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Os elementos

estruturadores do teatro:
signos teatrais
Expediente

Governador de Pernambuco Autora

Paulo Henrique Saraiva Câmara Prof.ª Rosane de Almeida Machado

Vice-governadora de Pernambuco Revisor de Língua Portuguesa

Luciana Barbosa de Oliveira Santos Prof.ª Aline Vieira de Oliveira Couto

Secretário de Educação e Esportes de Pernambuco Projeto gráfico


Frederico da Costa Amancio Clayton Quintino de Oliveira
Diagramação
Bianca Pereira da Silva

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) de acordo com ISDB

GOVERNO de Pernambuco. Secretaria de Educação e Esportes.


Artes: Os elementos estruturadores do teatro: signos teatrais. – Recife: EDUCA-PE, 2020.
15 p.: il.
1º Ano Ensino Médio. Biblioteca EDUCA-PE.
Fascículo 2 (Aula Ao Vivo).
1. Teatro. I. Título.
CDU – 792

Elaborado por Hugo Carlos Cavalcanti | CRB-4 2129


Olá! Hoje vamos conhecer os elementos estruturais do teatro.

O Teatro nasceu do instante em que o homem primitivo colocou


e tirou a máscara diante do espectador, com plena consciência
do exercício de simulação, de representação, ou seja, do signo.

Tal como todas as formas de arte, o teatro é linguagem.


Fonte: Bitmoji / Adaptado por Bianca Pereira
Fonte: Canva

São os principais elementos constitutivos do teatro. A manifestação teatral é um


conjunto de signos. Para definir a extensão da ação do teatro, deve-se considerá-lo em
sua especificidade com todos os elementos que o compõe, partindo-se do princípio de
que são códigos da comunicação dramática.

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Então, na cena, temos:
O texto
O ator
Fonte: Canva

A iluminação
Os cenários
A música
Os sons
A maquiagem
Os adereços
Os figurinos

São realidades que representam outras realidades, é a síntese expressiva do teatro


como linguagem.
Fonte: Canva

CENA

A ação representada, em público, para ser apreciada. No teatro, todos os elementos


são acessórios da cena, tudo deve convergir para que o impacto da ação representada
sobre o observador seja o máximo.

ENCENAÇÃO

A encenação é a gramática da cena, o instrumental construtivo e analítico desta


linguagem. A leitura de diversas peças, seguida de estudos, reflexões e debates, leva os
atores à seleção de uma peça para encenação.

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O TRABALHO DO DIRETOR

Nos dias de hoje não é mais como ditador. Eles trabalham com os atores e a equipe
técnica, procurando uma maior integração de pensamento para que todos juntos
possam criar um espetáculo de alto nível. Cada diretor tem seu estilo próprio de encenar
um espetáculo, mas as funções de todos, no meio teatral, são as mesmas:

* ler e analisar a obra dramática,


*dirigir os ensaios dos atores,
*planejar a marcação - movimentação dos atores em cena
*criar, planejar e debater com os técnicos a cenografia, a iluminação, os figurinos, a
sonoplastia, etc.

Encenar é empregar todos os componentes do teatro para a construção da cena,


segundo regras gramaticais próprias, com o objetivo de comunicar, sensorial e
intelectualmente.

Encenador é a pessoa encarregada de montar uma peça, assumindo a responsabilidade


estética e organizacional do espetáculo, escolhendo os atores, interpretando o texto,
utilizando as possibilidades cênicas à sua disposição.

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Tudo é signo na representação teatral!
Fonte: Bitmoji / Adaptado por Bianca Pereira

Olha só:
- Uma coluna de papelão pode significar que a cena se desenrola diante de um palácio.
- A coroa sobre a cabeça do ator, é o signo da realeza,
- Umas rugas e a brancura de seu rosto, obtidas graças à maquiagem, são signos de
velhice.

Tudo é signo de qualquer coisa, em nós mesmos e no mundo que nos


rodeia, na natureza e na atividade dos seres vivos.

Os signos se classificam em signos naturais e signos artificiais.

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Fonte: ClipartLogo.com

Os signos naturais são aqueles que nascem e existem


sem participação da vontade; eles têm caráter de
signos para aquele que os recebe, que os interpreta,
mas são emitidos involuntariamente.
Esta categoria abarca principalmente os fenômenos
da natureza, como por exemplo:

Relâmpago: signo de tempestade


Febre: signo de uma doença
A fumaça: signo de fogo

E por aí vai.

Já os signos artificiais são criados pelo homem ou pelo


animal, voluntariamente, para assinalar qualquer
coisa, para comunicar com alguém. Os signos de que
se serve a arte teatral pertencem todos às categorias
dos signos artificiais, signos artísticos. Sua finalidade
é a de comunicar no próprio instante.
Fonte: Bitmoji / Adaptado por Bianca Pereira

Então, vamos aos signos!

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Fonte: Canva
Figurino

O figurino é uma indumentária transforma o ator ou o figurante em marajá hindu ou em


cacique amazônico. Na própria vida, a vestimenta manifesta grande variedade de signos
artificiais. No teatro, constitui o meio mais externo, mais convencional de definir o
indivíduo humano. A indumentária assinala o sexo, a idade, a classe social, a profissão,
uma posição social ou hierárquica particular (rei, Papa), a nacionalidade, a religião, e
determina às vezes a personalidade histórica ou contemporânea. Na encenação
contemporânea, o figurino tem papel cada vez mais importante e variado, tornando-se
verdadeiramente a “segunda pele do ator”.

Maquiagem
Fonte: Canva

É o figurino vivo do ator, a maquiagem faz o rosto passar do animado ao inanimado, ela
joga com a ambiguidade constitutiva da representação teatral: mescla de natural e
artificial, de coisa e de signo. Em teatro trabalha-se a pintura do rosto ou do corpo do
ator para caracterizar personagens, para ressaltar expressões, distanciar ou aproximar

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o personagem do espectador, como é o caso do teatro grego. A maquiagem teatral tem
por objeto fazer ressaltar o valor do rosto do ator que aparece em cena em certas
condições de luz. Junto com a mímica, contribui para dar a fisionomia da personagem.
A mímica, graças aos movimentos dos músculos da face, cria signos móveis, a
maquiagem forma signos de caráter mais duradouro.

O cenário
Fonte: Canva

A tarefa primordial do cenário consiste em representar o lugar, exemplo:

Lugar geográfico – paisagens, mar, montanha


Lugar social - praça pública, laboratório, cozinha, café

O cenário é o local onde se realizam as cenas.

O cenário, hoje, deve ser útil, eficaz, funcional. É mais uma ferramenta do que uma
imagem, um instrumento e não um ornamento.

O cenário é subjetivo quando retrata o mundo interior dos personagens.


O cenário é objetivo quando retrata o mundo exterior do personagem.

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A iluminação

Fonte: Canva
A iluminação teatral pode delimitar o espaço cênico: os focos concentrados sobre uma
parte do palco significam o lugar da ação, nesse momento. A luz do projetor permite
também isolar um ator ou um cenário. A iluminação no teatro deve estar adequada às
exigências do texto dramático. É utilizada como elemento expressivo da linguagem
teatral.

O som
Fonte: Canva

Chegamos à categoria dos efeitos sonoros do espetáculo que não pertencem nem à
palavra nem à música: os ruídos. Em primeiro lugar, há todo um terreno de signos
naturais (ruídos de passos, rangidos de portas, roçar de acessórios e de roupas). Os
ruídos produzidos no teatro podem significa

- a hora -toques de relógio

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- o estado do tempo - chuva
- o lugar - ruídos de cidade grande
- o deslocamento - ruído de um automóvel se aproxima/distancia

Fonte: Canva
Sonoplastia

É o conjunto de sons vocais ou instrumentais criados para sublinhar ações de uma cena,
num texto dramático ou não dramático. Pode ser natural - quando é realizado por
elementos da natureza ou artificial - quando é realizado através de sons gravados ou de
elementos fabricados pelo homem. Com os efeitos sonoros podemos caracterizar um
ambiente, tempo, época, clima psicológico, suspense e dá maior ou menor ênfase à
ação.

Peça - Texto
Fonte: Canva

O termo é empregado tanto para designar um texto dramático quanto uma


representação completa.
Quando se pretende diferenciar, utilizam-se os termos:

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Texto, Espetáculo ou Encenação.
Uma peça é dividida em atos e cenas.
Ex: a quarta cena do segundo ato.

Fonte: Canva
Texto - Voz

É, antes de tudo, elemento fundador do texto teatral, escrito ou não. Quando não
vocalizado, o texto é gesto. É utilizada pelo ator para dar vida ao personagem. Ela atua
como uma “fronteira de liberdade”
que o ator explora a seu modo, através da entonação, do ritmo, da rapidez e da
intensidade com que ele pronuncia as palavras antes apenas escritas, criando desta
forma, os mais variados signos.
A voz e o gesto formam a performance, a linguagem primária do teatro.

Texto –
Fonte: Canva

Interpretação

É o jogo do ator em cena, a partir do texto dramático criado pelo dramaturgo.


A interpretação, embora inspirada no texto dramático e orientada pelo diretor, pode ser
considerada uma criação do ator. O ator, desde o momento em que recebe seu

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personagem, começa a trabalhar na interpretação. O trabalho de interpretação exige
que o ator seja:
sensível, sincero, emotivo, racional, observador, perceptivo, imaginativo

Fonte: Canva
A música

As associações rítmicas ou melódicas ligadas a certos tipos de música (minueto, marcha


militar) podem servir para evocar a atmosfera, o lugar ou a época da ação. Entre as
numerosas formas em que a música é empregada:

- o tema musical que acompanha as entradas de cada personagem e se converte em


signo (de segundo grau) de cada uma delas;

- o motivo musical que, reunido às cenas retrospectivas, significa o contraste presente-


passado.

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Fonte: Canva
Adereços

São objetos de cena que servem como suporte para a representação. Tudo o que se
adere ao corpo ou às vestes do ator para a caracterização do personagem e da cena.
Compõe o lugar cênico e o personagem.

BERTHOLD, Margot. História Mundial do Teatro. Perspectiva,2010.

GOMBRICH, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora Guanabara, 1978.

KOUDELA, Ingrid Dormien. Jogos Teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1984.

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1994.

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Fonte: Bitmoji / Adaptado por Bianca Pereira

1 - O que é encenação?
2 – Como se classificam os signos? Explique cada um deles.
Fonte: Freepik

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1 - Encenação - a encenação é a gramática da cena, o instrumental construtivo e analítico
desta linguagem. A leitura de diversas peças, seguida de estudos, reflexões e debates, leva
os atores à seleção de uma peça para encenação.

2 - Os signos se classificam em signos naturais e signos artificiais.

Os signos naturais são aqueles que nascem e existem sem participação da vontade; eles
têm caráter de signos para aquele que os recebe, que os interpreta, mas são emitidos
involuntariamente.
Esta categoria abarca principalmente os fenômenos da natureza, como por exemplo:
*

Relâmpago: signo de tempestade


Febre: signo de uma doença
A fumaça: signo de fogo

Já os signos artificiais são criados pelo homem ou pelo animal, voluntariamente, para
assinalar qualquer coisa, para comunicar com alguém. Os signos de que se serve a arte
teatral pertencem todos às categorias dos signos artificiais, signos artísticos. Sua finalidade
é a de comunicar no próprio instante.

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