economicamente
justificado, em face da carência de materiais e prevendo-se a complementação da
estrutura do pavimento pedida pelo dimensionamento pela construção de outras
camadas betuminosas.
TIPOS I II
PENEIRAS A B C D E F
% em peso passando
2” 100 100 — — — —
1” — 75-90 100 100 100 100
3/8” 30-65 40-75 50-85 60-100 — —
Nº 4 25-55 30-60 35-65 50-85 55-100 70-100
+Nº 10 15-40 20-45 25-50 40-70 40-100 55-100
Nº 40 8-20 15-30 15-30 25-45 20-50 30-70
Nº 200 2-8 5-15 5-15 10-25 6-20 8-25
b) Prospecção definitiva
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Ensaios de laboratório
Em cada furo da malha ou no seu interior, para cada camada de material, será feito um
Ensaio de Granulometria por peneiramento, de Limite de Liquidez de Limite de
Plasticidade e de Equivalente de Areia (quando for indicado).
Com a rede de furos lançada (de 30 em 30m) e com a profundidade de cada furo e
cada horizonte, pode-se calcular o volume de cada tipo de material encontrado na
jazida.
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Os resultados das sondagens e dos ensaios dos materiais das amostras das
ocorrências de solos e materiais granulares são apresentados através dos seguintes
elementos:
• Boletim de Sondagem (Figura 1)
• Quadro-resumo dos Resultados dos Ensaios (Figura 2)
• Análise Estatística dos Resultados (Figura 6)
• Planta de Situação das Ocorrência (Figura 7)
• Perfis de Sondagem Típicos (Figura 8)
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SUBTRECHO:
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PROPRIETÁRIO DA ÁREA
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Na parte inicial será apresentado o estudo sobre as cargas rodoviárias, obtido das
seguintes referências: DNER (1996), SOUZA (1980) e NEVES (2002).
As cargas dos veículos são transmitidas ao pavimento através das rodas dos
pneumáticos. Para efeito de dimensionamento de pavimentos o tráfego de veículos
comerciais (caminhões, ônibus) é de fundamental importância. No projeto geométrico
são considerados tanto o tráfego de veículos comerciais quanto o tráfego de veículos
de passageiros (carro de passeio), constituindo assim o tráfego total.
a) Os eixos
As rodas dos pneumáticos (simples ou duplas) são acopladas aos eixos, que podem
ser classificadas da seguinte forma:
Eixos Simples:
EIXO SIMPLES DE RODAS SIMPLES: com duas rodas, uma em cada extremidade (2
pneus); e
EIXOS SIMPLES DE RODAS DUPLAS: com quatro rodas, sendo duas em cada
extremidade (4 pneus).
Eixos Tandem:
Quando dois ou mais eixos consecutivos, cujos centros estão distantes de 100 cm a
240 cm e ligados a um dispositivo de suspensão que distribui a carga igualmente entre
os eixos (balancin). O conjunto de eixos constitui um eixo tandem. Pode-se ainda
definir:
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EIXO TANDEM DUPLO: com dois eixos, com duas rodas em cada extremidade de
cada eixo (8 pneus). Nos fabricantes nacionais o espaçamento médio de 1,36 m;
EIXO TANDEM TRIPLO: com três eixos, com duas rodas em cada extremidade de
cada eixo (12 pneus).
(a) (b)
b) Os veículos
No Brasil os veículos comerciais devem obedecer a certos limites e as cargas por eixo
não podem ser superiores a determinados valores, segundo a legislação em vigor.
Quem regulamenta estes limites para as cargas máximas legais é a chamada lei da
balança. Segundo NEVES (2002) esta lei tem o número original 5-105 de 21/09/66 do
CNT (Código Nacional de Trânsito), que depois foi alterada por:
- Decreto Nº 62.127 de 16/10/68;
- Com modificações introduzidas pelo Decreto Nº 98.933 de 07/02/90;
- Lei Nº 7.408 de 25/01/85, que fixava uma tolerância máxima de 5%.
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- Peso bruto por eixo isolado: 10 ton. quando o apoio no pavimento se dá em 4 pneus e
5 ton. quando o apoio no pavimento se dá em 2 pneus.
- Peso bruto por conjunto de 2 eixos tandem de 17 ton., quando a distância entre dois
planos verticais que contenham os centros das rodas estiver compreendida entre
1,20m e 1,40m.
- Peso bruto por conjunto de 2 eixos não em tandem de 15 ton., quando a distância
entre dois planos verticais que contenham os centros das rodas estiver compreendida
entre 1,20m e 1,40m.
Veículos leves:
CARRO DE PASSEIO, automóveis e utilitários leves (Kombi, Pick-up), todos com dois
eixos e apenas rodas simples com dois pneumáticos por eixo (total de 4 pneus).
Dividem-se em duas subclasses: Automóveis e Utilitários (furgões, Kombi e Pick-up).
CAMINHÃO LEVE (2C-Leve): inclui caminhonetes e caminhões leves com dois eixos,
sendo o dianteiro de rodas simples e o traseiro de rodas duplas, 6 pneus, (tipo 608, F
4000, etc.), além de veículos de camping leves;
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CAMINHÃO COM SEMI-REBOQUE COM TRÊS EIXOS (2S1): veículos com três
eixos, formados por duas unidades, sendo que uma das quais é um cavalo motor (com
dois eixos) e o reboque com eixo (10 pneus).
CAMINHÃO COM SEMI-REBOQUE, COM CINCO EIXOS (2S3): veículos com cinco
eixos, constituídos por duas unidades, uma das quais é um cavalo motor (com dois
eixos), e o reboque com 3 eixos (tandem triplo), com 18 pneus;
CAMINHÃO COM SEMI-REBOQUE, COM CINCO EIXOS (3S2): veículos com cinco
eixos, constituídos por duas unidades, uma das quais é um cavalo motor (com três
eixos, sendo o traseiro duplo), e o reboque com 2 eixos (tandem duplo), com 18 pneus;
CAMINHÃO COM SEMI-REBOQUE, COM SEIS EIXOS (3S3): veículos com seis
eixos, constituídos de duas unidades, uma das quais é um cavalo motor (com três
eixos, sendo o traseiro tandem duplo), e o reboque com 3 eixos (tandem triplo), com 22
pneus;
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Caminhões especiais:
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Quando os pneus são novos a área de contado é elíptica, tornando-se velhos a área
toma o formato retangular. Pode ser expressa da seguinte forma:
d) - O tráfego rodoviário
Volume médio diário (Vm ou VMD): Número de veículos que circulam em uma estrada
durante um ano, dividido pelo número de dias do ano
e) Crescimento do tráfego
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Vt = 365 x P x Vm
Vm = Vo ( 2 + P.t) K
2
onde
Vt → Volume total de tráfego para um período P
Vm → Volume médio diário
Vo → Volume médio diário no ano anterior ao período considerado
t → Taxa de crescimento anual
k → Fator que leva em consideração o tráfego gerado e desviado
Vt = 365 x Vo x (1 + t)P - 1 K
t
Como em uma rodovia trafegam vários tipos de veículos com variadas cargas em cada
eixo foi necessário introduzir o conceito de Eixo Padrão Rodoviário. Este eixo é um eixo
simples de rodas duplas com as seguintes características:
Carga por Eixo (P): 18 Kips = 18.000 lb = 8.165 Kgf = 8,2 tf = 80 KN
Carga por roda (P/4): 4,5 Kips = 4.500 lb = 2.041 Kgf = 2,04 tf = 20 KN
Pressão de Enchimento dos Pneus (p): 80 lb/Pol2 = 5,6 Kgf/cm2
Pressão de Contato Pneu-Pavimento (q): 5,6 Kgf/cm2
Raio da Área de Contato Pneu-Pavimento (r): 10,8 cm
Afastamento entre Pneus por Roda (s): 32,4 cm
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g) Estudo do tráfego
n = Vt x FE
Onde:
FE → Fator de Eixo: É o número que multiplicado pela quantidade de veículos dá o
número de eixos. É calculado por amostragem representativa do trafego em
questão, ou seja:
FE = namost
Vtamost
Número “N”
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FC = ∑ Pj x FCj
100
Onde:
Pj → Porcentagem com que incidem cada categoria de veículos “j”
FCj → Fator de carga para cada categoria de veículo “j”
Conclusão
n = Vt x FE (1)
N = n x FC (2)
(1) em (2)
N = Vt x FE x FC
N = 365 x P x Vm x FE x FC Obs.: (FE x FC Também chamado de FV)
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h) - Exemplos numéricos
Solução:
n = 200 x 2 + 80 x 3 + 20 x 4 = 720
b) Cálculo de FE
n amost = Vt amost x FE
c) Cálculo de FC
FC = 0,5464 (coluna 5)
d) Cálculo do “N”
N = 365 x P x Vm x FE x FC
N = 365 x 10 x 2500 x 2,4 x 0,5464
N = 1,19 x 107
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2) (SOUZA, 1980)
Uma estrada apresenta um volume de tráfego, nos dois sentidos, de 2Vo = 4000
veículos por dia com a seguinte distribuição:
Carros de passeio → 30%
Caminhões leves → 4%
Caminhões médios → 55%
Caminhões pesados → 6%
Ônibus → 0%
Reboques e semi-reboques → 5%
Considerando um período de projeto de 10 anos, Vm = 3000 veículos, e tomando como
base os dados de pesagem apresentados no quadro abaixo, pede-se:
1) Calcular os fatores de veículos (FV) de acordo com os fatores de equiv. do DNER.
2) Determinar o número N, considerando o tráfego total.
3) Determinar o número N, considerando apenas o tráfego comercial.
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Solução
1) Cálculo do FV
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N = 365 x P x Vm x FV
N = 365 x 10 x 3000 x 2,22
N = 2,4 x 107
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O método tem como base o trabalho "Design of Flexible Pavements Considering Mixed
Loads and Traffic Volume", da autoria de W.J. Turnbull, C.R. Foster e R.G. Ahlvin, do
Corpo de Engenheiros do Exército dos E.E.U.U. e conclusões obtidas na Pista
Experimental da AASHTO.
O subleito
C.B.R. ≥ 20%
I.G. = 0
Expansão ≤ 1% (medida com sobrecarga de 10 1bs)
C.B.R. ≥ 80%
Expansão ≤ 0,5% (medida com sobrecarga de 10 1bs)
Limite de liquidez ≤ 25%
Índice de plasticidade ≤ 6%
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Caso o limite de liquidez seja superior a 25% e/ou índice de plasticidade seja superior a
6; o material pode ser empregado em base (satisfeitas as demais condições), desde
que o equivalente de areia seja superior a 30.
Os materiais para base granular devem ser enquadrar numa das seguintes faixas
granulométricas:
2” 100 100 — —
1” — 75-90 100 100
3/8” 30-65 40-75 50-85 60-100
Nº 4 25-55 30-60 35-65 50-85
Nº 10 15-40 20-45 25-50 40-70
Nº 40 8-20 15-30 15-30 25-45
Nº 200 2-8 5-15 5-15 10-25
A fração que passa na peneira nº 200 deve ser inferior a 2/3 da fração que passa na
peneira nº 40. A fração graúda deve apresentar um desgaste Los Angeles igual ou
inferior a 50. Pode ser aceito um valor de desgaste maior, desde que haja experiência
no uso do material.
Em casos especiais podem ser especificados outros ensaios representativos da
durabilidade da fração graúda.
O tráfego
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Revestimento : KR
Base : KB
Sub-base : KS
Reforço : KRef
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Dimensionamento do pavimento
Supõe-se sempre, que há uma drenagem superficial adequada e que o lençol d'água
subterrâneo foi rebaixado a, pelo menos, 1,50 m em relação ao greide de
regularização.
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Mesmo que o C.B.R. ou I.S. da sub-base seja superior a 20, a espessura do pavimento
necessário para protegê-la é determinada como se esse valor fosse 20 e, por esta
razão, usam-se sempre os símbolos, H20 e h20 para designar as espessuras de
pavimento sobre sub-base e a espessura de sub-base, respectivamente.
Uma vez determinadas as espessuras Hm, Hn, H20 , pelo gráfico da Figura 43, e R pela
tabela apresentada, as espessuras de base (B), sub-base (h20) e reforço do subleito
(hn), são obtidas pela resolução sucessiva das seguintes inequações:
R KR + B K B ? H20
R KR + B K B + h20 KS ? Hn
R KR + B K B + h20 KS + hn K Ref ? H m
Acostamento
Quando a camada de base é de custo elevado, pode-se dar uma solução de menor
custo para os acostamentos.
Algumas sugestões têm sido apontadas para a solução dos problemas aqui
focalizados, como:
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Muitas vezes, quando não se dispõe de dados seguros sobre a composição de tráfego,
é conveniente a pavimentação por etapas, havendo ainda a vantagem de, ao se
completar o pavimento para o período de projeto definitivo, eliminarem-se as pequenas
irregularidades que podem ocorrer nos primeiros anos de vida do pavimento.
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Exemplo Numérico
1ª Solução:
a)Revestimento para N=6x10¦→ Espessura = 12,5 cm de CBUQ ou CAUQ
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3ª Solução: Se adotar R = 15 cm
15 x 2,0 + B x 1,0 ≥ 30 x 2,0 → B ≥ 6 cm → B = 15 cm (mínimo exigido DNIT)
15 x 2,0 + 15 x 1,0 + h20 x 1,0 ≥ 65 → h20 ≥ 20 cm
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Capítulo 3
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c) Macadame Cimentado
Uma camada de brita é espalhada sobre a pista e sujeita a uma compressão, com o
objetivo de diminuir o número de vazios, tornando a estrutura mais estável. Logo após
é lançada uma argamassa de cimento e areia que penetra nos espaços vazios ainda
existentes. O produto assim formado tem característica de um concreto pobre.
d) Solo-Cimento
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g) Solo-Cal:
É uma mistura de solo, cal e água. Também pode ser acrescido a esta mistura uma
pozolana artificial, chamada fly-ash, que é uma cinza volante. Geralmente, solos de
granulometria que reagem com a cal, proporcionando trocas catiônicas, floculações,
aglomerações, produzem ganhos na trabalhabilidade, plasticidade e propriedades de
caráter expansivo. Estes fenômenos processam-se rapidamente e produzem
alterações imediatas na resistência ao cisalhamento das misturas. As reações
pozolânicas resultam na formação de vários compostos cimentantes que aumentam a
resistência e a durabilidade da mistura. A carbonatação é uma cimentação fraca.
É a mesma idéia do solo -cal, porém neste caso há predominância dos fenômenos que
produzem modificações do solo, no que se refere à sua plasticidade e sensibilidade à
água, não oferecendo à mistura características acentuadas de resistência e
durabilidade. As bases feitas desta maneira são consideradas flexíveis.
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Assim como o cimento, a cal e o betume, a adição de sais minerais faz parte dos
estudos de estabilização química. O cloreto de sódio e o de cálcio podem ser
misturados ao solo com o objetivo de modificar alguns índices físicos, melhorando
suas características resistentes. No Brasil é utilizado o cimento com uma proporção de
até 5% , conforme visto anteriormente.
Nestes casos é adicionada ao solo uma resina para fazer a função de material ligante.
Como exemplo pode-se citar a lignina que é proveniente da madeira, utilizada na
fabricação do papel. A utilização de resinas, assim como de sais minerais para fins de
estabilização são de pouco uso no Brasil.
m) Brita Graduada
Também chamada de brita corrida. É uma mistura de brita, pó de pedra e água. São
utilizados exclusivamente produtos de britagem que vem preparado da usina (figura
16). Este tipo de material substituiu o macadame hidráulico.
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n) Solo Brita
É uma mistura de material natural e pedra britada. Usado quando o solo disponível
(geralmente areno -argiloso) apresenta deficiência de agregado graúdo (retido na #
10). A pedra britada entra na mistura para suprir esta deficiência, aumentando as
características de resistência do material natural. (figura 17)
o) Macadame Hidráulico
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preenchimento dos espaços vazios deixados pela brita. Para facilitar a penetração do
material de preenchimento, molha-se o pó de pedra (também pode ser usado solo de
granulometria e plasticidade apropriado) e promove-se outra compactação. Esta
operação é repetida até todos os vazios serem preenchidos pelo pó de pedra.
Este tipo de procedimento foi substituído pela pedra britada, que já vem preparada da
usina. (figura 18).
p) Macadame Betuminoso
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a ) Regularização do sub-leito
b) Reforço do sub-leito
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b) Empilhamento
c) Mistura e espalhamento
Mistura
Espalhamento
Ms → Massa solta
Mc → Massa compactada
ec → Espessura compactada (normalmente é a de projeto + 1 cm para raspagem )
es → Espessura solta
γ c → Densidade compactada (de laboratório γ máx)
γ s → Densidade solta: determina-se o peso de um volume conhecido.
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Para o caso de dois ou mais materiais (mistura) a espessura solta pode ser calculada
da seguinte forma:
M M = ec M × γc M (1)
X
M1 = × MM
100
(2)
Y
M2 = ×MM
100
Então :
X γc
es M 1 = × ecM × M
100 γs M 1
Y γc
es M 2 = × ecM × M
100 γs M 2
O volume de material solto (Vs) a ser importado para a pista é calculado da seguinte
maneira:
Vs = es x L ?
xE
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N = Vs / q
d=E/N
d) Pulverização
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e) Umidificação ou secagem
f) Compactação no campo
Rolo Liso:
- para solos granulares
- para acabamento
Rolo Pé de Carneiro:
- para solos argilosos
- compacta de baixo para cima
Por vibração:
São considerados por vibração quando os impactos impostos pelo equipamento são
maiores que 500 r.p.m (1500 e 2000 r.p.m). A vantagem deste tipo de compactação é a
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- Trechos em tangente a compactação deve ser feita dos bordos para o eixo. Este
procedimento é justificado pelo acúmulo de material que se dará no centro da pista.
- Nos trechos em curva a compactação deve ser feita do bordo interno para externo .
O controle da compactação é feito em duas etapas:
Quando o GC encontrado é menor que o especificado (p.e GC < 100%), deve -se abrir
todo o trecho compactado, escarificando-o, e repetindo-se todas as operações de
compactação novamente.
g) Controles
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h) Acabamento
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Capítulo 4
4.2 - Objetivo
4.3 - Importância
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Além destes, tem surgido nos últimos tempos, uma grande variedade de outros
métodos e processos construtivos que visam oferecer ao solo, características de
resistência e melhoria de suas qualidades naturais e que podem ser classificados como
Métodos especiais de estabilização:
Solos Reforçados com Geossintéticos; Solo pregado; Colunas Solo-Cal; Colunas Solo-
Brita; Compactação Dinâmica; Jet Grounting; Compaction Grounting; Drenos Verticais
de Areia; Micro Estacas; Estabilização Via Fenômenos de Condução em Solos.
A Estabilização Mecânica visa dar ao solo (ou mistura de solos) a ser usado como
camada do pavimento uma condição de densificação máxima relacionada a uma
energia de compactação e a uma umidade ótima. Também conhecida como
estabilização por compactação. É um método que sempre é utilizado na execução das
camadas do pavimento, sendo complementar a outros métodos de estabilização.
Nos solos argilosos (coesivos) encontramos estruturas floculadas e dispersas que são
mais sensíveis a presença de água, influenciando a resistência ao cisalhamento. É
comum a adição de agentes químicos que provoquem a dispersão ou floculação das
partículas ou uma substituição prévia de cátions inorgânicos por cátions orgânicos
hidrorrepelentes seguida de uma adição de cimentos.
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Toda mistura envolvendo solo e qualquer teor de cimento tem sido erroneamente
chamado de mistura solo -cimento. Existem três diferentes tipos de misturas de solo
estabilizado com cimento, sendo o solo -cimento, apenas uma delas:
a) Mistura de solo-cimento
Produto obtido pela compactação e cura de uma mistura íntima de solo, cimento e
água, de modo a satisfazer a critérios de estabilidade e durabilidade exigidos.
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c) Solo-cimento plástico
Material endurecido formado pela cura de uma mistura íntima de solo, cimento e
quantidade suficiente de água para produzir uma consistência de argamassa. A
quantidade de água no solo-cimento é apenas para permitir uma boa compactação e
completa hidratação do cimento. No solo-cimento plástico a quantidade de cimento é
aproximadamente 4% a mais para satisfazer os critérios de durabilidade e estabilidade
exigidos e também devido a maior quantidade de água necessária para deixar a
mistura na consistência de argamassa.
Sendo assim, durante o processo de estabilização do solo com cimento, ocorrem dois
tipos de reações: as reações de hidratação do cimento Portland e as reações entre os
argilominerais e a cal liberada na hidratação do cimento ( C3S, β-C2S, C3A, C4AF +
H2O). Estas reações podem ser exemplificadas da seguinte forma:
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Nos solos granulares desenvolvem-se vínculos de coesão nos pontos de contato entre
os grãos (semelhante ao concreto, porém o ligante não preenche todos os espaços).
Nos solos argilosos a ação da cal gerada sobre a sílica e alumina do solo resulta o
aparecimento de fortes pontos entre as partículas de solo.
Surge então a seguinte questão: Por que os solos granulares respondem melhor à
estabilização com cimento? Porque nos solos argilosos a reação da cal gerada na
hidratação e os argilominerais ocasionam uma queda no PH da mistura, afetando a
hidratação e o endurecimento do cimento. Se o PH abaixar, o composto C3S2Hx reage
novamente formando CSH e cal. Como o C3S2Hx é responsável pela maior parte da
resistência da mistura solo-cimento, o aparecimento do CSH é indesejável quando
provém deste composto, sendo benéfico apenas quando origina -se das reações da cal
com os argilominerais. Portanto as reações de hidratação do cimento são as mais
importantes e respondem pela maior parte da resistência final alcançada para a
mistura. Nos solos argilosos a resistência devido às reações pozolânicas se dão às
custas de um decréscimo de contribuição da matriz cimentante.
Por envolver aspectos físico-químicos tanto do cimento quanto do solo, este tipo de
estabilização é influenciada por inúmeros fatores:
a) Tipo de solo
Todo solo pode ser estabilizado com cimento, porém os solos arenosos (granulares)
são mais eficientes que os argilosos por exigirem baixos teores de cimento.
c) Teor de cimento
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Assim como nos solos naturais, as misturas solo-cimento exigirão um teor de umidade
que conduza a uma massa específica seca máxima, para uma dada energia de
compactação. O acréscimo de cimento ao solo tende a produzir um acréscimo no teor
de umidade e um decréscimo na massa específica seca máxima, devido a ação
floculante do cimento. O teor de umidade ótimo que conduz à máxima massa
específica seca não é necessariamente o mesmo para a máxima resistência. Este
último está localizado no ramo seco para os solos arenosos e no ramo úmido para os
solos argilosos.
Diferente do concreto, a temperatura de cura deve ser elevada para propiciar elevadas
resistências. Durante as reações pozolânicas, a temperatura tende a elevar-se. Nos
países de clima quente pode-se empregar um teor de cimento menor para atingir a
mesma resistência à compressão que seria alcançada em um pais de clima frio.
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preestabelecidos, sendo o resultado final, a fixação das três varáveis citadas (ABCP,
1986).
Em 1935, a Portland Cement Association (PCA) fez as primeiras tentativas para criação
de normas para a mistura solo-cimento. Em 1944 e 1945 a ASTM e AASHO,
respectivamente, adotaram o método de dosagem idealizado pela PCA.
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O fundamento do método foi extraído dos resultados desta série de resultados, onde foi
constatado que um solo arenoso, com determinada granulometria e massa específica
aparente máxima seca, requererá o mesmo teor de cimento indicado pelo ensaio de
durabilidade se alcançar uma resistência à compressão aos 7 dias superior a um
determinado valor especificado.
Aplicação da Norma Simplificada
Métodos Empregados
Sequência de Dosagem
Baseado na experiência brasileira adquirida ao longo dos anos, o uso dos solos a
serem utilizados nas bases e sub -bases de solo-cimento restringiu-se aos tipos A1, A2,
A3 e A4. Desta forma os solos siltosos e argilosos foram descartados devido a
dificuldades do processo de execução.
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Todo tipo de solo pode, a princípio, ser estabilizado com cimento, porém os solos finos
requerem teores elevados de cimento, tornando-se assim inadequados para fins de
estabilização devido ao fator econômico.
Devido a esta limitação da utilização dos solos finos para a estabilização solo-cimento,
eliminou-se também o ensaio de durabilidade por molhagem e secagem. Surgiu daí a
necessidade de criação de um novo procedimento de dosagem mais preciso.
(Nascimento, 1991).
Procedimentos de dosagem
É baseado no quadro a seguir. Este quadro foi retirado da Norma Geral de dosagem e
pode ser usado quando não se tenham experiências anteriores com o solo em questão.
Para solos que apresentam 100% de material passante na peneira de 4.8 mm utilizar a
Figura 21 a seguir. Para solos que apresentam até 45% de material retido na peneira
de 4.8 mm utilizar a Figura 22 a seguir.
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g) Resultado da dosagem.
Após a execução dos ensaios de compressão simples, calcula -se a média aritmética
das resistências à compressão simples correspondentes a um mesmo teor de cimento.
Não considerar os corpos de prova cuja resistência à compressão se afaste mais de
10% da média calculada. O número de corpos de prova mínimo para cálculo da média
é dois.
O valor de 2.1 Mpa foi fixado por ser um número já consagrado no meio rodoviário
devido ao bom desempenho dos pavimentos conseguido com solos estudados com
este valor de resistência.
O teor mínimo recomendado pela norma é de 5%. Para se transformar o traço obtido
em peso (% massa) em volume (% volume) utilizar o ábaco da figura 23.
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h) Exemplos numéricos
- Granulometria:
Pedregulho grosso: 10%
Pedregulho fino: 5%
Areias grossa: 23%
Areia fina: 33%
Silte: 6%
Argila: 23%
% pass. # nº 200: 32%
- Índices de consistência:
LL = 25% LP = 19% IP = 6%
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3) Para o exemplo acima, supondo que tenha sido executado o ensaio de compressão
simples com os teores de 5%, 6% e 7%, qual o teor que você adotaria como definitivo
com base nos seguintes resultados:
5) No exemplo anterior, supondo terem sido moldados 3 corpos de prova com os teores
de cimento de 4%, 5% e 6% e estes submetidos a ensaios de compressão simples,
cujos resultados encontram-se abaixo, determine qual o teor adotado para o caso em
análise.
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a) Silos de solos
Depósitos destinados a receber o solo (ou solos) que serão utilizados na mistura,
construídos de madeira ou chapa metálica, normalmente em forma de tronco de
pirâmide.
A calibração é feita pelo processo usual onde a comporta de saída é aberta com
diversas alturas, anotando-se a quantidade que se escoa em um determinado tempo.
Com os pares de valores Abertura da comporta x Produção horária pretendida,
traçados em um gráfico, obtém-se a abertura necessária do silo. Esta calibração
também pode ser feita em função da quantidade de material que cai em um espaço
linear de um metro da esteira transportadora. Neste caso varia-se a abertura da
comporta ou a velocidade de transporte das correias.
b) Silo de cimento
c) Correias transportadoras
São as responsáveis pelo transporte dos solos e do cimento dos silos até o misturador.
Devem ter uma inclinação suficiente para levar os materiais desde as comportas dos
silos até a boca do misturador.
d) Depósito de água:
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e) Misturador
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Deverá ser feita progressivamente. É aconselhável que a umidade não aumente mais
de 2% em cada passada do Carro-tanque. O caminhão Pipa deve ser equipado,
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quando possível, com dispositivo de controle de água por pressão. Desta forma pode-
se calcular a quantidade de água a ser distribuída (função também do teor de umidade
do solo) em cada passada. Pode-se ajuntar a água ao solo pulverizado na véspera,
antes da adição do cimento, até atingir uma umidade próxima da hot . Tolera-se uma
variação de 0,9 a 1,1 vezes o teor indicado (hot).
Feita por Pulvi-mix ou grade de disco. Na fase final a umidade deve ser controlada de
40 em 40 m. Qualquer deficiência deve ser corrigida.
f) Compactação e acabamento
Para solos arenosos deve-se empregar rolos pneumáticos ou lisos e para solos
argilosos o rolo pé-de-carneiro deve ser usado no início e os pneumáticos ou lisos
usados ao final. A espessura de compactação não deve ser menor que 5cm. A camada
superficial deve ser mantida na umidade ótima ou ligeiramente acima e feita a
conformação do trecho ao greide e abaulamento desejados.
Após a conclusão da compactação deve ser feito um acerto final na superfície para
eliminação de saliências, não podendo fazer correções de depressão através de adição
de material. Pode-se usar grades de dentes ou escova metálica.
g) Cura
Após a compactação o trecho deverá ser protegido por um período de 7 dias. Usa-se
cobrir o trecho com uma camada de solo de mais ou menos 5 cm ou capim (10 cm) que
deverão ser mantidos unidos para conservação da umidade. Também pode ser usado
material betuminoso para proteção.
h) Controles de Execução
i) Exemplo numérico
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utilizados. Determine: a quantidade de solo a ser importado para a pista (n° de viagens,
espessura solta, espaçamento p/ descarga), a quantidade de cimento (massa de
cimento, n° de sacos, espaçamento dos sacos) e a quantidade de água (volume de
água, número de viagens do carro-pipa) a ser utilizado no processo construtivo.
L → extensão do trecho = 30 Km
ec → espessura compactada = 15 cm
L → largura da plataforma = 8m
c → teor de cimento em volume = 10%
δci → densidade do cimento = 1,42 g/cm3
δ max sc → densidade máxima do solo-cimento = 2,00 g/cm3
δs → densidade do solo solto = 1,50 g/cm3
Hosc → umidade ótima do solo -cimento = 11%
Hn → umidade do solo natural = 4%
He → perda por evaporação = 2%
q → capacidade dos caminhões transportadores = 6 m3
Q → capacidade das irrigadoras = 8000 l
Referências Bibbliográficas
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É uma técnica de estabilização utilizada em vários países. Suas principais funções são:
- Melhoria permanente das características do solo;
- Aumenta a resistência à ação da água;
- Melhoria do poder de suporte;
- Melhoria da trabalhabilidade de solos argilosos.
Ao misturar a cal ao solo em condições ótimas de umidade, ocorrem reações químicas
que provocam alterações físicas nos mesmos, tais como:
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Pode-se empregar tanto cal virgem quanto cal hidratada. Cales calcíticas hidratadas
produzem menores resistências que cales dolomíticas hidratadas.
b) Tipo de solo:
Solos finos correspondem melhor à estabilização com cal que solos granulares porque
uma maior superfície específica refletirá em reações mais intensas entre a cal e as
partículas de solo. A mineralogia do solo também influencia nas reações.
c) Tempo de cura:
d) Influência da temperatura:
b) Solo cimentado com cal: visa obter um material com maior resistência e
durabilidade.
Não existe no Brasil metodologia para dosagem e dimensionamento de misturas solo-
cal. Para misturas que apresentam ganhos de resistência, o ensaio de compressão
simples é utilizado para dosagem. A avaliação da capacidade de suporte das misturas
solo-cal é feita mediante o ensaio de ISC (CBR). Normalmente são utilizados
procedimentos de dosagem experimentais.
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- Solo-betume: seu controle é mais rigoroso, maior teor de betume e com funções de
impermeabilização.
Quanto mais fino o solo, maior será a quantidade de betume requerida. Quando usado
em excesso, diminui a estabilidade e passa a agir como lubrificante.
Existem alguns métodos que podem ser utilizados, sendo todos extraídos da literatura
americana: Método Califórnia modificado; Método Hubbard Field; Ensaio do
penetrômetro de cone; Ensaio do valor do suporte Flórida; Ensaio do índice de suporte
Texas.
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Neste item serão abordados os processos pelos quais se misturam dois ou mais
agregados de granulometrias diferentes de modo a enquadrá-los em uma
especificação qualquer. É comum a apresentação da especificação em “faixas de
trabalho” onde são mostrados os limites inferior e superior da granulometria. Desta
forma, a granulometria ideal a ser alcançada ou exigida é aquela que representar o
ponto médio dos limites extremos.
Os solos arenosos são, de um modo geral, facilmente destruídos por ações abrasivas,
quando analisados separadamente, devido a falta do “ligante”. Já os solos argilosos,
também analisados separadamente, são muito deformáveis, com baixa resistência ao
cisalhamento, quando absorvem água. Na prática, é comum e necessário misturarmos
estes dois tipos de solos, ou seja, solos com características granulares e solos com
características coesivas, para obtermos uma mistura com propriedades ideais de
resistência e trabalhabilidade.
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Sendo dados os agregados A, B, C, ..., com, respectivamente x%, y%, z%, ..., passante
numa série de peneiras e desejando-se projetar uma mistura “M” com m1 %, m2%, m3 %,
..., passante na mesma série de peneiras, pode-se sempre estabelecer um sistema de
N equações em que uma delas é:
x% + y% + z% + ... = 100
Solução
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Equações:
Outra opção:
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% em Peso Retido
Peneiras Mat 1 Mat 2 Mat 3 Especificação
z = 1 - ( x + y ) = 1 - ( 0,8108 + 0,1397 )
z = 4,95%
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O sucesso deste método depende da primeira tentativa. Quando se trabalha com três
agregados com granulometrias próximas do agregado graúdo, agregado miúdo e filer,
recomenda-se como regra prática para a primeira tentativa as seguintes correlações:
M1 → Agregado Graúdo → X %
M2 → Agregado Miúdo → Y % ⇒ X = 2Y
M3 → Filer →Z% Z=±5%
Obs: No caso de 4 materiais, a primeira deve ser feita segundo o seguinte esquema:
M1 e M2 → Brita 1 e 2 → X% M1 e M2 → Dobro de M3
M3 → Areia → Y% ⇒ M1 ≈ M2
M4 → Filler → Z% M4 = ± 5%
1 M1 M2 M3 11 12 13 14
3 4 6 7 9 10
Penei 1ª 2ª Ponto Espec
2 5 8
ras Tent Tent Médio .
65% 80% 30% 15% 5% 5%
1” 100 65,00 80,00 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 100,0 100,0 100 100
3/4” 88 57,20 70,40 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 92,20 90,40 90 80-100
1/2” 75 48,75 60,00 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 83,75 80,00 80 65-95
3/8” 53 34,45 42,40 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 69,45 62,40 62 45-80
nº 4 31 20,15 24,80 100 30,00 15,00 100 5,00 5,00 55,15 44,80 44 28-60
nº 10 17 11,05 13,60 95 28,50 14,25 100 5,00 5,00 44,55 32,85 32 20-45
nº 40 8 5,20 6,40 70 21,00 10,50 100 5,00 5,00 31,20 21,90 21 10-32
nº 80 6 3,90 4,80 40 12,00 6,00 83 4,15 4,15 20,05 14,95 14 8-20
nº200 3 1,95 2,40 0 0,00 0,00 52 2,60 2,60 4,55 5,00 5 3-8
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Capítulo 5
De acordo com a NBR 9935, que determina a terminologia dos agregados, o termo
“agregado” é definido como material sem forma ou volume definido, geralmente inerte,
de dimensões e propriedades adequadas para produção de argamassa e concreto.
Já WOODS (1960) define agregado como sendo uma mistura de pedregulho, areia,
pedra britada, escória ou outros materiais minerais, usada em combinação com um
ligante para formar um concreto, uma argamassa, etc.
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Areias quartzosas de formação eólica são bastante puras (mais de 90% de teor de
sílica), porém exibem granulometria uniforme e fina. Areias quartzosas de origem fluvial
não são tão puras (80 a 85% de sílica), mas apresentam em geral granulometria
adequada aos trabalhos de pavimentação rodoviária. As areias de depósitos
residuários apresentam boa granulometria, porém seu grau de pureza está na faixa de
70%.
Segundo MARTINS (1995) grande parte das rochas duras exploradas para a indústria
de construção encontra-se em áreas de alto valor paisagístico ou em áreas de
preservação ambiental, sendo necessário um planejamento cuidadoso para minimizar
perturbações ambientais e danos á paisagem. Não há escassez previsível de recursos
de rocha para produção de brita no Brasil, a despeito da extração anual (estimada)
superar 100 milhões de metros cúbicos e do consumo per capita ser muito baixo,
denotando uma enorme demanda reprimida.
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pela eliminação das camadas mais fracas da rocha e pelo efeito da britagem na forma
de partícula e graduação do agregado.
Em quase toda pedreira existe uma camada de solo sobrejacente que deve ser
removido antes que a rocha sã seja encontrada. Esta parte superficial e não
aproveitável na produção de britas é designada por “estéril”.
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A maioria dos agregados silicosos tais como arenito, quartzo e cascalho tornam-se
negativamente carregados na presença de água, enquanto materiais calcários
conduzem carga positiva na presença de água.
Muitos agregados contêm ambos tipos de carga porque eles são compostos de
minerais tais como sílica com carga negativa e também cálcio, magnésio, alumínio ou
ferro com carga positiva. Agregados típicos que conduzem cargas misturadas incluem
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Minerais
Rochas ígneas
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Rochas sedimentares
Rochas metamórficas
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Plagioclásios
Sílicas
Quartzo
Calcedônia
Opala
Feldspatóides
Nefelina
Zeólitas
Analcita
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minerais que podem dar às rochas uma tendência maior ou menor ao polimento
quando usada como agregados para fins rodoviários.
A NBR 7389 trata da “Apreciação Petrográfica de Materiais Naturais para Utilização
como Agregado em Concreto” e descreve procedimento semelha nte ao anterior, porém
a finalidade é o uso para concreto de cimento Portland. Com esta finalidade existe
também a NM 54.
Para entendimento dos constituintes mineralógicos dos agregados deve ser consultada
a TER 198/87 (Terminologia) do DNER ou a NBRNM 66 (antiga NBR 9942) que é
adotada pelo DNER pelo processo de referência.
O outro fator que afeta a utilização dos agregados em misturas betuminosas, até certo
grau relacionado à Mineralogia, é a presença de coberturas superficiais e outras
substâncias deletérias. Estas substâncias deletérias podem incluir argila, xisto argiloso,
silte, óxidos de ferro, gesso, sais dissolvidos e outras partículas frágeis que afetam a
ligação com o asfalto. Também podem aumentar a susceptibilidade à umidade de uma
mistura asfáltica e não devem ser usados a menos que a quantidade de matéria
estranha seja reduzida por lavagem ou por outros meios.
Apesar da ligação do cimento asfáltico não ser boa em relação a determinados tipos de
agregados, esta ligação pode ser melhorada através da adição de determinadas
substâncias tais como cal, pó calcário ou os agentes melhoradores de adesividade,
também chamados “dopes”. Estes materiais associados aos agregados fazem com que
a ligação do cimento asfáltico seja aumentada, possibilitando misturas asfálticas
melhores.
Agregados para misturas asfálticas são usualmente classificados pelo tamanho como
agregados graúdos, miúdos e fileres mineral. A ASTM C294 “Nomenclatura descritiva
dos constituintes dos agregados minerais naturais” define agregado graúdo como
partículas retidas na peneira n° 4 (4,8mm), agregado fino como aquele que passa na
peneira n° 4 e filer mineral como o material com um mínimo de 70% passante na
peneira n° 200 (0,075mm). As especificações americanas SUPERPAVE do programa
SHRP definem o material passante na peneira nº 200 (0,075mm) como “dust”, podendo
ser traduzido como “pó” para diferenciar de termo filer. Outras agências usam a peneira
n° 8 (2,36mm) como o Instituto de Asfalto ou a peneira n° 10 (2,0mm) como a linha que
divide os agregados graúdos dos miúdos.
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Para o DNER considera-se agregado graúdo aquele cujas partículas ficam retidas na
peneira de 2,0 mm (n° 10), agregado miúdo aquele cujas partículas ficam retidas entre
as peneiras de 2,0 mm (n° 10) e 0,075 mm (n°200). O filer ou material de enchimento é
aquele que deve ter pelo menos 65% passante na peneira de 0,075 mm (n° 200). A
Especificação de Material EM 367/97 “Material de enchimento para misturas
betuminosas” do DNER determina uma faixa granulométrica para o filer, onde o
material deve ser 100% passante na peneira de 0,42 mm (n° 40), ter entre 95 e 100%
de material passante na peneira de 0,18 mm (n° 80) e entre 65 e 100% passante na
peneira de 0,075 mm (n° 200). Cita como exemplos de filer o cimento Portland, o pó
calcário e a cal hidratada.
Agregado para misturas asfálticas geralmente deve ser: duro, tenaz, forte, durável
(são), bem graduado, ser constituído de partículas cúbicas com baixa porosidade e
com superfícies limpas, rugosas e hidrofóbicas. A adequação de agregados para uso
em misturas asfálticas é determinada pela avaliação das seguintes características:
1 – Tenacidade
2- Resistência Abrasiva
3- Dureza
4- Durabilidade
5- Sanidade
6- Forma da Partícula (lamelaridade e angulosidade)
7- Textura Superficial
8- Limpeza / Materiais Deletérios
9- Afinidade ao asfalto
10- Porosidade e Absorção
11- Características expansivas
12- Polimento e Características Friccionais
13- Tamanho e graduação
14- Densidade Específica / Massa Específica
Todas estas características também são abordadas de alguma forma pelas normas
brasileiras, através de vários métodos de ensaios, instruções de ensaios,
especificações de serviço e materiais e procedimentos de órgãos rodoviários como o
DNER ou pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
KANDHAL et al (1997) afirmam que muitos dos ensaios de agregados correntes foram
desenvolvidos para caracterizar as propriedades dos agregados empiricamente sem,
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necessariamente, ter relações fortes com o desempenho do produto final (tais como
misturas asfálticas) que incorpore agregado.
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A tabela a seguir apresenta para estes métodos de ensaios para agregados mais
recentemente padronizados no Brasil os valores limites que foram estabelecidos em
recente pesquisa do DNER (IPR, 1998).
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Para uso em misturas asfálticas as partículas de agregados devem ser mais cúbicas
que planas (chatas), finas ou alongadas. Em misturas compactadas, as partículas de
forma angular exibem um maior intertravamento e atrito interno, resultando
consequentemente em uma maior estabilidade mecânica que partículas arredondadas.
Por outro lado, misturas que contém partículas arredondadas, tais como a maioria dos
cascalhos naturais e areias, tem uma melhor trabalhabilidade e requerem menor
esforço de compactação para se obter a densidade requerida. Esta facilidade de
compactar não constitui necessariamente uma vantagem, visto que as misturas que
são mais fáceis de compactar durante a construção podem continuar a densificar sob
ação do tráfego, levando à deformações permanentes devido aos baixos índices de
vazios e fluxo plástico (ROBERTS et al, 1996).
No Brasil, os ensaios que são utilizados para avaliar a forma de partícula e textura
superficial de agregado graúdo são os seguintes:
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Além da análise petrográfica, já citada, outros ensaios podem ser usados para
identificar e medir a quantidade de materiais deletérios.
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A presença de finos plásticos na porção fina dos agregados de misturas asfálticas pode
induzir descolamento na mistura quando exposta à água ou umidade.
Existe também a hipótese de que algum material argiloso muito fino possa causar
deslocamento pela emulsificação do cimento asfáltico na presença de água. Finos
plásticos em excesso também podem enrijecer o cimento asfáltico, e
conseqüentemente levar a mistura asfáltica a trincamento por fadiga.
O DNER ME 079/94 é uma norma que descreve método para determinar adesividade
de agregado a ligante betuminoso. É aplicado para agregado passante na peneira com
0,59 mm de abertura. Neste ensaio a adesividade é avaliada pelo não deslocamento da
película betuminosa que recobre o agregado, quando a mistura agregado-ligante é
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O pêndulo britânico é um equipamento tipo impacto dinâmico usado para medir a perda
de energia quando uma ponta de borracha é propelida sobre uma superfície de teste. O
equipamento é apropriado tanto para laboratório quanto para ensaios em campo sobre
superfícies planas e para amostras obtidas de ensaios com rodas de polimento
acelerado.
Segundo PINTO (2000) as relações entre quantidade de matéria (massa) e volume são
denominadas massas específicas, e expressas geralmente em ton/m3, kg/dm3 ou g/cm3
e as relações entre pesos e volumes são denominados pesos específicos e expressos
geralmente em KN / m3 .
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O termo Densidade e Massa Específica são freqüentemente usados, o que sugere que
eles tenham o mesmo significado, embora isto seja tecnicamente incorreto.
Como no sistema métrico o peso unitário da água é 1g por ml, então temos:
Densidade Relativa = Peso .
Volume
Deste modo a Densidade relativa seria então adimensional.
O termo “massa específica”, usual no Brasil, é definido pelo Sistema Internacional (S.I.)
como “density”. Já o termo “densidade” é definido pelo S.I. por “mass density”. Em
ambos, as unidades são Kg/m3 , g/m3, etc. e são designados por “ρ”.
O termo “peso específico” usado no Brasil é definido por “weight density” pelo S.I. É
designado por “η” e a unidade é N/m3 . O termo “specific Weight” é incorreto segundo o
S.I.
Densidade Específica Real (Gsa): É a razão entre o peso seco em estufa, ao ar, de
uma unidade de volume de um material impermeável a uma temperatura fixa e o peso
de um volume igual de água destilada livre de gás a uma temperatura fixa. Gsa é
normalmente usada para cálculos (transformação) de peso para volume dos fileres
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minerais somente, visto que os valores do Gsa desta fração são muito difíceis de
obter.
Densidade Específica Aparente, Seca (Gsb): A razão entre o peso seco em estufa,
ao ar, de um volume unitário de um material permeável (incluindo tanto vazios
permeáveis quanto impermeáveis para o material) a uma temperatura fixa e o peso de
um volume igual de água destilada livre de gás a uma temperatura fixa.
- Para Agregados Graúdos as normas americanas que tratam do assunto (ASTM C127
e AASHTO T85) sugerem as seguintes expressões para determinação da densidade
relativa de agregados graúdos:
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Ou seja, é a mesma que o DNER define como “Densidade Aparente do Grão” e que as
normas americanas chamam de Gsb.
Esta expressão é a mesma empregada pela ASTM C127 na definição do termo GsbSSD
(Bulk Specific Gravity Saturated Surface Dry)
DT = P2 - P1 x γat1
γat1 . (P4 - P1) - ( P3 - P2) γat
γat2
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Quando se trabalha com mistura de 2 ou mais frações (ou 2 ou mais agregados) pode-
se computar um valor para a densidade relativa média através de um valor médio
ponderado das várias frações (agregados) que constituem a mistura, pela seguinte
equação:
G = P1 + P2 + ... + Pn (7)
P1 + P2 + ... + Pn
G1 G2 Gn
onde:
G = Densidade relativa média (aparente ou global)
G1, G2, ... , Gn = Valores das densidades relativas para as frações (agregado)
1, 2, ... , n (aparente ou real)
P1, P2, ... , Pn = Porcentagem em peso das frações (agregado) 1, 2, ... , n.
Em relação aos valores de G1, G2,...,Gn usados na equação (7), PINTO (1996)
recomenda que estes valores sejam obtidos pela média entre a densidade real e a
aparente para agregados graúdos e miúdos e pelo valor da densidade real para o
filer mineral usado. Segundo o ASPHALT INSTITUTE (1995) estes valores devem ser
tomados pelo Gsb (densidade aparente) dos constituintes da mistura.
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Têm sido propostas numerosas graduações ideais para densidade máxima. Uma das
mais conhecidas é aquela proposta por Fuller e Thompson em 1907, conhecida por
Curva de Fuller na qual a equação para a densidade máxima é a seguinte: P = (d/D)n x
100 onde “d” é o diâmetro da peneira em questão, P é a porcentagem total passante ou
mais fina que a peneira, “D” é o tamanho máximo do agregado e “n” é um coeficiente
variável. Para se obter a densidade máxima de um agregado o coeficiente “n” deve ser
igual a 0,5.
No início dos anos 60, a FHWA (Federal Highway Administration) introduziu um gráfico
de graduação de agregados que é baseado na Curva de Fuller mas usa o expoente
0,45 na equação. Este gráfico é muito conveniente para determinar a linha de
densidade máxima e para ajustar a graduação do agregado. Usado este gráfico a linha
de densidade máxima pode ser obtida facilmente ligando através de uma reta a origem
do gráfico (canto inferior esquerdo) até o ponto da porcentagem total do tamanho
nominal máximo. O tamanho nominal máximo é definido como o maior tamanho de
peneira, acima do qual nenhum material é retido. A FHWA recomenda que este gráfico
seja usado como parte do processo de dosagem de misturas asfálticas.
Exemplos desta forma de apresentação da granulometria pode ser vista nas figuras
27 e 28.
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partículas graúdas de agregado, deve ser feita a análise por peneiramento com
lavagem.
Segundo a NBR 7211 - Agregado para concreto, define-se como agregado miúdo o
material cujos grãos passam pela peneira de 4,8 mm (nº 4) e ficam retidos na peneira
de 0,075 mm (nº 200) e agregado graúdo aquele cujos grãos ficam retidos na peneira
de 4,8 mm. Esta mesma norma determina que a granulometria dos agregados miúdos
seja dividida em 4 zonas (1, 2, 3, e 4 ) e a dos agregados graúdos em 5 graduações (0,
1, 2, 3 e 4).
Segundo o Prof. Murilo Lopes de Souza, assim como no caso dos solos, existe uma
escala granulométrica para os agregados. Esta classificação, normalmente seguida nos
serviços de pavimentação, fixa como agregado graúdo a fração retida na peneira de
2,00 mm (nº 10), designada fração pedregulho e como agregado miúdo a fração que
passa na peneira de 2,00 mm e fica retido na peneira de 0,075 mm (nº 200), designada
fração areia. A fração que passa na peneira de 0,075 mm é chamada de filer ou
material de enchimento.
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Peneiras para ensaio, a série normal e intermediária são assim constituídas, de acordo
com o tamanho nominal das aberturas (em mm):
Série Normal: 76 - 38 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,4 - 1,2 - 0,6 - 0,3 - 0,15
Série Intermediária: 64 - 50 - 32 - 25 - 12,5 - 6,3
Curvas de graduação densa (fechada): São aqueles que contém de forma adequada
todas as frações granulométricas (curva 1) e satisfazem a equação de Fuller-Talbot :
P = 100 (d/D)n
onde:
Para valores de “n” abaixo de 0,4 , há excesso de finos (curva 5) e acima de 0,6 há
deficiência de finos (curva 2). Misturas densas apresentam pequena percentagem de
vazios e boa estabilidade.
Curvas de graduação aberta: são aquelas onde existe uma deficiência de finos,
sobretudo de material que passa na # 200. Satisfazem a equação de F.T. para n > 0,6.
(curva 2)
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Cc = ( D30)2
D10 x D60
Onde :
Cc : coeficiente de curvatura
D30 : tamanho correspondente a porcentagem passante de 30%
D10 : tamanho correspondente a porcentagem passante de 10%
D60 : tamanho correspondente a porcentagem passante de 60%
Os exemplos citados neste item estão expostos no Quadro a seguir e na Figura 29.
Exemplos Numéricos
120
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100
90
80
70
% Passante
60
50
40
30
20
10
0
0,01 0,1 1 10 100
Abertura (mm)
121
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Capítulo 6
MATERIAIS ASFÁLTICOS
O asfalto é um dos mais antigos materiais utilizados pelo homem. Na Mesopotâmia era
usado como aglutinante em serviços de alvenaria e estradas e como impermeabilizante
em reservatório de água e salas de banho. Também são encontradas citações na bíblia
a respeito do uso de material betuminoso na arca de Noé (Gênesis 3,14).
6.1 - Definições
Asfalto : Material de consistência variável, cor pardo-escura, ou negra, e no qual o
constituinte predominante é o BETUME, podendo ocorrer na natureza em jazidas ou
ser obtido pela refinação do Petróleo.
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Asfaltos industriais:
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O CAP tem um número de átomos de carbono que varia de 24 a 150, com peso
molecular de 300 a 2000, contendo teores significantes de heteroátomos (nitrogênio,
oxigênio, enxofre, vanádio, níquel e ferro) que exercem papel importante. É constituído
de compostos polares e polarizáveis (capazes de associação) e de compostos não
polares (hidrocarbonetos aromáticos e saturados). Na figura seguinte pode-se ver a
estrutura hipotética de uma molécula de asfalto (LEITE, 2003)
124
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a) Obtenção
125
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Para se produzir CAP pode ser utilizado um ou mais tipos de petróleo (mistura). Após a
destilação, o resíduo pode ser misturado com outras correntes para acerto da
consistência. Sendo pouco viscoso (mole) adicionam-se resíduos de desasfaltação ou
faz-se sopragem. Para os muito viscosos (duros) misturam-se gasóleos pesados
b) Classificação
c) Especificações
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LIMITES MÉTODOS
CARACTERÍSTICAS UNIDADES
CAP 30-45 CAP 50-70 CAP 85-100 CAP150-200 ABNT ASTM
Penetração (100 g, 5s, 25ºC) 0,1mm 30 - 45 50 - 70 85 - 100 150 - 200 NBR D5
6576
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Observações:
d) Aplicações
e) Restrições
Não podem ser usados acima de 177° C, para evitar possível craqueamento térmico do
ligante. Também não devem ser aplicados em dias de chuva, em temperaturas
inferiores a 10° C e sobre superfícies molhadas.
a) Obtenção
Os asfaltos diluídos são obtidos por meio de um devido proporcionamento entre CAP e
diluente, feita em um misturador específico, seguindo o seguinte esquema:
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b) Classificação
Cada categoria apresenta vários tipos com diferentes valores viscosidade cinemática,
determinadas em função da quantidade de diluente:
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É um sistema constituído pela dispersão de uma fase asfáltica em uma fase aquosa
(direta) ou de uma fase aquosa em uma fase asfáltica (inversa): CAP + Água + Agente
Emulsivo.
a) Obtenção
b) Classificação
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A ruptura das emulsões ocorre quando são colocadas em contato com agregados e o
equilíbrio que mantinha os glóbulos do asfalto em suspensão na água é rompido. A
água evapora e o asfalto flocula se fixando no agregado.
A cor das emulsões antes da ruptura é marrom, tornando-se depois preta. O tempo de
ruptura depende da quantidade e tipo de agente emulsivo. As emulsões asfálticas
normalmente utilizadas em pavimentação são as catiônicas diretas, sendo classificadas
quanto a utilização em: RR-1C; RR-2C; RM-1C; RM-2C; RL-1C; LA-1C; LA-2C
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6.7.1 - Imprimação
a) Funções da imprimação
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c) - Execução da imprimação
Varredura da pista
Quando a base estiver muito seca e poeirenta pode-se umedecer ligeiramente antes da
distribuição do ligante.
Aplicação do asfalto
Feita por meio do caminhão espargidor de asfalto (figura 36), que é um caminhão
tanque equipado com barra espargidora e caneta distribuidora, bomba reguladora de
pressão, tacômetro e conta giro da bamba de ligante.
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Controles de execução
1ª) Controle com régua: Mede-se através de uma régua graduada colocada dentro do
tanque de asfalto a quantidade gasta de ligante para executar um determinado trecho,
obtendo-se a taxa em litros em l/m2.
2ª) Controle da bandeja ou folha de papel: Coloca-se uma bandeja ou folha de papel
(área conhecida) sobre a superfície a ser imprimada. Após a passagem do espargidor
recolhe-se a bandeja (ou papel) e determina-se a quantidade de ligante distribuída
através da diferença de peso antes e depois da passagem do caminhão.
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Aplicação do asfalto
Controles de execução
Bibliografia:
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Capítulo 7
O CAP não apresenta ponto de fusão definido. O aumento da temperatura altera seu
estado físico de sólido para líquido. Comportam-se como corpos visco-elásticos no
intervalo de temperatura de serviço.
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O teor de água deve ser pequeno nos materiais betuminosos, a fim de que não
espumem quando aquecidos acima de 100° C.
Nos CAPs esse controle processe-se pela exigência de que não espumem quando
aquecidos a 177° C.
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trata do estudo de deformação e do fluxo (ou fluência) dos materiais quando sujeitos a
um carregamento qualquer, levando em consideração o tempo de duração desse
carregamento.
A Consistência pode ser medida através de vários parâmetros, como por exemplo:
Penetração, Ponto de Amolecimento, Coeficiente de Viscosidade (?), Viscosidade
Saybolt, , etc.
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a) Moldagem de um corpo de prova de asfalto em um anel de latão com 5/8” (15,9 mm)
de diâmetro interno e 1/4” (6,35 mm) de altura.
b) Imergir o anel com o material betuminoso em água de modo que a base fique a 1”
(25,4 mm) do fundo do recipiente. A temperatura da água deve ser mantida em 5° C.
c) Colocar uma esfera de aço com 3/8” de diâmetro (9,53mm) pesando 3,5 g sobre a
superfície do anel.
d) Fazer a temperatura da água subir à razão de 5° C por minuto.
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Para PVD < (- 2): Asfaltos que amolecem muito rapidamente com o aumento da
temperatura e tendem a ser quebradiços em baixas temperaturas.
Para PVD > (+ 2): Asfaltos oxidados com baixíssima suscetibilidade térmica e não
são indicados para serviços de pavimentação.
Para os asfaltos produzidos no Brasil, normalmente se tem: - 2 < PVD < +1. A s
especificações atuais para asfaltos brasileiros (Resolução ANP Nº 19, de 11de julho de
2005) estabelecem os seguintes limites para o PVD: - 1,5 < PVD < +0,7.
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A medida da ductilidade é dada pela distância (em cm) que um corpo de prova de
material betuminoso, em condições padronizadas, submetido a um esforço de tração,
também em condições especificadas, se rompe.
A maioria dos cimentos asfálticos para pavimentação tem ductilidade superior a 100.
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É a temperatura limite que pode o material asfáltico atingir em obra sem risco de
incêndio. É um indicativo da presença de certos constituintes voláteis indesejá veis no
asfalto. É um ensaio de segurança.
Este ensaio exige precisão, devendo considerar o resultado como suspeito quando
duas determinações diferirem mais de 8,3° C pelo mesmo operador ou mais de 16,7° C
quando realizados por dois laboratórios.
Obs.: Para materiais que tenham ponto de fulgor inferior a 80° C procede-se o ensaio
do ponto de fulgor através do Vaso Aberto de TAG.
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A quantidade de resíduo final permite determinar qual o tipo de asfalto usado em cada
classe de asfalto diluído. É expressa em % por volume (Resíduo da destilação a
360°C)
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Capítulo 8
REVESTIMENTOS
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Concreto de Cimento
Rígidos Macadame Cimentado
Paralelepípedos Cimentados
Em Solo Estabilizado
Por Calçamento
Alvenaria Poliédrica
Paralelepípedos: Pedra, Madeira, Cerâmica
Blocos de Concreto Pré-Moldados e Articulados
Betuminosos
Por Penetração
Macadame Betuminoso
Tratamentos Superficiais Betuminosos (TSS, TSD, TST)
Por Mistura
A Quente
A Frio
Em Central
Pré-Misturados (PMF)
Argamassas asfálticas (Areia Asfalto)
Micro Revestimento Asfáltico
Lama Asfáltica *
No Leito
Misturas Graduadas
Argamassas Asfálticas (Areia Asfalto)
* Não é considerado revestimento
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O formato dos bloquetes pode ser variado: quadrado, hexagonal, tipo macho-fêmea,
de encaixe.
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Neste tipo de mistura é permitida a estocagem durante certo período de tempo. Muito
utilizado em serviços de conservação, mas também pode ser usado como
revestimento final, porém com qualidade inferior. Podem ser designados pelo nome de
“cold laid”. Dependendo da granulometria, pode ter as designações: pré-misturado a
frio denso ou aberto.
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Devem ser limpos e isentos de pó para não prejudicar a adesão do betume. O tamanho
deve ser o mais uniforme possível. As partículas menores são cobertas pelo betume,
as grandes que não são aderidas pelo ligante podem causar “ricochete”, perigoso ao
tráfego. A forma ideal é a piramidal ou cúbico
Os fatores que mais influenciam na escolha dos ligantes são: temperatura da superfície
de aplicação, temperatura ambiente, umidade e vento, condições da superfície, tipos e
condições do agregado e equipamento utilizado.
Após conclusão devem ter viscosidade adequada para reter o agregado no lugar.
c) Métodos de dosagem
Ensaio da placa: espalha-se o agregado sobre uma placa de área conhecida de modo
a formar uma superfície uniforme obtendo-se então a taxa em kg/m2 ou l/m2 (3
determinações) .
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d) Equipamentos utilizados
São veículos equipados com tanques para depósito de material betuminoso. Estes
tanques são providos de condutores, termômetros, anteparos de circulação, porta de
visita, tubo de ladrão.
2- Espalhador de agregados
O espalhamento dos agregados poderá ser feito de várias maneiras, como por
exemplo:
- Através da portinhola traseira do caminhão bascula nte
- Espalhador giratório
- Espalhador mecânico (Spreader)
- Espalhador de agregado auto propulsor
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3- Rolos Compressores
Preferência para rolos pneumáticos. Os rolos tandem liso normalmente são evitados
pois as rodas lisas formam espécie de ponte sobre as partículas maiores causando
pequenas depressões. Podem esmagar partículas maiores causando deterioração do
revestimento.
-Preparo da pista
-Aplicação do ligante betuminoso
-Espalhamento do agregado
-Compressão
-Varredura por arrasto final
f) Abertura do tráfego
Quando for usado asfalto diluído deve-se jogar agregado fino sobre a superfície (±
24h). Quando for usado CAP o tráfego pode ser aberto logo após o espalhamento do
agregado porem com tráfego controlado.
Para abrir tráfego junto com a compactação a velocidade máxima é de 10 km/h e após
24 horas continuar controlando com velocidade aproximada de 40 km/h.
g) Especificações (DNER)
Agregado Faixa A B C
Granulométrica
Quantidade 7 kg/m2 12 kg/m2 12 kg/2
Material Tipo vários vários vários
Betuminoso Quantidade 0,5 l/m2 0,8 l/m2 0,8 l/m2
h) Controles
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a) Sequência construtiva
b) Especificações (DNER)
a) Especificações (DNER)
a) Materiais empregados
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d) Especificações
e) Controles
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a) Misturas a quente: realizadas com CAP ou CAN, que são produtos semi-sólidos na
temperatura ambiente, sendo confeccionadas, espalhadas e compactadas em
temperaturas bem acima da ambiente (T>90ºC). Os agregados também são aquecidos.
b) Misturas a frio: São aquelas realizadas com asfaltos liquefeitos (Emulsão asfálticas e
asfaltos diluídos) que podem ser ligeiramente aquecidos (T ≈ 50º C). Os agregados
normalmente não são aquecidos e a mistura é sempre espalhada e compactada à
temperatura ambiente.
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Vantagens Vantagens
- mais duráveis - não se aquece o
- menos sensíveis a ação da agregado
água - permitem estocagem
Mistur - apresentam envelhecimento Misturas - simplicidade de
as lento a instalação
a - suportam bem o tráfego Frio - baixo custo de
Quente pesado fabricação
- não exigem cura - simplicidade no
processo construtivo
Desvantagens Desvantagens
- difícil fabricação - maior desgaste
-exigem aquecimento do - envelhecimento mais
agregado rápido
- alto custo de fabricação - exigem cura da mistura
- equipamento especial no
processo construtivo
- não permitem estocagem
Não confundir Concreto Betuminoso mal executado com PMQ. O PMQ é um CBUQ
sem controle, de características menos nobres. Não existe especificação rígida de
projeto.
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Areia-asfalto a quente
A espessura final após compactação não deve ultrapassar 5 cm, sendo normalmente
utilizada como revestimento ou como camada de regularização ou nivelamento. As
especificações indicam três faixas granulométricas. Duas ou mais areias podem ser
misturadas para se obter a granulometria desejada.
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Estes dois últimos tipos (mais fechados) são conseguidos através da escolha
conveniente da faixa granulométrica de modo a aumentar ou diminuir o índice de
vazios. A especificação DNER-ES 105/80 apresente mais seis faixas granulométricas
para a composição da mistura.
a) Materiais
b) Dosagem
O método Marshall é o mais utilizado, sendo inclusive normalizado pelo DNER através
do método de ensaio DNER-ME 107/80 (Ensaio Marshall para misturas betuminosas a
frio com emulsão asfáltica).
c) Equipamentos
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d) Processo construtivo
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a) Emprego
b) Execução
- Em equipamento apropriado.
- Espalhamento direto da mistura sobre a superfície antiga.
- Espessura final em torno de 4mm
- Não é necessário compactação, o próprio tráfego se encarrega desta atividade.
Processo construtivo
- preparo da base
- espalhamento do agregado
- 1ª aplicação de agregado
- mistura (esparrame) com moto-niveladora, grade, fazendo eiras
- aplicação complementar de betume
- compactação.
- 2ª aplicação de agregado miúdo e betume
- Podem-se usar máquinas móveis (pulvimix)
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São aqueles feitos logo após a terraplanagem, onde o material é lançado sobre um
subleito regularizado, apresentando uma determinada granulometria, normalmente um
saibro ou cascalho. Este material também deverá apresentar alguma plasticidade
através da relação fino-grosso.
Processo executivo
a) Componentes
Espelho
Meio-Fio Pedras irregulares / 15 a 18 cm
Paralelepípedos
Sub-Base 40 cm
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Espelho: é a parte do meio fio, na face livre, aproximadamente vertical, que constitui
o ressalto entre o nível do pavimento e o da calçada ou passeio.
b) Materiais
As pedras poliédricas terão uma face para rolamento, aproximadamente plana e que
se inscreva em círculos de raios entre 5 e 10 cm e altura entre 10 e 15 cm. Os
paralelepípedos deverão apresentar aproximadamente 10x20x15 .
Se usar areia para o colchão, esta deverá ter partículas limpas, duras e duráveis,
preferencialmente silicosas, isentas de torrões de terra e de outras substâncias
estranhas. Quando empregada uma sub -base estabilizada, esta deverá satisfazer
as especificações para este tipo de serviço.
c) Processo construtivo
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- Execução dos meios-fios: deverá ser aberta uma vala para assentamento das
guias, ao longo dos bordos do subleito preparado, obedecendo ao alinhamento,
perfil e dimensões estabelecidas no projeto.
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Capítulo 9
CONCRETO ASFÁLTICO
Pode ser composto de: Camada de nivelamento, camada de ligação (Binder) e camada
de desgaste ou rolamento, conforme Figura 46.
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As usinas para estas misturas betuminosas podem ser descontínuas (de peso) ou
usinas contínuas (de volume). Deverão ter unidade classificadora de agregado,
misturadores capazes de produzir mistura uniforme, termômetro na linha de
alimentação de asfalto, termômetro para registrar a temperatura dos agregados. A
Figura 47 mostra o esquema geral de funcionamento de uma usina contínua
(volumétrica).
As acabadoras são usadas para espalhar e conformar a mistura nos alinhamentos, nas
cotas de projeto e abaulamentos requeridos. A Figura 48 mostra uma acabadora em
funcionamento.
Os caminhões basculantes são usados para transporte da mistura devem ser providos
de lonas.
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A rolagem deve ser iniciada com baixa pressão dos pneus e sendo aumentada aos
poucos. A medida que se eleva a pressão dos pneumáticos a área de contato pneu-
pavimento vai diminuindo, causando uma maior pressão de compactação. Esta
operação deve ser feita dos bordos para o eixo (nos casos de trechos em tangente) e
do bordo mais baixo para o mais alto (nos casos de trechos em curva). Cada passada
deve recobrir pelo menos a metade da largura rolada anteriormente.
Abertura ao tráfego deve ser feita somente após o completo resfriamento da mistura.
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9.3- Controles
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Vazios Vv
Asfalto VAM
Mb Vb
Mf Filer Vf
Mt
Vt
Maf Agregado Fino Vaf
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Finalidades:
- Cálculo da % de vazios do agregado mineral ( exigência de projeto ).
- Controle de compactação durante a construção.
É a densidade da mistura asfáltica suposta sem vazios. É a relação entre a massa total
da mistura (100%) e os volumes correspondentes ao “cheios“ da mistura:
Vv = D - d × 100
D
É o volume total de vazios dado pela soma dos vazios da mistura mais o volume
ocupado pelo asfalto.
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VAM = Vv + Vb.
VAM = D - d × 100 + d × % b
D db
e) Relação Betume-Vazios
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Na dosagem do concreto betuminoso podem ser usados vários métodos como por
exemplo: Marshall, Hubbard Field, Triaxial, Hveem, Ruiz e mais recentemente a
metodologia SUPERPAVE do programa americano SHRP.
O método Marshall
O teor ótimo de ligante pode ser expresso através da porcentagem de asfalto, em peso,
em relação à mistura ou através da porcentagem de asfalto, em peso, em relação aos
agregados.
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Após a confecção dos corpos de prova podem ser calculados os seguintes parâmetros:
Densidade Real e Aparente (D,d), Porcentagem de Vazios (%vv), Porcentagem dos
Vazios do agregado Mineral (%VAM) e Relação Betume-Vazios (RBV).
Feitos estes cálculos iniciais, os corpos de prova são aquecidos até atingirem 60º e
submetidos aos ensaios de Estabilidade e Fluência Marshall.
Entende-se por estabilidade como sendo a grandeza que mede a resistência da massa
asfáltica à aplicação de carga. Determina a carga máxima que a massa asfáltica pode
suportar.
O ensaio de estabilidade Marshall é feito por cisalhamento e não por compressão, pois
sendo o concreto asfáltico uma camada de rolamento, o maior esforço solicitante é
dado pela ação do tráfego, que é de cisalhamento, devido às cargas horizontais.
Normalmente é expresso em Kg.
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Granulometria
Características específicas
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RBV
(%)
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Para o traçado dos gráficos é considerada a média de três determinações para cada
parâmetro. Quando uma determinação apresentar um valor muito discrepante em
relação às outras duas, pode-se tomar a média apenas destas duas.
O teor ótimo de ligante é adotado como sendo o valor médio dos seguintes teores de
asfalto:
1) Após a definição do teor ótimo de asfalto deve -se estabelecer uma faixa de trabalho
para este valor. Para o CBUQ esta variação é normalmente de ± 0,3%.
2) O teor ótimo de ligante assim determinado deve ser conferido em todas as curvas
traçadas, e caso não satisfaça alguns dos limites impostos pelas especificações, uma
nova mistura deverá ser adotada.
g) Exemplo numérico
Determinar o teor ótimo de asfalto para um CBUQ que esta sendo dosado pelo método
Marshall. A mistura de agregados ficou enquadrada na faixa “C” do DNER e o asfalto
utilizado foi um CAP 85/100 (densidade de 1,031 g/cm3). O produto final deverá
atender as seguintes especificações:
Emim = 350 Kgf (75 golpes)
f = 2 a 4,5 mm
%Vv = 3 a 5 %
RBV = 75 a 82 %
Depois de feita uma previsão inicial para o teor ótimo de asfalto, foram moldados os
corpos de prova para 5 teores diferentes de asfalto e os valores médios determinados
para os parâmetros físicos de interesse se encontram no quadro a seguir:
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Solução
E d
Vv RBV
Este método de ensaio fixa o modo pelo qual se determina a estabilidade e a fluência
de misturas betuminosas a quente utilizando-se o aparelho Marshall.
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- Coleta da mistura betuminosa (± 1000 g). Esta coleta pode ser feita na usina de
fabricação da mistura ou no próprio local de aplicação, dependendo do objetivo do
controle.
- Colocar a amostra em estufa por um período de uma hora (100 a 120º C)
- Pesar a amostra (1000 g) e colocar dentro do extrator de betume junto com papel
filtro.
- Verter no interior do extrator 150ml de solvente (Tetracloreto de carbono CCl4 ou
bissulfeto de carbono ) e deixar e m repouso por 15min.
- Colocar um Becker sob o tubo lateral de escoamento.
- Aplicar movimento rotativo no prato centrifugador, a uma velocidade gradativa, até
que a solução de betume e solvente venha escoar-se pelo tubo lateral.
- Após esta primeira fase, o aparelho é paralisado e adicionado uma nova porção de
solvente (150ml) sobre a mistura no interior do prato.
- Estas operações são repetidas até que o solvente saia completamente limpo no tubo
lateral.
- Após o último ciclo de centrifugação o prato com o material que sobrou (agregados) é
levado para estufa (80 a 100º C) para secagem e eliminação do solvente ainda
presente nos agregados.
- Depois de seco o agregado é pesado.
- A diferença de peso da amostra antes e após o ensaio indica o peso do betume
(asfalto) extraído.
- O cálculo da porcentagem de betume (teor de betume) é dado pela seguinte
expressão:
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Capítulo 10
10.1 - Introdução
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Segundo MEDINA (1997), tanto o pavimento quanto o subleito estão sujeitos a uma
solicitação dinâmica provenientes de cargas de diferentes intensidades e variadas
frequências ao longo do dia e do ano. Os ensaios de carga repetida procuram
reproduzir estas condições (dinâmicas) de campo, com a amplitude e o tempo de
pulso do carregamento dependendo da velocidade do veículo e da profundidade
que se deseja calcular as tensões e deformações.
WALLACE e MONISMITH (1980) dizem que para uma descrição adequada das
características resilientes de um material, são requeridos cinco parâmetros:
1- deformação vertical devido a um incremento na tensão vertical
2- deformação radial devido a um inc remento na tensão vertical
3- deformação radial devido a um incremento na tensão radial
4- deformação vertical devido a um incremento na tensão radial
5- deformação radial devido a um incremento na tensão radial em uma
direção perpendicular à deformação.
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Estes autores afirmam que o ensaio triaxial mede o primeiro e às vezes o segundo
parâmetro, ao passo que o ensaio diametral mede uma composição do terceiro e do
quinto parâmetro com peso aproximadamente igual sendo dado para cada
parâmetro.
Até 1942 ensaiava-se o concreto a tração unicamente pelo método das vigotas e foi
então que surgiu um fato novo, um fato fortuito segundo LOBO CARNEIRO (1996), que
se não fosse o caso de uma igreja talvez ele nunca tivesse se preocupado com o
problema. Surgiu a necessidade de ser retirada da sua posição original uma igreja que
ficava na rua de São Pedro para a construção da atual Avenida Presidente Vargas na
cidade do Rio de Janeiro. O eixo da Avenida. Presidente Vargas deveria ser colocado
em rigoroso alinhamento com a Av. do Mangue e para isto foi necessário pegar três
ruas paralelas a Rua da Alfândega, uma dela era a rua de São Pedro. A igreja ficava na
esquina da rua São Pedro com a rua dos Ourives, atual rua Miguel Couto e era
chamada igreja de São Pedro dos Clérigos. Era uma igreja histórica, muito importante,
com estilo barroco do século XVIII, a primeira igreja construída no Brasil com planta
elíptica, curvilínea, não retangular, a segunda é a Igreja do Rosário dos Pretos em
Ouro Preto (LOBO CARNEIRO, 1996)
Segundo o relato de LOBO CARNEIRO (1996), a empresa Estacas Franki fez uma
proposta de transportar a igreja da rua de São Pedro para a outra esquina, a
aproximadamente dez metros, fazendo rolar a igreja sobre rolos de concreto. Como as
paredes da igreja tinham em torno de um metro de espessura, a idéia inicial consistia
em ir demolindo a parte inferior das paredes e substituindo-as por concreto. Ao final
deste processo, toda a base das paredes ficaria com uma fita de concreto debaixo da
qual estariam rolos de concreto e a igreja seria empurrada por meio de macacos. A
opção por rolos de concreto se deu pelo fato da empresa de estacas já ter feito
semelhante serviço na Europa com rolos de aço, mas durante a guerra (1943) era difícil
obter este material, então teve-se a idéia de fazer rolos de concreto, mas não se sabia
calcular a capacidade cortante de um rolo de concreto.
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Surgiu assim a idéia deste ensaio que é hoje em dia conhecido como ensaio de tração
indireta ou ensaio de resistência a tração por compressão diametral. Segundo LOBO
CARNEIRO (1996) os franceses chamam de ensaio de fendilhamento, mas em todo o
mundo ele é conhecido como “Brasilian test”, ensaio brasileiro.
Ainda em 1943 o diretor do INT foi convidado para ir a Paris com mais 14 diretores dos
grandes laboratórios de pesquisa sobre estruturas e materiais do mundo para fundar
uma associação que recebeu o nome de RILEM – Reunião Internacional de
Laboratórios de Ensaios de Materiais. Ele pediu então ao professor Lobo carneiro que
traduzisse para o Francês o artigo apresentado na reunião da ABNT, e o levou e
distribuiu aos chefes dos principais laboratórios do mundo. O outro autor do artigo era
Aguinaldo Barcelos.
O método foi adotado pela ASTM em 1966, após ter sido provisório desde 1962.
Também foi adotado pelo Comitê Europeu do Concreto em 1964 e pela RILEM em
1966, tornando-se método internacional adotado pela ISO (International Standart
Organization) através do método ISO 4108 de 1980.
No Brasil este ensaio é regulamentado pelo DNIT por meio do método de ensaio
DNER ME138/94. Este método de ensaio prescreva o modo pelo qual se determina
a resistência à tração, de corpos-de-prova cilíndricos de misturas asfálticas, através
do ensaio de compressão diametral.
Um esquema do ensaio pode ser visto na figura 51. Como os níveis de tensões de
tração ao longo do plano diametral vertical são relativamente uniformes pode-se
calcular a tensão de tração pela seguinte expressão:
2F
σt =
πdt
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Onde:
σt = Tensão de Tração (Kg/cm2 ou MPa)
F = Força aplicada ao longo do diâmetro vetical (Kg ou N)
d = Diâmetro do Corpo-de-prova
t = Espessura do corpo-de-prova
O ensaio dinâmico consiste em se solicitar uma amostra cilíndrica, por uma carga de
compressão F distribuída ao longo de duas geratrizes opostas, sob frisos de cargas, e
medir as deformações resilientes ∆ ao longo do diâmetro horizontal, perpendicular à
carga F aplicada repetidamente (Figura 1). As deformações diametrais e horizontais
são medidas através de medidores eletromecânicos tipo LVDT. (PINTO e
PREUSSLER, 1980). Este tipo de medida da relação σ x ε passou a ser designado de
módulo de resiliência ou resiliente.
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d/ 2
∫ Exdx = Et (µ + 0,2734)
F
∆=
−d / 2
Onde:
t = altura da amostra
d = diâmetro da amostra
µ = coeficiente de Poisson
No plano diametral vertical também ocorrem tensões σx e σy, conforme pode ser visto
na figura 53 expressas por:
2F
σx =
πtd
− 2F 2d 2d
σy = + − 1
πtd d − 2y d + 2y
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MR =
F
(0,9976µ + 0,2692) para d = 10,16 cm
∆t
MR =
F
(0,999µ + 0,2712) para d = 15,24 cm
∆t
σ1 = σ3 + σd (8)
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MR = σd
ε1
ε 1 = ∆h
h0
a) O Equipamento
• Prensa constituída por montantes, base e cabeça, com calha de apoio e friso de
aplicação de carga.
• Sistema pneumático com controle automatizado dos carregamentos e aquisição de
dados.
• Sistema de medição de deformação (deslocamento diametral horizontal) do corpo
de prova, constituído de: dois transdutores mecano-eletromagnéticos tipo LVDT
(linear variable differential transformer) de contato; quadro suporte para fixação dos
transdutores, preso por garras ao longo dos diâmetros horizontais das faces do
corpo de prova cilíndrico.
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b) Montagem do ensaio
• Prender o quadro-suporte por meio de duas garras nas faces externas do corpo de
prova cilíndrico que se encontra apoiado horizontalmente segundo uma diretriz.
• Colocar o corpo-de-prova na base do pórtico metálico, apoiado no friso côncavo
inferior
• Assentar o pistão de carga com o friso superior em contato com o corpo de prova
diametralmente oposto ao friso inferior.
• Fixar e ajustar os transdutores LVDTs de modo a obter a leitura inicial dentro da
faixa linear.
Na figura 56 pode ser vista uma sequência dos procedimentos de montagem do ensaio
do módulo de resiliência e a figura 57 destaca um ensaio sendo realizado mostrando
em detalhes o pórtico metálico (A) e a câmara de ensaios com controle de temperatura
(B).
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Todo o processo de aplicação das cargas repetidas pelo pistão de cargas é controlado
por um software especialmente desenvolvido para a realização dos ensaios de cargas
repetidas.
Ao se confirmar os dados iniciais, passa-se à rotina para ajuste dos LVDTs em que
uma leitura inicial é tomada devendo estar os LVDTs indicando uma leitura dentro da
faixa de trabalho permitida para os mesmos.
Após checar se está tudo em ordem, dá-se início a aplicação de carga na amostra.
Nesta fase é que se define qual a pressão inicial a ser aplicada no cilindro de pressão
pelo pistão assim como o valor do incremento de pressão. O valor da força aplicada é
obtido em função das dimensões do êmbolo do cilindro e da pressão utilizada.
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Onde:
MR = Módulo de resiliência (MPa)
F = Carga vertical repetida aplicada diametralmente no corpo de prova (N)
t = Altura do corpo de prova
∆ = Deslocamento resiliente (mm)
µ = Coeficiente de Poisson
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Na figura 60 pode ser visto o porte metálico (A) e a câmara de compressão triaxial de
carregamento repetido.
a) Execução do ensaio
- Colocar o corpo-de-prova (CP) sobre uma pedra porosa ainda envolvido pelo
molde cilíndrico tripartido;
- Desmoldar as três partes do cilindro
- Envolver o CO com uma membrana de borracha
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Com isto se obtém o valor do módulo de resiliência como uma função da tensão de
desvio, da tensão confinante ou de ambas. Dependendo do tipo de solo (argilosos
ou finos e granulares ou arenosos) se utilizam modelos de desempenho para o
módulo de resiliência.
MR = K 1.σ3K2
Onde:
MR = Módulo de resiliência
σ3 = Tensão confinante
K1, K2 = constantes ou parâmetros de resiliência determinados em ensaios
triaxiais de carga repetida
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MR = K 2 + K 3 [ K1 - σd ] K1 > σd (13)
MR = K 2 + K 4 [ σd - K1 ] K1 < σd (14)
Onde:
MR = Módulo de resiliência
σd = Tensão de desvio (σ1 - σ3)
K1, K2, K3, K4 = constantes ou parâmetros de resiliência determinados em
ensaios triaxiais de carga repetida
Uma representação típica do módulo de resiliência para solos finos pode ser vista
na figura 62.
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BARKSDALE, R. D., ALBA, J., KHOSLA, N. P., KIM, R. e RAHMAN, M.S., 1997,
Laboratory Determination of Resilient Modulus for Flexible Pavement Design.
In: Project 1-28, Final Report, Georgia Tech Project E20-634, USA.
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MEDINA, J., 1997, Mecânica dos Pavimentos. 1ª edição, 380 p. Rio de Janeiro-RJ,
Editora UFRJ.
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