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PráticasTítulo

Inserir Integrativas
Aqui
eInserir
Complementares
Título Aqui
em Saúde: Principais
Abordagens, Legislação
e Ética
Política Nacional de Práticas Integrativas
e Complementares (PNPIC)

Responsável pelo Conteúdo:


Prof.ª Dr.ª Karina Camasmie Abe
Prof.ª Esp. Nidi Maria Camasmie

Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Política Nacional de Práticas Integrativas
e Complementares (PNPIC)

Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos:


• Introdução;
• Histórico da PNPIC (BRASIL, 2006);
• Legislação e Marcos Regulatórios Acerca das Práticas
Integrativas e Complementares;
• Principais Pontos da PNPIC;

Fonte: iStock/Getty Images


• Oportunidades e Desafios;
• Diagnóstico Situacional de Práticas Integrativas
e Complementares no SUS;
• Perspectivas das PIC.

Objetivos
• Compreender o contexto que originou a Política Nacional de Práticas Integrativas
e Complementares (PNPIC);
• Conhecer o histórico da PNPIC e as principais ações e articulações que permitiram
a sua criação;
• Identificar os principais marcos regulatórios e a legislação sobre o tema;
• Identificar os principais objetivos e diretrizes da PNPIC;
• Reconhecer as oportunidades e os desafios que essa política insere no contexto nacional;
• Conhecer a disseminação das práticas integrativas e complementares no sistema de
saúde, nos municípios brasileiros.

Caro Aluno(a)!
Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o último
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ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas.
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como o seu “momento do estudo”.
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riais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno
entendimento dos temas abordados.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão,
pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato
com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem.
Bons Estudos!
UNIDADE
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

Contextualização
O uso crescente das técnicas alternativas – seja como opção à
Medicina ortodoxa, seja como complemento a ela – não determina
por si só que elas sejam eficientes. Na verdade, estudos confiáveis
atestando a eficiência de práticas alternativas são raros. Veja o caso
da homeopatia, certamente uma das mais conhecidas entre essas
técnicas. Ela existe há mais de 200 anos, é procurada por milhões de
pessoas no mundo todo e reconhecida oficialmente no Brasil como
uma especialidade médica.

[...]

Mas a imensa maioria dos estudos científicos sobre o assunto é pouco


rigorosa. Isso não é à toa. “Bons estudos são caros”, diz Edzard Ernst,
que dirige o Departamento de Medicina Complementar da Escola Mé-
dica Península, na Inglaterra. E dinheiro é um problemão para home-
opatas, cromoterapeutas e afins. Medicamentos da Medicina ortodoxa
geralmente são testados sob patrocínio de grandes laboratórios farma-
cêuticos, interessados em comercializá-los. Já as técnicas, práticas e
remédios menos rentáveis não encontram apoiadores tão facilmente.
Não há muitas grandes empresas interessadas em divulgar a acupuntu-
ra ou a iridologia. O departamento de Ernst, mantido pelas universida-
des inglesas de Exeter e Plymouth, é uma das cada vez mais frequentes
exceções à regra da falta de pesquisas. “Começamos a trabalhar há
dez anos. Meu objetivo sempre foi e é um só: aplicar as regras da
Ciência às técnicas alternativas e complementares”, diz Ernst. Eles
já publicaram mais de 700 artigos sobre o tema na literatura médica.

[...]

É importante lembrar que o fato de não existirem pesquisas que


garantam a eficiência de um método não comprova que esse método
seja ineficiente. “Falta de evidência não é o mesmo que evidência de
falta de resultado”, diz Ernst (SOALHEIRO; NUNES, 2016).

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Introdução
Antes da criação e aprovação da Política Nacional de Práticas Integrativas e
Complementares (PNPIC), as experiências na rede pública estadual e municipal não
possuíam diretrizes específicas, o que poderia ocasionar acesso aos serviços de modo
desigual e, muitas vezes, sem o devido registro, fornecimento adequado de insumos
ou ações de acompanhamento e avaliação (BRASIL, 2006). Com a criação de uma
política específica, há novos desafios que devem ser discutidos e trabalhados como,
por exemplo, a capacitação dos profissionais que atuarão nesse campo de práticas
integrativas; no entanto, iniciou-se o processo regulatório dessas práticas, o que pode
auxiliar no seu monitoramento, análise situacional e expansão do acesso.

De acordo com a PNPIC, ao se levar em consideração o indivíduo na sua


dimensão global – sem perder de vista a sua singularidade –, a PNPIC contribui para
a integralidade da atenção à saúde, favorecendo a interação das ações e dos serviços
existentes no Sistema Único de Saúde (SUS). Estudos têm demonstrado que tais
abordagens contribuem para a ampliação da corresponsabilidade dos indivíduos pela
saúde, contribuindo, assim, para o aumento do autocuidado (BRASIL, 2006).

Figura 1
Fonte: iStock/Getty Images

Histórico da PNPIC (BRASIL, 2006)


No final da década de 1970, a Organização Mundial da Saúde (OMS) criou o
Programa de Medicina Tradicional, objetivando a formulação de políticas nessa área e o
documento intitulado Estratégia da OMS sobre Medicina Tradicional 2002-2005 e sua
atualização, o documento Estratégia da OMS sobre Medicina Tradicional 2014-2023,
reafirmando o desenvolvimento desses princípios.

No Brasil, a legitimação e institucionalização dessas abordagens de atenção à saúde


intensificaram-se a partir da década de 1980. Alguns eventos e documentos merecem
destaque na regulamentação e tentativas de construção das políticas nacionais nessa
área (BRASIL, 2006; FIGUEREDO; GURGEL; GURGEL JUNIOR, 2014), vejamos:

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UNIDADE
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

• 1985 – convênio entre o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência


Social (Inamps), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Universidade Estadual do Rio de
Janeiro (UERJ) e Instituto Hahnemaniano do Brasil, com o intuito de institucionalizar
a assistência homeopática na rede pública de saúde;
• 1986 – a Conferência Nacional de Saúde (CNS), instância máxima de delibera-
ção de políticas de saúde, recomendou a implantação da Fitoterapia, Acupuntura,
Homeopatia e outras práticas integrativas e complementares no SUS. Estas reco-
mendações estão explícitas nos relatórios da oitava (1986), décima (1996), décima
primeira (2000) e décima segunda (2003) conferências;
• 1988 – as resoluções da Comissão Interministerial de Planejamento e Coordenação
(Ciplan) números 4, 5, 6, 7 e 8/88, que fixaram normas e diretrizes para o aten-
dimento em Homeopatia, Acupuntura, Termalismo, técnicas alternativas de saúde
mental e Fitoterapia;
• 1995 – foi instituído o Grupo Assessor Técnico-Científico em Medicinas Não
Convencionais por meio da Portaria GM n.º 2.543, de 14 de dezembro de 1995;
• 1999 – inclusão das consultas médicas em Homeopatia e Acupuntura na tabela de
procedimentos do SIA/SUS (Portaria GM n.º 1.230, de outubro de 1999);
• 2001 – ocorreu a primeira Conferência Nacional de Vigilância Sanitária, a qual
discutiu a necessidade de implantar práticas integrativas e complementares no SUS
e incentivar o seu ensino e a sua pesquisa;
• 2003 – foi constituído um grupo de trabalho no Ministério da Saúde, tendo por
objetivo elaborar a Política Nacional de Medicina Natural e Práticas Complementares
(PMNPC, ou apenas MNPC) no SUS (atual PNPIC);
• 2003 – foi publicado o relatório da primeira Conferência Nacional de Assistência
Farmacêutica, que enfatizava a importância de ampliação do acesso aos medica-
mentos fitoterápicos e homeopáticos no SUS;
• 2003 – relatório final da décima segunda Conferência Nacional de Saúde (CNS),
deliberando para a efetiva inclusão da MNPC no SUS (atual PNPIC);
• 2004 – ocorreu a segunda Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovações
em Saúde, que incluiu a PNPIC na agenda nacional de prioridades em pesquisa;
• 2005 – foi publicado o Decreto Presidencial de 17 de fevereiro de 2005, que criou
o Grupo de Trabalho para a elaboração da política nacional de plantas medicinais
e fitoterápicos;
• 2005 – foi publicado o relatório final do Seminário Águas Minerais do Brasil, que
indicou a constituição de projeto piloto de termalismo social no SUS;
• 2006 – foi publicada a Portaria GM/MS n.º 971, com cinco práticas integrativas
(Homeopatia, Medicina tradicional chinesa, Medicina antroposófica, plantas
medicinais, Fitoterapia e Termalismo social/Crenoterapia). Essa portaria representa
a publicação da PNPIC em sua primeira edição;
• 2006 – foi publicada também a política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos;

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• 2015 – publicou-se a segunda edição da PNPIC;
• 017 – foi publicada a Portaria n.º 145, em janeiro, que incluiu no rol de procedi-
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mentos do SUS as práticas da arteterapia, meditação, musicoterapia, tratamentos
naturopático, osteopático, quiroprático e Reiki;
• 017 – publicou-se a Portaria n.º 849, que amplia a PNPIC, incluindo a arteterapia,
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ayurveda, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopa-
tia, quiropraxia, reflexoterapia, shantala, terapia comunitária integrativa e ioga.

Legislação e Marcos Regulatórios Acerca


das Práticas Integrativas e Complementares
Para facilitar a consulta aos principais marcos regulatórios, organizou-se o Quadro 1
com a descrição e respectiva identificação legislativa:

Quadro 1 – Principais marcos regulatórios e legislação das práticas integrativas e complementares em saúde
Tipo Número Descrição
Decreto Presidencial
Aprova a política nacional de plantas medicinais e
Decretos n.º 5.813, de 22 de junho
fitoterápicos e dá outras providências
de 2006
Portaria GM n.º 971, de 3 Aprova a Política Nacional de Práticas Integrativas
de maio de 2006 e Complementares (PNPIC) no SUS
Portaria GM n.º 1.600, Aprova a constituição do Observatório das
de 17 de julho de 2006 Experiências de Medicina Antroposófica no SUS
Inclui na tabela de serviços/classificações do
Sistema de Cadastro Nacional de Estabelecimentos
Portaria SAS n.º 853, de 17
de Saúde (SCNES) de informações do SUS, o
Portarias de novembro de 2006
serviço de código 068 – práticas integrativas e
complementares
Portaria SAS n.º 154, de Recompõe a tabela de serviços/classificações
18 de março de 2008 do SCNES (Anexo I)
Portaria Interministerial n.º Aprova o Programa Nacional de Plantas Medicinais
2.960, de 9 de dezembro e Fitoterápicos e cria o Comitê Nacional de Plantas
de 2008 Medicinais e Fitoterápicos
Aprova as normas reguladoras do exercício
Portaria NR n.º 7/DGP, de
da Acupuntura no âmbito do serviço de saúde
27 de janeiro de 2009
do Exército
Adequa o serviço especializado 134 –
Portaria SAS n.º 84, de 25
práticas integrativas – e sua classificação
de março de 2009
001 – Acupuntura
Portarias Aprova a Norma Técnica n.º 001/2009, que
dispõe sobre as “Especificações Técnicas para o
Aproveitamento de água mineral, termal, gasosa,
Portaria DNPM n.º 374, de 1 potável de mesa, destinadas ao envase, ou como
de outubro de 2009 ingrediente para o preparo de bebidas em geral
ou ainda destinada para fins balneários”, em
todo o território nacional na forma do Anexo a
esta Portaria

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Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

Tipo Número Descrição


Aprova a diretriz para implantação dos Núcleos de
Portaria DGP n.º 48, de 25
Estudos em Terapias Integradas (Neti) no âmbito
de fevereiro de 2010
do serviço de saúde do Exército
Portaria GM n.º 886, de 20
Institui a Farmácia Viva no âmbito do SUS
de abril de 2010
Aprova o roteiro técnico para a elaboração do
projeto de caracterização crenoterápica para
Portaria DNPM n.º 127,
águas minerais com propriedades terapêuticas
de 25 de março de 2011
utilizadas em complexos hidrominerais ou
hidrotermais
Inclui na tabela de serviços/classificações do
Portaria SAS n.º 470, de 19
SCNES, no serviço de código 125 – Farmácia –,
de agosto de 2011
a classificação 007 – Farmácia Viva
Estabelece o elenco de medicamentos e insumos
Portaria n.º 533, de 28
Portarias da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
de março de 2012
(Rename) no âmbito do SUS
Altera procedimentos na tabela de procedimentos,
Portaria n.º 145, de 11 medicamentos, órteses, próteses e materiais
de janeiro de 2017 especiais do SUS para atendimento na
Atenção Básica
Inclui arteterapia, Ayurveda, biodança, dança
circular, meditação, musicoterapia, naturopatia,
Portaria n.º 849, de 27 osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, Reiki,
de março de 2017 shantala, terapia comunitária integrativa e ioga
à política nacional de práticas integrativas
e complementares
Atualiza o serviço especializado de 134 práticas
Portaria n.º 633, de 28 integrativas e complementares na tabela de
de março de 2017 serviços do sistema de Cadastro Nacional de
Estabelecimentos de Saúde (Cnes)
Instrução Normativa Anvisa
Determina a publicação da lista de medicamentos
n.º 5, de 11 de dezembro
fitoterápicos de registro simplificado
de 2008
Instruções Normativas
Estabelece a lista de referências bibliográficas
Instrução Normativa Anvisa
para avaliação de segurança e eficiência de
n.º 5, de 31 de março de 2010
medicamentos fitoterápicos
Resolução CNS n.º 338, Aprova a política nacional de
de 6 de maio de 2004 assistência farmacêutica
Dispõe sobre boas práticas de manipulação
Resolução Anvisa-RDC n.º 67,
de preparações magistrais e oficinais para uso
de 8 de outubro de 2007
humano em farmácias
Resolução Anvisa-RDC n.º 87, Altera o Regulamento Técnico sobre Boas Práticas
de 21 de novembro de 2008 de Manipulação em Farmácias
Resolução Anvisa-RDC n.º 95, Regulamenta o texto de bula de
Resoluções
de 11 de dezembro de 2008 medicamentos fitoterápicos
Dispõe sobre a notificação de drogas vegetais
Resolução Anvisa-RDC n.º 10,
junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária
de 9 de março de 2010
(Anvisa) e dá outras providências
Resolução Anvisa-RDC n.º 14, Dispõe sobre o registro de
de 31 de março de 2010 medicamentos fitoterápicos
Resolução Anvisa-RDC n.º 17, Dispõe sobre as boas práticas de fabricação
de 16 de abril de 2010 de medicamentos
Fonte: Brasil (2018)

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Hierarquia legislativa:
I Constituição: é a Lei fundamental, da qual todas as leis são subsi-
diárias. A Constituição é a Lei mais importante de um país;
II Leis: Lei é uma regra de direito ditada pela autoridade estatal e
tornada obrigatória para manter, numa comunidade, a ordem e o
desenvolvimento;
III Decretos: os decretos são decisões de uma autoridade superior,
com força de Lei, que visam disciplinar um fato ou uma situação
particular. O Decreto, sendo hierarquicamente inferior, não pode
contrariar a Lei, mas pode regulamentá-la, ou seja, pode explicitá-
-la, aclará-la ou interpretá-la, respeitados os seus fundamentos,
objetivos e alcance;
IV Portarias: são documentos que estabelecem ou regulamentam
assuntos específicos;
V Resoluções: são normas administrativas provenientes de secreta-
rias ligadas ao Poder Executivo, visando disciplinar assuntos específi-
cos já definidos nos Decretos e Portarias (fonte: SÃO PAULO, [20--?]).

Figura 2 – Representação da hierarquia legislativa, sendo o topo da pirâmide


a Constituição Federal e sua base, as Resoluções e Normas
Fonte: iStock/Getty Images

Principais Pontos da PNPIC


O Ministério da Saúde procurou conhecer as experiências que já eram desenvolvidas
na rede pública dos municípios e Estados. Dessa forma, adotou como estratégia a rea-
lização de um diagnóstico nacional. Realizou-se, portanto, uma pesquisa pelo Departa-
mento de Atenção Básica, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde,

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Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

no período de março a junho de 2004, por meio de questionário enviado a todos os


gestores municipais e estaduais de saúde, no total de 5.560 questionários.

Foram preenchidos e devolvidos 1.340 questionários, mostrando que, em alguns mu-


nicípios e Estados existia a estruturação de algumas dessas práticas integrativas, chegan-
do a 232 municípios, em um total de 26 Estados. A amostra foi considerada satisfatória
no cálculo de significância estatística para um diagnóstico nacional.

A Atenção Básica é o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto


de ações de saúde, nos âmbitos individual e coletivo, que abrange a promoção e proteção
da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, tratamento, a reabilitação, redução de
danos e manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que
impacte positivamente na situação de saúde das coletividades.

O SUS é um sistema público e universal de saúde criado a partir da Constituição Federal


brasileira de 1988, que foi regulamentado pela Lei Federal n.º 8.080/90, disponível em:
https://goo.gl/twYSz. Aproveite e acesse também a publicação da política nacional de
atenção básica, disponível em: http://bit.ly/1wiLCE6.

Objetivos da PNPIC
De acordo com o documento publicado da política nacional, são seus principais
objetivos (BRASIL, 2006):
• Construir a implementação da PNPIC no SUS, principalmente na perspectiva da
prevenção de agravos e da promoção e recuperação da saúde, com ênfase na
Atenção Básica voltada ao cuidado continuado, humanizado e integral em saúde;
• Contribuir ao aumento da resolubilidade do sistema e à ampliação do acesso à
PNPIC, garantindo qualidade, eficácia, eficiência e segurança no uso;
• Promover a racionalização das ações de saúde, estimulando alternativas inovadoras
e socialmente contributivas ao desenvolvimento sustentável de comunidades;
• Estimular as ações referentes ao controle e à participação social, promovendo o
envolvimento responsável e continuado dos usuários, gestores e trabalhadores nas
diferentes instâncias de efetivação das políticas de saúde.

Diretrizes da PNPIC
Segundo o documento da política nacional, a PNPIC possui como diretrizes
(BRASIL, 2006):
• A estruturação e o fortalecimento das Práticas Integrativas e Complementares (PIC)
no SUS se dão mediante:

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»» Incentivo à inserção da PNPIC em todos os níveis de atenção à saúde, com ênfase
na Atenção Básica;
»» Desenvolvimento da PNPIC em caráter multiprofissional para as categorias
profissionais presentes no SUS e em consonância com o nível de atenção;
»» Implantação e implementação de ações e fortalecimento de iniciativas existentes;
»» Estabelecimento de mecanismos de financiamento;
»» laboração de normas técnicas e operacionais para a implantação e o desenvol-
E
vimento dessas abordagens no SUS;
»» rticulação com a política nacional de atenção à saúde dos povos indígenas e
A
demais políticas do Ministério da Saúde.
• Desenvolvimento de estratégias de qualificação para profissionais em PIC no SUS;
• Divulgação e informação dos conhecimentos básicos da PIC para profissionais de
saúde, gestores e usuários do SUS, considerando as metodologias participativas e
o saber popular e tradicional;
• Estímulo às ações intersetoriais, de forma a desenvolvê-las integralmente;
• Fortalecimento da participação social;
• Promover o acesso a medicamentos homeopáticos e fitoterápicos;
• arantia do acesso aos demais insumos estratégicos da PNPIC, com qualidade e
G
segurança das ações;
• I ncentivar a pesquisa em PIC com vistas ao aprimoramento da atenção à saúde,
avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados prestados;
• esenvolvimento de ações de acompanhamento e avaliação da PIC, para instru-
D
mentalização de processos de gestão;
• Promoção de colaboração nacional e internacional das experiências da PIC;
• arantia do monitoramento da qualidade dos produtos fitoterápicos pelo sistema
G
nacional de vigilância sanitária.

Diretrizes são orientações, guias, rumos. São linhas que definem e regulam um traçado
ou um caminho a seguir. São instruções ou indicações para se estabelecer um plano, uma
ação, um negócio etc. No sentido figurado, diretrizes são as normas de procedimento
(fonte: https://goo.gl/ej88Cv).

O documento publicado pelo Ministério da Saúde e disponível em: https://goo.gl/xCGNt


traz informações adicionais sobre a implementação das diretrizes que compõem a PNPIC.
Acesse-o para se aprofundar nas ações referentes à implantação da política nacional,
especialmente no tocante à página 28.

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Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

Oportunidades e Desafios
De acordo com alguns pesquisadores, de modo geral, a implantação da PNPIC no SUS
tem recebido pouco apoio, pois ainda há baixo incentivo financeiro, poucos e recentes
investimentos em formação e escassa avaliação e monitoramento, sobretudo quanto à
inserção das PIC na atenção primária à saúde (SOUSA; TESSER, 2017). Entretanto,
existem diversas experiências que contemplam diferentes racionalidades médicas e práti-
cas integrativas e complementares. Segundo o Ministério da Saúde, em 2008, 25% dos
municípios brasileiros tinham oferta das PIC, diferenciada conforme os contextos locais,
com forte presença na Atenção Primária à Saúde, principalmente na Estratégia Saúde da
Família (ESF). As experiências municipais têm sido fruto de arranjos locais e gerado um
cenário diversificado de inserção das PIC no SUS (SOUSA; TESSER, 2017).

Figura 3
Fonte: iStock/Getty Images

A partir da revisão global, torna-se evidente que existem várias oportunidades e


desafios em relação às políticas, leis e regulamentos nacionais, qualidade, segurança e
eficácia das PIC, cobertura de saúde universal e integração dessas práticas nos sistemas
de saúde. Embora existam muitas questões sociais e econômicas urgentes, segundo
a OMS, o aumento previsto das doenças crônicas é o motivo mais urgente para o
desenvolvimento e fortalecimento da colaboração entre os setores de saúde convencionais
e as PIC (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2013).

Segundo alguns pesquisadores, não se deve desperdiçar as experiências existentes


de inserção e integração das práticas integrativas. A significativa e crescente presença
das PIC no SUS demanda um raciocínio estratégico para a sua expansão para além da
Atenção Básica, enfatizada na PNPIC (SOUSA; TESSER, 2017).

Além disso, há um contexto mundial favorável às práticas integrativas e complemen-


tares, devido à crise dos paradigmas de Medicina Convencional até então vigentes, com

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seus altos custos e apoio intensivo em tecnologias que observam o indivíduo em partes
isoladas. Em termos econômicos, existe um forte mercado internacional de PIC: apenas
a Fitoterapia movimenta anualmente na Europa 3,5 bilhões de euros e na China, 14
bilhões de dólares, mostrando crescimento expressivo ano a ano. Atualmente, tal merca-
do chega a 30% do total do comércio de medicamentos em geral (BRASIL, 2009) com
futura expansão.

Diagnóstico Situacional de Práticas


Integrativas e Complementares no SUS
Reiterando informação aqui já passada, o diagnóstico foi realizado pelo Departamento
de Atenção Básica, da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, no período
de março a junho de 2004. Essa análise se iniciou com o envio de 5.560 questionários, os
quais retornaram 1.342, dos quais 232 apresentaram resultados positivos e demonstra-
ram a estruturação de alguma prática integrativa e/ou complementar em 26 Estados, em
um total de 19 capitais. Essa amostra foi significativa do ponto de vista estatístico.

Observou-se a existência de alguma das práticas em 26 Estados da Federação, com


concentração na região Sudeste (Figura 5). Os resultados ainda demonstraram que apenas
6% das práticas dispõem de Lei ou Ato Institucional estadual ou municipal criando algum
tipo de serviço relativo às práticas integrativas e complementares. Constatou-se também
que as ações estão, principalmente, inseridas na Atenção Básica – saúde da família – em
todas as práticas contempladas.

Figura 4
Fonte: iStock/Getty Images

Quanto à capacitação dos profissionais, as atividades são desenvolvidas principalmente


nos próprios serviços de saúde, seguidas por capacitação em outros centros formadores.

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Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

Figura 5 – Distribuição, por Estado, das práticas integrativas e complementares


no SUS (resultado baseado nos questionários respondidos)
Fonte: Brasil, 2015

Para o Ministério da Saúde, a institucionalização das práticas integrativas e comple-


mentares no SUS pela PNPIC ampliou o acesso a produtos e serviços antes restritos à
área privada, assim como trouxe o desafio de integrar saberes e práticas nas diversas
áreas do conhecimento com o intuito de desenvolver novos projetos transdisciplinares
na área da Saúde (BRASIL, 2009). O impacto da política alcança diversos campos –
econômico, técnico e sociopolítico (AZEVEDO; PELICIONI, 2011).

Após dois anos da implantação da PNPIC, o primeiro Seminário Internacional de


Práticas Integrativas e Complementares em Saúde promoveu o intercâmbio de experi-
ências nos sistemas oficiais de atenção à saúde de modelos instituídos em outros países
(BRASIL, 2009). Desde então, a inclusão das práticas integrativas e complementares
no SUS tem acontecido de forma gradual, como é esperado, em virtude do pouco co-
nhecimento sobre as quais, pela falta de pesquisas na área e pela escassa formação de
profissionais qualificados para realizá-las (AZEVEDO; PELICIONI, 2011).

Uma edição especial da Revista Brasileira de Saúde da Família, publicada pelo Minis-
tério da Saúde (BRASIL, 2006; AZEVEDO; PELICIONI, 2011), compilou as experiên-
cias com tais práticas no SUS nos diferentes Estados e municípios, conforme resumidas
a seguir:
• O Estado do Espírito Santo aprovou, em 2008, a proposta de institucionalização
da política das práticas integrativas e complementares: Homeopatia, Acupuntura
e Fitoterapia;
• No mesmo ano, o Município de São Paulo criou o Programa Qualidade de Vida
com Medicinas Tradicionais e Práticas Integrativas em Saúde;
• Em Campinas, SP, há uma Coordenadoria de Saúde Integrativa. Entre as suas
várias realizações, destacam-se: a introdução da Medicina tradicional chinesa e
Acupuntura e da Homeopatia nas Unidades Básicas de Saúde / Saúde da Família
(UBS/SF), a utilização da Fitoterapia e o Projeto Corpo em Movimento, que oferece
as atividades de tai chi chuan, ginástica harmônica, ioga, atualização terapêutica,
ginástica postural, lian gong e osteopatia;

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• Em Suzano, SP, o Programa Saúde da Família oferece atividades de lian gong realiza-
das nas UBS/SF e em outros espaços comunitários espalhados por todo o Município;
• Secretaria Municipal de Saúde de Vitória, ES, implantou o Programa de Fitoterapia,
A
em 1996, oferecendo aos usuários da Atenção Básica medicamentos fitoterápicos;
• m Itajaí, SC, a prática do do-in, associada ao uso da Homeopatia, foi introduzida
E
na Atenção Básica / Saúde da Família, em 2006, como uma das estratégias de
promoção da saúde no Município. Além disso, o Fundo Municipal de Saúde dessa
cidade fornece 100% dos medicamentos homeopáticos prescritos pelos profissionais
da Atenção Básica aos usuários do SUS;
• o Amapá (CRTN), existe um Centro que atua, desde 2004, na assistência
N
especializada em uma variedade de práticas e terapias naturais, entre as quais:
Fitoterapia, Geoterapia, Iogaterapia, Acupuntura e Medicina tradicional chinesa,
Homeopatia, terapia da autoestima, Reiki, pilates, Quiropraxia, Bioginástica, tai
chi chuan, lian gong, chi gong;
• m Fortaleza, CE, há espaços para ações coletivas e individuais, além de uma
E
farmácia de manipulação, escola para as crianças do bairro e uma UBS onde se
desenvolve o Projeto Quatro Varas, com base na terapia comunitária e nas técnicas
de massagem;
• inda em Fortaleza, desenvolve-se o Programa Farmácias Vivas, com orientação
A
para a população sobre como empregar com segurança as plantas medicinais;
• o Recife, PE, em 2010, lançou-se o Núcleo de Apoio em Práticas Integrativas e
N
uma equipe de profissionais, instrutores e terapeutas integrativos passou a atuar
juntamente com o Programa de Saúde da Família;
• elo Horizonte, MG, desenvolveu o Programa de Homeopatia, Acupuntura e Me-
B
dicina Antroposófica, atendendo em 21 UBS/SF e em uma unidade mista.

Perspectivas das PIC


Segundo as pesquisadoras Elaine de Azevedo e Maria Cecília Focesi Pelicioni (2011),
da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e da Universidade de São Paulo
(USP), respectivamente, percebe-se que as práticas integrativas e complementares têm o
potencial de revitalizar as discussões da saúde coletiva e estimular mudanças no padrão
biologizante e medicalizante do cuidado e da promoção da saúde. Entretanto, evidencia-
-se o despreparo político e técnico de profissionais da Saúde para uma atuação efetiva
com PIC dentro da realidade do SUS.

Dessa forma, julga-se fundamental fomentar um amplo processo educativo e político


que contextualize e forme profissionais de Saúde capacitados em algumas práticas integra-
tivas e complementares e que seja estimulada e facilitada a especialização em alguma des-
sas práticas ou em outras racionalidades médicas. É também sugerido que todos os cursos
de formação em PIC insiram o conteúdo do SUS e da saúde coletiva em suas formações,
de modo a contribuir para o fortalecimento da PNPIC (AZEVEDO; PELICIONI, 2011).

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UNIDADE
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

Dado que as PIC têm potencial para melhorar a saúde individual, sua integração
adequada nos sistemas nacionais de saúde permitirá que os consumidores tenham
um ampliado leque de escolhas. Embora a integração possa ser de maior relevância
para as populações que vivem com doenças crônicas ou na promoção da saúde, em
certas circunstâncias, pode contribuir para o tratamento da doença aguda. A integração
apropriada também foi abordada pela doutora Margaret Chan, diretora geral da OMS,
ao afirmar que:
Os dois sistemas de Medicina tradicional (“alternativa”) e ocidental não
precisam entrar em conflito. No contexto dos cuidados de saúde pri-
mários, eles podem se misturar em uma harmonia benéfica, usando as
melhores características de cada sistema e compensando certas fraque-
zas em cada um. Isso não é algo que aconteça sozinho, mas pode ser
realizado com sucesso (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2013).

Em alguns países, certos tipos de PIC foram completamente integrados no sistema


de saúde. Na China, por exemplo, a Medicina tradicional e a Medicina convencional são
praticadas juntas em todos os níveis do serviço de saúde público ou privado (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2013).

Segundo o relatório do primeiro Seminário Internacional em Práticas Integrativas


e Complementares em Saúde, que ocorreu em Brasília, DF, em 2008, é certo que há
progressos na situação mundial das PIC, por exemplo, no incremento da informação
obtida; isto no fato de que 30% dos países-membros da OMS dispõem de políticas nacionais
para PIC, como é o caso do Brasil, bem como de 65% das nações já apresentarem
procedimentos legais e de regulação. Logo, grande contingente populacional de países
em desenvolvimento ou desenvolvidos faz uso das PIC (BRASIL, 2009).

É interessante destacar que, antes da década de 1990, apenas cinco nações possuíam
regulamentação e políticas voltadas à Medicina complementar. Em 2003, esse número
subiu para 44. Em 1986, apenas 14 países tinham regulamentação sobre a Homeopa-
tia, número que, em 2003, foi alterado para 83. Dados encaminhados pelos diversos
povos, em 2007, revelam que: em 48 países, a Medicina complementar estava integra-
da ao sistema nacional de saúde; em 110 nações foi estabelecida regulamentação para
a Fitoterapia; em 62 países existiam institutos de pesquisas voltados à Medicina com-
plementar (BRASIL, 2009). Tais dados mostram a expansão e maior aceitabilidade das
PIC, com grandes oportunidades futuras de complementação da Medicina convencional.

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

 Livros
A política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos: construção, perspectivas e desafios
FIGUEREDO, Climério Avelino de; GURGEL, Idê Gomes Dantas; GURGEL JUNIOR,
Garibaldi Dantas. A política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos: construção,
perspectivas e desafios. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 24, p. 381-400, 2014.

 Vídeos
A PNPIC, seu processo de construção e as práticas contempladas
COMUNIDADE DE PRÁTICAS. A PNPIC, seu processo de construção e as práticas
contempladas. 2014.
https://youtu.be/w7MGvRr1uJ4

 Leitura
As práticas integrativas na Estratégia Saúde da Família: visão dos agentes comunitários de saúde
PARANAGUÁ, Thatianny Tanferri de Brito et al. As práticas integrativas na Estratégia
Saúde da Família: visão dos agentes comunitários de saúde. Rev. Enferm. UERJ, v. 17,
n. 1, p. 75-80, 2009.
https://goo.gl/f1LJqJ
Práticas integrativas e complementares de desafios para a educação
AZEVEDO, Elaine de; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Práticas integrativas e
complementares de desafios para a educação. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro, v. 9,
n. 3, p. 361-378, nov. 2011.
https://goo.gl/LgHQsi

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UNIDADE
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC)

Referências
AZEVEDO, Elaine de; PELICIONI, Maria Cecília Focesi. Práticas integrativas e
complementares de desafios para a educação. Trab. Educ. Saúde, Rio de Janeiro,
v. 9, n. 3, p. 361-378, nov. 2011. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S1981-77462011000300002&lng=en&nrm=iso>.
Acesso em: 26 jan. 2018.

BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas integrativas e complementares em saúde:


uma realidade no SUS. Revista Brasileira Saúde da Família, 2008. Disponível em:
<http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ revcapa3.pdf>. Acesso em: 25
jan. 2018.

______. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Portal da


saúde: informes e legislação. Biblioteca/Estação Multimídia. 2018. Disponível em:
<http://dab.saude.gov.br/portaldab/biblioteca.php?conteudo=legislacoes/pnpics>.
Acesso em: 25 jan. 2018.

______. Política nacional de práticas integrativas e complementares no SUS:


atitude de ampliação de acesso. 2. ed. Brasília, DF, 2015.

______. Relatório do 1º Seminário Internacional de Práticas Integrativas e


Complementares em Saúde (PNPIC). Brasília, DF, 2009. (Série C. Projetos,
Programas e Relatórios).

______. Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS


(PNPIC-SUS). Brasília, DF, 2006. (Série B. Textos Básicos de Saúde).

FIGUEREDO, Climério Avelino de; GURGEL, Idê Gomes Dantas; GURGEL JUNIOR,
Garibaldi Dantas. A política nacional de plantas medicinais e fitoterápicos: construção,
perspectivas e desafios. Physis: Revista de Saúde Coletiva, v. 24, p. 381-400, 2014.

SÃO PAULO (Estado). Secretaria dos Transportes. Departamento de Estradas de


Rodagem. Manual de produtos perigosos. São Paulo, [20--?].

SOALHEIRO, Bárbara; NUNES Alceu Chiesorin. Medicina alternativa. Superinteres-


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-alternativa/#respond>. Acesso em: 12 jan. 2018.

SOUSA, Islandia Maria Carvalho de; TESSER, Charles Dalcanale. Medicina tradicional
e complementar no Brasil: inserção no sistema único de saúde e integração com a
atenção primária. Cadernos de Saúde Pública, v. 33, n. 1, 2017.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO traditional medicine strategy: 2014-


2023. Hong Kong, China, 2013. Disponível em: <http://apps.who.int/medicinedocs/
documents/s21201en/s21201en.pdf>. Acesso em: 12 jan. 2018.

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