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Discente: Clara Maron Carneiro

RESENHA CRÍTICA: ‘Laranja Mecânica”

A obra cinematográfica britânico-americano “Laranja Mecânica” dirigida por Stanley Kubrick, o


qual teve seus filmes indicados ao Oscar e teve sucesso nos efeitos especiais. O crime distópico
é passado no Reino Unido e tem como personagem principal Alex DeLarge.

Um grupo de psicopatas liderado por Alex se juntam para fazer atrocidades a noite, eles
estupram, roubam, batem, e por fim, o chefe chega até a matar. Tudo isso afirmando que era
só para descarregar sua “ultra-violência”. Diante disso, o longa-metragem é marcado por cenas
angustiantes e pesadas, como um sexo sem consentimento em uma mulher, em que vão
revezando entre eles para cometer o ato. É pior ainda assistir quando a telespectadora é
mulher, porque lutam por seus direito até a contemporaneidade e desenvolvem uma sede por
justiça e o sentimento de raiva maior quando veem o quanto foram objetificadas na obra e o
quanto só importava para aqueles homens o seu próprio prazer e poder.

No filme, também é perceptível como o Alex inibe qualquer opinião do grupo, não deixavam-
os ter posicionamento, demonstrando, assim a influência de uma das características do regime
autoritário. Em uma noite, a vida do chefe do grupo muda drasticamente no momento que
estava cometendo barbaridades. Já procurados pela polícia por denuncias de outros crimes,
ele escuta a sirene e vai avisar aos seus companheiros, os quais quebram uma garrafa de vidro
no seu rosto por não estarem satisfeito com seus comandos. Devido a isso, os policiais
conseguem prender o Alex.

Naquela época estava sendo discutido sobre a psiquiatria e o governo notou nessa ciência uma
forma de acabar com a criminalidade e a superlotação dos presídios. Dessa forma, Alex acabou
sendo uma cobaia dos experimentos, o qual ficou assistindo filmes violentos com uso de
medicamentos que lhe causassem enjoou e sensação de morte, ademais as pálpebras
permaneciam abertas o tempo inteiro durante o tratamento. Apesar do procedimento
desesperador, a violência de Alex foi curada e ele foi solto em seguida. Após sua saída, ele
enfrentou diversas situações, como a rejeição dos pais, o reconhecimento e espancamento por
outras pessoas. Por isso, chegou até a procurar ajuda em uma das casas que cometeu seus
crimes e o residente não deixou passar batido, assim, Alex tentou cometer suicídio e terminou
no hospital.

Tal obra demonstra os atos criminosos cometidos por menores de idade, o marcante regime
autoritário, a música que está sempre de acordo com a cena e em como o produtor consegue
usar a violência retratada ao seu favor. Além disso, nota-se os efeitos negativos gerados por
tentar resolver um problema social artificialmente. Nesse contexto, fica o questionamento, o
por quê de não ter ganhado o Oscar.

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