ARTIGO:

JERUSALÉM E O NOME DE DEUS

Kalil J. de Siqueira
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Introdução

Ao longo de toda a história antiga e moderna, não há outra instituição tão

perseguida quanto a Igreja. Não digo sobre uma denominação ou congregação em
específico, pois alegar que denominação “x” ou denominação “y” é ou são as mais
perseguidas, seria totalmente errado da parte de qualquer pessoa, já que não temos
números que comprovam isto.

Porém, quando nos colocamos a calcular a Igreja como o Corpo e

Representação de CRISTO na Terra, ou seja, quando falamos e analisamos todo
cristão universalmente, fica óbvio e evidente qual instituição é a mais perseguida ao
longo de todos os anos. E também ao longo de todos os anos, vários grupos e
subgrupos se colocaram contra a Igreja, dentre os quais podemos rapidamente
citar: pagãos; ditadores; políticos; grupos sectários; ateus; revolucionários… de fato
há uma enorme lista e, se considerarmos também o Israel do Antigo Testamento e
suas perseguições também sofridas, duvido que sobrariam folhas ou páginas para
digitar cada perseguidor e cada grupo que se opôs a um povo que se declarasse ser
representante e comunicador da vontade de DEUS.

Apesar disto, neste artigo abordaremos profundamente somente um

subgrupo e alguns de seus principais enganos doutrinários: os grupos sectários
conhecidos como “judaizantes” e a insistência na salvação por meio de “pronúncias
hebraicas de nomes”, seja esse do DEUS Triuno ou simplesmente de meros
personagens bíblicos.

Estes grupos judaizantes são famosos desde a época da Igreja conhecida

como “primitiva” (ou seja, o início da Igreja após a ascensão de CRISTO), sempre
conhecidos por espalhar falsos ensinamentos, tradições alheias à Bíblia, criação de
discórdias entre as congregações (famosos tumultos) e insistir em uma teologia
falsa (herética) de salvação por meio de obras ou mero intelecto humano.

Atualmente, tais grupos sectários se definem com os mais variados nomes

como “testemunhas de yausha”; “manual de yauh”; “seguidores de yahu”; “filhos de
yahuah” e etc. Suas supostas “pronúncias corretas” do Tetragrama YHWH (‫ )יהוה‬e
as supostas pronúncias corretas do nome do DEUS Filho variam, mas o objetivo
deles é sempre o mesmo: contestar a salvação de pessoas mediante argumentos
falsos e não comprovados biblicamente ou academicamente, para assim atrair mais
e mais “devotos” de suas seitas religiosas, tidas por muitos como “miraculosas” e
“revolucionárias”.

Por meio deste artigo, abordaremos os principais e mais comuns argumentos

entre eles sobre isto: “salvação por meio da pronúncia correta do hebraico”, já que
segundo eles, o nome de DEUS estaria supostamente grafado na palavra
“Jerusalém”, nome da capital bíblica de Israel.
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Como somos salvos?

Primeiramente, devemos recordar aqui de um dos versículos chave da

Reforma Protestante e até mesmo de toda a história da criação de DEUS. Este é
um dos versículos pelo qual se institucionalizou, na Reforma Protestante, a frase
“Sola Fide”, que traduzida do latim significa “somente pela fé”. Acompanhe abaixo
comigo:

“Porque pela graça vocês são salvos, mediante a fé; e isto não vem de vocês, é dom
de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” - Efésios 2:8-9 (NAA)

Exatamente, meu caro leitor. Qualquer pessoa de todo o planeta que deseja
ser salvo e redimido por CRISTO, deve este crer genuinamente que o mesmo
CRISTO se fez como homem, andou entre nós, pregou e ensinou A Palavra, fez
milagres e maravilhas, tomou sobre si nossos pecados e se sacrificou por nós,
ressuscitando-se ao terceiro dia e ascendendo ao trono dos céus que é seu por
direito, sendo ele DEUS. Tudo isto não é por meio de algum “supra-intelecto” que
você possa adquirir, mas sim pela graça deste mesmo DEUS que ele entregou à
humanidade ao fazer toda esta obra salvífica antes mesmo que o mundo viesse a
existir.

Sendo assim, a salvação não vem por meio de: saber teologia; seguir
congregação “x” ou “y”; falar hebraico; falar aramaico; falar grego; ler Bíblia; ter
diploma; fazer vídeos na internet; profetizar; ter dons sobrenaturais e ministeriais;
ser líder; montar um grupo religioso; criar uma religião… a salvação é pela graça,
mediante a fé no DEUS Triuno, o Único e Verdadeiro DEUS. Simplesmente assim.

E como sabemos que alguém é salvo e herdará o Reino de DEUS de forma

fidedigna? Como sabemos que alguém não está mentindo no seu testemunho?

"Pelos seus frutos vocês os conhecerão. Por acaso se colhem uvas de espinheiros ou
figos de ervas daninhas? — Cuidado com os falsos profetas, que se apresentam a vocês
disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes. Assim, toda árvore boa produz
frutos bons, porém a árvore má produz frutos maus. A árvore boa não pode produzir frutos
maus, e a árvore má não pode produzir frutos bons. Assim, pois, pelos seus frutos vocês os
conhecerão. — Nem todo o que me diz: “Senhor, Senhor!” entrará no Reino dos Céus, mas
aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Toda árvore que não produz bom
fruto é cortada e jogada no fogo. Muitos, naquele dia, vão me dizer: “Senhor, Senhor, nós
não profetizamos em seu nome? E em seu nome não expulsamos demônios? E em seu nome
não fizemos muitos milagres?” Então lhes direi claramente: “Eu nunca conheci vocês.
Afastem-se de mim, vocês que praticam o mal.” - Mateus 7:15-23 (NAA)

“'Ora, as obras da carne são conhecidas e são: imoralidade sexual, impureza,

libertinagem, idolatria, feitiçarias, inimizades, rixas, ciúmes, iras, discórdias, divisões,
facções, invejas, bebedeiras, orgias e coisas semelhantes a estas. Declaro a vocês, como
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antes já os preveni, que os que praticam tais coisas não herdarão o Reino de Deus.” -
Gálatas 5:19-21 (NAA)

Portanto, concluímos desde então, que toda e qualquer pessoa que se

declare ser ou que age de maneira a perceber-se: “maior profeta”; “mais sábio que
todos que já existiram”; “maior do que a liderança de congregação tal”; “portador
único das revelações de DEUS”; “exclusivismo”; “rixas com quem discorda ou tenta
entender”; “rixas com congregações”; “mentiras explícitas ou veladas”; “profecias
erradas”; “ensinos alheios à Bíblia”; “ofensa gratuita a quem discorda de sua
teologia”... toda e qualquer pessoa que apresente estas características como
inerentes (ou seja, é algo que está cauterizado, como se estivesse “tatuado” isso na
vida dele), não é um salvo e tão pouco uma pessoa de DEUS.

Talvez estas palavras possam parecer fortes. Pois assim diz a Palavra
Revelada por meio escrito de DEUS, a constituição soberana à qual obedecemos e
da qual, sem esta, viveríamos como pessoas ignorantes, sendo levados por
qualquer ensino bobo ou de má fé que o homem pudesse inventar (Efésios 4:14).
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Israel, seus cativeiros e a pronúncia do Tetragrama YHWH

Mesmo que você não goste, certamente em algum momento da sua vida a
matéria de história já entrou na sua grade curricular, já que é quase impossível para
a sociedade moderna uma pessoa não conhecer nem que seja o mínimo/básico de
história. E se você então conhece, sabe que conforme os tempos passaram, a
humanidade já entrou em conflitos bélicos terríveis, que talvez nem a mente
humana mais fora do normal possa imaginar.

Porém, muitas vezes pior do que a crueldade humana para com seu próximo
através de conflitos armados, é a crueldade social e verbal com a qual os
indivíduos, vítimas desses conflitos, podem sofrer. E com a história de Israel, não
seria diferente. Acompanhe abaixo:

“até que o Senhor afastou Israel da sua presença, como havia falado pelo ministério de
todos os seus servos, os profetas. E assim Israel foi levado cativo da sua terra para a Assíria,
onde permanece até o dia de hoje. O rei da Assíria trouxe gente da Babilônia, de Cuta, de
Ava, de Hamate e de Sefarvaim e os fez morar nas cidades de Samaria, em lugar dos filhos
de Israel. Tomaram posse de Samaria e habitaram nas suas cidades.” - 2 Reis 17:23-24
(NAA)

Neste claro exemplo da Bíblia, vemos um episódio de humilhação social e

espiritual para com o reino norte de Israel; a Torá/Pentateuco não permitia que
pessoas declaradamente pagãs morassem em Israel ou se casassem com
israelitas, exceto se estes se convertessem. O rei da Assíria, sabendo disto, não só
assassinou pessoas e tomou posse de riquezas de Israel, como também trouxe
para morar ali povos declaradamente pagãos, que introduziram mais e mais cultos
satânicos no território de Israel, além de dar israelitas em casamento com estas
pessoas e deportar tantos outros para nações distantes, como forma de
punição/penitência.

Apesar disto, os caldeus (gentílico de quem morava no antigo território da

Babilônia), quando mais tarde tomaram o reino do sul de Israel, fizeram tudo isso e
mais um pouco. Acompanhe:

“O rei determinou que eles recebessem uma alimentação diária tirada das finas
iguarias da mesa real e do vinho que ele bebia. Os jovens deveriam ser educados ao longo de
três anos e, ao final desse período, passariam a servir o rei. Entre eles, se achavam Daniel,
Hananias, Misael e Azarias, que eram da tribo de Judá. O chefe dos eunucos lhes deu outros
nomes, a saber: a Daniel, o de Beltessazar; a Hananias, o de Sadraque; a Misael, o de
Mesaque; e a Azarias, o de Abede-Nego.” - Daniel 1:5-7 (NAA)
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Figura 1 - A diferença entre os nomes originais e os adulterados de Daniel 1:5-7. Autor: Kalil J. de
Siqueira.

Ou seja: como se não bastasse fazer tudo o que os Assírios fizeram às tribos
de Israel da região norte, os caldeus que tomaram a região sul trataram de fazer
mais, roubando e destruindo o Templo de Jerusalém (Daniel 1:2) e blasfemando de
DEUS ao alterar o nome das pessoas pertencentes ao seu povo, com homenagens
a demônios, ídolos e políticos da Babilônia. Qualquer forma possível de não se
louvar ao DEUS Único (YHWH) foi tentada por parte dos caldeus ao levarem Judá
para seu cativeiro e punição.

De fato, isto era extremamente preocupante e vergonhoso para os

sacerdotes e os poucos sábios e anciãos de Judá que restaram durante o cativeiro,
já que há um mandamento bíblico explícito (a saber, válido até hoje) referente a este
tipo de pecado. Acompanhe:

“— Não tome o nome do Senhor, seu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por
inocente o que tomar o seu nome em vão.” - Êxodo 20:7 (NAA)

Sendo assim, os mesmos sacerdotes e anciãos, a fim de não provocarem

ainda mais a ira de DEUS e de mesmo entre os cativos ninguém perder a fé no
SENHOR, algumas medidas drásticas e polêmicas foram tomadas. Uma delas foi a
tradição de jamais pronunciar o Nome de DEUS, para que os caldeus nunca se
aproveitassem do acaso para blasfemar ou praticar sincretismo religioso. Desta
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forma, no lugar do nome de DEUS (YHWH), se pronunciaria a palavra hebraica
ADONAI (‫)אדני‬, que literalmente significa “meu SENHOR”.

Deu certo? Bom, sim. Deu tão certo e funcionou tão maravilhosamente bem
que, felizmente ou não, desde o período em que se tomou tal medida até hoje,
ninguém sabe a pronúncia correta do Tetragrama YHWH. Não sabemos a pronúncia
e não temos certeza sobre nenhuma possibilidade de qual seja ela. Isto não é uma
“invenção” do sionismo (grupo rabínico nacionalista de Israel), não é “blasfêmia” de
protestantes e tão pouco “invenção” de católicos, como os adeptos das seitas
judaizantes costumam acusar falsamente em seus meios a fim de atrair,
principalmente, pessoas frustradas e rebeldes às suas lideranças ministeriais.
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Primeiro falso ensino judaizante: “não falar a pronúncia de YHWH faz com que
blasfemamos de DEUS”

Dado todo este contexto que Israel viveu de se evitar a pronúncia do Nome
de DEUS (chegando até mesmo a perdê-la) como também entendendo o fato de
que isto foi passado à Igreja (ou seja, não temos indícios de que na Igreja primitiva
alguém sabia a real pronúncia do Tetragrama YHWH), o primeiro falso ensino dos
judaizantes é acusar a Igreja de “blasfemar” do nome de DEUS, por não citar a
pronúncia correta de YHWH. É óbvio que esse argumento, por si só, já é bem fraco,
já que a maioria deles tira isso da própria imaginação, visto que nenhum versículo
bíblico embasa esse tipo de argumento.

Porém, podemos nos aprofundar ainda mais na refutação disso com um

versículo escrito pelo apóstolo Paulo à Igreja dos Filipenses. Neste versículo,
entendemos, segundo as Sagradas Escrituras (e não meros homens) que JESUS,
sendo DEUS igual ao PAI e igual ao ESPÍRITO, é o nome pelo qual devemos
clamar, reconhecer, adorar e orar. Ou seja: o fato de saber ou não a pronúncia do
Tetragrama YHWH não nos faz órfãos e tão pouco blasfemadores de DEUS, pois
conhecemos o nome de DEUS CRISTO. Acompanhe comigo, através das escrituras
aramaicas do Novo Testamento (“Peshitta”):

“e ele se humilhou, obedecendo até a morte, ainda que fosse de cruz. Por isto, DEUS
também o exaltou magnificamente, e deu a ele o nome que é acima de todo nome, para que
ao nome de Jesus todo joelho se dobre, seja nos céus, na terra e debaixo da terra, como
também para que toda língua confesse que ‘JESUS CRISTO É YHWH (Mar-YAH em
aramaico)’, em glória a Deus, seu Pai.” - Filipenses 2:8-11 (Peshitta Aramaica)

Meu caro leitor: assim como se diz no dito popular, este versículo “mata dois
coelhos em uma cajadada só”. Primeiro porque através dele sabemos que o nome
de JESUS é digno de adoração e por ele oramos. Segundo, porque a palavra
aramaica “Mar-YAH” (‫ )מריא‬é a palavra aramaica usada nos tempos de JESUS para
se referir ao Tetragrama sem dizer a sua pronúncia (em aramaico, “Mar” significa
“Senhor” e YAH é a forma carinhosa que Davi encurta o nome de DEUS em Salmos,
da palavra hebraica/aramaica “Halleluyah”, que significa “Louvem a DEUS”), dando
claramente a entender, através das traduções aramaicas do Novo Testamento
(traduzidas das mãos dos próprios apóstolos, segundo a tradição da Igreja) que
JESUS é DEUS e ponto final sobre o assunto (algo que, inclusive, muitos desses
mesmos judaizantes insistem em negar).
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Segundo falso ensino judaizante: “a Bíblia nunca usa linguagem poética, por
isso falar nomes em hebraico e aramaico é essencial”

Seguindo a linha argumentativa dos judaizantes, os mesmos declaram que a

Bíblia não se utiliza de linguagem poética (ou seja: eles ignoram todo o contexto
bíblico em favor de uma interpretação literal) e que, portanto, quando a Bíblia cita “o
Nome do SENHOR”, ela supostamente estaria, “explicitamente”, dando a entender
que é quase que obrigatório falar a pronúncia do Tetragrama ou nomes de pessoas
bíblicas em hebraico ou aramaico. Leia o versículo abaixo, muito utilizado e
descontextualizado por eles, para tentar “embasar” este tipo de “interpretação”:

“Edificou altares na Casa do Senhor , a respeito da qual o Senhor tinha dito: ‘Em
Jerusalém porei o meu nome para sempre’. Também pôs a imagem de escultura do ídolo que
tinha feito na Casa de Deus, a respeito da qual Deus tinha dito a Davi e a seu filho Salomão:
‘Neste templo e em Jerusalém, que escolhi de todas as tribos de Israel, porei o meu nome
para sempre’.” - 2 Crônicas 33:4;7 (NAA)

Obviamente, não é necessário ser nenhum acadêmico em teologia para

perceber o engano absurdo que existe nesse tipo de argumentação. Bastando ser
cheio dos frutos do ESPÍRITO SANTO, qualquer pessoa tem a capacidade de
entender que neste versículo, em nenhum momento DEUS está dizendo que
“escreveu seu nome em Jerusalém”, mas sim, que sua presença, seu lugar de
habitação, seu caráter estaria sobre a cidade de Jerusalém (e obviamente, o
SENHOR fala isso de forma poética).

Acompanhe também, a seguir, vários versículos onde tanto a palavra “nome”

é usada como linguagem poética e figurativa, como também outras palavras são
usadas da mesma forma:

“'o Anjo que me tem livrado de todo mal, abençoe estes meninos! Que por meio deles
seja lembrado o meu nome e o nome de meus pais Abraão e Isaque! Que cresçam e se
tornem uma multidão sobre a terra.’” - Gênesis 48:16 (NAA)

“'Conforme a obra de um lapidador, quando faz um sinete, você gravará os nomes

dos filhos de Israel nas duas pedras, colocando engastes de ouro ao redor delas. Coloque as
duas pedras nas ombreiras da estola sacerdotal, por pedras de memória aos filhos de
Israel; e Arão levará esses nomes sobre os seus ombros, para memória diante do Senhor.’”
- Êxodo 28:11-12 (NAA)

“'Quando soube disto, Jotão foi e se pôs no alto do monte Gerizim. E, em alta voz,
gritou, dizendo: — Cidadãos de Siquém, escutem o que vou dizer, e Deus escutará vocês!
Certa vez as árvores foram ungir para si um rei. Disseram à oliveira: “Reine sobre nós.”
Porém a oliveira lhes respondeu: “Deixaria eu o meu óleo, apreciado por Deus e pelos
homens, para dominar sobre as árvores?” Então as árvores disseram à figueira: “Venha
você e reine sobre nós.” Porém a figueira lhes respondeu: “Deixaria eu a minha doçura,
o meu bom fruto, para dominar sobre as árvores?” Então as árvores disseram à videira:
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“Venha você e reine sobre nós.” Porém a videira lhes respondeu: “Deixaria eu o meu
vinho, que agrada a Deus e aos homens, para dominar sobre as árvores?” Então todas
as árvores disseram ao espinheiro: “Venha você e reine sobre nós.” E o espinheiro
respondeu às árvores: “Se é verdade que querem me ungir rei sobre vocês, venham e se
refugiem debaixo de minha sombra. Mas, se não, que do espinheiro saia fogo que consuma
os cedros do Líbano.’” - Juízes 9:7-15 (NAA)

“Os rios batam palmas, e juntos cantem de júbilo os montes...” - Salmos 98:8
(NAA)

“Desapareça a sua posteridade, e que o seu nome se extinga na geração seguinte.

Permaneçam ante os olhos do Senhor , para que faça desaparecer da terra a sua memória.
Mas tu, ó Deus , meu Senhor, age por mim, por amor do teu nome; livra-me, porque é boa a
tua misericórdia.” - Salmos 109:13;15;21 (NAA)

“'Por que, então, você desprezou a palavra do Senhor , fazendo o que era mau aos
olhos dele? Com a espada você matou Urias, o heteu. Você tomou por esposa a mulher dele,
depois de o matar com a espada dos filhos de Amom (Davi não matou diretamente, mas
indiretamente. Por qual motivo então Natã fala que ele matou com a espada dos amonitas?
Figura de linguagem/linguagem poética, simples).” - 2 Samuel 12:9 (NAA)

“'No entanto, alegrem-se, não porque os espíritos se submetem a vocês, e sim porque
o nome de cada um de vocês está registrado no céu.’” - Lucas 10:20 (NAA)

“'a igreja dos primogênitos arrolados (amarrados; no hall) nos céus. Vocês
chegaram a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados...” - Hebreus
12:23 (NAA)

Tratar todos estes textos bíblicos como se estivessem em sentido literal,

apenas aponta os seguintes fatos com respeito às seitas judaizantes: falta total ou
parcial do hábito de leitura; falta total ou parcial de interpretação de texto; falta total
ou parcial de conhecimento bíblico; falta total ou parcial de conhecimento do idioma
hebraico; falta total ou parcial de conhecimento do idioma aramaico; falta total ou
parcial de conhecimento de povos do Oriente Médio; falta total ou parcial de frutos
do ESPÍRITO SANTO; falta total ou parcial de humildade; falta total ou parcial de
autoridade em assuntos de fé.

Como os fariseus na época de JESUS e os precursores dos judaizantes na

época do livro de Atos dos Apóstolos, os judaizantes atuais realmente não tem
nenhum apreço por tais itens citados no parágrafo anterior, por isso a falta total ou
parcial. O interesse destes é somente mistificar situações e passar tradições
inventadas por imaginações férteis de homens, na tentativa de tornar as Escrituras
Sagradas em uma espécie de “código legalista” para a salvação.
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Terceiro falso ensino judaizante: “Jerusalém, em hebraico, usa parte do

Tetragrama YHWH”

Se você, caro leitor, notar bem as atitudes das seitas judaizantes e o modo
como estes constroem seus argumentos, perceberá que estudo não é nenhum forte
destas pessoas.

Entenda: não estamos falando aqui de ser intelectual, acadêmico, de ter

diploma… até porque a Bíblia nos relata histórias de grandes homens de DEUS que
eram praticamente analfabetos. Porém, a fé cristã necessita de leitura, estudo,
oração, jejum e santidade, sem as quais é impossível manter uma vida ao lado do
SENHOR; e o óbvio mais nítido, seja através de análise pessoal, ou seja através da
leitura deste ou de mais artigos, é que as seitas judaizantes prestam um serviço
praticamente satânico na Igreja, espalhando, meramente, ignorância e falsas
doutrinas.

O último dos “argumentos prediletos” desses grupos é o malabarismo que

eles fazem com o hebraico (a maioria mal sabe o próprio português direito).
Confesso a você, caro leitor, com toda a experiência e eu e outros irmãos temos em
estudos bíblicos, que uma criança nascida a 2 (dois) anos em Israel e que começou
a ser alfabetizada a exatamente 1 (um) mês e duas semanas, já sabe mais de
hebraico que todos esses indivíduos, além de que a mesma criança daria
gargalhadas assistindo aos vídeos supostamente “exegéticos” destas pessoas,
onde a maioria são eles “traduzindo” frases hebraicas no Google Tradutor,
ferramenta meramente algorítmica que não presta o serviço real de um dicionário.

Esse último argumento pode até mesmo enganar pessoas leigas, se não
prestarem um pouco de atenção (então por favor, atente-se): segundo estas seitas,
Jerusalém, que em hebraico se pronuncia “Yerushalayim”, contém o começo do
nome de DEUS (o mesmo presente no hebraico Hallelluyah, quando lemos alguns
Salmos escritos pelo rei Davi). Portanto, segundo suas “conclusões”, malabarismos
e “exegeses” de Google Tradutor (por favor leitor, segure o riso), esse é o grand
finale dos argumentos “maravilhosos” deles para embasar suas supostas
pronúncias bizarras do Tetragrama YHWH (outro fato curioso: as diferentes seitas
judaizantes julgam ser usadas pelo mesmo ESPÍRITO SANTO mas nunca
concordam entre si nas pronúncias… sabe o motivo? Leia 1 Coríntios 14:33).

Porém, o erro já começa no fato de que as duas primeiras letras do

Tetragrama YHWH (Yod + Hê = ‫ )יה‬sequer aparecem na grafia hebraica de
Jerusalém (‫ ירושלים‬- note que em momento algum aparece a letra Hê na palavra).
Além disso, uma leitura básica da Bíblia e um pouquinho de curiosidade santa já
seria suficiente para essas pessoas nunca falarem tamanho absurdo. Acompanhe
abaixo:

“E Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho. Ele era sacerdote do Deus
Altíssimo.” - Gênesis 14:18 (NAA)
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“Quando Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, ouviu que Josué havia tomado a cidade
de Ai e a havia destruído totalmente, fazendo com Ai e com o seu rei o mesmo que havia feito
com Jericó e com o seu rei, e que os moradores de Gibeão tinham feito paz com os israelitas
e estavam no meio deles,” - Josué 10:1 (NAA)

Na leitura superficial ou muito rápida, pode pairar a dúvida: “- Qual o motivo

de ela ser chamada Salém em um versículo e Jerusalém em outro versículo? São
cidades diferentes?”. Nada disso, caro leitor. A Bíblia e as evidências arqueológicas
deixam claro de que Salém e Jerusalém são o mesmo território/cidade (que
inclusive era chamada de “Jebus” pelos cananeus que a habitavam). A diferença na
grafia fica por conta de um pequeno detalhe! Acompanhe abaixo:

Figura 2 - Palavra Jerusalém desmembrada para entendimento. Autor: Kalil J. de Siqueira.

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A única diferença entre o versículo de Gênesis anteriormente citado e o

versículo de Josué também anteriormente citado está no fato de que o autor de
Josué falou “cidade de Salém” ao invés de somente “Salém”. Além disto, a
expressão “Jerusalém” ficou muito mais famosa ao passar dos anos do que
somente “Salém”, o que hoje pode nos deixar confusos.

Tudo isto é normal, até porque o hebraico não é nosso idioma primário, além
do fato de que enquanto Moisés foi inspirado para escrever a Torá, Josué foi
inspirado para escrever o livro de Josué; apesar de ser o mesmo DEUS que inspirou
os dois profetas e patriarcas, cada um tinha formas diferentes de escrever e
particularidades pessoais. DEUS não anula essas particularidades de nossas vidas,
caso estas não sejam pecados ou iniquidades.
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Conclusão

Caro leitor: se você chegou aqui, meus parabéns! Sua justiça e sede de
saber e aprender mais de Bíblia e teologia, está sendo vista e recompensada pelo
único galardoador, que é CRISTO. Vivemos tempos complicados não somente para
a Igreja Brasileira, mas para a Igreja de toda a Terra. Portanto, se você ao invés de
crer piamente em líderes de seitas, web-crentes, celebridades e ativistas políticos
prefere estudar A Palavra e buscar a DEUS, você de certo é um bem-aventurado. E
nisso, há muito para se gloriar, mesmo que o mundo não te veja com bons olhos.

Através deste pequeno artigo, espero ter tido a felicidade de ser usado pelo
próprio SENHOR para contribuir nessa sua jornada, independente de você ser
cristão ou até mesmo (e porque não), um cético.

Fato é que desde os primórdios da fé judaico-cristã, muitos grupos

apareceram julgando serem superiores e impondo um jugo que o próprio DEUS
nunca sequer mencionou. Quando os estudamos na teologia, é muito legal e
interessante… porém muitos se esquecem que essas intenções más perseveram
até os dias de hoje, sob a mesma intenção de superioridade e imposição de jugo,
hoje travestidas de grupos com outros nomes, ou então descaradamente idênticos
aos das épocas passadas sem vergonha alguma de mostrarem seus objetivos
altamente duvidosos.

Portanto, este artigo conclui que todo grupo sectário judaizante, que intenta
transformar a graça de DEUS em um “código legalista e penal” para se safar de
genuinamente converter-se e viver nova vida em CRISTO são grupos altamente
ignorantes e místicos, tendo nenhum compromisso com a verdade; no máximo, são
grupos extremamente mentirosos e de más intenções sobre a Igreja. Afinal, a
insistência em destruir A Verdade Revelada na Bíblia e a união sobrenatural dos
irmãos nas comunidades cristãs de hoje só pode vir de quem veio para roubar,
matar e destruir, ao invés de quem veio entre nós para gerar vida (João 10:10).
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Referências

Bíblia Nova Almeida Atualizada - YouVersion | Sociedades Bíblicas Unidas

<https://my.bible.com/pt/>

Bíblia King James 1611 “Fiel” - EDITORA BVBOOKS | LifeWay

<https://www.bkjfiel.com.br/bible?bible=S>

Bíblia Peshitta - Português - EDITORA BVBOOKS | LifeWay

<https://bibliapeshitta.bvbooks.com.br/>

Bíblia Peshitta - Aramaico- The Holy Aramaic Scriptures | TheHolyAramaicScriptures.com

<https://theholyaramaicscriptures.weebly.com/>

Manual da Peshitta - FERNANDO LUCIUS | Editora BVBooks

<https://www.bvloja.com.br/livro-manual-da-peshitta-10227.html>

Strong's Exhaustive Concordance to the Bible - JAMES STRONG | Hendrickson

Publishers <https://www.hendrickson.com/html/product/563788.trade.html?>

Dicionário Hebraico-Pró - Hebraico-Pró | SAMUEL MONTEIRO

<http://www.hebraico.pro.br/dicionario/qdrsdic.asp>

Estudos Diversos em Teologia Acadêmica - Autor | KALIL J. DE SIQUEIRA