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DRENAGEM

LINFÁTICA

1. Introdução (Definição e história)
A drenagem linfática é uma das técnicas mais conhecida do mundo e uma das mais populares
no Brasil, tem uma rica história no passado e se consolida, a cada dia. Seus mestres semearam
suas modalidades e, atualmente, os frutos são colhidos pelos clientes e pacientes que são
beneficiados por suas manobras.
Essa técnica foi desenvolvida em 1932 pelo terapeuta dinamarquês Vodder e pela sua esposa,
tornou-se popular graças aos efeitos referidos pelos pacientes, tendo sido posteriormente
aperfeiçoada. É uma técnica usada para drenar e limpar macromoléculas e resíduos celulares
que, devido ao seu tamanho, não entram no sistema venoso, acabando muitas vezes por ficar
no organismo devido à uma má drenagem linfática.
1967 foi criada a Sociedade de Drenagem Linfática Manual incorporada em 1976 à Sociedade
Alemã de Linfologia. Muitos grupos aderiram à técnica e passaram a difundi-la, acrescentando
contribuições individuais, porém mantendo os princípios preconizados por Vodder.
Na década de 60, Foldi estudou as vias linfáticas da cabeça e suas relações com o líquor
cérebro espinhal. Ele e sua equipe desenvolveram a terapia complexa descongestiva,
associando cuidados higiênicos, o uso de bandagens compressivas e exercícios
linfomiocinéticos à drenagem linfática manual, principalmente no tratamento clínico do
linfedema.
Em 1977, os professores Albert e Oliver Leduc, adaptaram o método do professor Foldi e do
Dr. Vodder, demonstrando mediante radioscopia, o efeito de aceleração do fluxo linfático
mediante drenagem linfática manual.


2. Anatomia e Fisiologia do Sistema Linfático
O Sistema Linfático e o sistema cardiovascular estão dentro do sistema circulatório. O sistema
circulatório por sua vez, é caracterizado pela presença de fluídos que fazem o transporte de
toxinas, nutrientes, oxigênio e gás carbônico.
Há 4 tipos de líquidos importantes no sistema circulatório:
Plasma sanguíneo, Líquido Intersticial, Hialoplasma, e Linfa.
Quando o sangue é bombeado pelo coração, rico em nutrientes e oxigênio, este é levado pelo
plasma sanguíneo (líquido-veículo) para as células. Esse plasma sanguíneo deságua do meio
intersticial se tornando parte dele, e depois é absorvido pelas células se tornando parte do
hialoplasma (líquido no citoplasma). Quando as células fazem a absorção de nutrientes e
oxigênio, elas precisam excretar os subprodutos, e dessa forma os capilares das veias irão
captar novamente esse líquido, o transformando em plasma sanguíneo rico em gás carbônico,
e levando de volta para o coração para ser oxigenado.
Esse funcionamento de reciclagem da água do nosso corpo pelo sistema cardiovascular ocorre
quase que perfeitamente, porém, o auxílio do sistema linfático acontece da seguinte forma:
Se houver excesso de líquido intersticial, os capilares linfáticos serão comprimidos pela
pressão desse líquido, e irão captar parte desse excesso (edema), levando para a filtragem que
ocorre nos gânglios linfáticos, e posteriores faz a devolução desse líquido para a corrente
sanguínea que retorna para o mesmo ciclo.
O sistema linfático então, tem o papel de absorver líquido em excesso no interstício, evitando
o aparecimento de edemas. Além disso, esse sistema é essencial na imunidade do organismo,
durante a circulação nos vasos linfáticos, a linfa passa através de órgãos, como os linfonodos,
adenoides e baço, responsáveis pela produção, armazenamento e amadurecimento de células
do sistema imune, tais como linfócitos, responsáveis pela defesa e combate de
microrganismos estranhos.
Este importante sistema é composto por uma complexa rede de células, vasos, tecidos e
órgãos, que desempenham variadas funções. Os principais componentes incluem:
1. Linfa
É o líquido que percorre através da circulação linfática, geralmente, originado do
extravasamento do líquido da corrente sanguínea para o tecido ao redor das células.
Função: o líquido fora dos vasos é capaz de banhar as células, ofertando os nutrientes
necessários, mas ao ser captado pela corrente linfática, transforma-se em linfa, que é levada
para o coração, com o intuito de voltar para a corrente sanguínea.
2. Capilares e vasos linfáticos
Os capilares são pequenos e finos vasos linfáticos, que entram em contato com as células do
organismo e captam líquidos, e à medida que levam a linfa para o coração, crescem e formam
os vasos linfáticos maiores e ductos.
Função: captam e absorvem o líquido e proteínas ao redor das células, evitando o acúmulo de
líquidos e inchaço no corpo.
3. Ductos linfáticos
São grandes canais linfáticos, conhecidos como ducto torácico e ducto linfático direito, onde
desagua a circulação linfática antes de atingir a corrente sanguínea.
Função: o ducto torácico coleta e conduz a maior parte da linfa do corpo para o sangue, já o
ducto linfático é responsável por drenar a linfa de todo o membro superior direito e do lado
direito da cabeça, do pescoço e do tórax para a corrente sanguínea.
4. Órgãos linfáticos
São órgãos espalhados ao longo do trajeto dos vasos linfáticos, que apresentam variados
tamanhos, estruturas e funções, e podem ser estimulados sempre que há uma infecção ou
inflamação. Os principais são:
•Medula óssea: é uma estrutura localizada dentro de grandes ossos, que tem a função de
formar as diversas células que compõem a circulação do corpo, incluindo os linfócitos, que são
as células de defesa do sistema linfático;
•Timo: é uma glândula localizada na parte superior do tórax, que tem a função de desenvolver
e proliferar os linfócitos T que vieram da medula óssea, que em seguida vão para os outros
tecidos linfoides, onde se tornam ativos para a resposta imune;
•Linfonodos: são pequenos órgãos arredondados, espalhados ao longo dos vasos linfáticos,
responsáveis por filtrar a linfa, removendo micro-organismos, como bactérias e vírus, e outras
partículas da circulação, além de serem responsáveis pelo amadurecimento e armazenamento
de linfonodos, que ficam prontos para agir contra infecções.
•Baço: é um grande órgão linfático, situado na parte superior esquerda do abdômen,
responsável pelo armazenamento e amadurecimento de linfócitos, além de filtrar o sangue,
eliminando micro-organismos e células envelhecidas.
•Além disso, existem as tonsilas, conhecidas como amígdalas e adenoides, que são
aglomerados de nódulos linfáticos, situados na boca, região inferior da língua e faringe, além
das placas de Peyer, situadas no intestino, que também são responsáveis por produzir células
do sistema imune e auxiliar na proteção contra micro-organismos.

3. Fundamentos da Drenagem e suas vertentes
A Drenagem Linfática Manual é uma técnica de massagem altamente
especializada, feita com pressões suaves, lentas, intermitentes e relaxantes, que
seguem o trajeto do sistema linfático, aprimorando algumas de suas funções.
A drenagem linfática manual drena os líquidos excedentes que banham as células,
mantendo, desta forma, o equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais. Ela é também
responsável pela evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular.

As técnicas de DLM mais famosas e utilizadas são: Vodder, Leduc e Godoy. Em todas as
técnicas a pressão aplicada é de 30 a 40mmHg, o que caracteriza uma pressão leve, similar
a pressão fisiologia que o líquido intersticial aplica sobre os capilares linfáticos.
Os vasos linfáticos tem origem nos interstícios, onde drenam os líquidos e proteínas que
constituirão a linfa. Os vasos linfáticos possuem válvulas que fazem com que o líquido flua
em sentido unidirecional (sem refluxo), e são contráteis, ou seja, o segmento que fica
localizado entre cada válvula constitui a unidade contrátil. A linfa presente no interstício é
reabsorvida pelos vasos linfáticos que estão distribuídos por todo o corpo, esses se
chamam capilares linfáticos. Eles desembocam em vasos que transportam a linfa, os pré-
coletores, que desembocam em vasos mais calibrosos, os coletores. Os coletores irão
transportar essa linfa até os linfonodos, em movimentos de contração lentos realizados
pelo linfangion, impulsionando o fluido de 6 a 7 vezes por minuto. Os linfonodos são
órgãos filtradores que além de fazer a limpeza dessa linfa, impedem processos infecciosos
e fazem a fagocitose de microrganismos. A linfa, depois de filtrada e pura, é transportada
para a corrente sanguínea.

A massagem de drenagem linfática faz aumentar o fluxo da linfa, auxiliando no tratamento
e/ou prevenção de edemas, linfedemas, fibro edema gelóide, entre outras. A pressão
exercida na massagem não pode ultrapassar 40 mmHg, que é a pressão interna nos
grandes vasos linfáticos. Essa pressão elimina o excesso de líquido, diminuindo a
probabilidade de fibrose, e expulsando esse líquido para o sistema sanguíneo). A
drenagem linfática manual deve sempre obedecer ao sentido do fluxo, pois se for realizada
em sentido contrário, pode forçar a linfa contra as válvulas, podendo danificá-las. Na
drenagem linfática, realiza-se a drenagem da linfa, que está dentro dos capilares linfáticos
As manobras são lentas, leves e monótonas, seguindo sempre a direção do fluxo linfático,
não devem causar dor ou eritema, sendo repetidas num ritmo determinado

EFEITOS FISIOLÓGICOS
A drenagem linfática exerce influência direta sobre:
• Velocidadedefiltraçãodalinfaqueatravésdoestímulo,aumentaofluxolinfático e
consequentemente, a velocidade com que a linfa será filtrada pelo linfonodo.
• A quantidade de linfa processada dentro dos gânglios, onde a linfa passa mais
rapidamente em função das pressões rítmicas.
• Amusculaturaesquelética,ondeosmovimentoscalmosemonótonosinduzemaum
relaxamento muscular, favorecendo assim o fluxo do sangue e do líquido intersticial.
• O sistema nervoso vegetativo, quando as manobras são percebidas pelos
mecanorreceptores da pele, proporcionando relaxamento e sensação de bem- estar,
podendo até aliviar a sensação de dor.
• A motricidade do intestino, estimulando a musculatura lisa do intestino, além de exercer
força mecânica sobre o bolo intestinal, impulsionando-o em direção ao reto.
Há também uma influência indireta da drenagem linfática sobre:
• A oxigenação dos tecidos, por meio de uma difusão rápida, ocorrendo um aumento do
volume de oxigênio que passa dos capilares para o interstício.
• A nutrição das células, por manter a substância fundamental em condições ideais, o que
garante uma distribuição uniforme de nutrientes.
• A absorção de nutrientes, pois através das manobras sobre o abdômen, a musculatura
lisa e os capilares linfáticos dessa região são estimulados.
• Adistribuiçãodoshormônios,quedependedaboafuncionalidadedasubstância fundamental
e o aumento na excreção de líquidos, por causa da maior quantidade de linfa processada
sendo despejada na circulação sanguínea





4. Indicações e Contraindicações
Indicações
• Edema tecidual; (traumáticos, hipertensão, inflamatórios – aguda e crônica)
• Circulação sanguínea de retorno comprometido (varizes, varicoses e pós-operatório de
cirurgia de varizes);
• Linfedema (primário – ex. deficiência da circulação linfática, secundária – ex. pós
mastectomia).
• Musculatura tensa;
• Sistema nervoso abalado;
• Queimaduras;
• Enxertos;
• DLM Facial: Cefaléia (dor de cabeça) Renite,
Sinusite, edemas em geral (traumático pré e
pós-operatório de cirurgias);:
• Acne;
• Couperose (disfunção dos micro vasos);
• Rosácea (semelhante a anterior, porém com
alteração de coloração da
pele para rosado e/ou vermelho);
• Rejuvenescimento
• Pré e Pós operatório de cirurgia plástica.
lifting, blefaroplastia,
preenchimento das rugas frontais, correção de
orelha de abano,
rinoplastia, mamoplastia, lipoaspiração,
lipoescultura,..)
• LGD (celulite)
• Hematomas
• Artroses artrites
• Osteoporoses
• Fraturas depois do gesso
• Pós luxações
• Reumatismos
• Contusões
• Obesidade
• Bruxismo
• Estresse
• Trigemialgias
• Gestação após terceiro mês,

Contraindicações
• Inflamações e infecções em fase aguda;
• Tratamento pós trambose e pós tromboflebite;
• Hipertiroidismo não controlado;
• Insuficiência cardíaca congestiva (icc)
• Hipotensão não controlada
• Hipertenção não controlada
• Insulficiência renal não controlada
• Gestação de alto risco
• Patologias pulmonares


5. Manobras e Passo a passo drenagem
a. Pressão: Pressão leve, de 40mmHg
b. Direção: Direcionando a linfa para os gânglios linfáticos.
c. Velocidade: Lenta, e rítmica.
d. Manobras: Evacuação, captação e reabsorção.
e. Condução: Manobras superficiais devem pressionar o tecido superficial (camadas da pele e
tecido adiposo) sem atingir a musculatura. Toda vez que um tecido intersticial recebe um
aumento de pressão forma-se a linfa. A linfa superficial é conduzida para "DENTRO”, para o
interior da região "Drenada", e não para o Coração.

Existem 3 tipos de manobras:
•Manobras de evacuação: “Liberação dos Linfonodos” Ocorre nos linfonodos que recebem a
confluência dos coletores linfáticos com a transferência dos líquidos captados.
•Manobras de captação: Manobra realizada sobre o segmento edemaciado, através de leves
tracionamentos na pele visando aumentar a captação da linfa. (Proximal para distal)
•Manobras de reabsorção: A manobra ocorre nos coletores linfáticos que transportarão a linfa
(distal para proximal)

Dentro dessas manobras, teremos algumas técnicas para realizá-las:
Bombeamento
Círculo fixo
Dedo indicador para o mínimo
Enviar e passar
Bracelete
Doador
Passo de ganso
Patão

A drenagem deve ser iniciada com a manobra de


evacuação através do bombeamento dos linfonodos:
•Cervicais
•Supraclavicular
•Infraclavicular

Opcional: Iniciar com a Drenagem linfática facial após
liberação dos linfonodos da cervical e clavícula,
passando para a liberação dos linfonodos da face:
•Occipitais
•Pareotídeos
•Mastóideos
•Pré auricular
•Pós auricular
•Submandibulares
•Submentonianos

Passo a passo drenagem facial:
1. Manobra do colar: do centro da fossa clavicular para lateral.
2. Lateral do pescoço direcionando para baixo seguindo o ECOM
3. Do submentoniano para as laterais, passando pelo submandibular.
4. Queixo, levando a linfa para o submentoniano e para os pareotídeos.
5. Região supralabial levando do centro para as laterais (pareotídeos)
6. Bigode chinês levando em direção aos gânglios submentonianos.
7. Nariz, do centro para as laterais com o indicador
8. Bochechas, do centro para os pareotídeos e pré-auriculares.
9. Bochechas novamente, para os submentonianos e submandibulares
10. Pálpebras inferior e superior levando para as laterais
11. Sobrancelhas com círculo fixo para as laterais
12. Testa, do centro para as laterais
13. Deslizamento superficial direcionando testa, bochechas e queixo para os
gânglios.
14. Bombeamento couro cabeludo levando para o occipital.

Após a drenagem facial, pode-se evacuar novamente os linfonodos cervical e claviculares e dar
continuidade nos gânglios corporais:
•Intermamários
•Axilares
•Cubitais
•Punho
•Cisterna de Pequet (respiração diafragmática)
•Suprailíacos
•Inguinal interno e externo
•Poplíteo
•Maleolar

Após fazer a evacuação de todos os gânglios linfáticos, pode-se iniciar a drenagem propriamente
dita, que sempre será feita de proximal para distal. Cada membro (braço, antebraço, coxa,
perna) deve ser dividido em três partes, e a drenagem inicia sempre pelo mais próximo ao
gânglio axilar ou inguinal.

Passo a passo da Drenagem corporal:
Decúbito Dorsal
1. Círculo fixo ou bombeamento na região axilar, levando a linfa da região mamária para
os gânglios.
2. Bracelete ou enviar e passar, no terço proximal do braço, levando para os gânglios
axilares, e dando continuidade no terço medial e distal do braço.
3. Bracelete ou enviar e passar, no terço proximal do antebraço, levando para os gânglios
cubitais, e dando continuidade no terço medial e distal do antebraço.
4. Círculo fixo no punho, iniciando a drenagem das mãos e dedos com o bracelete,
levando para os gânglios do punho.
5. Finalizar com o bombeamento ou bracelete do membro superior de distal para
proximal.
6. Iniciar a drenagem do abdômen, levando a linfa do abdômen superior para o gânglio
axilar homolateral, com manobra de patão ou enviar e passar.
7. A drenagem do abdômen inferior deve ser levada para os gânglios suprailíacos e
inguinais homolaterais, com bombeamento ou enviar e passar.
8. Circulo fixo nos gânglios inguinais, e drenagem bracelete do terço proximal da coxa
seguindo pela porção restante.
9. Círculo fixo na região poplítea, fazendo bombeamento ou bracelete levando a linfa da
perna.
10. Círculo fixo dos maleolos, iniciando a drenagem dos pés com bracelete e
bombeamento.
11. Finalizar com o bombeamento ou bracelete do membro inferior, de distal para
proximal.
Decúbito ventral:
12. Iniciar a drenagem das costas com manobra de patão dividindo em superior e inferior
e levando para o gânglio correspondente (axilar ou inguinal) homolateral.
13. Glúteos com manobra de patão ou bombeamento deve ser levado para os gânglios
inguinais.
14. Coxa posterior com manobra bracelete levada para os gânglios inguinais.
15. Panturrilha com manobra bracelete e bombeamento levada para o linfonodo poplíteo.
16. Calcanhar drenando com círculos fixos em direção ao maleolo
17. Finalizar com a liberação de todos os linfonodos novamente..


MASSAGEM MODELADORA
A Massagem modeladora é uma técnica que utiliza manobras rápidas e intensas sobre a pele,
utilizando pressão através de movimentos de amassamento e deslizamento. Entre os principais
benefícios estão à melhora da oxigenação dos tecidos, a quebra da cadeia de gordura e a
melhora do tônus muscular.
A massagem desobstrui os poros, deixa a pele hidratada e mais delicada. Atua sobre as células
mortas, apressando sua eliminação, estimula a circulação sanguínea ocorrendo hiperemia local.
Atua na eliminação de retenção de líquido devido a sua atuação também no sistema linfático.
Quando adequadamente aplicada agrega a utilização de cosméticos lipolíticos onde os efeitos
benéficos da massagem corporal são intensificas.
A maior parte dos problemas estéticos é de etiologia multifatorial, ou seja, de várias causas.
Fatores ambientais, culturais, genéticos, psicossociais e idade estão diretamente relacionados
ao surgimento de transtornos estéticos. Portanto a massagem não deve ser utilizada como único
recurso como tratamento estético, para isso o profissional massoterapeuta deve estar
preparado para orientar o paciente quanto a cuidados com alimentação, prática de atividades
físicas, consumo de água, utilização de filtro solar, dentre outros. É importante que o
massoterapeuta atue com o espírito de multidisciplinaridade, e indique ao paciente que procure
orientação e tratamento com outros profissionais da saúde, como nutricionistas, educadores
físicos e médicos, dependendo das necessidades do paciente que deverão ser avaliadas na ficha
de anamnese.

Indicações da Massagem Estética:
Combater a fibro edema gelóide (celulite), combater a gordura localizada, hidratar a pele,
relaxar a musculatura, ativar a circulação sangüínea; ajuda a combater a flacidez, prevenir
estrias e varizes.
Contraindicações da Massagem:
Pressão alta, varizes, pacientes cardíacos, inflamação, processos cancerígenos,
nódulos e cistos, estado febril, pós-cirúrgico, menstruação abundante, gestação, osteoporose,
placas e próteses

Ação da Massagem Estética
•Sobre o Tecido Tegumentar:
Mediante a troca de líquidos (arterial / intersticial / intracelular / linfático ou venoso) temos a
revitalização dos tecidos por desintoxicação e nutrição dos mesmos.
•Sobre o Tecido Adiposo:
O favorecimento da troca de líquidos implicará na melhora da circulação
periférica que dá condições aos adipócitos, em especial os superficiais, de "manterem"
sua carga, impedindo a sedimentação que dá origem à celulite.
•Sobre o Tecido Muscular:
A massagem desintoxica a musculatura pelo retorno venoso e linfático, nutre e,
dependendo das manobras utilizadas, pode tonificá-la.
•Sobre a Circulação:
Quando se realiza manobras centrípetas, direcionadas aos gânglios linfáticos
indicados conforme a região tratada, a massagem auxilia o melhor retorno linfático e
reabsorção da linfa do meio intersticial. Havendo uma diminuição do inchaço local. Por
conseqüência diminui medidas e atenua a celulite.

Deslizamento
Manobra introdutória a qualquer modalidade de massagem ocidental. Os deslizamentos iniciam
sempre de modo mais leve e superficial até atingir a velocidade e pressão conforme o objetivo
almejado. Esta manobra permite ao massoterapeuta fazer o reconhecimento do tipo de pele do
paciente e se a mesma está em condições saudáveis para a execução das manobras. Esta
manobra realizada de forma lenta e rápida promove um efeito analgésico que permite
gradualmente que o paciente se acostume e suporte sem maiores desconfortos manobras mais
vigorosas subsequentes. Um movimento de alisamento é realizado com toda a superfície palmar
de uma ou ambas as mãos. Amassamento
Amassamento é uma manipulação em que os músculos e tecidos subcutâneos são
alternadamente comprimidos e liberados. Durante a fase de pressão de cada movimento, a mão
( ou mãos) e a pele se movem conjuntamente sobre as estruturas mais profundas. Provoca a
desintoxicação das fibras musculares, estimulando a drenagem sangüínea e linfática a produzir
mais rápida eliminação das toxinas, provoca maior nutrição celular e pode combater a flacidez.
Deve atingir pele e músculos. Auxilia na modelagem de gorduras e na desintoxicação e
conseqüente nutrição da musculatura trabalhada.
Pinçamento É indicado para ativação muscular e combate à flacidez. Deve ser executado com as
extremidades dos dedos polegar, indicador e médio. Pinçando pequena quantidade de músculos
com uma e outra mão alternadamente ou em forma de “C” com os dedos polegar e indicador.
É usado para uma porção maior de músculos.
Percussão Utilizada quando o objetivo é tratar a flacidez. Estimula através da contração das
fibras musculares a circulação e a tonicidade muscular. Deve ser executada seguindo a
orientação das fibras musculares. Não utilizar esta manobra em regiões sem apoio ósseo
(abdômen).
Fricção É uma espécie de deslizamento profundo executado de modo energético e rápido,
visando modelar gordura localizada. Podem ser utilizados também o polegar e o nó dos dedos
para a realização das fricções em regiões como coxas e glúteos.

SEQUÊNCIA DA MASSAGEM MODELADORA:
Sequência das manobras:
Deslizamento superficial
Deslizamento profundo
Amassamento
Vai e vem
Árvore
Falangiana
Torção
Deslizamento superficial
E deslizamento profundo

Sequência dos segmentos:


Coxas e pernas
Abdômen (manobras coração, cinturinha, roda gigante)
Flancos
Braços
Glúteos
Posterior membros inferiores
Flacidez de Pele
Quando o limite elástico da pele é ultrapassado por algum motivo, como por exemplo, um
indivíduo magro que se torna obeso em um curto período de tempo e depois emagrece
novamente, ao cessar o estímulo, ela não volta ao seu tamanho original, dando origem a
excesso de pele, denominado flacidez estética. Neste tipo de flacidez de pele, somente a
cirurgia plástica resolverá o problema.

Cosméticos
São substâncias que se destinam a serem utilizados em contato com as partes superficiais do
corpo humano (epiderme, pêlos, unhas, lábios e órgãos genitais externos), ou com os dentes e
as mucosas bucais, com a finalidade de limpar, perfumar ou proteger, para mate-los em bom
estado, modificar seu aspecto ou corrigir os odores corporais, sem ação ou fins terapêutico
São produtos para embelezamento que não deveriam interferir ou modificar as condições
fisiológicas da pele. A utilização de cosméticos e Cosmecêuticos amplificam os resultados
obtidos através da massagem, devem ser utilizados associados ao tratamento estético.
Objetivam a redução da flacidez, gordura localizada, celulite e distúrbios circulatórios
conforme a composição de cada produto.

Cosmecêuticos.
Ação dos Princípios Ativos:
•Extratos de Hera: Descongestionante e amacia o tecido.
•Extrato de Ginko Biloba: Ação antirradical livres, anti-inflamatória, estimula a
circulação sanguínea.
•Extrato de Algas Marinhas: ação vasodilatadora atua na tonificação da pele.
•Extrato de Centella Asiática: Ativa a microcirculação sanguínea, metabólico
anti-celulítico.
•Extrato de Ginseg: Restaurador dos tecidos, tônico, estimulante. Promove maior
irrigação cutânea.
•Castanha da Índia: Descongestionante e vaso-protetor.
•Semente de Apricot: Pó do caroço de damasco, produto de média abrasividade e
esfoliação e renovação celular.
•Nicotinato de Metila: Hiperemizante, vaso dilatador.
•Cavalinha: Tônico e regenerador da epiderme.
•Cafeína: Vasodilatador e estimulante.
•Hidrolizado de Colágeno: Proteína responsável pela elasticidade e firmeza da pele.
•Elastina: Elasticidade da pele.
•Vitamina A: estudos provaram que a espessura total da pele após o tratamento
foi maior do que para o controle não tratado, ou animais tratados com placebo. Outro autor
disse haver evidências que esta vitamina posa alterar ou modular a síntese de colágeno.
•Vitamina E (Acetato de tocoferol): Ação contra radicais livres, antioxidante natural, atua
contra o envelhecimento da pele.
•Vitamina C (ácido ascórbico): O uso tópico dessa vitamina atribui-se a inibição de danos
causados pela radiação ultravioleta, sendo ainda o principal antioxidante existente no sangue e
em outros fluidos teciduais. Estimula e regula a síntese de colágeno. Combates radicais livres.
•Arnica: Ativador da micro-Circulação. Anti- inflamatório.
•Cânfora: Estimulante, antisséptico, elimina a oleosidade.
•Adipol: Complexo biológico natural obtido através do extrato vegetal de Hera. Atua na
quebra de moléculas de gordura.
•Celulinol: Possui excelente poder de penetração cutânea, tem propriedades lipotróficas e
descongestionantes

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