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Pascoa 2021 Ewrs
Pascoa 2021 Ewrs
Emana a gratidão,
Do Uno e novamente do Múltiplo Divino.
Na gratidão entrelaçam-se todos os seres.
Estamos juntos!!
Boa Páscoa a todos nós!
Sonia Marx
Pela Coordenação da Área de Religiosidade da EWRS
Sobre a Páscoa
A observação das dores deveria significar a ressurreição do ser espiritual. No sentido mais profundo, deveria estar diante do homem em imagens, o que, em palavras simples,
poderíamos expressar assim: Ao seu prazer você pode dever muito em sua vida; mas se você conseguiu sabedoria, conhecimento em questões espirituais, então você deve estes
ao seu sofrimento, à sua dor. Você deve ao fato de não ter sucumbido às dores e ao sofrimento, mas por ter tido a força de superá-los. Por isso nos antigos mistérios, a imagem
do Cristo sofredor era substituída pela outra imagem do Cristo triunfante, que olha abaixo de si para o Cristo sofredor como para o que foi superado. Temos que achar
novamente a possibilidade de ter o Cristo triunfante diante de nossa alma e, especialmente, no nosso querer. É isto que devemos ter diante de nós no presente e,
especialmente: que queremos fazer neste presente, para poder obter um futuro humano sadio?! Mas jamais poderemos compreender este pensamento da Páscoa, este
verdadeiro pensamento da Páscoa, se não pudermos compreender que temos de olhar para além do puramente terrestre, para o cósmico, quando de alguma forma queremos
falar do Cristo. O pensamento moderno nos fez do cosmo um cadáver. Hoje vemos as estrelas e calculamos tudo. Isto é, calculamos alguma coisa sobre o cadáver do mundo – e
não vemos, como nos astros vive a vida e como nos movimentos dos astros expressam-se as intenções do espírito cósmico. O Cristo desceu para a humanidade para ligar as
almas humanas a este espírito cósmico. E somente é um verdadeiro pregador do evangelho do próprio Cristo, aquele que indica que o que aparece de forma físico-sensível no sol
é a expressão externa do espírito do nosso mundo, do espírito ressurreto do nosso mundo.
Extraído da palestra de Rudolf Steiner proferida em Dornach, no domingo de Páscoa, 27 de março de 1921.
Contribuição: professora Ana Cairello
Páscoa
A quaresma, ou época da Paixão de Cristo, tem seu início na quarta-feira de cinzas e culmina na Semana Santa. Nesses 40 dias após a terça-feira de carnaval, inicia-se uma
época em que se vive um sentimento de dor e tristeza, é uma época de espera. É muito comum as pessoas fazerem algum tipo de sacrifício ou abstinência, renunciando a algum
tipo de prazer. Uma das tradições ainda lembrada é a de não se comer carne na SextaFeira da Paixão e também há quem guarde o silêncio neste dia. Em outros países, a Festa da
Páscoa é tão ou mais importante do que o Natal. Segue aqui um breve resumo sobre a Semana Santa e algumas atividades que podem ser vividas em casa com as crianças e
trechos da Bíblia que podem trazer à família um grande alimento.
Semana Santa
A Semana Santa tem seu início no Domingo de Ramos. (...) O Cristo entra na cidade Santa de Jerusalém. Sua entrada provoca um êxtase na alma da multidão, como o antigo
êxtase solar das festas pagãs da primavera, sendo que os ramos das palmeiras sempre foram considerados símbolos do sol natural. (...) “Quantas maravilhas nos doa o sol
quando nasce pela manhã!” Mas este sol natural que provoca entusiasmo do homem apenas corpóreo, põe-se todas as tardes. Cristo atravessa esse entusiasmo em silêncio. Ele
sabe que vai transformar o mundo pela base, vem trazer o sol espiritual, que nunca se põe, é permanente. Ele traz para o mundo em ocaso a nova Jerusalém, ascende no mais
íntimo da Terra e da humanidade o novo sol, quando o espiritual se enraíza no humano. Uma atividade que pode ser feita em casa com as crianças como forma de vivenciar este
dia é fazer trançados em folhagens, palhas confeccionando pequenas cestinhas para que no próximo domingo possa se encher de ovinhos coloridos ou tecer em linhas, lãs,
teares etc. Sugestão de leitura Bíblica para este dia: Mateus 21,1-11
Semana Santa
Na segunda-feira, dia da Lua, Cristo condena a figueira, símbolo da antiga clarividência, enlevo sonambúlico
da natureza inconsciente e ligada à corporeidade física. Essa antiga clarividência era uma intervenção das forças lunares na natureza humana. O que Jesus ensina aos discípulos
é que virá uma nova forma de vidência, cujo germe é a fé, “a fé que desloca montanhas”, as montanhas do mundo espiritual que, ultrapassadas, deixarão ver a essência das
coisas, sua origem divina. A nova vidência será de natureza solar. Na expulsão dos vendilhões do templo, também as antigas forças lunares estão sendo despedidas, para que
se renovem. Como sugestão de atividade a ser feita com as crianças, a de jardinagem é uma boa opção, tirar matos e plantar algo novo. Uma outra sugestão é a de se fazer
uma faxina retirando tudo o que não se usa mais, dando uma boa arrumação! Lembrando: “Dai a César o que é de César, dai a Deus o que é de Deus”. Leitura Bíblica para este
dia: João 2,23-31 ou Mateus 21,12-17.
Na terça-feira, dia de Marte, quando Cristo teve que discutir com os adversários, que chegavam em grupos para induzi-lo a cair em erro, quando ele teve de lutar com a arma do
verbo espiritual e quando finalmente, no ressoar vespertino dessas lutas, ele se retirou com os discípulos para o Monte das Oliveiras e lhes abriu a visão profético-apocalíptica do
futuro, o espírito de Marte também recebeu, por sua vez, o cunho solar de Cristo. No trecho “O que fizestes a qualquer um destes irmãos pequeninos a mim fizestes”; Ele revela
que a capacidade de amar do homem pode mostrar se o caminho de sua alma e de seu espírito está sendo trilhado corretamente. Todo verdadeiro esforço em direção ao
espírito começa com a coragem interior e desemboca no amor. Os poderes marciais da 3ª feira recebem então os raios solares do Cristo, quando todas as palavras da luta
espiritual culminam na palavra AMOR. Uma atividade para este dia poderia ser um exercício de perdão e uma visita a uma família necessitada, onde poderíamos levar um pouco
de amor e compaixão. Trecho Bíblico: Lucas 20 ou 25,1-13.
Na quarta-feira, dia de Mercúrio, antigo Deus da cura dos romanos, reúnem-se em Betânia os três amigos íntimos de Jesus que dele receberam a 6 cura: Lázaro, ao ressurgir,
libertou o espírito; Maria Madalena, pelo exorcismo narrado, purificou a alma; Marta (a mulher hemofílica) recebeu, da proximidade do Cristo a força de coesão que lhe curou o
corpo. Madalena, tipo mercurial, inquieto, unge o Cristo, pois conseguiu transformar as forças do amor natural na devoção sacramental. Judas, outro mercurial, inquieto,
Semana Santa
rebelara-se, não transforma a sua inquietação. É a encruzilhada do meio da semana. Judas, incapaz de transformar seu anseio de amor, inquieta-se e trai o Cristo.
Nesta encruzilhada encontramo-nos antes de podermos esperar ser admitidos à esfera da 5ª feira santa. Atividade: Um banho de ervas bem cheirosas, purificar o lar ou
alguma atividade que nos leve a transformações. Trecho Bíblico: Marcos 14, 1-11 ou Mateus 26, 1- 16.
Na quinta-feira, dia de Júpiter, no cenáculo, sede do círculo sagrado dos essênios no antiquíssimo Monte Sião, reúnem-se Jesus e seus discípulos. O antigo sacrifício pascal do
cordeiro é então transformado. O cordeiro se transforma em puro símbolo do amor divino que se sacrifica. O pão e o vinho, agora, são mais que símbolos; transformando-se em
corpo e sangue da alma de Cristo. Os sacrifícios lunares são substituídos pelo sacrifício solar. São quatro as etapas da 5ª feira: O lava-pés, doação de amor que a morte na cruz
selará; o cordeiro pascal; pão e vinho e discurso de despedida. Em tudo, a luz sapiencial de Júpiter recebe um novo fulgor. Atividade: Fazer um delicioso e simples pão com as
crianças e comê-lo acompanhado de suco de uva e um respeitoso silêncio será sem dúvida uma rica vivência. Trecho Bíblico para ser lido neste dia: Lucas 23, 13-32.
Na sexta-feira dia de Vênus, ocorreu a mais milagrosa elevação de tudo o que pudera significar para o homem a ideia da deusa do amor, Vênus ou Afrodite. Deu-se um ato de
amor maior que qualquer ato de amor possível. O sacrifício de amor no Gólgota foi a transformação do princípio de Vênus pelo princípio solar de Cristo. Atividade: Aproveitando
o silêncio (pelo menos até ao meio-dia), uma gostosa atividade é a de colorir ovos (de galinha) com tinta, lápis de cor, 7 papel crepom, ovos que deverão ser guardados para
aparecerem como decoração para o Domingo de Páscoa. Trecho Bíblico: João 19, 1-5.
No sábado, dia de Saturno, estamos diante do sepulcro, numa atmosfera pesada (como chumbo), saturnina. No decorrer dos séculos, os homens se encarnavam cada vez mais
fundo. Após a morte, ficavam presos a uma esfera de sombras cada vez mais intransponível. A humanidade corria o risco de perder a verdadeira imortalidade, a consciência que
sobrevive a morte. Então, na escuridão saturnina da esfera dos mortos, brilha uma luz. Entrou no reino dos mortos alguém que não está dominado pela força mágica da morte,
mas que é livre de todo o torpor. Ele atravessa a morte trazendo a sua plena luz solar. Enquanto na terra reina o escuro sábado sepulcral, nasce o sol no reino dos mortos. É este
o sentido da descida do Cristo ao reino das sombras. Quando na terra ainda era sábado, no reino dos mortos já era Páscoa. Atividade: Lembrar de uma pessoa querida que já se
Semana Santa
foi, lembrar das coisas que ela mais gostava, como eram seus bons hábitos também pode ser muito gratificante. É importante lembrar de trazermos em nossos corações a
memória dessas pessoas para a nossa Páscoa. Trecho Bíblico: João 19, 16-42.
Domingo, dia do Sol – Domingo de Páscoa: finalmente a própria oitava do sol nasceu no firmamento, o sol do Cristo, que vencera todas essas etapas de luta. O significado da
vitória pascal é que, doravante, o corpo espiritual do Cristo poderá reluzir em tudo o que é terreno. O sepulcro vazio significa que o túmulo de Cristo não é o sepulcro doado por
José de Arimateia, mas sim toda a Terra. De dentro para fora, a escuridão saturnina é iluminada pelo sol pascal. Atividade: Acordar antes do sol nascer, buscar água numa fonte,
simbolizando a água da nova vida, permanecendo em silêncio até a chegada do novo sol, também pode ser uma grande experiência para quem tiver ainda por perto uma fonte
de água pura. Outra atividade bem gostosa pode ser a de esconder das crianças os ovos de páscoa, para serem procurados assim 8 que acordarem. Enfeitar a mesa com belas
cestinhas e enchê-las com os ovos pintados na sexta-feira também trarão a este dia uma grande alegria! Trecho Bíblico: Marcos 16.
“Ao amanhecer Iluminando estará o sol Aberta estará a flor Límpida estará a fonte E venerando todas estas maravilhas, estará o meu coração”.
Fonte: Coletânea de textos de Páscoa trabalhados no curso Páscoa e Arte na Escola Waldorf Guimarães Rosa
Contribuição: Salete da Silva
Histórias de
para todos
Narrativas para a época de Páscoa, para
inspirar e aquecer nossos corações.
O coelho coração valente por Ana Flávia Basso
Era uma vez um coelho tão medroso, que tinha medo de quem tinha medo! Assim aconteceu há 2000 anos.
O coelho era um verdadeiro medroso e tão apavorado, que até no sono conservava os olhos abertos, bem abertos, não se atrevend o jamais a dormir ou descansar de
pálpebras cerradas. Queria estar sempre atento, mantendo bem abertos os seus olhos. Assim eram também as suas pernas, sempre tre inadas e prontas para dar um pulo.
Esse coelho só gostava de brincar com outros coelhos que já conhecia e que moravam ali em seu vale. Todos os coelhos o queria m bem e brincavam com ele, pois conseguia
se esconder como ninguém. Os outros o procuravam, mas ele conhecia os melhores esconderijos e ali se refugiava, mantendo -se em absoluto silêncio. Se os outros
o encontravam, alegravam-se, tirando-o de sua toca e dançavam juntos!
Agora… era só encontrar um animal diferente e ele já corria para a sua toca ou para se esconder em algum de seus esconderijos ! Tinha medo de qualquer animal que não
fosse coelho: da águia no céu, dos passarinhos nos galhos das árvores, dos macacos que pulavam de uma árvore para outra e até da joaninha! Sentia um frio na barriga quando
via qualquer animal que não tivesse pelo fofinho, orelhas compridas, bigodes e um rabinho arredondado.
Numa manhã, porém – e era o primeiro domingo de Páscoa – antes ainda do sol raiar, o coelho escutou o chamado matutino: “Nada temei”. Nem todos, porém, escutaram
o chamado. O coelho sim, este o ouviu e muito bem, pois dormia sempre com os olhos e ouvidos bem abertos. E o seu coração enche u-se de alegria e contentamento, de
alegria e coragem. Por que ele era tão medroso?
Foi então que um passarinho veio voando e pousou bem pertinho de onde o coelho estava. Quando o coelho farejou que havia algu ém desconhecido ali, começou a tremer
de medo. Quem seria? Talvez um animal perigoso…
Mas o passarinho queria encontrar um novo amigo e gostou muito do jeito daquele coelho! Levou raminhos e folhas para brincare m com elas, galhinhos e minhocas, mas
nada do coelho parar de tremer. Mal conseguia se mexer! Quando o passarinho olhou nos olhos do coelho, viu o medo que ele sentiae resolveu se afastar, para que ele não
sentisse mais tanto pavor. História para Educação Infantil e 1o ano escolar
O coelho coração valente por Ana Flávia Basso
Aconteceu assim, naquele primeiro dia de Páscoa. A noite chegou e a lua surgiu grande no céu. O coelho tinha os olhos bem abe rtos e os ouvidos atentos.
Ouviu então o chamado do anjo, que voava pelo mundo e dizia; “nada temei”. No mesmo instante, levantou-se o coelho num pulo e correu, o mais que as pernas permitiam –
correu e alcançou o anjo. E o anjo perguntou: “Querido coelho, o que queres de mim?”
-“Oh, dê-me de presente um coração corajoso”, pediu o coelho. Nisto o anjo chamou um outro anjo, o qual trazia numa bandeja de p rata alguns pãezinhos – o pão da Páscoa. E
foi permitido ao coelho comer um dos cheirosos pãezinhos. Com isso, ficou o seu coração alegre, forte e valente.
– “Venha então junto comigo até os homens”, disse-lhe o anjo, “queremos anunciar-lhes a Páscoa”. Assim, o coelho se tornou o coelhinho da Páscoa. Depois, viveu entre os
animais, em campos e florestas. Lá andava às soltas, brincando com coelhos e com outros animais. Especialmente com um passarinho que gostava de ter amigos!
Seu coração se tornou corajoso e cheio de alegria. Continuava, porém, ainda com olhos vigilantes e ouvidos bem abertos. Aliás , foi assim que ouviu o chamado do anjo. Agora ele
fica sempre atento para preparar-se para a Páscoa, pois o que mais gosta nessa vida é ser o coelho da Páscoa.
Muitas aventuras vive agora o coelho, cujo coração se tornou valente desde que comeu o pão da Páscoa!
1.Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova… Tarde Te amei! Trinta anos estive longe de Deus. Mas, durante esse tempo, algo se movia dentro do meu coração… Eu era
inquieto, alguém que buscava a felicidade, buscava algo que não achava… Mas Tu Te compadeceste de mim e tudo mudou, porque Tu me deixaste conhecer-Te. Entrei no meu
íntimo sob a Tua Guia e consegui, porque Tu Te fizeste meu auxílio.
2. Tu estavas dentro de mim e eu fora… “Os homens saem para fazer passeios, a fim de admirar o alto dos montes, o ruído incessante dos mares, o belo e ininterrupto curso dos
rios, os majestosos movimentos dos astros. E, no entanto, passam ao largo de si mesmos. Não se arriscam na aventura de um passeio interior”. Durante os anos de minha
juventude, pus meu coração em coisas exteriores que só faziam me afastar cada vez mais d’Aquele a Quem meu coração, sem saber, desejava… Eis que estavas dentro e eu fora!
Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Estavas comigo e não eu Contigo…
3. Mas Tu me chamaste, clamaste por mim e Teu grito rompeu a minha surdez… “Fizesteme entrar em mim mesmo… Para não olhar para dentro de mim, eu tinha me escondido.
Mas Tu me arrancaste do meu esconderijo e me puseste diante de mim mesmo, a fim de que eu enxergasse o indigno que era, o quão deformado, manchado e sujo eu estava”.
Em meio à luta, recorri a meu grande amigo Alípio e lhe disse: “Os ignorantes nos arrebatam o céu e nós, com toda a nossa ciência, nos debatemos em nossa carne”. Assim me
encontrava, chorando desconsolado, enquanto perguntava a mim mesmo quando deixaria de dizer “Amanhã, amanhã”… Foi então que escutei uma voz que vinha da casa
vizinha… Uma voz que dizia: “Pega e lê. Pega e lê!”.
4. Brilhaste, resplandeceste sobre mim e afugentaste a minha cegueira. Então corri à Bíblia, abri-a e li o primeiro capítulo sobre o qual caiu o meu olhar. Pertencia à carta de São
Paulo aos Romanos e dizia assim: “Não em orgias e bebedeiras, nem na devassidão e libertinagem, nem nas rixas e ciúmes. Mas revesti-vos do Senhor Jesus Cristo” (Rm 13,13s).
Aquelas Palavras ressoaram dentro de mim. Pareciam escritas por uma pessoa que me conhecia, que sabia da minha vida.
Oração de Santo Agostinho Para pais e alunos a partir do 6o ano escolar
5. Exalaste Teu Perfume e respirei. Agora suspiro por Ti, anseio por Ti! Deus… de Quem separar-se é morrer, de Quem aproximar-se é ressuscitar, com Quem habitar é viver.
Deus… de Quem fugir é cair, a Quem voltar é levantar-se, em Quem apoiar-se é estar seguro. Deus… a Quem esquecer é perecer, a Quem buscar é renascer, a Quem conhecer é
possuir. Foi assim que descobri a Deus e me dei conta de que, no fundo, era a Ele, mesmo sem saber, a Quem buscava ardentemente o meu coração.
6. Provei-Te, e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me, e agora ardo por Tua Paz. “Deus começa a habitar em ti quando tu começas a amá-Lo”. Vi dentro de mim a Luz
Imutável, Forte e Brilhante! Quem conhece a Verdade conhece esta Luz. Ó Eterna Verdade! Verdadeira Caridade! Tu és o meu Deus! Por Ti suspiro dia e noite desde que Te
conheci. E mostraste-me então Quem eras. E irradiaste sobre mim a Tua Força dando-me o Teu Amor!
7. E agora, Senhor, só amo a Ti! Só sigo a Ti! Só busco a Ti! Só ardo por Ti!…
8. Tarde te amei! Tarde Te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova! Tarde demais eu Te amei! Eis que estavas dentro, e eu, fora – e fora Te buscava, e me lançava, disforme e nada
belo, perante a beleza de tudo e de todos que criaste. Estavas comigo, e eu não estava Contigo… Seguravam-me longe de Ti as coisas que não existiriam senão em Ti. Chamaste,
clamaste por mim e rompeste a minha surdez. Brilhaste, resplandeceste, e a Tua Luz afugentou minha cegueira. Exalaste o Teu Perfume e, respirando-o, suspirei por Ti, Te
desejei. Eu Te provei, Te saboreei e, agora, tenho fome e sede de Ti. Tocaste-me e agora ardo em desejos por Tua Paz!
“O mestre japonês Nan-in aceitou conceder uma audiência a um professor de filosofia. Ao servir o chá, Nan-in encheu a xícara do visitante, mas continuou despejando sem parar.
O professor ficou observando o transbordamento até não poder mais se conter. “Pare! A xícara está mais do que cheia, não cabe mais nada aí”, disse o professor. “Assim como
esta xícara, você também está cheio de conceitos e ideias. Como posso mostrar-lhe o zen, sem que antes você esvazie a sua xícara?”, disse o mestre.”
É assim que o convidamos a esvaziar-se de si e a refletir sobre o conto budista que aqui selecionamos para uma serena leitura:
“Em um mosteiro havia um velho monge que deixava os jovens totalmente intimidados. Não que ele fosse severo com eles, mas porque nada, absolutamente nada, parecia
perturbá-lo ou afetá-lo. Os jovens viam nele algo inquietante e resolveram testar a paciência do velho monge. Numa escura manhã de inverno, quando era tarefa do velho
monge levar a oferenda de chá à sala do monge superior, o grupo de jovens se escondeu em uma das curvas do longo e sinuoso corredor do mosteiro. Quando o velho se
aproximou, eles saíram do esconderijo dando gritos assustadores. Mas nada adiantou. Sem sequer alterar o passo, o velho monge seguiu andando com calma ,levando
cuidadosamente a bandeja de chá. Próximo à sala havia uma mesinha. O velho foi até ela, colocou a bandeja de chá, cobriua para protegê-la da poeira e, então, só então,
apoiando-se contra a parede deu um grito, numa exclamação de susto. O mestre Ikkyu ao relatar essa história comentou: “Compreendemos que não há nada de errado em
termos emoções. Só não devemos deixar que elas nos perturbem ou nos impeçam de fazer o que estamos fazendo”.
Do livro 100 HISTÓRIAS BUDISTAS PARA MEDITAR, escrito por Bruno Pacheco.
Rituais em família
em casa
A Páscoa é um dia para estarmos juntos em casa, trocar,
cantar, dar e receber.
Certamente esses momentos ficam guardados na
memória e no coração das crianças e de todos nós.
Coelhinho de Pompom
Fazendo o corpo:
Enrola-se a lã em volta dos dois círculos grandes ao mesmo tempo, até fechar bem o buraco central,
onde será necessário recorrer ao uso da agulha.
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Coelhinho de Pompom Montagem:
Una os dois pompons com a mesma lã com que foram feitos.
Costure as orelhas e os olhos com linha de costura,
atravessando a agulha de um lado ao outro da cabeça, fixando
Fazendo o corpo: os dois olhos e as duas orelhas ao mesmo tempo cada um. As
Corta-se a extremidade deste pompom compacto, de forma a aparecer os círculos de cartolina. orelhas podem ser pintadas nolado de dentro com lápis cor-
de-rosa.
Passa-se um fio comprido de lã entre as cartolinas e dá se o nó, firmando o pompom. Com a tesoura
arredonde o pompom dando a forma do corpo do coelho. (embaixo deve ficar mais reto).
Fazendo a cabeça:
Da mesma maneira que o corpo, apenas usando círculos menores.
Ovinhos de Alpiste
Imagem: https://br.pinterest.com/pin/536280268126807815/
Pintura de Ovos
com tinta natural
Como fazer:
Adulto recorta o papel crepom com tesoura em tiras grossas - Crianças podem
ajudar a picar o papel com as mãos • Colocar o papel picado em potes com água
morna (cada cor em pote separado) • Tirar excesso de água do papel e colocar na
casca do ovo, cobrindo toda a casca, podendo ser com cores diferentes para ficar
bem colorido • Deixar secando em uma bandeja de ovos ou local adequado para
deixar os ovos protegidos • No dia seguinte, ou após secar bem, retirar o papel
crepom Para fazer um enfeite com os ovos pode-se passar uma linha pelos furos
do ovo, sendo o ideal colocar um pedacinho de feltro ou tecido no furo de baixo.
Que tal pendurá-los em um galho seco ou planta da casa?
Como fazer:
Após cozinhar os ovos e esperar esfriar, as crianças podem pintar com giz de cera
Imagem:
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Café da manhã especial de Páscoa
No Domingo de Páscoa é comum reunirmos a família para um alegre almoço. Neste cenário de
recolhimento que vivemos, podemos pensar em criar algo mais íntimo para as crianças pequenas. Que
tal preparar um café da manhã especial? Assim, depois que as crianças acordarem para caçarem os ovos
pelo quintal ou dentro de casa, todos aproveitam um delicioso momento em família.
Para ele ser mais especial, pense em incluir alguns itens que não compõem o cardápio do café da manhã
do dia-a-dia: rosca de páscoa, ovo mexido, pão de cenoura ou algo que foi preparado no dia anterior
com ajuda das crianças.
Para preparar a mesa, uma toalha de mesa bem linda, uma vela nova e uma plantinha. Enfeite com
coelhinhos de feltro, lagartas e borboletas.
E, o mais importante, antes de comer lembrem-se de agradecer!
Ingredientes:
Vá juntando farinha branca e integral aos poucos até desgrudar
✓ 1 copo de leite morno
✓ 2 colheres de açúcar mascavo
das mãos.
Esta obra de Leonardo da Vinci é um painel pintado entre os anos 1495 e 1498, em uma das paredes do refeitório do convento de Santa Maria delle Grazie. Desde que foi
pintada, muitos identificaram uma secreta associação com a astronomia e a astrologia.
"Aqui, em 12 figuras completas, é apresentada a cosmografia do microcosmo, na mesma ordem que Ptolomeu aplicou à sua cosmografia. E, assim, eu dividi aquela em
membros, como ele dividiu esta, em seu todo, em províncias. E vou mostrar as ações de cada parte em todos os aspectos, anotando todas as formas e capacidades do indivíduo,
através de seus gestos e localização. Agrade ao nosso Criador que eu represente a natureza do homem e seus costumes através da representação de cada
figura".
Leonardo da Vinci
Não fosse pelo conjunto de sua obra, a criação da Última Ceia seria suficiente para inscrever o nome de Leonardo no rol dos maiores gênios da humanidade. Essa pintura nos
mostra que ele não foi apenas um artista, um cientista e um inventor excepcional. Foi também um profundo observador da natureza humana e um iniciado no conhecimento
do mais alto simbolismo.
Ele pretendeu fazer uma representação da humanidade (o microcosmo), seguindo o mesmo esquema utilizado pelo astrônomo alexandrino Cláudio Ptolomeu (século 2 d.C.) em
sua representação do universo (o macrocosmo). Para isso, Leonardo se valeu dos 12 apóstolos, concebidos como os correspondentes humanos das 12 constelações do zodíaco.
O signo associado a cada apóstolo é indicado por seus gestos e localização na cena. As figuras não representam indivíduos particulares, mas tipos universais, que, em seu
conjunto, abarcam toda a natureza humana.
Leonardo passou três anos pintando a Última Ceia. E, durante boa parte desse período, dedicou a ela sua atenção integral - fato raro para um gênio polivalente e dispersivo
como ele. Espalhados por vários museus e bibliotecas do mundo, há uma enorme quantidade de desenhos preparatórios, tanto do conjunto da obra como de cada figura
isolada. Podese afirmar, com segurança, que nenhuma fisionomia, nenhum gesto é fortuito na Última Ceia.
Tudo obedece a um propósito longamente meditado. Cada apóstolo está numa relação de polaridade com aquele que ocupa posição simétrica à sua.
Assim, o gesto expansivo de Mateus (o terceiro da direita para a esquerda) encontra sua contrapartida na postura receptiva de André (o terceiro da esquerda para a direita).
E a indiscutível sinceridade estampada na fisionomia de Felipe (o quarto da direita para a esquerda) contrasta com o mundo de intenções ocultas, mal dissimulado nas feições
de Judas (cujo corpo recuado faz com que seu rosto ocupe, no lugar de Pedro, a quarta posição da esquerda para a direita).
Qual é o signo atribuído por Leonardo a cada apóstolo?
Arte A ÚLTIMA CEIA
Os estudiosos não são unânimes a respeito. Mas, analisando-se a posição de cada um à mesa, os dados de suas supostas biografias e o simbolismo de seus gestos e fisionomias,
chega-se à correlação mais provável. Da direita para a esquerda (conforme a seqüência dos corpos, que não coincide exatamente com a dos rostos), temos:
A Última Ceia, Leonardo da Vinci (1452 – 1519)
Este material foi desenvolvido com o apoio e colaboração de professores, funcionários, pais e mães da comunidade escolar. Nosso profundo agradecimento a todos!