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LICENCIATURA EM FÍSICA - LF1V - 1° PERÍODO

CONHECIMENTOS SÓCIO LINGUÍSTICOS

Docente: Tania Midian Freitas de Souza


Discente: Anderson Pereira Franco - 2018000256

EU TENHO UM SONHO - Martin Luther King

Martin Luther King, conhecido mundialmente como um ativista de influencia impar


nos Estados Unidos, em especial no que concerne a luta pelos direitos civis dos negros norte-
americanos e também pela sua incansável luta contra a discriminação racial. Martin Luther
King era de tradição Cristã Protestante tendo sido criado na Igreja Batista, da qual tornar-se-ia
pastor. Com formação em Teologia pela Universidade de Boston, Martin Luther King desde a
infância tinha consciência dos problemas que diziam respeito à segregação racial no seu país.
Em 1963 Martin Luther King, diante de um publico de cerca de 250 mil pessoas ele
conclama a sociedade norte americana a avaliar a maneira bizantina com que tratava o negro
naquele contexto social. Tal como hoje, um contexto de segregação, humilhação, sonegação
dos direitos a todos homenageados na Constituição daquele país (assim como o é na nossa).
Destaca a forma vergonhosa como eram tratados os negros pela sociedade e reivindica
direitos igualitários.
Em seu discurso, Martin Luther King usa de maneira dramática a linguagem no
sentido de chacoalhar aqueles que o ouviam, em especial quando usa a expressão: Em certo
sentido, viemos à capital de nossa nação para trocar um cheque fazendo citação da carta
magna daquela nação que, pelos pais fundadores e elabores deste documento, deixaram bem
claro, na visão de Martin Luther King a igualdade de direitos para brancos e negros. Ainda
nesse ínterim, King destaca que o que foi-lhes dado, foi um cheque sem fundo e que agora,
diante das discrepâncias sociais, haveria de ter correções adequadas.
Análoga e ironicamente, King usa expressões que comovem, com certeza o seu
publico, ao mesmo tempo em que faz duras criticas de maneira sutil às políticas publicas
adotadas por aquela nação. Fazendo uma referencia à economia, King conclama o povo a
recusar a possibilidade de que o “banco da justiça” esteja falido. Suas falas fazem referencia
ao passado recente daquela nação, mas também um ataque direto ao tipo de política
segregante que ficava bem claro na divisão do pais, o norte branco e o sul negro.
King destaca em sua fala que, sonha que um dia o estado do Mississipi, um estado
deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de
liberdade e justiça. Ressalta ainda suas crenças quando afirma: Esta é a fé com a qual regresso
ao Sul. Com esta fé seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de
esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias de nossa nação numa
bonita e harmoniosa sinfonia de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar
juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela
liberdade, sabendo que um dia seremos livres. Esse será o dia quando todos os filhos de Deus
poderão cantar com um novo significado: “O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu
canto”. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada
localidade ressoe a liberdade.
Não resta duvidas de que a luta pelos direitos, em todos os tempos, em qualquer
nação, é um ato nobre. Ato esse que inclusive rendeu a Martin Luther King o Premio Nobel.
No entanto, há que se relevar as motivações quando estas deixam de ser nobres e passam a
incorporar ideologismos partidários com viés mesquinhos e escusos que sabemos onde
terminam. Martin Luther King foi silenciado. Sua luta era deveras nobre e com certeza
aquiesço a maior parte do seu discurso, não dá para concordar cem por cento com nada,
sempre haverá ressalvas.
Fica de fato, a intenção fundamental que era (e deve ser a nossa também) a luta por
uma sociedade igualitária e fraternal. Que agregue e não o inverso.

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