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REGIÃO, DIVERSIDADE TERRITORIAL

E GLOBALIZAÇÃO

ROGÉRIO HAESBAERT

Marcos Vinicius Duarte da Silva

Giseli Dalla

Regionalização do espaço mundial

Não pensamos que a região haja desaparecido. O que esmaeceu foi a nossa capacidade de reinterpretar e
de reconhecer o espaço em suas divisões e recortes atuais, desafiando-nos a exercer plenamente aquela
tarefa permanente dos intelectuais, isto é, a atualização dos conceitos. (SANTOS, 1994:102)

A região continua a existir, mas com um nível de complexidade jamais visto pelo homem. Agora, nenhum
subespaço do planeta pode escapar ao processo conjunto de globalização e fragmentação, isto é, de
invidualização e regionalização. (SANTOS, 1999:16)

Resumo A região e a questão regional seguem sendo relevantes e são revigoradas, pois mesmo
na era da globalização a diversidade territorial se manifesta tanto através de profundas
desigualdades (econômicas) - que o marxismo ajuda a explicar, quanto de diferenças
(culturais), sobrevalorizadas pelo chamado pós-estruturalismo. Neste jogo de múltiplos
desenhos territoriais, a relação local-global adquire destaque e a região se torna muito mais
complexa, manifestando-se tanto na forma tradicional dos territórios-zona quanto na forma de
territórios-rede ou "redes regionais".

O processo de regionalização do mundo é um conceito muito amplo e discutido na


ciência geográfica. Regionalizar significa dividir o espaço geográfico, a fim de um
melhor entendimento dos fenômenos físicos, sociais, políticos e naturais.

Compreende-se a ideia de diferenciação de áreas no contexto geral e de aproximação


dessas áreas por meio de suas características comuns. Uma região configura-se
como uma área delimitada, definida por suas características comuns, por exemplo: um
bioma, o Cerrado, que é uma região do planeta Terra com semelhanças nos seus
aspectos naturais. Nesse caso, considera-se o elemento natural (fitofisionomia do
Cerrado) como critério para a criação de uma região.

Regionalizar o mundo é criar áreas ou lugares semelhantes no planeta Terra. As


regionalizações mundiais existem para uma melhor análise das particularidades de cada
lugar. Sendo assim, cria-se uma área ou uma região considerando-se alguma
característica específica, como: Critérios físicos socioeconômicos religiosos políticos
geográfico.
Este artigo, que se pretende o embrião de um trabalho de maior fôlego sobre a questão
regional, busca realizar uma avaliação preliminar da chamada Geografia Regional num
contexto mundial de globalização. Discutiremos assim a relevância das questões
regionais na atualidade, alguns dos fundamentos pelos quais se produz a
diversidade territorial, base para qualquer proposta de regionalização, e as principais
polêmicas em torno de uma redefinição do conceito de região.

A região e a questão regional seguem sendo relevantes e são revigoradas, pois mesmo na era da
globalização a diversidade territorial se manifesta tanto através de profundas desigualdades
(econômicas) - que o marxismo ajuda a explicar, quanto de diferenças (culturais),
sobrevalorizadas pelo chamado pós-estruturalismo. Neste jogo de múltiplos desenhos
territoriais, a relação local-global adquire destaque e a região se torna muito mais complexa,
manifestando-se tanto na forma tradicional dos territórios-zona quanto na forma de territórios-
rede ou "redes regionais". Palavras-chave: região, regionalização, global-local.

LEITURA; SINTESE DO TEXTO; ORALIDADE; FAZER PERGUNTAS PRO


POVO QUE ESTIVER LÁ

CRITÉRIO DE AVALIAÇÃO: CAPACIDADE DE INTETIZAR O TEXTO;


ABORDAGEM DOS PONTOS PRINCIPAIS DO TEXTO; CRIATIVIDADE NA
APRESENTAÇÃO, ORATÓRIA E DIDÁTICA.

A pertinência da questão regional


As correntes do pós- modernismo (As principais características do movimento pós-moderno
são a ausência de valores e regras, imprecisão, individualismo, pluralidade, mistura do real e do
imaginário (hiper-real), produção em série, espontaneidade e liberdade de expressão.). E pós-
estruturalismo (São típicas a retomada dos temas nietzschianos, como a crítica da consciência
e do negativo (por Deleuze) ou o projeto genealógico (por Foucault), a radicalização e a
superação da valorização ontológica da linguagem heideggeriana e uma perspectiva
antidogmática e antipositivista.).

A problematização na questão regional pelos processos concomitantes de globalização e


fragmentação.
Revalorização do “regional” alimentada pela mídia
- Regionalismo identidades regionais novas-velhas desigualdades inter e
intranacional
“Nova regionalização” contrapõe a globalização

Regionalismo/Identidade regional e regiões são abordadas por Ciência Politica


(Gramsci), Economia Regional (Perroux), Sociologia (Bourdie), antropologia e história.
Chama atenção para estimulo a diversidade territorial e valorização dos mesmos sobre o
turismo, voltando a atenção para a economia regional, diga-se de passagem
Regionalização- Processo amplo e de diferenciações no espaço.
Região – Rigor teórico/problemas em escalas e fenômenos sociais mais específicos.
Regionalismo politico e identidades regionais.

A diferença está na estabilidade, na dinâmica: enquanto o primeiro se interessava por


estruturas estáticas e homeostáticas, o segundo buscava os momentos de ruptura e
mudança.

A Questão Regional, que no Brasil refere-se ao Nordeste, constituiu-se no século XIX,


como resultado da forma de resolução das questões do mercado de trabalho e da terra,
pela economia em expansão, no caso a cafeicultura capitalista do Sudeste.

Região: Entre o velho e o novo

Devemos relembrar sobretudo nossos clássicos, responsáveis por uma “paternidade” da região
em Geografia, especialmente Vidal de La Blache, Carl Sauer e
Richard Hartshorne. Estes autores, em distintas perspectivas, enfatizaram a “diferenciação de
áreas” como questão fundamental para o trabalho do geógrafo. Mas enquanto La Blache via a
região como “algo vivo”, uma “individualidade” ou mesmo uma “personalidade geográfica”,
Hartshorne a encarava como um constructo intelectual e que, como tal, poderia variar em sua
delimitação de acordo com os objetivos do pesquisador.

Já Sauer, com um grau de racionalismo que parece


ficar a meio caminho entre La Blache e Hartshorne, buscava na Geografia regional
uma “morfologia da paisagem” que não se preocupava apenas com o único, o singular, mas
também com a comparação dessas “paisagens individuais”, num “sentido corológico pleno,
isto é, a ordenação de paisagens culturais”2.

Apesar de suas divergências em relação ao enfoque regional, podemos afirmar que são pontos
comuns entre os três autoresa importância dada ao específico, ao singular - aquilo que La
Blache vai denominar de “personalidade geográfica” e Hartshorne de “diferenciação de áreas”;

Apesar de não serem partidários de um empirismo baseado na descrição simplista de


características únicas, como muitos alegam, os três autores muito menos são defensores
irrestritos de um racionalismo lógico-analítico.

Um dos problemas centrais levantados pela questão regional no âmbito acadêmico refere-se à
busca da síntese entre múltiplas dimensões do espaço geográfico, síntese esta que, sem ser
exaustiva, está vinculada à produção de uma singularidade coerente capaz de delimitar uma
porção contínua e relativamente estável do espaço. Na prática, se La Blache foi quem teve
mais sucesso nesta empreitada

Diversidade territorial e regionalização

O desigual e o diferente

A dinâmica global-local

Questões sobre região e regionalização

A redefinição da região frente aos processos de globalização

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