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© PAULO BENITES – TODOS DIREITOS RESERVADOS

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Esse resumo foi construído por um membro do Método dos 4 Passos (acessível em paulobenites.com.br). Isso quer dizer que pode
haver algumas sentenças colocadas pelo aluno com seu toque pessoal, utilizando algumas vezes de palavrões ou exemplos
esdrúxulos, para melhor compreensão de quem o produziu.

SUMÁRIO:

INFORMÁTICA...........................................................................................................................................................................9
1 – Sistema Operacional...........................................................................................................................................................9
Windows................................................................................................................................................................................9
2 – Internet (e-mail, navegadores, etc)....................................................................................................................................11
E-mail..................................................................................................................................................................................12
Navegadores........................................................................................................................................................................13
3 – Segurança da informação..................................................................................................................................................14
4 – Computação em nuvem.....................................................................................................................................................17
5 – Transformação digital (Internet das coisas, Big Data, etc)...............................................................................................18
DIREITO ADMINISTRATIVO..................................................................................................................................................20
1 – Introdução e Regime Jurídico Adm..................................................................................................................................20
Conceitos.............................................................................................................................................................................20
Regime jurídico administrativo..........................................................................................................................................21
2 – Organização administrativa..............................................................................................................................................22
Administração direta:..........................................................................................................................................................22
Administração indireta:.......................................................................................................................................................23
3 – Poderes administrativos;...................................................................................................................................................24
4 – Responsabilidade civil......................................................................................................................................................25
5 – Controle da administração pública...................................................................................................................................26
6 – Atos administrativos..........................................................................................................................................................26
7 – Agentes públicos...............................................................................................................................................................29
Lei 8.112/1990:...................................................................................................................................................................29
Carreira de Policial Rodoviário Federal – Lei 9.654/1998:...............................................................................................32
Indenização de fronteira – Lei 12.855/2013:......................................................................................................................33
Indenização ao PRF – Lei 13.712/2018:.............................................................................................................................34
Critérios de promoção na carreira de PRF – Decreto 8.282/2014:....................................................................................34
8 – Lei 8.666/93......................................................................................................................................................................35
Pregão..................................................................................................................................................................................36
DIREITO PROCESSUAL PENAL............................................................................................................................................38
1 – Conceitos...........................................................................................................................................................................38
2 – Prisões...............................................................................................................................................................................39
Prisão em flagrante:............................................................................................................................................................39
Medidas cautelares:.............................................................................................................................................................40

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3 – Provas................................................................................................................................................................................41
4 - Ação Penal.........................................................................................................................................................................45
5 – TCO – Lei 9.099/1995......................................................................................................................................................46
6 – Inquérito Policial  Diligências investigatórias..............................................................................................................46
7 – Jurisdição e competência..................................................................................................................................................47
DIREITO PENAL.......................................................................................................................................................................49
1 – Introdução e princípios.....................................................................................................................................................49
Infração penal:.....................................................................................................................................................................49
2 – Lei penal no tempo e no espaço; infração penal;..............................................................................................................51
Lei penal no tempo:.............................................................................................................................................................51
Lei penal no espaço:............................................................................................................................................................51
3 – Teoria do crime.................................................................................................................................................................52
4 – Concurso de crimes...........................................................................................................................................................57
5 – Concurso de pessoas.........................................................................................................................................................58
6 – Crimes contra a pessoa......................................................................................................................................................59
7 – Crimes contra o patrimônio..............................................................................................................................................62
8 – Crimes contra a dignidade sexual.....................................................................................................................................65
9 – Crimes contra incolumidade pública................................................................................................................................67
10 – Crimes contra a Fé Pública.............................................................................................................................................68
11 – Crimes contra a Adm Pública..........................................................................................................................................69
LEIS ESPECIAIS........................................................................................................................................................................72

1 – Estatuto do desarmamento  10.826/2003....................................................................................................................72

2 – Lei de drogas  11.343/2006.........................................................................................................................................73


3 – ECA  8.069/1990...........................................................................................................................................................76
4 – Apresentação e uso de documento falso e Identificação criminal do civilmente identificado  5.553/1968 e
12.037/2009.............................................................................................................................................................................77
5 – Crimes hediondos  8.072/1990.....................................................................................................................................78
6 – Competência da PRF  Decreto 1655/95 e 9662/19.......................................................................................................79
7 – Juizados especiais  Lei 9.099........................................................................................................................................80
8 – Tortura  Lei 9.455/98.....................................................................................................................................................80
9 – Crimes ambientais  Lei 9.605/98..................................................................................................................................81
10 – Orcrim (Organizações Criminosas)  Lei 12.850/13....................................................................................................81
11 – Organização dos órgãos da Seg. Pública  Lei 13.675/18............................................................................................83
12 – Abuso de autoridade  Lei 13.869/19...........................................................................................................................84
LINGUA PORTUGUESA..........................................................................................................................................................86
1 – Fonética – Acentuação – Ortografia - Crase.....................................................................................................................86
2 – Classes gramaticais...........................................................................................................................................................87
3 – Morfologia.........................................................................................................................................................................89
4 – Sintaxe...............................................................................................................................................................................91
5 – Pontuação..........................................................................................................................................................................91

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6 – Problemas da língua culta.................................................................................................................................................92
7 – Interpretação e gênero de texto.........................................................................................................................................92
8 – Dicionário Cespe...............................................................................................................................................................93
9 – Correspondência oficial....................................................................................................................................................93
DIREITO CONSTITUCIONAL.................................................................................................................................................95
1 – Poder constituinte..............................................................................................................................................................95
2 – Direitos e garantias fundamentais;....................................................................................................................................95
3 – Direitos sociais................................................................................................................................................................101
4 – Nacionalidade..................................................................................................................................................................103
5 – Direitos políticos.............................................................................................................................................................104
6 – Poder executivo...............................................................................................................................................................105
7 – Defesa do Estado e das Instituições democráticas..........................................................................................................108
8 – Ordem social...................................................................................................................................................................110
TRÂNSITO...............................................................................................................................................................................112
1 – Crimes de trânsito...........................................................................................................................................................112
2 – Disposições preliminares; SNT.......................................................................................................................................114
3 – Circulação e conduta; pedestres e veículos não motorizados; cidadão..........................................................................116
4 – Educação; sinalização; engenharia.................................................................................................................................118
5 – Veículos...........................................................................................................................................................................119
6 – Motoristas profissionais; escolares; moto-frete;.............................................................................................................121
7 – Habilitação......................................................................................................................................................................122
8 – Infrações..........................................................................................................................................................................122
9 – Penalidades......................................................................................................................................................................124
10 – Medidas administrativas...............................................................................................................................................126
11 – Processo adm.................................................................................................................................................................127
11 – Lei 5.970/1973..............................................................................................................................................................127
Resoluções.................................................................................................................................................................................129
04/1998  Trânsito de veículos novos, nacionais ou importados, antes do registro e do licenciamento e de veículos
usados incompletos, nacionais ou importados, antes da transferência.................................................................................129
14/1998  Equipamentos obrigatórios................................................................................................................................129
24/1998  Identificação dos veículos..................................................................................................................................130
36/1998  Veículo em situação de emergência...................................................................................................................131
92/1999  Tacógrafo...........................................................................................................................................................131
110/2000  Calendário para renovação do Licenciamento.................................................................................................132
160/2004  Sinalização.......................................................................................................................................................132
210/2006  Limites de pesos e dimensões..........................................................................................................................132
211/2006  Combinação de veículos de carga....................................................................................................................133
216/2006  Condições de segurança e visibilidade dos condutos em para-brisas.............................................................134
227/2007 Sistemas de Iluminação.......................................................................................................................................134
253/2007  Uso de medidores de transmitância luminosa.................................................................................................135

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254/2007  Vidros de segurança.........................................................................................................................................135
290/2008  Inscrição de pesos............................................................................................................................................135
349/2010  Transporte eventual de cargos ou bicicletas....................................................................................................136
360/2010  Condutor estrangeiro........................................................................................................................................136
432/2013  Alcoolemia.......................................................................................................................................................137
441/2013  Transporte de carga de sólidos a granel...........................................................................................................138
471/2013  Videomonitoramento de trânsito.....................................................................................................................138
508/2014  Transporte de passageiros no compartimento de carga...................................................................................139
520/2015  Requisitos mínimos para a circulação de veículos com dimensões excedentes.............................................139
525/2015  Tempo de direção de motorista profissional....................................................................................................139
552/2015  Amarração de cargas........................................................................................................................................140
561/2015  Manual brasileiro de fiscalização de trânsito..................................................................................................141
667/2017  Sistema de iluminação.....................................................................................................................................142
735/2018  Segurança à circulação de CTV e CTVP.........................................................................................................142
740/2018  Metas de redução dos índices de mortos.........................................................................................................143
780/2019  Placas de identificação.....................................................................................................................................143
789/2020  Categorias da Habilitação................................................................................................................................144
798/2020  Fiscalização de velocidade..............................................................................................................................144
803/2020  Excesso de peso ou de capacidade de tração...................................................................................................145
806/2020  Mensagens, temas e cronograma da Campanha Educativa de Trânsito..........................................................146
809/2020  Requisitos para emissão do CRV, do CLA e do comprovante de transferência..............................................146
810/2020  Classificação dos danos...................................................................................................................................147
ÉTICA E CIDADANIA............................................................................................................................................................148
1 – Ética e moral...................................................................................................................................................................148
2 – Ética no setor público......................................................................................................................................................148
3 – Ética e democracia: exercício da cidadania....................................................................................................................153
DIREITOS HUMANOS...........................................................................................................................................................156
1 – Direitos humanos na CF..................................................................................................................................................156
2 – Declaração universal dos direitos humanos....................................................................................................................156
3 – Convenção americana sobre direitos humanos – Pacto de San José da Costa Rica......................................................159
GEOPOLÍTICA........................................................................................................................................................................164
1 – O brasil político, nação e território.................................................................................................................................164
2 – Organização do estado brasileiro; distribuição espacial da população no BR e movimentos migratórios;..................165
3 – A divisão inter-regional do trabalho e da produção no Brasil; A estrutura urbana BR e as grandes metrópoles;
Integração entre indústria e estrutura urbana e setor agrícola; a integração do BR ao processo de internacionalização da
economia;..............................................................................................................................................................................166
4 – Rede de transporte no Brasil: modais e principais infraestruturas.................................................................................167
5 – Geografia e gestão ambiental..........................................................................................................................................168
6 – Macrodivisão natural do espaço BR: biomas, domínios e ecossistemas........................................................................169
RLM – TABELA DE FÓRMULAS MAIS IMPORTANTES..................................................................................................170
FÍSICA – TABELA DE FÓRMULAS MAIS IMPORTANTES..............................................................................................176

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BÔNUS (PF) - CONTABILIDADE.........................................................................................................................................180
1 – Parte introdutória: 1.1 a 1.5............................................................................................................................................180
2 – Patrimônio e etc: 2.1 a 3.2..............................................................................................................................................181
3 – Contas e plano de contas: 3.3 a 3.5.................................................................................................................................181
4 – Escrituração 4.1. a 5.5.....................................................................................................................................................182
5 – Contabilização de operações contábeis..........................................................................................................................184
6 – Balancete de verificação.................................................................................................................................................185
7 – Atos e fatos contábeis ou adm.........................................................................................................................................186
8 – Balanço patrimonial........................................................................................................................................................186

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RESUMO COMPLETO – CICLO DOS 4 PASSOS™
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INFORMÁTICA
1 – Sistema Operacional
- Conjunto de instruções que controlam o funcionamento de um PC  Parte lógica da informática.
Software proprietário ou não livre:
- Não disponibiliza o código fonte
- Cópia, redistribuição ou modificação sofrem restrições, mas pode ser gratuito.
Software livre: possui o código fonte aberto e seus direitos autorais são regulados por uma licença de software livre.
• Licença de software livre ou licença pública geral (GPL): garante a liberdade de uso, cópia, distribuição e aperfeiçoamento do software.
- Permite a modificação do código fonte.
- Impede que um software livre seja transformado em proprietário.
Software Livre ≠ Software Gratuito
• Copyleft: característica que faz com que o software livre tenha uma livre distribuição.
- Existem softwares livres que não têm essa cláusula, o que permite que versões modificadas possam ser redistribuídas de forma não livre.
Software de domínio público: quando expira o tempo de exploração da licença  Pode ser livre ou proprietário.
• Portal do software público brasileiro: ambiente de compartilhamento de softwares.
- Para ser publicado no portal, o software deve ser 100% livre e não possuir dependência de softwares proprietários.
Firmware: Software específico embutido em um dispositivo.
- Cada firmware é desenvolvido para um tipo de peça, então se for instalado em outro dispositivo que não o original não funcionará
corretamente. - Nos PCs, o mais importante é o BIOS.
Drivers: software que faz com que o SO reconheça o hardware  É específico para o hardware e para o SO.

Tipos De Software:
Aplicativos: permite que os usuários façam tarefas do dia a dia.
Programação: utilizados para criar outros programas.
SO: principal software do PC  É dividido em núcleo e interface.
- Controla o hardware e outros programas e faz a interface entre o usuário e o PC.
• Núcleo do SO ou Kernel: parte do SO que controla os dispositivos do computador.
• Interface: parte do SO que interage com o usuário
- O Windows possui apenas uma interface gráfica  No W10 é chamada de Style.
- O Linux tem várias, como a GNOME e KDE  Inclusive há a possibilidade de não utilizar interface gráfica.
• SO Monousuário: não permite ser utilizado por mais de um usuário simultaneamente.
• SO Multiusuários: permite ser utilizado por mais de um usuário simultaneamente.
• SO Monotarefa: não executa mais de uma tarefa ao mesmo tempo.
- Precisa parar uma tarefa para iniciar outra e o trabalho não finalizado é perdido.
• SO Multitarefa: executa mais de uma tarefa ao mesmo tempo.

Windows
• Para fazer o Backup dos arquivos do usuário devemos escolher a pasta do usuário que fica em C:/Users
• Na atualização do W8 para o W8.1, se a atualização for interrompida, ela pode ser retomada novamente de onde parou  Basta que o usuário
se conecte novamente, que o Windows se encarregará de lembrá-lo da continuidade.
• O Windows é um sistema de tempo compartilhado  Diversos programas utilizam o processador em um determinado período de tempo, assim,
se um desses programas não terminar sua execução no tempo determinado para ele, o SO fará a interrupção desse processo e imediatamente
coloca outro processo em execução, e o SO manterá essa ação até que esse segundo processo se encerre e o processo anterior volte a ser
executado.

Aplicativos: pode-se colocar os aplicativos em ordem alfabética, adicionados recentemente e de mais usados.

Continue de onde parou: permite uma troca entre diferentes aparelhos sem que o usuário tenha que salvar e enviar os arquivos.

Novidades do W10:
- É possível o desbloqueio por reconhecimento facial.

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- Pode ser desligado e reiniciado por comando de voz.


Cortana: assistente pessoal que pode ser acionado por comando de voz  Surgiu no W10.
- Tem várias funções, como enviar e-mails, abrir arquivo etc.
- Windows + Q ou + S.

Área de trabalho:
- É possível criar e manipular múltiplas áreas de trabalho  Função exclusiva do W10  Isso pode ser feito por meio do recurso Visão de
tarefas.
Visão de tarefas: permite visualizar miniaturas das janelas em execução no sistema.
- A caixa de pesquisa fica na barra de tarefas  Por ela é possível fazer buscas no PC e na internet.

Ferramentas:
BitLocker: ferramenta de criptografia do Windows.
Microsoft Edge: ferramenta destinada à navegação em páginas web por meio de um browser interativo.
OneDrive: ferramenta destinada ao armazenamento de dados na nuvem da Microsoft.

Windows Defender: usado para impedir que vírus, Spywares e outros softwares indesejados sejam instalados no computador sem você saber.
- Também tem a função de firewall.
Windows SmartScreen: usado para proteger seu computador, recebendo avisos antes que sejam executados aplicativos e arquivos não
reconhecidos baixados da Internet.

Windows Hello: permite o acesso ao Windows por meio de biometria, como reconhecimento facial, de íris ou impressão digital.

Registro do Windows: banco de dados do sistema no qual são guardados todas as configurações dos app que instalamos.
- Sempre que trocamos um papel de parede ou algo do tipo, efetuamos modificações nesse banco de dados.

Acessórios padrão:
Bloco de notas: editor de texto puro  Não aceita imagens
- Salva em TXT, mas aceita outras formas  TXT só aceita texto.
- É possível mudar a fonte, o estilo da fonte e o tamanho da fonte, mas não a cor dela  As características devem ser as mesmas para todo o
texto.
- Pode ser utilizado para criar Scripts (pequenos programas).
Conexão de área de trabalho remota: com as devidas configurações, é possível ter acesso a todos os programas, arquivos e recursos de rede,
como se estivesse de frente ao PC.
- Pode ser feita pela internet, usando contas de e-mail da Microsoft, ou pela intranet.
- Por padrão, vem desabilitada.
Gravador de passos: printa a tela em cada interação do usuário e, no fim, realiza uma descrição textual das ações.
Paint: salva arquivos nos formatos BMP, JPEG, PNG, GIF e TIF.
Wordpad: editor de texto que faz parte do Windows.
- Formato padrão é o RTF, mas também é possível TXT, DOCX etc.

Atalhos:
Windows + TAB: acessa a visão de tarefas.
Windows + Ctrl + D: cria uma nova área de trabalho.
Windows + Ctrl + F4: fecha a área de trabalho.
Windows + Ctrl + setas: altera entre áreas de trabalho.
Windows + D: minimiza ou restaura as janelas da área de trabalho.
Windows + M: minimiza tudo.
Windows + Shift + M: restaura o que foi minimizado.
Windows + L: bloqueia a sessão de usuário.
Windows + E: abre o explorador de arquivos.
Windows + I: abre a central de configurações.
Windows + Pause Break: abre o Gerenciador de Dispositivos
Ctrl + Alt + Tab ou Alt + Tab: mostra os aplicativos abertos e permite alterar entre eles.
Ctrl + Shift + Esc: abre o Gerenciador de Tarefas.

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Alt + F4: fecha o aplicativo

Painel de controle: ferramenta de configuração do sistema.


- Pode ser visualizado no modo de ícone ou no modo de categoria, onde as ferramentas são agrupadas de acordo com sua similaridade.
Programas e recursos: utilizado para desinstalar programas.
Rede e Internet: por meio dele, é possível excluir o histórico de navegação e cookies do navegador de Internet instalado no PC.
Sistema: onde fica as infos acerca do hardware e do PC.
- Permite gerenciar videos, notificações, energia, etc.

Disco de restauração: cópia do que é essencial para o funcionamento do Windows.


Restauração de sistema: retorna o SO a um ponto anterior ao da instalação de um programa.
Histórico de arquivos: Só faz backup de cópias dos arquivos que estão nas pastas Documentos, Músicas, Imagens, Vídeos e Área de Trabalho e
dos arquivos do OneDrive disponíveis off-line em seu computador
- Permite que o usuário configure rotinas de Backup, podendo escolher em que mídia o backup será feito, inclusive a internet.

Gerenciador de Tarefas: permite visualizar os arquivos que estão abertos, o consumo de energia, o uso da CPU, o uso da memória, etc.
- Utilizado para fechar programas que pararam de responder.

Explorador de arquivos:
- Windows + E.
• Acesso rápido: mostra as páginas fixadas pelo usuário, as usadas com frequência e os arquivos usados recentemente.
• É possível criar arquivos sem conteúdos, basta nomeá-los.
• Os arquivos podem ser apresentados como  Ícones extragrandes, grandes, médios, pequenos, lista, detalhes, blocos e conteúdo.
• Caracteres proibidos no nome dos arquivos e pastas  \ / | * ? < > “
- As pastas podem ser cortadas, copiadas ou excluídas.

Como DESCONECTAR com segurança um Pen-drive identificado como Unidade de USB (D:):
1) Este Computador
2) Unidade de USB (D:)
3) Ferramentas de Unidade
4) Aba Gerenciar
5) EJETAR

Desfragmentador de disco ou Otimizar unidades: organiza as infos que foram guardadas de modo a tornar o processo de leitura mais eficiente.

Diretórios: o diretório raiz do Windows é o C: ou C:\.


Diretórios em árvore: os usuários podem criar pastas e subpastas.
C:\Windows: armazena os arquivos do SO.
C:\Arquivos de programas: armazena os arquivos dos programas instalados no PC.
C:\Usuários: armazena as configurações, arquivos e pastas de cada usuário do sistema.
Pasta pública: seu conteúdo é compartilhado automaticamente com os usuários conectados à rede.
- Pastas e arquivos não podem ser movidas, renomeadas ou excluídos se estiverem abertos.

Limpeza de disco: exclui arquivos desnecessários, como itens da lixeira, cache, arquivos e programas baixados, downloads e arquivos
temporários.
Lixeira  É um local, não uma pasta.
• Nem todo arquivo excluído vai para lixeira.
- Não vão para a lixeira arquivos maiores que ela, arquivos de pastas compartilhadas, arquivos de unidades removíveis e arquivos removidos
permanentemente.
- Shift + Del remove o arquivo permanentemente, sem passar pela lixeira.

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2 – Internet (e-mail, navegadores, etc)


Internet: conglomerado de redes públicas interligadas  Rede pública mundial.
- Rede de acesso amplo e gratuito, mas é necessário o intermédio de algum provedor que cobra pelo serviço
Intranet: rede interna, fechada e privada, restrita a um determinado ambiente físico.
Extranet: extensão da Intranet de uma organização disponibilizada para usuários externos.
- Permite o acesso externo controlado.
Internet, intranet e extranet, utilizam os mesmos protocolos
- O acesso remoto pode ser feito pela Internet ou por Intranet

HTTP  HyperText Transfer Protocol: protocolo de Aplicação do Modelo OSI utilizado para transferência de dados na internet.
- Também transfere dados de Hipermídia (imagens, sons e textos).
HTTPS: implementação do protocolo HTTP sobre uma camada SSL ou TLS.
- Essa camada adicional permite que os dados sejam transmitidos através de uma conexão criptografada e que se verifique a autenticidade do
servidor e do cliente através de certificados digitais.

• Surface web: parte que temos acesso através dos motores de busca;
• Deep web: conteúdo acessível, mas não indexado pelos motores de busca;
• Dark web: pequena parte da deep web  Conteúdo não é indexado pelos motores de busca e não é acessível pelos meios convencionais.

URL: Endereço virtual utilizado na Web, que pode estar associado a um sítio, computador ou arquivo.

TELNET: protocolo standard de Internet que permite a interface de terminais e de aplicações através da Internet.
- Fornece regras básicas para permitir ligar um cliente a um intérprete de comando.
- Baseia-se numa conexão TCP para enviar dados em formato ASCII codificado em 8 bits entre os quais se intercalam sequências de controle
para o Telnet  Fornece assim um sistema orientado para a comunicação, half-duplex, codificado em 8 bits fácil de aplicar.
- Com essa conexão é possível o acesso remoto para qualquer máquina ou equipamento que esteja sendo executado em modo servidor.
- É um protocolo de transferência de dados não seguro, o que quer dizer que os dados que veicula circulam às claras na rede  Não é
criptografado.

SSH ou Secure Shell: programa de computador e protocolo de rede que permitem a conexão com outro computador na rede de forma a permitir
execução de comandos de uma unidade remota.
- Possui as mesmas funcionalidades do TELNET, com a vantagem da criptografada na conexão entre o cliente e o servidor.

IP: protocolo responsável pelo gerenciamento de endereços da Internet, permitindo a localização dos computadores na Internet.
• Cada PC tem um endereço IP, que consiste em um nº de 32 bits escrito em 4 octetos na forma decimal.
- As partes devem ser separadas por pontos e seus nº devem estar entre 0 e 255 para que o endereço seja válido  Ex: 128.255.124.20

Alcance Das Redes:


- PAN ou Personal Area Network: rede sem fio de curto alcance. Ex: redes bluetooth.
- LAN ou Local Area Network: rede local, como as domésticas  WLAN quando sem fio.
- MAN ou Metropolitan Area Network: conecta diferentes redes locais pelo espaço de alguns Km  WMAN quando sem fio.
- WAN ou Wide Area Network: conecta diferentes redes locais por todo o mundo  WWAN quando sem fio.
- SAN ou Storage Area Network: faz a ligação de computadores e dispositivos de armazenamento em uma área limitada.

Transmissão De Dados
Transmissão guiada utiliza cabo e a não guiada é sem fio.
• Cabo coaxial: tem largura de banda similar aos cabos de par trançado  está sujeito à interferência de ruídos elétricos e a corrosão  faz
comunicação em um perímetro limitado.
• Cabo de par trançado: a taxa de transmissão vai de 10 Mbps a 10 Gbps.
Transmissão: pode ser com fio ou sem fio.
- Simplex: transmissão em um único sentido.
- Half-Duplex: transmissão nos dois sentidos, mas não ao mesmo tempo.
- Full-Duplex: transmissão nos dois sentidos e ao mesmo tempo.

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RESUMO COMPLETO – CICLO DOS 4 PASSOS™
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E-mail
• Campos do e-mail
Para: destinatário original.
Cc: recebe a cópia da mensagem
Cco: recebe a mensagem, mas os outros remetentes não visualizam que a mensagem foi pra ele  Cópia oculta.
• Utiliza o protocolo SMTP para enviar e o protocolo POP ou IMAP para receber.
- O SMTP pode ser utilizado para enviar e receber dentro de uma intranet.
- O comando USER é utilizado para autenticar o usuário, precedendo o comando PASS, onde o usuário digitará sua senha.
- O @ tem sentido de preposição, sendo utilizado para separar o nome do usuário do nome do provedor

Webmail: interface da internet que permite utilizar o e-mail por meio de um navegador.

Cliente de E-mail: software que permite que os usuários acessem, gerenciem e armazenem os e-mails localmente.
- Os e-mails podem ser lidos e enviados off-line.
- Os e-mails salvos localmente geram um arquivo com a extensão .pst.
- Tem um filtro anti-spam, que avalia as mensagens recebidas e detecta se são ou não indesejadas.

• Mozilla Thunderbird:
- Software livre.
- Permite a pesquisa na web a partir dele próprio.
- Permite utilizar várias contas simultaneamente.
- É possível importar as configurações de conta de outros clientes de e-mail.
- Verifica se há mensagens novas no servidor toda vez que inicializado.

• MS Outlook 2016:
- Faz parte do Office.
- Tem a função “atrasar entrega”, que permite definir uma data e hora para o e-mail ser entregue.
- Tem o recurso de definir regras sobre o recebimento de mensagens (ex: sempre encaminhar o e-mail recebido de um certo cliente).
- É possível configurar acesso a mais de uma conta  Outlook separará os e-mails recebidos e enviados de cada uma.

Navegadores
- Interpretam os arquivos HTML a fim de exibir o conteúdo que vemos nos sites.
- Por padrão, os Pop-Ups vem bloqueados.
- Utilizam os protocolos HTTP, HTTPS, FTP e DNS
- O Internet Explorer, Firefox e Chrome já vem com filtro antiphishing nativo.

Favoritos: links salvos para facilitar um acesso futuro sem precisar digitar o endereço
Navegação privativa ou anônima: permite navegar sem guardar os dados de navegação
- Guarda apenas os dados de cache e cookies, mas ao fechar a janela eles são apagados.
Trabalhar off-line: o navegador salva o conteúdo da página localmente para que continue sua exibição ao desconectar da Internet.

Dados de navegação: CTRL+SHIFT+DEL limpa os dados de navegação.


Cache: armazena os conteúdos multimídias (videos, áudios e textos) para que depois esse conteúdo seja acessado pelo usuário mais rapidamente.
Cookies: arquivos de texto com as preferências de navegação do usuário  Ao acessar um site, ele é enviado ao PC do usuário, e passa a
registrar os hábitos de navegação, permitindo uma interação personalizada nas próximas visitas.
- É possível impedir que os cookies sejam armazenados no computador
- Contêm infos para identificar o visitante, como preferências de navegação etc.
- É possível apagá-los através do navegador.

Dados de formulários: armazena dados digitados, para complementar os campos futuramente.

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15

Plugins: programas instalados em um navegador que permite utilizar recursos que não estão disponíveis nativamente por meio do HTML.
- Conteúdos com Java e Flash é necessário instalar plugins.

Google Chrome: software livre.


- Se a opção de sincronizar estiver ativada, infos como favoritos, históricos e senhas serão salvas e poderão ser integradas em uma nova máquina.
- É possível fazer a impressão com um dispositivo não conectado à impressora através de um segundo dispositivo conectado à impressora.
Atalhos:
Ctrl + A  Seleciona o conteúdo da página exibida;
Ctrl + H  Abre o histórico;
Ctrl + J  Abre a página de download;
Ctrl + N  Abre uma nova janela;
Ctrl + Shift + N  Abre uma nova janela anônima;
Ctrl + W  Fecha a aba ativa;

Mozilla Firefox: software livre.


- É possível verificar o histórico de atualização instalada, com a data que foi feita (mas não é possível verificar quem instalou).
- O Firefox verifica a ortografia automaticamente em textos com mais de uma linha, porém, nem todos os idiomas estão presentes.
Firefox sync: armazena infos como senhas, favoritos e histórico na nuvem e permite sincronizar os dados em vários dispositivos em que o
usuário esteja logado no Firefox.
Firefox monitor: permite consultar se um endereço de e-mail consta em listas de dados vazados.
Firefox Lockwise: sincroniza senhas do navegador para utilizá-las em aplicativos no Android e iOS.
Firefox Send: permite o envio de arquivos pela internet de modo criptografado.

Atalhos:
Crtl+Shift+P  Abre uma janela para navegação privada;

Internet Explorer:
- O recurso de salvar senhas vem ativado por padrão.

Motores De Busca: utilizam robôs chamados Crawler (Bot ou Spider) para varrer servidores e encontrar e indexar páginas.
- O + equivale a E.
- É possível fazer uma pesquisa com base no horário de funcionamento de um local;
- É possível filtrar a pesquisa de imagens com base no tamanho, cor, tipo, tempo, direitos de uso etc.
• Busca com “aspas”: serão listadas apenas as páginas que apresentem os dois termos inseridos e na ordem disposta  “termo 1 termo 2”
• Busca por conteúdo rastreável  #políciafederal
• Pesquisa dentro de um site  termo + site:alfaconcursos.com.br  Retorna opções específicas dentro do próprio site.
• site: youtube.com  o espaço faz com que a busca procure sites relacionados com a expressão youtube.
• Busca com * entre termos: serão buscados sites com que contenha uma palavra qualquer entre os termos  termo 1 * termo 2
• Busca com *: busca por expressão ou frase incompleta.
• Excluir palavra da busca  cookies – receita – biscoitos
• Busca por arquivo com extensão específica: filetype: + extensão de arquivo desejado  filetype:pdf
• Busca por conteúdos relacionados ou similares: related:termo buscado
• Coloque "info:" antes do endereço do site para ver detalhes sobre ele
• Combinar pesquisa: expressão OR  termo 1 OR termo 2

3 – Segurança da informação
Malwares:
Botnet: Pode ser controlado remotamente e atacar outros PCs  Processo de infecção e propagação automático  Utilizados para DDoS.
Rootkit: conjunto de programas e técnicas que permite esconder e assegurar a presença de um invasor ou de outro Malware em um computador
comprometido.
- Remove evidências em arquivos de log;
- Instala outros códigos maliciosos;

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- Mapeia potenciais vulnerabilidades no PC;


• A remoção do Rootkit não necessariamente trará o computador de volta às suas condições originais.
Ransomware: cifra os dados do computador da vítima e pede um pagamento pelo “resgate” dos dados.
- Também sequestra dispositivos, como pen-drives ou a nuvem.
- Uma das melhores formas de se prevenir é fazendo Backups.
• Crypto: sequestra os dados.
• Locker: sequestra o equipamento.
Spywares: programa espião que busca adquirir infos pessoas de usuários.
- Para ser instalado, é necessário ser executado.
• Keylogger: captura o que é digitado no teclado.
- Pode ser utilizado para fins maliciosos ou não, por exemplo, pode ser usado para recuperar infos.
• Screenlogger: armazena a posição do cursor e a tela apresentada no PC.
Vírus: Insere seu código dentro de um outro arquivo e precisa ser executado  Espalha-se pela rede.
• Vírus de Script: pode ser automaticamente executado, dependendo das configurações do navegador.
• Vírus de Macro: infecta arquivos do Office  Cada novo arquivo ali criado estará infectado.
• Vírus de Boot: atuam no processo de inicialização do PC e impede que o SO seja executado corretamente.
• Vírus Time Bomb: são programados para agirem apenas em uma determinada dada, antes eles só se replicam.
Worm: propaga-se automaticamente pela rede, enviando cópias de si mesmo entre PCs.
- Utilizado em ataques DDoS  Pois consomem muitos recursos devido a grande quantidade de cópias de si mesmo.
- Não precisa de um programa hospedeiro para se propagar
- Podem ser usados de forma útil e não maliciosa.
Trojan Horse: vírus ou malware que faz o que aparenta como disfarce para realizar funções maliciosas  Precisa ser executado.
- Não infecta outros arquivos e não consegue se replicar.
Scareware ou Software de engano: faz com que o usuário acesse sites infestados de Malwares.

Ataques:
Phishing: páginas ou e-mails falsos que se passam por legítimos para roubar dados do usuário.
• Pharming ou Envenenamento de DNS: redireciona um usuário que digitou o ID do site legítimo para um site falso.
- Ocorre LOCALMENTE, alterando a DNS do navegador, ou em ESCALA, alterando a cache de DNS que busca o site.
Smishing (SMS + Phishing): feito através de SMS.
Spear Phishing: a pessoa a ser atacada é escolhida a dedo, ou seja, o ataque é altamente direcionado.
Spam: mensagens não solicitadas enviadas em massa, que podem ou não conter malwares  Ex: hoax.
Brute force ou tentativa e erro: utilizado para a quebra de senhas.
- Pode resultar em um DoS.
Spoofing: técnica utilizada para esconder o endereço real do atacante por meio de alteração do cabeçalho do pacote IP.
- É utilizado em qualquer protocolo.
Sniffing: captura pacotes e os analisam  Escuta ou fareja a rede
- Nem sempre é um ataque, pois é o que o IDS faz.
DoS: uma máquina sobrecarrega um serviço
• DDoS: quando várias máquinas menores atuam para sobrecarregar um serviço.
- SMURF  quando o serviço responde o DoS para uma máquina diferente da que solicitou.

Técnicas De Proteção  Pode ser física ou lógica.


IDS ou Sistema de Detecção de Intrusão:
- Age passivamente
- Monitora o tráfego da rede
- Não bloqueia uma ação, mas verifica se esta ação é ou não uma ameaça
- Não interfere no fluxo de tráfego da rede.
- Pode ser baseado em Host, em Rede, ou em ambos.
IPS ou Sistema de Prevenção de Intrusão:
- Age ativamente
- Complemento do IDS
- Identifica uma intrusão, analisa a relevância do evento/risco
- Bloqueia determinados eventos

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- Usa a capacidade de detecção do IDS junto com a capacidade de bloqueio de um firewall;


- Age em diversos pontos de uma arquitetura de rede.

Detecção por assinatura: detecta apenas ataques conhecidos  Precisa ser constantemente atualizado.
Detecção por anomalias: identifica ações diversas das normais  Causa muitos falsos-positivos.
- Ambos podem ser utilizados no modo Passivo (alerta o usuário), ou Reativo (alerta o usuário e responde com ações pré-programadas).

Antivírus:
- Pode ser executado no computador, no navegador ou na rede.
- Quando detecta algo, pode colocá-lo em quarentena ou levá-lo à sandbox.
Métodos utilizados para detecção:
1ª Geração  Detecção baseada em Assinatura
- Depende de atualização constante e veloz dos antivírus para serem capazes de capturarem os diversos códigos que surgem diariamente.
2ª Geração  Detecção baseada em Heurística
- Permite ao antivírus identificar vírus que não constem do seu banco de dados, através da análise do comportamento de um arquivo ou
programa.
3ª Geração  Interceptação de Atividade
4ª Geração  Proteção Completa

Honey pot: ferramenta que simula falhas, servindo como uma armadilha para monitorar quem o invade  Não oferece nenhum tipo de
segurança.

Firewall: software ou hardware que monitora a entrada e a saída de dados, permitindo ou negando o tráfego.
• Abre e fecha portas, funcionando como um filtro.
- Protege a rede interna de ataques vindos da internet.
- Analisa e bloqueia dados indevidos ou indesejados  Pode ser configurado pelo usuário.
- Não precisa ser atualizado constantemente.
- Pode ajudar a impedir que hacker e worms tenham acesso ao computador.
• O que ele não faz:
- Não protege de contra ataques DDoS
- Não detecta Phishing
- Não criptografa mensagens
- Não é anti-spam ou antivírus.
- Não pode ser configurado para ser antivírus.
- Não faz controle de comportamento
- Não cria VPN.

Gerenciamento Unificado de Ameaças ou UTM: sistema de segurança que faz tudo, trazendo funções de Firewall, Antivírus, VPN etc.
- Pode substituir o Firewall e o Antivírus, por exemplo.

VPN  Rede privada virtual que permite utilizar a infraestrutura pública da internet para a transmissão de infos de maneira segura.
- É uma forma mais segura de acessar uma intranet via internet.
- É um tunelamento criptografado e não precisa de Firewall.
VPNs: túneis criados em redes públicas para que essas redes apresentem nível de segurança equivalente ao das redes privadas.
- Na criação desses túneis, utilizam-se algoritmos criptográficos, devendo o gerenciamento de chaves criptográficas ser eficiente, para garantir-se
segurança.
Principais objetivos na implantação de um VPN:
- Disponibilizar acesso por meio de redes públicas a baixo custo.
- Isolar uma rede distribuída contra interferência externa.
- Proteger a privacidade e a integridade de mensagens atravessando redes públicas.
- Manipular toda faixa de protocolos da internet correntemente em uso de forma transparente.
Principais aplicações da VPN:
- Acesso remoto a rede corporativa via internet.
- Conexão de LAN via internet.
- Criação de VPN dentro de uma intranet.

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Proxy: "computador" que atua como intermediário entre uma rede local e a Internet, desempenhando a função de conexão do PC à rede externa.
Ex: uma empresa que tenha um link de internet em apenas um computador, pode instalar um servidor proxy neste computador, e todos os outros
podem acessar a Internet através do proxy.
• Ajuda a melhorar o desempenho na Web armazenando uma cópia das páginas da Web utilizadas com mais frequência.
- Quando um navegador solicita uma página que esta armazenada na coleção do servidor proxy, ela é disponibilizada pelo proxy, sendo mais
rápido do que acessar a Web.
• Ajudam a melhorar a segurança porque filtram alguns tipos de conteúdo da Web e softwares mal-intencionados, mas não é antivírus.
• Implementa uma política de controle de comportamento para determinar que tipos de serviços de Internet podem ser acessados na rede.

Princípios Básicos Da Segurança Da Info: DICA.


Disponibilidade: conteúdo disponível para acessos autorizados.
Integridade: garante que a info não sofreu alterações indevidas.
- Feita por meio do código Hash  Se uma vírgula for alterada, o código muda  Não é possível gerar a mensagem original por meio do Hash.
Confidencialidade: garante o sigilo da info através de criptografia.
Autenticidade: garante a fonte do dado, que a info é verdadeira.
Autenticidade ≠ Autenticação

Autenticação de dois fatores: utiliza uma senha pessoal e algum token ou código enviado.
Autenticação de três fatores: utiliza uma senha pessoal, algum token ou código enviado e características da pessoa, como biometria, retina e
voz.

BACKUP:
- Deve ficar fisicamente distante do original, para evitar que o mesmo evento comprometa as duas cópias  Backup em nuvem tem a vantagem
de guarda as infos em um ambiente seguro e distante.
- A frequência dos backups variam conforme a importância e a alteração dos dados.
- Os LOGS registram os eventos ocorridos, então, após o backup, é importante analisar os logs, pois eles podem apontar erros.
• Backup quente: feito enquanto os dados estão sendo alterados  Como em servidores operando 24/7
• Backup frio: os dados não estão em uso

Backup de cópia: copia os arquivos selecionados.


Backup diário: copia os arquivos criados ou alterados no dia.
Backup completo, normal ou total: salva tudo em uma única cópia de segurança.
Backup diferencial: copia os dados alterados desde o último backup completo.
- Mais lento para copiar e mais rápido para restaurar;
Backup incremental: copia os dados alterados desde o último backup completo ou incremental.
- Mais rápido para copiar e mais lento para restaurar.

Deduplicação  eliminar cópias de dados repetidos.


• Deduplicação In-Line  feita durante o backup.
• Deduplicação Pós-processamento  feita após o backup.
• Deduplicação de Origem  Verifica dados redundantes antes de enviá-los  Diminui o tráfego na rede.
• Deduplicação de Destino  feita quando o dado chega ao servidor.

Criptografia: escrever em códigos para tornar o arquivo ilegível.


Simétrica, de senha ou de chave secreta: utiliza a mesma chave para cifrar e decifrar;
- Mais rápida do que a assimétrica;
- Criptografia de César e da maçonaria são deste tipo;
- Ex: AES; DES; 3DES; Twofish; blowfish; CAST5; RC4; IDEA
Assimétrica ou de chave pública: utiliza duas chaves, uma pública e outra privada, que deve ser guardada sob estrito sigilo;
- Ex: RSA; Diffie-Hellman; curvas elípticas; ElGamal;

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4 – Computação em nuvem
Cloud Storage  Utilizado para o armazenamento de dados.
Nuvem pública: pode ser acessada por qualquer um.
- Pode ser paga ou gratuita.
Nuvem privada: restrita ao público de uma empresa.
Nuvem híbrida: combinação de diferentes tipos de nuvem  Geralmente é uma combinação da privada com a pública.
Nuvem comunitária: utilizada por um grupo de empresas que têm características em comum.

Google Docs: serviço que permite criar, editar e visualizar documentos de texto e compartilhá-los com amigos e contatos profissionais.
- Com a possibilidade de trabalhar off-line, esta ferramenta pode salvar os arquivos tanto no Google Drive quanto na memória do dispositivo.

Cloud Computing  Utiliza computadores interligados na internet para armazenar e processar infos  Conjunto de servidores físicos e virtuais
interligados na rede.
- Quem realiza as tarefas de armazenamento, atualização e backup é o servidor (Datacenter), não o usuário.
- Possível acessar de qualquer lugar do mundo, basta ter acesso à internet  Implementada através da WAN.
- Não é mais necessário instalar apps, dada a disponibilidade do conteúdo na internet.
- O usuário envia os dados aos servidores, que trabalham essas infos e devolvem a resposta, permitindo que o usuário utilize dispositivos mais
simples.
- Tem a vantagem de a aplicação ser executada diretamente na nuvem.
- Traz mais segurança no armazenamento dos dados e economiza energia.
A computação na nuvem envolve:
- Entrega sob demanda de poder computacional.
- Armazenamento de banco de dados.
- Aplicações e outros recursos de tecnologia da info por meio de uma plataforma de serviços na internet.

Níveis de serviço:
• SaaS: Software que pode ser acessado por meio da nuvem  Serviços oferecidos ao usuário, como Gmail etc.
- Software como serviço.
- Sua característica principal é o usuário não ter que pagar por licenças, mas sim pelo uso do serviço.
• PaaS: Plataforma para programadores desenvolverem seus apps  Aluguel de máquina para programação.
- Plataforma como serviço.
• IaaS ou HaaS: Aluguel de uma infraestrutura de hardware completa, como servidores.
- Infraestrutura como serviço ou Hardware como serviço.
• BdaaS: Permite que as empresas manuseiem e aproveitem um volume explosivo de dados.
- Big data como serviço.

5 – Transformação digital (Internet das coisas, Big Data, etc)


Internet das coisas (ioT): interconexão digital de objetos físicos (veículos, sensores) com a rede.
- A evolução do IPv4 para o IPv6 vai de encontro às necessidades da IoT.
• Tecnologia RFID: utiliza frequência de rádio para identificar produtos.
- Dinamizadora da internet das coisas
- Utilizada na medicina, em esportes (chip de rastreamento) etc.

Big data  Capacidade de lidar com grande volume de dados, em alta velocidade, a fim de se atingir uma finalidade.
- Os dados são gerados/colhidos e processados.
- É utilizado para analisar grandes volumes de dados.
- Quanto maior a quantidade de dados, maior é o esforço para extrair infos úteis.
- Pode ser utilizada no EAD para entender as preferências e necessidades de aprendizagem dos alunos e, assim, contribuir para soluções mais
eficientes de educação mediada por tecnologia.
- As infos extraídas podem ser de todos os tipos, como fotos, redes sociais, comportamentos, tráfego aéreo etc.
- A corporação que utiliza a big data, através da colheita e processamento dos dados, terá subsídios para tomar melhores decisões.

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Tipos de dados:
• Dados não estruturados: não possuem organização definida.
- Não estão organizados seguindo qualquer padrão.
- A maior parte dos dados gerados no mundo é desse tipo.
• Dados estruturados: há um padrão definido de estruturação dos dados.
- Dados de um mesmo registro possuem relação entre eles  Banco de Dados.
• Dados semiestruturados: há uma estrutura em cada campo de dados, porém sem um formato específico.

Os 5 V’s relacionados à Big Data:


• Volume: capacidade de lidar com uma infinidade de volume de infos/dados.
• Velocidade: capacidade de analisar os dados criados em grande velocidade, objetivando que os dados sejam tratados em tempo real.
• Variedade: pode lidar com todo tipo de dado e toda forma de organização de dados ou relações entre uns e outros.
• Veracidade: ao lidar com os dados, é necessário que se verifique quais são verdadeiros e quais são falsos.
• Valor: está relacionado ao uso que a organização fará com a ferramenta  Uma infinidade de dados, por si só, não possui valor, mas quando
processados, com o objetivo de atingir uma determinada finalidade, o valor é alcançado.

Principais tarefas de processamento:


- Limpeza
- Seleção
- Integração
- Redução
- Transformação
- Discretização.

Inteligência artificial:
- Busca simular a capacidade humana de pensar, como acontece com os veículos autônomos.
- Pode ser utilizada conjuntamente com a big data e com itens relacionados a ideia de internet das coisas.
• Aprende com experiências (machine learnig), perfomando de forma semelhante ao ser humano.
- O mecanismo de aprendizagem das máquinas envolve o conceito de deeplearning, utilizando algoritmos complexos para imitar a aprendizagem
humana, tal como se fosse uma rede neural.

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DIREITO ADMINISTRATIVO
1 – Introdução e Regime Jurídico Adm
Conceitos
Constitucionalização do direito adm  Ler a adm pública a partir dos princípios constitucionais.
• Vista em dois prismas:
- Elevação, ao nível constitucional, de matérias antes tratadas por legislação infraconstitucional.
- Irradiação dos efeitos das normas constitucionais por todo o sistema jurídico.

Estado: instituição de direito público organizada política, social e juridicamente.


- Constituído por três elementos indissociáveis  povo, território e governo soberano.
- O Estado e seus entes federativos detêm autonomia política.
Forma de Estado:
• Unitário  há uma centralização política, um único poder político central (ex: Uruguai).
• Federado  há uma descentralização política e a presença de outros entes federados (ex: Brasil).
- Não há hierarquia entre os entes federados, e sim uma distribuição constitucional de competências.
Estado de direito: composto por três pilares  tripartição de poderes, universalidade da jurisdição e generalização do princípio da legalidade.
- O Estado institui as leis e está atrelado a elas.

Poderes do Estado (cláusula pétrea): executivo, legislativo e judiciário.


- Essa divisão não é absoluta.
- Devem conviver harmonicamente  teoria de freios e contrapesos.
- Os poderes exercem funções típicas e atípicas (está previsto em lei).
- Executivo e legislativo não criam coisa julgada.
- A função política abarca coisas que não cabem nas outras funções.
• Executivo: função típica é administrar  Essa função tem caráter infralegal, pois deve ser sempre exercida com submissão à lei.

Governo: tem função de direção suprema do Estado, estando relacionado com a função política, de comando e coordenação.
- Governo em sentido subjetivo  pessoas que comandam a atividade governamental.
- Governo em sentido objetivo  atividade do Estado em si.
Sistema de governo:
• Presidencialismo: há uma divisão dos poderes  o PR é chefe do executivo, acumulando a função de chefe de Estado e de governo, cumprindo
um mandato fixo  o executivo não pode dissolver o legislativo.
• Parlamentarismo: o executivo é dividido em duas frentes  o chefe de Estado é o PR ou monarca e o chefe de governo é o primeiro-ministro
ou conselho de ministros  o executivo pode dissolver o legislativo.
Formas de governo:
• Republicana: eleições, temporalidade do exercício, representatividade popular e responsabilidade do governante.
• Monarquia: hereditariedade, vitaliciedade, sem representatividade popular e o governo não tem o dever de prestar contas (irresponsabilidade)

Sentidos da Administração pública:


- Adm em sentido amplo: abrange os órgãos de governo com função POLÍTICA e os órgãos e entidades com função ADM.
- Adm em sentido estrito: abrange somente os órgãos e entidades que com função ADM.
Adm em sentido FORMAL, SUBJETIVO OU ORGÂNICO  Agentes, órgãos e entidades que exercem as atividades adm.
Adm em sentido MATERIAL, OBJETIVO OU FUNCIONAL  É a própria função ou atividade da Adm.

Direito público: tutela o interesse público  Há uma desigualdade nas relações jurídicas devido a supremacia do interesse público sobre o
particular  Relação vertical.
Direito privado: tutela o interesse particular  Há uma igualdade nas relações jurídicas  Relação horizontal.
- Não há relação em que o Estado esteja envolvido que seja regida exclusivamente pelo direito privado.

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Fontes primárias, organizadas ou diretas  Leis e súmulas vinculantes.


Fontes secundárias ou inorganizadas  Jurisprudência, doutrina e costumes.
- Fonte secundária não é obrigatória para o agente adm.

Critérios do direito adm: vários critérios conceituam o que seja o direito adm.
• Critério legalista: conjunto de leis adm que regulam a adm pública.
• Critério do poder executivo: conjunto de regras que disciplinam os atos do poder executivo.
• Critério das relações jurídicas: conjunto de regras que disciplinam o relacionamento da adm pública com os administrados.
• Critério do serviço público: disciplina jurídica que regula a instituição, a organização, o funcionamento e a prestação dos serviços públicos.
• Critério teleológico ou finalístico: sistema de princípios que regulam a atividade do estado para o cumprimento de seus fins.
• Critério negativista: ramo do direito que regula toda a atividade estatal que não seja legislativa e jurisdicional.

Sistemas Adm: controla os atos ilegais ou ilegítimos praticados pelo poder público.
Sistema Francês ou do contencioso Adm  Há duas jurisdições, a judiciária e a administrativa, e ambas fazem coisa julgada.
Sistema Inglês ou do não contencioso Adm  Há apenas a jurisdição judiciária, assim, as decisões adm estão sujeitas ao controle judiciário.

Regime jurídico administrativo


Regime Jurídico da Adm pública ≠ Regime Jurídico Adm.
Regime Jurídico da Adm Pública  Direito público + Direito privado
Regime Jurídico Adm  Apenas direito público.
- A adm possui uma situação privilegiada  Verticalizada
• É o conjunto de princípios e regras que definem a atuação do ente público;
- Podem ser explícitos ou implícitos.
- Não há hierarquia entre os princípios.
- Há dois princípios norteadores.

Princípios norteadores  poder-dever do estado.


Princípio da supremacia do interesse público (poder): o interesse público primário se sobressai ao interesse privado.
- A adm pública tem diversos privilégios em relação ao particular.
- É prioridade da adm pública  o interesse público primário é o da sociedade e o secundário é o do Estado.
• Princípio da indisponibilidade do interesse público (dever): interesse público pertence a coletividade, então a Adm não pode renunciá-lo.

Princípios explícitos: LIMPE  Aplicado a TODA adm pública.


Legalidade:
- Para a Adm, a é legalidade stricto sensu  só pode fazer o que a lei autoriza, jamais podendo agir em sua omissão.
- Para particulares, a legalidade é lato sensu  pode fazer tudo que a lei não proíbe.
- Exceções a legalidade: medida provisória, estado de defesa e estado de sítio.
Impessoalidade: deve agir sempre objetivando o interesse público, jamais em interesse próprio ou de terceiros (vedada a promoção pessoal com
recursos públicos).
- Tratar os adm de maneira isonômica.
- Vedado o nepotismo, inclusive cruzado  Nomeação política não é nepotismo;
Moralidade: agir com ética, probidade, distinguir o certo do errado, o honesto do desonesto etc.
Publicidade: a Adm deve divulgar seus atos por meios oficiais, exceto os que merecem sigilo, como os de segurança nacional , privacidade dos
administrados etc;
- É requisito de eficácia de moralidade do Ato adm.
Eficiência: fazer mais com menos, sem perder a qualidade.
- Acrescentado posteriormente.

Princípios implícitos  Têm a mesma relevância dos explícitos


Princípio do contraditório e da ampla defesa: assegurados em situações que possa gerar prejuízo ao adm.
- Falta de advogado no PAD não ofende a CF;
Princípio da continuidade: serviços públicos, inclusive os prestados por empresas privadas concessionárias, devem ser prestadas de maneira
adequada e ininterrupta.

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Princípio da razoabilidade e proporcionalidade: limitam os atos discricionários  Evita excessos.


- Adequação entre os meios e fins, vendando obrigações e sanções em medida superior as necessárias.
Princípio da segurança jurídica: impede a aplicação de maneira retroativa de uma nova interpretação da lei.
Princípio da motivação: impõe à Adm Pública o dever de indicar os pressupostos de fato e de direito que determinaram a prática do ato adm.
- Nomeação e exoneração de cargo de comissionado não precisa ser motivada.
Princípio da generalidade: serviço público deve atingir o maior nº de pessoas possíveis e todos que cumpram os requisitos faz jus a ele.
Princípio da Juridicidade: amplia o conceito de legalidade, diminuindo a discricionariedade do adm.

2 – Organização administrativa
- A Adm pública é formada exclusivamente pelos órgãos da adm direta e entidades da adm indireta.
Atividades da Adm pública:
• Fomento.
• Polícia Administrativa
• Regulamentação e fiscalização
• Serviços públicos

Princípios da organização administrativa:


Planejamento.
Coordenação.
Descentralização.
Delegação de Competência: instrumento de descentralização adm, objetivando assegurar maior rapidez e objetividade das decisões.
• Avocação: superior hierárquico puxar a competência para si;
- Só pode ser feita se a competência não for exclusiva do órgão.
- É temporária, excepcional e só pode ser feita em situações relevantes e devidamente justificadas.
• Delegação: passar a atribuição de um órgão para outro, que pode ser da mesma hierarquia ou de uma hierarquia inferior.
- Não transfere a competência, apenas a execução.
- É facultativa, temporária (pode ser revogada a qualquer tempo) e deve ser específica quanto a matéria e seus limites.
- Não podem ser delegados edição de atos normativos, decisão de recursos adm e matéria de competência exclusiva.
Controle.

Concentração: extinção de órgãos e secretárias, reunindo competência em um nº menor de unidades.


Desconcentração: criação de órgãos e secretárias para a distribuição de competências dentro da mesma PJ  Cria órgãos.
- Mantém-se a Hierarquia.

Centralização: Prestação de serviços por meio dos órgãos internos da adm direta.
Descentralização: Prestação de serviços por meio de entidades personalizados  Cria entidades.
- Não há hierarquia entre o ente e a entidade  Ocorre a supervisão ministerial ou controle finalístico, onde não será visto o mérito dos atos, mas
sim a finalidade de acordo com a lei.
- A execução das atividades da Adm Federal deverá ser amplamente descentralizada.
A descentralização será posta em prática em três planos principais:
- Dentro dos quadros da Adm Federal, distinguindo-se claramente o nível de direção do de execução;
- Da Adm Federal para a Adm das UF, quando estejam devidamente aparelhadas e mediante convênio;
- Da Adm Federal para a órbita privada, mediante contratos ou concessões.

Descentralização por OUTORGA, SERVIÇO ou FUNÇÃO: transferência de titularidade e execução de serviços.


- Feita apenas por LEI;
Descentralização por DELEGAÇÃO ou COLABORAÇÃO: transferência apenas da execução do serviço, por meio de contrato de concessão
ou ato unilateral.
- É da Adm para a esfera privada.

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Administração direta:
Conjunto de órgãos e agentes públicos ligados diretamente às pessoas políticas  Adm centralizada
• Composta pela União, Estados, DF e Municípios  Não há hierarquia entre os entes
• PJ de direito público interno.
• Possuem autonomia técnica, administrativa, financeira e POLÍTICA
• Responsabilidade objetiva
• Têm imunidade tributária recíproca, o regime de pessoal é estatutário, devem licitar e prestar contas.
• Seus bens são públicos (impenhoráveis, imprescritíveis e inalienáveis) e realizam pagamentos por meio de precatórias
• Possuem prerrogativas processuais  dobro do prazo para recorrer e contestar

Órgãos Públicos  Fruto da desconcentração.


- São despersonalizados, estando dentro de um ente da adm e se subordinando a ele;
- Não possuem patrimônio nem capacidade processual  Exceto os órgãos independentes e autônomos;
- Criação e extinção somente por lei.
• Teoria do órgão ou da imputação: o Ente manifesta sua vontade por meio dos órgãos e dos agentes públicos que o compõe.
• Teoria da aparência: atos praticados que aparentam serem legítimos, mesmo que quem praticou não seja servidor, serão imputados ao Ente.

Classificações dos órgãos quanto à hierarquia ou à posição estatal:


• Órgãos Independentes: originários da CF e representam os três poderes do Estado  Suas funções são exercidas por agentes políticos.
- Ex: Presidência da República e Casas Legislativas.
- O MP tem natureza de órgão independente, estando subordinado ao Poder Executivo.
• Órgãos Autônomos: imediatamente subordinados aos independentes, detêm autonomia adm, técnico e financeira;
- Ex: ministérios e secretarias.
• Órgãos Superiores: detêm poder de decisão, controle e direção, mas uma baixa autonomia;
- Ex: PRF e PF
• Órgãos Subalternos: órgãos de mera execução;
- Ex: departamentos.

Administração indireta:
• Composta por  Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista
• Está vinculada ao ministério que melhor se enquadre em sua principal atividade
- Princípio da especialidade: a entidade está vinculada a especialidade, não podendo executar atribuições diversas.
- Sua finalidade deve estar definida na lei que a criou, se for de direito público, ou em lei complementar, se for de direito privado.
• Fruto da descentralização por OUTORGA  Transferência de titularidade e execução.
• Devem licitar e prestar contas
• Detêm personalidade, patrimônio próprio e capacidade processual
• Possuem autonomia técnica, administrativa e financeira, mas NÃO POLÍTICA
• Necessita de concurso público para contratação.

Autarquias: PJ de direito público criada por lei específica, mediante iniciativa do chefe do Poder Executivo  Aquisição de personalidade
jurídica independe do registro de seus atos constitutivos.
- Presta serviços típicos do Estado.
- Possuem responsabilidade objetiva, seus bens são públicos e realiza pagamento por precatória
- Têm imunidade tributária e prerrogativas processuais.
- Regime de pessoal estatutário.
Espécies:
- Autarquia comum ou ordinária
- Autarquia sob regime especial: detém maior autonomia  Geralmente são as agências reguladoras e universidades públicas.
- Autarquia fundacional: fundação pública que por ser de direito público é denominada autarquia.
- Autarquia interfederada: pertence a mais de um ente federado, como os consórcios de direito público;
- Autarquia profissional: são os conselhos de fiscalização de atividade, como o CRM, CREA etc.

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25

• Ao contrário do que diz sua definição legal, os conselhos são entidades de direito público, pois possuem poder de polícia, e devem seguir as
regras das autarquias.
• A OAB é uma entidade sui-generis, não sendo classificada como uma autarquia.

Fundações Públicas: podem ser de direito público ou privado e não possuem fins lucrativos.
- Sua área de atuação sempre será de cunho social, sendo definido por lei complementar.
- Possui responsabilidade objetiva, seus bens são públicos e realiza pagamentos por precatória.
De direito público: criadas por lei  Não necessitam dos registros de seus atos constitutivos para adquirir personalidade jurídica.
- Regime de pessoal é estatutário.
- Possuem imunidade tributária e prerrogativas processuais.
De direito privado: autorizadas por lei  Necessitam dos registros de seus atos constitutivos para adquirir personalidade jurídica.
- Regime de pessoal é celetista
- Não possuem imunidade tributária nem prerrogativas processuais.

Empresas Pública e S.E.M: PJ de direito privado, criadas a partir de autorização de lei específica  Adquire personalidade jurídica com o
registro de seus atos constitutivos.
• Podem ser prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividade econômica.
- A exploração de atividade econômica é vedada no Brasil, sendo excepcionada a regra apenas: nos casos constitucionalmente previstos, a
segurança nacional e no relevante interesse coletivo.
- Os empregados são do regime celetista e os dirigentes do estatutário;
Prestadora de serviços públicos:
- Responsabilidade objetiva.
- Os bens utilizados para a prestação dos serviços públicos são equiparados a bens públicos.
- Têm imunidade tributária e devêm licitar.
Exploradoras de atividade econômica:
- Responsabilidade subjetiva.
- Não têm imunidade tributária.
- Quando relacionado a sua atividade-fim não precisa licitar, nos demais casos precisa.

Diferença entre E.P e S.E.M:


• Empresa pública:
- Capital 100% PÚBLICO e pode adotar qualquer forma societária.
- Competência do processo é da Justiça do criador da empresa.
• Sociedade de economia mista:
- Capital misto (poder público tem no mínimo 50% + 1 ação) e constituídas apenas como S/A;
- Competência do processo é da Justiça Comum Estadual;

3 – Poderes administrativos;
- São irrenunciáveis, mas podem ser delegados.
Poder Vinculado: não há margem de escolha para o administrador
Poder Discricionário: o adm age com de acordo com a conveniência e oportunidade, sempre em busca do interesse público.
- A escolha deve ser pautada pelos princípios da proporcionalidade e razoabilidade.

Poder Regulamentar ou Normativo: complementa e explica o que a lei trouxe, para que ela possa ser fielmente executada.
• Só pode ser exercido pelos chefes do poder executivo, através de decretos e regulamentos.
- Pode ser delegado.
• Possui natureza derivada ou secundária, pois é exercido com base em uma lei já existente.
• Não pode criar direitos e obrigações, alterar lei ou inovar o ordenamento jurídico.
- Exceção: os decretos autônomos (natureza originária) podem inovar o ordenamento jurídico, em relação:
a) organização e funcionamento da Adm, quando não implicar aumento de despesas nem a criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos vagos.

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26

Poder Hierárquico: eminentemente interno


• Objetiva:
- Dar ordens;
- Editar atos normativos internos para ordenar a atuação dos subordinados;
- Fiscalizar a atuação e rever atos;
- Delegar competências;
- Avocar atribuições;
- Aplicar sanções.

Poder Disciplinar: decorre do hierárquico e permite que a adm aplique sanções adm a seus servidores e a particulares que tenham algum vínculo
jurídico com ela.
- É vinculado em relação a aplicar a sanção e discricionário em relação a definir o limite da sanção.

Poder de Polícia: faculdade discricionária de condicionar, limitar e restringir o uso de bens, direitos e atividades de particulares, buscando
proteger o interesse coletivo.
- Não é ilimitado, pois encontra restrições nos direitos e garantias individuais.
- As taxas cobradas em relação a alvará ou licenças, decorrem do poder de polícia.
- O Judiciário pode analisar a legalidade do Ato que utilizou o Poder de Polícia, não seu mérito.

Polícia Administrativa: Tem caráter preventivo, incidindo sobre bens, direitos ou atividades, sendo vinculada à prevenção de ilícitos adm e
difundindo-se por todos os órgãos adm, de todos os Poderes e entidades públicas que tenham atribuições de fiscalização.
Polícia Judiciária: Tem caráter repressivo, incidindo sobre pessoas, atuando de forma conexa e acessória ao Judiciário na apuração e
investigação de infrações penais.
- Está vinculada ao Poder executivo
- É privativa de corporações especializadas  PC, PM, PF, PRF etc.

Atributos do poder de polícia:


• Discricionariedade: margem de escolha pra agir dentro da lei.
• Autoexecutoriedade: possibilidade de imediata e direta execução de certos atos, independente de autorização judicial.
- Alguns atos, como as multas, não são autoexecutórios, mas tem exigibilidade, onde a adm usa meios indiretos para constranger o infrator.
• Coercibilidade: é imposto unilateralmente pelo Estado e o particular deve obedecer.

Fases do poder de polícia:


• Ordem de polícia: quando a lei ou o ato normativo é criado.
• Consentimento: prévia autorização da Adm para um particular exercer alguma atividade  Nem sempre está presente.
- Ex: alvará ou licenças.
• Fiscalização: verificação do cumprimento das ordens de polícia;
• Sanção: punição ao particular que descumpriu as ordens de polícia  Nem sempre está presente.
- Todas as fases podem ser delegadas às entidades de Direito Público, ao passo que somente as fases de consentimento e fiscalização podem ser
delegadas às entidades da adm de Direito Privado  Nunca pode ser delegado a particulares.

Abuso de Poder: Pode ser omissivo ou comissivo, pois ambas as formas são capazes de afrontar a lei e causar lesão ao direito.
- Devido à reserva do possível, nem toda omissão é abuso de poder.
Excesso de poder: o agente extrapola sua competência ou faz algo que a lei não permite.
Desvio de poder: o agente busca uma finalidade diversa da que deveria, mesmo que essa finalidade ainda seja o interesse público.

4 – Responsabilidade civil
Teoria do risco administrativo: utilizada para ato comissivo do Estado  A responsabilidade é Objetiva e independe de dolo ou culpa, podendo
ser por ato lícito ou ilícito (ambos são antijurídico)  Basta a comprovação da conduta, que gerou um dano, ligados por um nexo causal.
- Alcança as PJ de direito público e as de direito privado que prestam serviços públicos;
- Prescreve em 5 anos o direito de obter indenização.
- PF ou PJ de direito privado que não prestam serviços públicos respondem de maneira subjetiva.

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- Excludentes de ilicitude não tira a responsabilidade objetiva do Estado.


• Admite excludentes e atenuantes (em ambas o ônus da prova é do Estado):
- Excludentes: eximem o estado do dever de indenizar  Culpa exclusiva da vítima ou caso fortuito e de força maior.
- Atenuantes: reduzem o valor da indenização  Caso de culpa recíproca.

Teoria do risco integral: utilizada em situações excepcionais  O Estado tem responsabilidade objetiva, mas não admite excludentes e
atenuantes.
- Utilizada em casos de danos ambientais, danos oriundos de atividades nucleares e atentados terroristas em aviões brasileiros.

Teoria da culpa anônima ou administrativa (Omissão genérica): utilizada para ato omissivo do Estado (inexistência, retardamento ou mal
funcionamento do serviço)  A responsabilidade é Subjetiva e depende da comprovação de dolo ou culpa, pois o Estado está encoberto pelo
princípio da reserva do possível.
Omissão específica: O Estado responde de maneira objetiva em caso de omissão quando ele está no papel de agente garantidor  Ex: danos
que vier a sofrer um preso, objetos apreendidos que sofreram danos etc.
- O Estado não responde civilmente por atos ilícitos praticados por foragidos da cadeia, salvo quando os danos decorrem do ato de fuga, dai
responderá de maneira objetiva.

Responsabilidade civil do Estado em ato legislativo e jurisdicional  É exceção.


Legislativo: em caso de lei de efeito concreto que gere dano ou cause prejuízo e leis declaradas inconstitucionais.
Judiciário: em caso de erro de julgamento, de prisão além do tempo, do juiz errar por dolo ou fraude ou por recusa, omissão ou retardado de
providência que se deva tomar.
- NÃO CABE indenização em prisão preventiva ou temporária.

Direito de regresso: cabe ação regressiva se for comprovado dolo ou culpa do servidor.
- O servidor não pode ser diretamente acionado pelo lesado.
- A ação impetrada para reparar o dano pode ser por via judicial ou adm (acordo entre as partes).

5 – Controle da administração pública.


Controle Interno: expressa-se pelo poder hierárquico, disciplinar e por órgãos especializados em controle.
- Alcança apenas os atos de natureza adm.
O Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade de:
- Avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União.
- Comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da adm federal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito privado.
- Exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres da União.
- Apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

Autotutela  Espécie de controle interno.


Autotutela ≠ Tutela (tutela adm)
Controle hierárquico: controle interno típico do Executivo

Controle externo: controle de um poder sobre o outro, exercidos pelo Legislativo e Judiciário.
- Qualquer um que tenha dinheiro público consigo está sujeito a ele.

Controle Legislativo: controle externo exercido pelo Legislativo, com o auxílio do TCU, em relação a legalidade, legitimidade e economicidade
dos atos que envolvam controle contábil, orçamentário, operacional e patrimonial da Adm Direta e Indireta.
- O TCU aprecia as contas do PR e o CN julga as contas do PR.
Controle político de constitucionalidade: cabe ao CN sustar atos do PR que exorbitem o poder regulamentar ou os limites da delegação
legislativa.

Controle Judicial: controle externo, restrito a aspectos de legalidade, sendo vedada sua análise em relação ao mérito.
- Só pode agir se for provocado.

Controle finalístico ou Tutela: controle da Adm direta sobre a Indireta, onde não existe hierarquia, apenas uma vinculação entre elas.

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6 – Atos administrativos
Ato Jurídico: manifestação da vontade  gera efeito jurídico.
Fato Jurídico: produz efeitos na ordem jurídica, de modo que dele se originem e se extinguem direitos.

Atos Da Administração: vontade bilaterais, sob a égide do Direito Privado  Ex: vendas, contratos.
• Gênero que abarca as espécies Atos Privados, Atos Políticos e Atos Administrativos.
Ato Administrativo: é um ato unilateral, sendo a manifestação da vontade do Estado, sob a égide do Direito Público.
- Ato jurídico destinado a produzir efeitos jurídicos.
• Fato Adm: é a implementação do Ato, sem manifestação de vontade  Natureza executória.
- Ex: apreensão de mercadorias, desapropriação de bens privados, requisição de serviços ou bens privados…
Fato administrativo ≠ Fato jurídico.
• Silêncio Da Administração: em regra, é fato adm, porém, se estiver tipificado em lei como uma forma de manifestação de vontade, será um Ato.

Classificação Dos Atos Administrativos:


Quanto À Liberdade:
• Atos Vinculados: o Adm não possui qualquer margem de escolha  A lei deve ser seguida independente do requerimento do interessado.
- Só podem ser anulados.
• Atos Discricionários: o Adm tem margem de escolha de acordo com a lei, baseado na conveniência e oportunidade, em razão do Mérito
Administrativo.
- Sujeito ao controle judicial somente em relação à legalidade.
- Podem ser revogados ou anulados.
Quanto À Formação:
• Atos Simples: depende da manifestação de um único órgão, podendo ser unitário, colegiado ou pluripessoal.
• Atos Compostos: compostos por um ato principal e um ato acessório, que ratificará o principal.
• Atos Complexos: dois ou mais órgãos somam suas vontades no ato. Ex: concessão de aposentadoria.
Quanto Ao Objeto:
• Atos De Império: impostos unilateralmente pelo Estado, sendo baseados na supremacia do interesse público sobre o particular.
• Atos De Gestão: o Estado atua no mesmo plano jurídico dos particulares, afastando a supremacia do interesse público sobre o particular.
• Atos De Expediente: Atos de rotina interna, praticados por agentes subalternos sem competência decisória, por isso não são passíveis de
questionamento por via recursal.
Quanto Ao Destinatário:
• Atos Gerais: não têm destinatário definido, possuem generalidade e abstração, como os atos normativos.
• Atos Individuais: têm destinatário definido. O singular tem apenas um destinatário e o múltiplo tem vários.
Quanto À Estrutura:
• Atos Concretos: destinam-se a resolver apenas um caso concreto, esvaziando-se após isso.
• Atos Abstratos: utilizado sempre que houver uma situação semelhante em que ele se encaixe, tendo sua aplicação continuada.

Requisitos Do Ato Adm: CO-FO-FI-MO-OB  Sem a presença de algum dos requisitos, o ato se torna nulo.
Competência: poder, resultante de lei, que confere ao agente público a capacidade de praticar o ato adm  É vinculado.
- Seus vícios podem ser convalidados, salvo quando for de competência quanto a matéria ou competência exclusiva, e desde que não acarretem
prejuízo ao interesse público nem a terceiros, com efeitos ex-tunc.
• Característica:
- Exercício obrigatório  Exercê-la não é uma opção, mas um dever do agente público.
- Irrenunciável  Pode ser delegada ou avocada, mas sua titularidade é intransferível.
- Apenas lei pode modificá-la.
- Imprescritível  O não exercício da competência pelo agente não a extingue.
• Teoria da aparência: Atos praticados por Agentes de fato a terceiros de boa-fé serão convalidados.

Forma: maneira de exteriorizar o Ato  É vinculado.


- Em regra, deve ser escrito (pode ser manifestada de outros meios) e motivado.
- Seus vícios podem ser convalidados, desde que não acarretem prejuízo ao interesse público nem a terceiros, com efeitos ex-tunc.

Finalidade: é o que se deseja atingir com este ato  É vinculado.

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• Finalidade Genérica: está presente em todos os atos, sendo a satisfação do interesse público.
• Finalidade Específica: é definida em lei para cada ato.

Motivo: pressuposto de fato e de direito que fundamenta o Ato  Pode ser vinculado ou discricionário.
- Atos vinculados devem ser motivados, enquanto Atos discricionários podem ou não ser motivados.
• Vícios no motivo:
- Situação falsa ou inexistente.
- Situação juridicamente inadequada.
• Teoria Dos Motivos Determinantes: a validade de um ato adm vincula-se aos motivos indicados como seus fundamentos, assim, se inexistente
ou falso o motivo, o ato torna-se nulo.
Motivo ≠ Motivação  Declaração escrita dos motivos presente no requisito Forma.

Objeto: fim imediato do ato, representando seu resultado prático  Pode ser vinculado ou discricionário.

Atributos Dos Atos Adm: P.A.T.I  Todo Ato Adm tem PT, mas apenas alguns tem AI.
Presunção De Legitimidade: garante que o Ato foi praticado em conformidade com a lei e que os fatos são reais.
- Não é absoluta, pois pode ser questionado, porém o ônus da prova é transferido ao particular.
- Decorre do princípio da legalidade.
Autoexecutoriedade: o Ato pode ser posto em execução sem a necessidade de intervenção do Judiciário.
- Só é possível quando é expressamente previsto em lei, assim, não está presente em todos os Atos.
• É dividido em Exigibilidade e Executoriedade.
- Exigibilidade: a Adm utiliza meios indiretos de coerção, sempre previstos em lei, como a multa.
- Executoriedade: a Adm emprega meios diretos de coerção, inclusive a força, podendo ser utilizados sem previsão legal.
Tipicidade: todos os Atos devem corresponder a figuras previamente definidas na lei.
Imperatividade: os Atos trazem obrigações ao particular independente de sua concordância.

Espécies De Atos Adm:


Atos Normativos: contêm determinações gerais e abstratas e não têm um destinatário definido.
- Detalham, especificam e uniformizam os procedimentos da lei, mas não inovam o ordenamento jurídico, exceto os decretos autônomos.
- São indelegáveis  Ex: decretos, regulamento etc.

Atos Ordinários: Atos internos, decorrentes do poder hierárquico.


- Podem ser revogados a qualquer tempo e não geram direitos adquiridos  Ex: portarias, circular, ofício…

Atos Enunciativos: declaram um fato  Ex: Certidão, Atestado, Parecer e Apostila.

Atos Punitivos: meio de impor sanções a servidores, administrados correlatos ou particulares.


- Pode ser interno ou externo, pois decorrem do poder disciplinar e do de polícia.

Atos Negociais: Ato entre a Adm e o particular, onde o ordenamento jurídico exige que o particular tenha uma autorização prévia para exercer
algum direito.
- Mesmo atendendo a um interesse particular, a finalidade do Ato sempre será o interesse público, ainda que esses sejam os mesmos interesses.
- Como todo Ato, é unilateral.
• Vinculado e definitivo: quando atendido todos os requisitos a Adm deve conceder o benefício.
- Não podem ser revogados, mas podem ser cassados ou anulados, em caso de ilegalidade.
- Ex: Licenças.
• Discricionário: mesmo que seja atendido todos os requisitos, a Adm vai conceder o benefício com base na conveniência e oportunidade.
- Não geram direito adquirido, podendo ser revogados a qualquer tempo.
- Ex: Permissão e autorização.

Extinção De Atos Adm:


• Autotutela  a Adm pode anular seus atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
los, por motivo de conveniência e oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.
- Em decorrência da presunção de legitimidade, o Ato é válido até que se prove o contrário.

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Revogação: extinção do Ato por motivo de oportunidade e conveniência.


- Os efeitos da revogação são ex-nunc  Respeita os direitos adquiridos.
- Atos exauridos não podem ser revogados.
• Derrogar  Revogar parcialmente
• Ab-rogar  Extinguir totalmente.
- A extinção total é somente dos efeitos próprios.

Anulação: extinção do Ato por motivo de ilegalidade.


- O dever de anulação pode ser flexibilizado quando a manutenção do ato viciado se justificar ao bem da segurança jurídica, da boa-fé de
terceiros ou quando o prejuízo da anulação for maior que manter o Ato ilegal.
- O direito da Adm de anular Atos que decorram efeitos favoráveis aos destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados,
salvo se comprovada má-fé́ .
- Os efeitos da anulação são ex-tunc.

Cassação: extinção do Ato por descumprimentos dos requisitos impostos para sua execução.

Caducidade: extinção do Ato por lei superveniente que impede a manutenção do Ato inicialmente válido

Contraposição: situação em que um novo Ato se contrapõe a outro, extinguindo seus efeitos.

Encampação: retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei
autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização.

7 – Agentes públicos
Lei 8.112/1990:
- Toda pessoa que exerça, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, mandato, cargo, emprego ou função pública.
Agentes Políticos: políticos eleitos, Ministros de Estado, Secretários estaduais e municipais, Magistrados e membros do MP.
- Estão no topo do Poder Público, sendo responsáveis pela elaboração de diretrizes governamentais e pelas funções de direção, orientação e
supervisão geral da Adm pública.

Agentes Adm: pessoa que exerce atividade pública profissional, permanente e remunerada.
Servidor público: pessoa investida em cargo público.
- Estão presentes na Adm Direta e Indireta (Autarquias e Fundações Públicas de direito público).
- Podem ser efetivos ou comissionados.
- Só pode ser demitido após instauração de PAD.
Empregados públicos: pessoas investidas em emprego público, estando vinculadas a esses empregos através da CLT.
- Estão presentes na Adm Indireta (EP, SEM. e Fundações Públicas de direito privado).
- Ingresso por concurso público, mas não há estabilidade  Para serem demitidos basta decisão fundamentada e motivada.
- Vedada a acumulação de cargos.
Temporários: pessoas contratadas por tempo determinado para atender uma função temporária de excepcional interesse público, estando
vinculadas a essa função por meio de um contrato de direito público.
- O ingresso é feito por PSS.
- Estão presentes na Adm Direta e Indireta.

Particulares em colaboração com o Estado: particulares que não integram a adm pública, mas exercem uma função pública.
Agentes honoríficos: cidadãos que transitoriamente são designados a prestar serviços públicos específicos em razão de sua honra, conduta cívica
ou notória capacidade profissional.
Agentes delegados: pessoas que trabalham para as concessionarias, permissionárias e autorizatárias prestadores de serviço público.
Agentes credenciados: particulares que representam a Adm em determinado ato ou pratica certa atividade específica, mediante remuneração do
poder público.

Agente de fato:

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Agente putativo: pessoa irregularmente investida em cargo público, seja por não ter nível de escolaridade, por não ter idade adequada etc.
Agente necessário: alguém convocado para prestar um serviço necessário no momento.
- Assim que cessar o a necessidade, cessará também o exercício da função pública.

Cargo Público  Criados por lei, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.
Cargos de confiança: podem ser assumidos por particulares ou por servidores de cargo efetivo.
Cargo efetivo: mediante concurso público.
- Função de confiança é apenas para servidor efetivo (Eu só confio no efetivo).
- O início do exercício de função de confiança coincidirá com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o servidor estiver em
licença ou afastado por qualquer outro motivo legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término do impedimento, que não poderá
exceder a 30 dias da publicação.

Requisitos para investidura:


• Nacionalidade BR.
- Os estrangeiros podem exercer cargos em universidades e instituições de pesquisa científica para os cargos de professor, técnico e cientista.
• Pleno gozo dos direitos políticos.
• Quite com as obrigações militares e eleitorais.
• Nível de escolaridade exigido.
• Mínimo de18 anos.
• Aptidão física e mental, além de outras atribuições estabelecidas em LEI.

Acumulação De Cargos: pode ser acumulado dois cargos de professor, um de professor e um técnico/científico, ou dois na área da saúde.
- A acumulação ilegal de cargos pode ser detectada a qualquer tempo.
- O servidor tem 10 dias para escolher um dos cargos  Na omissão do servidor, será instaurado procedimento sumário.

Concurso Público: obrigatório para a Adm Direta e Indireta.


- Pode ser de provas ou provas e títulos.
- Candidato aprovado será convocado com prioridade sobre novos concursados.

Estabilidade: Adquirida após 3 anos de efetivo exercício  É em relação ao serviço público, não ao cargo.
• O servidor só perde o cargo por:
- Sentença judicial transitada em julgado (8.112 e CF);
- PAD com ampla defesa (8.112 e CF);
- Avaliação periódica de desempenho com ampla defesa (CF);
- Exoneração por excesso de gastos (CF);

Estágio probatório: dura 3 anos e nele será avaliado a assiduidade, produtividade, responsabilidade, capacidade de iniciativa e disciplina 
ADE, ADE, ADE, ADE, DISCIPLINA.
- Quatro meses antes do fim do estágio, será formada uma comissão para fazer essa avaliação. O servidor não aprovado será exonerado ou
reconduzido ao cargo anterior (se estável).
- O servidor em estágio probatório pode exercer qualquer cargo comissionado ou função de confiança no órgão de lotação, mas só pode ser
cedido a outro órgão para ocupar cargos de Natureza Especial ou DAS 6, 5 e 4, ou equivalentes.
• Não pode tirar licença para mandato classista, tratar de interesses particulares e capacitação  MA-TRA-CA.
• Não pode afastar para servir a outro órgão ou entidade (salvo cargos de Natureza Especial e DAS 6, 5 e 4) ou para pós-graduação Stricto Sensu
no País.
O estágio será suspenso por:
- Licença por doença em pessoa da família;
- Licença por motivo de afastamento do cônjuge.
- Licença para atividade política.
- Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe ou coopere.
- Para participar de curso de formação em outro cargo da Adm Pública Federal.

Greve:
- Não tem direito de greve os servidores que atuem diretamente com Segurança Pública.

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32

- A Justiça comum, Federal e Estadual, é competente para julgar a abusividade de greve de servidores da adm direta, autarquias e fundações
públicas, ainda que regidos pela CLT.
- Deve ser descontado os dias de paralisação, salvo se a greve foi provocada por conduta ilícita do Poder Público.

Provimento:
Nomeação: Após a nomeação  30 dias para tomar posse, caso não tome, o ato de nomeação é tornado sem efeito; após a posse  15 dias para
entrar em exercício, caso não entre, será exonerado.
- Os prazos são improrrogáveis.
• A investidura acontece com a posse.
Promoção: subir de classe dentro do mesmo cargo.
Readaptação: investidura do servidor em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua
capacidade física ou mental.
- Deve respeitar as habilitações exigidas, como nível de escolaridade e equivalência de vencimentos.
- Se não houver cargo vago, atuará como excedente
Reversão: retorno de um servidor aposentado  Não pode reverter quem já completou 70 anos.
• Reversão compulsória: quando se verifica que a incapacidade que o aposentou não existe mais.
- Se não houver cargo vago, atuará como excedente.
• Reversão no interesse da Adm: quando o servidor solicita a reversão.
- A aposentadoria deve ter sido voluntária e ocorrida nos 5 anos anteriores à solicitação.
- O servidor deve ser estável e deve haver cargo vago.
Reintegração: volta de um servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, quando invalidada a sua demissão, com o ressarcimento de todas as
vantagens.
- Se o cargo tiver sido extinto, o servidor ficará em disponibilidade.
Recondução: retorno de um servidor estável ao cargo anteriormente ocupado.
• Ocorrerá por:
- Inabilitação ou desistência do estágio probatório.
- Reintegração do anterior ocupante do cargo.
Aproveitamento: retorno do servidor em disponibilidade, feito de maneira obrigatória, em um cargo de atribuições e vencimentos compatíveis.

Vacância:
Exoneração;
- Em cargo efetivo, pode ser a pedido ou de ofício.
- Em CC, pode ser a pedido ou por escolha da autoridade que nomeou.
Demissão;
Promoção;
Readaptação;
Posse em outro cargo;
Aposentadoria;
Falecimento.

Remoção: deslocamento do servidor, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede, a pedido ou de ofício.
De ofício: a Adm decide para onde o servidor vai  Precisa fornecer ajuda de custo.
A pedido independente do interesse da Adm:
- Para acompanhar companheiro que foi deslocado no interesse da Adm;
- Por motivo de saúde do servidor ou de quem mora junto com ele.
- Por processo seletivo onde o nº de interessados for superior ao número de vagas.
A pedido a critério da Adm: quando o servidor solicita a mudança por motivos pessoais.
Redistribuição: deslocamento de cargo efetivo, ocupado ou vago, para outro órgão ou entidade do mesmo poder.
- Feito no interesse da adm, com equivalência de vencimentos e mantendo as características do cargo.

VANTAGENS:
- São calculadas em cima do vencimento base, ou seja, não pode ser usada na base de cálculo de outra vantagem.
Indenizações: contraprestação de algum gasto feito pelo servidor  D-A-T-A.
- Não se incorporam ao vencimento.

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33

Diárias: tem a função de cobrir pousada, alimentação e locomoção.


- Se o deslocamento de sede for uma exigência permanente do cargo, não fará jus às diárias.
- Se o deslocamento não exigir pernoite ou a União custear as despesas por outro meio, a diária será paga pela metade.
- Em municípios ou países vizinhos só será paga a diária se houver pernoite.
Ajuda de custo: devida em caso de remoção do servidor, de ofício, para uma nova sede, em caráter permanente  Vedado duplo pagamento.
Transporte: devida ao servidor que utiliza meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos no desempenho do cargo.
Auxílio-moradia: devida a quem tenha que se mudar para assumir cargo ou função de confiança e cargos de natureza especial.
- No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-moradia
continuará sendo pago por um mês.

Gratificações e adicionais:
Gratificação por encargo de curso ou concurso: paga somente se as atividades forem feitas sem prejuízo das atribuições do cargo ou com
compensação de horário.
Adicional de insalubridade, periculosidade e penosidade: o servidor deve conviver habitualmente com os riscos  Se cessarem, não receberá
mais o adicional.
- Se puder receber adicional de insalubridade e periculosidade, deve escolher apenas um deles (pode acumular com o de penosidade).
Adicional por serviço extraordinário: limite máximo de 2 horas por jornada, com acréscimo de 50% sobre a hora normal de trabalho.
Adicional noturno: serviços prestados entre as 22:00 e as 5:00 terão um adicional de 25%  cada hora equivale a 52’30’’.
- Se uma hora noturna também for extra, calcula-se uma sobre a outra.
Adicional de férias: será pago, independente da solicitação do servidor, um valor de 1/3 da remuneração do período das férias.

PENALIDADES:
• As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si, podendo correr simultaneamente  Se o servidor
for absolvido na esfera penal por inexistência do fato ou por negativa de autoria, ocorrerá também absolvição nas outras instâncias.
- Prazo prescricional passa a contar quando o fato se torna conhecido  Se a infração também for um delito penal, vale o prazo do CP.
- Instauração de Sindicância ou PAD interrompe a prescrição.
- Pedido de reconsideração é para a autoridade que expediu a primeira decisão.
- Falta de defesa técnica em PAD não ofende a CF.

Advertência: aplicada por escrito e tem seu registro cancelado em 3 anos, caso não haja nova infração.
- Prescrição em 180 dias.
Suspensão: no máx por 90 dias, sem remuneração, e tem seu registro cancelado em 5 anos, caso não haja nova infração.
- Prescrição em 2 anos.
- Se for conveniente para a Adm, pode ser convertida em multa de 50% do salário, ficando o servidor obrigado a trabalhar.
Demissão: pode resultar em impossibilidade de investir no serviço público por 5 anos, para sempre ou indisponibilidade dos bens e
ressarcimento ao erário.
Cassação de aposentadoria e disponibilidade: praticar uma infração punida com demissão quando em atividade.
Destituição do CC: infração punida com suspensão ou demissão.
- Se o servidor pedir exoneração, e for descoberto que ele deveria ser demitido, a exoneração será convertida em destituição.
- Os casos que além da demissão, incompatibilizam por 5 anos ou para sempre, ou que gerem indisponibilidade de bens, se aplicam à destituição.
Destituição da função em comissão: aplicada ao servidor efetivo  Se a penalidade for suspensão, ele será destituído da função e cumprirá
suspensão, se for demissão, será demitido.

Casos de suspensão: CORRE que lá vem suspensão


• COmeter a outro SERVIDOR atribuições que são suas;
• Reincidência de advertência;
• Recusa à inspeção médica oficial (até 15 dias);
- Cessa os efeitos da penalidade assim que cumprida a determinação.
• Exercer qualquer atividade incompatível com o cargo/função/horário de trabalho.
Casos de demissão:
• Improbidade adm: SUPERI
- Suspensão de direitos políticos
- Perda da função pública
- Ressarcimento ao erário
- Indisponibilidade dos bens

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• Abandono de cargo: ausência intencional por mais de 30 dias consecutivos.


• Inassiduidade habitual: faltar por 60 dias no período de 12 meses, de maneira intercalada, sem justificativa.
• Crime contra a adm pública e corrupção.
• Conduta escandalosa na repartição.
• Insubordinação em serviço.
• Ofensa física em serviço, salvo em legítima defesa.
• Revelar segredo do qual se apropriou em razão do cargo.
• Lesão aos cofres públicos.
• Acumular, ilegalmente, cargo, emprego ou função pública.

Carreira de Policial Rodoviário Federal – Lei 9.654/1998:


Classe especial  Padrão de I a III (Inspetor)
Primeira classe  Padrão de I a VI (Agente Especial)
Segunda classe  Padrão de I a VI (Agente Operacional)
Terceira classe  Padrão de I a III (Agente)

Para fins de enquadramento na Terceira Classe, será observado o tempo de exercício, de acordo com os seguintes critérios:
- Menos de 1 ano de exercício na classe de Agente: Padrão I
- De 1 ano completo até menos de 2 anos de exercício na classe de Agente: Padrão II
- 2 anos completos ou mais de exercício na classe de Agente: Padrão III.
• O tempo que exceder o período mínimo de 1 ano para enquadramento nos padrões acima será computado para fins da progressão ou promoção
subsequente.

O ingresso nos cargos de PRF será por concurso público, constituído de duas fases, ambas eliminatórias e classificatórias, sendo a
primeira de exame psicotécnico e de provas e títulos e a segunda constituída de curso de formação.
• A investidura no cargo de PRF dar-se-á no padrão único da classe de Agente, onde permanecerá por pelo menos 3 anos ou até obter o direito à
promoção à classe subsequente.
- A partir de 1º de janeiro de 2013, a investidura dar-se-á no padrão inicial da Terceira Classe.
• O ocupante do cargo PRF permanecerá preferencialmente no local de sua primeira lotação por um período mínimo de 3 anos exercendo
atividades de natureza operacional voltadas ao patrulhamento ostensivo e à fiscalização de trânsito, sendo sua remoção condicionada a concurso
de remoção, permuta ou ao interesse da adm.
• Os ocupantes de cargos da carreira de PRF ficam sujeitos a integral e exclusiva dedicação às atividades do cargo.
• Os cargos em comissão e as funções de confiança do Departamento de PRF serão preenchidos, preferencialmente, por servidores integrantes da
carreira que tenham comportamento exemplar e que estejam posicionados nas classes finais, ressalvados os casos de interesse da adm, conforme
normas a serem estabelecidas pelo Ministro da Justiça.
• É de quarenta horas semanais a jornada de trabalho.

Atribuições gerais das classes do cargo de PRF:


Classe Especial: atividades de natureza policial e administrativa, envolvendo direção, planejamento, coordenação, supervisão, controle e
avaliação administrativa e operacional, coordenação e direção das atividades de corregedoria, inteligência e ensino, bem como a articulação e o
intercâmbio com outras organizações e corporações policiais, em âmbito nacional e internacional, além das atribuições da Primeira Classe.
Primeira Classe: atividades de natureza policial, envolvendo planejamento, coordenação, capacitação, controle e execução administrativa e
operacional, bem como articulação e intercâmbio com outras organizações policiais, em âmbito nacional, além das atribuições da Segunda
Classe.
Segunda Classe: atividades de natureza policial envolvendo a execução e controle adm e operacional das atividades inerentes ao cargo, além das
atribuições da Terceira Classe.
Terceira Classe: atividades de natureza policial envolvendo a fiscalização, patrulhamento e policiamento ostensivo, atendimento e socorro às
vítimas de acidentes rodoviários e demais atribuições relacionadas com a área operacional do Departamento de PRF.
• As atribuições específicas de cada uma das classes serão estabelecidas em ato dos Ministros do Planejamento, Orçamento e Gestão e da
Justiça.

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Indenização de fronteira – Lei 12.855/2013:


• Esta lei institui a indenização devida para servidores que atuam em localidades estratégicas vinculadas à prevenção, controle, fiscalização e
repressão dos delitos transfronteiriços  Vale para PF, PRF, Receita, entre outros.
- A indenização será devida por dia de trabalho  Equivale à jornada de 8 horas.

• Os locais estratégicos são definidos levando em consideração os seguintes critérios:


- Municípios localizados em região de fronteira.
- Dificuldade de fixação de efetivo.

• Sobre a indenização:
- Não poderá ser paga cumulativamente com diárias, indenização de campo ou qualquer outra parcela indenizatória decorrente do trabalho na
localidade.
- Na hipótese de ocorrência da cumulatividade, será paga ao servidor a verba indenizatória de maior valor.
- A indenização não se sujeita à incidência de imposto de renda.

Indenização ao PRF – Lei 13.712/2018:


• É dada indenização, temporária e emergencial, ao PRF que, voluntariamente, deixar de gozar integralmente do repouso remunerado de seu
regime de turno ou escala.
- Será devida, por turno ou escala de trabalho, ao PRF que se dispuser, voluntariamente, a trabalhar durante parte do período de repouso
remunerado de seu regime de turno ou escala e participar de eventuais ações relevantes, complexas ou emergenciais que exijam significativa
mobilização da PRF.
- Jornada de 6 horas  R$420,00
- Jornada de 12 horas  R$900,00
• A indenização não poderá ser paga cumulativamente com diárias ou com indenização de campo.
- Na hipótese de ocorrência da cumulatividade, será paga a verba indenizatória de maior valor.

Ato do Ministro da Segurança Pública estabelecerá:


- As condições e os critérios necessários ao recebimento da indenização, os quais observarão os princípios da voluntariedade, da
excepcionalidade, da impessoalidade, da transitoriedade, da eficiência e da supremacia do interesse público.
- A necessidade quantitativa e qualitativa de servidores que a PRF deverá disponibilizar para o atendimento da demanda das atividades de
policiamento e de fiscalização em consonância com os calendários nacional e regional de operações e as atividades emergenciais e excepcionais.
• Essa competência poderá ser delegada ao Diretor-Geral do Departamento de PRF do Ministério da Segurança Pública.

Regras sobre a indenização:


- Não será sujeita à incidência de imposto de renda e de contribuição previdenciária.
- Não será incorporada ao subsídio do servidor.
- Não poderá ser utilizada como base de cálculo para outras vantagens, sequer para fins de cálculo dos proventos de aposentadoria ou de
pensão por morte.

Critérios de promoção na carreira de PRF – Decreto 8.282/2014:


Progressão: passagem do servidor de um padrão para o padrão de vencimento imediatamente superior dentro da mesma classe.
Promoção: passagem do servidor do último padrão de uma classe para o padrão inicial da classe imediatamente superior.

O ocupante de cargo efetivo da carreira de PRF requisitado pela PR da República, Vice da República, cedido para o Ministério da Justiça ou
nas hipóteses de requisição previstas em lei será submetido à avaliação de desempenho com base nas regras aplicáveis como se estivesse em
efetivo exercício no Departamento de Polícia Rodoviária Federal.

Requisitos para a progressão:


- Cumprimento do interstício de 12 meses de efetivo exercício em cada padrão.
- Resultado satisfatório na avaliação de desempenho no interstício considerado para a progressão  Alcance de 70% das metas estipuladas em
ato do dirigente máximo do órgão.

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36

Requisitos para promoção:


- Cumprimento do interstício de 12 meses de efetivo exercício no último padrão de cada classe.
- Resultado satisfatório na avaliação de desempenho no interstício considerado para a promoção  Alcance de 80% das metas estipuladas em
ato do dirigente máximo do órgão.
- Participação em eventos de capacitação, observada a carga horária mínima estabelecida.
• Da promoção da terceira para a segunda classe, além dos requisitos acima, o policial deverá ter o estágio probatório homologado.
• O interstício necessário para a progressão e promoção será computado em dias, contado da data de entrada em exercício do servidor no cargo e
descontadas as ausências e afastamentos do servidor que não forem considerados pela 8.112/90, como de efetivo exercício.

A 8.112 considera como de efetivo exercício:


- Férias.
- Exercício de cargo em comissão ou equivalente em outro órgão ou entidade.
- Participação de programa de treinamento regularmente instituído ou programa de pós-graduação stricto sensu no País.
- Desempenho de mandato eletivo (político).
- Júri e outros serviços obrigatórios.
- Missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento.
- Licença à gestante, à adotante e à paternidade.
- Licença para tratamento da própria saúde, até o limite de 24 meses.
- Por motivo de acidente em serviço ou doença profissional.
- Para capacitação.
- Para deslocamento para a nova sede.
- Para participar de competição desportiva nacional ou integrar representação desportiva nacional.
- Afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil faça parte ou coopere.
- Afastamento por 1 dia, para doação de sangue.
- 8 dias consecutivos em razão de casamento.
- 8 dias consecutivos em razão de falecimento de cônjuge, companheiro, pais, filhos, etc.
- Faltas justificadas decorrentes de caso fortuito ou força maior poderão ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim consideradas
como efetivo exercício.

8 – Lei 8.666/93
- Visa garantir a isonomia, a proposta mais vantajosa para a adm e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável.
- Uma empresa não pode participar de consórcios com a intenção de ter “mais de uma chance” no mesmo certame.
- No consórcio entre empresas brasileiras e estrangeiras, a liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasileira.
Licitação deserta: não aparece nenhum licitante.
Licitação fracassada: não há licitante classificado.

Princípios:
Princípios da Igualdade: não pode haver diferença de tratamento entre empresas BR e estrangeiras, salvo em casos de bens e serviços de
informática desenvolvidos no Brasil.
Princípio do Julgamento objetivo: o julgamento deve ser baseado em critérios e parâmetros concretos, precisos, previamente estipulados no
instrumento convocatório, que afastem quaisquer subjetivismos quando da análise da documentação.
Princípio da adjudicação compulsória: se a Adm atribuir o objeto licitado a alguém, deverá fazê-lo ao vencedor da licitação.

Projeto Básico: elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado
tratamento do impacto ambiental do empreendimento e que possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e prazo de
execução.

Projeto Executivo: conjunto de elementos necessários para a execução completa da obra, de acordo com as normas da ABNT.

 Tipos: não se aplicam à modalidade concurso.


Menor preço: para produtos comuns ou com características definidas.
Melhor técnica: para serviços de natureza predominantemente intelectual.
Técnica e preço: para bens e serviços de informática e serviços de natureza predominantemente intelectual.
Maior lance ou oferta: para a alienação de bens ou concessão de direito real de uso.

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37

 Modalidades:
- É proibido a criação ou combinação de modalidades.
- O fracionamento da licitação é permitido, desde que se mantenha a modalidade necessária para se licitar todo o objeto.
- Excepcionalmente é possível o fracionamento utilizando modalidade mais simples, desde que se trate de parcelas específicas que venham a ser
executadas por “empresa” diversa da que está executando o serviço principal.

Concorrência: pode participar qualquer interessado, desde que comprove os requisitos mínimos.
• Adotada em razão do valor ou em razão do objeto:
- Alienação ou aquisição de bens imóveis.
- Concessão de direito real de uso.
- Concessão de serviço público.
- Licitações internacionais.
- Contrato de obra por empreitada integral.
Tomada de preços: para cadastrados ou que atenderem as condições exigidas para cadastramento até o 3º dia anterior ao do recebimento das
propostas.
Convite: apenas convidados podem participar  Serão no mínimo de 3 convidados. Após isso, a carta-convite será afixada em local apropriado,
onde os demais cadastrados podem manifestar interesse em até 24 horas antes da abertura de envelopes. Quando for realizar novo certame de
objeto semelhante, a adm deve convidar ao menos mais 1 possível licitante.
- Em condições específicas e justificadas pode haver menos de 3 convidados.
- Única modalidade que não exige a publicação de edital.
Concurso: modalidade de licitação para escolha de trabalho técnico, artístico ou científico.
- Tratando-se de seleção de projeto de cunho intelectual, deverá o autor ceder à adm os direitos patrimoniais a ele reativos para pagamento do
prêmio ou remuneração.
Leilão: utilizada para a venda de bens móveis inservíveis para a adm ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a alienação
de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação.
- Qualquer interessado pode participar.

- A contratação direta ocorre por inexigibilidade de licitação ou por dispensa de licitação.


- Se for comprovado superfaturamento, responderão solidariamente o prestador de serviço e o agente público responsável.
- Ambas devem ter justificativa de preço.
Inexigibilidade de licitação  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição  Rol exemplificativo.
- Produtor ou fornecedor exclusivo, vedada a preferência por marca.
- Serviços técnicos, com profissionais de notória especialização, vedado para serviços de publicidade e divulgação.
- Contratação de artista consagrado pela crítica especializada ou opinião pública.

Dispensa de licitação:  Rol taxativo.


Licitação dispensável: Ato discricionários, para aquisições.
- Existe a possibilidade de competição, mas a lei faculta a dispensa.
• Casos de dispensa:
- No caso de guerra ou grave perturbação da ordem.
- Na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em consequência de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de
classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido.

Licitação dispensada: Ato vinculado, para alienações.


- As hipóteses são determinadas por lei.

Procedimento Licitatório:
- Composta pela fase interna, onde será elaborado o edital, e pela fase externa, que se inicia com a publicação do edital.
Habilitação: conferência dos documentos necessários para que os licitantes possam continuar participando do certame.
- No caso de convite, concurso, leilão e nos fornecimentos de bens a pronta entrega, os documentos poderão ser dispensados.
- A modalidade concorrência admite uma etapa de pré-qualificação.
• Registros cadastrais: substitui os documentos de habilitação  Os órgãos e entidades que realizam licitações constantes devem manter o
registro cadastral dos licitantes, com validade de 1 ano.
- Pode ser utilizado registro de outro órgão/entidade.

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Julgamento:
1º abertura dos envelopes de documentação
2º devolução dos envelopes de proposta aos inabilitados
3º abertura dos envelopes de propostas
4º verificação da conformidade das propostas em relação ao edital
5º julgamento e classificação
6º deliberação da autoridade competente quanto à homologação e adjudicação.
- As propostas serão julgadas objetivamente, não sendo admitidas propostas com preços simbólicos ou irrisórios, com valor zero ou com preços
incompatíveis com os dos insumos e salários do mercado.
• Serão desclassificadas as propostas:
- Que não atendam às exigências do edital
- Com valor superior ao limite estabelecido
- Com preços irreais.
• Se todos os licitantes forem inabilitados ou desclassificados, a adm pode dar aos licitantes 8 dias úteis para a apresentação de nova
documentação ou de outras propostas.

Pregão
- Utilizado para bens e serviços comuns de qualquer valor, não se aplicando às obras de engenharia, alienações ou locações de imóveis.
- Sempre utiliza o tipo Menor Preço.
- Modalidade pouco complexa, que não exige habilitação prévia e possibilita lances verbais, o que aumenta o nº de concorrentes e a
competitividade.

Fase Preparatória:
1º justificativa da contratação, com elementos técnicos e orçamento
2º definição do objeto, de forma precisa e clara, sendo vedada especificações excessivas que limitem a competição
3º exigência de habilitação
4º critérios de aceitação das propostas
5º sanções por inadimplemento
6º cláusulas de contrato
7º fixação de prazos.

Pregoeiro e equipe de apoio: o órgão ou entidade os designarão, tendo como atribuições o recebimento das propostas e lances, a análise de
aceitabilidade e classificação e a habilitação e adjudicação do objeto licitante ao vencedor.
• Equipe de apoio: a maioria deve ser servidor efetivo ou empregado da adm e preferencialmente do quadro permanente do órgão ou entidade
promotora do pregão.

Fase Externa: inicia-se com a convocação dos interessados, por meio da publicação do aviso no DO ou Jornal de circulação local.
- O julgamento ocorrerá antes da habilitação e a adjudicação antes da homologação.
- O prazo de validade das propostas será de 60 dias, se o edital não trouxer outro.

Procedimento: será feita uma sessão pública para recebimento das propostas, com os interessados dando ciência que cumprem os requisitos de
habilitação e com a entrega dos envelopes com as propostas.
- Os envelopes serão abertos imediatamente, verificando a conformidade das propostas.
• Será verificada a oferta mais baixa e as com valores até 10% superior a essa.
- Se não constar pelo menos 3 propostas, os autores das 3 melhores propostas serão selecionados.
- Esses licitantes farão lances verbais e sucessivos até a declaração do vencedor.
• Após a definição do vencedor, caberá ao pregoeiro decidir motivadamente se aceita a proposta.
- O pregoeiro pode negociar com o vencedor para tentar obter um melhor preço.
• Declarado o vencedor, o objeto será adjudicado e homologado, sendo o vencedor convocado para assinar o contrato.
- Se não o fizer, o pregoeiro analisará as propostas subsequentes até chegar a um vencedor.

É Vedado:
- Garantia de propostas.

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- Aquisição do edital como condição de participação


- Pagamento de taxa, salvo referentes ao fornecimento do edital.

Ficará impedido de licitar e contratar com o poder público por até 5 anos, além de multas e demais cominações legais, quem:
- Convocado dentro do prazo de validade da proposta, não celebrar o contrato.
- Deixar de entregar ou apresentar documentação falsa.
- Ensejar o retardamento da execução do contrato.
- Não mantiver a proposta apresentada.
- Falhar ou fraudar na execução do contrato.
- Comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude fiscal.

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DIREITO PROCESSUAL PENAL


1 – Conceitos
- A norma será material, processual ou ambas, de acordo com seu conteúdo.
- É autônomo frente ao direito penal  Pode existir mesmo que o direito penal não exista
- É instrumental  Ferramenta para que possa ser aplicado o direito penal.
- É normativo  Tem código próprio.
- Nenhum ato será nulo se dele não surgir prejuízo para uma das partes.
- A analogia é aplicada in bonam e in malam parte.
- Inclui-se o dia do início e do fim na contagem, não se prorrogando o prazo caso o último dia seja domingo ou feriado.

Finalidade imediata ou direta: garantir a intenção de punir e tutelar os direitos e garantias fundamentais.
Finalidade mediata ou indireta: garantir a proteção dos bens jurídicos relevantes.

Fonte material: União e, subsidiariamente, o DF e os estados.


Fonte formal:
• Diretas: CPP, CF, leis, tratados internacionais, e súmulas vinculantes.
• Indiretas: princípios gerais do direito, doutrina, jurisprudência, costumes e analogia.

Sistemas:
Inquisitório: sigiloso, escrito e sem contraditório, onde a confissão é a rainha das provas.
Acusatório: é imparcial, pois há contraditório e ampla defesa, publicidade e oralidade.
- A doutrina diz que o Brasil adota o sistema acusatório.
Misto: parte inquisitório e parte acusatório.

Princípios:
Princípio do devido processo legal: princípio norteador, pois dele resulta os outros.
Princípio da presunção de inocência ou da não culpabilidade: ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado.
Princípio da publicidade: o processo deve ser público, salvo quando imprescindível seu sigilo.
Princípio do juiz e do promotor natural: processo e a sentença será por autoridade competente, previamente conhecidos e investidos no cargo.
Princípio da imparcialidade do juiz: o juiz deve absorver as infos e se manter imparcial, senão cairá nas hipóteses de suspeição e impedimento.
Princípio do duplo grau de jurisdição: recursos em outras instâncias.
Princípio do contraditório e da ampla defesa: no IP é um direito disponível e no processo é indisponível, sob pena de nulidade.
Princípio da economia processual: combinar o mínimo de recursos com o máximo de eficiência  Ex: prova emprestada
Princípio da não-autoincriminação: silêncio não implica culpa.

Lei Processual Penal No Espaço:


- A territorialidade é absoluta, pois não existe processo brasileiro correndo no exterior.
- Aplica-se a lei Br para os crimes que ocorrerem em barcos ou aviões estrangeiros que estiverem em território BR.
Exceções de aplicação da lei Br:
- Tratados, convenções e regras de direito internacional.
- Prerrogativa de foro do PR, dos Ministros de Estado e dos Ministros do STF.
- Competência da justiça militar e dos Tribunais Especiais.
- Processos por crimes de imprensa.
Lei Processual Penal No Tempo:
- Incide imediatamente no processo, sem prejuízo dos atos já praticados  Leva-se em conta a data do ato processual, não da infração penal.
- Não retroage  Normas híbridas ou mistas que apresentam conteúdo Penal e Proc. penal, se forem mais benéficas, devem retroagir.
- Quando algum prazo já tiver se iniciado, valerá o da lei que o trouxer maior.
- Quanto a prisão preventiva e fiança, aplica-se a lei mais benéfica.

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2 – Prisões
- Pode ser Extrapenal (Civil ou Militar), Penal ou Cautelar (Flagrante, Preventiva e Temporária).
- Não é possível a execução provisória da pena, salvo em casos do Tribunal do Júri onde estejam presentes os requisitos da prisão preventiva ou
em condenação igual ou superior a 15 anos de reclusão.

Prisão em flagrante:
Função da prisão em flagrante:
- Evitar a fuga;
- Facilitar a colheita de provas;
- Impedir a consumação do delito;
- Preservar a integridade física do preso.

• Nos crimes de menor potencial ofensivo não é lavrado o APF, e sim o TCO.
• Se o Delegado observar ausência de situação de flagrante, ele não deve lavrar o APF.
• Qualquer pessoa pode prender em flagrante, sendo uma obrigação para autoridade policial e uma faculdade para qualquer do povo.

Flagrante próprio, perfeito, real ou verdadeiro: o agente está cometendo o crime ou acaba de cometê-lo.
Flagrante impróprio, imperfeito, irreal ou quase-flagrante: o autor é perseguido, logo após, por qualquer um, em situação que faça presumir
ser ele o autor do crime.
Flagrante presumido, ficto ou assimilado: o agente é preso logo após, com instrumentos que façam presumir ser ele o autor.

Flagrante esperado: a polícia aguarda o momento do cometimento do crime para realizar a prisão.
- É lícito.
• É diferente de ação controlada, onde o agente já está em situação de flagrante.
- Depende da comunicação ao Juiz.
Flagrante esperado, prorrogado ou diferido: quando, mediante a uma situação que já admite flagrante, o policial retarda sua intervenção para
um momento posterior e mais conveniente para a investigação.
- É uma exceção ao dever de prender.
Flagrante provocado ou preparado: o policial induz o agente a praticar um crime com o objetivo de prendê-lo em flagrante.
- Hipótese de crime impossível e é ilícito.(abuso de poder)

Não podem ser presos em flagrante:


- Menores de 18 anos  Entre 12 e 18 podem ser apreendidos, mas não presos.
- PR da República
- Deputados Federais e Senadores  Só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável.
- Juiz e membros do MP  Só podem ser presos em flagrante de crime inafiançável.
- Diplomatas estrangeiros.
- Aquele que, após cometer o delito, apresenta-se espontaneamente à autoridade policial.

-(TCO ) Autor de crime de menor potencial ofensivo só será preso se recusar a comparecer ao juizado ou se negar a assumir o compromisso
de comparecer em juízo.

Fases da Prisão em Flagrante:


- Captura do agente;
- Condução coercitiva ao delegado;
- Lavratura do APF;
- Recolhimento ao cárcere.
• Nos crimes de Ação Condicionada e de Ação Privada é possível a captura e a condução coercitiva do agente, mas só é possível lavrar o APF
caso haja manifestação da vítima.

Procedimentos:
Serão ouvidos nessa ordem:

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- 1- Condutor;
- 2- Testemunhas  Ao menos duas;
- 3 Ofendido, se possível;
- 4- Acusado.

• O acusado será preso, soltou ou pagará fiança.

• A falta de testemunhas da infração não impedirá APF; mas, nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que
hajam testemunhado a apresentação do preso à autoridade.

• Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o APF será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido
sua leitura na presença deste.

• A competência para lavrar o APF é do Delegado e do Escrivão  Se este estiver impossibilitado, o Delegado poderá designar qualquer um
para fazê-lo, desde que preste o compromisso legal.

• A prisão e o local onde o preso se encontra será comunicado imediatamente ao Juiz, ao MP e à família ou pessoa indicada.
• Em até 24 h o APF será enviado ao Juiz e ao Defensor público, caso não informe o nome do advogado.
• Em até 24 h será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa, assinada pela autoridade, como o motivo da prisão, o nome do condutor
e os das testemunhas

Ao receber o APF, o Juiz deverá fundamentadamente:


• Relaxar a prisão, se ilegal;
- Isso não impede que o Juiz decrete a prisão preventiva ou outra medida cautelar.
• Converter a prisão em flagrante em preventiva, se presentes os requisitos;
- Pode ser feita de ofício.
• Conceder a liberdade provisória com ou sem fiança;
- Regra na audiência de custódia.
- Se o Juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra ORCRIM armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá
negar a liberdade provisória.

Inafiançáveis: RAÇÃO e 3TH


Racismo
Ação de grupos armados
Tráfico
Tortura
Terrorismo
Hediondos

• O Delegado só pode conceder fiança aos crimes com pena máxima não superior a 4 anos  Nos demais, a fiança será requerida ao Juiz, que
decidirá dentro de 48 h.

Medidas cautelares:
A regra será a aplicação da medida cautelar e a exceção será a prisão preventiva.
• O Juiz não pode conceder de ofício as medidas cautelares.
- Só podem ser concedidas mediante requerimento das partes ou, durante a investigação, com a representação do delegado ou requerimento do
MP.
- O não cabimento de medida cautelar deve ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma
individualizada.
- No caso de descumprimento da medida, o Juiz só poderá substitui-la, cumulá-la ou decretar a prisão preventiva mediante requerimento do MP,
de seu assistente ou do querelante.
- O Juiz pode atuar de ofício ou a pedido das partes para revogar, substituir por uma menos grave ou para voltar a decretá-la;

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Prisão Preventiva  Prisão cautelar, decretada a pedido do delegado, do MP ou do querelante (o juiz não pode decretar de ofício), durante a
investigação ou processo, sempre que estiverem preenchidos os requisitos legais e que não seja possível aplicar outras medidas cautelares.
- Não pode ser utilizada para antecipação de pena ou como decorrência imediata da investigação ou recebimento da denúncia.
- A necessidade de manter a preventiva deve ser revista a cada 90 dias.
- O Juiz, de ofício ou a pedido das partes, pode revogar a preventiva se faltar os motivos para mantê-la, bem como pode novamente decretá-la,
caso os motivos retornem.

Pressupostos para a decretação:


- Garantia da ordem pública;
- Garantia da ordem econômica;
- Por conveniência da instrução criminal;
- Para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indícios de autoria e de perigo gerado pela liberdade do
imputado.
• A decisão que decretar a preventiva deve ser motivada e fundamentada.
• Também pode ser decretada em caso de descumprimento de outras medidas cautelares.

Hipóteses que admitem a preventiva:


- Crimes dolosos com pena máxima superior a 4 anos;
- Reincidente em crime doloso, com sentença transitada em julgado;
- Em violência doméstica e familiar;
- Quando houver dúvidas sobre a identidade civil de alguém, sendo posto em liberdade assim que isso for esclarecido.

Prisão Temporária  Prisão cautelar, decretada durante o IP, com prazo determinado, quando:
- A prisão do indivíduo for indispensável para a obtenção de elementos de info quanto à autoria e materialidade;
- O indiciado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos para o esclarecimento de sua identidade.

Cabe apenas para um rol taxativo de crimes:


- Homicídio doloso;
- Sequestro ou cárcere privado;
- Roubo;
- Extorsão;
- Extorsão mediante sequestro;
- Atendendo violento ao pudor;
- Rapto violento;
- Epidemia com resultado morte;
- Envenenamento de água potável, alimento ou medicamento qualificado pelo resultado morte;
- Quadrilha ou bando;
- Genocídio;
- Tráfico de drogas;
- Crimes contra o sistema financeiro;
- Crimes da Lei de Terrorismo;
- Crime Hediondos.

3 – Provas
• A prova deve ser revestida de legitimidade (cumprimento das formalidades processuais) e legalidade (produzida dentro da lei), sempre
produzida diante do juiz.
- O Ônus da prova cabe a acusação.
- As partes têm o direito de empregar todos os meios legais e moralmente legítimos para provar a verdade dos fatos em juízo.
- O Juiz não pode embasar condenação somente com os elementos do IP, salvo nos casos de provas cautelares, irrepetíveis ou antecipadas, que
passarão por contraditório e ampla defesa postergado ou diferido.
- O Brasil adotou o sistema LIVRE CONVENCIMENTO MOTIVADO de prova, como regra.

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Sistema do Livre convencimento motivado  É a regra no Brasil: o Juiz tem ampla liberdade na valoração da prova, mas deve motivar sua
decisão com base em dados e critérios objetivos.
Sistema de prova tarifada  A prova tem valor absoluto, como as certidões de nascimento e de morte.
- Aceito apenas em situações excepcionais.
Sistema da intima convicção do magistrado  Admitida apenas nos casos do Tribunal do Júri, onde a decisão é dada sem a necessidade de
motivação.

Princípio da busca da verdade:


- Antes da ação penal, o juiz poderá produzir provas, caso haja urgência e relevância, observando a adequação, necessidade e
proporcionalidade da medida.
- Durante a ação penal até antes da sentença, o juiz poderá determinar diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante.

Meios de prova: meios utilizados pelas partes para o convencimento do Juiz.


Meios de obtenção de prova: meios que servem de instrumento para a obtenção da prova.

Classificação das provas:


Prova direta: refere-se ao fato, demonstrando-o por si.
- Ex: faca ensanguentada;
Prova Indireta: refere-se a um fato alheio ao crime, mas que tem ligação.
- Ex: indícios e presunções

Prova plena: permite a condenação, imprimindo no Juiz a certeza quanto ao fato.


Prova não plena: é limitada quanto à profundidade, mas que já permite, por exemplo, a aplicação de medidas cautelares.

Provas nominadas: aquelas cujos meios de produção estão previstos em lei.


Provas inominadas: aquelas cujos meios de produção não estão previstos na lei.

Prova emprestada: deve ter as mesmas partes nos processos, ou ao menos ter o réu como protagonista.
- Deve ser os mesmos fatos;
- Deve ocorrer novo contraditório e ampla defesa.

Provas ilícitas: violam a norma material, ferindo de morte o ordenamento jurídico  Provas ilegítimas violam a norma processual.
- O Juiz que conhecer o conteúdo da prova ilícita está impedido de dar a sentença ou acórdão.
- É possível o uso da prova ilícita em favor do réu  Teoria da proporcionalidade.
- Prisão ilegal faz com que as provas obtidas em decorrência dela sejam ilegais.

• A prova ilícita produzida no processo contamina todas as provas dela decorrentes, mas deve ficar evidenciado o nexo de causalidade entre elas.

- Considera-se válida a prova derivada da ilícita que possa ser obtida por fonte independente da prova ilícita  Teoria da fonte
independente.
- Considera-se válida a prova derivada da ilícita que seria produzida de qualquer forma  Teoria da descoberta inevitável.

Corpo de delito: vestígio quem tem relação direta ou indireta com o crime.
- Deve ser dividido em duas partes, uma para análise pericial e outra para contra-amostra.
- Deve ser guardada até o término do processo.

Exame de corpo de delito: quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto ou indireto, não podendo
supri-lo NÃO a confissão do acusado  Não realizar o exame é motivo de nulidade do processo.
- Pode ser feito em qualquer horário.
- Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta.
- Os cadáveres serão fotografados na posição em que forem encontrados, bem como as lesões externas e os vestígios do crime.
• Exame Direto: realizado diretamente sobre o corpo de delito
• Exame Indireto: é feito por intermédio de testemunhas SIM, prontuários, fotografias…

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- Há prioridade no exame os crimes que envolvam violência doméstica contra mulher e nos crimes de violência contra criança, adolescente,
idoso ou deficiente.

Cadeia de custódia: conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em
locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
- Inicia-se com a preservação do local do crime  O agente que reconhecer um elemento como de potencial interesse fica responsável por sua
preservação.
Vestígio: todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona com a infração penal.
• Rastreamento dos vestígios:
1º Reconhecimento
2º Isolamento
3º Fixação  Descrição detalhada do vestígio conforme foi encontrado
4º Coleta
- Deve ser feita preferencialmente por perito oficial.
5º Acondicionamento
- Os vestígios são embalados de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, com a anotação da data,
hora e nome de quem coletou e acondicionou
6º Transporte
7º Recebimento  Transferência da posse do vestígio
8º Processamento  Exame pericial em si
9º Armazenamento  Guardar adequada do vestígio
10º Descarte

Perito: especialista que auxilia o Juiz, tendo autonomia técnica, científica e funcional.
Perito oficial: perito aprovado em concurso.
- Perícias mais complexas podem ser feitas por mais de um perito, sendo admitido também mais de um assistente técnico.
- Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame.

Assistente técnico: pessoa indicada para reanalisar as conclusões do perito, podendo ser indicada pelo MP, assistente de acusação, ofendido,
querelante e acusado.

Laudo pericial: instrumento produzido por um agente oficial do Estado  Produto da perícia.
- 10 dias prorrogáveis para ser concluído.
- Se a perícia for realizada por mais de um perito e eles tiverem opiniões divergentes, o Juiz pode solicitar que um terceiro perito solucione a
divergência, e se a opinião dele for diferente da dos dois, pode determinar uma nova perícia feita por outros peritos.
• O Brasil adota o sistema liberatório de apreciação do laudo, onde o Juiz não está vinculado a ele, podendo rejeitá-lo, em todo ou em parte.

Interrogatório do Acusado: meio de prova e de defesa  Sua realização é obrigatória, sob pena de nulidade, mas a presença do interrogado não
é obrigatória.
- É obrigatória a presença de advogado  Sua falta causa nulidade absoluta, caso haja prejuízo ao réu.
- Acontecerá na fase processual, como último ato da instrução.
- É ato público, personalíssimo, feito individualmente e de maneira oral, na presença do juiz e de forma espontânea.
- No caso de morte do acusado, o juiz somente à vista da certidão de óbito e depois de ouvir o MP, declarará extinta a punibilidade.

Interrogatório do Réu Preso:


Regra: o Juiz se deslocará ao local onde está o réu.
- O interrogatório será feito em sala própria, garantindo a segurança do Juiz, do MP e dos auxiliares (esqueceram do advogado), com a presença
do defensor e a publicidade do ato.
Exceção  Réu ir ao fórum.
• Excepcionalmente, poderá ser feito por videoconferência, desde que seja para:
- Prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre ORCRIM ou que possa fugir durante o deslocamento;
- Viabilizar a participação do réu, quando for difícil comparecer em juízo;
- Impedir a influência do réu no ânimo das testemunhas ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por
videoconferência;

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- Responder à gravíssima questão de ordem pública.

Interrogatório da PJ: será por meio de um preposto (advogado), ou de seus diretores, ou dos seus sócios adm, e essas declarações vinculará a ré.

Confissão: o acusado admite a veracidade das acusações  É retratável e divisível.


- Nos casos em que se retratar, o juiz deve considerar a versão que melhor se harmoniza com o restante das provas.
- Não possui valor absoluto, pois o Juiz deve confrontá-la com as demais provas para ver se há concordância.
- Não se pode mentir na confissão.
- Não supre o exame de corpo de delito.
- Silêncio não é confissão e não pode ser interpretado em prejuízo da defesa.
• Pode ser Simples (confissão sem excludente) ou Qualificada (confissão com excludente).

Ofendido: não tem compromisso de dizer a verdade, mas se mentir pode ser responsabilizado por denunciação caluniosa, jamais por falso
testemunho.
- Seu comparecimento é obrigatório, sendo que a ausência resulta em condução coercitiva e desobediência, ou em perempção.

Testemunhas: qualquer pessoa com capacidade para depor.


- Seu comparecimento é obrigatório  Deve informar o juiz onde encontrá-la.
- Deve ser feito diante do Juiz e de maneira oral, com exceção do PR e do Vice da República, PR da Câmara, do Senado e do STF.
- As testemunhas serão ouvidas individualmente, depois farão o juramento e a qualificação. Em caso de reperguntas, as partes farão pelo sistema
direto e cruzado  O depoimento será reduzido a termo e assinado.
• Tem o compromisso de dizer a verdade, salvo se for doente mental ou menor de -14 anos.
- Não é obrigatória depor contra CADI, salvo se for a única fonte de prova, porém não são obrigados a se comprometer com a verdade.
• Proibidos de testemunhar: pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se a parte interessada
autorizar.

Acareação: surubão  Todo mundo com todo mundo, exceto os peritos (STJ já manifestou essa possibilidade quando houver suspeita de
elaboração de perícia falsa).
- Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação;

Indícios: circunstâncias conhecidas e provadas das quais é possível concluir outras circunstâncias.
- Podem levar à condenação, desde que sejam plúrimos, incriminadores e congruentes.

Exame Complementar de Lesão Corporal: realizado por médico-legista, visa complementar um exame anterior, ou atestar a impossibilidade de
desempenho de ocupação habitual por mais de 30 dias, no crime de lesão corporal grave.

Exame Grafotécnico: utilizado para identificar letra ou escrita  A colaboração do réu, escrevendo aquilo que lhe for ditado, não é obrigatório.

Interceptação telefônica  Somente o Juiz pode determiná-la.


- É admitida quando há indícios razoáveis de autoria ou participação, sendo cabível apenas nos crimes cuja pena seja de reclusão.
- Tem prazo de 15 + 15, podendo se estender infinitamente, se devidamente fundamentado  Provas obtidas fora do prazo autorizado são
ilícitas.(ALÔ MORO E DILMA, QUERIDA)

• Segundo o STF:
- Prova obtida por interceptação telefônica decretada por juízo incompetente é ilícita, ainda que o ato seja indispensável para salvaguardar o
objeto da persecução penal.
- Gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores sem o conhecimento do outro não é prova ilícita, desde que ausente causa legal
específica de sigilo.

Busca e Apreensão
- A busca domiciliar deve ser precedida de mandado, caso o Juiz não esteja junto.
- Pode ser feita de dia, a qualquer momento, ou à noite, com a autorização do morador.
- A ausência do morador não impede a busca, sendo solicitada a presença de algum vizinho como testemunha.

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O mandato de busca deverá:


- Indicar o local e o nome do morador (se for de busca pessoal, o nome da pessoa ou sinais que o identifiquem; se houver ordem de prisão, estará
escrita no mandato; não será admitida a apreensão de documentos em poder do acusado, salvo se for corpo de delito).
- Citar o motivo e os fins da diligência.
- Ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
• No fim da diligência, será lavrado o auto circunstanciado, que será assinado por duas testemunhas.

Busca domiciliar: só pode ocorrer por fundadas razões e mediante mandado.

Busca pessoal: não depende de mandado no caso de prisão em flagrante ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de
arma proibida ou de objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou durante a busca domiciliar.
- A busca pessoal em mulher será feita por outra mulher, desde que não retarde ou prejudique a diligência.
- Se o celular for apreendido decorrente de uma autuação por flagrante, as infos contidas nele estarão protegidas; se for apreendido mediante
mandado de busca, as infos podem ser acessadas, se especificado no mandado.

• Requisitos para diligência em escritório de advogado:


- Deve haver indícios de autoria e materialidade de crime praticado pelo próprio advogado.
- Quebra da inviolabilidade pela autoridade judiciária
- Decisão deve estar fundamentada
- Acompanhamento da diligência por um representante da OAB.

4 - Ação Penal
Condições da Ação penal:
- Possibilidade jurídica do pedido
- Interesse de agir
- Legitimidade
- Justa causa.

• Denúncia Anônima, ou Apócrifa, não pode ser utilizada como fonte única para instaurar IP, Ação Penal ou PAD  Antes deve ser feito a
verificação de procedência das infos.
• Em regra, a ação penal é pública, salvo quando a lei expressamente diz o contrário.
• PJ pode propor ação e também sofrer ação (nos casos de crime ambiental)

A.P. Pública: o titular é o MP, que faz a Denúncia.


- Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação será pública.
• Princípios:
Obrigatoriedade  MP deve entrar com a ação
Indisponível  MP não pode desistir da ação
Divisibilidade  MP pode processar os indiciados separadamente.
Intranscendência  Não passa para outra pessoa
Autoritariedade  O Estado é o detentor exclusivo do direito de ação.

• Será facultada a separação dos processos quando:


- As infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes.
- Pelo excessivo nº de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a
separação.

Incondicionada: MP entra de ofício.


• Utilizada nos crimes de:
- Lesão corporal resultante de violência doméstica contra mulher  Nos demais é pública condicionada.
- Todos os crimes contra a dignidade sexual.

Condicionada: necessita de representação da vítima ou de requisição do MJ, caso contrário não pode haver IP, APF nem processo penal.

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- A representação pode ser feita pelo ofendido ou por quem tiver qualidade para representá-lo, em até 6 meses a contar do conhecimento da
autoria, após esse período estará extinta a punibilidade e se perderá o direito de ação.
- A requisição do MJ não está sujeita a prazo decadencial, ou seja, pode ser oferecida enquanto não extinta a punibilidade.
- A representação será irretratável após o oferecimento da denúncia.

A.P. Privada: o titular é o querelante, que faz a Queixa-Crime.


- Quanto a competência, o querelante pode optar pelo local da consumação ou do domicílio do réu.
- A queixa-crime é a peça inaugural da Ação Privada e é justamente ela que vai interromper o prazo decadencial de 6 meses, assim o
requerimento de instauração de IP não interrompe prazo decadencial.
Princípios:  DOII
Disponibilidade: pode desistir da ação até seu trânsito em julgado, através do perdão ou da perempção.
- O perdão se estende a todos, mas só extingue a punibilidade daqueles que aceitarem (silêncio de 3 dias presume aceitação).
Oportunidade: o ofendido pode propor a ação em até 6 meses a contar do conhecimento da autoria;
Indivisibilidade: a queixa deve ser contra todos os agressores.
• A renúncia em relação a um dos autores se estende para todos  Renúncia e decadência extinguem a punibilidade.
- A renúncia pode ser expressa ou tácita (ato incompatível de quem quer propor a ação).
Intranscendência;

Ação Privada Personalíssima: só pode ser proposta pelo ofendido  Se for menor de idade, aguarda-se a maioridade.
Ação Privada Subsidiária da Pública: cabível quando o MP não entra com a Ação Pública nos prazos legais.
- O MP permanece como titular da ação (assistente Litisconsorcial), podendo oferecer denúncia substutiva, intervir nos termos do processo,
fornecer provas ou interpor recursos.
- É impossível o perdão ou a perempção.
- O MP pode retomar a ação a qualquer momento, em caso de negligência do querelante.

5 – TCO – Lei 9.099/1995


Aplica-se às infrações de menor potencial ofensivo, sendo elas:
- Contravenções penais.
- Crimes com pena máxima não superior a 2 anos.

• A autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência lavrará o termo circunstanciado e o encaminhará imediatamente ao Juizado, com o
autor do fato e a vítima, providenciando-se as requisições dos exames periciais necessários.
- Ao autor do fato que, após a lavratura do termo, for imediatamente encaminhado ao juizado ou assumir o compromisso de a ele comparecer,
não se imporá prisão em flagrante, nem se exigirá fiança.
- Em caso de violência doméstica, o juiz poderá determinar, como medida cautelar, seu afastamento do lar, domicílio ou local de convivência
com a vítima.

Atos processuais:
• A competência do Juizado será determinada pelo lugar em que foi praticada a infração penal.
• Os atos processuais serão públicos e poderão realizar-se em horário noturno e em qualquer dia da semana, conforme dispuserem as normas de
organização judiciária.
- Serão válidos sempre que preencherem as finalidades para as quais foram realizados, atendidos os seguintes critérios: oralidade, simplicidade,
informalidade, economia processual e celeridade, objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de
pena não privativa de liberdade.
• Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.
• A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação.
• Serão objeto de registro escrito exclusivamente os atos havidos por essenciais.
- Os atos realizados em audiência de instrução e julgamento poderão ser gravados em fita magnética ou equivalente.
• A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.
- Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em
lei.

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• A intimação far-se-á por correspondência, com aviso de recebimento pessoal ou, tratando-se de PJ ou firma individual, mediante entrega ao
encarregado da recepção, que será obrigatoriamente identificado, ou, sendo necessário, por oficial de justiça, independentemente de mandado ou
carta precatória, ou ainda por qualquer meio idôneo de comunicação.

6 – Inquérito Policial  Diligências investigatórias


- O IP tem natureza jurídica de procedimento adm extrajudicial ou preliminar, cuja finalidade é buscar indícios de autoria e materialidade e
subsidiar medidas cautelares.
- É uma mera formalidade, sendo dispensável para a denúncia.
- Seus vícios não causam nulidade nem contaminam a ação, sendo meras irregularidades.
- Não produz provas, apenas elementos de info  Para virar prova, deve passar pelo contraditório e ampla defesa durante o processo.
- O Juiz não pode embasar condenação somente com os elementos do IP, salvo nos casos de provas cautelares, irrepetíveis ou antecipadas, que
passarão por contraditório e ampla defesa postergado ou diferido.
• Todas as peças do IP serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.

Ministério público:
- Participação de membro do MP na fase de IP não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da denúncia;
- O MP não pode requerer a devolução do inquérito ao delegado, salvo para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia;
• Recebendo o IP, o promotor poderá oferecer a denúncia; pedir o arquivamento; solicitar diligências ou realizar diligências.
- O MP pede o arquivamento, mas quem decide se será arquivado é o juiz.

Delegado:
- Fornece às autoridades judiciárias as infos necessárias à instrução e julgamento dos processos;
- Realiza as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo MP;
- Cumpre os mandados de prisão expedidos pelas autoridades judiciárias;
- Representa acerca da prisão preventiva.
- Somente ele pode indiciar no IP.
• Seu superior hierárquico pode avocar e redistribuir os IP caso haja interesse público ou motivo fundamentado.
• As partes do IP não podem opor exceção de suspeição contra o delegado, mas por uma questão de moralidade e impessoalidade ele mesmo
deve se declarar suspeito.

Instauração: bastam indícios de existência do crime, sendo dispensável provas de materialidade ou autoria.
• Será instaurado:
- De ofício.
- Mediante requerimento do ofendido ou representante legal.
- Mediante requisição do MP ou do MJ.
- Por intermédio do APF.
- Em virtude de delatio criminis anônima, após apuração preliminar.

• Será instaurado em toda infração penal com pena máxima superior a 2 anos, ou que envolva violência doméstica e familiar ou nos crimes de
Ação incondicionada.
• Não será instaurado nas infrações de menor potencial ofensivo e quando não houver representação ou requisição nas ações condicionadas.

Prazos: contado a partir do dia da prisão ou da expedição da portaria, caso esteja solto.
Indiciado preso: 10 + 15 dias;
- Justiça federal  15 + 15 dias prorrogáveis;
Indiciado solto: 30 dias prorrogáveis;
Se o delegado descumprir o prazo com o indiciado solto, não haverá nenhuma sanção, se descumprir com o indiciado preso, haverá sanções e a
prisão será relaxada.

Diligências:
Logo que tiver conhecimento da prática da infração, a autoridade policial deverá:
• Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos;
• Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;

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• Colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
• Ouvir o ofendido;
• Ouvir o indiciado;
• Proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
• Determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
• Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
• Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de
ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.

Reprodução simulada dos fatos: o delegado pode solicitá-la com o intuito de entender a lógica criminosa  Não pode ofender a moralidade e
a ordem pública.
- A presença do investigado é obrigatória, mas sua participação é facultativa.

7 – Jurisdição e competência.
JURISDIÇÃO: poder de julgar inerente aos juízes. É atividade de soberania do Estado, aplicando a vontade da lei para decidir conflitos.
A Jurisdição pressupõe: substitutividade, pois substitui a vontade dos litigantes, expondo a vontade da lei; imperatividade, pois impõe a decisão
do juiz; definitividade, pois decide os casos levados ao Judiciário.
Competência pode ser funcional ou material.
COMPETÊNCIA FUNCIONAL:
Competência funcional quanto a FASE DO PROCESSO: há diferentes juízes em diferentes fases; ex: o Juiz do processo e Juiz da execução
penal.
Competência funcional quanto ao OBJETO DE JUÍZO: os julgadores atuam no processo somente em relação a uma parcela específica do seu
objeto; ex: a competência dos jurados do Tribunal do Júri é somente sobre responder questões controversas, enquanto cabe ao Juiz responder as
questões de direito
Competência funcional quanto ao GRAU DE JURISDIÇÃO: em relação a 1º, 2º e 3º instâncias.
COMPETÊNCIA MATERIAL: Ratione materiae, em razão da natureza do crime ocorrido; Ratione personae, segundo a qualidade das pessoas
incriminadas; Ratione loci, de acordo com o local em que foi praticado ou consumado o delito, ou levando-se em conta a residência do autor.
Competência Ratione materiae: pode ser comum (Federal e Estadual) ou especial (Eleitoral e Militar).
Justiça comum Federal: julga crimes (não contravenções) cometido contra funcionário público Federal no exercício do cargo; compete as causas
em que a adm pública Federal (exceto as SEM) forem parte interessada, salvo em casos de falência e em relação à Justiça Eleitoral ou do
Trabalho; quando envolve Estado estrangeiro ou organismo internacional; em casos de crime políticos e contra bens, serviços ou interesses da
adm pública Federal (exceto as SEM); em casos de crimes graves contra os D.H. e em relação aos remédios constitucionais que envolvam a
esfera Federal; em crimes praticados em navios ou aeronaves, desde que não seja Militar; em relação ao ingresso ou permanência de estrangeiro;
em disputa sobre direitos indígenas.
Justiça comum Estadual: o que não for de competência Federal, será estadual. Há uma divisão quanto a natureza da infração (ex: juizados
especiais e Tribunal do Júri)
Justiça Eleitoral: julga as infrações eleitorais e as infrações comuns conexas com as eleitorais (salvo se for um crime doloso contra a vida, que
será julgado pelo Tribunal do Júri).
Justiça Militar: A Justiça militar Estadual julga apenas os PM e BM, nunca um civil (crimes dolosos contra a vida praticados por PM ou BM são
julgados pelo Tribunal do Júri, salvo em contexto de ação militar, como a guerra.). A Justiça militar Federal julga os membros das FFAA e os
civis que cometam crimes militares.
Competência Ratione Loci: demarca o Juiz territorialmente competente para analisar o caso.
Teorias Territoriais:
1º Teoria do Resultado: aplicada, em regra
2º Teoria da Atividade: aplicada nos crimes tentados, homicídio culposo ou doloso ou JECRIMs quando houver crime plurilocal.
3º Teoria da Ubiquidade: aplicada nos crimes à distância.
Regra do domicílio do réu: aplicada quando não souber o local da ação ou omissão nem o do resultado.
Regra da prevenção: O Juiz competente será aquele que primeiro teve contanto com o caso. Aplicada nos casos de não ser conhecido o local da
ação ou omissão, nem do resultado, for incerto o limite territorial entre duas ou mais jurisdições, em crimes permanentes ou continuados que se
estendam por mais de uma jurisdição ou no caso do réu possuir nenhum ou mais de um domicílio ou ter sua localização desconhecida.
No caso de crime cometido em navio ou avião, se for uma viagem NACIONAL, será do local em que pousar ou atracar; se for uma viagem
INTERNACIONAL, será do lugar em que saiu ou que chegou no Brasil.
Quanto a extraterritorialidade, se o réu já tiver residido no Brasil, a competência será da capital do último Estado em que residiu, se nunca residiu
a competência será da capital federal.
Se há mais de um Juiz competente, ocorre um sorteio ou distribuição entre os Juízes.
Súmula 706, STF: É relativa a nulidade decorrente da inobservância da competência penal por prevenção.
Competência Ratione Personae: prerrogativa de foro de função (se estiver presente, sobrepõe-se sobre as demais)
1º Não se estende aos aposentados.
2º Se tiver foro em SP e cometer um crime no PR, será julgado onde tem foro, ou seja, em SP.

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51

3º Foro x Júri: se o foro for dado pela CF, prevalecerá sobre o Júri; se for dado pela CE, prevalecerá o Júri. Obs: aplica-se aos Deputados
Estaduais as mesmas prerrogativas dos Federais, então não respondem no Júri (o foro só acoberta crimes envolvendo a função do cargo).
4º Se um particular cometer um crime em concurso com alguém que tem prerrogativa de foro, em regra, o processo será desmembrado e o
particular responderá na seara comum, exceto se o desmembramento trouxer prejuízo ao processo, dai ele responderá no lugar onde o
concorrente tem foro.
5º Se, durante o processo, o réu perde a prerrogativa de foro, o processo decairá para a 1ª instância, salvo se renunciar o mandato por má-fé ou
por fraude para adquirir esse benefício.
6º Vereadores não Foro.

CAUSAS MODIFICADORAS DA
COMPETÊNCIA:
Competência absoluta e relativa: a competência em
Ratione materiae e personae é absoluta, ou seja, seu
desrespeito gera nulidade absoluta. A competência
Ratione loci é relativa, de modo que se não for contestada até a resposta escrita, considera-se
prorrogada a competência, sendo válido o Juízo que não tinha competência territorial (se o Juiz, em qualquer fase do processo, reconhecer que é
incompetente, deverá declinar).
Conexão: aplicada quando houver dois ou mais crimes no mesmo processo.
Conexão intersubjetiva: quando duas ou mais pessoas cometem duas ou mais infrações, mas isso ocorre por acaso (simultaneidade); quando duas
ou mais infrações são praticadas por várias pessoas em concurso (concursal); quando duas ou mais infrações são cometidas por várias pessoas,
umas contra as outras (reciprocidade).
Conexão objetiva ou material: quando um crime é cometido para facilitar (objetiva teleológica) ou para ocultar outro (objetiva consequencial).
Conexão probatória ou instrumental: quando a prova de uma infração pode também ser prova de outra infração.
Continência: quando há concurso de pessoas (subjetiva), ou quando há concurso formal de crimes, aberratio ictus ou aberratio criminis
(objetiva).
Perpetuatio jurisdicionis: se um particular e alguém com foro estiverem respondendo no mesmo processo, e o agente com foro for absolvido, o
caso continuará correndo na seara do foro.

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DIREITO PENAL
1 – Introdução e princípios
• O Estado é titular exclusivo do direito de punir, sendo sujeito passivo de toda infração penal.

• A competência para legislar sobre direito penal é privativa da União, porém pode ser delegada aos estados por meio de lei
complementar.
• Finalidades preventiva, individual ou geral  impedir a prática de novos delitos;
• Finalidade retributiva (teoria absoluta)  a pena é apenas uma forma de punir o infrator.
• Norma é gênero  Princípios e regras são espécies.

Infração penal:
- Gênero que abriga as espécies crime e contravenção penal  Critério bipartido.
- Definição de crime e contravenção está na lei de introdução ao CP, NÃO NO CP.
- Infração de menor potencial ofensivo ≠ Crime de menor potencial ofensivo.
Crime: infração de maior potencial ofensivo punidas com RECLU ou DETENÇÃO , podendo cumular com multa.
Contravenção: infração de menor potencial ofensivo punida com PRISÃO SIMPLES E/OU MULTA.
- Não admite tentativa;
- Cabe apenas Ação Incondicionada.

Sujeito ativo: tanto o autor quanto os partícipes.


- Em regra, quem pode praticar crimes é um ser movido por vontade e consciência (PF)  Exceção: PJ pode praticar crimes AMBIENTAIS.
- Responsabilização da PJ não exclui a das PF que participaram  Penas impostas à PJ ≠ PF;
Sujeito passivo: sujeito passivo MATERIAL é o titular do bem jurídico atingido e o sujeito passivo FORMAL é o Estado.
- A mesma pessoa não pode ser sujeito ativo e passivo de uma mesma infração penal.

Contagem de prazo: inclui-se o dia do início.


- A contagem é feita pelo calendário comum.
- As frações de dias e de multas são desprezadas.

Princípio da legalidade / EM 2 (RESERVA LEGAL E ANTERIORIDADE):


“não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal”
Em amarelo = legalidade;
Em vermelho = anterioridade;
Em roxo = reserva legal.

Princípio da reserva legal: apenas lei em sentido estrito pode legislar sobre direito penal, sendo sua fonte imediata.
- MP não pode ser usada no direito penal, salvo para beneficiar o réu.
Princípio da taxatividade: impede a criação de normas genéricas  A lei deve que ser clara e precisa.
Princípio da irretroatividade da lei: a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu (mesmo em caso de trânsito em julgado ou se já tiver
cumprido a pena);
- Lei retroagir para beneficiar = novatio legis in mellius;
- Lei penal mais benéfica tem efeito extrativo (retroativo e ultra ativo).
Princípio da fragmentariedade: protege apenas os bens jurídicos mais relevantes.
Princípio da ofensividade ou da alteridade: a conduta deve oferecer ao menos o risco de lesão ao bem jurídico de terceiros.
- É proibida a incriminação de atitudes que não excedam o âmbito do próprio autor.

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Crime de lesão: efetivo ato contra o bem jurídico (ex: homicídio)


Crime de perigo abstrato: a prática da conduta descrita já consuma o crime (ex: porte ilegal de arma de fogo)
Crime de perigo concreto: expõe, de fato, o bem jurídico em perigo (ex: abandono de incapaz; direção perigosa)
Princípio da Intranscendência da pena: a pena não passará do condenado.
- A obrigação de reparar o dano pode ser estendida aos sucessores até o valor da herança.
Princípio da individualização da pena: o indivíduo vai receber a pena que merece de acordo com suas circunstâncias pessoais.
- A pena é dividida em legislativa, judicial e administrativa.
Princípio da intervenção mínima / EM 2 (FRAGMENTRIEDADE E SUBSIDIARIEDADE )
(ultima ratio): o Direito Penal só deve ser aplicado quando for indispensável para a proteção do bem jurídico.
Princípio da subsidiariedade: o direito penal só deve atuar quando os demais ramos do direito forem insuficientes para a proteção do
bem jurídico.
Princípio da adequação social: não se pode considerar criminoso o comportamento humano tolerado pela sociedade.
- Venda de CDs e DVDs piratas não se encaixa;
Princípio da extraterritorialidade: aplicar a lei brasileira a crimes cometidos no estrangeiro.

Princípio da insignificância ou da bagatela própria: descriminalizam condutas típicas cuja lesão ao bem jurídico é irrelevante.
- Não possui previsão legal, mas é amplamente aceito.
- Afasta o crime, pois exclui a tipicidade material  A bagatela imprópria não afasta o crime, mas sim a aplicação da pena  Não é admitido
pela jurisprudência.
- Não é aplicada ao criminoso habitual, mas pode ser aplicada ao reincidente.
• Requisitos para aplicação (MARI):
Mínima ofensividade;
Ausência de periculosidade;
Reduzido grau de reprovabilidade;
Inexpressividade da lesão provocada.

PODE ser aplicado:


- Crimes contra o patrimônio, se não houver violência ou ameaça.
- Crimes ambientais (não se aplica em crimes de acumulação, como pesca irregular)
- STF e STJ Descaminho e crimes tributários FEDERAIS (até R$20.000,00)

NÃO PODE ser aplicado:


- Crimes contra o patrimônio, em caso de estelionato contra programa social.
- Crimes contra a adm pública
- Violência doméstica
- Crimes do estatuto do desarmamento (em situações excepcionais já foi aplicado, pouca munição)
- Apropriação indébita previdenciária
- Contrabando (já foi aplicado em casos de remédios para consumo próprio).
- Tráfico de drogas, (ao usuário é aplicado a bagatela imprópria).
- Crime de moeda falsa

Analogia: supre lacuna do direito  No Direito Penal só é admitida in bonam


Interpretação analógica: o conteúdo está previsto em lei, mas é apresentado de maneira aberta e genérica. Ex: motivo torpe, penas cruéis etc.
- Aplicada in bonam e in malam parte.
Interpretação extensiva: a lei disse menos do que pretendia ou é inespecífica. Ex: restaurante = bar, lanchonete, conveniência etc.
- Aplicada in bonam e in malam partem.
Mandado de criminalização: a CF cita crimes e obriga o legislador a criá-los (DIREITO FUNDAMENTAL DE MENOR -18 ANOS SER
INIMPUTÁVEL).
Costumes: fontes informais do direito cujos indivíduos acreditam serem obrigatórios.
Normas penais em branco: normas que necessitam de complemento para terem sentido  Deixa o processo mais célere.
• Heterogênea: a complementação é feita por meio diverso de lei (ex: portaria, decreto).

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54

• Homogênea: a complementação também é uma lei.


- Homovitelínea  está na mesma lei.
- Heterovitelínea  está em lei diversa.
• Norma penal em branco ao avesso: é feita no preceito secundário  Obrigatoriamente será feito por meio de lei.

Circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou qualificam o crime:
- Reincidência
- Motivo fútil ou torpe
- Para encobrir outro crime
- À traição, de emboscada, ou mediante ou outro meio que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima
- Com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que possa resultar em perigo comum
- Contra CADI.

Circunstâncias que sempre atenuam a pena:


• Ser o agente menor de 21, na data do fato, ou maior de 70 anos, na data da sentença.
• O desconhecimento da lei
• Ter o agente:
- Cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral.
- Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do
julgamento, reparado o dano.
- Cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta
emoção, provocada por ato injusto da vítima.
- Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime.
- Cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
• A pena poderá ser atenuada em razão de circunstância relevante, anterior ou posterior ao crime, embora não prevista expressamente em lei.

2 – Lei penal no tempo e no espaço; infração penal;


LUTA:
Lugar - Ubiquidade
Tempo – Atividade

Lei penal no tempo:


- Momento do crime é o da ação ou omissão  TEORIA DA ATIVIDADE.
- É aplicada a lei vigente no momento do crime  A lei penal mais benéfica retroage (tem efeito extrativo = retroativo + ultra-ativo)
- Abolitio criminis: alcança apenas os efeitos penais, os extrapenais permanecem (ex: reparar o dano)  Extingue a PUNIBILIDADE.
Lei penal intermediária: lei que não estava vigente no momento do crime nem no do julgamento.
- Aplicada in bonam partem;
Lei penal temporária e excepcional: a temporária tem sua vigência predeterminada no tempo e a excepcional ocorre em situações de
anormalidade.
- Ambas são transitórias e são aplicadas para os fatos ocorridos em sua vigência.
- Têm efeito ULTRA-ATIVO.
Crime permanente e continuado: será aplicado a lei vigente no fim da conduta ou na última conduta, mesmo que seja mais gravosa.
Continuidade normativa-típica: o tipo penal é revogado e incluído em outro artigo da lei, então continua sendo crime.

Lei penal no espaço:


• Lugar do crime é o da ação ou omissão e o do resultado  TEORIA DA UBIQUIDADE.
Território nacional para fins penais:
- Todo território geográfico.
- Barcos e aviões do governo ou a seu serviço, onde quer que estejam.
- Barcos e aviões brasileiros privados ou mercantes em alto-mar ou no espaço aéreo correspondente.

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55

Territorialidade mitigada  Aplica-se a lei BR aos crimes cometidos no território nacional, sem prejuízo de tratados, convenções ou regras de
direito internacional.
Crime à distância: ação/omissão ocorre em um país e o resultado em outro.
Crime plurilocal: quando a ação/omissão e o resultado ocorrem em comarcas distintas.
- Adota-se a teoria do resultado ou o local da última ação para definir a COMPETÊNCIA.

• A Sentença estrangeira tem eficácia no Brasil apenas para efeitos cíveis (depende de requisição da parte interessada) ou para determinar medida
de segurança (depende da existência de tratado ou requisição do MJ)  Jamais para restrição de liberdade.

Extraterritorialidade INCONDICIONADA  Aplica-se a lei BR, independente de outros requisitos, aos crimes:
- Contra a vida ou a liberdade do PR.
- Contra o patrimônio ou a fé pública dos entes da adm direta e indireta.
- Contra a adm pública cometido por quem está a seu serviço.
- Crimes de genocídio, caso o autor seja BR ou resida no Brasil.

O agente é punido no Brasil, mesmo que seja absolvido ou condenado no exterior (ne bis in idem).
A pena cumprida no estrangeiro vai atenuar (quando diversas) ou será computada (quando idênticas) a pena imposta no Brasil.

Extraterritorialidade CONDICIONADA  Aplicada aos crimes que o Brasil, por tratado ou convenção, obrigou-se a reprimir e que foram
praticados por BR, em barco ou avião BR no estrangeiro e lá não foram julgados.
1º O agente deve entrar no território nacional.
2º O fato também deve ser típico onde foi praticado.
3º O crime deve estar incluído entre aqueles que a lei brasileira autoriza a extradição.
4º O agente não pode ter sido absolvido ou cumprido pena no estrangeiro.
5º O agente não pode ter sido perdoado ou ter declara extinta a punibilidade no estrangeiro.

Extraterritorialidade SUPERCONDICIONADA  Será aplicada a lei BR a um estrangeiro que pratique um crime contra um BR, sendo
necessário todos os requisitos da condicionada + requisição do MJ e ser negada ou não ter sido pedida a extradição.

3 – Teoria do crime.
Crime segundo o critério material: condutas contrárias aos interesses social, que lesam o bem jurídico tutelado  Conceito pré-jurídico.
Crime segundo o critério formal: conceito legal de crime ou conceito jurídico  Condutas que levam a uma pena.
Crime segundo o critério analítico: todo fato típico, ilícito e culpável  Teoria tripartite.
- Se tirarmos o fato típico, a ilicitude ou a culpabilidade  Excluímos o crime.
- Se tirarmos a punibilidade  O crime existe, mas sem a possibilidade de punição.
TIPICIDADE
CONDUTA considerada TÍPICA, que leva a um RESULTADO, ligados por um NEXO CAUSAL.
Inter Criminis: Em regra, só há punição a partir da fase de Execução  Alguns crimes punem os atos preparatórios, mas nunca a cogitação.
- Cogitação  Pensamento de cometer o delito
- Preparação  Atos preparatórios indispensáveis à prática do crime
- Execução  Quando se inicia a ofensa ao bem jurídico
- Consumação  Quando estão preenchidos todos os elementos do tipo penal

Teoria objetivo-formal: a execução se inicia com a realização do verbo contido na conduta criminosa  Exige que o autor tenha concretizado
efetivamente uma parte da conduta típica, penetrando no núcleo do tipo.

Conduta: ação ou omissão, consciente e voluntária, que é dirigida a um fim.


- Sem consciência e voluntariedade temos uma conduta penalmente irrelevante  fato atípico.
Excluem a conduta:
• Coação física irresistível.
• Estado de inconsciência completa.
• Movimentos reflexos.
• Caso fortuito ou de força maior.

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Tipicidade:
• Consentimento da vítima afasta a tipicidade e a ilicitude:
- A vítima deve ser capaz, com liberdade e consciência para expressar sua vontade.
- Possuir capacidade de entendimento quanto ao caráter e à extensão da autorização.
- O bem deve ser disponível e próprio.
- O consentimento deve ser prévio ou simultâneo à lesão.
- O agente deve saber do consentimento do ofendido.

Tipicidade material: expressividade da lesão ao bem jurídico.


Tipicidade formal: o fato praticado pelo agente corresponde ao fato descrito na lei.
• Tipicidade formal direta ou imediata: o fato se encaixa ao tipo penal sem a necessidade de auxílio de outros dispositivos.
• Tipicidade formal indireta ou mediata: a adequação de um fato a um tipo penal depende de uma norma de extensão, sem a qual não há
tipicidade.

Teoria da tipicidade conglobante: condutas toleradas ou incentivadas não podem ser consideradas típicas, então não há que se falar em
excludentes de ilicitude.
- Ex: médico ao fazer uma cirurgia de emergência

Resultado:
• Resultado naturalístico: modificação do mundo externo feito pela conduta.
• Resultado jurídico: lesão ao bem jurídico.
- Todo crime tem resultado jurídico, mas nem sempre naturalístico.

Crime material: o resultado naturalístico é necessário no crime consumado.


Crime formal: o resultado naturalístico é dispensável.
Crime de mera conduta: não há resultado naturalístico.
Nos crimes materiais tentados, formais e de mera conduta não é exigível resultado naturalístico nem nexo causal;

Nexo causal: vínculo entre a conduta e o resultado.


Teoria da equivalência dos antecedentes (regra): causa é toda ação ou omissão sem a qual não teríamos o resultado.
- O resultado só poderá ser imputado a quem lhe deu causa, a quem criou o risco, ou ao menos o aumentou.

Omissão imprópria  a omissão é penalmente relevante quando o agente devia e podia agir para evitar o resultado.
O dever de agir incumbe:
- Quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, ou de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado.
- A quem criou o risco da ocorrência do resultado.

Concausa: acontecimento paralelo à conduta e que contribui para o resultado.


Concausa dependente: decorre da conduta do agente e se insere no curso normal dos fatos.
- Ex: A dá uma facada em B que tem uma hemorragia  A hemorragia é uma concausa dependente da facada.
Concausa independente: foge da linha normal do desdobramento da conduta, sendo algo imprevisível, mas que colabora para o resultado;
• Concausa absolutamente independente: rompe o nexo causal e por si só produz o resultado, levando à atipicidade.
• Concausa relativamente independente: não rompe o nexo causal, mantendo um vínculo com a conduta  O fato continua sendo típico.
• Concausa superveniente relativamente independente: só exclui a imputação quando por si só produz o resultado, porém , o agente responderá
pelos atos que de fato praticou  Teoria da causalidade adequada (exceção no CP).

Crime tentado: quando iniciada sua execução, ele não se consuma por motivos alheios à vontade do agente.
Teoria objetiva foi adotada para o crime tentado: diminui-se de 1/3 a 2/3 a pena do crime consumado  Quanto mais próxima a consumação,
menor a diminuição  Nem sempre a tentativa terá pena menor.
Tentativa branca ou incruenta: o bem jurídico não é atingido.
Tentativa vermelha ou cruenta: o bem jurídico é atingido.
Tentativa perfeita ou crime falho: o agente esgota todos os meios, mas, mesmo assim, o crime não se consuma.
Tentativa imperfeita: o agente não consegue utilizar todos os meios que tinha a seu alcance para consumar o crime.

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Crime impossível: não se pune a tentativa quando por ineficiência absoluta do meio ou por absoluta impropriedade do objeto, é impossível
consumar o crime  Ou seja, não se pune a tentativa do crime impossível.

Crimes que não admitem tentativa: C CHOUPA


Contravenção Penal
Culposos
Habituais
Omissivos próprios
Unissubsistente
Preterdoloso
Atentado (crimes de atentada)

Tentativa abandonada, qualificada ou ponte de ouro: o agente pode consumar o crime, mas desiste de prosseguir com os atos executórios ou
impede o resultado.
Desistência voluntária: o agente voluntariamente desiste de prosseguir com os atos executórios.
- Ex: “A” amarra “B”, mas desiste de estuprá-la.
- A diferenciação entre desistência voluntaria (Posso prosseguir, mas não quero) e tentativa (Quero prosseguir, mas não posso) é feita pela
fórmula de Frank.
Arrependimento eficaz: o agente pratica os atos executórios, mas impede o resultado, respondendo apenas pelos atos já praticados.
- Se não conseguir impedir o resultado, responderá por ele.
- Ex: “A” atira em “B”, mas se arrepende e leva a vítima para o hospital. Em vez de responder por tentativa de homicídio, responderá por lesão
corporal.

Arrependimento posterior ou ponte de prata: o agente consuma o crime, mas se arrepende.


- Se o crime tiver sido cometido sem violência ou grave ameaça e tenha o agente reparado o dano ou restituído a coisa antes do recebimento da
denúncia ou da queixa, poderá ter a pena reduzida de 1/3 a 2/3.
- Se o fizer após o recebimento, terá apenas uma atenuante na pena.

Erro sobre elemento constitutivo do tipo legal ou Erro de Tipo Essencial: desconhecendo os elementos constitutivos do tipo legal ou tendo
uma falsa percepção da realidade, o indivíduo pratica uma conduta ilícita que não cometeria se soubesse as reais circunstâncias  Recai sobre a
conduta.
- Se o erro for provocado por terceiro, somente este responderá pelo crime, na condição de agente mediato.
Escusável: o agente toma as devidas cautelas, mas ainda pratica a conduta com base nas falsas percepções dos fatos.
- Exclui o dolo e a culpa.
Inescusável: o agente age sem tomar as devidas cautelas.
- Exclui apenas o dolo, permitindo a punição por culpa imprópria, se previsto em lei.

Descriminante putativa de erro sobre os pressupostos fáticos ou erro de tipo permissivo: o agente conhece a excludente de ilicitude e seus
limites, mas, por ter uma falsa percepção da realidade, age em uma situação em que não está abarcado por ela.
- Se escusável, exclui o dolo e a culpa (isenta de pena).
- Se inescusável, exclui apenas o dolo.

Erro de tipo acidental: o erro recai sobre as circunstâncias secundárias do crime  Não exclui a responsabilidade penal.
Erro sobre o objeto: o agente acredita atingir um objeto material, mas atinge outro.
Erro sobre a pessoa: o erro recai sobre a própria qualidade da pessoa.
Ex: A quer matar B, mas acaba matando C acreditando que está matando B.
• Teoria da equivalência: o julgamento levará em conta a qualidade da vítima visada e a competência para julgar será em razão da vítima
atingida.
Aberratio ictus ou erro de execução: A quer matar B, mas acaba atingindo C, que estava próximo.
- Se atingir a vítima pretendida e um terceiro, responderá por concurso formal.
- Aplica-se a teoria da equivalência.
Aberratio causae ou dolo geral: erro sobre o nexo causal.
- O agente acredita que alcançou o resultado com uma conduta, quando na verdade alcançou com outra.
Aberratio delicti ou criminis: o agente quer atingir um bem jurídico, mas atinge outro.

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58

Ex: A joga uma pedra para atingir o carro de B, mas acaba atingindo a cabeça de B.
- O agente responde por culpa  Se atingir ambos, responderá por concurso formal próprio.

Crime doloso: o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo.


Teoria da vontade: o agente prevê o resultado e tem a intenção de produzi-lo  Dolo direto.
Teoria do assentimento: o agente tolera a produção do resultado, tanto faz com que ele ocorra ou não  Dolo indireto ou eventual.
- Tacou o FODA-SE.
- Nem todo crime tem dolo indireto.

Dolo alternativo: o agente prevê mais de um resultado lesivo e assume o risco de produzir o mais grave.
- Se produzir o mais grave responderá por ele, se produzir o menos grave responderá pelo mais grave na modalidade tentada.
Dolo específico: a conduta é praticada com um fim específico.
- Dolo sem fim específico = Dolo genérico.
Dolo de 2º grau: quando, em razão do meio escolhido para realizar a conduta, ocorre um efeito colateral certo ou necessário, que também será
uma conduta criminosa.

Crime culposo: conduta voluntária em que o resultado naturalístico é involuntário.


- Ocorre por negligência (desleixo, desatenção), imprudência (falta de cautela) ou imperícia (falta de técnica necessária).
- Só é possível a punição por conduta culposa se tiver expresso em lei.
- Em regra, não admite tentativa, mas é admitido na culpa imprópria  Erro de tipo essencial inescusável.
- No concurso de pessoas, em caso de agravante de pena, só responderá o agente que tiver causado o resultado agravante no mínimo na
modalidade culposa.

Elementos do crime culposo:


- Conduta voluntária
- Violação do dever de cuidado.
- Resultado naturalístico involuntário  Todo crime culposo é material, logo, é indispensável o resultado naturalístico involuntário.
- Nexo causal entre a conduta e o resultado
- Tipicidade
- Previsibilidade objetiva  o juiz avaliará se era possível uma pessoa comum prever o resultado naturalístico involuntário  Se sim, responderá
pelo crime culposo.

Culpa própria: o agente não tem consciência ou não assume o risco de produzir o resultado.
Culpa consciente: o agente prevê o resultado, mas não assume o risco de produzi-lo ou acredita sinceramente que pode evitá-lo.
- Agora FODEU.
Culpa inconsciente: embora o resultado seja previsível, ele não foi previsto pelo agente.
Culpa imprópria: o agente age com dolo, porém com uma falsa percepção dos fatos (dolo viciado)  Decorre do erro de tipo essencial
inescusável
- Como decorre de dolo, admite tentativa.
Crime preterdoloso: a conduta inicial é dolosa, mas o resultado é culposo.
- Não admite tentativa.

Crimes que admitem a modalidade culposa: REPHIL


- Receptação;
- Envenenamento;
- Peculato;
- Homicídio;
- Incêndio;
- Lesão corporal.

ILÍCIUDE – ANTIJURICIDADE
A conduta é contrária ao direito  Existem 4 causas de excludente de ilicitude genéricas e outras supralegais.
Estado de necessidade: colisão de bens jurídicos, em situação de perigo atual.
• Teoria Unitária (Adotada no Brasil)  O bem jurídico salvo deve ser de igual ou maior valor, podendo ser próprio ou alheio (Estado de
necessidade justificante)  Exclui a ilicitude.

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59

- Se for de menor valor responderá pelo crime com redução de pena de 1/3 a 2/3.
• Teoria Diferenciadora  Não é adotada no Brasil
- Se o bem jurídico salvo é de igual ou maior valor  Estado de necessidade justificante  Exclui a ilicitude
- Se o bem jurídico salvo é de menor valor  Estado de necessidade exculpante  Exclui a culpabilidade.

Não pode alegar estado de necessidade quem provocou dolosamente o perigo ou podia tê-lo evitado, ou quem tinha o dever legal de enfrentar
o perigo.

Estado de necessidade defensivo: o bem jurídico sacrificado é de quem causou a situação de perigo.
Estado de necessidade agressivo: o bem jurídico sacrificado é de alguém que não causou a situação de perigo.
Estado de necessidade recíproco: duas ou mais pessoas agem em estado de necessidade umas contra as outras. Ex: disputa de um colete em um
naufrágio.

Legítima defesa: usar moderadamente os meios necessário para defender de uma injusta agressão, atual ou iminente, direito próprio ou alheio.
- É possível contra PJ, pois ela externiza a vontade de uma PF.
- Não existe legítima defesa recíproca.
Legítima defesa sucessiva: se alguém age com excesso na legítima defesa, o agressor inicial poderá agir em legítima defesa contra isso.
Legítima defesa putativa: o agente se defende achando que ia sofrer uma injusta agressão, quando não ia.
- Pode haver uma legítima defesa real contra uma putativa.

Estrito cumprimento do dever legal: o ato é praticado para atender algum normativo e ele deve ser feito nos exatos termos da lei.
- Em regra, vale apenas para agentes públicos, mas pode ser estendida aos particulares que tenham alguma relação jurídica específica com o
Estado.
- Se na atuação do agente público houver uma injusta agressão que possa levar ao resultado morte, a excludente será a legítima defesa.

Exercício regular de direito


- A prática de esportes e suas consequências é coberta por ela.

Não é admitido excesso, culposo ou doloso, nas excludentes de ilicitude, sob risco de o agente responder por ele.
- Excesso intensivo  O meio utilizado é desproporcional
- Excesso extensivo  Dura mais que o necessário
• As excludentes só valem para crimes dolosos.

Ofendículos: quando não está sendo acionado o indivíduo está agindo sob exercício regular de direito  Quando é acionado para repelir uma
injusta agressão, ele agirá sob legitima defesa preordenada.

CULPABILIDADE
- Juízo de reprovabilidade da conduta.
- Deve-se ter como elemento principal a conduta, não o autor.
- Para haver culpabilidade é necessário imputabilidade, potencial consciência da ilicitude e exigibilidade de conduta diversa.

Imputabilidade: capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de determinar-se conforme esse entendimento.
• Critério biológico: leva em consideração a existência ou não de uma condição fisiológica  Ex: doença mental ou idade.
• Critério psicológico: leva em consideração o discernimento na hora da conduta  Ex: utilização de alucinógenos.
• Critério biopsicológico: o agente deve ter uma limitação fisiológica e, por tal razão, não tinha discernimento na época do fato.
- É a regra no Brasil, mas com exceções.
Inimputáveis:
- Pode ser aplicado medida de segurança, de acordo com a periculosidade do agente.
• Menor de 18 anos
• Doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto, onde o agente é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
• Embriaguez acidental por caso fortuito ou de força maior, onde o agente é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato
Semi-inimputáveis:
- A pena é reduzida de 1/3 a 2/3  Pode ser substituída por medida de segurança.
• Doentes mentais ou com desenvolvimento mental incompleto, onde o agente é não é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato

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• Embriaguez acidental por caso fortuito ou força maior, onde o agente não é inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato

Não excluem a imputabilidade:


• Emoção ou paixão.
• Embriaguez voluntária ou culposa  Aplica-se a teoria da actio libera in causa (verifica-se se o agente era imputável no momento em que
estava se embriagando)
- Embriaguez preordenada: indivíduo se embriaga para praticar um crime  Agravante na pena;

Potencial consciência da ilicitude: verificar se o agente tinha, ao menos, potencial de entender o caráter ilícito da conduta  Capacidade de
distinguir o certo do errado.

Exigibilidade de conduta diversa:


Coação moral:
- Se irresistível  Isenta de pena
- Se resistível  Atenua a pena.
Obediência à ordem não manifestamente ilegal;

Erro sobre a ilicitude do fato ou Erro de proibição: o agente desconhece ilicitude do fato  Age acreditando estar autorizado a fazê-lo.
- O desconhecimento da lei é inescusável.
• Se escusável  Exclui a culpabilidade sobre a potencial consciência da ilicitude
• Se inescusável  Reduz a pena de 1/6 a 1/3.

Erro de proibição indireto: o agente acredita estar abarcado por uma excludente de ilicitude por uma incorreta interpretação da norma ou o
agente não sabe que não existe a excludente.
- Se escusável  Exclui a culpabilidade
- Se inescusável  Diminui a pena.
PUNIBILIDADE
Extinção de punibilidade: perda do direito de punir o autor do fato típico e ilícito  Perda do direito de propor a ação.
Extingue a punibilidade:
- Morte do agente.
- Anistia, graça ou indulto.
- Retroatividade da lei que não mais considera o fato como crime
- Prescrição, decadência ou perempção
- Renúncia do direito de queixa ou pelo perdão aceito, nos crimes de ação privada
- Retratação do agente, nos casos em que a lei a admite
- Perdão judicial, nos casos previstos em lei

Extinção da punibilidade no peculato culposo: a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é
posterior, reduz de metade a pena imposta.

4 – Concurso de crimes
Quando o agente comete mais de um crime mediante uma ou mais ação ou omissão  Pode ser concurso material, formal ou crime
continuado.
- Se forem aplicadas duas penas restritivas de direitos, o condenado pode cumpri-las simultaneamente, desde que sejam compatíveis entre si, se
não forem, deverá cumprir uma de cada vez.
- As penas mais leves prescrevem com as mais graves.
- As penas de multa serão aplicadas distinta e integralmente.

Cálculo da pena:
Cumulação ou cúmulo material  Soma das penas.
Exasperação  Fração de aumento de pena.

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- É admissível a aplicação da suspensão condicional do processo no concurso de crimes, desde que a soma das penas mínimas, seja por
exasperação ou cumulação, não ultrapasse 1 ano.

Concurso material  O agente, através de mais de uma ação ou omissão, pratica mais que um crime.
- Como os crimes decorrem de condutas diversas, o cálculo será por cumulação.
- Se um crime trouxer pena de R e o outro de D, executa-se primeiro a R.
- Se um dos crimes trouxer pena privativa de liberdade, não será possível a substituição por restritiva de direitos nos demais crimes, salvo se a
pena privativa de liberdade admitir suspensão condicional.

Concurso formal próprio  O agente, através de uma ação ou omissão, pratica mais de um crime, idênticos ou não.
Homogêneo  Os crimes praticados são idênticos;
Heterogêneo  Os crimes praticados são diferentes.
- Os dois crimes serão culposos ou um será doloso e o outro culposo, caso contrário, será concurso formal impróprio.
- A extinção da punibilidade pela prescrição regula-se pela pena imposta a cada um dos crimes isoladamente, afastando o acréscimo decorrente
dos respectivos aumentos de pena.
• Será aplicada a pena do crime mais grave aumentada de 1/6 até ½:
2 crimes  1/6;
3 crimes  1/5;
4 crimes  ¼;
5 crimes  1/3;
6 ou mais crimes  ½.
- A pena de multa será por cumulação.
• Concurso material benéfico: situação de concurso formal próprio, onde seria aplicado a exasperação, contudo, a cumulação é mais vantajosa
para o condenado.

Concurso formal impróprio  O agente, através de uma ação ou omissão, pratica mais de um crime, idênticos ou não, porém a conduta é
dolosa e os crimes ocorrem com desígnios autônomos, por conta disso, o cálculo da pena será por cumulação.

Crime continuado  O agente, através de mais de uma ação/omissão, pratica mais de um crime da mesma espécie e, em razão de tempo, lugar,
maneira de execução e outras semelhanças, os demais crimes são considerados continuação do primeiro.
Requisitos legais para aplicação:
• Crimes da mesma espécie: previstos no mesmo tipo penal e apresentam a mesma estrutura jurídica (ofendem os mesmos bens jurídicos);
• Condições de tempo: até 30 dias entre uma conduta e outra.
- STF já aceitou prazos maiores para crimes tributários.
• Condições de lugar: mesmo município ou em municípios próximos.
• Modo de execução: devem ser semelhantes.
• Unidades de desígnio: as diversas condutas foram planejadas para o determinado fim.

Será aplicada a pena mais grave aumenta de 1/6 a 2/3:


2 crimes  1/6;
3 crimes  1/5;
4 crimes  ¼;
5 crimes  1/3;
6 crimes  ½;
7 ou mais crimes  2/3.
- A pena de multa também será por exasperação.

• A extinção da punibilidade pela prescrição regula-se pela pena imposta a cada um dos crimes isoladamente, afastando o acréscimo decorrente
dos respectivos aumentos de pena.
Crime continuado específico: nos crimes dolosos, praticados contra vítimas diversas, com emprego de violência ou grave ameaça, o juiz poderá
aumentar a pena mais grave até o triplo.

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5 – Concurso de pessoas
Reunião de agentes que concorrem de forma relevante para a realização de um evento, agindo todos com identidade de propósito.
- Pode ser eventual ou necessário.
Teoria monista ou unitária: quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na medida de sua culpabilidade.

Requisitos para o concurso de pessoas:


• Pluralidade de agentes culpáveis e de condutas;
• Relevância causal das condutas;
• Vínculo ou liame subjetivo entre os agentes;
- As pessoas devem ter conhecimento de que agem juntas para a prática do crime (não é necessário prévio ajuste); caso não tenham esse
conhecimento, estarão incluídas no instituto de autoria imprópria ou colateral.
• Identidade de infrações penais;
- Todos os concorrentes devem agir de forma a contribuir para o mesmo evento.

Teorias sobre autoria:


Teoria objetivo-formal: autor é quem pratica o núcleo do tipo penal e partícipe é quem concorre de qualquer forma para o crime.
Teoria do domínio do fato ou objetiva-subjetiva: autor é quem pratica o fato e também quem decide sobre sua prática, suspensão ou condições
(autor intelectual).
- Aplicada somente nos crimes dolosos, pois são os únicos que admitem controle finalístico.

Autoria mediata: o agente comete o fato típico sem realizar a conduta do núcleo penal, utilizando um inculpável ou alguém que age sem dolo ou
culpa para praticar o crime.
- Autor mediato é quem utiliza e autor imediato é quem é utilizado.
Autoria mediata no crime próprio  É possível, desde que ambos detenham a qualidade especial exigida no tipo penal.
Autoria mediata no crime de mão própria  Não é possível.
Autoria de escritório  Espécie de autoria mediata em que o agente dá ordem para outro indivíduo culpável praticar o crime.

Coautoria: quando mais de uma agente, com liame subjetivo, praticam o núcleo do tipo penal.
- Não é necessário que pratiquem os mesmos atos, apenas que contribuam de forma direta e relevante para o crime.
- É possível em caso de crime culposo ou omissivo.
Coautoria em crime próprio e de mão própria  Em regra, só é admitido no crime próprio, entretanto, é possível no caso de dois peritos se
juntarem para elaborar um laudo falso.
Autoria imprópria ou colateral: quando mais de um agente intervêm na execução do crime, buscando igual resultado, mas um não sabe da
intenção do outro.

Participação: o agente não pratica diretamente o núcleo do tipo penal, mas concorre de qualquer forma para o crime.
- Não há participação em crime culposo e não há participação culposa em crime doloso.
- É possível em crime omissivo.
- Se a participação for de menor importância, a pena pode ser reduzida de um 1/6 a 1/3.
• Participação moral: o agente induz ou instiga um terceiro a praticar o crime.
• Participação material: o agente presta auxílio ao autor.

Teoria da acessoriedade  A participação é acessória a autoria.


- O ajuste, a determinação, a instigação e o auxílio, salvo disposição expressa em contrário, não são puníveis se o crime não é ao menos tentado.
• Teoria da acessoriedade mínima: basta que o agente tenha praticado um fato típico para que a participação seja relevante.
• Teoria da acessoriedade limitada: o agente deve ter praticado um fato típico e ilícito para que a participação seja relevante.
- Teoria adotada pelo código penal, logo, se o agente agiu sob excludente de ilicitude, não haverá participação.
• Teoria da acessoriedade máxima: o agente deve ter praticado um fato típico, ilícito e culpável para que a participação seja relevante.
• Teoria da hiperacessoriedade: o agente deve ter praticado um fato típico, ilícito, culpável e punível para que a participação seja relevante.

Participação dolosamente distinta: se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste.
- Se o resultado mais grave era previsível, a pena pode ser aumentada até ½.
Comunicabilidade das circunstâncias: as circunstâncias e as condições de caráter pessoal não se comunicam, salvo quando elementares do
crime.

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6 – Crimes contra a pessoa.


- Crime contra a vida
- De lesão corporal
- De periclitação da vida e da saúde
- De rixa
- Contra a honra
- Contra a liberdade individual
121 – Homicídio:
- Crime de dano, material e instantâneo de efeitos permanentes.
• Nos crimes dolosos a pena é aumentada:
- 1/3 a 1/2 se for praticado por milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de extermínio.
- 1/3 se for praticado contra pessoa menor de 14 ou maior de 60 anos.
Homicídio Simples  R de 6 a 20 anos.
- Não é hediondo, salvo se praticado em atividade típica de grupo de extermínio.

Homicídio Qualificado  R de 12 a 30 anos  Todos são Hediondos.


I - Mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - Motivo fútil;
III - Com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou que possa resultar em perigo comum;
IV - À traição, de emboscada, ou mediante recurso que dificulte ou torne impossível a defesa da vítima;
V - Para encobrir outro crime;
VI - Contra mulher por razões do sexo  Feminicídio  STJ considerou como uma qualificadora objetiva.
VII - Contra membros dos Art 142 e 144 e agentes da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou
contra CADI até 3º grau, em razão dessa condição.
• As qualificadoras III, IV e VI* são objetivas e as I, II, V e VII são subjetivas.
- Posso ter mais de uma qualificadora, mas apenas uma delas pode ser subjetiva.
- A premeditação não é uma qualificadora, mas pode ser levada em consideração na dosimetria da pena.
- Ausência de motivo não é motivo fútil.
• Feminicídio: há razões de condição de sexo quando envolve violência doméstica e familiar ou menosprezo à condição de mulher.
- Aplicável à transexual e à travesti.
 Aumento de pena de 1/3 até ½:
- Se for praticado durante a gestação ou nos 3 meses posteriores ao parto;
- Contra menor de 14 ou maior de 60 anos;
- Contra mulher com deficiência ou portadora de doenças degenerativas que acarretem condição limitante ou de vulnerabilidade física ou mental;
- Na presença física ou virtual de descendente ou de ascendente da vítima;
- Em descumprimento das medidas protetivas de urgência.;

Homicídio Privilegiado  cometido por motivo de relevante valor moral ou social ou por domínio de violenta emoção, logo em seguida a
injusta provocação da vítima  Pena pode ser reduzida de 1/6 a 1/3
Homicídio Privilegiado-Qualificado  o privilégio só pode ser somado a uma qualificadora objetiva  Não é hediondo.
Homicídio Culposo  D de 1 a 3 anos  O juiz pode deixar de aplicar a pena se as consequências do crime atingirem o agente de tal forma
que a sanção penal se torne desnecessária.
• A pena é aumentada 1/3, se o crime ocorre por inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão.

123 – Infanticídio  Matar, sob influência do estado puerperal, o próprio filho, durante ou logo após o parto  D de 2 a 6 anos.
- Crime próprio quanto ao sujeito ativo e passivo;
- Espécie de homicídio privilegiado.
- O pai pode ser enquadrado se é omisso percebendo a intenção da mãe.
- No caso de concurso de pessoas, todos respondem por infanticídio  Teoria monista.

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122 – Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação  Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação
ou prestar-lhe auxílio material para que o faça  R de 6 meses a 2 anos.

Qualificado por lesão corporal grave ou gravíssima  R de 1 a 3 anos.


- Se resulta em lesão corporal gravíssima e é cometido contra menor de 14 ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o
necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência  O agente responde pelo crime
de lesão corporal gravíssima.

Qualificada por morte  R de 2 a 6 anos.


- Se é cometido contra menor de 14 ou contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa,
não pode oferecer resistência  O agente responde pelo crime de homicídio.

A pena é duplicada:
- Se é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil.
- Se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
A pena é aumentada até o dobro:
- Se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, de rede social ou transmitida em tempo real.
A pena é aumentada em ½:
- Se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede virtual.

129 – Lesão Corporal  Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem.


- A ausência de laudo pericial não impede o reconhecimento da lesão corporal grave ou gravíssima, desde que haja outros meios de prova.
• Leve  D de 3 meses a 1 anos.
- Ação Condicionada à representação.
• Grave  R de 1 a 5 anos  PIDA
- Perigo de vida;
- Incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias;
- Debilidade permanente de membro, sentido ou função;
- Aceleração de parto.
• Gravíssima  R de 2 a 8 anos  PEIDA.
- Perda ou inutilização do membro, sentido ou função  No caso de órgãos duplos, se há perda de somente 1 deles, a lesão é grave.
- Enfermidade incurável;
- Incapacidade permanente para o trabalho;
- Deformidade permanente;
- Aborto.

Lesão Corporal Seguida De Morte  Crime preterdoloso  R de 4 a 12 anos


Lesão Corporal Culposa: D de 2 meses a 1 anos.
- Não se discute a natureza das lesões.
- Ação Condicionada à representação.
- O juiz pode deixar de aplicar a pena se as consequências da infração atingirem o agente de tal forma que a sanção penal se torne desnecessária.
• A pena é aumentada 1/3, se o crime ocorre por inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar
imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou foge para evitar prisão.

135 – Omissão de socorro  Deixar de prestar assistência, quando possível sem risco pessoal, à criança abandonada ou extraviada, ou à pessoa
inválida ou ferida, ao desamparo ou em grave e iminente perigo; ou não pedir, nesses casos, o socorro da autoridade pública  D 1 a 6 meses.
• Aumento de pena em ½ se a omissão resulta em lesão corporal grave e a pena é triplicada se resulta em morte.

137 – Rixa  Participar de rixa, salvo para separar  D de 15 dias a 2 meses


- Luta entre três ou mais pessoas, com violências físicas recíprocas  Crime plurissubjetivo
- Os participantes são sujeitos ativos e passivos uns em relação aos outros.

138 – Calúnia: acusar alguém, falsamente, da prática de um crime (não pode ser contravenção penal), ou saber que a acusação é falsa e divulgá-
la  D de 6 meses a 2 anos.

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- É punível a calúnia contra mortos.


- Admite retratação
- Honra objetiva
• Admite exceção da verdade, salvo:
- Se é crime de Ação Privada e o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível
- Se o fato é imputado as pessoas indicadas no nº I do art. 141(PR ou chefe de governo estrangeiro)
- Se na Ação Pública o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível.

139 – Difamação: imputar fato ofensivo à reputação de alguém  D de 3 meses a 1 anos.


- Admite exceção da verdade somente se o ofendido é funcionário público e a ofensa é em razão de suas funções.
- O fato não precisa ser falso.
- Admite retratação
- Honra objetiva

140 – Injúria: palavra ou gesto pejorativo com que o agente ofende o sentimento da vítima  D de 1 a 6 meses.
- Não cabe exceção da verdade.
- Não admite retratação.
- Honra subjetiva.
O juiz pode deixar de aplicar a pena se o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria ou no caso de retorsão imediata, que
consista em outra injúria.
Injúria real: envolve a prática de elementos aviltantes, como violência ou vias de fato, como cuspir na cara de outro  D de 3 meses a 1 anos +
pena correspondente à violência
Injúria racial, preconceituosa ou qualificada: elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de idoso ou portador de
deficiência  R de 1 a 3 anos.
- É considerado inafiançável e imprescritível pelo STF e STJ.
- Se for feitos contra servidor público não estando na presença dele é injúria, se for feita na presença dele é desacato.

- É possível que o agente pratique, concomitantemente, os três crimes.


- As PJ podem ser sujeito passivo dos crimes de calúnia e difamação, mas não do de injúria.
• Aumento de pena em 1/3 se praticados contra:
- PR ou chefe de governo estrangeiro;
- Contra funcionário público, em razão de suas funções;
- Na presença de várias pessoas ou por meio que facilite a divulgação dos crimes;
- Contra pessoa maior de 60 anos ou deficiente, exceto no caso de injúria;
• Aumento de pena em ½ se é cometido mediante paga ou promessa de recompensa.

Não constitui injúria ou difamação:


- Ofensa irrogada em juízo, na discussão da causa, pela parte ou por seu procurador  Responde quem lhe der publicidade.
- Opinião desfavorável da crítica literária, artística ou científica, salvo quando inequívoca a intenção de injuriar ou difamar.
- Conceito desfavorável emitido por funcionário público, em apreciação ou informação que preste no cumprimento de dever do ofício 
Responde quem lhe der publicidade.

148 – Sequestro e cárcere privado  Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado  R de 1 a 3 anos.
Qualificadoras  R de 2 a 5 anos.
- Se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 anos  Sem irmão  CADI sem I;
- Se é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital;
- Se a privação da liberdade dura mais de 15 dias;
- Se é praticado contra menor de 18 anos;
- Se é praticado com fins libidinosos;
• Se resulta à vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou moral  R de 2 a 8 anos.

149-A – Tráfico de pessoas  R de 4 a 8 anos  Agenciar, aliciar, recrutar, transportar, transferir, comprar, alojar ou acolher pessoa, mediante
grave ameaça, violência, coação, fraude ou abuso, com a finalidade de:
- Remover órgãos, tecidos ou partes do corpo;
- Submeter a trabalho em condição análoga à escravidão;

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- Submeter a qualquer tipo de servidão;


- Adoção ilegal;
- Exploração sexual.
• Aumento de pena de 1/3 a ½:
- Se cometido por funcionário público no exercício de sua função ou a pretexto de exercê-la;
- Se cometido contra criança, adolescente, idoso ou deficiente;
- O agente se prevalecer de relações de parentesco, domésticas, de coabitação, de hospitalidade, de dependência econômica, de autoridade ou de
superioridade hierárquica inerente ao exercício de emprego, cargo ou função;
- A vítima for retirada do Brasil.
• A pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3 se o agente for primário e não integrar Orcrim.

150 – Violação de domicílio  Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita de quem de direito,
em casa alheia ou em suas dependências  D de 1 a 3 meses.
Casa: todo compartimento habitado, aposento ocupado de habitação coletiva ou compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce
profissão.
Não é casa: taverna, casa de jogo, boleia de caminhão etc.

7 – Crimes contra o patrimônio


Escusas Absolutórias: busca harmonizar a proteção do patrimônio e a relação familiar existente entre os sujeitos, trazendo a isenção de pena, ou
permitindo que a vítima decida ou não pela representação.
Isento de pena se cometido contra o cônjuge, ascendente ou descendente.
Somente se procede mediante representação se cometido contra ex-cônjuge, irmão, tio ou sobrinho com que coabita.
Não se aplica a escusa absolutória:
- Nos crimes de roubo ou extorsão, ou com violência ou grave ameaça.
- Ao estranho que participar do crime;
- Crime contra pessoa com 60 ou + anos.

155 – Furto  Subtrair coisa alheia móvel  R de 1 a 4 anos.


- Sistema de vigilância ou a presença de segurança não torna o crime impossível.
- Energia elétrica = coisa móvel  É fato atípico o furto de sinal de TV a cabo.
- O crime é consumado no momento da inversão da posse  Teoria do Amotio.
- Princípio da insignificância  Não há um valor estabelecido, porém a doutrina adota o parâmetro de até 10% do salário-mínimo.
• Aumento de pena de 1/3 se é praticado durante o repouso noturno  Pode ser aplicado para o furto qualificado.

Qualificado  R de 2 a 8 anos.
• Com destruição ou rompimento de obstáculo; (I)
- Destruir o vidro para roubar algo no interior do veículo é furto qualificado, destruir o vidro para roubar o próprio veículo é furto simples;
• Com abuso de confiança ou mediante fraude, escalada ou destreza; (II)
- Se houver flagrante não dá para caracterizar destreza;
- A fraude é utilizada para diminuir a vigilância da vítima (≠ estelionato).
- A simples relação empregatícia não caracteriza abuso de confiança
• Emprego de chave falsa; (III)
• Concurso de duas dou mais pessoas. (IV)
O I e II necessita de perícia, mas admite-se prova indireta.
Só é possível aplicar o princípio da insignificância em circunstâncias excepcionais.

• Com emprego de explosivo ou artefato que cause perigo comum  R de 4 a 10 anos.


- Crime hediondo.
• Furto de veículo automotor que seja transportado para outro Estado ou País  R de 3 a 8 anos.
• Furto de animal de corte, mesmo abatido ou dividido em partes (abigeato)  R de 2 a 5 anos.
• Se a subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou
emprego  R de 4 a 10 anos.

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Privilégio  Se o criminoso é primário e a coisa é de pequeno valor (1 salário-mínimo), o Juiz pode substituir a pena de R pela de D, diminuí-la
de 1/3 a 2/3, ou aplicar somente a de multa.
• Qualificado-privilegiado  É possível associar o privilégio com qualquer qualificadora, exceto abuso de confiança.

156 – Furto De Coisa Comum  Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem legitimamente a detém, a coisa
comum  D de 6 meses a 2 anos.
- Só se procede mediante representação.
- Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota a que o agente tem direito.

157 – Roubo  Subtrair coisa móvel alheia, mediante grave ameaça ou violência, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à
impossibilidade de resistência  R de 4 a 10 anos.
- São hediondos  Com restrição de liberdade da vítima, qualificado por lesão corporal grave ou morte.
- O crime é consumado no momento da inversão da posse  Teoria do Amotio.
Roubo impróprio  Logo após subtrair, utiliza de violência ou grave ameaça para assegurar a impunidade ou a detenção da coisa.
A pena é aumentada de 1/3 até ½, se:
- Há concurso de pessoas  Inclusive com inimputável.
- A vítima está em serviço de transporte de valores e o agente sabe disso  Não se restringe a dinheiro.
- A subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou País;
- O agente restringe a liberdade da vítima.
- A subtração for de substâncias explosivas ou de acessórios que, conjunta ou isoladamente, possibilitem sua fabricação, montagem ou emprego;
- Há emprego de arma branca;

A pena é aumentada em 2/3:


- Há emprego de arma de fogo  Simulacro ou arma quebrada caracteriza roubo simples.
- Há destruição ou rompimento de obstáculo com explosivo ou outro artefato que cause perigo comum.
A pena é aumentada em dobro se há emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido.
- Em regra, o crime de roubo com arma de fogo absorve o crime de porte ilegal de arma de fogo.

Qualificados:
• Por lesão corporal grave  R de 7 a 18 anos.
• Por morte  R de 20 a 30 anos.
- Não é submetido ao tribunal do júri.
- O latrocínio se consuma com a morte da vítima.
- Segundo o STF, não há continuidade delitiva entre roubo e latrocínio.

158 – Extorsão  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem
econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa  R de 4 a 10 anos.
- A ameaça pode ser contra a integridade física, honra, objetos ou até espiritual.
- A consumação ocorre no momento da violência ou grave ameaça, independente da obtenção da vantagem.
- A pena é aumentada de 1/3 até ½ de é cometido por duas ou mais pessoas ou com emprego de arma de fogo.
Qualificado pela restrição de liberdade da vítima (sequestro relâmpago)  R de 6 a 12 anos.
- Crime hediondo.
- A própria vítima é obrigado a entregar a vantagem indevida.
• Se resultar em lesão corporal grave  R de 7 a 18 anos;
• Se resultar em morte  R de 20 a 30 anos.

159 – Extorsão Mediante Sequestro  Sequestrar pessoa para obter qualquer vantagem, como condição ou preço de resgate  R de 8 a 15
anos.
- Crime Hediondo.
- Na hipótese de uma simulação de sequestro, onde a suposta vítima faz parte, configurará somente crime de extorsão.
- No caso de concurso de pessoas, se um dos sequestradores denunciar às autoridades, facilitando a libertação do sequestrado, terá a pena
reduzida de 1/3 a 2/3.
- Crime formal  Não necessita a obtenção da vantagem para o crime estar consumado.
Qualificadoras:

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• Se durar mais de 24 horas, se a vítima é menor de 18 ou maior de 60, ou se é cometido por bando ou quadrilha  R de 12 a 20 anos.
• Se resulta em lesão corporal grave  R de 16 a 24 anos.
• Se resulta a morte  R de 24 a 30 anos.

160 – Extorsão Indireta  Exigir ou receber, como garantia de dívida, abusando da situação de alguém, documento que pode dar causa a
procedimento criminal contra a vítima ou a terceiro  R de 1 a 3 anos.
- Ex: cheque em branco.

163 – Dano  Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia  D de 1 a 6 meses.


- Segundo o STF, é necessário apenas o dolo; segundo o STJ, é necessário o dolo específico  Não admite culpa.
Qualificadoras  D de 6 meses a 3 anos + pena correspondente pela violência.
- Se é cometido com violência ou grave ameaça;
- Com emprego de substância inflamável ou explosiva, se não constituir crime mais grave;
- Contra o patrimônio da Adm Direta e Indireta  Não é possível aplicar o princípio da insignificância;
- Por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima.

168 – Apropriação Indébita  Apropria-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção  R de 1 a 4 anos.
A pena é aumentada em 1/3 se:
- O agente recebeu a coisa em depósito necessário.
- Na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testamenteiro ou depositário judicial.
- Em razão de ofício, emprego ou profissão.

168-A – Apropriação Indébita Previdenciária  Deixar de repassar à previdência social as contribuições recolhidas, no prazo e na forma legal
ou convencional  R de 2 a 5 anos.
- Competência da Justiça Federal e não necessita de dolo específico.
- Não é possível aplicar o princípio da insignificância.
É extinta a punibilidade se o agente espontaneamente confessa e efetua o pagamento antes do início da ação fiscal.
O Juiz pode deixar de aplicar a pena ou aplicar só a de multa se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que:
- Tenha feito, após o início da ação fiscal e antes de oferecida a denúncia, o pagamento, inclusive acessórios, ou;
- O valor devido, inclusive acessórios, seja igual ou inferior àquele estabelecido pela previdência social, como sendo o mínimo para o
ajuizamento de execuções fiscais.

171 – Estelionato  Obter vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante qualquer meio fraudulento 
R de 1 a 5 anos.
- A fraude faz com que a vítima, voluntariamente, entregue a vantagem indevida.
- Fraudar medidor de energia configura estelionato.
- Em caso de crime plurilocal, a competência é do juizado onde foi obtida a vantagem indevida.
- A ação é Pública Condicionada, salvo se a vítima for a Adm Pública, criança/adolescente, maior de 70 anos ou incapaz.
• Se o criminoso é primário e o prejuízo é de pequeno valor, a pena pode ser reduzida de 1/3 a 2/3.

Formas equiparadas:
- Quem vende, permuta, dá em pagamento, em locação ou garantia coisa alheia como própria;
- Vende, permuta, dá em pagamento ou em garantia coisa própria inalienável, gravada de ônus ou litigiosa, ou imóvel que prometeu vender a
terceiro, mediante pagamento em prestações, silenciando sobre qualquer dessas circunstâncias;
- Defrauda, mediante alienação não consentida pelo credor ou por outro modo, a garantia pignoratícia, quando tem a posse do objeto empenhado;
- Defrauda substância, qualidade ou quantidade de coisa que deve entregar a alguém’
- Frauda com intuito de receber indenização ou seguro;
- Frauda no pagamento por meio de cheque  Se o cheque for quitado antes do recebimento da denúncia, a ação não será iniciada.

A pena é aumentada em 1/3 se é cometido contra entidade de direito público ou instituto de economia popular, assistência social ou
beneficência  Não é possível aplicar o princípio da insignificância
A pena é aumentada em dobro se praticado contra idoso.

180 – Receptação  Adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar coisa que sabe ser produto de crime (receptação própria); ou influir para
que terceiro, de boa-fé, a adquira, receba ou oculte (receptação imprópria)  R de 1 a 4 anos.

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- Se o criminoso é primário e a coisa é de pequeno valor, o Juiz pode substituir a pena de R pela de D, diminuí-la de 1/3 a 2/3, ou aplicar somente
a de multa.
- É crime acessório, pois depende da existência de outro, porém é crime parasitário, pois independe da punição do anterior.
Forma qualificada  Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, vender, expor à venda, ou
de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, coisa que deve saber ser produto de
crime  R de 3 a 8 anos.
- Admite dolo direto ou eventual.
Receptação culposa  Adquirir ou receber coisa que, por sua natureza ou pela desproporção entre o valor e o preço, ou pela condição de quem
a oferece, deve presumir-se ser produto de crime  D de 1 mês a 1 ano.
- Se o criminoso é primário, o Juiz pode deixar de aplicar a pena.

180-A – Receptação de animal  Adquirir, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito ou vender, com a finalidade de produção ou
de comercialização, semovente domesticável de produção, ainda que abatido ou dividido em partes, que deve saber ser produto de crime  R de
2 a 5 anos.

8 – Crimes contra a dignidade sexual


Aumento de pena:
- De 1/2 a 2/3, se resultar em gravidez.
- De 1/3 a 2/3, se o agente transmite à vítima doença sexualmente transmissível de que sabe ou deveria saber ser portador, ou se a vítima é idosa
ou pessoa com deficiência.

- Os processos correrão em segredo de justiça.


- Todos esses crimes são de Ação Incondicionada.

213 – Estupro  Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a ter conjunção carnal ou a praticar ou permitir que com ele se
pratique outro ato libidinoso  R de 6 a 10 anos.
Qualificado:
• Se resulta em lesão corporal grave ou se a vítima é menor de 18 e maior de 14  R de 8 a 12 anos.
• Se resulta em morte  R de 12 a 30 anos.

215 – Violação sexual mediante fraude  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio
que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima  R de 2 a 6 anos
- Se é cometido com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.

215-A – Importunação sexual  Praticar contra alguém e sem a sua anuência ato libidinoso com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a
de terceiro  R de 1 a 5 anos, se o ato não constitui crime mais grave.

216-A – Assédio sexual  Constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua
condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função  D de 1 a 2 anos.
- A pena é aumentada em até um 1/3 se a vítima é menor de 18 anos.

216-B – Registro não autorizado da intimidade sexual  Produzir, fotografar, filmar ou registrar, por qualquer meio, conteúdo com cena de
nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado sem autorização dos participantes  D de 6 meses a 1 ano.
Conduta equiparada: realizar montagem em fotografia, vídeo, áudio ou qualquer outro registro com o fim de incluir pessoa em cena de nudez
ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo.

217-A – Estupro de vulnerável  Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos  R de 8 a 15 anos.
- Será crime independentemente do consentimento da vítima ou do fato de ela ter mantido relações sexuais anteriormente ao crime.
Equiparado: fazer o mesmo com alguém que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato,
ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer resistência.
Qualificado:
• Se resulta em lesão corporal grave  R de 10 a 20 anos.
• Se resulta em morte  R de 12 a 30 anos.

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218 – Corrupção de menores  Induzir alguém menor de 14 anos a satisfazer a lascívia de outrem  R de 2 a 5 anos.

218-A – Satisfação de lascívia mediante presença de criança ou adolescente  Praticar, na presença de alguém menor de 14 anos, ou induzi-lo
a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outrem  R de 2 a 4 anos.

218-B – Favorecer a prostituição ou a exploração sexual de menor  Submeter, induzir ou atrair à prostituição ou outra forma de exploração
sexual alguém menor de 18 anos ou que, por enfermidade ou deficiência mental, não tem o necessário discernimento para a prática do ato ,
facilitá-la, impedir ou dificultar que a abandone  R de 4 a 10 anos.
- Se é praticado com o fim de obter vantagem econômica, aplica-se também multa.
Aplica-se as mesmas penas:
• Quem pratica conjunção carnal ou outro ato libidinoso com alguém menor de 18 e maior de 14 anos na situação descrita no caput deste artigo.
• Ao Proprietário, ao gerente ou ao responsável pelo local em que se verifiquem as práticas referidas no caput deste artigo.
- É obrigatória a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento.

218-C – Divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável, de cena de sexo ou de pornografia  Oferecer, trocar,
disponibilizar, transmitir, vender ou expor à venda, distribuir, publicar ou divulgar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outro registro
audiovisual que contenha cena de estupro ou de estupro de vulnerável ou que faça apologia ou induza a sua prática, ou, sem o consentimento da
vítima, cena de sexo, nudez ou pornografia  R de 1 a 5 anos.
• A pena é aumentada de 1/3 a 2/3 se é praticado por quem mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima ou com o fim de
vingança ou humilhação;
Não há crime quando o agente pratica as condutas descritas no caput deste artigo em publicação de natureza jornalística, científica, cultural ou
acadêmica com a adoção de recurso que impossibilite a identificação da vítima, ressalvada sua prévia autorização, caso seja maior de 18 anos.

A pena é aumentada:
• Em 1/4, se é cometido em concurso de duas ou mais pessoas.
• Em ½, se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou
por qualquer outro título tiver autoridade sobre ela.
• De 1/3 a 2/3 se é praticado:
- Estupro coletivo  Concurso de duas ou mais pessoas.
- Estupro corretivo  Para controlar o comportamento social ou sexual da vítima.

228 – Favorecer a prostituição ou a exploração sexual  Induzir ou atrair alguém à prostituição ou outra forma de exploração sexual, facilitá-
la, impedir ou dificultar que alguém a abandone  R de 2 a 5 anos.
• Se o agente é ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou
se assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância  R de 3 a 8 anos.
• Se é cometido com emprego de violência, grave ameaça ou fraude  R de 4 a 10 anos, além da pena correspondente à violência.
• Se é cometido com o fim de lucro, aplica-se também multa.

229 – Casa de prostituição  Manter, por conta própria ou de terceiro, estabelecimento em que ocorra exploração sexual, haja, ou não, intuito
de lucro ou mediação direta do proprietário ou gerente  R de 2 a 5 anos
- Crime habitual  “Manter”  ou seja, não admite tentativa.

230 – Rufianismo  Tirar proveito da prostituição alheia, participando diretamente de seus lucros ou fazendo-se sustentar, no todo ou em parte,
por quem a exerça  R de 1 a 4 anos.
• Se a vítima é menor de 18 e maior de 14 anos ou se é cometido por ascendente, padrasto, madrasta, irmão, enteado, cônjuge, companheiro, tutor
ou curador, preceptor ou empregador da vítima, ou por quem assumiu, por lei ou outra forma, obrigação de cuidado, proteção ou vigilância  R
de 3 a 6 anos.
• Se o crime é cometido mediante violência, grave ameaça, fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação da vontade da
vítima  R de 2 a 8 anos, sem prejuízo da pena correspondente à violência.

232-A – Promoção da imigração ilegal  Promover, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a entrada ilegal de
estrangeiro em território nacional ou de brasileiro em país estrangeiro  R de 2 a 5 anos
Equiparado: quem promove, por qualquer meio, com o fim de obter vantagem econômica, a saída de estrangeiro do território nacional para
ingressar ilegalmente em país estrangeiro
Aumento de pena de 1/6 a 1/3:
- Se é cometido com violência

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- Se a vítima é submetida a condição desumana ou degradante


• A pena prevista para o crime será aplicada sem prejuízo das correspondentes às infrações conexas.

233 – Ato obsceno  Praticar ato obsceno em lugar público, ou aberto ou exposto ao público  D de 3 meses a 1 ano.

9 – Crimes contra incolumidade pública


Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal grave  Aumento de pena em 1/2
Se do crime doloso de perigo comum resulta morte  Pena aplicada em dobro
Se do crime culposo de perigo comum resulta lesão corporal  Aumento de pena em 1/2
Se do crime culposo de perigo comum resulta morte  Aplica-se a pena do homicídio culposo, aumentada em 1/3.

259 – Difusão de doença ou praga  Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou animais de utilidade econômica
 R de 2 a 5 anos
Culposo  D de 1 a 6 meses.

264 – Arremesso de projétil  Arremessar projétil contra veículo, em movimento, destinado ao transporte público por terra, água ou ar  D de
1 a 6 meses.
• Se resultar em lesão corporal  D de 6 meses a 2 anos.
• Se resultar em morte  Pena do homicídio aumentada em 1/3.

267 – Epidemia  Causar epidemia, mediante a propagação de germes patogênicos  R de 10 a 15 anos.


- Se resultar em morte  Pena aplicada em dobro
Culposo  D de 1 a 2 anos
- Se resultar em morte  D de 2 a 4 anos.

268 – Infração de medida sanitária preventiva  Infringir determinação do poder público, destinada a impedir introdução ou propagação de
doença contagiosa  D de 1 mês a 1 ano.
A pena é aumentada em 1/3, se o agente é funcionário da saúde pública ou exerce a profissão de médico, farmacêutico, dentista ou
enfermeiro.

269 – Omissão de notificação de doença  Deixar o médico de denunciar à autoridade pública doença cuja notificação é compulsória  D de 6
meses a 2 anos.

272 – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de substância ou produtos alimentícios  Corromper, adulterar, falsificar ou alterar
substância ou produto alimentício destinado a consumo (inclusive bebidas, com ou sem álcool), tornando-o nociva à saúde ou reduzindo-lhe o
valor nutritivo  R de 4 a 8 anos.
Nas mesmas penas incorre quem fabrica, vende, expõe à venda, importa, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui
ou entrega a consumo a substância alimentícia ou o produto falsificado, corrompido ou adulterado.

273 – Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais  Falsificar, corromper,
adulterar ou alterar produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais  R de 10 a 15 anos.
Nas mesmas penas incorre quem importa, vende, expõe à venda, tem em depósito para vender ou, de qualquer forma, distribui ou
entrega a consumo o produto falsificado, corrompido, adulterado ou alterado.
• Está sujeito às penas deste artigo quem pratica essas ações em relação a produtos em qualquer das seguintes condições:
- Sem registro, quando exigível, no órgão de vigilância sanitária competente;
- Em desacordo com a fórmula constante do registro previsto no inciso anterior;
- Sem as características de identidade e qualidade admitidas para a sua comercialização;
- Com redução de seu valor terapêutico ou de sua atividade;
- De procedência ignorada;
- Adquiridos de estabelecimento sem licença da autoridade sanitária competente.
Incluem-se entre os produtos a que se refere este artigo os medicamentos, as matérias-primas, os insumos farmacêuticos, os cosméticos,
os saneantes e os de uso em diagnóstico.

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10 – Crimes contra a Fé Pública


- Não cabe princípio da insignificância nem arrependimento posterior.
- Não admitem modalidade culposa.
289 – Moeda Falsa  Falsificar, fabricando ou alterando, moeda corrente no Brasil ou no exterior  R de 3 a 12 anos.
- Competência é da JF.
- Se a falsificação for grosseira, configurará estelionato (competência da JE); se for extremamente grosseira, configurará crime impossível.
Privilegiado: quem recebe de boa-fé e como verdadeira a moeda falsa e, depois de ter conhecimento, a coloca em circulação  D de 6 meses a 2
anos.
Equiparado: quem importa, exporta, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz em circulação moeda falsa.
Qualificada  R de 3 a 15 anos.
• Agente público ou diretor, gerente, ou fiscal de banco de emissão que autorize ou emita:
- Moeda com título ou peso inferior ao determinado em lei
- Fabrique papel-moeda em quantidade superior à autorizada

290 – Crimes assimilados ao de moeda falsa  R de 2 a 8 anos.


- Formar cédula, nota ou bilhete representativo de moeda com fragmentos de cédulas, notas ou bilhetes verdadeiros;
- Suprimir, em nota, cédula ou bilhete recolhidos, para o fim de restituí-los à circulação, sinal indicativo de sua inutilização;
- Restituir à circulação cédula, nota ou bilhete em tais condições, ou já recolhidos para o fim de inutilização:
• Competência da JF.
Qualificada  Se é cometido por funcionário do local onde o dinheiro estava guardado, ou se tinha fácil acesso a ele em razão do cargo  R de
2 a 12 anos.

291 – Petrechos Para Falsificação De Moeda  Fabricar, adquirir, fornecer ou possuir qualquer objeto destinado à falsificação de moeda  R
de 2 a 6 anos.
- O crime de moeda falsa absorve este.

297 – Falsificar documento público ou alterar verdadeiro  R de 2 a 6 anos.


- O documento em si é falso  Falso material.
- Não é necessária a perícia se a falsificação puder ser comprovada de outras formas.
• A pena é aumentada em 1/6 se o agente for funcionário público e comete o crime prevalecendo-se do cargo.
• Equipara-se a documento público (L-A-T-TE):
- Documento emanado de paraestatal;
- Livros mercantis;
- Ações de sociedade comercial;
- Título ao portador ou transmissível por endosso;
- Testamento particular.
Condutas equiparadas  Quem insere ou faz inserir:
- Na folha de pagamento ou em documento de info que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a
qualidade de segurado obrigatório;
- Na Carteira de Trabalho do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da
que deveria ter sido escrita;
- Em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração
falsa ou diversa da que deveria ter constado
• Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos acima, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato
de trabalho ou de prestação de serviços

298 – Falsificar documento particular ou alterar verdadeiro  R de 1 a 5 anos.


- Cartão de crédito ou débito é documento particular.

299 – Falsidade Ideológica  Omitir declaração diversa da que devia constar ou inserir declaração falsa ou diversa da que devia constar com o
fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante  R de 1 a 5 anos se o documento for
público e de 1 a 3 anos se for particular.
- Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação é de assentamento de registro civil, a pena é
aumentada em 1/6.

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304 – Uso De Documento Falso  A pena é igual à da respectiva falsificação.


- Não é necessária a perícia no documento, se a falsificação puder ser comprovada de outra forma.
- A competência para julgar é em razão do órgão ou entidade ao qual foi apresentado o documento.
- Portar documento falso ≠ Usar documento falso.

305 – Supressão de documento  Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, documento público
ou particular verdadeiro, de que não podia dispor  R de 2 a 6 anos se o documento é público e de 1 a 5 anos se é particular.

307 – Falsa identidade  Atribuir, a si ou a terceiro, falsa identidade para obter vantagem ou causar dano  D de 3 meses a 1 anos, se não
configurar crime mais grave.
- Não é possível alegar autodefesa para dar uma falsa identidade.
- Crime formal  Consuma-se independente da obtenção da vantagem ou do dano causado.

308 – Falsa identidade  Usar como próprio ou ceder para que outro utilize documento de identificação civil que não é seu  D de 4 meses a 2
anos.

311 – Adulteração de sinal identificador de veículo  Adulterar ou remarcar o nº de chassi ou qualquer outro sinal identificador de veículo,
componente ou equipamento  R de 3 a 6 anos.
- Adulterar sinal identificador de reboque é atípico.
• A pena é aumentada em 1/3 se o agente comete o crime na função pública ou em razão dela.
• Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o licenciamento ou registro do veículo adulterado, fornecendo
indevidamente material ou info oficial.

11 – Crimes contra a Adm Pública


• Não é possível aplicar o princípio da insignificância, salvo em situações excepcionais.
• Para fins penais, funcionário público é aquele que exerce cargo, emprego ou função pública, mesmo que transitoriamente e sem remuneração.
- É equiparado a funcionário público aquele que exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa
prestadora de serviço de atividade típica da Adm Pública.
- As penas são aumentadas de 1/3 se o criminoso ocupar cargo em comissão ou função de direção ou assessoramento nos órgãos da Adm Direta e
nas entidades da Indireta (exceto as autarquias).
Se um particular praticar um crime contra a Adm em concurso com um funcionário público (e sabe dessa condição), responderá como
funcionário público.

312 – Peculato  Apropriar-se (peculato-apropriação) ou desviar bem móvel (peculato-desvio), público ou particular, de que tem posse em
razão do cargo; ou que não tendo a posse, subtrai ou concorre para isso (peculato-furto), valendo-se da facilidade que o cargo lhe proporciona 
R de 2 a 12 anos.
- Peculato de uso, como usar carro oficial em proveito próprio, não é figura típica do CP.
Peculato culposo: o agente não observa seu dever de cuidado, concorrendo para que outrem subtraia, desvie ou se aproprie do bem  D de 3
meses a 1 ano.
- Se reparar o dano antes da sentença irrecorrível será extinta a punibilidade; se for após terá a pena reduzida em ½.

313 – Peculato mediante erro de outrem  Apropriar-se de dinheiro ou outro bem que recebeu por erro de outrem, no exercício do cargo  R
de 1 a 4 anos.

316 – Concussão  Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela,
vantagem indevida  R de 2 a 12 anos.
- Se exigir mediante violência ou grave ameaça será extorsão.
Excesso de exação: se o funcionário público exige tributo ou contribuição social indevida, ou quando devida, emprega meio vexatório ou
gravoso  R de 3 a 8 anos.
- Se o agente desvia dos cofres públicos o que recebeu indevidamente  R de 2 a 12 anos.

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317 – Corrupção Passiva  Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-
la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem  R de 2 a 12 anos.
- A pena é aumentada em 1/3 se o agente retarda ou deixa de praticar ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional.
• Exceção à teoria monista  Aplica-se a teoria pluralista.
Corrupção passiva privilegiada: Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração do dever funcional, cedendo
a pedido ou influência de outrem (famoso favorzinho)  D de 3 meses a 1 ano.

318 – Facilitação De Contrabando Ou Descaminho  Facilitar, com infração do dever funcional, contrabando ou descaminho  R de 3 a 8
anos.

319 – Prevaricação  Retardar ou deixar de praticar de maneira indevida ato de ofício, ou praticá-lo de maneira diversa à lei, para satisfazer
interesse ou sentimento pessoal  D de 3 meses a 1 ano.

319-A – Prevaricação imprópria  Deixar o Diretor de Penitenciária ou agente público, de cumprir seu dever de vedar ao preso o acesso a
aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o ambiente externo  D de 3 meses a 1 ano.

320 – Condescendência Criminosa  Deixar o funcionário, por indulgência, de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício
do cargo ou, quando lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente  D de 15 dias a 1 mês.

321 – Advocacia Administrativa  Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse privado perante a Adm pública, valendo-se da qualidade de
funcionário público  D de 1 a 3 meses.
• Se o interesse for ilegítimo  D de 3 meses a 1 ano (Ou seja, é crime mesmo se o interesse for legítimo).

324 – Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado  Entrar no exercício de função pública antes de satisfeitas as exigências
legais, ou continuar a exercê-la, sem autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou suspenso  D de 15
dias a 1 mês ou multa.

325 – Violação Do Sigilo Funcional  Revelar fato que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a
revelação  D de 6 meses a 2 anos, se não constituir crime mais grave (crime subsidiário).
- Se resultar em dano a Adm pública ou a outrem  R de 2 a 6 anos.
Figura equiparada:
- Permitir acesso de pessoa não autorizada a sistema ou banco de dados da Adm pública.
- Quem se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.

329 – Resistência  Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe
esteja prestando auxílio  D de 2 meses a 2 anos
- Se, em razão da resistência, o ato não se executa  R de 1 a 3 anos.
• Resistência é uma OVA  Opor-se, mediante Violência ou Ameaça.

330 – Desobediência  Desobedecer a ordem legal de funcionário público  D de 15 dias a 6 meses.


- O agente deve emitir uma ordem direta, dirigida a uma pessoa certa, onde ela tenha o dever de atender a ordem, e não pode haver outra sanção
específica pelo descumprimento da ordem.

331 – Desacato  Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela  D de 6 meses a 2 anos.
- Deve ser feito na presença do funcionário público, não pode ser por ligação ou e-mail.

332 – Tráfico De Influência  Solicitar, exigir, cobrar ou obter, para si ou para outrem, vantagem ou promessa de vantagem, a pretexto de
influir em ato praticado por funcionário público no exercício da função  R de 2 a 5 anos.
- O agente não pode de fato influenciar o funcionário público, se não seria corrupção.
- A pena é aumenta em ½, se o agente insinua que o funcionário também terá vantagem.

333 – Corrupção Ativa  Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de
ofício  R de 2 a 12 anos.
• A pena é aumenta em 1/3 se em decorrência disso, o funcionário retarda ou deixa de praticar ato de ofício ou o pratica infringindo dever
funcional.
- Se o funcionário público solicitar a vantagem, e o agente ceder, ele não responderá por corrupção ativa.

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334 – Descaminho  Iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido pela entrada, pela saída ou pelo consumo de
mercadoria  R de 1 a 4 anos.
- A pena é aplicada em dobro se é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
- Competência é da JF, mesmo que não seja comprovada a transnacionalidade do produto.
- É possível a aplicação do princípio da insignificância no valor de até R$20.000,00.
• Incorre nas mesmas penas quem:
- Pratica navegação de cabotagem, fora dos casos permitidos em lei.
- Vende ou compra essas mercadorias.

334-A – Contrabando  Importar ou exporta mercadoria proibida  R de 2 a 5 anos.


- A pena é aplicada em dobro se é praticado em transporte aéreo, marítimo ou fluvial.
- Competência da JF.
- Não é possível aplicar o princípio da insignificância.
• Incorre nas mesmas penas quem:
- Importa ou exporta clandestinamente mercadoria que dependa de registro, análise ou autorização de órgão público competente.
- Reinsere no território nacional mercadoria brasileira destinada à exportação.

342 – Falso Testemunho ou Falsa Perícia  Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou
intérprete em processo judicial, ou adm, IP, ou em juízo  R de 2 a 4 anos.
- O fato deixa de ser punível se, antes da sentença, o agente se retratar.

348 – Favorecimento pessoal  Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de R  D de 1 a 6
meses.
Se ao crime não é cominada pena de R  D de 15 dias a 3 meses.
Se quem presta auxílio é CADI  Isento de pena.

349 – Favorecimento real  Prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou de receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do
crime  D de 1 a 6 meses.

349-A – Favorecimento real  Ingressar, promover, intermediar, auxiliar ou facilitar a entrada de aparelho telefônico de comunicação móvel, de
rádio ou similar, sem autorização legal, em estabelecimento prisional  D de 3 meses a 1 ano.

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LEIS ESPECIAIS
1 – Estatuto do desarmamento  10.826/2003
É obrigatório o registro da arma de fogo no órgão competente.
• Arma de uso permitido  Sinarm
• Arma de uso restrito  Comando do Exército ou Sigma.

Objeto material: arma de fogo, munição e acessório  Arma de pressão não.


• Arma de fogo: pode ser de uso permitido, restrito ou proibido.
- A perícia na arma é dispensável, mas se for feita e se constate que a arma não dispara, o fato será atípico  Crime impossível.
- Arma desmuniciada ou desmontada é crime
- Arma de brinquedo é fato atípico, mas é proibido sua venda, fabricação ou importação, salvo para instrução, adestramento ou coleção
autorizada.
• Acessórios: objetos que acoplados a arma melhorem seu funcionamento, modifiquem seu efeito secundário ou alterem seu aspecto.
• Munição:
- Pode ser aplicado o princípio da insignificância se houver ínfima quantidade de munição desacompanhada da arma.
- Munição em colar, chaveiro ou em objeto de arte é fato atípico.

• Os crimes do Estatuto do Desarmamento, salvo Omissão de cautela, são todos dolosos.


• Ação penal é Pública Incondicionada.
• São crimes de perigo abstrato ou presumido.
• Bem jurídico protegido:
- Imediato  Segurança coletiva
- Mediato  Vida, saúde, patrimônio etc.

Armas de fogo apreendidas que não mais interessam à persecução penal serão encaminhadas ao Exército, que as destruirá ou as doará aos
órgãos de segurança pública ou as FFAA.
- A responsabilidade do transporte da arma de fogo doada é de quem recebe.
- Qualquer possuidor de arma pode entregá-la, a qualquer momento, de boa-fé, ficando extinta a punibilidade.

12 – Posse irregular de arma de uso permitido  Arma, munição ou acessório de uso permitido  D 1 a 3 anos
- Crime permanente, de mera conduta;
- Arma na boleia de caminhão é porte;
- Posse de arma com registro vencido é fato atípico;
• A posse permite manter a arma no interior da residência ou no trabalho, se for o titular ou o responsável legal da empresa.
- Na área rural, a posse é permitida em toda extensão da propriedade.
• O Certificado de Registro de Arma de Fogo dá ao proprietário o direito da posse de arma de uso permitido  Quem expede é a PF, com
autorização do SINARM.
- A posse é intransferível.

14 – Porte ilegal de arma de uso permitido  Arma, munição ou acessório de uso permitido  R de 2 a 4 anos  Tipo misto alternativo
- Pena é aumentada em metade se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 (indivíduos que tem porte) ou se for reincidente de crime da
mesma natureza.
- Crime de mera conduta.
• O porte é um documento que autoriza portar, transportar ou trazer consigo uma arma de maneira discreta.
• O porte é proibido, salvo para integrantes:
- Das FFAA.
- Dos órgãos de Segurança Pública e da Força Nacional
- Da GM  Há um julgado que permite o porte, mesmo fora de serviço, para todos os GM.
- Da ABIN e do Departamento de Segurança do Gabinete do PR.
- Da Polícia Legislativa

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Porte para caçador de subsistência:


- Deve residir em área rural, ter +25 anos e provar a necessidade da arma para caçar e se alimentar  A PF concederá o porte de uma arma de
fogo de uso permitido.
- Se der outra finalidade à arma, responderá por porte ilegal + o crime cometido.

• Compete ao Ministério da Justiça  A autorização do porte de arma para os responsáveis pela segurança de cidadãos estrangeiros em visita ou
sediados no Brasil.
• Compete ao Comando do Exército  O registro e a concessão de porte de trânsito de arma de fogo para C.A.C e de representantes estrangeiros
em competição internacional oficial de tiro realizada no território nacional.
• Compete à Polícia Federal  A autorização para o porte de arma de fogo de uso permitido, em todo o território nacional.
- Somente será concedida após autorização do Sinarm.

16 – Posse ou porte de arma de uso restrito ou proibido  Arma, munição ou acessório de uso restrito (R de 3 a 6 anos) ou proibido (R de 4 a
12 anos)  Tipo misto alternativo
- Pena é aumentada em 1/2 se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 ou se for reincidente de crime da mesma natureza.
- Crime hediondo (somente se for uso proibido), de mera conduta.
• Condutas equiparadas:
- Alterar numeração
- Modificar características para que se pareça com arma de uso restrito ou proibido
- Possuir, fabricar (…) artefato explosivo.
- Possuir arma com numeração alterada.
- Entregar arma, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente.
- Produzir munição ou explosivo.

13 – Omissão de cautela  Não ter cautela para impedir que menor de 18 anos ou deficiente mental se apodere de arma de fogo que esteja sob
sua posse ou que seja de sua propriedade  D de 1 a 2 anos.
- Crime omissivo culposo  Não se admite tentativa
- Objeto material é SOMENTE a arma.

13 – Omissão de cautela (parágrafo único)  Responsável de empresa de segurança ou de transporte de valores que não registrar o BO e não
comunicar a Polícia Federal a perda, o furto ou o roubo de arma, munição ou acessório dentro de 24 h da ocorrência do fato (conhecimento do
fato)  D de 1 a 2 anos.
- Crime próprio e doloso.

15 – Disparo de arma  Disparar ou tentar disparar arma em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em sua direção, desde
que não tenha como finalidade a prática de outro crime (caráter subsidiário)  R de 2 a 4 anos.
- Pena é aumentada em ½ se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 ou se for reincidente de crime da mesma natureza.
- Crime comum, de perigo abstrato e que não admite suspensão condicional do processo.

17 – Comércio ilegal  Arma, munição ou acessório  R de 6 a 12 anos.


- Pena é aumentada em ½ se for de uso restrito ou proibido.
- Pena é aumentada em ½ se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 ou se for reincidente de crime da mesma natureza.
- Crime próprio, hediondo e de mera conduta.
- Vale a atuação de policial disfarçado.

18 – Tráfico internacional de armas  Exportar ou importar (Crime material  Admite tentativa) ou facilitar a entrada ou a saída (Crime
formal  De mera conduta) de armas, munições ou acessórios  R de 8 a 16 anos.
- Pena é aumentada pela ½ se for de uso restrito ou proibido.
- Pena é aumentada em ½ se for cometido por integrantes do art. 6, 7 e 8 ou se for reincidente de crime da mesma natureza.
- Crime hediondo.
- Vale a atuação de policial disfarçado.

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2 – Lei de drogas  11.343/2006


O tratamento do usuário ou dependente de drogas deverá ser ordenado em uma rede de atenção à saúde, com prioridade para as
modalidades de tratamento ambulatorial, incluindo excepcionalmente formas de internação em unidades de saúde e hospitais gerais.
- A internação de dependentes de drogas somente será realizada em unidades de saúde ou hospitais gerais , dotados de equipes multidisciplinares
e deverá ser obrigatoriamente autorizada por médico devidamente registrado no CRM do Estado onde se localize o estabelecimento no qual se
dará a internação.

É possível ser feita a internação voluntária e a involuntária:

- Norma penal em branca Heterogênea  Conceito de droga está definido por uma portaria da Anvisa.
- Proibido o plantio de drogas, salvo para fins medicinais ou científicos.
- Não se aplica o princípio da insignificância.

O IP deve ser concluído em 30 dias se o indiciado estiver preso e em 90 dias se estiver solto.

Destruição da droga:
• Plantação  Destruição imediata, com ou sem flagrante  Não precisa de autorização judicial.
• Droga apreendida com flagrante  Destruição em 15 dias  Feita pelo delegado com autorização judicial.
• Droga apreendida sem flagrante  Destruição em 30 dias  Feita pelo delegado sem autorização judicial.

Laudo preliminar  Laudo de constatação da natureza e quantidade da droga, sendo necessário para a lavratura do APF e estabelecimento da
materialidade do delito.
- Deve ser firmado por um perito oficial ou por pessoa idônea.
- A natureza e a quantidade da droga são preponderantes entre os critérios para a fixação da pena.

Colaboração premiada: quem voluntariamente ajudar na investigação e no processo de identificar demais autores ou partícipes e na
recuperação da droga terá a pena reduzida de 1/3 a 2/3.

• Quem, por dependência ou caso fortuito ou de força maior, era inteiramente incapaz de entender o ilícito praticado terá extinta a punibilidade.
- A pena será reduzida de 1/3 a 2/3 se era parcialmente incapaz.

28 – Drogas para consumo pessoal  Dolo específico


- Continua sendo crime, porém foi despenalizada  Prescrição em dois anos.
- Não se lavra APF  Será lavrado o TCO e o indivíduo deve se comprometer a comparecer em juízo  Nada vai ocorrer se ele se recusar a
assinar o TCO.
- Não configura reincidência.
Equiparado: plantar pequena quantidade para consumo pessoal.

Penas: advertência sobre drogas, prestação de serviços à comunidade e medida educativa de comparecimento em curso, isoladas ou
cumulativamente.
- A pena será aplicada por no máximo 5 meses (10 para reincidentes).
- Se não cumprir a pena  Reprimenda verbal e multa.
• A natureza, a quantidade, o local, as condições em que se desenvolveu a ação, as circunstâncias sociais e pessoais, a conduta e aos antecedentes
do agente são determinantes para verificar se a droga era para consumo pessoal.
• Se o agente confessar que a droga é para consumo pessoal, isso não valerá como atenuante caso seja condenado por tráfico de drogas.

33 Caput e §1 – Tráfico de drogas  Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em
depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar  R de 5 a 15 anos  Equiparado ao hediondo.
- Não é crime comum, pois algumas condutas são próprias  Prescrever dolosamente medicamento que o paciente não precisa...
Equiparados ao tráfico:
- Insumo ou químicos para a preparação de drogas
- Cultivar as plantas
- Ceder espaço para o tráfico

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- Vender ou entregar drogas ou insumos a policial disfarçado.

• Propriedade (urbana ou rural) que for utilizada para o plantio será expropriada  Sem indenização.
• Bens utilizados para o transporte ou provenientes do tráfico serão apreendidos;
- O juiz pode encaminhá-los a polícia para a utilização e conservação;
- Se for condenado a mais de 6 anos de prisão perderá os bens;

• Não é necessária a troca de mãos para consumar o crime, basta o prévio ajuste.
• Não é necessário a apreensão da droga para a condenação, caso haja outras provas.

Tráfico privilegiado  Traficante ocasional  Pena reduzida de 1/6 a 2/3


- Se o réu for primário, de bons antecedentes, não participe de atividades criminosas nem faça parte de ORCRIM.
- Não é equiparado a hediondo.
- Pode ser aplicado para a “mula”, desde que não fique comprovado seu estável envolvimento com a ORCRIM.
- IP ou ação penal em curso podem ser utilizados pelo juiz como argumento para a não aplicação do privilégio.

33 §2 - Induzir, instigar ou auxiliar alguém a usar drogas  D de 1 a 3 anos.


- Marcha da maconha não é considerado

33 §3 – Oferecer drogas, em caráter eventual e sem objetivo de lucro , a pessoa de seu relacionamento para juntos consumirem  Dolo
específico  D de 6 meses a 1 anos.

34 – Petrechos para o tráfico  R de 3 a 10 anos.


- Crime permanente, equiparado ao hediondo.
- Pode ser absorvido pelo tráfico se não ficar caracterizado contextos autônomos  Caráter subsidiário.

35 – Associação para o tráfico  Associar-se duas ou + pessoas para tráfico, petrechos ou financiamento do tráfico  R de 3 a 10 anos.
- Crime autônomo e plurissubjetivo  De concurso é necessário
- É possível a participação de inimputável para configurar o crime
- Deve haver indícios de estabilidade, mas não precisa ser uma conduta reiterada
• Entre associação para o tráfico e associação criminosa  Prevalece a associação para o tráfico.
• Entre associação para o tráfico e ORCRIM  prevalece a ORCRIM.

36 – Financiamento do tráfico ou petrechos  R de 8 a 20 anos.


- Exceção à teoria monista.

37 – Colaborar, como informante, para a prática do tráfico ou petrechos  R de 2 a 6 anos.


- Exceção à teoria monista
- Crime subsidiário.

38 – Profissional da saúde que, culposamente, ministrar drogas que o paciente não necessita  D de 6 meses a 2 anos e comunicação ao CF.

39 – Conduzir barco ou avião após consumir drogas  D de 6 meses a 3 anos, apreensão do veículo, cassação da habilitação ou a proibição de
obtê-la pelo mesmo prazo da pena e multa.
- A pena será de 4 a 6 anos se for veículo de transporte de passageiros.

Majorante do 33 ao 37  Aumento de pena de 1/6 a 2/3.


• Transnacionalidade  Competência FEDERAL
- Não é necessária a efetiva transposição, desde que seja demonstrada a inequívoca intenção.
• Prevalecendo de função pública ou desempenho de educação, poder familiar, guarda ou vigilância.
• Tráfico nas dependências ou imediações de escolas, hospitais, prisões, centros culturais, esportivos, locais de trabalho coletivo, AA ou NA, de
unidades militares ou policiais ou no transporte público (necessária a efetiva comercialização da droga dentro do transporte);
- Se os locais não estiverem funcionando, então não se aplica.
• Com violência, grave ameaça, uso de arma de fogo ou qualquer outro meio de intimidação;

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• Tráfico entre os estados  Competência ESTADUAL.


- Não é necessária a efetiva transposição, desde que seja demonstrada a inequívoca intenção.
- Só é possível associar com Transnacionalidade + Interestadualidade caso haja a intenção de levar a droga para mais de um estado.
• Envolver menor ou alguém sem discernimento;
• Financiar ou custear o crime;

3 – ECA  8.069/1990
Criança  Até 12 anos incompletos.
Adolescente  de 12 a 18 anos.
- O estatuto aplica-se excepcionalmente, nos casos expresso em lei, aos de entre 18 e 21 anos.

Flagrante de ato infracional (menor não comete crime):


Cometido mediante violência ou grave ameaça a pessoa:
- Será lavrado o auto de apreensão, ouvidos as testemunhas e o adolescente.
Demais hipóteses de flagrante:
- Poderá ser lavrado o boletim de ocorrência circunstanciada ao invés do auto de apreensão.

A criança e o adolescente têm direito à liberdade, ao respeito e à dignidade como pessoas humanas em processo de desenvolvimento e como
sujeitos de direitos civis, humanos e sociais garantidos na Constituição e nas leis.
• O direito à liberdade compreende:
- Ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais;
- Opinião e expressão;
- Crença e culto religioso;
- Brincar, praticar esportes e divertir-se;
- Participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação;
- Participar da vida política, na forma da lei;
- Buscar refúgio, auxílio e orientação.
• O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a
preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento,
aterrorizante, vexatório ou constrangedor.

A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como
formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-
los, educá-los ou protegê-los.

MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
Objetivos:
- Responsabilização do adolescente quanto às consequências lesivas do ato infracional, sempre que possível incentivando a sua reparação;
- Integração social do adolescente e a garantia de seus direitos individuais e sociais, por meio do cumprimento de seu plano individual de
atendimento;
- Desaprovação da conduta infracional, efetivando as disposições da sentença como parâmetro máximo de privação de liberdade ou restrição de
direitos, observados os limites previstos em lei.

• O cumprimento das medidas socioeducativas dependerá de Plano Individual de Atendimento, instrumento de previsão, registro e gestão das
atividades a serem desenvolvidas com o adolescente.

Prestação de serviços à comunidade: realização de tarefas gratuitas de interesse geral junto a entidades assistenciais, hospitais, escolas e outros
estabelecimentos congêneres, bem como em programas comunitários ou governamentais.
- Não superior a 6 meses;
- 8 horas semanais;

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Liberdade assistida: adotada sempre que se afigurar a medida mais adequada para o fim de acompanhar, auxiliar e orientar o adolescente.
- Mínimo de 6 meses.

Regime de semiliberdade: pode ser determinado desde o início, ou como forma de transição para o meio aberto, possibilitada a realização de
atividades externas, independentemente de autorização judicial.
- Reavaliação da medida a cada 6 meses;

Internação: medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em
desenvolvimento.
• Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a 3 anos.
- Atingindo esse período, o adolescente será liberado, colorado em regime de semiliberdade ou liberdade assistida.
• A liberação será compulsória aos 21 anos de idade.
• Será permitida a realização de atividades externas, a critério da equipe técnica da entidade, salvo expressa determinação judicial em contrário.
- Isso pode ser revisto pelo juiz a qualquer tempo.
• A medida não tem prazo determinado, devendo sua manutenção ser reavaliada no máximo a cada 6 meses.
• Em qualquer hipótese a desinternação será precedida de autorização judicial, ouvido o MP.
Hipóteses para a internação:
- Grave ameaça ou violência à pessoa;
- Reiteração em infrações graves;
- Descumprimento reiterado e injustificável das outras medidas;
• Serão separados por idade, físico e gravidade de infração.

Autorização para viagem:


Nenhuma criança ou adolescente menor de 16 poderá viajar para fora da comarca onde reside desacompanhado dos pais ou dos responsáveis sem
expressa autorização judicial.
- A autoridade judiciária poderá, a pedido dos pais ou responsável, conceder autorização válida por dois anos.
A autorização não será exigida quando:
• Tratar-se de comarca contígua à da residência da criança ou do adolescente, se no mesmo Estado, ou incluída na mesma região metropolitana.
• A criança ou o adolescente menor de 16 anos estiver acompanhado:
- De ascendente ou colateral maior, até o terceiro grau, comprovado documentalmente o parentesco.
- De pessoa maior, expressamente autorizada pelo pai, mãe ou responsável.

Quando se tratar de viagem ao exterior, a autorização é dispensável, se a criança ou adolescente:


- Estiver acompanhado de ambos os pais ou responsável.
- Viajar na companhia de um dos pais, autorizado expressamente pelo outro através de documento com firma reconhecida.
• Sem prévia e expressa autorização judicial, nenhuma criança ou adolescente nascido em território nacional poderá sair do País em
companhia de estrangeiro residente ou domiciliado no exterior.

Conselho tutelar:
- Órgão permanente e autônomo, não jurisdicional.
- É encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
• Em cada Município e em cada Região Adm do DF haverá, no mínimo, 1 CT como órgão integrante da adm pública local, composto de 5
membros, escolhidos pela população local para mandato de 4 anos, permitida recondução por novos processos de escolha.
- O CT poderá requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, serviço social, previdência, trabalho e segurança.

232 – Submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou constrangimento  D de 6 meses a 2 anos.

239 – Promover ou auxiliar a efetivação de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das
formalidades legais ou com o fito de obter lucro  R de 4 a 6 anos.
Se há emprego de violência, grave ameaça ou fraude  R de 6 a 8 anos, além da pena correspondente à violência.

244-B – Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la  R de 1 a
4 anos.
Equiparado  Quem pratica as condutas tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet.
• Aumento de pena em 1/3 se a infração cometida ou induzida for crime hediondo.

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4 – Apresentação e uso de documento falso e Identificação criminal do civilmente


identificado  5.553/1968 e 12.037/2009
Apresentação e uso de documento falso:
• A nenhuma PF ou PJ, de Direito Público ou Privado, é lícito reter qualquer documento de identificação pessoal, ainda que apresentado por
fotocópia autenticada ou pública-forma, inclusive comprovante de quitação com o serviço militar, título de eleitor, carteira profissional, certidão
de nascimento, certidão de casamento, comprovante de naturalização e carteira de identidade de estrangeiro.
- Conforme o CTB, a CNH poderá ser recolhida (medida adm) mediante recibo.

• Quando, para a realização de determinado ato, for exigida a apresentação de documento de identificação, a pessoa que fizer a exigência fará
extrair, no prazo de até 5 dias, os dados que interessarem devolvendo em seguida o documento ao seu exibidor.
- Além desse prazo previsto, somente por ordem judicial poderá ser retido qualquer documento de identificação pessoal.
- Quando o documento de identidade for indispensável para a entrada de pessoa em órgãos públicos ou particulares, serão seus dados anotados no
ato e devolvido o documento imediatamente ao interessado.

Identificação criminal do civilmente identificado:


Segundo a CF  O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei

- A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e fotográfico, que serão juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou
do IP ou outra forma de investigação.

Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação criminal quando:


• O documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação.
• O documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado.
• O indiciado portar documentos de identidade distintos, com infos conflitantes entre si.
• A identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo despacho do juiz competente, que decidirá de ofício ou mediante
representação do delegado, do MP ou da defesa.
- Nesse caso, também poderá ocorrer a coleta de material biológico para a obtenção do perfil genético.
• Constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações.
• O estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento apresentado impossibilite a completa
identificação dos caracteres essenciais.
As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas
insuficientes para identificar o indiciado.

Perfil genético:
• Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados em banco de dados, gerenciado por unidade oficial de perícia
criminal.
- Esses dados terão caráter sigiloso, respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua utilização para fins
diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial.
A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá:
- No caso de absolvição do acusado;
- No caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 anos do cumprimento da pena.

Fica autorizada a criação do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais no Ministério da Justiça e Segurança Pública:
- Poderão ser colhidos os registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz dos presos provisórios ou definitivos quando não
tiverem sido extraídos por ocasião da identificação criminal.

5 – Crimes hediondos  8.072/1990


Os hediondos e equiparados são inafiançáveis e insuscetíveis de graça, anistia e indulto.

Rol dos crimes hediondos:


• Homicídio qualificado ou simples se for de grupo de extermínio.

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RESUMO COMPLETO – CICLO DOS 4 PASSOS™
83

- Homicídio ou lesão corporal dolosa gravíssima contra agentes descritos nos Art. 142 e 144 da CF, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo
até terceiro grau, em razão dessa condição.
• Latrocínio
• Extorsão com resultado morte
• Extorsão mediante sequestro
• Estupro
• Estupro de vulnerável
• Epidemia resultada em morte
• Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais.
• Favorecimento da prostituição ou de qualquer outra forma de exploração sexual de criança, adolescente ou vulnerável.
• Genocídio.
• Porte ilegal de arma de fogo de uso proibido.
• Tráfico de armas.
• Tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição.
• Furto qualificado pelo emprego de explosivo.
• Orcrim, quando direcionada à prática de crime hediondo ou equiparado.
• Roubo com:
- Arma de fogo.
- Restrição de liberdade da vítima.
- Lesão corporal grave ou morte.
Equiparados a hediondos:
• Tortura
• Tráfico de entorpecentes e drogas
- Tráfico privilegiado não.
• Terrorismo

6 – Competência da PRF  Decreto 1655/95 e 9662/19.


Decreto 1.655/95:
• À PRF, órgão permanente, integrante da estrutura regimental do Ministério da Justiça, no âmbito das rodovias federais, compete:
- Realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem, a
incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros.
- Exercer os poderes de autoridade de polícia de trânsito, cumprindo e fazendo cumprir a legislação e demais normas pertinentes, inspecionar e
fiscalizar o trânsito, assim como efetuar convênios específicos com outras organizações similares.
- Aplicar e arrecadar as multas impostas por infrações de trânsito e os valores decorrentes da prestação de serviços de estadia e remoção de
veículos, objetos, animais e escolta de veículos de cargas excepcionais.
- Executar serviços de prevenção, atendimento de acidentes e salvamento de vítimas nas rodovias federais.
- Realizar perícias, levantamentos de locais, boletins de ocorrências, investigações, testes de dosagem alcoólica e outros procedimentos
estabelecidos em leis e regulamentos, imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito.
- Credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte
de cargas indivisíveis.
- Assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, bem como zelar
pelo cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de construções, obras e instalações não
autorizadas.
- Executar medidas de segurança, planejamento e escoltas nos deslocamentos do PR, Ministros de Estado, Chefes de Estados e diplomatas
estrangeiros e outras autoridades, quando necessário, e sob a coordenação do órgão competente.
- Efetuar a fiscalização e o controle do tráfico de menores nas rodovias federais, adotando as providências cabíveis contidas no ECA.
- Colaborar e atuar na prevenção e repressão aos crimes contra a vida, os costumes, o patrimônio, a ecologia, o meio ambiente, os furtos e roubos
de veículos e bens, o tráfico de entorpecentes e drogas afins, o contrabando, o descaminho e os demais crimes previstos em leis.
• O documento de identidade funcional dos PRF confere ao seu portador livre porte de arma e franco acesso aos locais sob fiscalização do
órgão, nos termos da legislação em vigor, assegurando-lhes, quando em serviço, prioridade em todos os tipos de transporte e comunicação.

Decreto 9.662/19:
• À PRF cabe exercer as competências estabelecidas na CF, no CTB, no Decreto 1.655/95, e, especificamente:
- Planejar, coordenar e executar o policiamento, a prevenção e a repressão de crimes nas rodovias federais e nas áreas de interesse da União.
- Exercer os poderes de autoridade de trânsito nas rodovias e nas estradas federais.

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- Executar o policiamento, a fiscalização e a inspeção do trânsito e do transporte de pessoas, cargas e bens.


- Planejar, coordenar e executar os serviços de prevenção de acidentes e salvamento de vítimas nas rodovias e estradas federais.
- Realizar levantamentos de locais, boletins de ocorrências, perícias de trânsito, testes de dosagem alcoólica e outros procedimentos, além de
investigações imprescindíveis à elucidação dos acidentes de trânsito.
- Assegurar a livre circulação nas rodovias e estradas federais, especialmente em casos de acidentes de trânsito, manifestações sociais e
calamidades públicas.
- Manter articulação com os órgãos de trânsito, transporte, segurança pública, inteligência e defesa civil, para promover o intercâmbio de infos.
- Executar, promover e participar das atividades de orientação e educação para a segurança no trânsito, além de desenvolver trabalho contínuo e
permanente de prevenção de acidentes de trânsito;
- Informar ao órgão de infraestrutura sobre as condições da via, da sinalização e do tráfego que possam comprometer a segurança do trânsito,
além de solicitar e adotar medidas emergenciais à sua proteção;
- Credenciar, contratar, conveniar, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços de recolhimento, remoção e guarda de veículos
e animais e escolta de transporte de produtos perigosos, cargas superdimensionadas e indivisíveis;
- Planejar e executar medidas de segurança para a escolta dos deslocamentos do PR, do Vice-Presidente da República, dos Ministros de Estado,
dos Chefes de Estado, dos diplomatas estrangeiros e de outras autoridades, nas rodovias e nas estradas federais, e em outras áreas, quando
solicitado pela autoridade competente.
- Lavrar o TCO.

7 – Juizados especiais  Lei 9.099


Juizado especial criminal:
• É provido por juízes togados ou togados e leigos, tem competência para a conciliação, o julgamento e a execução das infrações penais de menor
potencial ofensivo, respeitadas as regras de conexão e continência.
- Infrações de menor potencial ofensivo: contravenções e crimes com pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com multa.
• O processo perante o Juizado Especial orientar-se-á pelos critérios da oralidade, simplicidade, informalidade, economia processual e celeridade,
objetivando, sempre que possível, a reparação dos danos sofridos pela vítima e a aplicação de pena não privativa de liberdade.
• A intimação das partes pode ser feita por qualquer meio idôneo de comunicação, inclusive eletrônico.
• Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, podendo o Juiz limitar ou excluir as que considerar excessivas,
impertinentes ou protelatórias.

• Na audiência preliminar, presente o representante do MP, o autor do fato e a vítima e, se possível, o responsável civil, acompanhados por seus
advogados, o Juiz esclarecerá sobre a possibilidade da composição dos danos e da aceitação da proposta de aplicação imediata de pena não
privativa de liberdade.
• A composição dos danos civis será reduzida a escrito e, homologada pelo Juiz mediante sentença irrecorrível, terá eficácia de título a ser
executado no juízo civil competente.
- Tratando-se de Ação Privada ou Pública condicionada, o acordo homologado acarreta a renúncia ao direito de queixa ou representação.
• Não se pronunciará qualquer nulidade sem que tenha havido prejuízo.
• A prática de atos processuais em outras comarcas poderá ser solicitada por qualquer meio hábil de comunicação.
• Não obtida a composição dos danos civis, será dada imediatamente ao ofendido a oportunidade de exercer o direito de representação verbal,
que será reduzida a termo.
- O não oferecimento da representação na audiência preliminar não implica decadência do direito.

Havendo representação ou tratando-se de crime de Ação Incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o MP poderá propor a
aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
• Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
- Ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva.
- Ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo.
- Não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e
suficiente a adoção da medida.
• Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
• Acolhendo a proposta do MP aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em
reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.

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8 – Tortura  Lei 9.455/98


Constitui crime de tortura  R de 2 a 8 anos.
• Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico ou mental:
- Com o fim de obter info, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.
- Para provocar ação ou omissão de natureza criminosa.
- Em razão de discriminação racial ou religiosa.
• Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou
mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto
em lei ou não resultante de medida legal  R de 2 a 8 anos.

Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las  D de 1 a 4 anos.

Qualificada - Se resulta lesão corporal de grave ou gravíssima  R de 4 a 10 anos.

Qualificada – Se resultam morte  R de 8 a 16 anos.

Aumenta-se a pena de 1/6 a 1/3:


• Se é cometido por agente público.
- A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena
aplicada (efeito automático da condenação).
• Se é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de 60 anos.
• Se é cometido mediante sequestro.

- O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.


- O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo na omissão, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
- O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou
encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

9 – Crimes ambientais  Lei 9.605/98


Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos, lavrando-se os respectivos autos.
Os animais serão prioritariamente libertados em seu habitat ou, sendo tal medida inviável ou não recomendável por questões sanitárias,
entregues a zoológicos, fundações ou entidades assemelhadas, para guarda e cuidados sob a responsabilidade de técnicos habilitados.
- Até que os animais sejam entregues às instituições mencionadas acima, o órgão autuante zelará para que eles sejam mantidos em condições
adequadas de acondicionamento e transporte que garantam o seu bem-estar físico.
Os produtos perecíveis ou madeira, serão avaliados e doados a instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.
Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a instituições científicas, culturais ou educacionais.
Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua descaracterização por meio da reciclagem.

34 – Pescar em período no qual a pesca seja proibida ou em lugares interditados por órgão competente  D de 1 a 3 anos ou multa, ou ambas
as penas cumulativamente
Incorre nas mesmas penas quem:
- Pesca espécies que devam ser preservadas ou espécimes com tamanhos inferiores aos permitidos.
- Pesca quantidades superiores às permitidas, ou mediante a utilização de aparelhos, petrechos, técnicas e métodos não permitidos.
- Transporta, comercializa, beneficia ou industrializa espécimes provenientes da coleta, apanha e pesca proibidas.

50-A – Desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem
autorização do órgão competente  R de 2 a 4 anos e multa.
- Não é crime a conduta praticada quando necessária à subsistência imediata pessoal do agente ou de sua família.
- Se a área explorada for superior a 1.000 ha (mil hectares), a pena será aumentada de 1 ano por milhar de hectare.

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Não é crime o abate de animal, quando realizado:


- Em estado de necessidade, para saciar a fome do agente ou de sua família;
- Para proteger lavouras, pomares e rebanhos da ação predatória ou destruidora de animais, desde que legal e expressamente autorizado pela
autoridade competente;
- Por ser nocivo o animal, desde que assim caracterizado pelo órgão competente.

10 – Orcrim (Organizações Criminosas)  Lei 12.850/13


Organização criminosa 
- Associação de 4 ou mais pessoas estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que de maneira informal.
- Tem o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagem de qualquer natureza.
- Praticando infrações penais cujas penas máximas sejam superiores a 4 anos, ou que sejam de caráter transnacional.

2 – Promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, Orcrim  R de 3 a 8 anos e multa, sem prejuízo das
penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.
Aumento de pena de 1/6 a 2/3:
- Se há participação de criança ou adolescente.
- Se há concurso de funcionário público, valendo-se a Orcrim dessa condição para a prática de infração penal.
- Se o produto ou proveito da infração penal destinar-se, no todo ou em parte, ao exterior.
- Se a Orcrim mantém conexão com outras Orcrims independentes.
- Se as circunstâncias do fato evidenciarem a transnacionalidade da Orcrim.

• Se houver indícios suficientes de que o funcionário público integra Orcrim, poderá o juiz determinar seu afastamento cautelar do cargo,
emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à investigação ou instrução processual.
• A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição
para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 anos subsequentes ao cumprimento da pena.
• Se houver indícios de participação de policial nos crimes de que trata esta Lei, a Corregedoria de Polícia instaurará IP e comunicará ao
MP, que designará membro para acompanhar o feito até a sua conclusão.
• As lideranças Orcrims armadas ou que tenham armas à disposição deverão iniciar o cumprimento da pena em estabelecimentos penais de
segurança máxima.
• O condenado expressamente em sentença por integrar Orcrim ou por crime praticado por meio de Orcrim não poderá progredir de regime de
cumprimento de pena ou obter livramento condicional ou outros benefícios prisionais se houver elementos probatórios que indiquem a
manutenção do vínculo associativo.

Colaboração premiada: negócio jurídico processual e meio de obtenção de prova, que pressupõe utilidade e interesse públicos.
O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 a pena privativa de liberdade ou substituí-la
por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde
que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:
- Identificação dos demais coautores e partícipes da Orcrim e das infrações penais por eles praticadas.
- Revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da Orcrim.
- Prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da Orcrim.
- Recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela Orcrim.
- Localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.
• Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a
repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração.
• Considerando a relevância da colaboração prestada, o MP, a qualquer tempo, e o delegado, nos autos do IP, com a manifestação do MP, poderão
requerer ou representar ao juiz pela concessão de perdão judicial ao colaborador, ainda que isso não tenha sido previsto na proposta inicial.

Direitos do colaborador:
- Cumprir pena ou prisão cautelar em estabelecimento penal diverso dos demais corréus ou condenados.

• Sentença, medida cautelar, ou recebimento de denúncia não podem ser proferidas com fundamento exclusivo nas declarações do colaborador.
• O acordo homologado poderá ser rescindido em caso de omissão dolosa sobre os fatos objeto da colaboração.

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Ação controlada: consiste em retardar a intervenção policial ou adm relativa à ação praticada por Orcrim ou a ela vinculada, desde que mantida
sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de infos.
• O retardamento da intervenção policial ou adm será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites
e comunicará ao MP (flagrante retardado/postergado).

Infiltração de agentes:
• Não é punível, no âmbito da infiltração, a prática de crime pelo agente infiltrado no curso da investigação, quando inexigível conduta diversa.

11 – Organização dos órgãos da Seg. Pública  Lei 13.675/18


• Compete à União estabelecer a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS) e aos Estados, ao DF e aos Municípios
estabelecer suas respectivas políticas, observadas as diretrizes da política nacional, especialmente para análise e enfrentamento dos riscos à
harmonia da convivência social, com destaque às situações de emergência e aos crimes interestaduais e transnacionais.

• É instituído o Sistema Único de Segurança Pública, que tem como órgão central o Ministério Extraordinário da Segurança Pública e é integrado
pelos órgãos de que trata o Art. 144 da CF, pelos agentes penitenciários, pelas guardas municipais e pelos demais integrantes estratégicos e
operacionais, que atuarão nos limites de suas competências, de forma cooperativa, sistêmica e harmônica.
Integrantes estratégicos do Susp:
- União, Estados, DF e Municípios, por intermédio dos respectivos Poderes Executivos.
- Conselhos de Segurança Pública e Defesa Social dos três entes federados.

Integrantes operacionais do Susp:


- Polícia federal;
- Polícia rodoviária federal;
- Polícias civis;
- Polícias militares;
- Corpos de bombeiros militares;
- Guardas municipais;
- Órgãos do sistema penitenciário;
- Institutos oficiais de criminalística, medicina legal e identificação;
- Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp);
- Secretarias estaduais de segurança pública ou congêneres;
- Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec);
- Secretaria Nacional de Política Sobre Drogas (Senad);
- Agentes de trânsito;
- Guarda portuária.

• A União poderá apoiar os Estados, o DF e os Municípios, quando não dispuserem de condições técnicas e operacionais necessárias à
implementação do Susp.
• Os órgãos integrantes do Susp poderão atuar em vias urbanas, rodovias, terminais rodoviários, ferrovias e hidrovias federais, estaduais, distrital
ou municipais, portos e aeroportos, no âmbito das respectivas competências, em efetiva integração com o órgão cujo local de atuação esteja sob
sua circunscrição, ressalvado o sigilo das investigações policiais.

Diretrizes da PNSPDS:
- Atendimento imediato ao cidadão;
- Planejamento estratégico e sistêmico;
- Fortalecimento das ações de prevenção e resolução pacífica de conflitos, priorizando políticas de redução da letalidade violenta, com ênfase
para os grupos vulneráveis;
- Atuação integrada entre União, Estados, DF e Municípios em ações de seg. pública e políticas transversais para a preservação da vida, do meio
ambiente e da dignidade da pessoa humana;
- Coordenação, cooperação e colaboração dos órgãos e instituições de seg. pública nas fases de planejamento, execução, monitoramento e
avaliação das ações, respeitando-se as respectivas atribuições legais e promovendo-se a racionalização de meios com base nas melhores práticas;
- Formação e capacitação continuada e qualificada dos profissionais de seg. pública, em consonância com a matriz curricular nacional;
- Fortalecimento das instituições de seg pública por meio de investimentos e do desenvolvimento de projetos estruturantes e de inovação
tecnológica

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- Sistematização e compartilhamento das infos de seg. pública, prisionais e sobre drogas, em âmbito nacional.
- Atuação com base em pesquisas, estudos e diagnósticos em áreas de interesse da seg. pública;
- Atendimento prioritário, qualificado e humanizado às pessoas em situação de vulnerabilidade;
- Padronização de estruturas, de capacitação, de tecnologia e de equipamentos de interesse da seg. pública;
- Ênfase nas ações de policiamento de proximidade, com foco na resolução de problemas;
- Modernização do sistema e da legislação de acordo com a evolução social;
- Participação social nas questões de seg. pública;
- Integração entre os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário no aprimoramento e na aplicação da legislação penal;
- Colaboração do Poder Judiciário, do MP e da DP na elaboração de estratégias e metas para alcançar os objetivos desta Política;
- Fomento de políticas públicas voltadas à reinserção social dos egressos do sistema prisional;
- Incentivo ao desenvolvimento de programas e projetos com foco na promoção da cultura de paz, na segurança comunitária e na integração das
políticas de segurança com as políticas sociais existentes em outros órgãos e entidades não pertencentes ao sistema de seg. pública;
- Distribuição do efetivo de acordo com critérios técnicos;
- Deontologia policial e de bombeiro militar comuns, respeitados os regimes jurídicos e as peculiaridades de cada instituição;
- Unidade de registro de ocorrência policial;
- Uso de sistema integrado de infos e dados eletrônicos;
- Incentivo à designação de servidores da carreira para os cargos de chefia, levando em consideração a graduação, a capacitação, o mérito e a
experiência do servidor na atividade policial específica;
- Celebração de termo de parceria e protocolos com agências de vigilância privada, respeitada a lei de licitações.

12 – Abuso de autoridade  Lei 13.869/19


Esses crimes são cometidos por agente público, servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do
poder que lhe tenha sido atribuído.
Agente público: aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer
outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função pública.
• Essas condutas constituem crime quando praticadas pelo agente com a finalidade específica de:
- Prejudicar outrem
- Beneficiar a si mesmo ou a terceiro.
- Por mero capricho ou satisfação pessoal.
• A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não configura abuso de autoridade.
- Portanto, não comete abuso de autoridade o PRF que se confunde na interpretação da lei, removendo um veículo quando deveria apenas reter.

Os crimes são de Ação Incondicionada.

Efeitos da condenação a quem comete abuso de autoridade:


• Tornar certa a obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo
para reparação dos danos causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos.
• Inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo período de 1 a 5 anos
- Requer reincidência e não é automático, devendo ser declarado na sentença.
• Perda do cargo, do mandato ou da função pública.
- Requer reincidência e não é automático, devendo ser declarado na sentença.

As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade são:


- Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas.
- Suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 a 6 meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens.
• As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.

Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em
estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.

12 – Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à autoridade judiciária no prazo legal  D de 6 meses a 2 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária ou preventiva à autoridade judiciária que a decretou.

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- Deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada.
- Deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 h, a nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os nomes do condutor e das
testemunhas.
- Prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança ou de internação,
deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de promover a soltura do preso
quando esgotado o prazo judicial ou legal.

13 – Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a:
- Exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública.
- Submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não autorizado em lei.
- Produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro.
 D de 1 a 4 anos, sem prejuízo da pena cominada à violência.

16 – Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção
ou prisão  D de 6 meses a 2 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Como responsável por interrogatório em sede de procedimento investigatório de infração penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si
mesmo falsa identidade, cargo ou função.

18 – Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele,
devidamente assistido, consentir em prestar declarações  D de 6 meses a 2 anos.

22 – Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele
permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora das condições estabelecidas em lei  D de 1 a 4 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe o acesso a imóvel ou suas dependências;
- Cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h ou antes das 5h.
• Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando houver fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em razão
de situação de flagrante delito ou de desastre.

24 – Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou empregado de instituição hospitalar pública ou privada a admitir para
tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar local ou momento de crime, prejudicando sua apuração  D de 1 a 4
anos, além da pena correspondente à violência.

25 – Proceder à obtenção de prova, em procedimento de investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito  D de 1 a 4 anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Faz uso de prova, em desfavor do investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de sua ilicitude.

33 – Exigir info ou cumprimento de obrigação, inclusive o dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal  D de 6 meses a 2
anos.
Incorre na mesma pena quem:
- Utiliza-se de cargo ou função pública ou invoca a condição de agente público para se eximir de obrigação legal ou para obter vantagem ou
privilégio indevido.

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LINGUA PORTUGUESA
1 – Fonética – Acentuação – Ortografia - Crase
Encontro vocálico: A sempre é vogal; I e U sempre são semivogal; E e O variam;
• Ditongo: V + SV na mesma sílaba  SV+V = crescente (empresário) e V+SV = decrescente (mau)
Leva acento os ditongos abertos e tônicos “éi, éu, ói” (chapéu, papéis, céu), EXCETO se estiver na posição paroxítona, como i-dei-a; ji-boi-a;
• Hiato: encontro de duas vogais em sílabas diferentes  Sa-a-ra; sa-í-da;
Acentuam-se o I e o U tônicos que forma hiato com a vogal anterior, estejam sozinhos na sílaba ou acompanhados de S, e não seguidos de NH.
• Tritongo: SV+V+SV na mesma sílaba  Uruguai;
- Sílaba tem que ter vogal
- Prefixo acompanhado de vogal formará uma sílaba  ex: su-ba-gên-cia; bi-sa-vô;

Dígrafo: duas letras apresentam um só fonema  rr, ss, ch, lh, na.
- Não são dígrafos: qu, rs.
Dífono: dois fonemas representados por uma letra.
Ex: Táxi  X = Ks

Acentuação:
• Monossílabas: acentuamos as tônicas terminadas em A, E, O
• Oxítonas: acentuamos as terminadas em A, E, O, EM e ENS
• Paroxítonas: acentuamos todas, exceto as terminadas em A, E, O, EM e ENS
- Paroxítonas terminadas em DITONGO levam acento  Pois também são consideradas proparoxítona eventual  ex: sé-rie; his-tó-ria;
• Proparoxítonas: acentuamos todas

Acentos diferenciais:
• Diferencial de tonicidade: verbo pôr ≠ preposição por;
• Diferencial de timbre: verbo pôde (passado) ≠ verbo pode (presente);
• Diferencial de número: nos verbos ter e vir e nos seus derivados;
- Eles têm ≠ ele tem;
- Eles retêm ≠ ele retém;
- Eles vêm ≠ ele vem;
- Eles mantêm ≠ ele mantém
Na duplicação de EE e OO caiu o acento, ex: voo, leem…

Hífen obrigatório:
• Prefixo termina em VOGAL, R ou B, e o segundo elemento começa com H; ex: super-homem.
• Prefixos “ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró e vice”
• BEM + palavra iniciada por VOGAL ou MAL + palavra iniciada por VOGAL ou por H ou L.
• Prefixo SUB + palavras iniciadas por R ou B
• Palavras compostas: ano-luz; guarda-civil; primeiro-ministro; luso-brasileiro; sócia-diretora (exceção: mandachuva; paraquedas)
• Nos Prefixos, letras iguais se separam (anti-inflamatório) e diferentes se juntam (semideus)
• Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa com S ou R duplicam-se as consoantes; ex: sobressaia.

Sem hífen: dia a dia; pé de moleque;

Translineação: deve repetir o HIFÉN; não pode deixar uma letra sozinha; não deve deixar palavra estranha ao contexto (presi-dente)

Crase Facultativa:  "Até Sua Maria"


• Depois da preposição até  até a
• Antes de Pronome possessivo feminino no singular (se for plural é obrigatória).
• Antes dos nomes próprios femininos.

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91

Crase Proibida:
• Proibida antes do verbo.
• Antes de cujo e quem crase não tem.

Crase Obrigatória:
• Locução adverbial  à noite, às pressas, à meia-noite, às cinco da tarde

ÀS + PLURAL = CERTO → Está sujeita às interpretações


A + PLURAL = CERTO → Está sujeita a interpretações
À + PLURAL = ERRADO → Está sujeita à interpretações

2 – Classes gramaticais.
Formação De Palavras:
Derivação
• Prefixal  Des + leal
• Sufixal  Leal + dade
• Prefixal e Sufixal  Des + leal + dade
• Parassintética  a + manh + ecer (bloco inseparável)
• Regressiva  Resgatar - resgate (diminui a quantidade de letras)
• Imprópria  Jantar (verbo) - o jantar (substantivo)
Composição (dois ou mais radicais)
• Por justaposição  Guarda-roupa / couve-flor / girassol  Não ocorre perda de letras.
• Por aglutinação  Aguardente = água + ardente / Vinagre = vinho + acre  Ocorre perda de letras.
Onomatopeia  Bem-te-vi (baseada no som)
Redobro  Mamãe / vovô
Abreviação  ONG / ONU
Hibridismo  Automóvel (auto, grego; móvel, latino)

Substantivos:
- Qualquer palavra pode virar substantivo, basta precedê-la de um artigo;
• Concretos: existência independente.
• Abstratos: designam sentimentos, qualidades, ações.

• Primitivos: não se formam de nenhuma outra palavra  Pedra, ferro.


• Derivados: formam-se de outra palavra  Pedreira, ferreiro.

Gênero dos substantivos:


• Substantivos Uniformes  Única forma para o M e F.
- Sobrecomuns: não admitem variação de artigo, só o contexto pode informar se é M ou F (ex: criatura; cônjuge; criança);
- Comuns de dois gêneros: admitem variação do determinante (ex: O/A chefe);
- Epicenos: referem-se a animais e vegetais, utilizamos as palavras macho e fêmea para expressar o sexo (ex: condor, caracol, gavião, jacaré)
• Substantivos Biformes: apresentam uma forma para o M e outra para o F. Ex: homem/mulher, gato/gata.

Palavra composta:
Ex: cidade-espetáculo;
- Cidade = termo determinado  Rege a concordância nominal
- Espetáculo = termo determinante  Qualifica o determinado.

Plural dos substantivos compostos:


• Substantivo + Substantivo: pode variar só o primeiro ou ambos podem variar
• Somente o 1º elemento varia:
- Substantivo + preposição + Substantivo: pés-de-cabra;

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• Somente o último elemento varia:


- Grão, grã, bel, + substantivo: grã-cruzes; bel-prazeres.
- Verbo ou palavra invariável + substantivo ou adjetivo: abaixo-assinados; alto-falantes
- Compostos de três ou mais elementos, não sendo o segundo uma preposição: bem-te-vis; bem-me-queres
• Ambos os elementos variam:
- Substantivo + Adjetivo ou Adjetivo + Substantivo: guardas-civis; amores-perfeitos.
• Invariáveis:
- Verbos diferentes com sentidos opostos: perde-ganha, vai-volta, leva e traz.
- Verbo + palavra invariável: pisa-mansinho, cola-tudo, ganha-pouco, bota-fora, papa-tudo.
- Verbo ou palavra invariável + palavra já no plural: quebra-nozes, troca-tintas, não-me-toques.

Artigo:
- Substantiva qualquer palavra;
• Definido: o, a, os, as
- O artigo definido diante de pronome possessivo quando os substantivos aparecem é facultativo, mas é obrigatório quando o substantivo está
oculto. Ex: Você pediu minha opinião (certo); Você pediu a minha opinião. (certo); Você pediu a opinião dela, e não a minha (certo); Você pediu a
opinião dela, e não minha. (errado).
- Não se usa antes de pronome de tratamento, exceto senhor, senhora e senhorita.
• Indefinido: um, uma, uns, umas
- Generalizam, sem individualizar ou particularizar seres e objetos
- Num = preposição em + artigo indefinido um;

• Topônimo: nome geográfico próprio de uma região; ex: Portugal, França etc.
Ex: Fui à França – Voltei da França; Fui a Portugal – Voltei de Portugal.
- Alguns repelem e outros exigem o artigo  Os que repelem, quando determinados por adjetivo, passa a exigir o artigo.

Adjetivo:
- Qualifica um substantivo ou equivalente.
- Pode alterar o sentido conforme sua posição;

• Locuções adjetivas: preposição + substantivo  Ex: aves da noite = aves noturnas; em vigor = vigente.
- Troca de adjetivo por locução adjetiva não prejudica a correção gramatical;

Grau comparativo dos adjetivos: compara características.


• Igualdade: ela é tão exigente quanto sua mãe.
• Superioridade: ela é mais exigente que sua mãe.
• Inferioridade: ela é menos exigente que sua mãe.
Grau superlativo dos adjetivos: intensifica o sentido do adjetivo  NÃO HÁ O CONECTOR COMPARATIVO QUE/DO QUE
• Relativo: destaca um ser diante de outros da mesma espécie.
- Superioridade: ela é a mais dedicada da turma.
- Inferioridade: ela é a menos dedicada da turma.
• Absoluto: destaca um ser, mas sem compará-lo com outros da mesma espécie.
- Analítico: ele é muito sério.
- Sintético: ele é seriíssimo.

Numeral:
• Cardinais: indicam contagem (ex: dois, três);
• Ordinais: indicam ordem (ex: segundo, terceiro);
• Multiplicativos: indicam uma multiplicação (ex: dobro, triplo);
• Fracionários: indicam parte de um inteiro (ex: meio, terço).

Interjeição:
- Expressão que traz emoção, classificando-se segundo o sentimento que detonam, como alegria (ah! oh!), aplauso (bis! bravo!) etc.

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Preposição:
- Palavra invariável que relaciona dois termos.
• Essenciais: a; com; de; em; para; por; entre; ante;
• Acidentais: afora, que, salvo.

Locução prepositiva: grupo de palavra com valor de preposição. Ex: ao lado de; em torno de; apesar de; no meio dos;
Verbo atender: quando se refere a coisas a preposição é obrigatória e quando se refere a pessoas é facultativa.

Advérbio:
- Palavra invariável que interfere no sentido de um verbo, adjetivo ou de outro advérbio (não se relaciona com substantivo).
Locução adverbial: duas ou mais palavras com valor de advérbio. Ex: Ela fez exercícios de manhã; ela saiu à vontade.

• Grau comparativo:
- Superioridade: falou mais alto que o colega.
- Igualdade: falou tão alto quanto o colega.
- Inferioridade: falou menos alto que o colega.
• Grau Superlativo absoluto:
- Analítico: ele falou muito alto.
- Sintético: ele falou altíssimo.

Conjunções Coordenativas:
• Aditiva  e; nem; não só..., mas também.
• Adversativa  mas, contudo, todavia, e, não obstante.
• Alternativas  ou; ou...ou; ora...ora.
• Conclusivas  logo, portanto, pois, assim, afinal.
• Explicativa  pois, porque, porquanto.
Conjunções Subordinativas:
• Integrantes: conjunções que e se quando introduzem orações subordinadas substantivas (as reconhecemos através da substituição pelo isso)
Ex: É importante que estude  É importante isso; Você não sabe se eu estudo  Você não sabe isso.
• Causais  porque, pois, porquanto, como, uma vez que.
• Concessivas  embora, conquanto, ainda que, apesar de, mesmo que.
• Comparativas  como, tal qual, (do) que, quanto
- Do é sempre facultativo antes do que.
• Conformidade  conforme, como, consoante, segundo.
• Condicionais  se, caso, desde que, contanto que, sem que, a menos que.
• Consecutivas  que, de modo que, de sorte que, de maneira que.
Ex: Ele bebeu tanto, que ficou bêbado.
• Finais  para que, a fim de que, que.
• Proporcionais  à proporção que, à medida que, ao passo que, quanto mais ... mais, quanto menos ... menos, quanto mais ... menos.
• Temporais  quando, enquanto, assim que, logo que, sempre que, antes que, depois que. Ex: Quando chegar, ligue-me.

3 – Morfologia
PRONOME
• Não se contraem as preposições de e em com pronomes retos quando estes exercem função de sujeito.
- Em vez dele falar  errado
- Em vez de ele falar  certo

Próclise obrigatória: "NARIS DE PREGO" (Com "S" mesmo)


- Negativas
- Advérbios
- Relativos (pronomes relativos)
- Indefinidos/Interrogativos (pronomes)
- Subordinadas (conjunções subordinativas)

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- DEmonstrativos
- PREposição seguida de GerúndiO (Ex.: Em se tratando...)
Ex de atrativos: Nem, que, alguém, aqui, conforme, isso.

• Verbo no INFINITIVO pode se utilizar PRÓCLISE ou ÊNCLISE, ainda que haja palavra atrativa  Infinitivo é bi, aceita na frente e atrás.

Proibido
- Colocar pronome oblíquo átono após futuro  ”Emprestarei-te algo”
- Colocar pronome oblíquo átono após particípio  “Tinha emprestado-lhe algo”

Pronomes relativos: introduzem orações subordinadas adjetivas.


- Variáveis: o qual, cujo, quanto e variáveis.
- Invariáveis: que, quem, onde, como e quando.
• ONDE sempre pode ser substituído por EM QUE, mas o EM QUE só pode ser substituído por ONDE quando trazer ideia de lugar.
- Onde = Lugar fixo
- Aonde = Movimentação
• O Cujo deve trazer uma ideia de posse e vir imediatamente após o termo que está substituindo.

Pronomes indefinidos:
Variáveis: algum, nenhum, todo, outro e variáveis
Invariáveis: alguém, ninguém, quem, outrem.

Pronomes interrogativos: que, quem, qual quanto.

Que:
Pronome relativo  Quando o que é pronome relativo, ele pode ser substituído por o qual, os quais, a qual ou as quais.
• Para identificarmos a função do pronome relativo "que", devemos substitui-lo pelo termo que ele retoma, pois terá a função do termo retomado.
- Original: alguma coisa que se ache escondida.
- Substituindo: alguma coisa acha-se escondida.
Quem se acha escondida?  Alguma coisa  Logo, o pronome relativo está retomando o sujeito, tendo, assim, a função de sujeito e não de
complemento verbal.
Substituições  Esses e seus derivados
Que  O qual, A qual
A que  Ao qual, À qual
Em que  No qual, Na qual, onde
De que  Do qual, Da qual

VERBOS

• Os verbos TER e HAVER, em locuções verbais com verbo principal no particípio, são intercambiáveis.
Ex: Tinha botado  Havia botado.

Voz ativa: o sujeito é agente da ação verbal


Ex: O atleta venceu a luta  O atleta = sujeito agente
Voz passiva: o sujeito é paciente da ação verbal.
Ex: A luta foi vencida pelo atleta  A luta = sujeito paciente
Voz reflexiva: o sujeito é simultaneamente agente e paciente da ação verbal
Ex: Ela se cortou  Se = pronome reflexivo

Voz passiva sintética  Desenvolveu-se  VTD + Se


Voz passiva analítica  Foi desenvolvido  Ser + Particípio
- Da voz passiva sintética para a analítica não se altera nada no texto  Só é possível com VTD.

Gerúndio: caminhando, cantando, seguindo, vindo.

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Particípio: caminhado, cantado, seguido, vindo.


Infinitivo: caminhar, cantar, seguir, vir.

Pretérito mais-que-perfeito: quando há mais de um acontecimento no passado.


Ex: Quando cheguei ao ponto, o ônibus já passara.
• O passara pode ser trocado pelo pretérito mais-que-perfeito composto  Ter/Haver + Particípio
Ex: Quando cheguei ao ponto, o ônibus já tinha passado.

4 – Sintaxe
Concordância:
Concordância com frações:
• Quando o núcleo do sujeito for formado por uma fração, o verbo deve concordar com o numerador.
- Um terço compareceu.
- Dois terços compareceram.
• Quando há especificador, a concordância com ele é facultativa:
- Um terço dos candidatos compareceu.
- Um terço dos candidatos compareceram.

O Sujeito sempre concorda com o verbo  Verbo no plural apenas se o sujeito está no plural ou for sujeito composto.

Aposto: termo que explica, esclarece, discrimina algo.

Período simples  Apenas uma oração.


Período composto  Mais de uma oração.
- Pode ser por coordenação ou subordinação.

Complemento nominal  Com preposição (Sempre preposicionado)


- Completa o sentido de adjetivo, substantivo abstrato e advérbio.
- Sofre a ação

Adjunto adnominal
- Completa o sentido de substantivo abstrato e concreto
- Pode ser preposicionado ou não
- Faz a ação

Complemento verbal  Objeto indireto.


- Relaciona-se com um verbo
- Sempre preposicionado.

Orações coordenadas:
- Pode ser empregado vírgula para separar orações coordenadas que apresentam sujeitos distintos.

Orações subordinadas:
Oração subordinada substantiva: exerce função de substantivo (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal,
aposto).

Quando uma conjunção iniciar oração a vírgula é obrigatória, porque conjunção é utilizada para ligar orações, se ela está no início é uma
oração subordinada deslocada.

Oração subordinada adjetiva explicativa  Separada por vírgulas  Deve ter as duas vírgulas.
Oração subordinada adjetiva restritiva  Sem vírgula.

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5 – Pontuação
Vírgula
• A vírgula é obrigatória antes das conjunções adversativas  É facultativa depois dessas conjunções, exceto “mas”.
- As conjunções adversativas, exceto “mas”, podem ser deslocadas  Se forem deslocadas, deverão ser isoladas.

• Orações Adverbiais deslocadas é sempre obrigatório a vírgula  Se estiver em ordem direta ou original seu emprego é facultativo.
• Adjuntos adverbiais de longa extensão deslocados devem ser isolados por vírgulas.
Ex: Num tempo ainda anterior à minha infância, suponho que a resposta mais comum teria sido “Se você sair agora...”
- Se for curta extensão, a vírgula é facultativa  Até duas palavras.

• Proibido separar o sujeito do verbo.

Aspas:
• Citações  Como disse Júlio César “Veni, vidi, vici”.
• Transcrições  “Não sou nada. / Nunca serei nada” (Álvaro de Campos).
• Nomes de obras literárias ou artísticas  Você já leu “A insustentável leveza do ser” de Milan Kundera?
• Estrangeirismos, neologismos, arcaísmos, gírias e expressões populares  A empresa responsável pelo “coffee break” ainda não chegou.
• Palavras e expressões com ironia ou ênfase  “Lindo” serviço, meu amigo, “lindo” serviço.

Dois pontos:
• Sempre que após dois pontos vier uma explicação do que fora dito anteriormente, será perfeitamente possível substituir pelas conjunções
explicativas, como por exemplo, que, porque, pois ou porquanto.

6 – Problemas da língua culta


Por que (razão) você não veio?  Equivale a pelo qual  Vem seguido da palavra razão, mesmo que subentendida
Porque não é junto  Equivale a pois ou já que  É uma explicação, ou causa.
Mas por quê (razão)?  Utilizada no fim de frase  Vem seguida da palavra razão subentendida.
O porquê eu não sei  Substantivo.

• Homônimos homógrafos: palavras com a mesma grafia; ex: sede (vontade de beber) e sede (matriz).
• Homônimos homófonos: palavras com a mesma pronúncia; ex: passo (ato de passar) e paço (palácio).
Sessão = reunião; ex: sessão de cinema.
Seção = separar; ex: seção eleitoral.
Cessão = ceder; ex: cessão de bens.
• Homônimos perfeitos: palavras com a mesma grafia e pronúncia; ex: manga (fruta) e manga (camisa).
• Parônimos: palavras parecidas, mas com sentido diverso. Ex: mandato e mandado; estrato (camadas) e extrato.
Há cerca de = tempo decorrido.
A cerca de = perto de.
Acerca de = sobre.
• Sinônimos: palavras com significados próximos. Ex: preeminente e proeminente.
• Antônimos: palavras com sentidos opostos. Ex: céu e inferno;

Se não  Equivale a caso não, quando não.


Senão  Equivale a caso contrário, de outro modo, a não ser.

A fim  Locução de afinidade, equivalente a para.


Afim  Sentido de afinidade

Demais  Advérbio (Ex: Ela fala demais) ou pronome (Ex: Os demais estão mal)
De mais  Locução adjetiva (Ex: Ele tem problemas de mais).

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7 – Interpretação e gênero de texto


• Denotação: Uso da palavra com o seu sentido original  Sentido literal  D = sentido do Dicionário, não esqueça, seu animal.
• Conotação: Uso da palavra com um sentido diferente do original, criado pelo contexto  Sentido figurado (Ex: Aquele homem está uma fera)
- Comumente usado em poesias e textos literários.

Função fática: O contato é o centro da mensagem  Manifesta-se quando a finalidade é testar, estabelecer ou encerrar o contato entre o emissor
e o receptor.
Função referencial/ Informativa/ Denotativa: Destaca-se o objeto, o assunto da mensagem de forma clara e objetiva.
Função metalinguística: Busca esclarecer, refletir, discutir, em um ato de comunicação em que se usa a linguagem para falar dela própria.
Função poética: Linguagem dos poemas, da publicidade criativa e afins.
Função Conativa (apelativa): O receptor é o centro da mensagem, no qual ele é estimulado, provocado, seduzido, amparado.
Função emotiva (expressiva): O "eu" é o centro da mensagem, na qual ele destaca seus próprios sentimentos, impressões, atitudes.

Gênero Literário
Conto: narrativa curta que envolve apenas um conflito.
- Apresenta poucos personagens
- Cenário limitado
- Recorte temporal reduzido

Tipos de Texto:
Texto Narrativo: O autor quer contar uma história  Sempre tem PENTE.
- Personagens
- Enredo
- Narrador (1ª ou 3ª pessoa)
- Tempo
- Espaço (cenário)
Texto Descritivo: Conta uma história mais detalhada
- Ex: Hoje pela manhã, estava chovendo. Tive que vestir roupa de frio, aquela preta com listras cinza sem botão
Texto Dissertativo: Fala sobre um assunto
- Verbos no presente.
• Dissertativo Informativo/Expositivo: Informa algum assunto ao leitor
• Dissertativo Argumentativo: O autor expõem sua opinião
Texto Injuntivo: Serve para orientar o leitor
- Verbos no imperativo  Ex: Bula de remédio e receita de bolo.

8 – Dicionário Cespe
• A despeito de  Independente de.
• Depreende-se  Compreender, perceber claramente
• Defeso  Proibido
• Óbice  Impede, empecilho.
• Por ventura  por sorte
• Porventura  por acaso
• Precípuo  Fundamental
• Pletora  Abundância exagerada de algo.
• Subjaz  Algo implícito ou que serve como base.
• Subverter  Acabar com algo já estabelecido; revolucionar.

Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém os sentidos do texto”, ela se refere aos sentidos originais do texto, ou seja, quer saber se esse
sentido foi ou não alterado com a reescrita proposta.
Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém a coerência no texto”, ela se refere à lógica das ideias, ou seja, quer saber se faz sentido ou
não aquela reescrita proposta.
Quando a CESPE afirma “… a reescrita mantém a correção gramatical”, ela está unicamente interessada em saber se as regras gramaticais –
de ortografia, pontuação, concordância, etc. – são obedecidas.

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9 – Correspondência oficial
MRPR:
Não existe propriamente um padrão oficial de linguagem, o que há é o uso da norma padrão nos atos e nas comunicações oficiais.
A redação oficial deve caracterizar-se por:
- Clareza e precisão;
- Objetividade;
- Concisão;
- Coesão e coerência;
- Impessoalidade;
- Formalidade e padronização;
- Uso da norma padrão.

A clareza deve ser a qualidade básica do texto oficial, ou seja, não pode:
- Regionalismo;
- Texto rebuscado ou com gírias;
- Linguagem excessivamente técnica;

Excelentíssimo somente em comunicações dirigidas aos chefes de Poder:


- Excelentíssimo Senhor Presidente Da República;
- Excelentíssimo Senhor Presidente Do Congresso Nacional;
- Excelentíssimo Senhor Presidente Do STF;

Fecho adequado:
Autoridades de uma mesma hierarquia a do remetente  Atenciosamente;
Autoridades de uma hierarquia superior a do remetente  Respeitosamente.

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DIREITO CONSTITUCIONAL
1 – Poder constituinte
Constituição:
Cláusulas pétreas: podem ser explicitas ou implícitas, não podem ser revogadas nem por emenda constitucional;  “FoDi VoSe”
- Forma federativa do Estado
- Direitos fundamentais
- Voto direto, secreto, universal e periódico
- Separação dos poderes

• A CF só pode ser alterada por emenda constitucional, que depende de um quórum qualificado de no mínimo 3/5 nas duas casas e em dois
turnos.
- Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, nas duas casas do CN, em dois turnos, por 3/5 dos
votos, serão equivalentes às normas/emendas constitucionais  Esses tipos de tratados fundamentam controle de constitucionalidade e de
convencionalidade, porém se não fossem aprovados pelo quórum qualificado, fundamentariam apenas controle de convencionalidade.

Controle de constitucionalidade: compatibilidade do texto legal com a CF


Controle de convencionalidade: compatibilidade do texto legal com os TIDH.

Titular do Poder constituinte  Povo


Quem exerce o Poder constituinte  Representantes do povo

Há duas formas de exercício do Poder constituinte:


• Outorga: estabelecimento da CF pelo próprio detentor do poder, sem a participação popular.
- É ato unilateral do governante, que autolimita o seu poder e impõe as regras constitucionais ao povo.
• Assembleia Nacional Constituinte: forma típica de exercício do poder constituinte, em que o povo, democraticamente, outorga poderes a seus
representantes especialmente eleitos para a elaboração da CF

Poder Constituinte Originário: Poder de constituir o Estado, de criar uma Constituição, rompendo com a ordem jurídica anterior  Apesar de
ser juridicamente ilimitado, encontra limites nos valores que formam a sociedade.
- É inicial, autônomo, incondicionado e ilimitado.

Poder Constituinte Derivado: Poder de emendar, reformar ou modificar a Constituição vigente, fazendo alterações parciais em seu texto.
- Tem limitações constitucionais expressas e implícitas.
- Decorre do poder Originário, então não pode contrariá-lo, mas pode inová-lo.
Poder Constituinte Derivado REVISOR: responsável por revisar o texto constitucional após 5 anos de sua promulgação, sendo uma
modalidade excepcional de reforma e menos rigorosa do que as emendas constitucionais, pois é feita pelo voto da maioria absoluta do CN, em
sessão unicameral  Não é mais possível.
Poder Constituinte Derivado REFORMADOR: responsável por alterar a CF através de EMENDAS CONSTITUCIONAIS.
• A CF pode ser emendada mediante proposta:
- De 1/3, no mínimo, dos membros da Câmera de Deputados ou do Senado Federal.
- Do PR da República.
- De mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa seus
membros
• Requisito de aprovação da PEC:
- Deve ser aprovada nas duas casas do CN, em dois turnos, por 3/5 de votos dos respectivos membros.

LIMITES DO PODER CONSTITUINTE DERIVADO REFORMADOR


- A CF não pode ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de sítio ou de estado de defesa.
- A EC não pode contrariar o texto originário, pois do contrário será inconstitucional.
- Não pode alterar as cláusulas pétreas.
Poder Constituinte Derivado DECORRENTE: responsável por elaborar as Constituições estaduais dos estados-membros, desde que
observadas as regras e limitações impostas pela CF.

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2 – Direitos e garantias fundamentais;


Princípios Da RFB  F.O.P.S
• ART.1- FUNDAMENTOS: a República Federativa do Brasil é a união indissolúvel dos estados, DF e municípios;
SOBERANIA
CIDADANIA
DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA
VALORES SOCIAIS E LIVRE INICIATIVA
PLURALISMO POLÍTICOS
• ART.3- OBJETIVOS: metas do Estado  normas programáticas; COM GARRA ERRA POUCO;
CONSTRUIR uma sociedade livre, justa e solidária;
GARANTIR o desenvolvimento nacional;
ERRADICAR a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
PROMOVER o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação.
• ART.4- PRINCÍPIOS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS:
AUTODETERMINAÇÃO DOS POVOS
INDEPENDÊNCIA NACIONAL
DEFESA DA PAZ
NÃO INTERVENÇÃO
COOPERAÇÃO ENTRE OS POVOS
PREVALÊNCIA DOS DH
IGUALDADE ENTRE OS ESTADOS
REPÚDIO AO TERRORISMO E RACISMO
CONCESSÃO DE ASILO POLÍTICO
SOLUÇÃO PACÍFICA DOS CONFLITOS
- A RFB buscará a integração econômica, política, social e cultural da AL, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações.
• ART.2- SEPARAÇÃO DOS PODERES: Executivo, legislativo e judiciário.
- Separam-se as funções, buscando a especialização.
- Devêm ser independentes e harmônicos entre si.
- Essa separação não é rígida.
DIREITOS FUNDAMENTAIS:
• São cláusulas pétreas com as mesmas características concorrentes entre si.
- Nenhum direito é absoluto, estando sujeitos a limitações.
- Aplicam-se a todas as pessoas, no que couber.
• Características (H123IRUA):
Historicidade;
Imprescritível;
Inalienável;
Indisponível;
Relativo;
Universal;
Aplicação imediata;

Direitos fundamentais de 1ª dimensão (LIBERDADE): (P.C)


- Foco na liberdade do indivíduo em relação ao Estado (direitos de resistência frente ao Estado).
- Direitos civis, políticos e liberdades.
Direitos fundamentais de 2ª dimensão (IGUALDADE): (S.E.C)
- Direitos sociais, culturais e econômicos.
- Exige-se um “fazer” do Estado, uma prestação  Ex: direito à educação e à saúde.
Direitos fundamentais de 3ª dimensão (FRATERNIDADE): (AMBI3NT3)
- Direitos difusos, coletivos e transindividuais.
- Ideias de fraternidade, direito ao meio ambiente, progresso, PAZ, autodeterminação dos povos e demais direitos difusos.

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Eficácia:
• Eficácia plena: aplicação imediata e direta  Tem todos os elementos necessários.
• Eficácia contida: aplicação imediata e direta  Tem todos os elementos necessários, mas pode sofrer restrições.
• Eficácia limitada: aplicação mediata  Necessita da complementação de outra norma para ter eficácia total.

Direitos individuais expressos  estão explicitamente enunciados nos incisos do Art. 5º;
Direitos individuais implícitos  estão subentendidos nas regras de garantias, como o direito à identidade pessoal, desdobramentos do direito à
vida, o direito à atuação geral.
Direitos individuais decorrentes do regime e de tratados internacionais subscritos pelo Brasil  não são nem explícita nem implicitamente
enumerados, mas provêm ou podem vir a provir do regime adotado, como o direito de resistência, entre outros de difícil caracterização.

Art.5 - V.I.L.P.S  Vida, Igualdade, Liberdade, Propriedade e Segurança.


VIDA:
Aspecto biológico do direito à vida: direito à integridade física e psíquica  Direito de continuar vivo.
Aspecto amplo do direito à vida: direito a condições materiais e espirituais mínimas necessárias a uma vida digna.
• São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral
decorrente de sua violação.
- É um direito personalíssimo  não cabe à família reclamar.

IGUALDADE:
- Igualdade formal: tratar todos iguais  Igualdade jurídica.
- Igualdade material: tratar os desiguais na medida das suas desigualdades (Princípio da isonomia)  Assim, a CF traz distinção entres as
pessoas.

LIBERDADE:
• Inscrição em conselho de fiscalização só é exigida se a atividade a ser exercida trouxer potencial lesivo à sociedade.
- Norma de eficácia contida.
• É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer.

• É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;

• É assegurado a todos o acesso à info e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.
• É livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
• É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;

• A criação de associações e cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento.
- As associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro
caso, o trânsito em julgado;
- As associações, quando expressamente AUTORIZADAS, têm legitimidade para REPRESENTAR seus filiados judicial ou extrajudicialmente;
- Ninguém será obrigado a se associar ou se manter associado;
• É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar.

• Todos têm direito a receber dos órgãos públicos infos de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo
da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado (não cabe MS
para esses).

• Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa.

• Todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, independentemente de autorização, desde que não frustrem
outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente.

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102

• É livre a locomoção no território nacional em tempos de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair
com seus bens.

• É assegurado a todos, independentemente do pagamento de taxas:


- O direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
- A obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal.

• É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a
proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
- É assegurada a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;

PROPRIEDADE:
• É garantido o direito de propriedade, que atenderá sua função social.
• A pequena propriedade rural, desde que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para pagamento de débitos decorrentes de sua
atividade produtiva, dispondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento.

A lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e prévia
indenização em dinheiro (primeiro indeniza, depois desapropria), ressalvados os casos previstos nesta Constituição.

• Necessidade pública: caracterizado pela urgência da situação em que visa à segurança nacional, defesa do estado ou socorro em calamidades;
• Utilidade pública: decorre da conveniência da transferência para o interesse da coletividade;
• Interesse social: tem o objetivo de promover a justa distribuição da propriedade reforma agrária.

- Se for desapropriação de imóvel rural para fins de reforma agrária  Competência da União;
- Se for desapropriação de imóvel urbano  Competência do Poder Municipal;

• No caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização
ulterior, se houver dano.

• A casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem o consentimento do morador, salvo:
- Em flagrante delito;
- Desastre;
- Para prestar socorro;
- Por determinação judicial, durante o dia.

• Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei
fixar:
- É garantido o direito de herança.
• A lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, à
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e
econômico do País;

• A sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus";

São assegurados, nos termos da lei:


- A proteção às participações individuais em obras coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;
- O direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às
respectivas representações sindicais e associativas;

SEGURANÇA:
Direito do preso:

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- Permanecer calado, sendo-lhe assegurado a assistência da família e do advogado.


- Direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório.
- É assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
- Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de juiz competente, salvo nos casos de transgressão militar
ou crime propriamente militar.
- A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada;
- O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença;
- Uso de algema somente PRF (Perigo, Resistência ou Fuga), sendo essa excepcionalidade justificada por escrito, sob pena de responsabilidade
do agente e do Estado, além da nulidade da prisão.
- A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
- Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação;
- A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária;
- Ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança;
• Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia*;

• A lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:


- Privação ou restrição da liberdade;
- Perda de bens;
- Multa;
- Prestação social alternativa;
- Suspensão ou interdição de direitos;

• Não haverá penas:


- De morte, salvo em caso de guerra declarada.
- De caráter perpétuo;
- De trabalhos forçados;
- De banimento;
- Cruéis;

Princípio da Intranscendência da pena  A pena não passará da pessoa do condenado


- A reparação civil pode passar aos herdeiros até o limite do valor da herança

Princípio da individualização da pena  (cada um tem aquilo que merece) A pena será individualizada de acordo com a gravidade do delito e
as circunstâncias do agente.

• O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.

• Não será concedida a extradição de estrangeiro por crime político ou de opinião.

• A lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia o 3TH, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-los, se omitirem.

• Constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado
Democrático.

• A prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei.

• A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

• A lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais.

• Não há crime sem lei anterior, nem pena sem prévia cominação legal;

• O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

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• A lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;

• A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;

• Não haverá juízo ou tribunal de exceção;

• É reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei, assegurados (TRIBUNAL DO JURI):
- A plenitude de defesa;
- O sigilo das votações;
- A soberania dos veredictos;
- A competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida;

• O estado promoverá a defesa do consumidor;

• A lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.

• É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas.
- As comunicações telefónicas pode ser violadas por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação
criminal ou instrução processual penal;

• Ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;


• Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
• Aos litigantes, em processo judicial ou adm, e aos acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a
ela inerentes; (DEVIDO PROCESSO LEGAL)
• São inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
• Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória;

REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS
Habeas Corpus: quando alguém sofre ou se sente ameaçado de sofrer lesão contra o direito de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder.
- É gratuito e não precisa de advogado.
- Qualquer um pode impetrá-lo, seja para si ou para outrem  Juiz pode concedê-lo de ofício.
- Cabe recurso para decisões favoráveis e desfavoráveis.
- Cabe HC contra quebras de sigilos que possam levar à prisão.
- Não é cabido HC quando o direito de locomoção é reduzido em tempos de guerra ou em tempos de paz através de lei.
Será incabível:
- Em relação as punições disciplinares de militares, salvo em relação aos pressupostos de legalidade das transgressões.
- Quando a pena privativa de liberdade já foi extinta.
Será cabível:
- Se não houver justa causa.
- Se estiver preso por mais tempo do que determinado por lei.
- Se quem decretar a prisão não tiver competência para fazê-lo.
- Se houver cessado o motivo da prisão.
- Se não for admitido a prestação de fiança e a lei permitir.
- Se o processo for manifestamente nulo.
- Se for extinta a punibilidade.

Habeas Data  Tem caráter personalíssimo;


- É gratuito, mas precisa de advogado.
Conceder-se-á:
- Para assegurar o conhecimento de infos relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades
governamentais ou de caráter público;
- Para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou adm.

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105

Mandado De Segurança: concedido para proteger direito líquido e certo, não amparado por HC ou HD, quando o responsável pela ilegalidade
ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
- É oneroso e precisa de advogado.
- Os fatos alegados para sua implantação devem ser comprovados de plano, pois não admite provas posteriores.
- Pode ser preventivo ou repressivo  prazo decadencial de 120, a contar da lesão ou do conhecimento da lesão.
- Pode ser implementado por PF ou PJ.
É incabível MS contra:
- Ato de gestão de Empresa Pública, SEM e concessionárias de serviço público;
- Decisão Judicial da qual cabe recurso com efeito suspensivo;
- Decisão de recurso adm;
- Decisão transitada em julgado;
- Lei em tese.

MS coletivo: ocorre uma substituição processual  Entra-se com MS em nome próprio, mas pleiteando direito alheio, independente de
autorização.
• Pode ser impetrado por:
- Partido político com representante no CN;
- Organização sindical;
- Entidade de classe;
- Associação constituída e funcionando há pelo menos 1 ano.

Ação Popular:
- Qualquer cidadão é parte legitima para impetrar Ação Popular.
- O MP não pode impetrar, mas pode recorrer da sentença ou dar continuidade, caso haja desistência.
- Não tem prerrogativa de foro.
- Pode ser preventivo ou repressivo;
- É gratuito, salvo em caso de má-fé, e precisa de advogado.
• Função de anular atos e proteger os direitos difusos (M2P3):
Meio ambiente
Moralidade administrativa
Patrimônio histórico
Patrimônio cultural
Patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe

Mandado De Injunção: concedido sempre que a falta total ou parcial de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes a nacionalidade, soberania e cidadania.
- É oneroso e precisa de advogado.
- Pode ser individual ou coletivo e seu autor pode ser PF ou PJ.
- Via de regra, gera efeitos Inter Partes (para os integrantes do litígio).
• O Mandado de Injunção coletivo pode ser impetrado por:
- Partido político com representante no CN
- Organização sindical
- Entidade de classe
- Associação constituída e funcionando há pelo menos 1 ano.
- MP ou defensoria pública.

3 – DIREITOS SOCIAIS
Educação Saúde Assistência aos desamparados
Moradia Trabalho no Proteção à maternidade e à infância
Alimentação Transporte Segurança
Lazer Previdência social

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106

Princípio da proibição do retrocesso social: o Estado nunca pode voltar atrás, deve sempre buscar melhorar.
- Se for revogada uma norma que discipline sobre os direitos fundamentais, o poder público deve implementar medidas alternativas que visem
compensar eventuais perdas já sedimentadas.
Princípio da reserva do possível: limita a efetivação dos direitos sociais  o Estado deve prestar os direitos sociais no limite de sua
disponibilidade financeira e com razoabilidade de pretensão, mas deve garantir o mínimo existencial.

DIREITOS INDIVIDUAIS DOS TRABALHADORES URBANOS, RURAIS E AVULSOS:

• Relação de emprego protegida contra despedida arbitrária ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá indenização
compensatória, dentre outros direitos;
- Não existe a lei complementar, então utiliza-se o parâmetro ADCT, que determina o pagamento de multa de 40% sobre o valor do FGTS;
• Seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário.
• Prescrição dos créditos trabalhistas: até 2 anos para ajuizar a ação para cobrar direitos dos últimos 5 anos.
Jornada de trabalho: Não superior a 8 horas diárias e 44 semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante
acordo ou convenção coletiva de trabalho;
- Jornada de 6 horas para o trabalho realizado em turnos ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva;
- Repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos;
- Hora extra no mínimo 50% superior à normal;

Salário-mínimo: fixado em lei e nacionalmente unificado, sendo capaz de atender as necessidades vitais básicas, com reajustes periódicos que
preservem o poder aquisitivo  vedada sua vinculação para qualquer fim.
• O servidor público pode ter o vencimento inferior ao salário-mínimo, mas a remuneração não;
- Praças prestadores de serviço militar inicial podem ter a remuneração inferior a um salário-mínimo;
• Piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho;
• Irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo coletivo;
• Garantia de salário nunca inferior ao mínimo aos que recebe remuneração variável;
- 13º com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria;
• Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno;
• Proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa;
• Adicional de penosidade, insalubridade ou periculosidade;

• Participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da remuneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empresa, conforme
definido em lei;
• Salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos termos da lei;
• Férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal;
• Licença gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de 120 dias;
- Mesmo prazo para licença adotante;
- Licença-paternidade, nos termos fixados em lei (5 dias);
• Proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos;
• Aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no mínimo de 30 dias;
• Redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança;
• Aposentadoria;
• Assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nascimento até os 5 anos de idade em creches e pré-escolas;
• Reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho;
• Proteção em face da automação, na forma da lei;
• Seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empregador, sem excluir a indenização quando incorrer em dolo ou culpa;

• Proibido diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil;
• Proibido qualquer discriminação no tocante a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência;
• Proibida a distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual ou entre os profissionais respectivos;
• Proibido trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de 18 e de qualquer trabalho a menores de 16, salvo como aprendiz, a partir dos
14.

Direitos que o Servidor Público não tem de acordo com a CF:


- FGTS

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- Seguro-Desemprego
- Aviso Prévio
- Participação nos lucros ou resultados desvinculada da remuneração.
- Acordos e Convenções Coletivas de Trabalho
- Assistência gratuita em creches até os 5 anos
- Seguro contra acidente de trabalho
- Jornada de 6 horas para trabalho realizado em turnos ininterruptos
- Proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e intelectual.
- Adicional de Insalubridade, periculosidade e penosidade
- Irredutibilidade de Salário, subsídio e vencimento.
- Piso Salarial

Direitos que as domésticas não têm:


- Piso salarial;
- Participação nos lucros ou resultados desvinculada da remuneração
- Prescrição dos créditos trabalhistas;
- Proteção em face da automação;
- Proibição de distinção entre trabalho, manual, técnico e intelectual;
- Jornada de 6 horas em turnos ininterruptos;
- Adicional de penosidade, insalubridade ou periculosidade;
- Igualdade de direito entre o empregador com vínculo e o avulso.
DIREITOS COLETIVOS DOS TRABALHADORES:
É livre a associação profissional ou sindical:
• A lei não pode exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato  Exige-se o registro em órgão competente (Ministério da Justiça).
- Vedado ao Poder Público a interferência e a intervenção no sindicato;
• Vedada a criação de mais de um sindicato idêntico dentro da mesma base territorial.
- Base territorial não pode ser inferior à área do município.
• Cabe ao sindicato a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou adm;
• A assembleia geral fixará a contribuição  o pagamento só é obrigatório aos filiados do sindicato;
- Ninguém será obrigado a se filiar ou a se manter filiado a sindicato;
• Obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
• O aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas organizações sindicais;
• É vedada a dispensa do empregado sindicalizado a partir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação sindical e, se eleito,
ainda que suplente, até um ano após o final do mandato, salvo se cometer falta grave;
- Não vale se for líder sindical de uma categoria diferente da qual trabalha ou se estiver trabalhando fora da base territorial;

Greve
• É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por
meio dele defender.
- A lei definirá os serviços e atividades essenciais;
- Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
• É lícito o desconto dos dias não trabalhados, salvo quando a greve for gerada por conduta ilícita do poder público.

• Os trabalhadores e empregadores têm direito a participar no colegiado de órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou
previdenciários sejam objeto de discussão e deliberação.

• Nas empresas de mais de 200 empregados, é assegurada a eleição de representantes com a finalidade exclusiva de promover-lhes o
entendimento direto com os empregadores.
- De 201 a 3.000  3 membros;
- De 3.001 a 5.000  5 membros;
- De 5.001 ou +  7 membros;

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4 – Nacionalidade
Nacionalidade originária: imposta no nascimento, de forma unilateral e involuntária;
- Via de regra, o Brasil adota o critério Ius Solis e, excepcionalmente, o Ius Sanguinis;
Nacionalidade secundária: adquirida de maneira voluntária
- No Brasil, não é possível adquirir nacionalidade por meio de casamento;

Perda de nacionalidade:
• O BR nato e naturalizado pode ter sua nacionalidade perdida caso adquira uma nova nacionalidade.
- Perdida mediante decreto do PR e só pode ser recuperada mediante novo decreto do PR.
- Não ocorrerá a perda se a nacionalidade originária for reconhecida pela lei estrangeira ou quando a naturalização for uma exigência para se
adquirir direito.
• O naturalizado pode ter sua naturalização cancelada, por sentença judicial irrecorrível, em decorrência de atividade nociva ao interesse da
nação.
- Pode ser recuperada através de ação rescisória

Hipóteses de múltiplas nacionalidades:

• Quando há o reconhecimento de nacionalidade originária pela lei estrangeira.


- A nacionalidade decorre da lei estrangeira, que reconhece como nacionais os nascidos em seu território ou descendentes de seus nacionais;

• Quando há imposição de nacionalidade pela norma estrangeira, por meio de processo de naturalização, ao brasileiro residente em estado
estrangeiro, como condição para permanência em seu território ou para o exercício de direitos civis.

Brasileiros Natos:

• Nascidos no Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
- Se estiver a serviço de um país que não seja o seu, então será BR.

• Nascidos no estrangeiro, de pai ou mãe BR, desde que qualquer deles esteja a serviço da RFB, ou a serviço de organização internacional da
qual o Brasil faça parte.

• Nascidos no estrangeiro de pai ou mãe BR, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente
ou
venham a residir no Brasil e optem, a qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira.

- Seus efeitos são plenos e têm eficácia retroativa.

Brasileiro nato que vier a perder sua nacionalidade pode ser extraditado.

Brasileiros naturalizados:

• É exigido aos originários de países de língua portuguesa residência por um ano ininterrupto e idoneidade moral, desde que requeiram a
nacionalidade brasileira.

• Os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes no Brasil há mais de quinze anos ininterruptos e sem condenação penal, desde que
requeiram a nacionalidade brasileira.

Quase brasileiro: portugueses com residência permanente no País, se houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos
inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos na CF.
• Requisitos:
- Ser português com residência permanente do Brasil;
- Manifestação de vontade do agente;
- Aceitação do Ministro da Justiça.

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A lei não pode distinguir BR nato de naturalizado, salvo nas 5 hipóteses da CF:
• Pode ser extraditado Br naturalizado que pratique crime comum antes da naturalização ou por tráfico de drogas, a qualquer tempo.
- Brasileiro nato não pode ser extraditado.
• Cargos privativos de brasileiro nato: MP3.COM
- Ministro do STF;
- PR e Vice da República;
- PR da Câmara dos Deputados;
- PR do Senado Federal;
- Carreira diplomática;
- Oficial das Forças Armadas.
- Ministro de Estado da Defesa.

• O naturalizado pode ter sua naturalização cancelada, por sentença judicial irrecorrível, em decorrência de atividade nociva ao interesse da
nação;

• Não podem compor o Conselho da República como os 6 cidadãos indicados (podem através de outros meios)

• Brasileiro naturalizado só pode ser proprietário de empresa jornalística ou de rádio após 10 anos da naturalização;

5 – Direitos políticos
DIREITOS POLÍTICOS:
A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, mediante:
- Plebiscito;
- Referendo;
- Iniciativa popular.

Direito político ativo: direito de votar


Direito político passivo: direito de ser votado.
Alistamento eleitoral e voto:
• Obrigatórios para os maiores de 18 anos;

• Facultativos para:
- Analfabetos;
- Maiores de 70 anos;
- Maiores de 16 e menores de 18 anos.

Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e os conscritos.

Condições de elegibilidade:
• Nacionalidade brasileira;
• Pleno exercício dos direitos políticos;
• Alistamento eleitoral;
• Domicílio eleitoral na circunscrição;
• Filiação partidária;
• Idade mínima na posse de: 3530-2118;
- 35 anos para PR e Vice e Senador;
- 30 anos para Governador e Vice-Governador;
- 21 anos para Deputado Federal, Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;

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- 18 anos para Vereador (na candidatura)

• São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.


• São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes até o 2º grau, do PR, Governador, Prefeito ou de quem os
substituiu dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
- São inelegíveis para o cargo de prefeito de Município resultante de desmembramento territorial o cônjuge e os parentes até 2º grau do atual
Prefeito do município-mãe.

• O PR, os Governadores, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único
período subsequente.
- Para concorrerem a outros cargos, devem renunciar aos mandatos até 6 meses antes do pleito.
- Proibido prefeito itinerante.

• O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:


- Se contar menos de 10 anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
- Se contar mais de 10 anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a
inatividade.
• Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação.

• O mandato poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de 15 dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de
abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
- A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça;

É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:
- Cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado  PERDA.
- Incapacidade civil absoluta  Suspensão.
- Condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos  Suspensão.
- Recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa (conscrito) exército  PERDA.
- Improbidade adm  Suspensão.

• Lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de
sua vigência.

PARTIDOS POLÍTICOS:
Só terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, os partidos políticos que alternativamente:
- Obtiverem, nas eleições para a câmara dos deputados, no mínimo, 3% dos votos válidos, distribuídos em pelo menos 1/3 das UF, com um
mínimo de 2% dos votos válidos em cada uma delas.
- Tiverem elegido pelo menos 15 deputados federais distribuídos em pelo menos 1/3 das UF.

6 – Poder executivo
ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DO PR
Compete privativamente ao PR, podendo ser delegada ao PGR, AGU e Ministros de Estado:
Dispor, mediante decreto, sobre:
- Organização e funcionamento da adm federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
- Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos  Criação de cargos só por meio de lei.
Conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei.
- Não é aplicável ao 3TH.
Prover e extinguir os cargos públicos federais.

Compete privativamente ao PR:


• Exercer o comando supremo das FFAA e nomear o Comandante da marinha, exército e aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-
los para os cargos que lhes são privados.
• Nomear, após aprovação do CN:

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111

- Ministros do STF e dos Tribunais Superiores


- Governadores de territórios
- PGR
- Presidente e diretores do BACEN.
• Exercer, com o auxílio do Ministros de Estado, a direção superior da adm federal.
• Sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução.
• Vetar projetos de lei, total ou parcialmente.
• Celebras tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a referendo do CN.
• Decretar o estado de defesa e o estado de sítio.
• Decretar e executar a intervenção federal.
• Remeter mensagem e plano de governo ao CN por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do País e solicitando as
providências que julgar necessárias.
• Nomear membros do Conselho da República.
• Convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.
• Declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo CN ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões
legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional.
• Celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do CN.
• Conferir condecorações e distinções honoríficas.
• Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente
• Prestar, anualmente, ao CN, dentro de 60 dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior.
• Editar medidas provisórias com força de lei.

Crimes de responsabilidade do PR são os que atentem contra a CF e contra:


- A existência da União;
- O livre exercício do Judiciário, do Legislativo, do MP e dos poderes constitucionais das unidades da federação;
- O exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
- A segurança interna do País;
- A probidade na adm;
- A lei orçamentária;
- O cumprimento das leis e das decisões judiciais.
• A definição dos crimes de responsabilidade e o estabelecimento das respectivas normas de processo e julgamento são da competência
legislativa privativa da União.

Compete à Câmara dos Deputados autorizar a instauração de processo contra o PR, o Vice e os Ministros de Estado:
Crime Comum:  Somente para crimes relacionados às atividades de PR, se for crime comum estranhos a essas atividades será julgado
somente após o mandato.
- Câmara dos Deputados aprova com Juízo de Admissibilidade de 2/3 dos votos dos membros.
- Se recebida a denúncia pelo STF, o Presidente fica afastado por até 180 dias
- STF julga por maioria simples.
- Retorna à Presidência se absolvido ou se decorrido o prazo antes do fim do julgamento.
• Enquanto não houver sentença condenatória, o PR não estará sujeito à prisão.

Crime de Responsabilidade:
- Câmara dos Deputados aprova com Juízo de Admissibilidade de 2/3 dos votos dos membros.
- Se instaurado o processo pelo Senado, o Presidente fica afastado por até 180 dias
- Senado julga (2/3 dos votos)
- Retorna à Presidência se absolvido ou se decorrido o prazo antes do fim do julgamento.

Compete ao Conselho da República:


- Pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio.
- Pronunciar-se sobre as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas.
Compete ao Conselho da Defesa:
- Opinar sobre intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio

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- Opinar nas hipóteses de declaração de guerra e de celebração da paz, nos termos desta Constituição

Vacância do cargo de PR e Vice:


• O eleito apenas completará o restante do mandato.
- Nos dois primeiros anos  Eleições diretas em até 90 dias.
- Nos dois últimos anos  Eleições indiretas em até 30 dias.
Ordem de sucessão da Presidência:
- PR da Câmara dos deputados  PR do Senado  PR do STF.

BENS E COMPETÊNCIAS DA UNIÃO


Bens da União:
- Terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à
preservação ambiental, definidas em lei.
- Lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países,
ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais.
- Recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva.
- Recursos minerais, inclusive os do subsolo.
- Terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.
• Faixa de até 150 km de largura, ao longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é considerada fundamental para defesa
do território nacional, e sua ocupação e utilização serão reguladas em lei.

Compete à União:  São indelegáveis.


• Manter relações com Estados estrangeiros e participar de organizações internacionais.
• Declarar a guerra e celebrar a paz.
• Assegurar a defesa nacional.
• Conceder anistia.
• Permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente
• Explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão:
- Serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens.
- Serviços e instalações de energia elétrica e o aproveitamento energético dos cursos de água, em articulação com os Estados onde se situam os
potenciais hidroenergéticos.
- Navegação aérea, aeroespacial e a infraestrutura aeroportuária.
- Serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou
Território
- Serviços de transporte rodoviário interestadual e internacional de passageiros.
- Portos marítimos, fluviais e lacustres.
• Instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusive habitação, saneamento básico e transportes urbanos.
• Executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras.
• Organizar e manter o Poder Judiciário e o MP do DF e dos Territórios e a DP dos Territórios  A União não mantém a DP do DF.
• Organizar e manter a PC, PP, PM e BM do DF, bem como prestar assistência financeira ao DF para a execução de serviços públicos.

Compete privativamente à União legislar sobre:  Lei complementar pode autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas daqui.
• Competência da PF, da PRF e da PFF.
• Desapropriação.
• Direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho.
- Isso impede que lei municipal legisle sobre cobranças de estacionamento.
• Águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifusão.
• Jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia.
• Atividades nucleares de qualquer natureza.
• Requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e em tempo de guerra.
• Diretrizes da política nacional de transportes.
• Trânsito e transporte.
• Nacionalidade, cidadania e naturalização.

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• Populações indígenas.
• Emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de estrangeiros.
• Normas gerais de organização, efetivos, material bélico, garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões de PMs e de BMs.
• Normas gerais de licitação e contratação, em todas as modalidades, para as adm públicas diretas e indireta da União, estados, DF e municípios.

Compete à União, Estados e DF legislar de maneira concorrente sobre:  União só estabelece normas gerais.
• Organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
• Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da
poluição.
• Proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico.
• Responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico.
• Direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico.
• Educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia, pesquisa, desenvolvimento e inovação.
• Criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas causas.
• Procedimentos em matéria processual  Direito Processual é de competência privativa da União, procedimentos em matéria processual que é
concorrente.
• Previdência social, proteção e defesa da saúde.
• Proteção à infância e à juventude.

Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Competência comum da União, dos Estados, do DF e dos Municípios:


- Zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público.
- Proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas.
- Preservar as florestas, a fauna e a flora.
- Registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus territórios.
- Estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Forma do Estado  Federativa (Cláusula pétrea)
- É adotado o federalismo cooperativo equilibrado (Não o Dual), pelo qual as atribuições são exercidas de modo comum ou concorrente,
estabelecendo-se uma verdadeira aproximação entre os entes federativos, que deverão atuar em conjunto.
- Não é permitido o direito de secessão.
- A federação é formada pela União, Estados, DF e Municípios (Territórios não), todos entes autônomos, porém, não soberanos  Quem é
soberano é a RFB.
- É vedado aos entes estabelecer cultos ou igrejas, salvo, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

Forma de governo  República

Sistema de governo  Presidencialismo


- O PR, em regra, é escolhido pelo povo, governa por um prazo determinado e assume as funções de Chefe de Estado e de Governo.

7 – Defesa do Estado e das Instituições democráticas.


• A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade
das pessoas e do patrimônio.
• A segurança pública é direito fundamental assegurado aos brasileiros e aos estrangeiros residentes.

Municípios poderão constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações:
- Lei municipal pode dar a ela poder de polícia de trânsito;

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• Servidores que trabalhem diretamente com segurança pública não podem entrar em greve  Compatível com o Princípio da Isonomia

Polícia federal: instituída por lei como órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se a:
- Apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades
autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações que tenham repercussão interestadual ou internacional e exijam repressão
uniforme.
- Prevenir e reprimir o tráfico de drogas, o contrabando e o descaminho, sem prejuízo da ação fazendária e de outros órgãos públicos nas
respectivas áreas de competência;
- Exercer as funções de polícia marítima, aeroportuária e de fronteiras;
- Exercer, com exclusividade, as funções de polícia judiciária da União (não impede o MP de investigar  Teoria dos poderes implícitos)
Polícia rodoviária federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira;
- Destina-se ao patrulhamento ostensivo das rodovias federais.
Polícia ferroviária federal: órgão permanente, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, destina-se ao patrulhamento
ostensivo das ferrovias federais.
Polícias civis: dirigidas por delegados de carreira, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração
de infrações penais, exceto as militares  Polícia residual.
Polícias militares e bombeiros militares:
- À PM cabe o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública;
- Ao BM, além das atribuições definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
- São forças auxiliares e reserva do exército;
Polícias penais federal, estaduais e distrital: cabe a segurança dos estabelecimentos penais;

Segurança viária: exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias públicas (Incluída
por Emenda Constitucional).
- Compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito, além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao cidadão o direito à
mobilidade urbana eficiente;
- Compete, no âmbito dos Estados, do DF e dos Municípios, aos respectivos órgãos ou entidades executivos e seus agentes de trânsito,
estruturados em Carreira.

Estado de defesa: O PR, ouvido o Conselho da República e o da Defesa, pode decretar estado de defesa para preservar ou prontamente
restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou
atingidas por calamidades de grandes proporções na natureza.
No decreto estará determinado o tempo de duração, as áreas abrangidas e as medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
• Restrições aos direitos de:
- Reunião, ainda que exercida no seio das associações;
- Sigilo de correspondência;
- Sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
• Ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos
decorrentes.
Sua duração não será superior a 30 dias, prorrogáveis uma vez por + 30, se houver razões.

Estado de sítio: O PR, ouvindo o Conselho da República e o da Defesa, pode solicitar ao CN autorização para decretar estado de sítio nos casos
de:
I - Comoção grave de repercussão nacional ou ocorrência de fatos que comprovem a ineficácia de medida tomada durante o estado de defesa;
II - Declaração de estado de guerra ou resposta a agressão armada estrangeira.
• Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
- Obrigação de permanência em localidade determinada;
- Detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes comuns;
- Restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das comunicações, à prestação de infos e à liberdade de imprensa,
radiodifusão e televisão;
- Suspensão da liberdade de reunião;
- Busca e apreensão em domicílio;
- Intervenção nas empresas de serviços públicos;

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- Requisição de bens.
• No decreto estará sua duração, as normas necessárias à sua execução e as garantias constitucionais que ficarão suspensas, e, depois de
publicado, o PR designará o executor das medidas específicas e as áreas abrangidas.

Forças Armadas: constituída pela Marinha, Exército e Aeronáutica, são instituições permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia
e disciplina, sob a autoridade suprema do PR, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e da lei e da ordem.
- Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares.
- As mulheres e os eclesiásticos ficam isentos do serviço militar obrigatório em tempos de paz, mas estão sujeitos a outros encargos que a lei lhes
atribuir.
- Proibidas a sindicalização e a greve.
- O militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos.
- Lei disporá sobre o ingresso nas FFAA, os limites de idade, a estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os
direitos, os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, consideradas as peculiaridades de suas atividades,
inclusive aquelas cumpridas por força de compromissos internacionais e de guerra.

8 – Ordem social
A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
- O Estado exercerá a função de planejamento das políticas sociais, assegurada, na forma da lei, a participação da sociedade nos processos de
formulação, de monitoramento, de controle e de avaliação dessas políticas.

Seguridade social = Assistência social + Previdência social + Saúde


Assistência Social  Prestada a quem dela necessitar.
Previdência Social  Prestada a quem contribuir.
Saúde  Prestada a todos.

O poder público organizará a seguridade social com base nesses princípios (objetivos da seguridade social):
• Universalidade da cobertura e do atendimento  Cobrir todo risco social e estender a toda população.
• Uniformidade e equivalência na prestação dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais.
- Em sentido de equilibro e não igualdade, dependendo do tempo de contribuição, sexo, idade, entre outras variáveis.
• Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços  Seleciona o risco coberto e distribui a quem necessita, àquele que
preenche os requisitos.
• Irredutibilidade do valor dos benefícios  Benefício não é vinculado a nº de salários-mínimos.
• Equidade na forma de participação no custeio  Cada um participa na medida da sua capacidade contributiva, quem pode mais pagará mais,
quem pode menos pagará menos.
• Diversidade da base de financiamento, identificando-se, em rubricas contábeis, específicas para cada área, as receitas e as despesas vinculadas a
ações de saúde, previdência e assistência social, preservando o caráter contributivo da previdência social.
• Caráter democrático e descentralizado da adm, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregados, dos
aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.

Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

Financiamento da seguridade social  Feito por toda sociedade mediante recursos dos entes federados e das seguintes contribuições:
- Receitas de concursos de prognósticos  Loterias e sorteios em geral.

Assistência social
A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
- Proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice.
- Amparo às crianças e adolescentes carentes.
- Promoção da integração ao mercado de trabalho.
- Habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária.
- Garantia de um salário-mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à
própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei.

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Previdência social
• É vedado que a adm Direta ou Indireta faça aportes financeiros a entidade de previdência privada, salvo na qualidade de patrocinador, onde
sua contribuição jamais poderá exceder a do segurado.

Saúde
• As instituições privadas podem participar de forma complementar do SUS mediante contrato público ou convênio  As entidades filantrópicas
ou sem fins lucrativos têm preferência.

As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de
acordo com as seguintes diretrizes:
- Descentralização, com direção única em cada esfera de governo;
- Atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
- Participação da comunidade.
• O SUS será financiado com recursos do orçamento da seguridade social, da União, dos Estados, do DF e dos Municípios, além de outras
fontes.

Família, criança, adolescente e idoso


• Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal,
competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de
instituições oficiais ou privadas.
• São penalmente inimputáveis os menores de 18, sujeitos às normas da legislação especial.
• Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência
ou enfermidade.
• A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua
dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.
- Os programas de amparo aos idosos desenvolvidos pelo Estado serão executados preferencialmente nos lares dos idosos  Lê-se “seus lares”.
- Aos maiores de 65 é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos.

Meio Ambiente:
• Todos têm o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.
• O meio ambiente é bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.
• Incumbe ao Poder Público:
- Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;
- Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material
genético;
- Definir, em todas as UF, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas
somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;
- Exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo
prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
- Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e
o meio ambiente;
- Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;
- Proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies
ou submetam os animais a crueldade.
• As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, PF ou PJ, a sanções penais e adm, independentemente
da obrigação de reparar os danos causados.
• Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo
órgão público competente, na forma da lei.
• A Amazônia brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal e a Zona Costeira são patrimônio nacional  Sua utilização ocorrerá na
forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais.
• São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas
naturais.

Índios
• Só serão inimputáveis os índios inteiramente incapazes de entender o caráter ilícito da conduta  Índios isolados, não integrados à sociedade.

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• Os índios têm direito à posse permanente (Propriedade não) da terra que tradicionalmente ocupam  São de natureza originária.
- São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as
imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias à sua reprodução física e cultural, segundo
seus usos, costumes e tradições.
- Eles tem usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes (Subsolo não).
- Essas terras são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis.

Vedada a remoção dos índios de suas terras, salvo:


1º Em caso de catástrofe ou epidemia  Mediante referendo do CN
2º No interesse da soberania nacional  Mediante deliberação do CN.
• É garantido o retorno imediato dos indígenas às suas terras logo que cesse os riscos.

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TRÂNSITO
1 – Crimes de trânsito
A Ação penal, em regra, é incondicionada, salvo na lesão corporal culposa, que será condicionada, contudo, será incondicionada mesmo na
lesão corporal culposa quando:
- Estiver sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que determine dependência.
- Estiver participando, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia em manobra de
veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente
- Transitando em velocidade superior à máxima permitida em 50 km/h.
• Nesses casos, também não se aplica a composição civil dos danos e não se aplica a propositura da aplicação imediata da pena restritiva de
direitos  Também não cabe TCO  Deve ser feito IP.

A suspensão ou a proibição de se obter a PPD ou CNH pode ser imposta isolada ou cumulativamente com outras penalidades.
- Tem a duração de 2 meses a 5 anos.
- Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será intimado a entregar à autoridade judiciária, em 48 h, a PPD ou a CNH.
- Não se inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, estiver recolhido a estabelecimento prisional.
Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, havendo necessidade para a garantia da ordem pública, o juiz pode, de ofício ou a
requerimento do MP ou representação do delegado, decretar, em decisão motivada, a suspensão ou a proibição de se obter PPD ou CNH.
- Da decisão que decretar a suspensão ou a medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do MP, caberá recurso em sentido estrito, sem
efeito suspensivo.
Se o réu for reincidente na prática de crime previsto no CTB, o juiz suspenderá a PPD ou a CNH, sem prejuízo das demais sanções penais
cabíveis.

Multa reparatória: pagamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus sucessores, de quantia calculada com base no CP, sempre
que houver prejuízo material resultante do crime.
- Não poderá ser superior ao valor do prejuízo demonstrado no processo.
- Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória será descontado.

Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante, nem se exigirá fiança,
se prestar pronto e integral socorro à vítima.

Circunstâncias que sempre agravam a pena nos crimes de trânsito:


- Com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com grande risco de grave dano patrimonial a terceiros.
- Utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adulteradas.
- Sem possuir PPD ou CNH.
- Com PPD ou CNH de categoria diferente da do veículo.
- Quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados especiais com o transporte de passageiros ou de carga.
- Utilizando veículo em que tenham sido adulterados equipamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu funcionamento de
acordo com os limites de velocidade prescritos nas especificações do fabricante.
- Sobre faixa de trânsito temporária ou permanente destinada a pedestres.

O Juiz pode substituir a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos  Deverá ser de prestação de serviço à comunidade ou a
entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
- Trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas no atendimento a
vítimas de trânsito;
- Trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e politraumatizados;
- Trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de trânsito;
- Outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de acidente de trânsito.
No homicídio culposo e na lesão corporal culposa (grave ou gravíssima), se o agente estiver sob efeito de álcool ou outra substância
psicoativa, não poderá ocorrer a substituição da pena.

302 – Homicídio culposo na direção de veículo  D de 2 a 4 anos e suspensão ou proibição de se obter PPD ou CNH.
- Não cabe TCO.

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• A pena é aumentada de 1/3 até 1/2, se o agente:


- Não possuir PPD ou CNH  Não pega nada se estiver vencida.
- Praticá-lo em faixa de pedestre ou na calçada.
- Não prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima.
- No exercício de sua profissão, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiro.
Se o faz sob influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determina dependência  R de 5 a 8 anos e suspensão ou
proibição de se obter PPD ou CNH.

303 – Lesão corporal culposa na direção de veículo  D de 6 meses a 2 anos e suspensão ou proibição de se obter PPD ou CNH.
• A pena é aumentada de 1/3 até 1/2, se o agente  Não cabe TCO.
- Não possuir PPD ou CNH  Não pega nada se estiver vencida
- Praticá-lo em faixa de pedestre ou na calçada.
- Não prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco pessoal, à vítima.
- No exercício de sua profissão, estiver conduzindo veículo de transporte de passageiro.
Se o faz sob influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determina dependência, e se resultar em lesão corporal
grave ou gravíssima  R de 2 a 5 anos, sem prejuízo das outras penas previstas nesse artigo.
- Não cabe TCO.

304 – Condutor não prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo diretamente, por justa causa, não solicitar socorro  D de 6
meses a 1 ano, ou multa, se não constituir crime mais grave.
- Ainda será crime se a omissão for suprida por terceiros, se a vítima morrer imediatamente ou se tiver ferimentos leves.

305 – Condutor se afastar do local do acidente para fugir da responsabilidade penal ou civil  D de 6 meses a 1 ano ou multa.
- Afastar-se para receber atendimento médico ou com medo de apanhar não é crime.

306 – Dirigir sob influência de álcool ou outra substância psicoativa que determina dependência  D de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão
ou proibição de se obter PPD ou CNH.
- Não cabe TCO.
- Crime de perigo abstrato  Não precisar demonstrar perigo de dano.
• Será constatado por:
- Concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 mg de álcool por litro de ar alveolar.
- Sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora.

307 – Violar a suspensão ou proibição de se obter PPD ou CNH imposta com fundamento no CTB  D de 6 meses a 1 ano, com nova
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibição.
• Nas mesmas penas incorre o condenado que não entregar, no prazo estabelecido pelo CTB, a PPD ou CNH.

308 – Participar, na direção de veículo, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou
demonstração de perícia em manobra de veículo, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade
pública ou privada  D de 6 meses a 3 anos, multa e suspensão ou proibição de se obter PPD ou CNH.
- Não cabe TCO.
Se resultar em lesão corporal grave, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de
produzi-lo  R de 3 a 6 anos, sem prejuízo das outras penas previstas.
Se resultar em morte, e as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo  R de 5 a
10 anos, sem prejuízo das outras penas previstas.

309 – Dirigir, em via pública, sem PPD ou CNH, ou com o direito de dirigir cassado, gerando perigo de dano  D de 6 meses a 1 ano, ou
multa.

310 – Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com o direito de dirigir
suspenso, ou a quem, por seu estado de saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condições de conduzi-lo com segurança 
D de 6 meses a 1 ano, ou multa.
- Independe do perigo de dano.

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311- Trafegar em velocidade incompatível com a segurança nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e desembarque de
passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo de dano  D de 6 meses
a 1 ano.

312 – Inovar artificiosamente, em caso de acidente com vítima, na pendência do respectivo procedimento policial preparatório, IP ou
processo penal, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente policial, o perito, ou juiz  D de 6 meses a 1 ano ou
multa.
- Responderá ainda que não iniciada nenhum procedimento.

2 – Disposições preliminares; SNT


DISPOSIÇÕES PRELIMINARES.

Via  Superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central
(PICCA).
- Pista
- Ilha
- Canteiro
- Calçada
- Acostamento.
• São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, avenidas, logradouros, caminhos, passagens, estradas e rodovias, que terão seu uso regulamentado
pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre elas.
- São consideradas vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades
autônomas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos privados de uso coletivo.

Trânsito  É a utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga.

Acostamento  Parte da via diferenciada da pista de rolamento destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de emergência, e à
circulação de pedestres e bicicletas, quando não houver local apropriado para esse fim.
- Não é para a circulação de veículos, nem em caso de emergência (ciclomotores podem, excepcionalmente);

Os órgãos e entidades componentes do SNT respondem objetivamente por danos causados aos cidadãos em virtude de ação, omissão ou erro
na execução e manutenção de programas, projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito seguro.

SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO.


SNT é o conjunto de órgãos e entidades da União, dos Estados, do DF e dos Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de
planejamento, adm, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores,
educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de
penalidades.

DNIT  Órgão executivo rodoviário da União.


DENATRAN  Órgão máximo executivo de trânsito da União.
DETRAN  Órgãos estaduais executivos de trânsito.

Órgão que compõem o SNT:


- Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN)  Coordenador do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo.
- Conselhos Estaduais de Trânsito (CETRAN) e Conselho de Trânsito do DF  Órgãos normativos, consultivos e coordenadores.
- Órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados, do DF e dos Municípios.
- Órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados, do DF e dos Municípios.
- Polícia Rodoviária Federal.
- Polícias Militares dos Estados e do DF
- Juntas Adm de Recursos de Infrações  JARI

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Objetivos básicos do SNT:


- Estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à educação para o
trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
- Fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de critérios técnicos, financeiros e adm para a execução das atividades de trânsito;
- Estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de infos entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar o processo decisório e a
integração do Sistema.

Composição do CONTRAN  Ministro, não ministério, seu animal do caralho.


- Ministro da Infraestrutura  PR do CONTRAN.
- Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações.
- Ministro da Educação.
- Ministro da Defesa.
- Ministro do Meio Ambiente.
- Ministro da Saúde.
- Ministro da Justiça e Segurança Pública.
- Ministro das Relações Exteriores.
- Ministro da Economia.
- Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

• Poderão ser convidados a participar de reuniões do Contran, sem direito a voto, representantes de órgãos e entidades setoriais responsáveis ou
impactados pelas propostas ou matérias em exame.

Compete ao CONTRAN  CONTRAN pensa e o DENATRAN executa.


- Estabelecer as normas regulamentares referidas neste Código e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito.
- Coordenar os órgãos do SNT, objetivando a integração de suas atividades.
- Criar Câmaras Temáticas.
- Estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o funcionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE.
- Estabelecer as diretrizes do regimento das JARI.
- Zelar pela uniformidade e cumprimento das normas contidas neste Código e nas resoluções complementares.
- Estabelecer e normatizar os procedimentos para o enquadramento das condutas expressamente referidas neste Código, para a fiscalização e a
aplicação das medidas adm e penalidades por infrações e para a arrecadação das multas aplicadas e o repasse dos valores arrecadados.
- Responder às consultas que lhe forem formuladas, relativas à aplicação da legislação de trânsito.
- Normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, habilitação, expedição de documentos de condutores, e registro e licenciamento de
veículos.
- Aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de sinalização e os dispositivos e equipamentos de trânsito.
- Avocar, para análise e soluções, processos sobre conflitos de competência ou circunscrição, ou, quando necessário, unificar as decisões adm.
- Dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trânsito no âmbito da União, dos Estados e do DF.

Câmaras temáticas: estuda e oferece sugestões e embasamento técnico sobre assuntos específicos para decisões do Contran.
- Sua coordenação será exercida por representantes do DENATRAN ou dos Ministérios representados no Contran.

Juntas Adm de recursos de infrações  JARI:


- Em todo órgão ou entidade executivos de trânsito ou rodoviário funcionará um JARI, que são responsáveis pelo julgamento dos recursos
interpostos contra penalidades por eles impostas.
Compete às JARI:
- Julgar os recursos interpostos pelos infratores.
- Solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários infos complementares relativas aos recursos, objetivando uma
melhor análise da situação.
- Encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos rodoviários infos sobre problemas observados nas autuações e apontados
em recursos, e que se repitam sistematicamente.

Compete ao DENATRAN:
- Proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos órgãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da Política Nacional de
Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito.

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- Apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de improbidade contra a fé pública, o patrimônio, ou a adm pública ou privada, referentes à
segurança do trânsito.
- Expedir a PPD, a CNH, os CRV e o CLA mediante delegação aos DETRANS.
- Organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de Habilitação  RENACH.
- Organizar e manter o Registro Nacional de Veículos Automotores  RENAVAM
- Organizar a estatística de trânsito no território nacional, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais órgãos e promover sua divulgação.
- Estabelecer modelo padrão de coleta de infos sobre as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas do trânsito.
- Prestar suporte técnico, jurídico, adm e financeiro ao CONTRAN.
- Organizar e manter o Registro Nacional de Infrações de Trânsito  Renainf.
- Organizar, manter e atualizar o Registro Nacional Positivo de Condutores  RNPC.

Compete à PRF, no âmbito das rodovias e estradas federais:


- Cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no âmbito de suas atribuições.
- Realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar a ordem,
incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de terceiros.
- Executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa e as medidas adm cabíveis, com a notificação
dos infratores e a arrecadação das multas aplicadas e dos valores provenientes de estadia e remoção de veículos, objetos e animais e de escolta
de veículos de cargas superdimensionadas ou perigosas.
- Efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas.
- Credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medidas de segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, escolta e transporte
de carga indivisível.
- Assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e zelar pelo
cumprimento das normas legais relativas ao direito de vizinhança, promovendo a interdição de construções e instalações não autorizadas.
- Coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre acidentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas operacionais preventivas
e encaminhando-os ao órgão rodoviário federal.
- Implementar as medidas da Política Nacional de Segurança e Educação de Trânsito.
- Promover e participar de projetos e programas de educação e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN.
- Integrar-se a outros órgãos e entidades do SNT para fins de arrecadação e compensação de multas impostas na área de sua competência, com
vistas à unificação do licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de veículos e de prontuários de condutores de uma para
outra UF.
- Fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzidos pelos veículos automotores ou pela sua carga, além de dar apoio, quando
solicitado, às ações específicas dos órgãos ambientais.
- Aplicar a penalidade de SDD, quando prevista de forma específica para a infração cometida, e comunicar a aplicação da penalidade ao
DENATRAN.

Compete ao DETRAN:
- Realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, aperfeiçoamento, reciclagem e de suspensão de condutores e expedir e cassar Licença
de Aprendizagem, PPD e CNH, mediante delegação do DENATRAN.
- Vistoriar, inspecionar as condições de segurança veicular, registrar, emplacar e licenciar veículos, com a expedição dos CRV e de CLA,
mediante delegação do DENATRAN.
- Estabelecer, em conjunto com as PMs, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito.

3 – Circulação e conduta; pedestres e veículos não motorizados; cidadão.


DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA:
• Só pode transitar sobre passeios, calçadas ou nos acostamentos para entrar ou sair dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento.

• Os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacionamento no local da
prestação de serviço, desde que devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo CONTRAN.

• A ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá ser feita pela esquerda, exceto quando o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando
o propósito de entrar à esquerda.
• É livre a conversão à direita diante do semáforo vermelho onde houver sinalização que permita isso, observadas as demais regras do CTB.
• A circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas;

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Quando o condutor perceber que o veículo que o segue quer ultrapassá-lo, deverá:
- Se estiver na faixa da esquerda, deslocar-se para a da direita, sem acelerar a marcha;
- Se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se nela, sem acelerar a marcha;
• Os veículos mais lentos, quando andando em fila, deverão manter distância suficiente entre si para permitir que veículos que os ultrapassem
possam intercalar na fila com segurança.

• Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser feita nos locais determinados (por meio de sinalização ou pela existência de locais
apropriados), ou em outros locais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as características da via, do veículo, das condições
meteorológicas e da movimentação de pedestres e ciclistas.

• Crianças com idade inferior a 10 anos que não tenham atingido 1,45 m de altura devem andar nos bancos traseiros, em dispositivo de
retenção adequado para cada idade, peso e altura, salvo exceções relacionadas a tipos específicos de veículos regulamentadas pelo Contran.

Uso da buzina  Somente com um toque breve, e nas seguintes situações:


- Para fazer as advertências necessárias a fim de evitar acidentes.
- Fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo.
• Em alguns casos pode gerar infração de trânsito.

Os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as demais normas de circulação.

Os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de
prioridade no trânsito, gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de policiamento ostensivo ou de
preservação da ordem pública, observadas as seguintes disposições:
- Quando a sirene e o giroflex estiverem ligados, indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a passagem
pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, se necessário.
- Os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz intermitente, deverão aguardar no passeio e somente atravessar a via quando o
veículo já tiver passado pelo local.
- O uso de sirene e de iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência.
- A prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segurança.
- As prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplicadas somente quando os veículos estiverem com a sirene e o giroflex ligado.
- A prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somente quando os veículos estiverem com o giroflex ligado.

O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes determinações:


• A luz baixa deverá ficar acesa:
- À noite.
- Durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração.
• Nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo.
• A troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto período de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só poderá ser
utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança para os veículos
que circulam no sentido contrário.
• O condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou desembarque de passageiros
e carga ou descarga de mercadorias.
• Os veículos de transporte coletivo de passageiros, quando circularem em faixas ou pistas a eles destinadas, e as motocicletas, motonetas e
ciclomotores deverão utilizar a luz baixa durante o dia e à noite.
• Os veículos que não dispuserem de luzes de rodagem diurna deverão manter acesos os faróis nas rodovias de pista simples situadas fora dos
perímetros urbanos, mesmo durante o dia.

Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão circular nas vias:


- Utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos protetores.
- Segurando o guidom com as duas mãos.
- Usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.
Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomotores só poderão ser transportados:
- Utilizando capacete de segurança.
- Em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suplementar atrás do condutor.
- Usando vestuário de proteção, de acordo com as especificações do CONTRAN.

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Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:


Nas vias urbanas:
- 80 km/h, nas vias de trânsito rápido.
- 60 km/h, nas vias arteriais.
- 40 km/h, nas vias coletoras.
- 30 km/h, nas vias locais.
Nas vias rurais:
• Rodovia de pista dupla:
- 110 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas.
- 90 km/h para os demais.
• Rodovia de pista simples:
- 100 km/h para automóveis, camionetas e motocicletas.
- 90 km/h para os demais.
• Estradas:
- 60 km/h para todos os veículos.

O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinalização, velocidades
superiores ou inferiores às previstas no CTB.
A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima, respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via.

Provas ou competições desportivas, inclusive seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas mediante prévia
permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e dependerão de:
- Autorização expressa da respectiva confederação desportiva ou de entidades estaduais a ela filiadas.
- Caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via.
- Contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de terceiros.
- Prévio recolhimento do valor correspondente aos custos operacionais em que o órgão ou entidade permissionária incorrerá

DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS:


• Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, exceto nos locais com
sinalização semafórica, onde deverão ser respeitadas as disposições do CTB.
• Nos locais em que houver sinalização semafórica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres que não tenham concluído a
travessia, mesmo em caso de mudança do semáforo liberando a passagem dos veículos.

• As bicicletas devem rodar no mesmo sentido da via.


- A autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via poderá autorizar a circulação no sentido contrário ao fluxo dos veículos, desde que o
trecho tenha ciclofaixa.
- O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se ao pedestre em direitos e deveres (alguém empurrando motocicleta, motoneta ou
ciclomotor não).

DO CIDADÃO:
• Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de solicitar, por escrito, aos órgãos ou entidades do SNT, sinalização, fiscalização e implantação de
equipamentos de segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação e outros assuntos pertinentes ao CTB.
• Os órgãos ou entidades pertencentes ao SNT têm o dever de analisar as solicitações e responder, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a
possibilidade ou não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise efetuada, e, se pertinente, informando ao solicitante quando tal
evento ocorrerá.

4 – Educação; sinalização; engenharia.


EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO:
• A educação para o trânsito é direito de todos e constitui dever prioritário para os componentes do SNT.
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO:
Classificação dos sinais:
- Verticais.
- Horizontais.

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- Dispositivos de sinalização auxiliar.


- Luminosos.
- Sonoros.
- Gestos dos agentes de trânsito.
Ordem de prevalência:
- Ordens do agente de trânsito sobre as normas de circulação e outros sinais.
- Indicações do semáforo sobre os demais sinais.
- Indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito.
• Não serão aplicadas as sanções previstas no CTB por inobservância à sinalização quando esta for insuficiente ou incorreta.

ENGENHARIA DE TRÁFEGO, OPERAÇÃO, FISCALIZAÇÃO E POLICIAMENTO OSTENSIVO:


• Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança de veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso não possa ser retirado, deve ser
devida e imediatamente sinalizado.
• Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou interromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em risco sua segurança, será
iniciada sem permissão prévia do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre a via.
- A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução ou manutenção da obra ou do evento.

5 – Veículos
Veículo automotor  Todo veículo a motor de propulsão que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente para o transporte viário
de pessoas e coisas, ou para a tração viária de veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas.
- Também compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não circulam sobre trilhos.

• Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem prévia autorização da autoridade competente, fazer ou ordenar que sejam feitas no veículo
modificações de suas características de fábrica.
• Veículos classificados na espécie misto, tipo utilitário, carroçaria jipe poderão ter alterado o diâmetro externo do conjunto formado por roda e
pneu, observadas restrições impostas pelo fabricante e exigências fixadas pelo Contran.

• O excesso de peso será aferido por equipamento de pesagem ou pela verificação de documento fiscal, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
• Será tolerado um percentual sobre os limites de PBT e peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície das vias, quando aferido por
equipamento, na forma estabelecida pelo CONTRAN.

• Os veículos de transporte coletivo de passageiros poderão ser dotados de pneus extralargos.


- O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos para os demais veículos.

Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados no transporte de carga que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos
pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida
para cada viagem ou por período, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias, conforme regulamentação do Contran.
- A autorização será concedida mediante requerimento que especificará as características do veículo ou combinação de veículos e de carga, o
percurso, a data e o horário do deslocamento inicial.
- Ela não exime o beneficiário da responsabilidade por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos causar à via ou a terceiros.

Será aplicada a medida adm de retenção aos veículos reprovados na inspeção de segurança e na de emissão de gases poluentes e ruído.
- CONTRAN  Estabelece as regras para os itens de segurança.
- CONAMA  Estabelece as regras para a inspeção de gases e poluente.

Equipamentos obrigatórios trazidos pelo CTB  Contran pode listar outros:


- Cinto de segurança, com exceção dos veículos destinados ao transporte de passageiros em percursos em que seja permitido viajar em pé.
- Para os veículos de transporte e de condução escolar, de transporte de passageiros com mais de 10 lugares e os de carga com PBT superior a
4.536 kg, equipamento registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo.
- Encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automotores.
- Dispositivo destinado ao controle de emissão de gases poluentes e de ruído.
- Equipamento suplementar de retenção  Air bag frontal para o condutor e o passageiro do banco dianteiro.
- Luzes de rodagem diurna.

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• O Contran disciplinará o uso dos equipamentos obrigatórios dos veículos e determinará suas especificações técnicas.
• Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e medidas adm do CTB.

Fabricação artesanal, modificação de veículo ou substituição de equipamento de segurança especificado pelo fabricante:
• Será exigido, para licenciamento e registro, certificado de segurança expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou entidade de
metrologia legal, conforme norma elaborada pelo Contran.
- Quando se tratar de blindagem, não será exigido qualquer outro documento ou autorização para o registro ou o licenciamento.

Veículo de aluguel para transporte individual ou coletivo de passageiros  Deverão satisfazer, além das exigências previstas no CTB, às
condições técnicas e aos requisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder competente para autorizar, permitir ou conceder a
exploração dessa atividade.

Onde não houver linha regular de ônibus A autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título precário, o transporte de
passageiros em veículo de carga ou misto, desde que obedecidas as condições de segurança.
- Circulação deve ocorrer no mesmo município ou em municípios limítrofes.
- A autorização não poderá exceder a 12 meses, prazo a partir do qual a autoridade pública responsável deverá implantar o serviço regular de
transporte coletivo de passageiros.

Veículo para competição  Veículo que alterar suas características para competição ou finalidade análoga só poderá circular nas vias públicas
com licença especial da autoridade de trânsito, em itinerário e horário fixados.

É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo:


- Uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos veículos em movimento, salvo nos que possuam retrovisores em ambos os lados.
- Aposição de inscrições, películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas, quando comprometer a segurança do veículo.
• É proibido o uso de inscrição de caráter publicitário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos condutores em toda a extensão do para-
brisa e da traseira dos veículos, salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito.

Identificação do veículo  Veículo de uso bélico não precisa obedecer a essas regras.
- Será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos em outras partes.
- Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se faça, modificações da
identificação de seu veículo.
- Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos de construção ou de
pavimentação são sujeitos ao registro na repartição competente, se transitarem em via pública, dispensados o licenciamento e o emplacamento.
• Os veículos de transporte de carga e os coletivos de passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a inscrição indicativa de sua tara,
do PBT, do PBTC ou CMT e de sua lotação, vedado o uso em desacordo com sua classificação.

Placas:
- O veículo deve ter placa dianteira e traseira.
- As placas são individuais para cada veículo, acompanhando-o até a baixa do registro, sendo vedado seu reaproveitamento.
- Excepcionalmente, mediante autorização específica e fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida comunicação aos órgãos de
trânsito competentes, os veículos utilizados por membros do Poder Judiciário e do MP que exerçam competência ou atribuição criminal
poderão temporariamente ter placas especiais, de forma a impedir a identificação de seus usuários específicos.
- Os veículos da União, dos Estados e do DF, devidamente registrados e licenciados, somente quando estritamente usados em serviço reservado
de caráter policial, poderão usar placas particulares, obedecendo a legislação que regulamenta o uso de veículo oficial.
- As placas com as cores verde e amarela serão usadas somente pelos veículos de representação pessoal do PR e do Vice da República, dos PR
do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do PR e dos Ministros do STF, dos Ministros de Estado, do AGU e do PGR.

Veículo em circulação internacional:


• Veículos licenciados no exterior não poderão sair do Brasil sem o prévio pagamento ou o depósito , judicial ou adm, dos valores
correspondentes às infrações de trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos que tiverem causado ao patrimônio público ou de particulares,
independentemente da fase do processo adm ou judicial envolvendo a questão.
• Os veículos que saírem do Brasil sem o pagamento e que posteriormente forem flagrados tentando ingressar ou já em circulação aqui serão
retidos até a regularização da situação.

Registro dos veículos:

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• Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semirreboque, deve ser registrado perante o órgão executivo de trânsito, salvo o de uso
bélico.
• Registrado o veículo, será expedido o CRV, em meio físico e/ou digital, à escolha do proprietário, de acordo com os modelos e com as
especificações estabelecidos pelo Contran, com as características e as condições de invulnerabilidade à falsificação e à adulteração.
• Não será expedido novo CRV enquanto houver débitos fiscais e de multas de trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo, independentemente
da responsabilidade pelas infrações cometidas.

Será obrigatória a expedição de novo CRV quando:


- For transferida a propriedade  30 dias para adotar as providências necessárias.
- O proprietário mudar o Município de domicílio ou residência.  As providências deverão ser tomadas de imediato.
- For alterada qualquer característica do veículo.  As providências deverão ser tomadas de imediato.
- Houver mudança de categoria.  As providências deverão ser tomadas de imediato.

Licenciamento:
• Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque ou semirreboque, para transitar na via, deverá ser licenciado anualmente pelo órgão
executivo de trânsito, salvo o de uso bélico.
- No caso de transferência de residência ou domicílio, é válido, durante o exercício, o licenciamento de origem.
• O CLA será expedido ao veículo licenciado, vinculado ao CRV, em meio físico e/ou digital, à escolha do proprietário, de acordo com o modelo
e com as especificações estabelecidos pelo Contran.
- O veículo somente será considerado licenciado estando quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito e ambientais,
vinculados ao veículo, independentemente da responsabilidade pelas infrações cometidas.
• Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o
Município de destino.
- O mesmo acontece com os veículos importados, durante o trajeto entre a alfândega ou entreposto alfandegário e o Município de destino.
• O porte do CLA é obrigatório.
- O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao devido sistema informatizado para verificar se o
veículo está licenciado.

6 – Motoristas profissionais; escolares; moto-frete;


DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFISSIONAIS:

É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de 5 horas e meia ininterruptas o veículo de transporte de carga ou de passageiros:
- Na condução de veículo de transporte de carga, deverá descansar 30 minutos a cada 6 horas, podendo fracionar esse tempo, desde que não
ultrapassadas 5 horas e meia contínuas de condução.
- Na condução de veículo rodoviário de passageiros, deverá descansar 30 minutos a cada 4 horas, podendo fracionar esse tempo.
• Em situações excepcionais, o tempo de direção poderá ser elevado pelo período necessário para que o condutor, o veículo e a carga cheguem
a um lugar que ofereça a segurança e o atendimento demandados, desde que não haja comprometimento da segurança rodoviária.
• Tempo de direção ou de condução é apenas o período em que o condutor está efetivamente ao volante, em curso entre a origem e o destino.
• Início da viagem é a partida do veículo na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como sua continuação as partidas nos dias
subsequentes até o destino.
• O tempo de direção será controlado mediante registrador instantâneo inalterável de velocidade e tempo, ou por meio de anotação em diário de
bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho externo, ou por meios eletrônicos instalados no veículo, conforme norma do Contran.
• O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcionar de forma independente de qualquer interferência do condutor, quanto aos dados
registrados.
• A guarda, a preservação e a exatidão das infos contidas no tacógrafo são de responsabilidade do condutor.

DA CONDUÇÃO DOS ESCOLARES:


Veículos especialmente destinados à condução coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com autorização emitida pelo órgão
ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do DF, exigindo-se, para tanto, dentre outros:
- Pintura de faixa horizontal na cor amarela com o dístico ESCOLAR, em preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor
amarela, essas cores devem ser invertidas.
- Tacógrafo.
- Cintos de segurança em número igual à lotação.
O condutor de veículo destinado à condução de escolares deve:

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- Ter idade superior a 21 anos.


- Ser habilitado na categoria D.
- Não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últimos 12 meses.
- Ser aprovado em curso especializado, nos termos da regulamentação do CONTRAN.
• Outras exigências poderão ser previstas no âmbito municipal.

DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE:

Motocicletas e motonetas destinadas ao transporte remunerado de mercadorias somente poderão circular nas vias com autorização emitida
pelo órgão ou entidade executivos de trânsito dos Estados e do DF, exigindo-se, para tanto:
- Registro como veículo da categoria de aluguel.
- Instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do condutor em caso de
tombamento.
- Instalação de aparador de linha antena corta-pipas.
- Inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigatórios e de segurança.
• É proibido o transporte de combustíveis, produtos inflamáveis ou tóxicos e de galões, com exceção do gás de cozinha e de galões contendo
água mineral, desde que com o auxílio de side-car.
• Outras exigências estaduais ou municipais poderão ser previstas.

7 – Habilitação
O candidato à habilitação deverá submeter-se a exames, na seguinte ordem:
- Aptidão física e mental;
- Escrito, sobre legislação de trânsito;
- Noções de primeiros socorros;
- Direção veicular, na via pública, em veículo da categoria para a qual estiver habilitando-se.

Requisitos para se obter a habilitação:


- Ser penalmente imputável;
- Saber ler e escrever;
- Possuir carteira de identidade ou equivalente.

Categorias: Veículos automotores e elétricos (resolução);


A  Veículo motorizado de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral.
B  Veículo motorizado, não abrangido pela A, cujo PBT não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não exceda a 8 lugares, excluído o do motorista.
- Os condutores da B são autorizados a conduzir veículo automotor da espécie motor-casa, cujo peso não exceda a 6.000 kg, ou cuja lotação não
exceda a 8 lugares, excluído o do motorista.
C  Veículo motorizado utilizado em transporte de carga, cujo PBT exceda a 3.500 kg.
D  Veículo motorizado utilizado no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, excluído o do motorista.
E  Combinação de veículos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada, reboque, semirreboque,
trailer ou articulada tenha 6.000 kg ou mais de PBT, ou cuja lotação exceda a 8 lugares.
- Aplica-se ao condutor da combinação de veículos com mais de uma unidade tracionada, independentemente da capacidade de tração ou do
PBT.

• É obrigatório o porte da PPD ou da CNH quando o condutor estiver à direção do veículo.


- O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para verificar se o condutor
está habilitado.

• O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou o equipamento automotor destinado à movimentação de cargas ou execução de trabalho
agrícola, de terraplenagem, de construção ou de pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por condutor das categorias C, D ou E.
- O trator de roda e os equipamentos automotores destinados a executar trabalhos agrícolas poderão ser conduzidos em via pública também por
condutor da categoria B.

Exame toxicológico:

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• Os condutores das categorias C, D e E deverão submeter-se a exames toxicológicos para a habilitação e renovação da CNH.
- O exame buscará aferir o consumo de substâncias psicoativas que, comprovadamente, comprometam a capacidade de direção e deverá ter
janela de detecção mínima de 90 dias, nos termos das normas do Contran.
- A reprovação no exame terá como consequência a SDD pelo período de 3 meses, condicionado o levantamento da suspensão ao resultado
negativo em novo exame, e vedada a aplicação de outras penalidades, ainda que acessórias.

O condutor condenado por delito de trânsito deverá ser submetido a novos exames para que possa voltar a dirigir, de acordo com as
normas estabelecidas pelo CONTRAN, independentemente do reconhecimento da prescrição, em face da pena concretizada na sentença.
- Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido poderá ser submetido aos exames mencionados acima, a juízo da autoridade executiva
estadual de trânsito, assegurada ampla defesa ao condutor  A autoridade executiva de trânsito poderá apreender a habilitação do condutor até a
sua aprovação nos exames.

8 – Infrações
162 – Dirigir veículo  GG e multa.
Sem estar habilitado
Adm  Retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado.
Com CNH, PPD ou autorização cassada ou com SDD
Adm  Recolhimento da habilitação e retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado.
De categoria diferente da qual está habilitado
Adm  Retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado.
Com CNH vencida há mais de 30 dias
Adm  Recolhimento da CNH e retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado.
Sem usar lentes, aparelho de audição, prótese física ou as adaptações necessárias
Adm  Retenção do veículo até o saneamento da irregularidade ou apresentação de condutor habilitado.

163 e 164 – Entregar ou permitir que as pessoas acima tome posse do veículo  GG e multa.
Adm  Retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado.

165 – Dirigir sob influência de álcool ou qualquer outra substância psicoativa que cause dependência  GG, multa e SDD por 12 meses.
Adm  Recolhimento da habilitação e retenção do veículo  Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será
removido a depósito.
- Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no período de até 12 meses.

165-A – Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa  GG, multa e SDD por 12 meses.
Adm  Recolhimento da habilitação e retenção do veículo  Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será
removido a depósito.
- Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no período de até 12 meses.

165-B – Conduzir veículo para o qual seja exigida habilitação nas categorias C, D ou E sem realizar o exame toxicológico, após 30 dias do
vencimento do prazo estabelecido  GG, multa e SSD por 3 meses.
- A retirada da suspensão depende de um teste com resultado negativo incluído no Renach.
• Incorre na mesma penalidade o condutor que exerce atividade remunerada ao veículo e não comprova a realização de exame toxicológico por
ocasião da renovação da CNH nas categorias C, D ou E

166 – Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em condições
de dirigi-lo com segurança  GG e multa.

167 - Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança  G e multa.


Adm  Retenção do veículo até colocar o cinto.

168 – Transportar crianças em veículo automotor sem observância das normas de segurança especiais estabelecidas no CTB  GG e multa.
Adm  Retenção do veículo até que a irregularidade seja sanada.

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170 – Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via pública, ou os demais veículos  GG, multa e SDD.
Adm  Retenção do veículo e recolhimento do documento de habilitação.

172 – Atirar veículo ou abandonar na via objetos ou substâncias  M e multa.

179 – Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em que o
veículo esteja devidamente sinalizado:
Em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido  GG e multa.
Adm  Remoção do veículo.
Nas demais vias  L e multa

180 – Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível  M e Multa
Adm  Remoção do veículo.

194 – Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária a pequenas manobras e de forma a não causar risco à segurança  G e multa.

199 – Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que vai entrar à esquerda
 M e multa.

219 – Transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o
trânsito, a menos que as condições de tráfego e meteorológicas não o permitam (exceção 1), salvo se estiver na faixa da direita (exceção 2) 
M e multa.

227 – Usar buzina  L e multa.


• Em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos.
• Prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto.
• Entre as 22:00 e as 6:00.
• Em locais e horários proibidos pela sinalização.
• Em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo CONTRAN.

252 – Dirigir o veículo  M e multa.


• Com o braço do lado de fora.
• Transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda ou entre os braços e pernas
• Com incapacidade física ou mental temporária que comprometa a segurança do trânsito.
• Usando calçado que não se firma aos pés ou que comprometa a utilização dos pedais.
• Com apenas uma mão, exceto quando deva fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar equipamentos
e acessórios do veículo.
- No caso de estar com o celular na mão  GG
• Utilizando fones de ouvidos conectados a aparelhagem sonora ou ao celular
- Deve ser nas duas orelhas.
• Realizando a cobrança da tarifa com o veículo em movimento.

254 – É proibido ao pedestre  L e multa em 50% do valor da infração leve.


- Permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for permitido;
- Cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, salvo onde exista permissão;
- Atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim;
- Utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo
em casos especiais e com a devida licença da autoridade competente;
- Andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou subterrânea;
- Desobedecer à sinalização de trânsito específica;

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9 – Penalidades
A autoridade de trânsito poderá aplicar as seguintes penalidades:
- Advertência por escrito.
- Multa.
- SDD.
- Apreensão (não existe mais, desde 2016).
- Cassação da CNH
- Cassação da PPD.
- Frequência obrigatória em curso de reciclagem.

• A aplicação das penalidades não elide as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes de trânsito.
• Elas serão impostas ao condutor, ao proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os casos de descumprimento de obrigações
e deveres impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente mencionados no CTB.
• Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas concomitantemente as penalidades toda vez que houver responsabilidade solidária
em infração dos preceitos que lhes couber observar, respondendo cada um de per si pela falta em comum que lhes for atribuída.
• Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela infração referente à prévia regularização e preenchimento das formalidades e condições
exigidas para o trânsito do veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características, componentes, agregados, habilitação
legal e compatível de seus condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva observar.
• Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações decorrentes de atos praticados na direção do veículo.

• Quando não for imediata a identificação do infrator, o principal condutor ou o proprietário do veículo terá o prazo de 30 dias, contado da
notificação da autuação, para apresentá-lo, na forma em que dispuser o Contran, e, transcorrido o prazo, se não o fizer, será considerado
responsável pela infração o principal condutor ou, em sua ausência, o proprietário do veículo.
- Após o prazo previsto, não havendo identificação do infrator e sendo o veículo de propriedade de PJ, será lavrada nova multa ao proprietário do
veículo, mantida a originada pela infração, cujo valor é o da multa multiplicada pelo nº de infrações iguais cometidas no período de 12 meses.

• Quando a infração for cometida com veículo licenciado no exterior, em trânsito no território nacional, a multa respectiva deverá ser paga antes
de sua saída do País, respeitado o princípio de reciprocidade.
• Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as respectivas penalidades.
• Deverá ser imposta a penalidade de advertência por escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida com multa, caso o
infrator não tenha cometido nenhuma outra infração nos últimos 12 meses.

• O embarcador é responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no PBT, quando simultaneamente
for o único remetente da carga e o peso declarado na NF, fatura ou manifesto for inferior àquele aferido.
• O transportador é o responsável pela infração relativa ao transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando a carga proveniente de
mais de um embarcador ultrapassar o PBT.
• O transportador e o embarcador são solidariamente responsáveis pela infração relativa ao excesso de PBT, se o peso declarado na NF, fatura ou
manifesto for superior ao limite legal

Pontuação:
Gravíssima  7 pontos.
Grave  5 pontos.
Média  4 pontos.
Leve  3 pontos.

Suspensão do direito de dirigir:


• Sempre que o infrator atingir, no período de 12 meses:
- 20 pontos, caso constem 2 ou mais infrações gravíssimas na pontuação.
- 30 pontos, caso conste 1 infração gravíssima na pontuação
- 40 pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na pontuação.
• Por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de SDD.

• Quando ocorrer a SSD, a CNH será devolvida a seu titular imediatamente após cumprida a penalidade e o curso de reciclagem.
• A imposição da penalidade de SSD elimina a quantidade de pontos computados, para fins de contagem subsequente.

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• No caso do condutor que exerce atividade remunerada ao veículo, a penalidade de SDD será imposta quando o infrator atingir o limite de 40
pontos, independentemente da natureza das infrações, facultado a ele participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no período de
12 meses, atingir 30 pontos.
- Concluído o curso de reciclagem, o condutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido atribuídos.
- Ele não poderá fazer novo curso no período de 12 meses.
• A PJ concessionária ou permissionária de serviço público tem o direito de ser informada dos pontos atribuídos aos motoristas que integrem seu
quadro funcional, exercendo atividade remunerada ao volante.
• O processo de SDD deverá ser instaurado concomitantemente ao processo de aplicação da penalidade de multa, e ambos serão de
competência do órgão ou entidade responsável pela aplicação da multa.

Cassação da habilitação:
Quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo.
No caso de reincidência, no prazo de 12 meses, das infrações seguintes infrações:
- Dirigir veículo com CNH ou PPD de categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo.
- Entregar (ou permitir) a direção do veículo a pessoa não habilitada, sem lentes de contato (quando necessário), a pessoa com o direito de dirigir
suspenso ou CNH cassada, habilitada para veículo de categoria diferente ou CNH vencida há mais de 30 dias.
- Dirigir sob influência de álcool ou outra substância psicoativa que determine dependência.
- Disputar corrida, promover competição, demonstra manobra perigosa, derrapagem, etc.
Quando condenado judicialmente por delito de trânsito.

• Decorridos 2 anos da cassação da CNH, o infrator poderá requerer sua reabilitação, submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação.

• As penalidades de SSD e de cassação da habilitação serão aplicadas por decisão fundamentada da autoridade de trânsito competente, em
processo adm, assegurado ao infrator amplo direito de defesa.

O infrator será submetido a curso de reciclagem, na forma estabelecida pelo CONTRAN:


- Quando suspenso o direito de dirigir.
- Quando se envolver em acidente grave para o qual tenha contribuído, independente de processo judicial.
- Quando condenado judicialmente por delito de trânsito.
- A qualquer tempo, se for constatado que o condutor está colocando em risco a segurança do trânsito.

10 – Medidas administrativas
A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das competências estabelecidas no CTB e dentro de sua circunscrição, deverá adotar as
seguintes medidas administrativas  Se começa com R ou T é medida adm.
- Retenção do veículo.
- Remoção do veículo.
- Recolhimento da CNH.
- Recolhimento da PPD.
- Recolhimento do CRV.
- Recolhimento do CLA.
- Transbordo do excesso de carga.
- Realização de teste de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.
- Recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus proprietários,
após o pagamento de multas e encargos devidos.
- Realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros socorros e de direção veicular.

• Nem sempre as medidas adm serão executadas de imediato à autuação, pois algumas delas dependem da aplicação da penalidade.

Retenção do veículo:
• Quando a irregularidade puder ser sanada no local da infração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação.
• Quando não for possível sanar a falha no local da infração, o veículo, desde que ofereça condições de segurança para circulação, deverá ser
liberado e entregue a condutor regularmente habilitado, mediante recolhimento do CLA, contra apresentação de recibo, assinalando-se ao

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condutor prazo razoável, não superior a 30 dias, para regularizar a situação, e será considerado notificado para essa finalidade na mesma
ocasião.
• Não se apresentando condutor habilitado no local da infração, o veículo será removido a depósito.
• A critério do agente, não se dará a retenção imediata, quando se tratar de veículo de transporte coletivo transportando passageiros ou veículo
transportando produto perigoso ou perecível, desde que ofereça condições de segurança para circulação em via pública.

Remoção do veículo:
• A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outros
encargos previstos na legislação específica.
• A liberação do veículo removido é condicionada ao reparo de qualquer componente ou equipamento obrigatório que não esteja em perfeito
estado de funcionamento.
• Se o reparo referido demandar providência que não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável pela remoção liberará o veículo
para reparo, na forma transportada, mediante autorização, assinalando prazo para reapresentação.
• Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente no momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, no prazo de 10 dias contado
da data da remoção, deverá expedir ao proprietário a notificação por remessa postal ou por outro meio tecnológico hábil que assegure a sua
ciência, e, caso reste frustrada, a notificação poderá ser feita por edital.
- Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação será por edital.
• Não caberá remoção nos casos em que a irregularidade for sanada no local da infração.

• Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo poderão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por particular contratado por
licitação pública, sendo o proprietário do veículo responsável pelo pagamento dos custos desses serviços.

Recolhimento da CNH e da PPD  Além dos casos previstos no CTB, quando houver suspeita de sua inautenticidade ou adulteração.
- Será feita mediante recibo.

Transbordo de carga:
- O transbordo da carga com peso excedente é condição para que o veículo possa prosseguir viagem e será efetuado às expensas do proprietário
do veículo, sem prejuízo da multa aplicável.

Alcoolemia:
• Qualquer concentração de álcool por litro de sangue ou por litro de ar alveolar (lembre-se da margem de erro) sujeita o condutor às
penalidades previstas no art. 165.
• O condutor envolvido em acidente ou que for alvo de fiscalização poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimento
que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa
que determine dependência.
- A infração prevista no Art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma
disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito admitidas.

Para realizar o teste não é necessário apresentar nenhum sinal.


Acidente sem vítima fatal  Testa se quiser;
Acidente com vítima fatal  Teste obrigatório.

Evasão de pesagem:
- Ao condutor que se evadir da fiscalização, não submetendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de pesagem, fixos ou móveis, será
aplicada a penalidade prevista no art. 209 (infração grave + multa), além da obrigação de retornar ao ponto de evasão para fim de pesagem
obrigatória.

Utilização do veículo para a prática de receptação, descaminho e contrabando:


- Após condenado por sentença transitada em julgado  Cassado a habilitação ou proibição de obtê-la por 5 anos.
- No caso do condutor preso em flagrante, o juiz, em qualquer fase da investigação ou da ação penal, se houver necessidade para a garantia da
ordem pública, pode decretar, em decisão motivada, a suspensão da PPD ou da CNH, ou a proibição de sua obtenção.

Acidente com vítima em veículo com tacógrafo:


- Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo equipado com registrador instantâneo de velocidade e tempo, somente o perito oficial
encarregado do levantamento pericial poderá retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.

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11 – Processo adm
Deve constar no auto de infração:
- Tipificação da infração.
- Local, data e hora do cometimento da infração.
- Caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua identificação.
- O prontuário do condutor, sempre que possível.
- Identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agente autuador ou equipamento que comprovar a infração.
- Assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta como notificação do cometimento da infração.
• A infração deverá ser comprovada por declaração da autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho eletrônico ou por
equipamento audiovisual, reações químicas ou qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previamente regulamentado pelo CONTRAN.

A autoridade de trânsito, dentro de sua circunscrição, julgará a consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível.
O auto de infração será arquivado e seu registro julgado insubsistente:
- Se considerado inconsistente ou irregular.
- Se, no prazo máximo de 30 dias, não for expedida a notificação da autuação.

11 – Lei 5.970/1973
Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro tomar conhecimento do fato poderá autorizar,
independentemente de exame do local, a imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele envolvidos, se
estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego.
- Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim da ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas que o
presenciaram e todas as demais circunstâncias necessárias ao esclarecimento da verdade.

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Resoluções

04/1998  Trânsito de veículos novos, nacionais ou importados, antes do registro e do


licenciamento e de veículos usados incompletos, nacionais ou importados, antes da
transferência.
Antes do registro e licenciamento, o veículo novo ou usado incompleto, nacional ou importado, que portar a NF de compra e venda ou
documento alfandegário poderá transitar:
- Do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária e do Posto Alfandegário, ao órgão de trânsito do município de destino, nos 15
dias consecutivos à data do carimbo de saída do veículo, constante NF ou documento alfandegário correspondente.
- Do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária, ao local onde vai ser embarcado como carga, por qualquer meio de
transporte.
- Do local de descarga às concessionárias ou indústrias encarroçadora.
- De um a outro estabelecimento da mesma montadora, encaroçada ou concessionária ou PJ interligada.
• O desrespeito a esse regramento tem como medida adm a remoção do veículo.

14/1998  Equipamentos obrigatórios.


Para circular em vias públicas, os veículos deverão estar dotados dos equipamentos obrigatórios relacionados abaixo, a serem constatados
pela fiscalização e em condições de funcionamento:

Veículos Automotores e Ônibus Elétricos:


• Para-choques, dianteiro e traseiro;
• Protetores das rodas traseiras dos caminhões;
• Espelhos retrovisores, interno e externo;
• Limpador de para-brisa;
• Lavador de para-brisa;
• Pala interna de proteção contra o sol para o condutor;
• Faróis principais dianteiros de cor branca ou amarela;
• Luzes de posição dianteiras de cor branca ou amarela;
• Lanternas de posição traseiras de cor vermelha;
• Lanternas de freio de cor vermelha;
• Lanternas indicadoras de direção  dianteiras de cor âmbar e traseiras de cor âmbar ou vermelha;
• Lanterna de marcha à ré, de cor branca;
• Retrorrefletores traseiros, de cor vermelha;
• Lanterna de iluminação da placa traseira, de cor branca;
• Velocímetro,
• Buzina;
• Freios de estacionamento e de serviço, com comandos independentes;
• Pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
• Dispositivo de sinalização luminosa ou refletora de emergência, independente do sistema de iluminação do veículo;
• Extintor de incêndio.you

- Obrigatório para caminhão, caminhão-trator, micro-ônibus, ônibus, veículos destinados ao transporte de produtos inflamáveis, líquidos,
gasosos e para todo veículo utilizado no transporte coletivo de passageiros.
• Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo (TACÓGRAFO), nos veículos de:
- Transporte e condução de escolares;
- Transporte de passageiros com mais de 10 lugares  Não se exige registrador instantâneo de velocidade para os veículos de transporte de
passageiros ou de uso misto, registrados na categoria particular e que não realizem transporte remunerado de pessoas.
- De carga com capacidade máxima de tração superior a 19t;
- De carga com PBT superior a 4.536 kg;
• Cinto de segurança para todos os ocupantes do veículo;
- Não é obrigatório o uso do cinto de segurança para os veículos de transporte de passageiros, em percurso que seja permitido viajar em pé.
• Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor (SILENCIADOR), naqueles dotados de motor a combustão;

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• Roda sobressalente, compreendendo o aro e o pneu, com ou sem câmara de ar, conforme o caso;
• Macaco, compatível com o peso e carga do veículo;
• Chave de roda;
• Chave de fenda ou outra ferramenta apropriada para a remoção de calotas;
• Lanternas delimitadoras e lanternas laterais nos veículos de carga, quando suas dimensões assim o exigirem;
• Cinto de segurança para a árvore de transmissão em veículos de transporte coletivo e carga.

Os veículos automotores produzidos a partir de 1º de janeiro de 1999, deverão ser dotados dos seguintes equipamentos obrigatórios:
• Espelhos retrovisores externos, em ambos os lados;
• Registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo, para os veículos de carga, com PBT superior a 4536 kg;
• Encosto de cabeça, em todos os assentos dos automóveis, exceto nos assentos centrais;
• Cinto de segurança graduável e de 3 pontos em todos os assentos dos automóveis.
- Nos assentos centrais, o cinto poderá ser do tipo subabdominal.
- Os ônibus e micro-ônibus poderão utilizar cinto subabdominal para os passageiros.

Reboques e Semirreboques:
• Para-choque traseiro (dianteiro não precisa);
• Protetores das rodas traseiras;
• Lanternas de posição traseiras, de cor vermelha;
• Freios de estacionamento e de serviço, com comandos independentes, p/ veículos com capacidade superior a 750 kg e produzidos a partir
de1997;
• Lanternas de freio, de cor vermelha;
• Iluminação de placa traseira;
• Lanternas indicadoras de direção traseiras, de cor âmbar ou vermelha;
• Pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
• Lanternas delimitadoras e lanternas laterais, quando suas dimensões assim o exigirem

Ciclomotores:
• Espelhos retrovisores, de ambos os lados;
• Farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
• Lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
• Velocímetro;
• Buzina;
• Pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
• Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor.
- Não precisa de iluminação de placa traseira.

Motonetas, Motocicletas E Triciclos:


• Espelhos retrovisores, de ambos os lados;
• Farol dianteiro, de cor branca ou amarela;
• Lanterna, de cor vermelha, na parte traseira;
• Lanterna de freio, de cor vermelha
• Iluminação da placa traseira;
• Indicadores luminosos de mudança de direção, dianteiro e traseiro;
• Velocímetro;
• Buzina;
• Pneus que ofereçam condições mínimas de segurança;
• Dispositivo destinado ao controle de ruído do motor, dimensionado para manter a temperatura de sua superfície externa em nível térmico
adequado ao uso seguro do veículo pelos ocupantes sob condições normais de utilização e com uso de vestimentas e acessórios indicados no
manual do usuário fornecido pelo fabricante, devendo ser complementado por redutores de temperatura nos pontos críticos de calor, a critério do
fabricante.

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24/1998  Identificação dos veículos


Os veículos produzidos a partir de 1º de janeiro de 1999, para obterem registro e licenciamento, deverão estar identificados conforme esta
resolução.
• Não precisam obedecer a esta resolução  Tá de TPM.
- Tratores;
- Veículos protótipos utilizados exclusivamente para competições esportivas (Protótipos esportivos);
- Viaturas militares operacionais das Forças Armadas (Militares operacionais).

A gravação do número de identificação veicular (VIN) no chassi ou monobloco, deverá ser feita, no mínimo, em um ponto de localização,
de acordo com as especificações vigentes e formatos estabelecidos pela NBR 3 nº 6066 da ABNT, em profundidade mínima de 0,2 mm.
• Além da gravação no chassi ou monobloco, os veículos serão identificados, no mínimo, com os caracteres VIS (número sequencial de
produção) previsto na NBR 3 nº 6066, podendo ser, a critério do fabricante, por gravação, na profundidade mínima de 0,2 mm, quando em
chapas ou plaqueta colada, soldada ou rebitada, destrutível quando de sua remoção, ou ainda por etiqueta autocolante e também destrutível no
caso de tentativa de sua remoção, nos seguintes compartimentos e componentes:
- Coluna da porta dianteira lateral direita;
- Compartimento do motor;
- Em um dos para-brisas e em um dos vidros traseiros, quando existentes (de forma indelével);
- Em pelo menos dois vidros de cada lado do veículo, quando existentes, excetuados os quebra-ventos (de forma indelével).
• O 10º dígito do VIN será, obrigatoriamente, o da identificação do modelo do veículo.
• Será obrigatória a gravação do ano de fabricação do veículo no chassi ou monobloco ou em plaqueta destrutível quando de sua remoção.

Nos veículos reboques e semirreboques, as gravações serão feitas, no mínimo, em dois pontos do chassi.

Para fins de controle reservado e apoio das vistorias periciais procedidas pelos órgãos integrantes do SNT e por órgãos policiais, por
ocasião do pedido de código do RENAVAM, os fabricantes depositarão junto ao DENATRAN as identificações e localização das
gravações, segundo os modelos básicos.

As regravações e as eventuais substituições ou reposições de etiquetas e plaquetas, quando necessárias, dependerão de prévia autorização
da autoridade de trânsito competente, mediante comprovação da propriedade do veículo, e só serão processadas por empresas
credenciadas pelo órgão executivo de trânsito dos Estados ou do DF.
- A regravação do número de identificação veicular (VIN) no chassi ou monobloco deverá ser feita em profundidade mínima de 0,2 mm.
- Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do DF não poderão registrar, emplacar e licenciar veículos que estiverem em desacordo com o
estabelecido nesta Resolução

36/1998  Veículo em situação de emergência.


• O condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-alerta) providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou
equipamento similar à distância mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
- O equipamento de sinalização de emergência deverá ser instalado perpendicularmente ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade.

92/1999  Tacógrafo
Tacógrafo ou registrador instantâneo e inalterável de velocidade e tempo  Instrumento instalado em veículos automotores para o registro
contínuo, instantâneo, simultâneo e inalterável, em disco diagrama, de dados sobre a operação desses veículos e de seus condutores.
- Poderá ter períodos de registro de 24 h, em um único disco, ou de 7 ou 8 dias em um conjunto de 7 ou 8 discos de 24 h cada um. Neste caso, o
registrador troca automaticamente o disco após as 24 h de utilização de cada um.

O tacógrafo pode constituir-se num único aparelho mecânico, eletrônico ou compor um conjunto computadorizado que, além das funções
específicas, exerça outros controles.
Deverá apresentar e disponibilizar a qualquer momento, pelo menos, as seguintes infos das últimas 24 h de operação do veículo:
- Velocidades desenvolvidas;
- Distância percorrida pelo veículo;
- Tempo de movimentação do veículo e suas interrupções;
- Data e hora de início da operação;

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138

- Identificação do veículo;
- Identificação dos condutores;
- Identificação de abertura do compartimento que contém o disco ou de emissão da fita diagrama.

A fiscalização das condições de funcionamento do tacógrafo, nos veículos em que seu uso é obrigatório, será exercida pelos órgãos ou
entidades de trânsito com circunscrição sobre a via onde o veículo estiver transitando.
Na ação de fiscalização o agente deverá verificar e inspecionar:
- Se o tacógrafo encontra-se em perfeitas condições de uso;
- Se as ligações necessárias ao seu correto funcionamento estão devidamente conectadas e lacradas e seus componentes sem qualquer alteração;
- Se as infos acima estão disponíveis, e se a sua forma de registro continua ativa;
- Se o condutor dispõe de disco ou fita diagrama reserva para manter o funcionamento do tacógrafo até o final da operação do veículo;
- Se o tacógrafo está aprovado na verificação metrológica realizada pelo INMETRO ou entidade credenciada.
Nas operações de fiscalização do tacógrafo, o agente fiscalizador deverá identificar-se e assinar o verso do disco ou fita diagrama, bem
como mencionar o local, a data e horário em que ocorreu a fiscalização.
Ao final de cada período de 24 h, as infos acima ficarão à disposição da autoridade policial ou da autoridade adm com jurisdição sobre a
via, pelo prazo de 90 dias.
Em caso de acidente, as infos referentes às últimas 24 h de operação do veículo ficarão à disposição das autoridades competentes pelo prazo
de um ano.

110/2000  Calendário para renovação do Licenciamento


• Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do DF estabelecerão prazos para renovação do Licenciamento Anual dos Veículos registrados
sob sua circunscrição, de acordo com o algarismo final da placa de identificação.
- Quando o veículo se encontrar fora da UF em que estiver registrado, deverá se adotado os prazos estabelecidos nesta Resolução.

160/2004  Sinalização
Sinalização vertical:
Sinalização de regulamentação: informa as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias.
- Suas mensagens são imperativas e o desrespeito a elas constitui infração.

Sinalização de advertência: alerta os usuários da via para condições potencialmente perigosas, indicando sua natureza.
- Associada a forma quadrada e as cores amarela e preta.

Sinalização de indicação: identifica as vias e os locais de interesse, bem como orienta os condutores quanto aos percursos, os destinos, as
distâncias e os serviços auxiliares, podendo também ter como função a educação do usuário.
- Suas mensagens possuem caráter informativo ou educativo.
Placas de serviços auxiliares: indicam os locais onde há os serviços indicados, orientando sua direção ou identificando estes serviços.
- Quando num mesmo local encontra-se mais de um tipo de serviço, os respectivos símbolos podem ser agrupados numa única placa.

Sinalização horizontal:
Apresenta-se em 5 cores: amarela, vermelha, branca, azul e preta.

Classificada em 5 itens:
• Marcas longitudinais: separam e ordenam as correntes de tráfego;
• Marcas transversais: ordenam os deslocamentos frontais dos veículos e disciplinam os deslocamentos de pedestres;
• Marcas de canalização: orientam os fluxos de tráfego em uma via;
• Marcas de delimitação e controle de parada/estacionamento: delimitam e propiciam o controle das áreas onde é proibido ou regulamentado
o estacionamento ou a parada de veículos na via;
• Inscrições no pavimento: melhoram a percepção do condutor quanto as características de utilização da via.

Sinais de apito (devem ocorrer em conjunto com os gestos dos agentes):


Um silvo breve  Siga (libera o trânsito no sentido indicado pelo agente);

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Dois silvos breves  Pare (indica parada obrigatória);


Um silvo longo  Diminuir a marcha;

210/2006  Limites de pesos e dimensões


O disposto nesta Resolução não se aplica aos veículos especialmente projetados para o transporte de carga indivisível.
- Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados no transporte de carga que não se enquadre nos limites de peso e dimensões estabelecidos
pelo Contran, poderá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de trânsito, com prazo certo, válida
para cada viagem ou por período, atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias, conforme regulamentação do Contran.

Eixos em tandem: dois ou mais eixos que constituam um conjunto integral de suspensão, podendo ser motriz ou não.
- Eixo motriz é o que o motor irá transmitir força para que rode, ou seja, vai girar por força do motor.
- Eixo que não é motriz é aquele que não recebe a força do motor, apenas gira no embalo do sistema como um todo.

As dimensões autorizadas para veículos, com ou sem carga, são:


• Largura máxima: 2,60.
• Altura máxima: 4,40.
• Comprimento total máximo:
- Veículos não-articulados  14,00;
- Veículos não-articulados de transporte coletivo urbano de passageiros que possuam 3º eixo de apoio direcional  15;
- Veículos não articulados de característica rodoviária para o transporte coletivo de passageiros, na configuração de chassi 8X2  15;
- Veículos articulados de transporte coletivo de passageiros  18,60;
- Veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque  18,60;
- Veículos articulados com duas unidades do tipo caminhão ou ônibus e reboque  19,80;
- Veículos articulados com mais de duas unidades  19,80.

Não é permitido o registro e licenciamento de veículos, cujas dimensões excedam às fixadas neste artigo, salvo nova configuração
regulamentada pelo Contran.

Os limites máximos de PBT e peso bruto transmitido por eixo de veículo, nas superfícies das vias públicas, são:
PBT ou PBTC, respeitando os limites da capacidade máxima de tração (CMT) da unidade tratora determinada pelo fabricante:
- PBT para veículo não articulado  29 t;
- Veículos com reboque ou semirreboque, exceto caminhões  39,5 t;
- PBTC para combinações de veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque, e comprimento total inferior a 16
m  45 t;
- PBTC para combinações de veículos articulados com duas unidades, do tipo caminhão-trator e semirreboque com eixos em tandem triplo e
comprimento total superior a 16 m  48,5 t.

Os veículos de característica rodoviária para transporte coletivo de passageiros terão os seguintes limites máximos de PBT e peso bruto
transmitido por eixo nas superfícies das vias públicas:
• Peso bruto por eixo:
- Eixo simples dotado de 2 pneumáticos = 7t;
- Eixo simples dotado de 4 pneumáticos = 11t;
- Eixo duplo dotado de 6 pneumáticos = 14,5t;
- Eixo duplo dotado de 8 pneumáticos = 18t;
- Dois eixos direcionais, com distância entre eixos de no mínimo 1,20 m, dotados de 2 pneumáticos cada = 13t
• PBT  Somatório dos limites individuais dos eixos descritos acima.
• Não se aplicam essas disposições aos veículos de característica urbana para transporte coletivo de passageiros.

Não será permitido registro e o licenciamento de veículos com peso excedente aos limites fixado nesta Resolução.

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211/2006  Combinação de veículos de carga


As Combinações de Veículos de Carga (CVC), com mais de duas unidades, incluída a unidade tratora, com PBT acima de 57t ou com
comprimento total acima de 19,80m, só poderão circular portando Autorização Especial de Trânsito (AET).
- O Contran regulamentará os procedimentos adm para a obtenção e renovação da AET.

A AET pode ser concedida pelo Órgão Executivo Rodoviário da União, dos Estados, dos Municípios ou do DF, mediante atendimento aos
seguintes requisitos:
• Para a CVC:
- PBTC igual ou inferior a 74t;
- Comprimento superior a 19,80m e máximo de 30m;
- Comprimento mínimo de 25m e máximo de 30 m, quando o PBTC for superior a 57t.

O trânsito de CVC será do amanhecer ao pôr do sol e sua velocidade máxima de 80 km/h.
• Nas vias com pista dupla e duplo sentido de circulação, dotadas de separadores físicos e que possuam duas ou mais faixas de circulação no
mesmo sentido, será autorizado o trânsito diuturno (prolongado – atente-se que diuturno é diferente de diurno).
• Em casos especiais, devidamente justificados, poderá ser autorizado o trânsito noturno de CVC, nas vias de pista simples com duplo sentido de
circulação, observados os seguintes requisitos:
- Volume horário de tráfego no período noturno correspondente, no máximo, ao nível de serviço “C”, conforme conceito da Engenharia de
Tráfego;
- Traçado adequado de vias e suas condições de segurança, especialmente no que se refere à ultrapassagem dos demais veículos;
- Colocação de placas de sinalização em todo o trecho da via, advertindo os usuários sobre a presença de veículos longos.
• Para os veículos boiadeiros articulados (Romeu e Julieta) com até 25m o trânsito será em qualquer hora do dia.

Sinalização Especial para CVC com mais de 19,80m:


• A sinalização especial para CVC deve ser constituída por película autoadesiva aplicada diretamente na traseira do veículo ou sobre placa
metálica fixada na traseira do mesmo.
• A sinalização especial para CVC deve ser composta de quadro na cor branca retrorrefletiva medindo 1,50m X 0,50m contendo os dizeres
“VEÍCULO LONGO” e “COMPRIMENTO METROS” na cor preta não retrorrefletiva, superposto e centralizado a um quadro medindo 2,30m
X 0,80m com faixas inclinadas em 45º da direita para a esquerda de cima para baixo nas cores laranja retrorrefletiva e preta não retrorrefletiva
com largura de 0,15m.
• Para atender às necessidades especiais de fixação no veículo, a sinalização especial para CVC poderá ser bipartida em seu sentido transversal,
contudo, as partes não poderão ter uma separação maior que 5cm.

216/2006  Condições de segurança e visibilidade dos condutos em para-brisas

Na área crítica de visão do condutor e em uma faixa periférica de 2,5cm de largura das bordas externas do para-brisa não devem existir
trincas e fraturas de configuração circular, e não podem ser recuperadas.

Para-brisas dos ônibus, micro-ônibus e caminhões:  Área crítica é aquela a esquerda do veículo  Área de 40 cm x 50 cm demarcada a
partir da linha de projeção do centro do volante no para-brisa.
• São permitidos no máximo 3 danos (exceto nas regiões em vermelho), respeitados os seguintes limites:
- Trinca não superior a 20 cm de comprimento;
- Fratura de configuração circular não superior a 4 cm de diâmetro.

Para-brisas dos demais veículos automotores: Área crítica é a metade esquerda da região de varredura das palhetas do limpador de para-brisa.
• São permitidos no máximo 2 danos (exceto nas regiões em vermelho), respeitando os seguintes limites:
- Trinca não superior a 10 cm de comprimento;
- Fratura de configuração circular não superior a 4 cm de diâmetro.

227/2007 Sistemas de Iluminação


Os veículos inacabados (chassi de caminhão com cabina e sem carroçaria com destino ao concessionário,
encarroçador ou, ainda, a serem complementados por terceiros), não estão sujeitos à aplicação dos dispositivos
relacionados abaixo:

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 lanternas delimitadoras traseiras;


 lanternas laterais traseiras e intermediárias;
 retrorrefletores laterais traseiros e intermediários.

Os dispositivos mencionados no parágrafo anterior devem ser aplicados, conforme o caso, quando da complementação
do veículo.
Os veículos inacabados (chassi de caminhão com cabina incompleta ou sem cabina, chassi e plataforma para
ônibus ou micro-ônibus) com destino ao concessionário, encarroçador ou, ainda, a serem complementados por terceiros,
não estão sujeitos à aplicação dos dispositivos relacionados abaixo:
 lanternas delimitadoras dianteiras e traseiras;
 lanternas laterais e dianteiras, traseiras e intermediárias;
 retrorrefletores laterais e dianteiros, traseiros e intermediários;
 lanternas de iluminação da placa traseira; e
 lanterna de marcha-a-ré.

253/2007  Uso de medidores de transmitância luminosa


Medidor de transmitância luminosa: instrumento de medição destinado a medir, em valores percentuais, a transmitância luminosa de vidros,
películas, filmes e outros materiais simples ou compostos.
- Ele deve ser aprovado pelo INMETRO e homologado pelo DENATRAN.

O auto de infração, além do disposto no art. 280 do CTB e regulamentação específica, deverá conter, expressos em valores percentuais:
- A medição realizada pelo instrumento;
- O valor considerado para fins de aplicação de penalidade;
- O limite regulamentado para a área envidraçada fiscalizada.
• Para obtenção do valor considerado deverá ser acrescido à medição realizada o percentual relativo de 7%.

Quando o medidor for dotado de dispositivo impressor, o registro impresso deverá conter:
- Data e hora;
- Placa do veículo;
- Transmitância medida pelo instrumento;
- Área envidraçada fiscalizada;
- Identificação do instrumento;
- Identificação do agente.

254/2007  Vidros de segurança


Para circulação nas vias públicas do território nacional é obrigatório o uso de vidro de segurança laminado no para-brisa de todos os
veículos a serem admitidos e de vidro de segurança temperado, uniformemente protendido, ou laminado, nas demais partes envidraçadas.

A transmissão luminosa não poderá ser inferior a 75% para os vidros incolores dos para-brisas e 70% para os para-brisas coloridos e demais
vidros indispensáveis à dirigibilidade do veículo.
• Ficam excluídos dos limites fixados os vidros que não interferem nas áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo (não
poderá ser inferior a 28%).
- O mesmo vale para o vidro traseiro, desde que o veículo esteja dotado de espelho retrovisor externo direito.
Áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo:
- Para-brisa, excluindo a faixa periférica de serigrafia destinada a dar acabamento ao vidro e à área ocupada pela banda degrade, caso existente;
- Áreas envidraçadas situadas nas laterais dianteiras do veículo, respeitando o campo de visão do condutor.
• A marca do instalador e o índice de transmissão luminosa existentes nas áreas indispensáveis à dirigibilidade serão gravados indelevelmente na
película por meio de chancela, devendo ser visíveis pelos lados externos dos vidros.

• Fica proibida a aplicação de películas refletivas nas áreas envidraçadas do veículo.


• Fora das áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibilidade do veículo, a aplicação de inscrições, pictogramas ou painéis decorativos de
qualquer espécie será permitida, desde que o veículo possua espelhos retrovisores externos direito e esquerdo e que sejam atendidas a condição
mínima de transparência para o conjunto vidro-pictograma/inscrição de 28%.

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- É vedado o uso de painéis luminosos que reproduzam mensagens dinâmicas ou estáticas, excetuando-se as utilizadas em transporte coletivo de
passageiro com finalidade de informar o serviço ao usuário da linha.

290/2008  Inscrição de pesos


Tara: peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carroçaria e equipamento, do combustível (pelo menos 90% da capacidade do tanque), das
ferramentas e dos acessórios, da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arrefecimento, expresso em kg.
Lotação: carga útil máxima, expressa em kg, incluindo o condutor e os passageiros que o veículo pode transportar, para os veículos de carga e
tração ou nº de pessoas para os veículos de transporte coletivo de passageiros.
Peso bruto total: peso máximo (autorizado) que o veículo pode transmitir ao pavimento  Tara + Lotação.
Peso bruto total combinado: peso máximo que pode ser transmitido ao pavimento pela combinação de um veículo de tração ou de carga, mais
seu semi-reboque, reboque, respeitada a relação potência/peso, a CMT da unidade de tração e o limite máximo estabelecido pelo Contran,
Capacidade máxima de tração: máximo peso que a unidade de tração é capaz de tracionar, incluído o PBT da unidade de tração, limitado pelas
suas condições de geração e multiplicação do momento de força, resistência dos elementos que compõem a transmissão.

Veículo inacabado ou incompleto: todo o chassi e plataforma para ônibus ou micro-ônibus e os chassis de caminhões, caminhonete, utilitário
com cabine completa, incompleta ou sem cabine.
Veículo acabado: veículo automotor que sai de fábrica pronto para licenciamento, sem precisar de complementação.
Veículo novo: veículo de tração, de carga e transporte coletivo de passageiros, reboque e semi-reboque, antes do seu registro e licenciamento.

A responsabilidade pela inscrição e conteúdo dos pesos e capacidades será:


- Do fabricado ou importador, quando se tratar de veículo novo acabado ou inacabado;
- Do fabricante da carroçaria ou de outros implementos, em caráter complementar ao informado pelo fabricante ou importados do veículo;
- Do responsável pelas modificações, quando se tratar de veículo novo ou já licenciado que tiver sua estrutura e/ou nº de eixos alterados, ou
outras modificações previstas em resoluções.

• No caso de veículo inacabado, fica o fabricante ou importador obrigado a declarar na NF o peso do veículo que se encontra nesta condição.

349/2010  Transporte eventual de cargos ou bicicletas


A carga ou a bicicleta deverá estar acondicionada e afixada de modo que:
- Não coloque em perigo as pessoas nem cause danos a propriedades públicas ou privadas, e em especial, não se arraste pela via nem caia sobre
esta;
- Não atrapalhe a visibilidade a frente do condutor nem comprometa a estabilidade ou condução do veículo;
- Não provoque ruído nem poeira;
- Não oculte as luzes, incluídas as luzes de freio e os indicadores de direção e os dispositivos refletores; ressalvada, entretanto, a ocultação da
lanterna de freio elevada;
- Não exceda a largura máxima do veículo;
- Não ultrapasse as dimensões autorizadas para veículos estabelecidas pelo Contran;
- Todos os acessórios, tais como cabos, correntes, lonas, grades ou redes que sirvam para acondicionar, proteger e fixar a carga deverão estar
devidamente ancorados e atender aos requisitos desta Resolução;
- Não se sobressaiam ou se projetem além do veículo pela frente.

• Quando a carga ou a bicicleta encobrir, total ou parcial, a sinalização ou a placa traseira, será obrigatório o uso de régua de sinalização e,
respectivamente, de segunda placa traseira fixada àquela régua ou à estrutura do veículo.

Permite-se o transporte de cargas acondicionadas em bagageiros ou presas a suportes apropriados devidamente afixados na parte superior
externa da carroçaria:
- O fabricante do bagageiro ou do suporte deve informar as condições de fixação da carga na parte superior externa da carroçaria e sua fixação
deve respeitar as condições e restrições estabelecidas pelo fabricante do veículo.
- As cargas, já considerada a altura do bagageiro ou do suporte, deverá ter altura máxima de 50cm e suas dimensões, não devem ultrapassar o
comprimento da carroçaria e a largura da parte superior da carroçaria

Nos veículos de que trata esta Resolução, será admitido o transporte eventual de carga indivisível, respeitados os seguintes preceitos:

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- As cargas que sobressaiam ou se projetem além do veículo para trás, deverão estar bem visíveis e sinalizadas. No período noturno, esta
sinalização deverá ser feita por meio de uma luz vermelha e um dispositivo refletor de cor vermelha.
- O balanço traseiro não deve exceder 60% do valor da distância entre os dois eixos do veículo.
• Será admitida a circulação do veículo com compartimento de carga aberto apenas durante o transporte de carga indivisível que ultrapasse o
comprimento da caçamba ou do compartimento de carga

A bicicleta poderá ser transportada na parte posterior externa ou sobre o teto, desde que fixada em dispositivo apropriado, móvel ou fixo,
aplicado diretamente ao veículo ou acoplado ao gancho de reboque:
- Na hipótese de a bicicleta ser transportada sobre o teto não se aplica a altura máxima de 50cm;
- Bicicleta é carga indivisível;

360/2010  Condutor estrangeiro


O condutor de veículo automotor, oriundo de país estrangeiro e nele habilitado, desde que penalmente imputável no Brasil, poderá dirigir no
Território Nacional quando amparado por convenções ou acordos internacionais, ratificados e aprovados pela RFB e, igualmente, pela
adoção do Princípio da Reciprocidade, no prazo máximo de 180 dias, respeitada a validade da habilitação de origem.
- Esse prazo se iniciará a partir da data de entrada no âmbito territorial brasileiro.
- O condutor deverá portar a carteira de habilitação estrangeira, dentro do prazo de validade, acompanhada do seu documento de identificação.
• Essas regras não têm caráter de obrigatoriedade aos diplomatas ou cônsules de carreira e àqueles a eles equiparados.

O condutor com Habilitação Internacional para Dirigir, expedida no Brasil, que cometer infração de trânsito cuja penalidade implique na
suspensão ou cassação do direito de dirigir, terá o recolhimento e apreensão desta, juntamente com o documento de habilitação nacional, ou
pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do DF.

A carteira Internacional expedida pelo órgão ou entidade executiva de trânsito do Estado do DF não poderá substituir a CNH.

432/2013  Alcoolemia
A fiscalização do consumo de bebidas alcoólicas e de outras substâncias psicoativas que determinem dependência deve ser procedimento
operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.
- Assim, o policial poderá realizar o etilômetro, ainda que o condutor não apresente sinais de embriaguez;
- Na fiscalização, deve-se priorizar a utilização do etilômetro.

A confirmação da alteração da capacidade psicomotora dar-se-á por meio de, pelo menos, um dos seguintes procedimentos:
- Exame de sangue.
- Exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso
de consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência.
- Teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no ar alveolar  Etilômetro.
- Verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora do condutor.
• Também pode ser utilizada prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer outro meio de prova em direito admitido.
• Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade psicomotora ou haja comprovação dessa situação por meio do teste de etilômetro e
houver encaminhamento do condutor para a realização do exame de sangue ou exame clínico, não será necessário aguardar o resultado desses
exames para fins de autuação adm.
• Do resultado do etilômetro, deverá ser descontada margem de tolerância, que será o erro máximo admitido.

Os sinais de alteração da capacidade psicomotora poderão ser verificados por:


- Exame clínico com laudo conclusivo e firmado por médico perito.
- Constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito, dos sinais de alteração da capacidade psicomotora.
• Para confirmação da alteração da capacidade psicomotora pelo agente da Autoridade de Trânsito, deverá ser considerado não somente um
sinal, mas um conjunto de sinais que comprovem a situação do condutor.

A infração prevista no Art. 165 do CTB será caracterizada por:


- Exame de sangue que apresente qualquer concentração de álcool por litro de sangue.
- Teste de etilômetro com medição igual ou superior a 0,05 mg de álcool por litro de ar alveolar expirado (não há infração se for menos que isso),
descontado o erro máximo admissível.

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- Sinais de alteração da capacidade psicomotora.


• Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas previstas no Art. 165 do CTB ao condutor que recusar a se submeter a qualquer um
dos procedimentos previstos, sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306 do CTB caso o condutor apresente os sinais de alteração
da capacidade psicomotora.

O crime previsto no Art. 306 do CTB será caracterizado por qualquer um dos procedimentos abaixo:
- Exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue.
- Teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado, descontado o erro
máximo admissível.
- Exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso
de consumo de outras substâncias psicoativas que determinem dependência
- Sinais de alteração da capacidade psicomotora.
• Configurado o crime, o condutor e testemunhas, se houver, serão encaminhados à Polícia Judiciária, devendo ser acompanhados dos elementos
probatórios.

• O veículo será retido até a apresentação de condutor habilitado, que também será submetido à fiscalização.
- Caso não se apresente condutor habilitado ou o agente verifique que ele não está em condições de dirigir, o veículo será recolhido ao depósito
do órgão ou entidade responsável pela fiscalização, mediante recibo.
• É obrigatório a realização do exame de alcoolemia para as vítimas fatais de acidentes de trânsito.

Sinais observados pelo agente fiscalizador:


• Quanto à aparência, se o condutor apresenta:
- Sonolência.
- Olhos vermelhos.
- Vômito.
- Soluços.
- Desordem nas vestes.
- Odor de álcool no hálito.
• Quanto à atitude, se o condutor apresenta:
- Agressividade.
- Arrogância.
- Exaltação.
- Ironia.
- Falante.
- Dispersão.
• Quanto à orientação, se o condutor:
- Sabe onde está.
- Sabe a data e a hora.
• Quanto à memória, se o condutor:
- Sabe seu endereço.
- Lembra dos atos cometidos.
• Quanto à capacidade motora e verbal, se o condutor apresenta:
- Dificuldade no equilíbrio.
- Fala alterada.

441/2013  Transporte de carga de sólidos a granel


Sólido a granel: qualquer carga sólida fracionada, fragmentada ou em grãos, transformada ou in natura, transportada diretamente na carroceria
do veículo sem estar acondicionada em embalagem.

O transporte de qualquer tipo de sólido a granel em vias abertas à circulação pública, não realizado em carroceria inteiramente fechada,
somente será permitido nos seguintes casos:
- Veículos com carroçarias de guardas laterais fechadas;
- Veículos com carroçarias de guardas laterais dotadas de telas metálicas com malhas de dimensões que impeçam o derramamento de fragmentos
do material transportado.

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As cargas transportadas deverão estar totalmente cobertas por lonas ou dispositivos similares, que deverão cumprir os seguintes
requisitos:
- Possibilidade de acionamento manual, mecânico ou automático;
- Estar devidamente ancorados à carroçaria do veículo;
- Cobrir totalmente a carga transportada de forma eficaz e segura;
- Estar em bom estado de conservação, de forma a evitar o derramamento da carga transportada.

A carga transportada não poderá exceder os limites da carroceria do veículo;

471/2013  Videomonitoramento de trânsito


A autoridade ou o agente da autoridade de trânsito, exercendo a fiscalização remota por meio de sistemas de videomonitoramento, poderão
autuar condutores e veículos, cujas infrações por descumprimento das normas gerais de circulação e conduta tenham sido detectadas
“online” por esses sistemas.
- O responsável pela lavratura do auto de infração, deverá informar no campo “observação” a forma com que foi constatado o cometimento da
infração.
- A fiscalização de trânsito mediante sistema de videomonitoramento somente poderá ser realizada nas vias que estejam devidamente sinalizadas
para esse fim.

508/2014  Transporte de passageiros no compartimento de carga


A autoridade com circunscrição sobre a via poderá autorizar, eventualmente e a título precário, a circulação de veículo de carga ou misto
transportando passageiros no compartimento de cargas, desde que sejam cumpridos os requisitos estabelecidos nesta Resolução.
- A autorização será expedida pelo órgão com circunscrição sobre a via e não poderá ultrapassar 12 meses.
- Em trajeto que utilize mais de uma via com autoridades de trânsito com circunscrição diversa, a autorização deve ser concedida por cada uma
das autoridades para o respectivo trecho a ser utilizado.
• A circulação só poderá ser autorizada entre localidades de origem e destino que estiverem situadas em um mesmo município ou entre
municípios limítrofes, quando não houver linha regular de ônibus.

Os veículos utilizados devem ser adaptados, no mínimo, com:


- Bancos, na quantidade suficiente para todos os passageiros, revestidos de espuma, com encosto e cinto de segurança, fixados na estrutura da
carroceria;
- Carroceria com cobertura, barra de apoio para as mãos, proteção lateral rígida, com 2,10 m altura livre, de material de boa qualidade e
resistência estrutura, que evite o esmagamento e a projeção de pessoas em caso de acidente com o veículo;
- Escada para acesso, com corrimão;
- Cabine e carroceria com ventilação, garantida a comunicação entre motorista e passageiros;
- Compartimento resistente e fixo para a guarda de ferramentas e materiais, separado dos passageiros, no caso de transporte de trabalhadores;

Além das exigências estabelecidas nos demais artigos, para o transporte de passageiros em veículos de carga ou misto, é vedado:
- Transportar passageiros com idade inferior a 10 anos;
- Transportar passageiros em pé;
- Transportar cargas no mesmo ambiente dos passageiros;
- Utilizar veículos de carga tipo basculante e boiadeiro;
- Utilizar combinação de veículos.
- Transportar passageiros nas partes externas.

520/2015  Requisitos mínimos para a circulação de veículos com dimensões


excedentes
A circulação de veículo com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites estabelecidos pelo Contran, poderá ser permitida,
mediante Autorização Especial de Trânsito da autoridade com circunscrição sobre a via pública, atendidos os requisitos desta Resolução.
- É obrigatório o porte da AET.
- A AET não exime o condutor ou o proprietário da responsabilidade por eventuais dados que o veículo vir a causar à via ou a terceiros.
- A AET terá validade máxima de 1 ano;

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525/2015  Tempo de direção de motorista profissional

A fiscalização do tempo de direção e do intervalo de descanso do motorista profissional dar-se-á por meio de:
I - Análise do disco ou fita diagrama do tacógrafo ou de outros meios eletrônicos idôneos instalados no veículo; ou
II - Verificação do diário de bordo, papeleta ou ficha de trabalho externo, fornecida pelo empregador; ou
III - Verificação da ficha de trabalho do autônomo.

• A fiscalização por meio do II e III só será feita quando da impossibilidade de comprovação por meio do I.
• O motorista profissional autônomo deverá portar a ficha de trabalho das últimas 24 h.
• Os documentos previstos II e III deverão possuir espaço, no verso ou anverso, para que o agente de trânsito possa registrar, no ato da
fiscalização, seu nome e matrícula, data, hora e local da fiscalização, e, quando for o caso, o número do auto de infração.
• Para controle do tempo de direção e do intervalo de descanso, quando a fiscalização for efetuada por meio do I, deverá ser descontado da
medição realizada, o erro máximo admitido de 2 minutos a cada 24 h e 10 minutos a cada 7 dias.

- O motorista profissional é responsável por controlar e registrar o tempo de condução;


- A não observância dos períodos de descanso sujeitará o motorista profissional às penalidades previstas no Art 230 do CTB;
- O tempo de direção será controlado tacógrafo e, ou por meio de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho externo, ou por
meios eletrônicos instalados no veículo, observada a sua validade jurídica para fins trabalhistas;
- O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcionar de forma independente de qualquer interferência do condutor, quanto aos dados
registrados;
- A guarda, a preservação e a exatidão das infos contidas no tacógrafo são de responsabilidade do condutor.

Transporte rodoviário de cargas:


• Máximo de 5h e 30m ininterruptas dirigindo;
• 30m de descanso a cada 6h;
• Mínimo de 11h de descanso, podendo ser fracionadas, observadas 8h ininterruptas de descanso;
- O condutor somente iniciará sua viagem após o cumprimento integral do intervalo de descanso;
- Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de carga, operador de
transporte multimodal de cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo
sem respeito a isso.
• Jornada máxima de 12h  8h + 2h extraordinárias ou acordo coletivo de 4h extraordinárias;
• O tempo de direção poderá ser elevado para chegar a um lugar que ofereça a segurança, desde que não haja comprometimento da segurança
rodoviária.

Transporte rodoviário coletivo de passageiros:


• Máximo de 4h ininterruptas dirigindo;
• 30 minutos de descanso a cada 0h;
• Mínimo de 11h de descanso, podendo ser fracionadas, observadas 8h ininterruptas de descanso;
- O condutor somente iniciará sua viagem após o cumprimento integral do intervalo de descanso;
- Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passageiros, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais de carga, operador de
transporte multimodal de cargas ou agente de cargas ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que subcontratado, que conduza veículo
sem respeito a isso.
• Jornada máxima de trabalho de 12h  8h + 2h extraordinárias ou acordo coletivo de 4h extraordinárias.

Tempo de direção ou de condução: período em que o condutor estiver efetivamente ao volante, em curso entre a origem e o destino;
Início de viagem: partida do veículo na ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como sua continuação as partidas nos dias
subsequentes até o destino;

552/2015  Amarração de cargas


Todas as cargas transportadas, conforme seu tipo, devem estar devidamente amarradas, ancoradas e acondicionadas no compartimento de
carga ou superfície de carregamento do veículo, de modo a prevenir movimentos relativos durante todas as condições de operações esperadas
no transcorrer da viagem, como: manobras bruscas, solavancos, curvas, frenagens ou desacelerações repentinas:

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Devem ser utilizados dispositivos de amarração, como cintas têxteis, correntes ou cabos de aço, com resistência total à ruptura por tração
de, no mínimo, 2 vezes o peso da carga, bem como dispositivos adicionais como: barras de contenção, trilhos, malhas, redes, calços,
mantas de atrito, separadores, bloqueadores, protetores, etc., além de pontos de amarração adequados e em número suficiente.
- Os dispositivos de amarração devem estar em bom estado e serem dotados de mecanismo de tensionamento, quando aplicável, que possa ser
verificado e reapertado manual ou automaticamente durante o trajeto.
- É responsabilidade do condutor verificar periodicamente durante o percurso o tensionamento dos dispositivos de fixação, e reapertá-los quando
necessário.
- Fica proibida a utilização de cordas como dispositivo de amarração de carga, sendo permitido o seu uso exclusivamente para fixação da lona
de cobertura, quando exigível.

Nos veículos do tipo carroceria aberta, com guardas laterais rebatíveis, no caso de haver espaço entre a carga e as guardas laterais, os
dispositivos de amarração devem ser tensionados pelo lado interno das guardas laterais:
- Fica proibida a passagem dos dispositivos pelo lado externo das guardas laterais.
- Quando a carga ocupa todo o espaço interno da carroceria, estando apoiada ou próxima das guardas laterais ou dos seus fueiros, impedindo a
passagem dos dispositivos de amarração por dentro das guardas, os dispositivos de amarração podem passar pelo lado externo das guardas.
- Os pontos de amarração não podem estar fixados exclusivamente no piso de madeira, e sim fixados na parte metálica da carroceria ou no
próprio chassi.

Para as cargas que não ocuparem toda a carroceria no sentido longitudinal, restando espaços vazios nos painéis traseiro e frontal, devem
ser previstos pelo transportador, além dos dispositivos de amarração, outros dispositivos diagonais que impeçam os movimentos para
frente e para trás da carga.
• No veículo cujo painel frontal seja utilizado como batente dianteiro, o painel frontal deve ter resistência suficiente para absorver os esforços
previstos nas rodovias e adequados ao tipo de carga a que se destinam.
- Fica proibida a circulação de veículos cuja carga ultrapasse a altura do painel frontal e exista a possibilidade de deslizamento longitudinal da
parte da carga que está acima do painel frontal,

Nos veículos do tipo baú lonado (tipo “sider”), as lonas laterais não podem ser consideradas como estrutura de contenção da carga,
devendo existir pontos de amarração em número suficiente.
Nos veículos com carroceria inteiramente fechada (furgão carga geral, baú isotérmico, baú frigorífico, etc.), as paredes podem ser
consideradas como estrutura de contenção, sendo opcional a existência de pontos de amarração internos.

561/2015  Manual brasileiro de fiscalização de trânsito


Agente de autoridade de trânsito:
• O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o AIT poderá ser servidor civil, estatutário ou celetista ou, ainda, PM designado pela
autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via no âmbito de sua competência.
• Para exercer suas atribuições como agente da autoridade de trânsito, o servidor ou PM deverá ser credenciado, estar devidamente uniformizado,
conforme padrão da instituição, e no regular exercício de suas funções.
• O veículo utilizado na fiscalização de trânsito deverá estar caracterizado.
• O agente, ao constatar a infração, lavrará o AIT e aplicará as medidas adm cabíveis.

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• É vedada a lavratura do AIT por solicitação de terceiros, excetuando-se o caso em que o órgão ou entidade de trânsito realize operação
(comando) de fiscalização de normas de circulação e conduta, em que um agente de trânsito constate a infração e informe ao agente que esteja
na abordagem;
- Neste caso, o agente que constatou a infração deverá convalidar a autuação no próprio AIT ou na planilha da operação (comando), a qual
deverá ser arquivada para controle e consulta.
• O AIT traduz um ato vinculado na forma da Lei, não havendo discricionariedade com relação a sua lavratura, conforme dispõe o CTB.
• O agente de trânsito deve priorizar suas ações no sentido de coibir a prática das infrações de trânsito, devendo tratar a todos com urbanidade e
respeito, sem, contudo, omitir- se das providências que a lei lhe determina.

As infrações podem ser concorrentes ou concomitantes:


Concorrentes: aquelas em que o cometimento de uma infração tem como pressuposto o cometimento de outra.
Ex: veículo sem as placas (art. 230, IV), por falta de registro (art. 230, V)  Nesses casos, o agente deverá lavrar um único AIT, com base no art.
230, V.
Concomitantes: aquelas em que o cometimento de uma infração não implica o cometimento de outra.
Ex: dirigir veículo com a CNH vencida há mais de trinta dias (art. 162, V) e de categoria diferente para a qual é habilitado (art. 162, III) 
Nesses casos, o agente deverá lavrar os dois AIT.

- O agente de trânsito, sempre que possível, deverá abordar o condutor para constatar a infração, ressalvados os casos nos quais a infração poderá
ser comprovada sem a abordagem.

Medidas Administrativas: providências de caráter complementar, exigidas para a regularização de situações infracionais, sendo, em grande parte,
de aplicação momentânea, e têm como objetivo prioritário impedir a continuidade da prática infracional, garantindo a proteção à vida e à
incolumidade física das pessoas, e não se confundem com penalidades.
- Compete à autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via e seus agentes aplicar as medidas adm, considerando a necessidade de
segurança e fluidez do trânsito.
- A impossibilidade de aplicação de medida adm prevista para infração não invalidará a autuação pela infração de trânsito, nem a imposição das
penalidades previstas.
Retenção: imobilização no local da abordagem, para a solução de determinada irregularidade.
- A retenção se dará nas infrações em que esteja prevista esta medida adm.
Remoção: deslocar o veículo para o depósito fixado pela autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via.
• Tem por finalidade restabelecer as condições de segurança, fluidez da via, garantir a boa ordem adm, dentre outras hipóteses estabelecidas pela
legislação.
• A medida adm de remoção é independente da penalidade de apreensão e não se caracteriza como medida antecipatória desta.
• A remoção deve ser feita por meio de veículo destinado para esse fim ou, na falta deste, valendo- se da própria capacidade de movimentação do
veículo a ser removido, desde que haja condições de segurança para o trânsito
• A remoção do veículo não será aplicada se o condutor, regularmente habilitado, sanar a irregularidade no local, desde que isso ocorra antes que
a operação de remoção tenha sido iniciada, ou quando o agente avaliar que a operação de remoção trará ainda mais prejuízo à segurança ou
fluidez da via.
- Este procedimento somente se aplica para o veículo devidamente licenciado e que esteja em condições de segurança de circulação.
• A restituição dos veículos removidos só ocorrerá após o pagamento das multas, taxas e despesas com remoção e estada, além de outros encargos
previstos na legislação específica.

Condutor de motocicleta, motoneta e ciclomotor  Quando desmontado e puxando ou empurrando o veículo nas vias públicas, não se equipara
ao pedestre, estando sujeito às infrações previstas no CTB.

667/2017  Sistema de iluminação


• A identificação, localização e forma correta de utilização dos dispositivos luminosos deverão constar no manual do veículo.

• As lanternas especiais de emergência que emitem luz de cor azul, poderão ser utilizadas exclusivamente em veículos destinados a socorro de
incêndio e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, quando em efetiva prestação do serviço de
urgência e devidamente identificados.
• Ficam limitados a instalação e o funcionamento simultâneo de no máximo 8 faróis, independentemente de suas finalidades.
• É proibida a colocação de adesivos, pinturas, películas ou qualquer outro material que não seja original do fabricante nos dispositivos dos
sistemas de iluminação ou sinalização de veículos.
• É proibida a substituição de lâmpadas dos sistemas de iluminação ou sinalização de veículos por outras de potência ou tecnologia que não seja
original do fabricante.

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• É vedada a instalação de dispositivo ou equipamento adicional luminoso não previsto no sistema de sinalização e iluminação veicular
estabelecido nesta resolução.

• Serão aceitas inovações tecnológicas, ainda que não contempladas nos requisitos estabelecidos na Resolução, desde que sua eficácia seja
comprovada através de certificação ou legislação internacional reconhecidas pelo DENATRAN.

Veículos inacabados não estão sujeitos à aplicação dos dispositivos relacionados a:


- Lanternas delimitadoras traseiras;
- Lanternas laterais traseiras e intermediárias;
- Retrorrefletores laterais traseiros e intermediários;

735/2018  Segurança à circulação de CTV e CTVP


Combinações de Transporte de Veículos (CTV): veículo ou combinação de veículos construídos ou adaptados especial e exclusivamente para o
transporte de veículos e chassis.
Combinações de Transporte de Veículos e Cargas Paletizadas (CTVP): combinação de veículos concebida e construída especialmente para o
transporte de veículos acabados e cargas unitizadas sobre paletes ou racks.

O trânsito de CTV e de CTVP será do amanhecer ao pôr do sol, e sua velocidade máxima de 80 km/h:
- Não se aplica a restrição quanto ao horário de trânsito para Combinações cujo comprimento seja de no máximo 19,8m
- Será admitido o trânsito noturno das Combinações que apresentem comprimento superior a 19,8m até 23m nas vias com pista dupla e duplo
sentido de circulação, dotadas de separadores físicos, que possuam duas ou mais faixas de circulação no mesmo sentido.
- Nos trechos rodoviários de pista simples será permitido também o trânsito noturno, quando vazio, ou com carga apenas na plataforma inferior,
devidamente ancorada e ativada toda a sinalização do equipamento transportador.
- Poderão ser adotados horários distintos dos estabelecidos aqui em trechos específicos, mediante proposição da autoridade competente com
circunscrição sobre a via.

- Todas as rodas de cada veículo transportado deverão estar firmemente ancoradas à estrutura de apoio, por meio de cintas cuja
resistência total à ruptura seja, de no mínimo, o dobro do peso do veículo.
- Não será admitido o compartilhamento simultâneo de espaço entre veículos e outro tipo de carga.

740/2018  Metas de redução dos índices de mortos


• As propostas de metas e ações são encaminhadas pelo CETRAN, CONTRANDIFE e PRF;
• CONTRAN fixa as metas de redução dos índices de mortos no trânsito para cada estado  Propostas de metas e ações encaminhadas pelo
CETRAN, CONTRANDIFE e PRF;
• Os dados estatísticos são de competência dos DETRANS e da PRF;
- As metas poderão ser revisadas anualmente pelo CONTRAN a cada ano a partir dos dados estatísticos.

780/2019  Placas de identificação


Particular  Preto
Colecionador  Cinza prata
Comercial  Vermelho
Oficial/Representação  Azul
Especial  Verde
Diplomático  Dourado
Representação pessoal  Verde e amarelo

*Cores dos caracteres.

Compete ao DENATRAN:
- Credenciar as empresas fabricantes de PIV;
- Disponibilizar acesso às infos dos fabricantes credenciados aos DETRAN;

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- Fiscalizar a regularidade das atividades dos fabricantes de PIV, suas instalações, equipamentos e soluções tecnológicas de controle e gestão do
processo produtivo;
- Desenvolver, manter e atualizar o sistema informatizado de emplacamento;
- Estabelecer os requisitos mínimos do sistema desenvolvido pelo fabricante, bem como os critérios de registro das infos necessárias para o
rastreamento do processo de fabricação e estampagem da PIV;
- Disponibilizar o sistema informatizado de emplacamento para a gestão e controle de distribuição do QR Code e das combinações
alfanuméricas, estampagem das PIV e emplacamento;
- Aplicar as sanções adm aos fabricantes credenciados, registrando e informando em seu sítio eletrônico as sanções aplicadas.

Compete aos DETRAN:


- Credenciar as empresas estampadoras de PIV na sua circunscrição, utilizando sistema informatizado disponibilizado pelo DENATRAN;
- Fiscalizar a regularidade das atividades dos estampadores de PIV, suas instalações, equipamentos, bem como o controle e gestão do processo
produtivo;
- Aplicar as sanções adm aos estampadores credenciados no âmbito de sua circunscrição, registrando e informando em seu sítio eletrônico as
sanções aplicadas.

• Todas as PIV deverão possuir código de barras bidimensionais dinâmico (QR Code) contendo nº de série e acesso às infos do banco de dados
do fabricante, com a finalidade de controlar a produção, logística, estampagem e instalação das PIV nos respectivos veículos, além da verificação
da sua autenticidade.

• É obrigatório o uso de segunda PIV traseira nos veículos equipados com engates para reboques ou carroceria intercambiável, transportando
eventualmente carga que cobrir, total ou parcialmente, a PIV traseira.

789/2020  Categorias da Habilitação


ACC:
• Ciclomotores;
• Bicicletas dotadas originalmente de motor elétrico auxiliar, bem como aquelas que tiverem o dispositivo motriz agregado posteriormente à sua
estrutura, em que se verifique, ao menos, uma das seguintes situações:
- Potência nominal superior a 350 W;
- Velocidade máxima superior a 25 km/h;
- Funcionamento do motor sem a necessidade de o condutor pedalar; e
- Dispor de acelerador ou de qualquer outro dispositivo de variação manual de potência.
A:
- Veículos automotores e elétricos, de duas ou três rodas, com ou sem carro lateral ou semirreboque especialmente projetado para uso exclusivo
deste veículo;
- Todos os veículos abrangidos pela ACC.

B:
- Veículos automotores e elétricos, não abrangidos pela categoria A, cujo PBT não exceda a 3.500 kg e cuja lotação não exceda a 8 lugares,
excluído o do motorista;
- Combinações de veículos automotores e elétricos em que a unidade tratora se enquadre na categoria B, com unidade acoplada, reboque,
semirreboque, trailer ou articulada, desde que a soma das duas unidades não exceda o PBT de 3.500 kg e cuja lotação total não exceda a 8
lugares, excluído o do motorista;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo peso não exceda a 6.000 kg e cuja lotação não exceda a 8 lugares, excluído o do motorista;
- Tratores de roda e equipamentos automotores destinados a executar trabalhos agrícolas;
- Quadríciclos de cabine aberta ou fechada.

C:
- Veículos automotores e elétricos utilizados em transporte de carga, cujo PBT exceda a 3.500 kg;
- Tratores de esteira, tratores mistos ou equipamentos automotores destinados à movimentação de cargas, de terraplanagem, de construção ou de
pavimentação;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cujo PBT ultrapasse 6.000 kg, e cuja lotação não exceda a 8 lugares, excluído o do motorista;
- Combinações de veículos automotores e elétricos não abrangidas pela categoria B, em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B ou C,
e desde que o PBT da unidade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada seja menor que 6.000 kg;

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- Todos os veículos abrangidos pela categoria B;

D:
- Veículos automotores e elétricos utilizados no transporte de passageiros, cuja lotação exceda a 8 lugares, excluído o do condutor;
- Veículos destinados ao transporte de escolares independentemente da lotação;
- Veículos automotores da espécie motor-casa, cuja lotação exceda a 8 lugares, excluído o do motorista;
- Ônibus articulado;
- Todos os veículos abrangidos nas categorias B e C

E:
- Combinações de veículos automotores e elétricos em que a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja unidade acoplada,
reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha 6.000 kg ou mais de PBT, ou cuja lotação exceda a 8 lugares;
- Combinações de veículos automotores e elétricos com mais de uma unidade tracionada, independentemente da CMT ou PBTC;
- Todos os veículos abrangidos nas categorias B, C e D.

798/2020  Fiscalização de velocidade


Os medidores de velocidade são do tipo:
Fixo  Medidor de velocidade com registro de imagem instalado em local definido e em caráter duradouro, podendo ser especificado como:
• Controlador: medidor de velocidade destinado a fiscalizar o limite máximo de velocidade da via ou de seu ponto específico, sinalizado por
meio de placa R-19; ou
• Redutor: medidor de velocidade, obrigatoriamente dotado de display, destinado a fiscalizar a redução pontual de velocidade estabelecida em
relação à velocidade diretriz da via, por meio de sinalização com placa R-19, em trechos críticos e de vulnerabilidade dos usuários da via.
Portátil  Medidor de velocidade com registro de imagem, podendo ser instalado em viatura caracterizada estacionada, em tripé, suporte fixo
ou manual, usado ostensivamente como controlador em via ou em seu ponto específico, que apresente limite de velocidade igual ou superior a 60
km/h.

O uso de medidores do tipo portátil para a fiscalização do excesso de velocidade é restrito às seguintes situações:
• Nas vias urbanas e rurais com características urbanas, quando a velocidade máxima permitida for igual ou superior a 60 km/h;
• Nas vias rurais, quando a velocidade máxima permitida for igual ou superior a:
- 80 km/h, em rodovia;
- 60 km/h, em estrada.

Para utilização do equipamento portátil, deve ser realizado planejamento operacional prévio em trechos ou locais:
- Com potencial ocorrência de acidentes de trânsito;
- Que tenham histórico de acidentes de trânsito que geraram mortes ou lesões;
- Em que haja recorrente inobservância dos limites de velocidade previstos para a referida via ou trecho.

O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via deve mapear e publicar em seu site na internet relação de trechos ou locais em que
está apto a ser fiscalizado o excesso de velocidade por meio de equipamento portátil.

Onde houver instalado medidor de velocidade fixo, os portáteis só podem ser utilizados a uma distância mínima de:
- 500 m, em vias urbanas e em trechos de vias rurais com características de via urbana;
- 2.000 m, para os demais trechos de vias rurais.

Os medidores de velocidade do tipo portátil somente devem ser utilizados por autoridade de trânsito ou seu agente, no exercício regular de
suas funções, devidamente uniformizados, em ações de fiscalização, não podendo haver obstrução da visibilidade, do equipamento e de seu
operador, por placas, árvores, postes, passarelas, pontes, viadutos, marquises, ou qualquer outra forma que impeça a sua ostensividade.

803/2020  Excesso de peso ou de capacidade de tração


Na medição de comprimento dos veículos não serão tomados em consideração os seguintes dispositivos:
- Limpador de para-brisas e dispositivos de lavagem do para-brisas;
- Placas dianteiras e traseiras;

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- Dispositivos e olhais de fixação e amarração da carga, lonas e encerados;


- Luzes;
- Espelhos retrovisores ou outros dispositivos similares;
- Tubos de admissão de ar;
- Batentes;
- Degraus e estribos de acesso;
- Borrachas;
- Plataformas elevatórias, rampas de acesso e outros equipamentos semelhantes, em ordem de marcha, desde que não constituam saliência
superior a 200 mm;
- Dispositivos de engate do veículo a motor.

A fiscalização de peso deve ser feita por equipamento de pesagem, também conhecido como balança rodoviária ou, na impossibilidade, pela
verificação de documento fiscal.

Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá transitar com PBT ou PBTC com peso por eixo, superior ao fixado pelo fabricante, nem
ultrapassar a CMT da unidade tratora.
Na fiscalização de peso dos veículos por balança rodoviária serão admitidas as seguintes tolerâncias:
- 5% sobre os limites de pesos regulamentares para o PBT e PBTC;
- 10% sobre os limites de peso regulamentares por eixo de veículos transmitidos à superfície das vias públicas;
Não há tolerância na fiscalização de peso por NF.

Quando o peso verificado for igual ou inferior ao PBT ou PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da tolerância de 5%, mas ocorrer
excesso de peso em algum dos eixos ou conjunto de eixos, aplicar-se-á multa somente sobre a parcela que exceder essa tolerância.
- A carga deverá ser remanejada ou deverá ser efetuado transbordo, de modo a que os excessos por eixo sejam eliminados.
- O veículo só poderá seguir viagem após sanar a irregularidade, sem prejuízo da multa.

Quando o peso verificado estiver acima do PBT ou PBTC estabelecido para o veículo, acrescido da tolerância de 5%, aplicar-se-á a multa
somente sobre a parcela que exceder essa tolerância:
- O veículo só poderá seguir viagem após efetuar o transbordo do excesso.

• Nos casos em que não for dispensado o remanejamento ou transbordo da carga, o veículo deverá ser recolhido ao depósito, sendo liberado
somente após sanada a irregularidade e pagas todas as despesas de remoção e estada.
• A critério do agente, observadas as condições de segurança, poderá ser dispensado o remanejamento ou transbordo de produtos perigosos,
produtos perecíveis, cargas vivas e passageiros.

Na fiscalização de peso por eixo ou conjunto de eixos, independentemente da natureza da carga, o veículo poderá prosseguir viagem sem
remanejamento ou transbordo, desde que os excessos aferidos em cada eixo ou conjunto de eixos sejam simultaneamente inferiores a
12,5% do menor valor entre os pesos e capacidades máximos estabelecidos pelo CONTRAN e os pesos e capacidades indicados pelo
fabricante ou importador.

806/2020  Mensagens, temas e cronograma da Campanha Educativa de Trânsito.


Campanha Educativa de Trânsito de 2021  No trânsito, sua responsabilidade salva vidas.
- Deverá ser divulgada pelos órgãos e entidades do SNT.
- Deve ser veiculada obrigatoriamente nos meios de comunicação social em toda peça publicitária destinada à divulgação ou promoção de
produtos oriundos da indústria automobilística ou afim.

809/2020  Requisitos para emissão do CRV, do CLA e do comprovante de


transferência
O CRLV-e, expedido na forma estabelecida pelo DENATRAN, conterá, em um único documento, o CRV e o CLA.

O CRLV-e será expedido obrigatoriamente:


- No registro do veículo;

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- No licenciamento anual do veículo;


- Na transferência de propriedade;
- Na mudança de Município de domicílio ou de Município de residência do proprietário;
- Na alteração de qualquer característica do veículo;
- Na mudança de categoria;
- No caso de segunda via dos documentos emitidos com base na Resolução CONTRAN;
- No caso de remarcação de chassi;
- Nos casos previstos em regulamentos complementares onde seja necessária a emissão de um CRV.

O CRLV-e só será expedido após a quitação dos débitos relativos a tributos, encargos e multas de trânsito e ambientais, vinculados ao
veículo, bem como o pagamento do Seguro DPVAT.
- A existência de restrições adm ou judiciais que restrinjam a circulação do veículo impedem a expedição do CRLV-e.

• O CRLV-e é suficiente para o cumprimento do Art 133 do CTB  Obrigatório o porte do CLA.
- Pode ser apresentado por meio dos aplicativos oficiais do Governo Federal ou na versão impressa em papel A4 comum.
- Dispensa a obrigatoriedade da versão impressa.

ATPV-e: documento gerado DENATRAN em que o antigo e o novo proprietário declaram estar de acordo com a transferência da propriedade do
veículo, nos termos das infos constantes no documento, responsabilizando-se pela veracidade das infos ali declaradas.

810/2020  Classificação dos danos


Veículo sinistrado: aquele envolvido em ocorrência de acidente de trânsito, dano ou qualquer outro evento que ocasione avaria em uma ou mais
partes do veículo.
Boletim de ocorrência de acidente de trânsito = BAT.

• Os órgãos ou entidades com circunscrição sobre a via poderão disponibilizar em seu site o acesso a formulário ou outro meio eletrônico que
possibilite o registro de acidentes de trânsito sem vítimas por meio de declaração do próprio cidadão, o qual mediante validação pela autoridade
de trânsito ou seu agente poderá substituir a lavratura do BAT.

O veículo envolvido em acidente deve ser avaliado pela autoridade de trânsito ou seu agente, na esfera das suas competências estabelecidas
pelo CTB, e ter seu dano classificado conforme estabelecido nesta Resolução  O padrão de avaliação varia de veículo para veículo.
Concomitantemente à lavratura do BAT, a autoridade de trânsito ou seu agente deve avaliar o dano sofrido pelo veículo no acidente,
enquadrando-o em:
- Dano de pequena monta  DPM;
- Dano de média monta  DMM;
- Dano de grande monta  DGM.
• Devem ser anexadas ao BAT imagens das laterais direita e esquerda, da frente e da traseira do veículo acidentado, salvo se justificada a
impossibilidade de juntada de imagens, mediante justificativa.

• Em caso de danos de média ou grande monta, o órgão ou entidade fiscalizadora de trânsito responsável pelo BAT deve, em até 60 dias da data
do acidente, expedir ofício acompanhado dos registros que possibilitaram a classificação do dano ao órgão executivo de trânsito do Estado ou do
DF responsável pelo registro do veículo.

• Caso o veículo sofra um acidente em Estado distinto daquele na qual está registrado, é facultado ao proprietário do veículo ou seu
representante legal a obtenção do Certificado de Segurança Veicular no próprio local onde o veículo se encontra.

• O veículo enquadrado em dano de grande monta deve ser classificado como irrecuperável;

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ÉTICA E CIDADANIA

1 – Ética e moral
Ética e Moral:
- Apesar de serem utilizadas como sinônimos, tem sentidos diferentes.
- Exprimem um conjunto de regras de conduta que se espera que sejam adotadas.
Ética: ramo da filosofia que estuda a Moral.
- É teórica  Não tem origem na natureza, mas sim na razão da consciência humana.
- É imutável, permanente, atemporal, universal.
- Vocábulo herdado do grego.
• Valores éticos: normas e princípios éticos aceitos em determinada sociedade que orientam a forma de agir de um indivíduo ou um grupo,
sofrendo alterações com o passar do tempo.
Moral: estabelece regras e orientações para determinada sociedade, com base em sua experiência e história.
- É temporal, variando de cultura para cultura  Pautada nos costumes.
- Vocábulo herdado do latim.

- A probidade adm é um aspecto da moralidade adm que recebeu da CF brasileira um tratamento próprio.

Toda a adm pública deve seguir a LIMPE.


• Em consonância com os princípios da impessoalidade e da moralidade, o STF, proibiu o nepotismo na adm pública, inclusive o nepotismo
cruzado.
• Moralidade: extraído da junção de Legalidade com Finalidade
- Legalidade e finalidade devem andar juntas na conduta de qualquer servidor público, para o alcance da moralidade.
• A moralidade adm é objetiva, não importando a intenção do agente.
• Os atos da adm pública devem obedecer não só à lei jurídica, mas também a padrões éticos  Tal característica se refere ao princípio da
moralidade, sendo esta pressuposto de validade de todo ato da adm pública.
• Agente público que se utiliza de publicidade governamental com a finalidade exclusiva de se promover viola o princípio da moralidade.

2 – Ética no setor público


Deveres do servidor  Moralidade adm  Lei 8.112:
- Exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo
- Ser leal às instituições a que servir
- Observar as normas legais e regulamentares
- Cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais.
- Atender com presteza ao público em geral, prestando as infos requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo
- Atender com presteza à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal
- Atender com presteza às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
- Levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver suspeita de
envolvimento desta, ao conhecimento de outra autoridade competente para apuração
- Zelar pela economia do material e a conservação do patrimônio público
- Guardar sigilo sobre assunto da repartição
- Manter conduta compatível com a moralidade adm
- Ser assíduo e pontual ao serviço
- Tratar com urbanidade as pessoas;
- Representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.

Os direitos e deveres dos servidores públicos são, principalmente, elencados em legislação específica, além de fazer referência a valores
sociais.
• A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público.

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- Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida
funcional.

POLÍTICA DE GOVERNANÇA DA ADM PÚBLICA FEDERAL – DECRETO 9.203/2017:


• Governança pública  Conjunto de mecanismos de liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a
gestão, com vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade.
• Valor público  Produtos e resultados gerados, preservados ou entregues pelas atividades de uma organização que representem respostas
efetivas e úteis às necessidades ou às demandas de interesse público e modifiquem aspectos do conjunto da sociedade ou de alguns grupos
específicos reconhecidos como destinatários legítimos de bens e serviços públicos.
• Alta adm  Ministros de Estado, ocupantes de cargos de natureza especial, ocupantes de cargo de nível 6 do DAS e presidentes e diretores de
autarquias, inclusive as especiais, e de fundações públicas ou autoridades de hierarquia equivalente.
• Gestão de riscos  Processo de natureza permanente, estabelecido, direcionado e monitorado pela alta adm, que contempla as atividades de
identificar, avaliar e gerenciar potenciais eventos que possam afetar a organização, destinado a fornecer segurança razoável quanto à
realização de seus objetivos.

Princípios da governança pública:


- Capacidade de resposta;
- Integridade;
- Confiabilidade;
- Melhoria regulatória;
- Prestação de contas e responsabilidade;
- Transparência.

Diretrizes da governança pública:


• Direcionar ações para a busca de resultados para a sociedade, encontrando soluções tempestivas e inovadoras para lidar com a limitação de
recursos e com as mudanças de prioridades;
• Fazer incorporar padrões elevados de conduta pela alta adm para orientar o comportamento dos agentes públicos, em consonância com as
funções e as atribuições de seus órgãos e de suas entidades.
• Implementar controles internos fundamentados na gestão de risco, que privilegiará ações estratégicas de prevenção antes de processos
sancionadores;
• Manter processo decisório orientado pelas evidências, conformidade legal, qualidade regulatória, desburocratização e apoio à participação da
sociedade;
• Promover a comunicação aberta, voluntária e transparente das atividades e dos resultados da organização, de maneira a fortalecer o acesso
público à info.

Condições mínimas para o exercício da boa governança:


- Integridade
- Competência
- Responsabilidade
- Motivação.

Competências dos comitês internos de governança, instituídos pelos órgãos e entidades da adm federal direta, autárquica e fundacional:
- Auxiliar a alta adm na implementação e na manutenção de processos, estruturas e mecanismos adequados à incorporação dos princípios e das
diretrizes da governança previstos neste Decreto.
- Incentivar e promover iniciativas que busquem implementar o acompanhamento de resultados no órgão ou na entidade, que promovam
soluções para melhoria do desempenho institucional ou que adotem instrumentos para o aprimoramento do processo decisório.
- Promover e acompanhar a implementação das medidas, dos mecanismos e das práticas organizacionais de governança definidos pelo CIG em
seus manuais e em suas resoluções.
- Elaborar manifestação técnica relativa aos temas de sua competência.

A auditoria interna governamental deverá adicionar valor e melhorar as operações das organizações para o alcance de seus objetivos,
mediante a abordagem sistemática e disciplinada para avaliar e melhorar a eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, dos controles
e da governança, por meio da:
- Realização de trabalhos de avaliação e consultoria de forma independente, segundo os padrões de auditoria e ética profissional reconhecidos
internacionalmente;

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- Adoção de abordagem baseada em risco para o planejamento de suas atividades e para a definição do escopo, da natureza, da época e da
extensão dos procedimentos de auditoria;
- P\romoção à prevenção, à detecção e à investigação de fraudes praticadas por agentes públicos ou privados na utilização de recursos públicos
federais.

CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO SERVIDOR PÚBLICO CIVIL EXECUTIVO FEDERAL – DECRETO 1.171/1994
Regras deontológicas:
• A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja
no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos e
atitudes serão direcionados para a preservação da honra e da tradição dos serviços públicos.

• O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o
justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o desonesto.

• A moralidade da Adm Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem
comum.
- O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato adm.

• A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige,
como contrapartida, que a moralidade adm se integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se,
como consequência, em fator de legalidade.

• O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que,
como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.

• A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e
atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.

• A publicidade de qualquer ato adm constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem
comum, imputável a quem a negar, salvo nos casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Adm
Pública, a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei.

• Toda pessoa tem direito à verdade.


- O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Adm Pública.
- Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até
mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.

• A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que
paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a qualquer bem pertencente ao
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao Estado,
mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los.

• Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade,
mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços públicos.

• O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a
conduta negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo
imprudência no desempenho da função pública.

• Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à
desordem nas relações humanas.

• O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode
receber colaboração, pois sua atividade pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da Nação.

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Deveres fundamentais do servidor público:


• Desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular;
• Exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias,
principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que exerça suas atribuições, com o
fim de evitar dano moral ao usuário;
• Ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a
melhor e a mais vantajosa para o bem comum;
• Jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo;
• Tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público;
• Ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços públicos;
• Ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço
público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social,
abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano moral;
• Ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o
Poder Estatal;
• Resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou
vantagens indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;
• Zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança coletiva;
• Ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o
sistema;
• Comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências cabíveis;
• Manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;
• Participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem
comum;
• Apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função;
• Manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
• Cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério,
segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem;
• Facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito;
• Exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos
interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados adm;
• Abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo que
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei;
• Divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento.

Vedações:
• Uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem.
• Ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a este Código de Ética ou ao de sua profissão.
• Deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister.
• Pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro servidor para o mesmo fim.
• Retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público.
• Fazer uso de infos privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros.
• Apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente.

Comissão de ética:
• Em todos os órgãos e entidades da Adm Pública Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que
exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética
profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de
procedimento susceptível de censura.
- À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua
conduta ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira do servidor
público.
- A pena aplicável pela Comissão de ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus
integrantes, com ciência do faltoso  A CEP aplica advertência e censura, a Comissão de ética não!

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- A Comissão de Ética será integrada por 3 membros titulares e 3 suplentes, escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro permanente,
e designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes de 3 anos.

SISTEMA DE GESTÃO DA ÉTICA NO EXECUTIVO FEDERAL E COMISSÕES DE ÉTICA – DECRETO 6.029/2007:


Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal:
- Comissão de Ética Pública – CEP.
- Comissões de Ética do Código de Ética do servidor público civil do Executivo Federal.
- As demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Executivo Federal.

• A CEP será integrada por 7 brasileiros que preencham os requisitos de idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em adm
pública, designados pelo PR da República, para mandatos de 3 anos, não coincidentes, permitida uma única recondução.
- A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados
prestação de relevante serviço público.

Compete à CEP:
• Atuar como instância consultiva do PR da República e Ministros de Estado em matéria de ética pública.
• Administrar a aplicação do Código de Conduta da Alta Adm Federal, devendo:
- Submeter ao PR da República medidas para seu aprimoramento;
- Dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, deliberando sobre casos omissos;
- Apurar, mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele
submetidas.
• Dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal.
• Coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo Federal.

Compete às Comissões de Ética do Código de Ética do servidor público civil do Executivo Federal e as demais Comissões de Ética e
equivalentes nas entidades e órgãos do Executivo Federal:
• Atuar como instância consultiva de dirigentes e servidores no âmbito de seu respectivo órgão ou entidade.
• Aplicar o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, devendo:
- Submeter à CEP propostas para seu aperfeiçoamento;
- Dirimir dúvidas a respeito da interpretação de suas normas e deliberar sobre casos omissos;
- Apurar, mediante denúncia ou de ofício, conduta em desacordo com as normas éticas pertinentes;
- Recomendar, acompanhar e avaliar, no âmbito do órgão ou entidade a que estiver vinculada, o desenvolvimento de ações objetivando a
disseminação, capacitação e treinamento sobre as normas de ética e disciplina;
• Representar a respectiva entidade ou órgão na Rede de Ética do Executivo Federal;
• Supervisionar a observância do Código de Conduta da Alta Adm Federal e comunicar à CEP situações que possam configurar descumprimento
de suas normas.

Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser desenvolvidos com celeridade e observância dos seguintes princípios:
- Proteção à honra e à imagem da pessoa investigada;
- Proteção à identidade do denunciante, que deverá ser mantida sob reserva, se este assim o desejar;
- Independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos, com as garantias asseguradas neste Decreto.

• Qualquer cidadão, agente público, PJ de direito privado, associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da CEP ou de Comissão de
Ética, visando à apuração de infração ética imputada a agente público, órgão ou setor específico de ente estatal.

• Ao se apurar uma falta ética, se a conclusão for pela existência de falta, além das providências previstas no Código de Conduta da Alta Adm
Federal e no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Executivo Federal, as Comissões de Ética tomarão as seguintes
providências, no que couber:
- Encaminhamento de sugestão de exoneração de cargo ou função de confiança à autoridade hierarquicamente superior ou devolução ao órgão de
origem, conforme o caso.
- Encaminhamento, conforme o caso, para a CGU ou unidade específica do Sistema de Correição do Executivo Federal, para exame de eventuais
transgressões disciplinares.
- Recomendação de abertura de procedimento adm, se a gravidade da conduta assim o exigir.

CÓDIGO DE CONDUTA DA ALTA ADM FEDERAL

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- O Código de Conduta constitua fator de segurança do adm público, norteando o seu comportamento enquanto no cargo e protegendo-o de
acusações infundadas. Na ausência de regras claras e práticas de conduta, corre-se o risco de inibir o cidadão honesto de aceitar cargo público de
relevo.
• O Código trata de um conjunto de normas às quais se sujeitam as pessoas nomeadas pelo PR da República para ocupar qualquer dos cargos
nele previstos, sendo certo que a transgressão dessas normas não implicará, necessariamente, violação de lei, mas, principalmente,
descumprimento de um compromisso moral e dos padrões qualitativos estabelecidos para a conduta da Alta Adm.
- Em consequência, a punição prevista é de caráter político: advertência e "censura ética". Além disso, é prevista a sugestão de exoneração,
dependendo da gravidade da transgressão.
- Não basta ser ético, é necessário, também, parecer ético, em sinal de respeito à sociedade

Finalidades do Código de Conduta da Alta Adm Federal:


- Tornar claras as regras éticas de conduta das autoridades da alta Adm Federal, para que a sociedade possa aferir a integridade e a lisura do
processo decisório governamental.
- Contribuir para o aperfeiçoamento dos padrões éticos da Adm Federal, a partir do exemplo dado pelas autoridades de nível hierárquico superior.
- Preservar a imagem e a reputação do adm público, cuja conduta esteja de acordo com as normas éticas estabelecidas neste Código.
- Estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses públicos e privados e limitações às atividades profissionais posteriores ao exercício de
cargo público.
- Minimizar a possibilidade de conflito entre o interesse privado e o dever funcional das autoridades públicas da Adm Pública Federal;
- Criar mecanismo de consulta, destinado a possibilitar o prévio e pronto esclarecimento de dúvidas quanto à conduta ética do administrador.

3 – Ética e democracia: exercício da cidadania


Decreto 7.724/2012:
Informação sigilosa  Info submetida temporariamente à restrição de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da
sociedade e do Estado, e aquelas abrangidas pelas demais hipóteses legais de sigilo.
Informação pessoal  Info relacionada à pessoa natural identificada ou identificável, relativa à intimidade, vida privada, honra e imagem.
Documento preparatório  Documento formal utilizado como fundamento da tomada de decisão ou de ato adm.
Tratamento da info  Conjunto de ações referentes à produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão,
distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou controle da info.
Informação  Dados, processados ou não, que podem ser utilizados para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio,
suporte ou formato.
Autenticidade  Qualidade da info que tenha sido produzida, expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou
sistema.
Integridade  Qualidade da info não modificada, inclusive quanto à origem, trânsito e destino.
Primariedade  Qualidade da info coletada na fonte, com o máximo de detalhamento possível, sem modificações.
• O acesso à info disciplinado neste Decreto não se aplica:
- Às hipóteses de sigilo previstas na legislação, como fiscal, bancário, de operações e serviços no mercado de capitais, comercial, profissional,
industrial e segredo de justiça.
- Às infos referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado.

Lei de acesso à Informação – 12.527:


• Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a infos aos órgãos mencionados na lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido
conter a identificação do requerente e a especificação da info requerida.
- São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de infos de interesse público.

Não sendo possível conceder o acesso imediato, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a 20 dias
(podendo ser prorrogado por mais 10, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente):
- Comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a reprodução ou obter a certidão.
- Indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do acesso pretendido.
- Comunicar que não possui a info, indicar, se for do seu conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento a
esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de info.

O acesso à info compreende, entre outros, os direitos de obter:


• Orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a info almejada.

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• Info contida em registros ou documentos, produzidos ou acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos.
• Info produzida ou custodiada por PF ou entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que esse
vínculo já tenha cessado.
• Info primária, íntegra, autêntica e atualizada.
• Info sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades, inclusive as relativas à sua política, organização e serviços.
• Info pertinente à adm do patrimônio público, utilização de recursos públicos, licitação, contratos adm.
• Info relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas, projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e
indicadores propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo
prestações de contas relativas a exercícios anteriores.
- Esse acesso à info não compreende as infos referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.
- Quando não for autorizado acesso integral à info por ser ela parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de
certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.
- O direito de acesso aos documentos ou às infos neles contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato adm será assegurado
com a edição do ato decisório respectivo.
- A negativa de acesso às infos objeto de pedido formulado aos órgãos e entidades, quando não fundamentada, sujeitará o responsável a medidas
disciplinares.
- Informado do extravio da infos solicitada, poderá o interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para
apurar o desaparecimento da respectiva documentação.

São consideradas imprescindíveis à segurança da sociedade ou do Estado e, portanto, passíveis de classificação as infos cuja divulgação
ou acesso irrestrito possam:
- Pôr em risco a defesa e a soberania nacionais ou a integridade do território nacional.
- Prejudicar ou pôr em risco a condução de negociações ou as relações internacionais do País, ou as que tenham sido fornecidas em caráter
sigiloso por outros Estados e organismos internacionais.
- Pôr em risco a vida, a segurança ou a saúde da população.
- Oferecer elevado risco à estabilidade financeira, econômica ou monetária do País.
- Prejudicar ou causar risco a planos ou operações estratégicos das FFAA.
- Prejudicar ou causar risco a projetos de pesquisa e desenvolvimento científico ou tecnológico, assim como a sistemas, bens, instalações ou
áreas de interesse estratégico nacional.
- Pôr em risco a segurança de instituições ou de altas autoridades nacionais ou estrangeiras e seus familiares.
- Comprometer atividades de inteligência, bem como de investigação ou fiscalização em andamento, relacionadas com a prevenção ou repressão
de infrações.

A informação em poder dos órgãos e entidades públicas, observado o seu teor e em razão de sua imprescindibilidade à segurança da
sociedade ou do Estado, poderá ser classificada como ultrassecreta, secreta ou reservada.
• Os prazos máximos de restrição de acesso à info vigoram a partir da data de sua produção e são os seguintes:
- Ultrassecreta  25 anos
- Secreta  15 anos
- Reservada  5 anos.
• As infos que puderem colocar em risco a segurança do PR e Vice da República e respectivos cônjuges e filhos serão classificadas como
reservadas e ficarão sob sigilo até o término do mandato em exercício ou do último mandato, em caso de reeleição.

Tratamento de conflito de interesses e nepotismo – Lei 12.813/2013:


• Conflito de interesses: situação gerada pelo confronto entre interesses públicos e privados, que possa comprometer o interesse coletivo ou
influenciar, de maneira imprópria, o desempenho da função pública.
• Informação privilegiada: assuntos sigilosos ou que seja relevantes ao processo de decisão no âmbito do Poder Executivo federal que tenha
repercussão econômica ou financeira e que não seja de amplo conhecimento público.

• O ocupante de cargo ou emprego no Executivo federal deve agir de modo a prevenir ou a impedir possível conflito de interesses e a resguardar
info privilegiada.
- No caso de dúvida sobre como prevenir ou impedir situações que configurem conflito de interesses, o agente público deverá consultar a CEP,
criada no âmbito do Executivo federal, ou a CGU.

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- A ocorrência de conflito de interesses independe da existência de lesão ao patrimônio público, bem como do recebimento de qualquer
vantagem ou ganho pelo agente público ou por terceiro.

Configura conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo federal:
- Divulgar ou fazer uso de info privilegiada, em proveito próprio ou de terceiro, obtida em razão das atividades exercidas.
- Exercer atividade que implique a prestação de serviços ou a manutenção de relação de negócio com PF ou PJ que tenha interesse em decisão do
agente público ou de colegiado do qual este participe.
- Exercer, direta ou indiretamente, atividade que em razão da sua natureza seja incompatível com as atribuições do cargo ou emprego,
considerando-se como tal, inclusive, a atividade desenvolvida em áreas ou matérias correlatas.
- Atuar, ainda que informalmente, como procurador, consultor, assessor ou intermediário de interesses privados nos órgãos ou entidades da adm
pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do DF e dos Municípios.
- Praticar ato em benefício de interesse de PJ de que participe o agente público, seu cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins,
em linha reta ou colateral, até o 3º grau, e que possa ser por ele beneficiada ou influir em seus atos de gestão.
- Receber presente de quem tenha interesse em decisão do agente público ou de colegiado do qual este participe fora dos limites e condições
estabelecidos em regulamento.
- Prestar serviços, ainda que eventuais, a empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o agente público está
vinculado.
• As situações que configuram conflito de interesses estabelecidas aplicam-se aos que estão de licença ou em período de afastamento.

Configura conflito de interesses após o exercício de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo federal:
- A qualquer tempo, divulgar ou fazer uso de info privilegiada obtida em razão das atividades exercidas.

• O agente público que praticar os atos previstos como conflitos de interesses incorre em improbidade adm.
- Sem prejuízo do disposto acima e da aplicação das demais sanções cabíveis, fica o agente público que se encontrar em situação de conflito de
interesses sujeito à aplicação da penalidade disciplinar de demissão.

Não se incluem nas vedações deste Decreto as nomeações, designações ou contratações:


- De servidores federais ocupantes de cargo de provimento efetivo, bem como de empregados federais permanentes, inclusive aposentados,
observada a compatibilidade do grau de escolaridade do cargo ou emprego de origem, ou a compatibilidade da atividade que lhe seja afeta e a
complexidade inerente ao cargo em comissão ou função comissionada a ocupar, além da qualificação profissional do servidor ou empregado.
- De pessoa, ainda que sem vinculação funcional com a adm pública, para a ocupação de cargo em comissão de nível hierárquico mais alto que o
do agente público.
- Realizadas anteriormente ao início do vínculo familiar entre o agente público e o nomeado, designado ou contratado, desde que não se
caracterize ajuste prévio para burlar a vedação do nepotismo.
- De pessoa já em exercício no mesmo órgão ou entidade antes do início do vínculo familiar com o agente público, para cargo, função ou
emprego de nível hierárquico igual ou mais baixo que o anteriormente ocupado.
• Em qualquer caso, é vedada a manutenção de familiar ocupante de cargo em comissão ou função de confiança sob subordinação direta do
agente público.

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DIREITOS HUMANOS

1 – Direitos humanos na CF
- Os DH são imprescritíveis, inalienáveis, indisponíveis, universais e indivisíveis.
- Direitos fundamentais  DH reconhecidos por um Estado e positivados em uma Constituição.
- A dignidade da pessoa humana é fundamento da República Federativa do Brasil.
- O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional cuja criação tenha manifestado adesão.
- A União não intervirá nos Estados nem no DF, exceto para, dentre outras hipóteses, assegurar a observância do princípio constitucional dos
direitos da pessoa humana.
- Nas hipóteses de grave violação de DH, o PGR, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de TIDH dos quais o
Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o STJ, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a JF.

Principais direitos previstos na CF  A CF traz um rol não-exaustivo dos direitos fundamentais.


• Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
• Princípio da Intranscendência da pena.
• Assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral.
• Às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos durante o período de amamentação.
• A pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado.
• Não haverá penas:
- De morte, salvo em caso de guerra declarada;
- Perpétua;
- De trabalhos forçados;
- De banimento;
- Cruéis.
• O preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de advogado.
• Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado.
• O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;
• Não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimentícia.

CF e os TIDH:
• Os tratados e convenções internacionais sobre DH que forem aprovados, em cada Casa do CN, em 2 turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos
membros, serão equivalentes às emendas constitucionais  Não equivale às normas constitucionais originárias.
- Se o tratado ou convenção internacional sobre DH tiver sido aprovado antes de 2004, terá valor supralegal, ou seja, abaixo da CF, mas acima de
todas as leis É o caso da Convenção Americana Sobre Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica).
- Se o tratado ou convenção internacional não for sobre DH, ele terá força de lei ordinária.

2 – Declaração universal dos direitos humanos


Considerada um prolongamento natural da Carta da ONU, a DUDH foi aprovada pela Assembleia-geral da ONU em 1948.
- O documento reflete o desejo de paz, justiça, desenvolvimento e cooperação internacional que tomou conta de quase todo o mundo após duas
grandes guerras no espaço de apenas duas décadas.
Características da DUDH:
- Faz parte do Sistema Global de Proteção aos DH.
- Não traz um rol exaustivo de direitos, podendo ser ampliada.
- Fundamenta-se na ideia de que todos nascem iguais em dignidade e direitos.
- Orienta-se pelos princípios da universalidade, igualdade e não-discriminação.
- Não trata da pena de morte.
- Os exercícios de direitos não podem justificar a violação dos direitos de outrem  A DUDH marca a internacionalização dos DH, sendo o
primeiro documento de dimensão mundial a tratar de tal forma o tema dos DH.
- A DUDH não prevê expressamente instrumentos ou órgãos próprios para sua aplicação compulsória.
- A DUDH não é um tratado, mas resolução.

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CONSIDERANDO que o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e seus direitos iguais e inalienáveis é o
fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo,
CONSIDERANDO que o desprezo e o desrespeito pelos direitos do homem resultaram em atos bárbaros que ultrajaram a consciência da
Humanidade, e que o advento de um mundo em que os homens gozem de liberdade de palavra, de crença e da liberdade de viverem a salvo do
temor e da necessidade,
CONSIDERANDO ser essencial que os direitos do homem sejam protegidos pelo império da lei, para que o homem não seja compelido, como
último recurso, à rebelião contra a tirania e a opressão,
CONSIDERANDO ser essencial promover o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações,
CONSIDERANDO que os povos das Nações Unidas reafirmaram, na Carta, sua fé nos direitos do homem e da mulher, e que decidiram promover
o progresso social e melhores condições de vida em uma liberdade mais ampla,
CONSIDERANDO que os Estados Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as Nações Unidas, o respeito universal aos
direitos e liberdades fundamentais do homem e a observância desses direitos e liberdades,
CONSIDERANDO que uma compreensão comum desses direitos e liberdades é da mais alta importância para o pleno cumprimento desse
compromisso,
A Assembleia Geral das ONU proclama a presente "Declaração Universal dos Direitos do Homem" como o ideal comum a ser atingido por
todos os povos e todas as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo sempre em mente esta Declaração,
esforce-se, através do ensino e da educação, por promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas progressivas de
caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e a sua observância universais e efetivos, tanto entre os povos dos
próprios Estados Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição.

• Todo o homem tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal.


• Ninguém será mantido em escravidão ou servidão;
- A escravidão e o tráfico de escravos estão proibidos em todas as suas formas.

• Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos.


- São dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade.

• Todo o homem tem capacidade para gozar os direitos e as liberdades estabelecidos nesta Declaração sem distinção de qualquer espécie, seja de
raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outra natureza, origem nacional ou social, riqueza, nascimento, ou qualquer outra
condição.
• Não será feita nenhuma distinção fundada na condição política, jurídica ou internacional do país ou território a que pertença uma pessoa, quer
se trate de um território independente, sob tutela, sem governo próprio, quer sujeito a qualquer outra limitação de soberania.

• Ninguém será submetido a tortura, nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou degradante.

• Todo homem tem o direito de ser, em todos os lugares, reconhecido como pessoa perante a lei.
• Todos são iguais perante a lei e tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei.
- Todos tem direito a igual proteção contra qualquer discriminação que viole a presente Declaração e contra qualquer incitamento a tal
discriminação.

• Todo o homem tem direito a receber dos tribunais nacionais competentes remédio efetivo para os atos que violem os direitos fundamentais que
lhe sejam reconhecidos pela constituição ou pela lei.

• Ninguém será arbitrariamente preso, detido ou exilado.


• Todo o homem tem direito, em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal independente e imparcial, para decidir
de seus direitos e deveres ou do fundamento de qualquer acusação criminal contra ele.
• Todo o homem acusado de um ato delituoso tem o direito de ser presumido inocente até que a sua culpabilidade tenha sido provada de acordo
com a lei, em julgamento público no qual lhe tenham sido asseguradas todas as garantias necessárias à sua defesa.
• Ninguém poderá ser culpado por qualquer ação ou omissão que, no momento, não constituíam delito perante o direito nacional ou
internacional. - Também não será imposta pena mais forte do que aquela que, no momento da prática, era aplicável ao ato delituoso.

• Ninguém será sujeito a interferências na sua vida privada, na sua família, no seu lar ou na sua correspondência, nem a ataques a sua honra e
reputação.
- Todo o homem tem direito à proteção da lei contra tais interferências ou ataques.

• Todo homem tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada Estado.

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• Todo o homem tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar.

• Todo o homem, vítima de perseguição, tem o direito de procurar e de gozar asilo em outros países.
- Este direito não pode ser invocado em casos de perseguição legitimamente motivada por crimes de direito comum ou por atos contrários aos
objetivos e princípios das Nações Unidas.

• Todo homem tem direito a uma nacionalidade.


- Ninguém será arbitrariamente privado de sua nacionalidade, nem do direito de mudar de nacionalidade.

• Os homens e mulheres de maior idade, sem qualquer restrição de raça, nacionalidade ou religião, tem o direito de contrair matrimônio e fundar
uma família.
- Gozam de iguais direitos em relação ao casamento, sua duração e sua dissolução.
• O casamento não será válido senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes.
• A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da sociedade e do Estado.

• Todo o homem tem direito à propriedade, só ou em sociedade com outros.


- Ninguém será arbitrariamente privado de sua propriedade.

• Todo o homem tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião;


- Este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo
culto e pela observância, isolada ou coletivamente, em público ou em particular.

• Todo o homem tem direito à liberdade de opinião e expressão;


- Este direito inclui a liberdade de, sem interferências, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir infos e ideias por quaisquer meios,
independentemente de fronteiras.

• Todo o homem tem direito à liberdade de reunião e associação pacíficas.


- Ninguém pode ser obrigado a fazer parte de uma associação.

• Todo o homem tem o direito de tomar parte no governo de seu país diretamente ou por intermédio de representantes livremente escolhidos.
• Todo o homem tem igual direito de acesso ao serviço público do seu país.
• A vontade do povo será a base da autoridade do governo;
- Esta vontade será expressa em eleições periódicas e legítimas, por sufrágio universal, por voto secreto ou processo equivalente que assegure a
liberdade de voto.

• Todo o homem, como membro da sociedade, tem direito à segurança social e à realização, pelo esforço nacional, pela cooperação internacional
e de acordo com a organização e recursos de cada Estado, dos direitos econômicos, sociais e culturais indispensáveis à sua dignidade e ao livre
desenvolvimento de sua personalidade.

• Todo o homem tem direito ao trabalho, à livre escolha de emprego, a condições justas e favoráveis de trabalho e à proteção contra o
desemprego.
• Todo o homem, sem qualquer distinção, tem direito a igual remuneração por igual trabalho.
• Todo o homem que trabalha tem direito a uma remuneração justa e satisfatória, que lhe assegure, assim como a sua família, uma existência
compatível com a dignidade humana, e a que se acrescentarão, se necessário, outros meios de proteção social.
• Todo o homem tem direito a organizar sindicatos e a neles ingressar para proteção de seus interesses.

• Todo o homem tem direito a repouso e lazer, inclusive a limitação razoável das horas de trabalho e a férias remuneradas periódicas.

• Todo o homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua família saúde e bem estar, inclusive alimentação, vestuário,
habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, viuvez,
velhice ou outros casos de perda de meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle.
• A maternidade e a infância tem direito a cuidados e assistência especiais.
- Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social.

• Todo o homem tem direito à instrução.


- A instrução será gratuita, pelo menos nos graus elementares e fundamentais.

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166

- A instrução elementar será obrigatória.


- A instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, esta baseada no mérito.
• A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do
homem e pelas liberdades fundamentais.
- A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos, e coadjuvará as atividades
das Nações Unidas em prol da manutenção da paz.
• Os pais têm prioridade de direito na escolha do gênero de instrução que será ministrada a seus filhos.

• Todo o homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e
de fruir de seus benefícios.
• Todo o homem tem direito à proteção dos interesses morais e materiais decorrentes de qualquer produção científica, literária ou artística da qual
seja autor.

• Todo o homem tem direito a uma ordem social e internacional em que os direitos e liberdades estabelecidos na presente Declaração possam ser
plenamente realizados.

• Todo o homem tem deveres para com a comunidade, na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível.
• No exercício de seus direitos e liberdades, todo o homem estará sujeito apenas às limitações determinadas pela lei, exclusivamente com o fim
de assegurar o devido reconhecimento e respeito dos direitos e liberdades de outrem e de satisfazer as justas exigências da moral, da ordem
pública e do bem-estar de uma sociedade democrática.
• Esses direitos e liberdades não podem, em hipótese alguma, ser exercidos contrariamente aos objetivos e princípios das Nações Unidas.

• Nenhuma disposição da presente Declaração pode ser interpretada como o reconhecimento a qualquer Estado, grupo ou pessoa, do direito de
exercer qualquer atividade ou praticar qualquer ato destinado à destruição de quaisquer direitos e liberdades aqui estabelecidos.

3 – Convenção americana sobre direitos humanos – Pacto de San José da Costa Rica
- Possui status infraconstitucional e supralegal.

• Toda pessoa tem direito ao reconhecimento de sua personalidade jurídica.

• Toda pessoa tem o direito de que se respeite sua vida.


- Esse direito deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção.
- Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.

• Toda criança terá direito às medidas de proteção que a sua condição de menor requer, por parte da sua família, da sociedade e do Estado.

• Ninguém pode ser expulso do território do Estado do qual for nacional e nem ser impedido de nele entrar.
• O estrangeiro que se encontre legalmente no território de um Estado-parte na presente Convenção só poderá dele ser expulso em decorrência de
decisão adotada em conformidade com a lei.
• Toda pessoa tem o direito de buscar e receber asilo em território estrangeiro, em caso de perseguição por delitos políticos ou comuns conexos
com delitos políticos, de acordo com a legislação de cada Estado e com as Convenções internacionais.
• Em nenhum caso o estrangeiro pode ser expulso ou entregue a outro país, seja ou não de origem, onde seu direito à vida ou à liberdade pessoal
esteja em risco de violação em virtude de sua raça, nacionalidade, religião, condição social ou de suas opiniões políticas.
• É proibida a expulsão coletiva de estrangeiros.

• O direito a vida deve ser protegido pela lei e, em geral, desde o momento da concepção  Ninguém pode ser privado da vida arbitrariamente.

• Nos países que não houverem abolido a pena de morte, esta só poderá ser imposta pelos delitos mais graves, em cumprimento de sentença final
de tribunal competente e em conformidade com lei que estabeleça tal pena, promulgada antes de haver o delito sido cometido.
- Tampouco se estenderá sua aplicação a delitos aos quais não se aplique atualmente.
• Não se pode restabelecer a pena de morte nos Estados que a hajam abolido.
• Em nenhum caso pode a pena de morte ser aplicada por delitos políticos, nem por delitos comuns conexos com delitos políticos.
• Não se deve impor a pena de morte a pessoa que, no momento da perpetração do delito, for menor de 18 anos, ou maior de 70, nem aplicá-la a
mulher grávida.
• Toda pessoa condenada à morte tem direito a solicitar anistia, indulto ou comutação da pena, os quais podem ser concedidos em todos os casos.

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- Não se pode executar a pena de morte enquanto o pedido estiver pendente de decisão ante a autoridade competente.

• Toda pessoa tem direito a que se respeite sua integridade física, psíquica e moral.
• Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes.
- Toda pessoa privada de liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano.

• Ninguém deve ser detido por dívidas.


- Este princípio não limita os mandados de autoridade judiciária competente expedidos em virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.

• A pena não pode passar da pessoa do delinquente.


• Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e devem ser submetidos a tratamento adequado
à sua condição de pessoas não condenadas.
• Toda pessoa terá o direito de ser ouvida, com as devidas garantias e dentro de um prazo razoável, por um juiz ou Tribunal competente,
independente e imparcial, estabelecido anteriormente por lei, na apuração de qualquer acusação penal formulada contra ela, ou na determinação
de seus direitos e obrigações de caráter civil, trabalhista, fiscal ou de qualquer outra natureza.
• Toda pessoa acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto não for legalmente comprovada sua culpa.
• As penas privativas de liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados.
• Toda pessoa detida ou retida deve ser informada das razões da detenção e notificada, sem demora, da acusação formulada contra ela.
• Toda pessoa presa, detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade autorizada por lei a exercer
funções judiciais e tem o direito de ser julgada em prazo razoável ou de ser posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo.
- Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que assegurem o seu comparecimento em juízo.
• A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza.
• O processo penal deve ser público, salvo no que for necessário para preservar os interesses da justiça.
• Ninguém poderá ser condenado por atos ou omissões que, no momento em que foram cometidos, não constituam delito, de acordo com o
direito aplicável.
- Tampouco poder-se-á impor pena mais grave do que a aplicável no momento da ocorrência do delito. Se, depois de perpetrado o delito, a lei
estipular a imposição de pena mais leve, o delinquente deverá dela beneficiar-se.

• Durante o processo, toda pessoa tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas:
- Direito do acusado de ser assistido gratuitamente por um tradutor ou intérprete, caso não compreenda ou não fale a língua do juízo ou tribunal;
- Comunicação prévia e pormenorizada ao acusado da acusação formulada;
- Direito do acusado de defender-se pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de comunicar-se, livremente e em
particular, com seu defensor;
- Direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não, segundo a legislação interna, se o
acusado não se defender ele próprio, nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei;
- Direito de não ser obrigada a depor contra si mesma, nem a confessar-se culpada.

• O acusado absolvido por sentença transitada em julgado não poderá ser submetido a novo processo pelos mesmos fatos.
• Toda pessoa tem direito de ser indenizada conforme a lei, no caso de haver sido condenada em sentença transitada em julgado, por erro
judiciário.

• Os menores, quando puderem ser processados, devem ser separados dos adultos e conduzidos a tribunal especializado, com a maior rapidez
possível, para seu tratamento.

Ninguém deve ser constrangido a executar trabalho forçado ou obrigatório.


- Nos países em que se prescreve, para certos delitos, pena privativa de liberdade acompanhada de trabalhos forçados, esta disposição não pode
ser interpretada no sentido de proibir o cumprimento da dita pena, imposta por um juiz ou tribunal competente.
- O trabalho forçado não deve afetar a dignidade, nem a capacidade física e intelectual do recluso.
• Não constituem trabalhos forçados ou obrigatórios:
- Os trabalhos ou serviços normalmente exigidos de pessoa reclusa em cumprimento de sentença ou resolução formal expedida pela autoridade
judiciária competente  Devem ser executados sob a vigilância e controle das autoridades públicas, e os indivíduos que os executarem não
devem ser postos à disposição de particulares, companhias ou PJ de caráter privado.
- Serviço militar e, nos países em que se admite a isenção por motivo de consciência, qualquer serviço nacional que a lei estabelecer em lugar
daquele.
- Serviço exigido em casos de perigo ou de calamidade que ameacem a existência ou o bem-estar da comunidade.
- Trabalho ou serviço que faça parte das obrigações cívicas normais.

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Toda pessoa tem o direito à liberdade de pensamento e de expressão:


• Isso inclui a liberdade de procurar, receber e difundir infos e ideias de qualquer natureza, sem considerações de fronteiras, verbalmente ou por
escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer meio de sua escolha.
• Esse direito não pode estar sujeito à censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser expressamente previstas em lei e que se
façam necessárias para assegurar:
- O respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas;
- A proteção da segurança nacional, da ordem pública, da saúde ou da moral públicas.

• A lei pode submeter os espetáculos públicos a censura prévia, com o objetivo exclusivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da
infância e da adolescência.

• A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à
discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência.

• Toda pessoa atingida por infos inexatas ou ofensivas emitidas em seus prejuízos por meios de difusão legalmente regulamentados e que se
dirijam ao público em geral, tem direito a fazer, pelo mesmo órgão de difusão, sua retificação ou resposta, nas condições que estabeleça a lei.
- Em nenhum caso a retificação ou a resposta eximirá das outras responsabilidades legais em que se houver incorrido.

Em caso de guerra, de perigo público, ou de outra emergência que ameace a independência ou segurança do Estado-parte, este poderá
adotar as disposições que, na medida e pelo tempo estritamente limitados às exigências da situação, suspendam as obrigações contraídas
em virtude desta Convenção, desde que tais disposições não sejam incompatíveis com as demais obrigações que lhe impõe o Direito
Internacional e não encerrem discriminação alguma fundada em motivos de raça, cor, sexo, idioma, religião ou origem social.
• Isso não autoriza a suspensão dos seguintes direitos (Nem das garantias indispensáveis para a proteção de tais direitos)
- Direito ao reconhecimento da personalidade jurídica
- Direito à vida
- Direito à integridade pessoal
- Proibição da escravidão e da servidão
- Princípio da legalidade e da retroatividade
- Liberdade de consciência e religião
- Proteção da família
- Direito ao nome
- Direitos da criança
- Direito à nacionalidade
- Direitos políticos.

Em casos de extrema gravidade e urgência, e quando se fizer necessário evitar danos irreparáveis às pessoas, a Corte, nos assuntos de que
estiver conhecendo, poderá tomar as medidas provisórias que considerar pertinentes.
Se se tratar de assuntos que ainda não estiverem submetidos ao seu conhecimento, poderá atuar a pedido da Comissão.

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GEOPOLÍTICA

1 – O brasil político, nação e território


Território: base física em que o Estado exerce sua autoridade.
Nação: grupos de pessoas com características em comum, como a língua, costumes, religião, etc.

DEFINIÇÃO GEOGRÁFICA DE TERRITÓRIO: território é usado para estudar as relações entre espaço e poder desenvolvidas pelos
Estados, especialmente os Estados nacionais. Não se restringe somente à política e economia.

Após Tratado de tordesilhas e antes do Tratado de Madri:

As bandeiras eram expedições particulares que penetraram o interior da América colonial portuguesa. Visavam à prospecção do território e de
metais preciosos. Também se dedicavam ao apresamento de índios para escravização. Muitas eram financiadas por grandes latifundiários,
mineradores e comerciantes: combatia os índios considerados agressores ou opositores à conquista do interior, e também pela captura de negros
fugidos das grandes plantações e pela destruição de quilombos, o que ficou conhecido como o sertanismo de contrato.

►Tratado de Madri (séc. XVIII): a assinatura foi fruto do avanço da colonização portuguesa para o Oeste. Naquele período, Portugal já havia
expandido a colonização para o extremo oeste do Brasil. E, pelo princípio do uti possidetis, utilizado no tratado, as terras do atual Mato Grosso
passaram a pertencer à Coroa portuguesa.

1936 - criado o IBGE, no governo Getúlio Vargas;

•Getúlio Vargas criou os territórios federais de Rio Branco, atual Estado de Roraima; Guaporé, atual Estado de Rondônia,

Amapá, atual Estado de mesmo nome e Ponta-Porã e Iguaçu, que foram extintos posteriormente.

1940 - Criação dos Territórios Federais: motivo de fornecer o controle do governo central e forças armadas sobre áreas pouco povoadas.

Ressalta-se que são unidades administrativas sem autonomia política; portanto, constitui-se uma centralização de poder.

•Getúlio Vargas criou seis territórios federais: Guaporé, Amapá, Ponta Porã, Iguaçu, Rio Branco e Fernando de Noronha, com a

justificativa de segurança das fronteiras.

"Ele era um PRF GAI. Ponta porã - Rio branco - Fernando de noronha - Guaporé - Amapá - Iguaçu."

Em 1946, os territórios de Ponta Porã e Iguaçu foram extintos.

Até 1988, os territórios remanescentes se transformaram em estados e o território de Fernando de Noronha foi anexado à Pernambuco.

O Brasil central conheceu dois desmembramentos de estados: a criação de Mato Grosso do Sul, em 1977, resultou da bipartição do Mato
Grosso. Tocantins nasceu, em 1988, pela bipartição de Goiás.

1969 - Divisão político-administrativa de 69 extingiu a região Leste e incluiu Bahia e Sergipe na região Nordeste;

1980 - Desde a "Marcha para o Oeste", no governo vagas, que o Centro Oeste é área de expansão da fronteira agrícola. Recebeu um
significativo contingente de migrantes do Rio Grande do Sul, a partir da década de 1980. Até hoje, migrantes gaúchos continuam a chegar ao
Centro-Oeste. A região recebe migrantes de todas as regiões do Brasil pela sua ainda condição de fronteira agrícola e de polo dinâmico do
agronegócio no Brasil.

Marcha para o Oeste: projeto dirigido por GV (1889-1930) para ocupar e desenvolver o interior do Brasil; o Brasil havia prosperado quase
que exclusivamente na região litoral, enquanto o vasto interior mantinha-se estagnado;

Objetivos, basicamente: • Política demográfica de incentivo à migração; • Criação de colônias agrícolas; • Construção de estradas;

•Reforma Agrária; •Incentivo à produção agropecuária de sustentação.

Mar territorial: faixa de 12 milhas marítimas e a faixa que se estende das doze às duzentas milhas marítimas.

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170

Zona contígua: 12 a 24 milhares;

Zona econômica exclusiva: 24 a 200 milhas;

Hinterlândia: interior do país.

Plantation: séculos XV e XIX ; sistema de exploração colonial. Grandes latifúndios; Monocultura; Trabalho escravo; Exportação para a
metrópole. No Brasil, utilizou-se, inicialmente, a cana de açúcar, mas, depois, veio o algodão, o fumo e o café.

CICLOS ECONÔMICOS; nos três primeiros séculos de colonização a produção era fundada fortemente na mão de obra direta.

Século XVII; AÇÚCAR: nordeste; zona da mata, (região litorânea cortando - em termos atuais - o nordeste e sudeste);

(pecuária extensiva também se destaca no século XVII; a pecuária fornecia carne seca, couro e animais indispensáveis para girar os moinhos
dos engenhos. Os pecuaristas saíram do litoral e avançaram para o interior do Brasil;

Uma das áreas colonizadas foi o vale do rio São Francisco.)

Século XVIII; OURO: houve um processo de interiorização mais intenso pelo território brasileiro.

Século XIX; CAFÉ: período do segundo reinado;

Século XIX(final) a XX; BORRACHA: cerca de 80% da produção era concentrada na região Amazônica.

A migração para abastecer as indústrias após 1980 foi destinada principalmente à metrópole de São Paulo, época em que a ocupação do
território brasileiro na faixa litorânea e entorno já tinha sido consolidada.

►Constituição de 1988 assegurou aos municípios o status de ente federativo (na época do regime militar a automia era restrita);

►A federação brasileira é altamente centralizada na União.

►A disputa internacional pelo controle e pela biodiversidade da porção brasileira da Amazônia levou o Brasil a instituir projetos de proteção
da região baseados em tecnologia moderna. Ex: SIVAM (Sistema de vigilância da Amazônia); é muito importante para manter a soberania
nacional.

2 – Organização do estado brasileiro; distribuição espacial da população no BR e


movimentos migratórios;
• A construção de Brasília foi um dos fatores mais importantes para a povoação do Centro-Oeste.
- Durante sua construção, houve um grande fluxo migratório para servir de mão de obra.

• A colonização do Nordeste teve início pelo litoral, com o plantio de cana de açúcar.
- Foi se expandindo para o interior, com o plantio de algodão e a produção de gado de corte.

O Brasil é um país eminentemente urbano:


- 84,72% da população vive em área urbana;
- 15,28% vive em área rural.

Densidade demográfica  Distribuição proporcional da população no território.


- O Brasil tem uma baixa densidade demográfica  Pouco povoado.
- Porém, é bastante populoso  6ª maior população mundial.
- A maior parte da população vive no litoral, ou seja, a população é mal distribuída;

População absoluta: indica a quantidade de habitantes de um determinado espaço geográfico.


População relativa: densidade demográfica, quantidade de habitante por km quadrado.

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A urbanização BR acelerou a partir de 1950, com a intensificação da industrialização crescente.


- A partir dessa década, ocorreu um intenso fluxo migratório do Nordeste para o Sudeste, com as indústrias buscando mão de obra.
- O êxodo rural se intensificou nessa década.
- Apenas na década de 70, com o incentivo do governo militar, também começou a ocorrer um fluxo migratório para o Norte.
• 1950 a 1980  Nordestinos migraram em massa para o Sudeste.
• 1960 e 70  Nordestinos migram para o Centro-Oeste, devido a necessidade de mão de obra na construção de Brasília.
• 1970 e 80  Pessoas do Sul e Sudeste migram para o Centro-Oeste e Norte, devido a expansão da fronteira agrícola e estímulo do estado para
ocupar o interior.
• A partir de 1990  Ocorre uma queda na taxa de migrações inter-regionais (início da migração de retorno).
- Essa década marcou o declínio do êxodo rural.
• Século XXI  Migração de retorno do Sudeste para o Nordeste
- Fuga das grandes cidades;
- Desconcentração urbana;

A estagnação econômica, as constantes secas, em contraste com a prosperidade econômica de outras regiões do Brasil, foram fatores
determinantes no início do processo migratório nordestino.
O Nordeste é responsável pelos maiores fluxos migratórios inter-regionais do Brasil devido a fatores de repulsão como clima, economia
estagnada e concentração de grandes propriedades nas mãos de pouco.

- No Brasil, a urbanização ocorreu relativamente tarde e, quando se iniciou, tendeu a ser acelerada e desordenada.

Ciclo da borracha:
- Foi um dos fluxos migratórios mais intensos do País;
- Atraiu um grande nº de imigrantes, especialmente nordestinos;

Autossegregação: refere-se à classe dominante, que possui o poder de escolher onde residir.

Segregação induzida: constatada na construção de casas populares  Bairros desprovidos de infraestrutura adequada, apresentando valores
compatíveis com o da população de renda inferior.

Segregação imposta: dá-se com a camada da população de baixa renda, que não tem muita opção de escolha para locais de moradia.

Gentrificação: processo de transformação de áreas periféricas em áreas nobre.


- No brasil, ocorreu principalmente na época da Copa do Mundo e das Olimpíadas; muitos lugares periféricos deram lugares a grandes obras,
centros de negócio etc.

3 – A divisão inter-regional do trabalho e da produção no Brasil; A estrutura urbana


BR e as grandes metrópoles; Integração entre indústria e estrutura urbana e setor
agrícola; a integração do BR ao processo de internacionalização da economia;
Desmetropolização: desconcentração das metrópoles e crescimento das cidades médias (cidades entre 100.000 e 500.000 habitantes).
Há diminuição do ritmo de crescimento das metrópoles e intensificação do ritmo de crescimento das cidades médias, devido:
- Custos maiores de produção nas grandes cidades e custos menores nas cidades médias.
- Custo de vida maior nas metrópoles e menor nas cidades médias.
- Avanços das técnicas, sobretudo das telecomunicações e a melhoria da infraestrutura de transportes.
- Cidades médias têm boa infraestrutura de prestação de serviços, conectadas aos elos superiores da rede urbana.

Em busca de competitividade, as empresas buscam localidades capazes de oferecer vantagens econômicas, como mão de obra mais
barata, mercado consumidor significativo ou menores custos de produção.
- As metrópoles não são mais atraentes para as grandes indústrias, devido ao alto custo de mão de obra e a grande valorização dos imóveis da
região.

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- Muitas indústrias negociam sua localização fazendo um leilão entre governos locais, buscando as melhores condições  Isso ficou conhecido
como guerra fiscal.

• O território BR possui forte desigualdade espacial, porém ocorre uma diminuição gradativa desse fenômeno.
• Acontece a lenta desconcentração da atividade industrial do Sudeste para outras regiões do país, como no Norte e Nordeste.

Zona Franca de Manaus:


- Polo industrial, técnico e científico, com expressiva presença industrial (mais de 600 empresas instaladas, como a Honda e a Samsung);
- Provocou o crescimento demográfico e a urbanização de Manaus;
Possui uma política tributária mais atrativa:
- Redução de imposto de importação;
- Isenção de IPI;
- Redução de IR para PF.

Setor agropecuário:
- Cabe tanto à iniciativa privada quanto ao poder público as ações de planejamento e execução de obras para escoamento da produção.
- Nas últimas décadas, as regiões Norte e Centro-Oeste foram as que mais sofreram alterações em decorrência da agricultura;

Setor estratégico na economia brasileira, mas que representa apenas uma pequena parcela do PIB (2019):
- Setor agropecuário  5,25 do PIB;
- Setor industrial  20,9% do PIB;
- Setor de serviços  73,9% do PIB.
Tecnologia:
- A tecnologia, principalmente nas grandes propriedades, permite o aumento da produtividade e a diminuição dos custos de produção.
- São utilizados GPS, maquinário, softwares indicadores de desempenho, biotecnologia para o melhoramento genético etc.

Revolução Verde: nome dado ao conjunto de iniciativas tecnológicas que transformou as práticas agrícolas e aumentou drasticamente a produção
de alimentos no mundo.
- Iniciou-se no México, em 1950  No Brasil, teve início na década de 60/70.
- O perfil da agricultura brasileira mudou completamente após a adoção das práticas características da revolução verde.
- Ocorreu durante o regime militar e foi um dos pilares do chamado "milagre econômico".
- A partir da produção em larga escala, o País passou à condição de exportador de alimentos.

Setor Primário: responsável pela extração de recursos provenientes da natureza.


Setor Secundário: abrange as fábricas e indústrias.
Setor Terciário: refere-se ao comércio a aos serviços.

Petróleo:
- O Brasil produz mais petróleo do que consome, porém, não é autossuficiente, pois exporta petróleo bruto e importa o refinado.

4 – Rede de transporte no Brasil: modais e principais infraestruturas


Principais modais de transporte no Brasil em ordem de atuação:
1º Rodoviário
2º Ferroviário
3º Aquaviário
4º Aéreo
5º Dutoviário

Rodoviário:
- Mais de 60% dos transportes é feito por meio dele;
- Apenas 12,4% da malha rodoviária é pavimentada  Do que é pavimentado, 92,7% é de pista simples.
- A maioria da malha viária se concentra no Centro-Sul, expandindo-se para o Nordeste e pra o Norte.

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- Faz o escoamento de praticamente tudo, desde maquinário até utensílios domésticos.


Vantagens:
- Flexibilidade e agilidade no acesso às cargas, permitindo integrar regiões mais afastadas como o interior do país;
- Simplicidade do funcionamento do transporte, visto que não apresenta qualquer dificuldade;
- Está sempre disponível para atendimentos urgentes;
- Vendas na condição de entrega porta a porta.
Desvantagens:
- Frete caro em comparação a outros meios, devido ao alto custo dos combustíveis e pedágios.
- Pistas irregulares, que danificam os veículos;
- Capacidade de tração de carga é bastante reduzida;
- Os veículos utilizados para tração possuem um elevado grau de poluição ao meio ambiente;

Ferroviário:
- Indicado para cargas de volumes muito grandes, que precisam ser deslocados por longos trajetos.
Desvantagem: Precisa ser combinado com outros modais, pois possui baixa flexibilidade.

Aéreo:
- Permite cobrir longas distâncias, em territórios nacional e internacional, de forma ágil e rápida.
- Indicado para o carregamento de eletrônicos e outras mercadorias frágeis.

Aquaviário:
- Indicado para percorrer grandes distâncias, embora de maneira mais lenta.
- Oferece condições para transportar bastante quantidade de carga.

Dutoviário:
- Feito através de dutos e tubos subterrâneos, submarinos ou aparentes.
- Tem alto custo de instalação, mas compensa pela baixa necessidade de manutenção.
- Indicado para o trânsito de gases e líquidos.

5 – Geografia e gestão ambiental


Mudanças climáticas:
• Geram diversos danos, além do aumento da temperatura, entre eles:
- Elevação do nível dos mares;
- Ondas de calor;
- Impacto no ciclo das chuvas;
Ilha de calor: fenômeno climático que ocorre a partir da elevação da temperatura de uma área urbana (central) em comparação com a zona rural.

• Alterações de componentes do ciclo hidrológico no âmbito das cidades, principalmente dos relacionados à alteração da superfície e à geração e
canalização de escoamento, geram problemas de drenagem urbana.

Ação antrópica = Ação da anta do homem.

Arenização: processo de formação de bancos de areia em virtude da retirada da cobertura vegetal e atuação intensiva da agricultura .
- Ocorre devido a ação antrópica.
- Acontece geralmente nos locais de clima úmido e relativamente chuvoso, como no Rio Grande do Sul.

Salinização: ocorre devido ao acúmulo de sais minerais no solo, seja proveniente das águas pluviais, oceânicas ou as utilizadas pela irrigação da
agricultura.
- Pode ocorrer por ações antrópicas ou naturais.
- Ocorre principalmente em locais de clima árido e semiárido, principalmente no Nordeste.

Desertificação: quando a evaporação é superior a precipitação.


- Pode ocorrer por ações antrópicas ou naturais.

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- Ocorre geralmente em locais de clima árido, semiárido e sub-úmido, principalmente no Nordeste.

Desenvolvimento sustentável: desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as
necessidades das futuras gerações.
- Não esgota os recursos para o futuro, ou seja, explora o ambiente sem agredi-lo.

6 – Macrodivisão natural do espaço BR: biomas, domínios e ecossistemas.


Quanto à foliagem
LATIFOLIADA (grande e úmida);
Caducifólias/decíduas/estacionais(perde folhas em muito frio/secas); (cerrado = semicaducifólias)
(jan17)---(fev17)---...Perenifólias...---(dez17)---(jan18) (duram o ano inteiro)
Quanto à umidade
Higrófilas: geralmente perenes, adaptadas a muita umidade (Floresta amazônica/ Mata atlântica)
Tropófilas: plantas adaptadas a uma estação seca e outra úmida, (Cerrado);
Xerófilas/Xerófitas : plantas adaptadas à aridez, próprias de ambientes com pouca umidade; (ex: Caatinga)
Quanto ao porte:
Arbóreas: formações vegetais nas quais predominam as árvores, plantas com um tronco principal de madeira, que é o tecido lenhoso,
através do qual são conduzidos os sais minerais e a água até as folhas;
Arbustivas: formações vegetais constituídas por plantas com tecido lenhoso, mas sem um tronco
principal e com ramificações desde a base;
Herbáceas: formações vegetais de plantas sem tecido lenhoso, geralmente de pequeno porte ou
que vivem próximo ao solo, como as ervas, gramíneas e musgos.

AMAZÔNIA: escoa 20% da água doce total mundial para os oceanos. Estão fixados trilhões de toneladas de carbono.2
LATIFOLIADA - Amazônia é o bioma que recebe a maior quantidade de chuvas. Maior bioma brasileiro: quase metade do território.
(jan17)---(fev17)---...Perenifólias...---(dez17)---(jan18)

MATA ATLÂNTICA (floresta pluvial tropical): bioma mais protegido do Brasil. Em uma estatística determinada, foi visto que resta
somente 8,5% (acima de 100 hectares) ou 12,5%, se somados todas as extensões, do bioma no BR; (posição estratégica no sudoeste
favoreceu seu intenso desmatamento; começando com a exploração do pau brasil e consequente ciclo do açúcar no Império);
►No entanto, esta porcentagem pode variar de acordo com o método;
•Percentualmente/relativamente falando, é o bioma que mais foi devastado. (também devido à madeira de alta qualidade de auracária);
Várias medidas são implantadas com intuito de preservar o bioma; no entanto, não têm sido suficientes para evitar destruição.4

CERRADO: Os latossolos do Cerrado, tipo predominante em tal bioma, são naturalmente ácidos e de baixa fertilidade (pobres em
nutrientes).
Para garantir uma produção agrícola em larga escala, utilizam-se tecnologias e métodos de correção da acidez (principalmente a calagem) e
adubação para o desenvolvimento normal das culturas. A partir da década de 1960, com o desenvolvimento da tecnologia de correção de solos
pela EMBRAPA, o cerrado começa a ser intensamente desmatado para dar lugar às atividades agrícolas.
►A lavoura de soja é a principal atividade agrícola do cerrado.
Na atualidade, é o bioma com o mais intenso ritmo de desmatamento, lugar da frente de expansão da agropecuária no Brasil;
(pecuária extensiva, agricultura e queimadas)
Apresenta-se estratificado em fitofisionomias, tais como os campos limpos e sujos, campo cerrado, cerrado stricto sensu e cerradão;
Em estações mais secas (inverno), muitas árvores desenvolvem o aspecto xeromórfico (adaptações que permitem resistir clima seco, por
exemplo, criar raízes que conseguem alcançar lençóis freáticos subterrâneos).5
->Galhos tortuosos; ->Cascas Grossas; ->Arbustos e pequenas árvores.
Clima alternadamente úmido e seco; -> Predomina vegetação herbáceas/arbustivas.
CERRADO: RIQUÍSSIMA BIODIVERSIDADE -> savana mais rica em biodiversidade do mundo.

Caatinga: O ÚNICO EXCLUSIVAMENTE BRASILEIRO(que felicidade!!!). Área aproximada de 845.000 Km2; cerca de 10% do BR;
>Predomina vegetação herbáceas/arbustivas;
Índices pluviométricos (chuva) baixos, com pequena amplitude térmica (média entre 27°C e 29°C);
A vegetação,"vegetação carrasco", é do tipo desértica, xerófita ou xerófila. Plantas desenvolvem resistências às secas.
•PAMPAS: ocupa 2,07% da área territorial do Brasil. (está no Rio Grande do Sul)
•PANTANAL: é o bioma de menor extensão territorial do Brasil, ocupando cerca de 1,76% da área territorial do Brasil. (Mato grosso e MS);
•1º Pecuária principal motor econômico; •2º Turismo logo em seguida.
Vegetação diversificada.
PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE
Muito recente: foi a partir da segunda metade do século XX que os temas ambientais começaram a adquirir relevância para a humanidade.

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RLM – TABELA DE
FÓRMULAS MAIS
IMPORTANTES.

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Estatística:
Ex: 0, 5, 5, 10, 20, 30.
Moda: Valor que mais se repete na população ou na amostra  No Ex é o 5
Mediana: Ao colocar os dados em ordem crescente, será exatamente o valor central entre esses dados  No ex será 7,5.

FÍSICA – TABELA DE
FÓRMULAS MAIS
IMPORTANTES.

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