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Procedimentos na Eletromiografia de Superfície – Instrumentação, análise e


normalização do sinal EMG.
Pericinotto, F1,2, Dias, L1,2, Noriega, C.L1
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Grupo de pesquisa em Neuromecânica Aplicada e Ergonomia, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil
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Faculdade de Ciências Exatas, Engenharia Controle e Automação, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo, Brasil

Resumo — A eletromiografia de superfície é uma impor- I. INTRODUÇÃO


tante técnica de monitoramento da atividade neuromuscular,
utilizada nas ciências do esporte, fisioterapia, análise da bio-
mecânica muscular, e nos mais recentes avanços em neuro- II. A captação do sinal EMG no corpo humano, é feita através
mecânica e biomecatrônica. A técnica consiste no monitora- de um eletromiógrafo acoplado a um computador [1]. O sinal
mento do sinal elétrico recebido pelas membranas excitáveis obtido é de natureza analógica, e o objetivo da captação está
das células do músculo esquelético saudável e ativo. O sinal compreendido em transformá-lo em um sinal digital, para
mioelétrico é o potencial de ação, produzido pelo sinal envi- que possa ser inicialmente registrado pela máquina, dado este
ado através do sistema nervoso através da medula espinal que será parametrizado de acordo com a finalidade da coleta,
para a unidade motora localizada no músculo, sinalizando o para posteriormente ser analisado. [2][3]
limiar do movimento. Processos do sinal mioelétrico, como
sua captação, processamento e análise, criam algumas dúvi-
das nos pesquisadores iniciantes. Dessa forma, o objetivo Para a análise do sinal miolétrico é necessária a normalização
deste estudo está na compreensão dos aspectos mais relevan- dos dados obtidos, onde há divergências e consensus. Para a
tes relacionados à instrumentação, e análise do sinal elétrico, correta parametrização dos dados, é necessário estabelecer as
captado na superfície da pele, filtrado e exposto graficamente bases já obtidas por pesquisadores ao longo dos anos, através
para análise. Todas as etapas listadas foram alteradas, aper- de pesquisa sistemática e aperfeiçoamento das técnicas. Com
feiçoadas e normalizadas por pesquisadores ao longo dos este objetivo, apontaremos a padronização através dos
anos, afim de alcançar resultados satisfatórios de forma mais principais estudos e discussões acerca de instrumentação e
ágil e assertiva. normalização do sinal no domínio do tempo (método mais
frequente que a análise no domínio da frequência)[5].
Palavras-chave— eletromiografia; emg; normalização;
III. ISTRUMENTAÇÃO

A. Eletrodos
O eletrodo é o local de conexão entre o corpo e sistema
de aquisição, e deve ser colocado na pele, acima do músculo
a ser estudado, para que este possa captar sua corrente iônica
[1]. Os eletrodos superficiais, enfatizados no presente estudo,
são aderidos a pele. Nessa área da superfície da pele onde é
captada a corrente, é colocado o eletrodo [1][5]. O eletrodo
pode ser constituído de quaisquer metais e géis que permitam
reação eletrolítica em normalmente composto por um sistema
Ag-AgCL com um gel condutor (eletrólito), que proporciona
pouco ruído, resultando em maior estabilidade [1].
A interface pele-eletrodo comporta-se como um filtro passa
baixa, caracterizado a partir dos eletrodos e eletrólitos utili-
zados [1]. O sinal eletromiográfico pode ser adquirido, não
necessariamente pôr um simples eletrodo, mas pode resultar
de uma combinação dos sinais advindos de vários detectores,
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podendo, deste modo, ser classificado como monopolar, bi- los vizinhos) de outros músculos [4]. Para minimizar a impe-
polar e multipolar [2]. dância, deve-se limpar, remover os pelos e células mortas
Na classificação monopolar, geralmente utilizado em análi- com leve abrasão[1][9].
ses gerais do EMG, um eletrodo é colocado no músculo a ser
estudado, e um outro eletrodo em uma posição de referência B. Amplificadores
ou terra, onde o ruído seja baixo, tendendo a nulo [1][5].
Na classificação bipolar, geralmente utilizados em estudos
de contração muscular e estimulação elétrica, dois eletrodos A amplitude do sinal do sinal EMG natural no músculo,
são colocados na região estudada, e um terceiro eletrodo em durante a aquisição, é muito baixa [1]. Por isso, se faz
um ponto referencial não afetado pelo músculo estudado, tal necessária a amplificação desse sinal para processamento
qual a classificação monopolar [1]. posterior. Podemos mensurar a qualidade do sinal EMG já
amplificado, através da razão sinal/ruído [3]. Porém, o sinal
Localização do eletrodo no músculo: O SENIAM (acrô- natural não deve ter suas características alteradas, caso
nimo para consórcio europeu Surface EMG for the Non-In- contrário a análise será inviabilizada [5]. Para tanto, é
vasive Assessment Of Muscle, 2006) recomenda que o ele- necessário destacar a importância do ruído, destacado no
trodo seja colocado entre o ponto motor e o tendão distal do tópico Interferências, ganho e taxa de rejeição de modo
músculo avaliado, para fim de estabilização, como também comum [3][5].
alinhado ao sentido das fibras musculares, afim de que as su-
perfícies interccionem-se e facilitem a obtenção do sinal. A O ganho está diretamente relacionado a quantidade de
distância inter-eletrodos (centro a centro) recomendada amplificação aplicada ao sinal. [5] Cada amplificador possui
SENIAM pelo é de 20 mm, a importância dessa padronização um limite de variação de frequências, onde o sinal EMG é
se dá pela alteração na frequência e a amplitude do sinal que adquirido apenas nas frequências contidas na chamada
provoca. A recomendação para o ponto de referência, com largura de banda do amplificador [5][15]. A taxa de rejeição
exceções, as regiões do punho, tornozelo ou processo espi- de modo comum é a habilidade de um amplificador
nhal C7. diferencial em eliminar o sinal de modo comum – o sinal
detectado em ambos os eletrodos, como os já citados fatores
causadores de ruído [3][4]. Quanto mais alta a CMRR,
melhor o cancelamento do sinal de modo comum. Um
CMRR de 32.000 vezes ou 90 decibéis (dB) é geralmente
suficiente para suprimir ruídos elétricos;

C. Filtros

O filtro é um dispositivo cuja finalidade compreende-se na


atenuação de variações de frequência, e se utilizam das fun-
ções de separação (necessária quando houver interferência) e
restauração (necessária quando houver distorção) para per-
mitir a passagens de algumas frequências inalteradas e ate-
nuar outras [4]. Podem ser analógicos - baratos, rápidos,
grande variação dinâmica de amplitude e frequência; ou di-
gitais – superiores em performance e preferidos na análise
dos dados após sua aquisição [5].
Figura 1 - Sinal bruto com eletrodos em posições diferen- Em geral, há quatro comportamentos de filtro que podem
tes, análise espectral e em relação ao tempo. ser utilizados em EMG: filtros passa-alta (high pass), onde
De Lucca (1997). todas as frequências abaixo da frequência de corte são atenu-
adas, e o filtro passa-baixa (low pass), onde todas as frequên-
Interferências: É importante destacar que, quanto maior cias acima da frequência de corte são atenuadas a zero
a área abrangida pelos eletrodos, maior a amplitude do sinal [14][20]. Os chamados Notch filters, que em geral são inse-
e menor o ruído do mesmo, porém deve-se observar o risco ridos no circuito elétrico dos instrumentos de EMG de super-
de ocorrência de cross-talk (interferência de sinal de múscu- fície: o filtro rejeita banda (stop band), onde são determina-
das em software duas frequências de banda, e são rejeitadas
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todas as frequências maiores que a frequência um, e menores C. Raíz quadrática média (Root mean square-RMS)
que a frequência dois (geralmente entre 59Hz e 61 Hz) [20];
os filtros passa-banda (band pass) onde, assim como no filtro
𝑁
rejeita banda, são programadas duas frequências de banda, 1
porém todas as frequências maiores que a frequência um, e 𝑅𝑀𝑆 = √ ∑ 𝑥𝑛2
𝑁
menores que a frequência dois, são atenuadas a 𝑛=1
zero.[4][5][14] Para a seleção de um filtro apropriado, deve-
se observar o limite de variação de frequência do sinal espe-
cífico analisado. [14] A melhor técnica para o ajuste das ca- Com a utilização da técnica e fórmula, não há necessidade de
racterísticas do filtro é analisar os dados, e então adaptar o retificação, pois a amplitude do sinal é elevada ao quadrado
comprimento de banda do filtro ao do sinal [5]. [17]. Se associada a um determinado intervalo de tempo, afim
de observar alterações ao longo do tempo, o chamado RMS
móvel, é calculado através de uma janela no tempo ao longo
do sinal adquirido tipicamente de 100 a 200 ms, que se
IV. ANÁLISE DO SINAL EMG correlaciona com o tempo de resposta muscular [1].
Recomendação do SENIAM para a determinação das jane-
Existem duas formas comuns de representação do sinal las:
EMG: análise no domínio do tempo e análise no domínio de • Sinais maiores que 50% CVM – janela de 0,25 a 0,5 s.
frequências [5]. • Sinais menores que 50% CVM – janela de 1 a 2 s
A análise no domínio do tempo, consiste na representação
dos eventos no instante de sua ocorrência e amplitude – indi-
cador da intensidade da atividade muscular.[5] O processa- D. Normalização
mento dessas informações pode ocorrer pode ocorrer através
de:
O sinal EMG, assim como todo sinal biológico e analógico,
está sensível a fatores intrínsecos e extrínsecos [1].
Extrínsecos são influenciados pelo experimentador [8], seria
A. Retificação de meia onda (half-wave) e de onda a configuração dos eletrodos: posição, distância entre eles e
completa (full-wave) local referente ao ponto motor do músculo, impedância e a
preparação da pele [8] [9]. Os fatores intrínsecos incluem:
Retificação de meia onda converte valores negativos em número de unidades motoras ativas, tipo de fibra muscular,
nulos, já a retificação de onda completa converte valores quantidade de tecido e fluídos acumulados no músculo
negativos em positivos [6]. Como indicado por [7] esta estudado, distância entre o músculo estudado e músculos
última tem sido preferida por preservar a energia da vizinhos e temperatura[11].
eletromiografia.
Esses fatores variam entre indivíduos, incluso muda em
um mesmo sujeito entre dias. Isto dificulta descrever o com-
portamento muscular, especialmente em termos de nível, se
B. Envoltório linear não temos um valor de referência que permita fazer a compa-
ração [12]. Assim, a normalização é uma forma de transfor-
mação dos valores absolutos da amplitude em valores relati-
Consiste na retificação de onda completa seguida de vos referentes a um valor da amplitude, representado em
filtragem passa-baixa[6]. Este filtro passa-baixa possibilita porcentagem (%) [2][12].
uma clara amplitude do sinal, que suprimi as flutuações de
alta frequência.[5] Para tanto, faz-se necessária uma normalização de técni-
cas, instrumentação e procedimentos, afim de que indivíduos
e tentativas distintas possam ser comparadas e analisadas a
um valor de amplitude normalizado [14][1].
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V. ANÁLISE NO DOMÍNIO DA FREQUÊNCIA

Consiste na determinação e análise do conteúdo das frequên-


cias do sinal EMG [5][17]. A determinação do espectro de
frequência ocorre através da transformada de Fourier, onde o
sinal é expresso através de uma combinação de senos e cos-
senos, sendo necessários a duplicação do sinal, para análise
[17]. A análise de freqüências geralmente ocorre com a de-
terminação do espectro de freqüências, através da Transfor-
mada Rápida de Fourier, onde podemos obter a análise de
densidade espectral de energia, que pode ser utilizado para
calcular as freqüências médias e medianas e o comprimento
de banda do sinal EMG [1].
As três características que influenciam o conteúdo de fre-
quências caracterizadas pela taxa de disparo das unidades
motoras (UMs), tempo relativo de disparo dos potenciais de
ação por diferentes UMs e forma dos potenciais de ação [5].
O mais significante fator é a forma dos potenciais de ação,
pois a taxa de disparo tem mínima influência. Pelo fato do
sinal EMG possuir uma grande quantidade de potenciais de
ação variando em forma, o conteúdo de freqüência do sinal
EMG varia entre 1-500 Hz [17]. As diferentes distâncias en-
tre as fibras ativas e os eletrodos podem alterar consideravel-
mente os potenciais de ação, onde alteram também suas fre-
quências, até o momento de fadiga do músculo [17]. O
músculo fadigado diminui a amplitude e duração da frequên-
cia, e consequentemente o espectro de potência, média e me-
diana das frequências, características base da técnica de aná-
lise espectral, que descreve as principais características da
frequência do sinal EMG [10][17][20].
Figura 2 - Superior a Inferior: sinal bruto, RMS, Retificação
onda completa, Envelope Linear (filtro Butterworth, 4a ordem
passa baixa de 20Hz) VI. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Métodos de normalização: A eletromiografia de superfície é um grande aliado da ci-


ência moderna. A aplicação desta técnica, bem como sua aná-
• Contração Voluntária Máxima (CVM) – O maior lise, tem sido aprimorada ao longo dos anos, devido à grande
valor encontrado em uma contração máxima no músculo variabilidade encontrada nos resultados de indivíduo para in-
estudado é apontado como referencial [15]. A mesma divíduo e até mesmo de amostra para amostra do mesmo in-
pode ser isométrica (CIVM) ou dinâmica (CVM dinâ- divíduo. Devido a esta variabilidade, diversos estudos estão
mica), dependendo da tarefa motora [16] concentrados na padronização destes procedimentos e análi-
ses. O SENIAM tem sido um grande apoio, para desde pes-
• Pico Máximo do Sinal EMG – É atribuído ao pico do quisadores iniciantes a experientes, na aquisição e amostra-
sinal estudado em uma janela de tempo determinada, gem do sinal miolétrico, dos procedimentos apontados no
afim de normalizá-lo, o valor de 100% [13]. presente estudo. Porém, a normalização para análise do sinal
EMG no domínio do tempo ainda é foco de divergências e
• Valor Médio do Sinal EMG – utiliza-se como referência aprimoramento. Para tanto, chegamos a algumas considera-
para normalização o valor médio do sinal EMG da ções. Robertson (2004) cita que o método do pico máximo
contração (método da média dinâmica) [3]. seria a melhor forma para se normalizar contrações dinâmi-
cas.
• Valor Fixo do Sinal EMG – A referência está em uma Ainda sobre contrações dinâmicas, C. H. W. Fraga, C. T.
contração submáxima ou uma contração isométrica Candotti, A. C. S. Guimarães, apontam que os resultados su-
submáxima [5]. gerem que o usuário da técnica de eletromiografia tem livre
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escolha no que se refere ao procedimento de normalização, Methods in Biomechanics, 2014.


https://books.google.com.br/books/about/Research_Methods_in_
pois seus resultados não serão influenciados pelo procedi- Biomechanics.html?id=oWVYeMiX4rMC&redir_esc=y
mento adotado. (accessed May 27, 2020).
Ervilha, M. Duarte e A.C. Amadio (1998), destacaram que [6] G. L. Soderberg, “Selected topics in surface electromyography for use
não há diferença significativa entre os procedimentos de nor- in the occupational setting: expert perspectives,” Appl. Ergon.,
vol. 24, no. 2, p. 132, 1993, doi: 10.1016/0003-6870(93)90098-t.
malização pelo pico ou pela média do sinal eletromiográfico. [7] J. . Ferreira, A; Guimarães, F.; Silva, “Aspectos Metodológicos Da
O procedimento de normalização do sinal EMG pelo valor Eletromiografia De Superfície: Considerações Sobre Os Sinais E
máximo de uma contração isométrica voluntária máxima Processamentos Para Estudo Da Função Neuromuscular,” Rev.
apresenta maior coeficiente de variabilidade do que os pro- Bras. Ciências do Esporte, vol. 31, no. 2, pp. 11–30, 2010.
[8] M. Halaki and K. Gi, “Normalization of EMG Signals: To Normalize
cedimentos de normalização pela média e pelo pico do sinal or Not to Normalize and What to Normalize to?,” in
EMG, sugerindo ser recomendado normalizar a intensidade Computational Intelligence in Electromyography Analysis - A
do sinal EMG por um desses dois procedimentos e não por Perspective on Current Applications and Future Challenges,
aquele [3] 2012.
[9] R. D. Cram JR, “Effects of Skin Preparation on Data Collected Using
Porém, em sua maioria, os pesquisadores consentem de an EMG Muscle-Scanning Procedure,” Biofeedback Self. Regul.,
que, os métodos existentes não extinguem totalmente as va- vol. 14, no. 1, 1976.
riações e erros no estudo do sinal miolétrico. Foi apontado [10] C. D. Schanne FJ, “The effects of skin resistance and capacitance
também que 81% da variância dentro do sinal da EMG pode- coupling on EMG amplitude and power spectra,”
Electromyography, vol. 10, no. 3, pp. 273–86, 1970.
ria ser explicada pela variação do tecido adiposo subcutânea [11] J. K. Winkel J, “Significance of skin temperature changes in surface
[18] dificultando a precisão dos métodos existentes. electromyography.,” Eur J Appl Physiol Occup Physiol, vol. 63,
Por fim, se o objetivo do estudo for reduzir a variabili- no. 5, pp. 345–8, 1991.
dade, então a técnica da contração submáxima é a mais indi- [12] A. Burden, “How should we normalize electromyograms obtained
from healthy participants? What we have learned from over
cada, considerando que esta permite um padrão mais homo- 25years of research,” J. Electromyogr. Kinesiol., vol. 20, no. 6, pp.
gêneo da atividade muscular durante uma tarefa específica. 1023–1035, 2010, doi: 10.1016/j.jelekin.2010.07.004.
Todavia, as dificuldades são a perda da verdadeira variância [13] P. H. Marchetti and M. Duarte, “Instrumentação em Eletromiografia,”
individual e a ausência da informação da atividade muscular 2006.
[14] S. R. Simon, “Gait Analysis, Normal and Pathological Function.,” J.
necessária para a execução da tarefa em relação à capacidade Bone Jt. Surg., vol. 75, no. 3, pp. 476–477, 1993, doi:
máxima da pessoa. Somente a técnica de CIVM pode preser- 10.2106/00004623-199303000-00027.
var essas informações e melhor discriminar os grupos de in- [15] A. Burden and R. Bartlett, “Normalisation of EMG amplitude: an
divíduos diferentes, mesmo sendo esses patológicos [19] evaluation and comparison of old and new methods,” Med. Eng.
Phys., vol. 21, no. 4, pp. 247–257, May 1999, doi: 10.1016/S1350-
Podemos concluir que a definição do objetivo de pes- 4533(99)00054-5.
quisa define também os métodos de aquisição, análise e nor- [16] S. E. Mathiassen, J. Winkel, and G. M. Hägg, “Normalization of
malização do sinal eletromiográfico. O presente estudo pre- surface EMG amplitude from the upper trapezius muscle in
tende apontar os caminhos existentes e os consensus para ergonomic studies - A review,” J. Electromyogr. Kinesiol., vol. 5,
no. 4, pp. 197–226, 1995, doi: 10.1016/1050-6411(94)00014-X.
cada caso, facilitando novos estudos e pesquisas científicas. [17] R. M. Enoka, Bases neuromecânicas da cinesiologia. Manole, 2000.
[18] M. A. Hemingway, H. J. Biedermann, and J. Inglis,
“Electromyographic recordings of paraspinal muscles: Variations
REFERÊNCIAS related to subcutaneous tissue thickness,” Biofeedback Self.
Regul., vol. 20, no. 1, pp. 39–49, 1995, doi: 10.1007/BF01712765.
[1] C. J. De Luca, “The use of surface electromyography in biomechanics,” [19] R. da Silva, “EMG normalization: considerations of the literature for
in Journal of Applied Biomechanics, May 1997, vol. 13, no. 2, pp. muscular function evaluation.,” ConScientiae Saúde, vol. 3, no.
135–163, doi: 10.1123/jab.13.2.135. 12, pp. 470–479, 2013.
[2] J. Duchene and F. Goubel, “Surface electromyogram during voluntary [20] J.M. Ocarino, P.L.P Silva, D.V. Vaz, C.F. Aquino, R.S. Brício, and S.
contraction: Processing tools and relation to physiological events,” T. Fonseca, "Eletromiografia: interpretação e aplicações nas
Critical Reviews in Biomedical Engineering, 1993. ciências da reabilitação", Fisioterapia Brasil, vol. 6, no. 4, pp.
https://www.researchgate.net/publication/14956384_Surface_ele 305-310, agosto de 2005.
ctromyogram_during_voluntary_contraction_Processing_tools_a
nd_relation_to_physiological_events (accessed May 27, 2020).
[3] U. F. Ervilha, M. Duarte, and A. C. Amadio, “Estudo sobre
procedimentos de normalização da intensidade do sinal Autor: Fernanda Pericinotto Fernandes
eletromiográfico durante o movimento humano,” Anais, 1997. Instituto: Universidade São Judas Tadeu
[4] P. Konrad, “The ABC of EMG - A practical introduction to Rua: Taquari
kinesiological electromyography,” 2005. Cidade: São Paulo
[5] D. G. E. Robertson, G. E. Caldwell, J. Hamill, G. Kamen, and S. N. País: Brasil
Whittlesey, “Research Methods in Biomechanics,” Research Email: fernandapericinotto@hotmail.com.

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