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Santo Afonso de Ligório - A Verdadeira Esposa de Jesus Cristo I
Santo Afonso de Ligório - A Verdadeira Esposa de Jesus Cristo I
DE JESUS CRISTO
ou
A Religiosa Santificada por meio das virtudes
próprias do seu estado
VOLUME I
APPARECIDA DO NORTE
Oficinas do Santuário de Aparecida
1922
IMPRIMATUR
Aparecida, 2 de agosto de 1921.
† Duarte. Arc. Metr.
NIHIL OBSTAT.
Flumine Januario, 25 Octobris 1919.
Sac. Sebastianus Oliveira.
IMPRIMATUR.
Die XXIV mensis Februarii, anno MCMXX.
L. † S.
† J. Card. Archieps.
Protesto do Autor
ORAÇÃO
ORAÇÃO
ORAÇÃO
Desejo de perfeição
ORAÇÃO
ORAÇÃO
ORAÇÃO
130
Meu Jesus, não olheis para as ingratidões com
que tenho pago os vossos benefícios; olhai somente
para os vossos merecimentos e para os trabalhos
que suportastes por mim desde o presépio até a cruz.
Eu me arrependo do fundo do meu coração de todos
os desgostos que vos tenho dado; e consagrando-
vos toda a minha vida, proponho fazer daqui em dian-
te tudo o que puder para vos obedecer e vos amar.
Eu vos amo, ó meu Redentor, mas vos amo pouco;
por vossa infinita bondade, aumentai em mim o vosso
amor. Ouvi-me e dai-me a graça de continuar sempre
a repetir a mesma prece. Ó amor da minha alma,
quem me dera ter o coração sempre abrasado do
vosso amor! Eu vos ofendi muito: para o futuro, vos
quero amar muito, e não amar senão a vós, porque
só vós sois digno de ser amado sobre todas as coi-
sas. Eu vos quero amar unicamente porque mereceis
todo o amor.
Ó Maria, minha Mãe e minha esperança, ajudai-
me.
ORAÇÃO
ORAÇÃO
157
Ó meu Deus, meu Senhor e esposo de minha
alma, vós me amastes tanto e me destes a vontade
para amar-vos: e eu, entretanto, me tenho servido
desta vontade para vos ofender e desgostar tantas
vezes! Se não soubesse que sois um Deus de mise-
ricórdia infinita, eu perderia a esperança de recobrar
a vossa graça que tenho perdido miseravelmente.
Por minhas ingratidões, mereci ser de vós abando-
nado há muito tempo; mas vejo que vossa luz me es-
clarece ainda, ouço que me convidais sempre para o
vosso amor. Eis-me aqui Senhor. Quero deixar de ser
ingrata, não quero resistir mais, a vós me entrego.
Recebei esta alma infiel, que, durante tantos anos,
não fez outra coisa que desprezar o vosso amor; mas
que agora não deseja mais do que amar-vos e ser
toda vossa. Ajudai-me, meu Jesus; dai-me tal dor de
meus pecados, que eu seja incapaz de outro senti-
mento que do arrependimento e horror de ter ultraja-
do a um Deus tão amável e tão bom como vós sois.
Pobre de mim, se com as luzes que me dais agora,
eu começasse de novo a vos trair! Como poderíeis
vós me suportar ainda? Este temor me aflige: eu
posso ainda vos ofender! Ah! não o permitais, Se-
nhor, não me deixeis cair nesta desgraça! Enviai-me
todos os castigos, mas não este. Se conheceis que
eu de novo vos voltarei as costas, fazei-me morrer
nesta hora em que espero estar na vossa graça. Que
me aproveitará viver mais tempo, se for para continu-
ar a vos ofender? Não, meu Deus, eu vos amo e es-
pero amar-vos sempre.
Maria, minha esperança, alcançai-me ou a per-
severança ou a morte.
158
ORAÇÃO
Primeira escusa.
Segunda escusa.
Terceira escusa.
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8. — Outras se escusam dizendo que são de i-
dade avançada e não podem mais sujeitar-se ao rigor
com que devem viver as moças.
A estas se responde que toda religiosa, moça ou
velha, que transgride as regras, faz mal a si e às ou-
tras. — Diz S. Pedro Crisólogo que a árvore que não
dá fruto, com a sombra que produz, prejudica não só
a si mesma, mas também as árvores frutíferas que a
cercam127. O mesmo sucede a toda religiosa que dá
mau exemplo, não observando as regras. Mas, além
disso, deve-se notar que as religiosas antigas são
mais obrigadas à perfeita observância, do que as no-
vas, primeiramente porque já passaram mais tempo
na religião. Aquele que estudou mais, deve ser mais
instruído. Assim a religiosa que esteve mais tempo
na escola de Jesus crucificado, no convento, deve
ser mais adiantada na ciência dos santos, isto é, na
perfeição espiritual. — Elas são mais obrigadas, em
segundo lugar, porque o exemplo das antigas tem
mais força para atrair as novas à observância das
regras ou induzi-las ao relaxamento. As religiosas
antigas são archotes que esclarecem a comunidade;
são colunas que sustentam a observância e arrastam
após se as moças para manterem-na; porque se es-
tas vêem as antigas fazer pouco caso das regras,
ainda farão menos. Em geral, o relaxamento dos
conventos nasceu da negligência, não tanto das no-
vas, mas sobretudo das antigas, que por seu mau
exemplo deram ensejo às outras para relaxarem o
rigor da regra. De que servirá que as antigas clamem
e exortem as outras por suas palavras a observarem
as regras, se, pelo fato de seus maus exemplos, lhes
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persuadem o contrário? Porque, diz Sto. Ambrósio:
Os exemplos postos sob os olhos são muito mais
persuasivos que as advertências que impressionam
os ouvidos128.
9. — E como poderiam as novas ser bem instruí-
das na manutenção da observância quando as suas
mestras a destroem com seu mau exemplo? Eis uma
coisa impossível, diz Tertuliano; as belas palavras de
um escandaloso não podem edificar a pessoa algu-
ma129.
Quando o tirano Antiochus quis forçar Eleazaro a
transgredir a lei divina que proibia aos judeus comer
carne de porco, os amigos do santo ancião, compa-
decendo-se dos noventa anos, pediram-lhe que fin-
gisse ao menos comê-la para escapar à morte. O
santo velho, porém, respondeu-lhes sabiamente que
preferiria ser lançado no inferno à dar à juventude um
exemplo indigno da sua idade fingindo violar a lei de
Deus130.
Sto. Ambrósio diz que a vista de um homem justo
serve de advertência para os outros131.
Oh! a vista de uma religiosa adiantada em anos,
que observa pontualmente todas as regras, grandes
e pequenas, produz melhor impressão sobre as mo-
ças, do que todos os avisos dados por palavras! As
boas religiosas, que amam a perfeição, devem tomar
como dever de honra zelar a manutenção da obser-
vância regular com todo o rigor possível. — Quando
Cristo Senhor nosso testemunhou a Sta. Teresa que
a recebia por sua esposa, apresentando-lhe sua mão
direita, lhe disse: De agora em diante, como verda-
deira esposa, hás de zelar a minha honra132. — Toda
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esposa de Jesus Cristo deve pois ser zelosa da hon-
ra do seu Esposo. Ora, o primeiro objeto do zelo das
religiosas deve ser a observância das regras, que
são o sustentáculo da perfeição da sua comunidade;
e isto se aplica não só às superioras, mas também às
simples religiosas, especialmente se elas tem alguma
autoridade, ao menos por serem mais antigas. —
Quando Sto. André Avelino via faltar à observância
das regras, advertia com veemência não só os seus
companheiros, mas até os superiores. O mesmo pra-
ticou, com grande zelo, a irmã Maria Teresa Spinelli,
religiosa de grande fervor do mosteiro da SS. Trinda-
de de Nápoles, penitente do padre Torres, como se lê
na vida deste virtuoso sacerdote. Vendo que certos
abusos começavam a introduzir-se na sua comuni-
dade, a isto se opôs tenazmente, muitas vezes, sem
atender a grandeza dos personagens, tendo diante
dos olhos somente a honra de Deus; e por esse pro-
cedimento, teve de sofrer muitas amarguras e des-
gostos. — Quando se trata de abusos evidentes e de
relaxamento na observância, não é soberba nem te-
meridade, mas virtude e zelo da honra de Deus, re-
clamar contra as desordens e impedi-las, ainda que
se tenha de combater os mesmos superiores.
Quarta escusa.
ORAÇÃO
Primeiro grau
Segundo grau
Terceiro grau
Quarto grau
ORAÇÃO
ORAÇÃO
2. Da modéstia em geral
ORAÇÃO
ORAÇÃO
ORAÇÃO
Da Pobreza Religiosa
ORAÇÃO
Primeiro grau
Segundo grau
Terceiro grau
Quarto grau
ORAÇÃO
ORAÇÃO
ORAÇÃO
Da santa humildade
ORAÇÃO
ORAÇÃO
ORAÇÃO
ORAÇÃO