Uma análise do filme "Laranja Mecânica", dirigido e produzido por Stanley Kubrick em

1971, sob a perspectiva Behaviorista.

O filme é uma adaptação do romance distópico de John Anthony Burgess que, ligado à
teoria behaviorista, consegue transmitir o funcionamento dos estímulos para que
ocorram determinadas respostas.

A história é passada na Inglaterra futurista, marcada pela violência e o autoritarismo.

Alex, o protagonista, um jovem que adora música clássica, ama a violência, sexo, com
perfil autoritário e que também lidera uma gangue de jovens marginais (os drugues).
Juntos eles espalham o caos por diversão de forma sarcástica, através de atos de
ultraviolência.

Antes dessas series de crimes serem praticados, a gangue sempre reunia para um drink
com leite e drogas. Tudo era válido para Alex e seus drugues. Porém, isso rendeu ao
protagonista uma traição de seus comparsas, fazendo-o ser pego pela polícia após matar
uma mulher. Ao ser preso, o líder da gangue se candidata a voluntario para um
tratamento, assim ele poderia sair mais rápido da prisão. É um programa experimental
do governo, que pretende transformar as mentes perigosas em mentes reintegradas para
sociedade: o Ludovico.

O experimento foi realizado da seguinte forma: Alex tomava um remédio, depois o

amarram numa poltrona de cinema, as pálpebras eram presas e abertas durante todo o
processo, o olhar voltado para tela onde passava as cenas de violência, música clássica e
pingavam um colírio nos olhos dele. Ou seja, o teste consiste em assistir filmes com
cenas explícitas de violência enquanto um medicamento que provoca uma terrível
sensação de náusea é administrado.

No experimento realizado com Alex, o medicamento é o estimulo incondicionado, as

cenas de violência que ele é obrigado assistir são estímulos condicionados e a resposta
reflexa são as náuseas. O objetivo era que Alex se sentisse mal todas as vezes que se
comportasse de forma violenta. E de fato isso aconteceu. Depois de sair da prisão, ele
começa se sentir mal quando engaja em comportamento violento e quando presencia
cenas de violência. Este tratamento é baseado no condicionamento clássico de Pavlov e
seu estímulo-resposta. Uma forma de experimento em que o “paciente” é totalmente
passivo e moldável. Alex é inserido novamente na sociedade, o experimento funciona
porque ele sente náuseas todas as vezes que presencia violência e escuta musica
clássica. Porém, ele tenta se matar, passa por uma cirurgia e acaba se livrando do
condicionamento adquirido no experimento. Todo condicionamento precisa ser
reforçado, o que não aconteceu no caso dele porque ele acabou voltando a ser quem era.

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