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AGOSTO DE 2020
A Época do vento1
Em todas as escolas Waldorf, as atividades estão sempre ligadas ao ritmo da natureza. Ritmo este do qual muitas
vezes nos afastamos e não percebemos o quanto ele nos é benéfico. Na natureza, tudo tem seu ritmo. O sol obedece
a um ritmo diário, em nosso corpo o ritmo respiratório, o ritmo da circulação, estão tão presentes todos os dias e
nem nos lembramos.
As épocas do ano também seguem este ritmo. O mês de agosto, por exemplo, sinaliza o final do inverno. Já podemos
abrir as janelas e permitir que os ventos entrem em nossas casas levando tudo que não nos serve mais. Que tragam
o novo, o renascimento e a renovação. Às vezes, o novo pode vir como uma brisa leve e suave; outras vezes, forte e
veloz como um furacão, revirando tudo e nos possibilitando novos rumos. Os ventos têm a qualidade de serem
inconstantes e destruidores, revirando e trazendo à tona o que está escondido ou adormecido, mas também podem
limpar o céu e os ambientes, trazendo calma e clareza de ideias.
Independente de como ele chega, o importante é que possamos recebê-lo, reconhecendo e honrando a força do ar
que nos tira da inércia e nos leva ao nosso destino, permitindo, assim, que nosso crescimento pessoal e coletivo
possa seguir de vento em polpa.
Os ventos, como semeadores, também trazem a promessa de vida nova, carregando as sementes que irão fecundar
a terra, sementes belas e singelas, impregnadas com a força e a potência de uma nova planta. Para as crianças, os
ventos trazem folhas, flores e sementes, que num instante se transformam em helicópteros, passarinhos, borboletas
e muito mais, permeados pela imaginação e fantasia. Podemos trazer a força dos ventos para as crianças por meio
de brincadeiras relacionadas ao movimento e à leveza do ar, como soltar pipa, brincar com cataventos
paraquedistas, anel de fitas etc.
Os ventos, independente de como nos tocam, trazem um novo acordar, novas possibilidades de vida, sussurram
segredos e mistérios vindos do céu e da terra.
Que possamos escutá-los, renovar nossas forças, germinar nossas sementes, cultivar bons ventos e nos preparar
para a chegada da Primavera.
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(Fonte: Jardim Pequizeiro)
Ah! Os Ipês Amarelos...
Em agosto é maravilhoso de se ver a florada de Ipê
amarelo contrastando com o límpido azul do céu de
inverno ! Diz a lenda que os Ipês amarelos florescem
anunciando a primavera...
Nesta quarentena, tentem sair com as crianças em um lugar seguro, talvez no dia de soltar a pipa e contemplem os
Ipês amarelos, levem um cestinho para recolher as flores de Ipê que ficam no chão e façam com elas no próprio local
ou em casa a “Festa do Ipê”. Depois recolham as flores para enfeitar a mesa de época ou a casa. É um momento
muito especial!
Fotos da “Festa do Ipê”, espontaneamente vivida com as crianças após o passeio ao Parque Lagoa do Nado.
Festa Das Pipas e dos Ventos!
Todos os anos é tradição no Jardim Waldorf a festa da mais de perto a ação do vento. Já fizemos este passeio
Pipa. Os pais preparam com as crianças ou perto delas no Parque Ecológico, Cidade Administrativa e no ano
(no caso das menores) uma pipa ou papagaio. É um passado fizemos na Lagoa do Nado. É um momento
excelente momento de troca na família! especial de confraternização da comunidade escolar!
Para cada pai, é um momento de resgate da infância, É uma oportunidade também de recolhermos
pois a maioria teve esta experiência de soltar pipa. Em sementes. Nesta época, encontramos muitas
geral os pais ficam muito felizes com o processo e, sementes na natureza, estas podem ser usadas para
devido à proximidade com o dia dos pais, esta brincar, fazer móbiles, carimbos, colagens...
vivência fortalece o laço afetivo com o filho(a). As Sugerimos que cada família faça a pipa de seu filho(a).
mães devem ajudar também, permitindo que o fazer a Mesmo na pandemia, tente, na medida do possível,
Pipa seja uma vivência com o pai. As mães podem dar descobrir um lugar seguro em contato com a natureza
suporte para a criança e prepararem juntos um lanche para fazerem um piquenique e vivenciarem este
bem gostoso para o piquenique. momento que é mais um tesouro na lembrança de
Na escola, quando fazemos a festa da Pipa com as nossas crianças. Esta vivência traz calor, afeto e poesia
famílias, levamos também cataventos para sentirem para nosso inverno...
Dia dos pais...!
E nesta época também comemoramos e homenageamos aqueles que guiam e protegem as crianças pelos caminhos
da vida! Honramos a presença de vocês na história de cada criança. Feliz dia dos pais!
Roda Rítmica
Nesta época, vivenciamos o Inverno, tempo de introspecção e de aconchego, bem propício para este momento
desafiador. Esta é uma época que podemos vivenciar muitas coisas com as crianças, cantigas e histórias, brinquedos
e brincadeiras que possibilitem a sua interação com o vento, como: fazer aviões de papel, balangandã, brincar com
as bolinhas de sabão, pipas coloridas, cataventos e também despertar o seu olhar para tudo que o vento faz: roda o
moinho, seca a roupa no varal, ajuda os barcos navegarem, faz o sino dos ventos balançarem, sopra os nossos
cabelos e muito mais.
E para curtir tudo isso, vamos nos balançar nesta roda rítmica...
Espalha as sementes de
montão
Levanta as ondas do
mar
Abóbora Abobrão
(Prof.Silvia Jensem)
Não demorou muito, farejando aqui e ali, apareceu o Ratinho Mindinho, que procurava um lugar para se proteger do
vento. Viu a Abóbora e disse:
Passou um pouco mais de tempo e apareceu no jardim saltando pelo gramado o coelhinho Amiguinho, hop-
hop, hop-hop, hop-hop.
- As moitas estão cheias, a noite daqui a pouco chegará. Onde poderei encontrar um lugar que me abrigará?
Abóbora-Abobrão, posso dormir no seu salão?
E assim o Coelhinho Amiguinho entrou e ficou quentinho dentro do Abóbora-Abobrão junto com o Ratinho
Mindinho.
Uma rajada forte trouxe consigo a Borboleta Perneta que tentava o que podia para vencer o vento forte, até
que pousou na abóbora e disse:
E assim a Borboleta Perneta entrou e ficou quentinha junto com o coelhinho Amiguinho e do Ratinho
Mindinho, dentro do Abóbora-Abobrão.
Vagarosamente, se arrastando pelo chão, chegou o Caracol do Arrebol, que também procurava um cantinho
para se proteger do vento frio. Quando viu a abóbora, disse:
E assim o Caracol do Arrebol entrou e ficou quentinho junto com a Borboleta Perneta, o coelhinho
Amiguinho e o Ratinho Mindinho, dentro do Abóbora-Abobrão.
Já estava chegando o fim da tarde e Mãe Terra veio ver se tudo estava bem em sua horta. Foi quando ela
avistou bem ao lado da Abóbora-Abobrão, um ovo de passarinho caído no chão.
- Só pode ter caído de seu ninho com o vento, disse a Mãe Terra.
E assim Mãe Terra colocou o ovo dentro da Abóbora-Abobrão, onde o Caracol do Arrebol, a Borboleta
Perneta, o coelhinho Amiguinho e o Ratinho Mindinho cuidaram muito bem dele. Todos os bichinhos passaram a
noite bem protegidos do vento, da chuva e do frio. Eles usaram a Abóbora-Abobrão como casinha até a primavera
chegar.
(Na primavera, lá dentro, se ouviu piu, piu. O ovo se abriu e um lindo passarinho dele saiu.)
História para o jardim
A Lenda Do Ipê
O VENTO
Um vento brejeiro que por ali passava, ao ver a folhinha que balançava, chegou bem pertinho e com ela falou:
- Querida folhinha, que tal passear? Nós dois abraçados podemos brincar.
Desceu deslizando até o telhado e lá encontrou um gato malhado. Mas um vendaval de repente soprou,
vú...vú...vú... e para bem longe a folhinha levou.
Um passarinho que por ali passava, ao ver a folhinha que rodopiava, ao seu encontro voou; e um bom amigo a
folhinha ganhou. E os dois juntinhos numa conversa sem fim, brincavam e voavam por todo o jardim. Até que a
folhinha cansada ficou e a terra quentinha ela procurou. Do seu amiguinho se despediu e na relva macia dormiu,
dormiu.
Músicas para dançar com o vento
5- O vento a balançar
2-Vento frio, vento da manhã o pé de uma roseira
Vento frio, vento da manhã O sol a espiar
Vento que leva a mensagem de Paz a flor ainda botão
Leva a todo povo a Paz sim, leva... Sorrindo ela dizia
o sol é minha vida
E quanto mais sorria
se abria numa flor
Sugestão de atividade
Avião de papel
Balangandã
Material:
Como Fazer:
Dobre uma folha de jornal em quadrados, até parecer um sanduíche. Depois, corte as tiras compridas de papel
crepom. Pegue as pontas das tiras e coloque dentro do sanduíche do jornal, cole bem com fita crepe em toda a
volta, para que as tiras coloridas fiquem bem presas. Para brincar com o “balangandã”, amarre no pedaço de
barbante de mais ou menos 60 cm. Corte o barbante e amarre ao redor do sanduíche de papel, de modo que ele
fique firme e não caia.
Catavento de papel
Corte um quadrado no papel escolhido. Risque um “X” na parte que irá ficar para dentro no seu catavento, em
posição diagonal. Corte este “X” feito no quadrado, porém sem chegar ao centro, deixando uma parte central de
papel para você poder colar as pontas da peça e criar o seu catavento. Fure todas as pontas que serão dobradas para
criar o seu cata-vento, com o auxílio do furador ou da ponta de uma tesoura. Dobre todas as pontas da peça para
criar o seu catavento e cole-as no centro da peça. E deixe a cola secar muito bem antes de manusear novamente a
sua peça e continuar com a confecção de seu trabalho.
Para finalizar a sua peça, fixe a tacha com garras para papel no centro do seu catavento, para manter todas as partes
no lugar. E está pronto!
O sino dos ventos artesanal pode ser feito de inúmeros materiais, como bambu, pedaços de metal, miçangas,
materiais reciclados, dentre outros. Cada um destas materiais oferece um tipo de som, que oferece um tilintar
gostoso de ouvir quando o vento sopra sobre ele na varanda, no jardim, ou na entrada de casa.
Cantinho dos pais
O arraiá deste ano foi diferente do que estávamos acostumados, mas também foi um momento de partilha, cheio de
energias que nos aqueceram, porque foi uma oportunidade de nos vermos e diminuir a saudade e com isso, vamos
nos fortalecendo até podermos festejar juntos novamente.