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AGUZZOLI, C.
SERRA, E.
Extraem-se os átomos duma fonte sólida, cuja
A utilização desse material se justifica composição química é a desejada ao filme
pela gama de propriedades que apresenta e fino, os quais são guiados a um substrato que,
pela facilidade com a qual se pode alterá-las. uma vez atingido, fará com que percam a sua
As propriedades dum filme fino dependem da energia; então, os átomos contidos na
[1,2]
sua microestrutura . A microestrutura é o superfície do substrato passam a se aglomerar
conjunto de características – químicas e – formando aglomerados denominados
físicas − que tornam determinado tipo de clusters – e, conforme se continua a
filme fino particular, e são determinadas deposição, aumentam em volume e formam
quase que exclusivamente pelo seu processo ilhas; como as ilhas também crescem, acabam
de deposição. Dessa forma, a deposição dum por se coalescerem, juntando-se
[3]
gradativamente às demais, até que existam positivo . Criada a tensão, há uma descarga
ilhas maiores permeadas por pequenos canais elétrica entre os pólos, região até então neutra
desprovidos de átomos que, ao fim da e preenchida com íons e elétrons do gás
deposição, desaparecerão e haverá, por fim, argônio – gerando o plasma −, e devido ao
um filme fino contínuo [3,4]. surgimento do campo elétrico, os íons
provenientes do gás são direcionados ao alvo
Métodos de Deposição enquanto os elétrons livres seguem na direção
Há vários processos que lidam à
do substrato, ionizando átomos de argônio
deposição de filmes finos, mas as deposições
durante o percurso. Como resultado, as
por sputtering e magnéton sputtering são as
colisões entre os íons do gás e o alvo acabam
mais comuns.
por ejetar seus átomos, alguns dos quais
Deposição por Sputtering
chegarão ao substrato, em várias posições [3,5].
Este método de deposição está
Ademais ao processo, pode-se calcular
baseado na retirada de átomos dum alvo, o
o seu rendimento S, chamado sputtering yield,
material cuja composição química é de
pela razão entre do número de átomos
interesse, e a sua deposição num substrato.
arrancado N pelo número de íons incidentes I
Tem-se, então, o alvo e o substrato em pólos
[5]
:
opostos duma câmara de vácuo à baixa
𝑁
pressão: a câmara é preenchida com algum 𝑆= ,
𝐼
gás, comumente usa-se o gás argônio (Ar) e, que variará com o tipo de material empregado
valendo-se duma corrente continua, cria-se como alvo. Uma vez que o rendimento da
uma diferença de potencial entre os pólos da deposição depende do número de átomos
estrutura − o alvo é o negativo e o substrato, o arrancados, pode-se relacioná-lo a energia
OHRING, M.
disposta durante o processo e, novamente, o ejeção de átomos, além de gerar radiação
comportamento dessa relação dependerá do quando em choque nos limites da câmara [6,7].
tipo de material destinado ao alvo, como Dada a questão, resolve-sa impondo
demonstra o gráfico a seguir [5]: um campo magnético na região do alvo
perpendicular à direção do campo elétrico
Rendimento para alguns materiais em função da gerado pela corrente empregada na
energia do íon disposição. Dessa forma, ambos os campos
conterão os elétrons secundários em regiões
próximas ao alvo, acumulando-os e, então,
aumentando a sua ocorrência de colisão com
as partículas neutras, o que acarretará numa
maior quantidade íons e, por fim, num
rendimento maior de ejeção [7].
Fonte