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D. João lê a carta
“Majestade, nós, da corte portuguesa, exigimos a imediata volta do senhor e de toda sua família para
Portual”
- D. JOÃO: Meu filho, terei que partir! As cortes rebelaram-se! Estão exigindo nosso retorno. Não me resta
outra escolha. Terei que retornar para Portugal! Adeus, filho!
D. PEDRO: Também estão exigindo minha volta para Portugal. Mas não abandonarei o povo brasileiro. Se
é para o bem de todos e a felicidade geral da nação, diga ao povo que fico!
Todos comemoram
Cavalo entra e D. Pedro sobe nele e vão até as margens do rio e grita
Todos comemoram
Narrador entra
NARRADOR: Hahahahahaha ! Aaaaaah, D. Pedro! Você acha mesmo que a gente vai cair nessa? Bem, na
verdade, não foi exatamente isso que aconteceu... Na real D. João tava ferrado! Napoleão ameaçou
invadir Portugaçl quando descobriu que ele ainda tava comercializando com a Inglaterra, D. João fugiu pro
Brasil e trouxe sua esposa Carlota Joaquina e sua mãe Maria Louca... ops... digo, Maria I. Quando Maria
morreu, D. João tava morrendo de medo de sofrer um golpe e perder o trono de Portugal, então resolveu
voltar e deixar seu filho problemático aqui Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de
Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon... Nossa,
fiquei até sem ar... Aah, esse é o D. Pedro.
D. João entra
D. JOÃO: Meu filho, terei que partir. As cortes portuguesas não me dão outra escolha. Terei que retornar
para Portugal! Adeus!
Carlota, querida! Pegue suas coisas! Voltaremos hoje mesmo para Portugal!
CARLOTA: Graças a Deus. Eu não aguentava mais esse calor infernal, essa gente esquisita dançado pra lá e
pra cá. Toda hora é um querendo vender cocada, vestido, jequiti.. Desconjuro. . E oh, vou te dizer ein...
Dessa terra não levo nem o pó! (bate a sandália).
D. João: Nós só vamos precisar de algum dinheiro para viagem, Pedro. Mas fique tranquilo que nós vamos
deixar algum trocado para ti, está bem?
D. João pega todo o dinheiro da caixa, vai embora com Carlota e entrega uma única moeda para D. Pedro.
Narrador: Pedro ficou. Mas as cortes não ficaram nada satisfeitas com isso e passaram a exigir que ele
voltasse também. Porém, com muita valentia, Pedro decidiu enfrentar as cortes:
Entra D. Pedro, como se estivesse fazendo pirraça. Representante das cortes entra andando atrás dele,
como se quisesse convencê-lo.
Representante sai, Pedro se levanta, respira, estufa o peito e diz: Se é para o bem de todos e a felicidade
geral da nação, diga ao povo que fico!
Narrador: Passado este episódio, os grandes fazendeiros e comerciantes brasileiros começaram a tentar
convencer D. Pedro a romper com Portugal, até que um dia, enquanto estava em uma viagem do Rio para
São Paulo, algo aconteceu:
Dois guardas estão parados no meio do palco. Uma mãe e uma criança estão no chão, como se
estivessem trabalhando. Entra José Bonifácio:
Guarda: - Não! Quando digo trono, quero dizer sentado naquela moitinha logo ali, fazendo suas
necessidades.
José Bonifácio: Pedro, meu grande amigo. (vai em direção a Pedro para abraça-lo, mas logo volta tapando
o nariz por conta do cheiro. D. Pedro faz cada de quem não gostou).
- D. Pedro: É José, pelo que vejo aqui, só nos resta dois caminhos. Independência, ou morte.
Mãe: - Não sei meu filho, mas não deve ser coisa pra gente como nós. Deve ser algum produto novo vindo
da Inglaterra pra essa gente chique!
Então, já que o pai dele tinha levado todas as economias do Brasil, ele pediu um dinheirinho para a
Inglaterra para ela o aceitar como um país independente e pra não ter guerra contra Portugal e fazer uma
independência amigável. Qual foi o resultado? O início da dívida externa. E como você viu, no fim, a
independência não mudou em nada a vida do povo brasileiro, que continua lutando até hoje pra se
manter livre e sobreviver!