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Eletricidade

Básica

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ITEN SUMÁRIO PAGINA

1 Noções gerais de Eletricidade. 03


2 Eletricidade Estática 05
3 Eletrodinâmica 10
4 Magnetismo e Eletromagnetismo 26
5 Tensão Alternada 30
6 Capacitores 36
7 Gerador de Corrente Alternada 43
8 Transformadores 45
9 Aterramento Elétrico 54
Aterramento na Proteção Contra Descargas Atmosféricas e
10 59
Sobretensões.
11 Proteção Contra Choques Elétricos 61
12 Tensão de Toque e Tensão de Passo 71

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1 - NOÇÕES GERAIS SOBRE A ELETRICIDADE
São abordados neste Capítulo diversos aspectos sobre a eletricidade, de uma forma
simplificada, buscando oferecer uma visão geral sobre o assunto.
Para maiores informações, deve-se procurar uma literatura técnica especializada.
1.1 - Energia
Energia é a capacidade de produzir trabalho e ela pode se apresentar sob várias
formas:
• energia Térmica;
• energia Mecânica;
• energia Elétrica;
• energia Química;
• energia Atômica, etc.
Uma das mais importantes características da energia é a possibilidade de sua
transformação de uma forma para outra.
Por exemplo: a energia térmica pode ser convertida em energia mecânica (motores de
combustão interna), energia química em energia elétrica (pilhas) etc.
Entretanto, na maioria das formas em que a energia se apresenta, ela não pode ser
transportada, ela tem que ser utilizada no mesmo local em que é produzida.

1.1.1 - Energia Elétrica


A energia elétrica é uma forma de energia que pode ser transportada com maior
facilidade. Para chegar a uma casa, nas ruas, no comércio, ela percorre um longo
caminho a partir das usinas geradoras de energia.

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A energia elétrica passa por 3 principais etapas:
a) Geração: - A energia elétrica é produzida a partir da
energia mecânica de rotação de um eixo de uma turbina
que movimenta um gerador. Esta rotação é causada por
diferentes fontes primárias, como por exemplo, a força
da água que cai (hidráulica), a força do vapor (térmica)
que pode ter origem na queima do carvão, óleo
combustível ou, ainda, na fissão do urânio (nuclear).
No Brasil, as grandes usinas são em maioria, são
hidroelétricas.

b) Transmissão: - As usinas hidroelétricas nem sempre se


situam próximas aos centros consumidores de energia
elétrica. Por isso, é preciso transportar a energia elétrica
produzida nas usinas até os locais de consumo: cidades,
indústrias, propriedades rurais, etc. Para viabilizar o
transporte de energia elétrica, são construídas as
Subestações, elevadoras de tensão e as Linhas de
Transmissão.

c) Distribuição: - Nas cidades são construídas as subestações


transformadoras. Sua função é baixar a tensão do nível de
Transmissão (muito alto), para o nível de Distribuição.
A Rede de Distribuição recebe a energia elétrica em um nível de tensão adequado à
sua Distribuição
por toda a cidade, porém, inadequada para sua utilização imediata para a maioria dos
consumidores.
Assim, os transformadores instalados nos postes das cidades fornecem a energia
elétrica diretamente para as residências, para o comércio e outros locais de consumo,
no nível de tensão (127/220 Volts, por exemplo), adequado à utilização.

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As etapas de Geração, Transmissão, Distribuição e da utilização da energia elétrica,
podem ser assim representadas:

2 - ELETRICIDADE ESTÁTICA.
2.1 O Átomo.
Tudo que ocupa lugar no espaço é matéria. A matéria é constituída por partículas
muito pequenas chamada de átomos. Os átomos por sua vez são constituídos por
partículas subatômicas: elétron, próton e nêutron, sendo que o elétron é a carga
negativa (-) fundamental da eletricidade e estão girando ao redor do núcleo do átomo
em trajetórias concêntricas denominadas de órbitas.

O próton é a carga positiva fundamental (+) da eletricidade e estão no núcleo do


átomo. É o número de prótons no núcleo que determina o número atômico daquele
átomo. Também no núcleo é encontrado o nêutron, carga neutra fundamental da
eletricidade.

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No seu estado natural um átomo está sempre em equilíbrio, ou seja, contém o mesmo
número de prótons e elétrons. Como cargas contrárias se anulam, e o elétron e
próton possuem o mesmo valor absoluto de carga elétrica, isto torna o átomo
natural num átomo neutro.

NÊUTRONS: Não possuem cargas elétricas

PRÓTONS: Possuem cargas positivas

ELÉTRONS: Possuem cargas negativas

2.1.1 Átomo Estável e Instável


Um átomo é estável como vimos anteriormente, quando a quantidade de energia dos
elétrons (-) e dos prótons (+) é igual. Como os elétrons estão divididos em camadas
distanciadas proporcionalmente do núcleo, os mesmo possuem energias diferentes,
chamados níveis de energia. O nível de energia de um elétron é diretamente
proporcional a distância do seu núcleo. Os elétrons situados na camada mais externa
são chamados de elétrons de valência. Quando estes elétrons recebem do meio
externo mais energia, isto pode fazer com o elétron se desloque para um nível de
energia mais alto. Se isto ocorre, dizemos que o átomo está num estado excitado e,
portanto instável. Na camada mais externa suficiente, alguns dos elétrons de valência
abandonarão o átomo, se tornando elétrons livres que produz a corrente elétrica
num condutor metálico.

2.1.2 Leis das Cargas Elétricas


Alguns átomos são capazes de ceder elétrons e outros são capazes de receber
elétrons. Quando isto ocorre, a distribuição, positivas e negativas que era igual deixa

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de existir. Um corpo passa a ter excesso e outro falta de elétrons. O corpo com excesso
de elétrons passa a ter uma carga com polaridade negativa, e o corpo com falta de
elétrons terá uma carga com polaridade positiva.

CARGAS ELÉTRICAS IGUAIS SE REPELEM

CARGAS
OPOSTAS
(DIFRENTES) SE ATRAEM.

2.1.3 O Coulomb
A quantidade de carga elétrica que um corpo possui é dada pela diferença entre
número de prótons e o número de elétrons que o corpo tem. A quantidade de carga
elétrica é representada pela letra Q, e é expresso na unidade COULOMB (C).
A carga de 1 C = 6,25x1018 elétrons. Dizer que um corpo possui de um Coulomb
negativo ( -Q ), significa que um corpo possui 6,25x1018 mais elétrons que prótons.
2.1.4 Carga Elétrica Elementar
A menor carga elétrica encontrada na natureza é a carga de um elétron ou próton.
Estas cargas são iguais em valor absoluto e valem e = 1,6 x 10-19 C.
Para calcular a quantidade de carga elétrica de um corpo, basta multiplicar o número
de elétrons pela carga elementar Q = n x e.

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2.1.5 Campo Eletrostático
Toda carga elétrica tem capacidade de exercer força. Isto se faz
presente no campo eletrostático que envolve cada corpo carregado.
Quando corpos com polaridades opostas são colocados próximos um
do outro, o campo eletrostático se concentra na região compreendida
entre eles. Se um elétron for abandonado no ponto no interior desse
campo, ele será repelido pela carga negativa e atraído pela carga
positiva.

Quando não há transferência imediata de elétrons para um corpo carregado, diz-se


que a carga esta em repouso. A eletricidade em repouso é chamada de eletricidade
estática.

2.1.6 Diferença de Potencial


Em virtude da força do seu campo eletrostático, uma carga é capaz de realizar trabalho
ao deslocar uma outra carga por atração ou repulsão. Essa capacidade é chamada de
potencial. Cargas diferentes produzem uma d.d.p. (diferença de potencial). A soma das
diferenças de potencial de todas as cargas do campo eletrostático é conhecida como
Força Eletromotriz (F.E.M.). A sua unidade fundamental é o Volt. A diferença de
potencial é chamada também de Tensão Elétrica. A tensão elétrica é representada pela
letra E ou U.

Faremos uma analogia com um circuito hidráulico.


 Suponhamos duas caixas d´agua ligadas entre si.

 Ao abrirmos o registro a água fluirá de uma caixa para outra.

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 Para termos um movimento de água, é necessário um desnível de água
(pressão).
 O mesmo acontece com os elétrons.
 Para que eles se movimentem, é necessário termos uma pressão elétrica.
 À pressão exercida sobre os elétrons, chamamos de tensão elétrica ou d.d.p.
(diferença de potencial).
 Tensão elétrica - é a pressão exercida sobre os elétrons livres para que estes se
movimentem no interior de um condutor.
 A tensão elétrica é representada pela letra E, U ou V (Volts).
 Unidades de medidas.

Aparelho de medida da tensão elétrica.


 Num circuito elétrico o Voltímetro deverá ser ligado em paralelo com a carga.

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Cuidados na utilização do voltímetro.

 A graduação máxima da escala maior que a tensão medida;


 A leitura deve ser a mais próxima possível do meio da escala;
 Ajustar o zero (sempre na ausência de tensão);
 Não mudar a posição de utilização do aparelho;
 Evitar choques mecânicos.

Exemplos:
13,8 kV = 13.800 V
34,5 kV = 34.500 V
220 V = 0,22 kV
127 V = 0,127 kV

3 – ELETRODINÂMICA.

3.1 Corrente Elétrica.


Determinados materiais, quando são submetidos a uma fonte de força eletromotriz,
permitem uma movimentação sistemática de elétrons de um átomo a outro, e é este
fenômeno que é denominado de corrente elétrica.
Pode-se dizer, então que cargas elétricas em movimento ordenado formam a corrente
elétrica, ou seja, corrente elétrica, é o fluxo de elétrons em um meio condutor. A
corrente elétrica é representada pela letra I e sua unidade fundamental é o Ampère.

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No átomo de um material (considerado condutor), os elétrons da última camada
(elétrons livres), ficam trocando constantemente de átomo.
Se aproximarmos um polo positivo de um lado e um negativo de outro:

Define-se 1A como sendo deslocamento de 1 C (6,25×1018) e através de um condutor


durante um intervalo de 1 s.

A definição matemática da intensidade de corrente elétrica é dada por:

Onde:
I = corrente elétrica em ampère;
Q = carga em Coulomb;
T = tempo em segundos.

3.1.1 Fluxo de Corrente


Se ligarmos às duas extremidades de um fio de cobre, uma diferença de potencial, a
tensão aplicada faz com que os elétrons se desloquem. Esse deslocamento consiste
num movimento de elétrons a partir do ponto de carga negativa Q - numa
extremidade do fio, seguindo através deste e chegando à carga positiva +Q na outra
extremidade.

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O sentido do movimento de elétrons é de – para +. Este é o fluxo de elétrons. No
entanto para estudos convencionou-se dizer que o deslocamento dos elétrons é de +
para – Este é o chamado de fluxo convencional da corrente elétrica.

Corrente elétrica - é o movimento ordenado dos elétrons no interior de um condutor.


Símbolo - I (intensidade de corrente elétrica)
Unidade de medida da corrente elétrica é o AMPÈRE símbolo (A).

Múltiplos e submúltiplos: Para valores elevados, utilizamos os múltiplos e para valores


muito baixos, os submúltiplos.

Exemplos: 23 mA = 0,023 A
62,5 mA = 0,0625 A
0,2 kA = 200 A
6,6 kA = 6.600 A

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Como obter uma corrente elétrica?
 Para obtermos uma corrente
elétrica precisamos de um
circuito elétrico
Circuito elétrico.
 Para obtermos um circuito
elétrico, são necessários três
elementos:

 Aparelho de medida da corrente elétrica: É o Amperímetro.


 O amperímetro deve ser ligado em série com a carga.

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Cuidados na utilização do amperímetro:
 A graduação máxima da escala deverá ser sempre maior que a
corrente medida;
 A leitura deve ser a mais próxima possível do meio da escala;
 Não mudar a posição de utilização do aparelho.

3.1.2 - Corrente Contínua e Corrente Alternada


A energia elétrica é transportada sob a forma de corrente elétrica e pode apresentar-
se sob duas formas:
➡ Corrente Contínua (CC)
➡ Corrente Alternada (CA)
A Corrente Contínua (CC) é aquela que mantém sempre a mesma polaridade,
fornecendo uma tensão elétrica (ou corrente elétrica) com uma forma de onda
constante (sem oscilações), como é o caso da energia fornecida pelas pilhas e baterias.
Tem-se um polo positivo e outro negativo.

A Corrente Alternada (CA) tem a sua polaridade invertida um certo número de vezes
por segundo, isto é, a forma de onda oscilação diversas vezes em cada segundo.
O número de oscilações (ou variações) que a tensão elétrica (ou corrente elétrica) faz
por segundo é denominado de Frequência.
A sua unidade é Hertz e o seu símbolo é Hz. Um Hertz corresponde a um ciclo
completo de variação da tensão elétrica durante um segundo. No Brasil energia
elétrica fornecida, é a frequência é de 60 Hz.
A grande maioria dos equipamentos elétricos funciona em corrente alternada (CA),
como os motores de indução, os eletrodomésticos, lâmpadas de iluminação, etc.

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A corrente contínua (CC) é menos utilizada. Como exemplo, tem-se: os sistemas de
segurança e controle, os equipamentos que funcionam com pilhas ou baterias, os
motores de corrente contínua, etc.

3.2 Resistividade Elétrica


Define-se resistência como sendo a capacidade de um fio condutor ser opor a
passagem de corrente elétrica através de sua estrutura.
Verifica-se experimentalmente que a resistência elétrica de um resistor depende do
material que o constitui e de suas dimensões.
Para simplificar a análise dessas dependências, vamos considerar que os condutores
tenham a forma de um fio cilíndrico como mostra a figura abaixo. Esta é a forma
largamente utilizada tanto na transmissão de energia elétrica como na construção de
resistores.

Considere vários fios condutores de mesmo material, mesma área de secção (S S)


transversal de comprimentos l diferentes. Verifica-se que quanto maior o
comprimento tanto maior é a resistência do fio. Então, a resistência é diretamente
proporcional ao comprimento do fio.

Se tomarmos vários condutores de mesmo material, mesmo comprimento, mas de


diâmetro diferentes, verificamos que a resistência é inversamente proporcional à
área da seção reta do fio.
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A resistência elétrica depende do material que é feito o condutor.
Cada material possui resistência, e a resistência de um condutor de 1 m de
comprimento e de secção 1 mm2 chama-se resistividade e é representada pela letra
grega ρ (rô).
A resistividade é medida em: Ω x mm2 /m

Exemplos:
Ω x mm2
Cobre: ρ = 0,017 ----------
m

Ω x mm2
Alumínio: ρ = 0,031 ----------
m

Ω x mm2
Níquel Cromo: ρ = 1 ----------
m

Outro fator que AUMENTA a resistência elétrica é quando aumentamos a temperatura


do condutor metálico.

Matematicamente podemos então calcular ( R ) de um condutor metálico quando


conhecemos os elementos acima.

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CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS

MELHORES CONDUTORES
CONDUTORES PIORES
RESISTIVIDADE ( ρ )
MATERIAL Ω x mm2/m PARCIAIS CONDUTORES

Aço 0,10 a 0,25 Carvão Brasilite


Alumínio Duro 0,0303 Grafite Óleos
Alumínio Recozido 0,0277 Soluções Ácidas Porcelanas
Bismuto 1,2 Soluções Salinas Borracha
Carbono 40 a 100 Água Couro Seco
Chumbo 0,208 Terra Úmida Vidro
Cobre Duro 0,0179 Corpo Humano Ar Seco
Cobre Recozido 0,0175 Madeira Seca Mica
Estanho 0,12 Mármore Papel Seco
Ferro em Chapa 0,12
Ferro Fundido 0,6 a 1,6
Latão 0,06 a 0,08
Mercúrio 0,968
Níquel 0,,65 a 0,1
Níquel Cromo 1 a 1,1
Ouro 0,023
Platina 0,1
Prata 0,015
Zinco 0,060

Resistência elétrica.

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A capacidade de um condutor se opor ao fluxo de elétrons, ou seja, a oposição
oferecida à passagem da corrente elétrica é chamada de RESISTÊNCIA ELÉTRICA.

Símbolo:

Ω)
Unidade de medida da resistência elétrica: OHM (Ω

3.2.1 Lei De Ohm


Considere o resistor abaixo, mantido a uma temperatura constante. Quando o mesmo
for submetido a uma tensão elétrica (d.d.p.) E, circulará pelo mesmo uma corrente
elétrica Ι.
Mudando o valor da d.d.p. para E1, E2, ... En , o resistor passa a ser percorrido por uma
corrente Ι1, Ι2, … Ιn. O Físico alemão George Simon Ohm, verificou que o quociente da
tensão aplicada pela respectiva corrente circulante era uma constante do resistor.

Exercícios. No circuito ao lado Calcule:


R= 50 W; E= 10 V; I= ?
E= 3,5 V; I= 5mA; R= ?
E= 180 V; R= 30 W; I = ?
E= 220 V; I = 4,4 A; R= ?

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3.2.2 Código de Cores para Resistores
O código de cores é a convenção utilizada
para identificação de resistores de uso geral.
Compreendem as séries E6, E12 e E24 da
norma internacional IEC.

Procedimento para Determinar o Valor do Resistor:


 Identificar a cor do primeiro anel, e verificar através da tabela de cores o
algarismo correspondente à cor. Este algarismo será o primeiro dígito do valor
do resistor.
 Identificar a cor do segundo anel. Determinar o algarismo correspondente ao
segundo dígito do valor da resistência.
 Identificar a cor do terceiro anel. Determinar o valor para multiplicar o número
formado pelos itens 1 e 2. Efetuar a operação e obter o valor da resistência.
 Identificar a cor do quarto anel e verificar a porcentagem de tolerância do valor
nominal da resistência do resistor.
OBS.: A primeira faixa será a faixa que estiver mais perto de qualquer um dos
terminais do resistor.
Exemplo:
1º Faixa Vermelha = 2
2º Faixa Violeta = 7
3º Faixa Marrom = 10
4º Faixa Ouro = 5%

O valor será 270 W com 5% de tolerância. Ou seja, o valor exato da resistência para
qualquer elemento com esta especificação estará entre 256,5W e 283,5W.
Entenda o multiplicador. Ele é o número de zeros que você coloca na frente do
número. No exemplo é o 10, e você coloca apenas um zero se fosse o 100 você
colocaria 2 zeros e se fosse apenas o 1 você não colocaria nenhum zero.

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Outro elemento que talvez necessite explicação é a tolerância. O processo de
fabricação em massa de resistores não consegue garantir para estes componentes um
valor exato de resistência. Assim, pode haver variação dentro do valor especificado de
tolerância. É importante notar que quanto menor a tolerância, mais caro o resistor,
pois o processo de fabricação deve ser mais refinado
para reduzir a variação em torno do valor nominal.

Aparelho para medir Resistores.


 O aparelho utilizado é o OMIMETRO;

 A leitura deve ser a mais próxima possível do meio da escala;

3.2.3 Potência Elétrica


Se um trabalho está sendo executado em um sistema elétrico, uma quantidade de
energia está sendo consumida. A razão em que o trabalho está sendo executado, isto
é, a razão em que a energia está sendo consumida é chamada Potência.
Trabalho
Potência = -----------
Tempo
Em eletricidade, a tensão realiza trabalho de deslocar uma carga elétrica, e a corrente
representa o número de cargas deslocadas na unidade de tempo. Assim em
eletricidade:

Trabalho Carga movida


Potência = ------------------- x -------------------- = E X Ι
Unid. de tempo Unid. de carga

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A unidade fundamental de potência elétrica é o WATT

Exemplo: Potencia Elétrica de uma Lâmpada.

 Capacidade de produzir trabalho de 100 W


 Se for ligada a uma fonte de 127 V

Fórmulas Matemáticas Relacionando Tensão, Corrente, Resistência e Potência


Elétricas.

a) E = R×
×I; Formula mais Utilizada: P = V x I
b) P = E × I;
c) P = R×
×I2;
d) I = E ÷ R ; ONDE:
e) R = E ÷ I;
f) P = E2 ÷ R;
g) I = P ÷ E

Para Medir a Potência utilizamos o Wattímetro que será ligado em série e paralelo.
Exemplo:
• Numa Lâmpada é aplicada uma tensão de 100 V e é percorrida por uma
corrente de 2 A.

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• O Wattímetro registrará a potencia de 200 W

Unidades das Grandezas Elétricas – Múltiplos e Submúltiplos

Prefixos das Unidades: São múltiplos ou submúltiplos da unidade básica no S.I.:

3.3 Associação De Resistores


3.3.1 Associação em Série

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Quando resistores são conectados de forma que a saída de um se conecte a entrada de
outro e assim sucessivamente em uma única linha, diz-se que os mesmos estão
formando uma ligação série.
Neste tipo de ligação a corrente que circula tem o mesmo valor em todos os resistores
da associação, mas a tensão aplicada se divide proporcionalmente em cada resistor.

Os resistores que compõem a série podem ser substituídos por um único resistor
chamado de Resistor Equivalente.

E = E1 + E2 + E3 R x I = R1 x I + R2 x I = R3 x I

Como a corrente é comum a todos os termos da equação ela pode ser simplificada
(cortada) nos dois lados da igualdade:

Req = R1 + R2 + R 3

A Req de uma associação em série é igual à soma das resistências dos resistores.

3.3.2 Associação em Paralelo


Quando a ligação entre resistores é feita de modo que o início de um resistor é ligado
ao início de outro, e o terminal final do primeiro ao termina final do segundo,
caracteriza-se uma ligação paralela.
Neste tipo de ligação, a corrente do circuito tem mais um caminho para circular, sendo
assim ela se divide inversamente proporcional ao valor do resistor. Já a tensão aplicada
é a mesma a todos os resistores envolvidos na ligação paralela.

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Analisando o circuito vemos que: Ιt = Ι1 + Ι 2 + Ι 3 . Pela Lei de Ohm temos que a
corrente elétrica é igual à tensão dividido pela resistência, então:

Como a tensão é a mesma, e é comum a todos os termos da igualdade, ela pode ser
simplificada, restando então:

Inverso da Req de uma associação em paralelo é igual à soma dos inversos das
resistências dos resistores.

Para dois resistores em paralelo é possível calcular a Req através de uma outra
fórmula:

3.3.3 Associação Mista


É o caso mais encontrado em circuitos eletrônicos. Neste caso há resistores ligados em
série e interligados a outros em paralelo. Para se chegar a Req, faz-se o cálculo das
associações série e paralelo ordenadamente, sem nunca “misturar” o cálculo, ou seja,
associar um
resistor em série a
outro esteja
numa ligação
paralela.

Exercícios:
1 - Calcule a resistência equivalente dos circuitos abaixo.
Dados: R1=2Ω; R2=6Ω ; R3=2Ω ; R4=4Ω; R5=3Ω

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2) Calcule os valores das variáveis dependentes:
a) E= 120 V; P= 60 W; I= ?; R=?
b) E= 8 V; I= 0,2 A; P= ?; R= ?
c) R= 2.000 W; E= 40 V; I= ?; P=?

3.3.4 Considerações finais sobre a Lei de Ohm


A Lei de Ohm pode ser definida como a relação entre a Tensão, a Corrente e a
Resistência em um circuito elétrico de corrente contínua. Ela pode ser definida como
uma constante de proporcionalidade entre as três grandezas.
Ela estabelece que:

A corrente elétrica em um condutor metálico é diretamente proporcional à tensão


aplicada em seus terminais, desde que a temperatura e outras grandezas físicas
forem constantes.

Com a passagem da corrente elétrica pelo condutor, há choques dos elétrons contra os
átomos do material, com consequente aumento da temperatura (efeito Joule). Este
fato acarreta dois fenômenos opostos no condutor: um aumento da energia de
vibração dos átomos do material, opondo-se à corrente elétrica (aumento da
resistência); e um aumento do número de cargas livres e também de suas velocidades,
favorecendo a passagem de corrente elétrica (diminuição da resistência).
Quando os dois fenômenos se contrabalançam, o condutor é ôhmico ou linear, pois
sua resistência permanece constante.

Quando o primeiro fenômeno predomina, a resistência do condutor aumenta com a


temperatura, e é o que ocorre com o filamento de uma lâmpada incandescente.

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3.3.5 Aplicação da Lei de Ohm em Circuitos com Resistência em Série
A corrente elétrica é a mesma em todas as resistências, e a tensão elétrica se dividirá
proporcionalmente ao valor das resistências.

3.3.6 Aplicação da Lei de Ohm em Circuitos Resistências em Paralelo


A tensão elétrica será a mesma em todas as resistências, e a corrente elétrica se
dividirá inversamente proporcional ao valor da resistência.

Exercícios:
1) Um resistor de 10 W; outro de 15 W e um de 30 W são conectados em série com
uma fonte de 120 V. Qual a Req? Qual a corrente que circula no circuito? Qual a
potência dissipada por cada resistência?

2) Qual a corrente total fornecida pela bateria no circuito abaixo e a potência dissipada
em cada resistor?

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3) Uma lâmpada de filamento dissipa a potência elétrica de 60 W quando ligada em
110 V. Calcule a resistência elétrica do filamento.

4) Um aparelho elétrico quando em funcionamento, é percorrido por uma corrente de


20 A, alimentado por 110 V. Determine a potência elétrica consumida pelo aparelho.

4 - MAGNETISMO E ELETROMAGNETISMO.

Os efeitos do magnetismo já é estudo pelo homem há séculos, pois, sempre se


observou que determinados materiais causavam perturbação no meio em que
estavam.
Estes materiais são hoje denominados de imãs e o efeito de perturbação que o mesmo
causa no meio em que está é chamado de magnetismo.
Imãs e magnetos
Um imã é definido com um objeto capaz de provocar um campo magnético à sua volta
e pode ser natural ou artificial.
Um imã natural é feito de minerais com substâncias magnéticas, como por exemplo, a
magnetita, e um imã artificial é feito de um material sem propriedades magnéticas,
mas que pode adquirir permanente ou instantaneamente características de um imã
natural.
Os imãs artificiais também são subdivididos em: permanentes, temporais ou
eletroímãs.

• Um imã permanente é feito de material capaz de manter as propriedades


magnéticas mesmo após cessar o processo de imantação, estes materiais são
chamados ferromagnéticos.

• Um imã temporal tem propriedades magnéticas apenas enquanto se encontra


sob ação de outro campo magnético, os materiais que possibilitam este tipo de
processo são chamados paramagnéticos.

• Um eletroímã é um dispositivo composto de um condutor por onde circula


corrente elétrica e um núcleo, normalmente de ferro. Suas características
dependem da passagem de corrente pelo condutor; ao cessar a passagem de
corrente cessa também a existência do campo magnético.

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4.1- Magnetismo.
4.1.2 - Propriedades dos Imãs
Pólos magnéticos
São as regiões onde se intensificam as ações magnéticas. Um imã é composto por dois
pólos magnéticos, norte e sul, normalmente localizados em suas extremidades, exceto
quando estas não existirem, como em um imã em forma de disco, por exemplo. Por
esta razão são chamados dipolos magnéticos.

Se borrifarmos um imã com limalha de ferro, nota-se que esta limalha não é
uniformemente atraída por toda a superfície do imã. Ao contrário ela procura
concentrar-se junto às extremidades do imã.
A essas duas extremidades dá-se o nome de polos do
imã. Verificou-se que a própria terra é um grande imã
com seus dois polos magnéticos localizados uma na
região ártica, outro na região antártica.
Por analogia, dá-se aos dois polos o nome NORTE e SUL.

Para que sejam determinados estes pólos, se deve


suspender o imã pelo centro de massa e ele se alinhará
aproximadamente ao pólo norte e sul geográfico recebendo nomenclatura
equivalente. Desta forma, o pólo norte magnético deve apontar para o pólo norte
geográfico e o pólo sul magnético para o pólo sul geográfico.
Atração e repulsão
Ao manusear dois imãs percebemos claramente que existem duas formas de colocá-
los para que estes sejam repelidos e duas formas para que sejam atraídos. Isto se deve
ao fato de que pólos com mesmo nome se repelem, mas pólos com nomes diferentes
se atraem, ou seja:

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Esta propriedade nos leva a concluir que os pólos norte e sul geográficos não
coincidem com os pólos norte e sul magnéticos. Na verdade eles se encontram em
pontos praticamente
opostos, como mostra
a figura abaixo.

Campo Magnético
É a região próxima a um imã que influencia outros imãs ou materiais ferromagnéticos
e paramagnéticos, como cobalto e ferro.
Compare campo magnético com campo gravitacional ou campo elétrico e verá que
todos estes têm as características equivalentes.
Também é possível definir um vetor que descreva este campo, chamado vetor indução
magnética e simbolizado por . Se pudermos colocar uma pequena bússola em um
ponto sob ação do campo o vetor terá direção da reta em que a agulha se alinha e
sentido para onde aponta o pólo norte magnético da agulha.
Se pudermos traçar todos os pontos onde há um vetor indução magnética associado
veremos linhas que são chamadas linhas de indução do campo magnético. Estas são
orientadas do pólo norte em direção ao sul, e em cada ponto o vetor tangencia
estas linhas.

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4.2 - Eletromagnetismo.
Em 1.819, um físico dinamarquês HANS CRISTIAN OERSTED aproximou uma pequena
bússola de um fio, pelo qual passou uma corrente elétrica. Notou com isto que a
agulha se movia.
Quando desligou a corrente a agulha voltou-se para a posição normal. Esta descoberta
desencadeou uma série de acontecimentos que contribuíram para dar forma a nossa
civilização industrial.

A importância desta descoberta estava no fato de que ficou provado que um condutor
quando percorrido por uma corrente elétrica criava um campo magnético semelhante
ao imã.
Supõe-se então que o movimento de uma partícula carregada seja sempre
acompanhada por um campo magnético.

4.2.1 Indutores.
Quando se passa uma corrente elétrica em um dado comprimento de condutor,
produz-se um campo magnético em torno deste condutor conforme figura abaixo.

Se este condutor for colocado perto de outro condutor como mostra a figura abaixo, o
campo magnético em torno do primeiro condutor cortará o outro e ao cortá-lo
induzirá uma força eletromotriz e portanto uma corrente no segundo condutor.
Quando a corrente no circuito avaria, o fluxo magnético que o envolve também vara.
Esta variação do fluxo ocasiona a indução de uma força eletromotriz induzida (V) no
circuito.

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Ao efeito causado por um indutor chamamos de indutância a resistência elétrica que
este indutor oferece a passagem da corrente elétrica chamamos de reatância indutiva
o valor desta reatância que também como no caso dos resistores é dada em ohm (Ω) e
é dada por:

XL =2.π.f.L
Onde:
XL = Reatância indutiva;

π = Constante matemática;
F = frequência em Hz;
L = Valor da indutância dada em Henry.

A unidade de indutância é chamada de Henry. Em eletrônica trabalha-se


principalmente em milihenrys (µH) ou ainda microhenrys (µH).
A letra (L) significa em um circuito eletrônico uma bobina.

5- TENSÃO ALTERNADA.

5.1 - Geração de tensão alternada

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A tensão alternada é produzida girando uma bobina. À medida que a bobina corta as
linhas de força entre os polos magnéticos, produz-se uma tensão.
Essa tensão varia de zero até o valor de pico e volta a zero conforme uma senóide.
Assim é produzida a eletricidade nas usinas hidrelétricas. A geração ocorre quando um
condutor se movimenta num campo magnético,

induzindo uma tensão nesse


condutor.

Esta tensão depende da intensidade do campo magnético, da velocidade do condutor


e da direção em que se movimenta o condutor. A senóide é obtida pelo movimento de
rotação do condutor. A polaridade da tensão induzida depende da posição da espira
em relação aos polos do ímã. Na corrente alternada os elétrons mudam o sentido do
seu movimento. Em altas frequências, a corrente se limita à superfície do condutor,
com isso, a resistência aumenta .

Vantagens da corrente alternada: ela pode ser transmitida a grandes distâncias mais
economicamente que a corrente contínua, sem grandes perdas. Para isso, pode-se
elevar e diminuir a tensão por meio de transformadores.

5.2 - Tipos de Cargas em Sistemas de Tensão Alternada


Existem três tipos de cargas nos sistemas de tensão alternada: as resistivas, as
indutivas e as capacitivas. As capacitivas não realizam trabalho e são utilizadas
normalmente como filtros, como elementos auxiliares de partida de motores
monofásicos e como compensadores de reações indutivas.
As ondas de Corrente e de Tensão podem estar defasadas uma da outra em um
circuito elétrico: quando a Corrente está em uma determinada posição, a Tensão pode
estar em outra posição, e vice-versa.

Assim tem-se:
1 Quando a Tensão está em fase com a Corrente, a carga é denominada de Resistiva. O
circuito elétrico é Resistivo.

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• Quando a Corrente está atrasada em seu deslocamento da Tensão, a carga é
denominada de Indutiva. Esse atraso (defasamento) é de até 90o. O circuito
elétrico é Indutivo.

• Quando a Corrente está adiantada em seu deslocamento da Tensão, a carga é


denominada de Capacitiva. Esse adiantamento (defasamento) é de até 90o. O
circuito elétrico é Capacitivo.

Em um circuito elétrico de Corrente Alternada (CA), a oposição à passagem da corrente


elétrica recebe os seguintes nomes:
• Resistência (R) quando se tratar de um circuito formado por resistência
elétrica;
• Reatância Indutiva (XL) quando se tratar de bobinas (enrolamentos);
• Reatância Capacitiva (XC) quando se tratar de capacitor.
A soma vetorial das Reatâncias (XL + XC) com a Resistência (R), dá-se o nome de

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Impedância (Z).
A Reatância Capacitiva opõe-se à Reatância Indutiva. Assim, a Reatância total do
circuito (X) é dada pela diferença entre XL e XC (o maior destes dois valores determina
se o circuito é Indutivo ou Capacitivo).
X = XL - XC
XL > XC (o circuito é Indutivo)
XC > XL (o circuito é Capacitivo)
Os valores da Resistência, das Reatâncias e da Impedância podem ser representados
graficamente através de um triângulo retângulo.

Onde:
Z = Impedância do circuito, da pela fórmula.
R = Resistência do circuito.
X = Reatância total do circuito (que é igual a X = XL - XC ou X = XC – XL).

Uma carga ligada a um circuito de Corrente Alternada (CA) é quase sempre constituída
de Resistência e Reatância ou seja, tem-se normalmente uma Impedância (Z).
A expressão da Potência P = U x I em geral, não é válida para todos os circuitos de
corrente alternada, devendo ser acrescida à expressão um outro fator, conforme será
mostrado a seguir.
No subitem 1.6 página 14, foi mostrado que a Potência (P) pode ser dada por:

P = R x I2 em W (Watts)
Se for substituído na expressão acima, a Resistência (R) pela Reatância total (X) tem-se:
P = X x I2 = VA (Volt Ampère)

Substituindo pela Impedância:

P = Z x I2 = VA (Volt Ampère)

A expressão da Potência Reativa do circuito elétrico depende das Reatâncias


existentes.
Este produto é chamado de Potência Aparente, sendo a “soma vetorial” das duas
Potências - Ativa e a Reativa.

Assim tem-se:

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W = R x I2
VAr = X x I2
VA = Z x I2
Onde:
W = Potência Ativa (ou kW, que corresponde a 1.000 W)
VAr = Potência Reativa (ou kVAr, que corresponde a 1.000 VAr)
VA = Potência Aparente (ou kVA, que corresponde a 1.000 VA)

Essas três Potências formam um triângulo, denominado “Triângulo


das Potências”.

O ângulo Ø é o ângulo do Fator de Potência (cos Ø = FP)

A partir da expressão (kVA)2 = (kW)2 + (kVAr)2 retirada do “Triângulo das Potências”,


tem-se as seguintes expressões matemáticas:

kVA = Potência Aparente (kVA)

kW = kVA x cosØ = Potência Ativa (kW)


kVAr = kVA x senØ = Potência Reativa (kVAr)
cosØ = kW / kVA = Fator de Potência

e ainda:
sen Ø = kVAr / kVA
tg Ø = kVAr / kW

Observações:
• Se a Potência Ativa (Watts) for trifásica, tem-se que: P = √ 3 x UFF x I x cos Ø

5.3 - Potência nos Circuitos de Tensão Alternada.


Em corrente alternada, o produto da tensão pela corrente representa a potência
aparente do circuito, isto é, a potência que o circuito aparenta ter uma vez que há
uma defasagem entre tensão (E) e corrente (I). É medida em volt-ampères (VA):

A potência que produz trabalho nos circuitos de CA, é chamada potência ativa, e é
dada, em watts (W), pelo produto:
P = E x I x cos φ
Onde:

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P = potência ativa, em watts;
E = tensão, em volts;
I = corrente em ampères;

O fator cos φ (coseno do ângulo de base) é chamado fator de potência do circuito,


pois é ele que determina qual a percentagem de potência aparente que é empregada
para produzir trabalho.

Fator de Potência
A Potência Ativa (kW) é a que efetivamente produz trabalho.
A Potência Reativa (kVAr) ou magnetizante, é utilizada para produzir o fluxo magnético
necessário ao funcionamento dos motores, transformadores, etc.
Para que se tenha uma ideia de como são essas duas formas de energia, será dado um
exemplo de uma forma bastante simplificada, fazendo uma analogia com um copo
cheio de cerveja.
Para melhor entender o real significado dessas três potências, podem ser feitas
algumas analogias:

Figura 1 – Analogia da Cerveja

Como vimos na Figura 1, a Potencia Ativa (W) representa a porção líquida do copo, ou
seja, a parte que realmente será utilizada para matar a sede.
Como na vida nem tudo é perfeito, junto com a cerveja vem uma parte de espuma,
representada pela Potência Reativa (VAr). Essa espuma está ocupando lugar no copo,
porém não é utilizada para matar a sede.
O conteúdo total do copo representa a Potência Aparente.

Tanto espuma quanto cerveja ocupam espaço no copo, da mesma forma que potência
ativa e reativa ocupam a rede elétrica, diminuindo a real capacidade de transmissão de
potência ativa da rede, em função de potência reativa ali presente.
Com base nos conceitos básicos apresentados pode se dizer que o Fator de Potência é
a grandeza que relaciona a Potência Ativa e a Potência Aparente, conforme é
observado na Equação 1 abaixo:

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FP = cos Ø ou
Equação 1 - Fator de Potência Simplificado

A analogia da cerveja pode ser utilizada para as seguintes conclusões iniciais:


• Quanto menos espuma tiver no copo, haverá mais cerveja. Da mesma maneira,
quanto menos Potência Reativa for consumida, maior será o Fator de Potência.
• Se um sistema não consome Potência Reativa, possui um Fator de Potência
unitário, ou seja, toda a potência drenada da fonte (rede elétrica) é convertida
em trabalho.
• Em um mundo ideal, relembrando a analogia da cerveja, VAr deve ser muito
pequena (a espuma deve se aproximar de zero) com W e VA praticamente
iguais, com menos espuma e mais cerveja. Desta forma há um melhor
aproveitamento da capacidade do copo (rede elétrica).
O exemplo a seguir mostra a importância do Fator de Potência (FP).
Qual a potência do transformador, necessária para se ligar um motor de 10 cv com FP
= 0,50 e qual a corrente do circuito para a tensão igual a 220 V? Calcular também para
o FP = 1,00.
Transformando a potência do motor de cv para kW tem-se:

10 cv = 10 x 735,5 = 7,3 kW 2º Caso: Para FP = 1,00


1º Caso: Para FP = 0,50 PkVA = PkW / cosØ
PkVA = 7,3 kW / 1,00
PkVA = PkW / cosØ PkVA = 7,3 kVA
PkVA = 7,3 kW / 0,50 I = PVA / U
I = 7.300 VA/ 220 V
PkVA = 14,6 kVA
I = 33 A
I = PVA / U I = Resposta:
I = 14.600 VA/ 220 V I = 7.300 VA/ 220 Transformador de 7,5 kVA
V
I = 66 A
Resposta:
Transformador de 15 kVA

Pelo exemplo, verifica-se que quanto menor o Fator de Potência, mais problemas ele
trará ao circuito: transformadores de maior capacidade (PkVA = PkW/cosØ), fiação
mais grossa, consequentemente um maior custo, etc.

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Por isso é importante que o Fator de Potência de uma instalação elétrica tenha um
valor mais próximo possível de 1 (um).
Todas as Concessionárias de Energia Elétrica cobram um ajuste financeiro (R$) sobre o
FP, quando o mesmo é inferior a 0,92 (capacitivo ou indutivo), de acordo com a
Legislação em vigor. Para a correção do Fator de Potência podem ser utilizados os
Capacitores, que são normalmente instalados junto as cargas (kW) elétricas.

As causas mais comuns do baixo Fator de Potência são:


 Nível de tensão elevado acima do valor nominal;
 Motores que, devido a operações incorretas, trabalham a vazio (sem ou com
pouca carga) desnecessariamente durante grande parte do seu tempo de
funcionamento;
 Motores superdimensionados para as respectivas máquinas;
 Grandes transformadores de força sendo usados para alimentar, durante
longos períodos, somente pequenas cargas;
 Transformadores desnecessariamente ligados a vazio (sem carga) por períodos
longos;
 Lâmpadas de descarga fluorescentes, vapor de mercúrio, etc, sem a correção
necessária individual ou do circuito de iluminação, do Fator de Potência.

Nota: Em um circuito elétrico composto apenas por resistências, o Fator de Potência


igual a 1 (um).
Neste caso, a Potência Ativa (kW) é igual a Potência Aparente (kVA).

Se o FP = 1, tem-se:

6 - CAPACITORES.

A figura mostra como é constituído fisicamente um capacitor onde temos


duas placas metálicas colocadas distantes e em paralelo uma com a outra e
entre elas um isolante chamado de dielétrico.

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Para entendermos como funcionam vamos partir do instante que o capacitor está
completamente descarregado e vamos ver o que acontece quando ligamos o
mesmo a uma fonte de tensão (CC).

Quando o fluxo de corrente acaba o capacitor está


completamente carregado.

O dielétrico deve ser suficientemente isolante fim de suportar a diferença de


potencial entre as placas e não permitir a passagem da corrente elétrica.
O importante também é o tamanho do dielétrico, pois quanto melhor ele for mais
próximo as placas podem ficar uma da outra.

A capacitância de um capacitor é diretamente proporcional a área das placas e a


distância ente elas, ou seja:

1 Quanto maior a área das placas maior será a capacitância;


2 Quanto melhor o dielétrico mais próximo um placa pode ficar da outra para uma
mesma diferença de potencial e portanto maior será também sua capacitância.
A capacitância é medida em Faraday (F) e em eletrônica utilizamos µF, e o ρF e
existem muitos tipos de capacitores como os de cerâmica, poliéster, tântalo,
eletrolítico, papel etc.

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6.1 - Associações dos Capacitores.
• Associação em Paralelo.
O calculo da associação em paralelo de capacitores é igual a associação em série de
resistores.

A capacitância entre os pontos A e B será:


CT = C1 + C2 + C3 + C4 + C5
• Associação em Paralelo.

A capacitância entre os pontos A e B será:

Simbologia:

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Os capacitores também apresentam uma resistência elétrica que chamamos de
reatância capacitiva que como no caso dos indutores pode ser calculada como
segue.

Onde:

XC = Reatância capacitiva;
F = Frequência;
C = Capacitância.

6.2 - Calculo do Fator de Potência pelos KVARh medido.


As concessionárias calculam o F.P. com base no consumo de energia ativa (kWh) e
reativa (kVAr), pois a Portaria 1569/DNAEE, de 23/12/93 alterou o limite mínimo do
fator de potência de 0,85 para 0,92 que permite às concessionárias incluírem também
a energia reativa capacitiva no cálculo do fator de potência.

Nos consumidores onde estão instalados os medidores de kVARh, o F.P. é


determinado da seguinte forma:

kVARh
Dividem-se os valores de consumo obtidos no mês em FP = ---------------
kVARh pelo consumo em kWh. kWh

Com o resultado obtido, recorrer à tabela (Anexo I) e achar o FATOR DE POTÊNCIA.

Com o resultado obtido, recorrer à tabela (Anexo I) e achar o FATOR DE


POTÊNCIA.

Exemplo: Consumo kVARh 38.900


Consumo kWh 58.400

KVARh 38.900
Pela Fórmula: = --------------- = ----------- = 0,6660
KWh 58.400

Procurando na tabela do (Anexo I) o valor 0,6660, teremos: Fator de 0,83


Potência =

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ANEXO I
TABELA DE FATOR DE POTÊNCIA

FATOR kVArh FATOR kVArh


DE -------------- DE --------------
POTÊNCIA kWh POTÊNCIA kWh
1,00 0,0000 a 0,1003 0,61 1,2822 a 1,3160
0,99 0,1004 a 0,1751 0,60 1,3161 a 1,3507
0,98 0,1752 a 0,2279 0,59 1,3508 a 1,3863
0,97 0,2280 a 0,2717 0,58 1,3864 a 1,4228
0,96 0,2718 a 0,3105 0,57 1,4229 a 1,4603
0,95 0,3106 a 0,3461 0,56 1,4604 a 1,4988
0,94 0,3462 a 0,3793 0,55 1,4989 a 1,5384
0,93 0,3794 a 0,4107 0,54 1,5385 a 1,5791
0,92 0,4108 a 0,4409 0,53 1,5792 a 1,6211
0,91 0,4410 a 0,4700 0,52 1,6212 a 1,6644
0,90 0,4701 a 0,4983 0,51 1,6645 a 1,7091
0,89 0,4984 a 0,5260 0,50 1,7092 a 1,7553
0,88 0,5261 a 0,5532 0,49 1,7554 a 1,8031
0,87 0,5533 a 0,5800 0,48 1,8032 a 1,8526
0,86 0,5801 a 0,6065 0,47 1,8527 a 1,9038
0,85 0,6066 a 0,6328 0,46 1,9039 a 1,9571
0,84 0,6329 a 0,6589 0,45 1,9572 a 2,0124
0,83 0,6590 a 0,6850 0,44 2,0125 a 2,0699
0,82 0,6851 a 0,7109 0,43 2,0700 a 2,1298
0,81 0,7110 a 0,7369 0,42 2,1299 a 2,1923
0,80 0,7370 a 0,7630 0,41 2,1924 a 2,2575
0,79 0,7631 a 0,7891 0,40 2,2576 a 2,3257
0,78 0,7892 a 0,8154 0,39 2,3258 a 2,3971
0,77 0,8155 a 0,8418 0,38 2,3972 a 2,4720
0,76 0,8419 a 0,8685 0,37 2,4721 a 2,5507
0,75 0,8686 a 0,8953 0,36 2,5508 a 2,6334
0,74 0,8954 a 0,9225 0,35 2,6335 a 2,7205
0,73 0,9226 a 0,9499 0,34 2,7206 a 2,8125
0,72 0,9500 a 0,9777 0,33 2,8126 a 2,9098
0,71 0,9778 a 1,0059 0,32 2,9099 a 3,0129
0,70 1,0060 a 1,0345 0,31 3,0130 a 3,1224
0,69 1,0346 a 1,0635 0,30 3,1225 a 3,2389
0,68 1,0636 a 1,0930 0,29 3,2390 a 3,3632
0,67 1,0931 a 1,1230 0,28 3,3633 a 3,4961
0,66 1,1231 a 1,1536 0,27 3,4962 a 3,6386
0,65 1,1537 a 1,1847 0,26 3,6387 a 3,7919
0,64 1,1848 a 1,2165 0,25 3,7920 a 3,9572
0,63 1,2166 a 1,2489 0,24 3,9573 a 4,1361
0,62 1,2490 a 1,2821 0,23 4,1362 a 4,3304
0,22 4,3305 a 4,5423
0,21 4,5424 a 4,7744
0,20 4,7745 em diante

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6.3 - Formas de Correção do Fator de Potência
A correção pode ser feita instalando os capacitores de quatro maneiras diferentes,
tendo como objetivos a conservação de energia e a relação custo/benefício:
a) Correção na entrada da energia de alta tensão: corrige o fator de potência visto
pela concessionária, permanecendo internamente todos os inconvenientes citados
pelo baixo fator de potência e o custo é elevado.
d) Correção localizada: é obtida instalando-se os capacitores junto ao equipamento
que se pretende corrigir o fator de potência. Representa do ponto de vista técnico, a
melhor solução, apresentando as seguintes vantagens:
• Reduz as perdas energéticas em toda a instalação;
• Diminui a carga nos circuitos de alimentação dos equipamentos;
• Pode-se utilizar em sistema único de acionamento para a carga e o capacitor,
economizando-se um equipamento de manobra;
• Gera potência reativa somente onde é necessário.
e) Correção mista: no ponto de vista Conservação de Energia, considerando aspectos
técnicos, práticos e financeiros, torna-se a melhor solução.

Calculo dos
Kvar’s
necessários
à correção
do fator de potência
Para determinarmos a quantidade de kVAr necessária para a correção do F.P.,
utilizamos a tabela em Anexo II.
Toma-se a média dos F.P. dos últimos 12 meses indicados na conta de energia elétrica;

 Localizar esse valor na coluna F.P. original;


 Procurar a coluna correspondente ao F.P. desejado ou corrigido;
 Na interseção da linha com a coluna obtém-se o número que será o
multiplicador correspondente;
 Toma-se o valor médio da demanda (kW) dos últimos 12 meses;
 Multiplicar o valor da demanda pelo multiplicador encontrado, obtendo-
se assim a quantidade aproximada de kVAr necessária para a correção
desejada.

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Exemplo: Utilizando a tabela abaixo achar os kVAr necessários para melhorar o Fator
de Potência de uma carga de 500 kW com fator de potência de 0,70 para um fator de
potência deseja desejado de 0,95

kVAr = kW x multiplicador
= 500 x 0,691
= 345,5 KVAr

Anexo II
TABELA PARA CÁLCULO DA CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA
Fator de Fator de potência desejado (F)
potência
atual 0,85 0,86 0,87 0,88 0,89 0,90 0,91 0,92 0,93 0,94 0,95 0,96 0,97 0,98 0,99 1,00

0,50 1,112 1,139 1,165 1,192 1,220 1,248 1,276 1,306 1,337 1,369 1,403 1,440 1,481 1,529 1,589 1,732
0,52 1,023 1,050 1,076 1,103 1,131 1,159 1,187 1,217 1,248 1,280 1,314 1,351 1,392 1,440 1,500 1,643
0,54 0,939 0,966 0,992 1,019 1,047 1,075 1,103 1,133 1,164 1,196 1,230 1,267 1,308 1,356 1,416 1,559
0,56 0,860 0,887 0,913 0,940 0,968 0,996 1,024 1,054 1,085 1,117 1,151 1,188 1,229 1,277 1,337 1,480
0,58 0,785 0,812 0,838 0,865 0,893 0,921 0,949 0,979 1,010 1,042 1,076 1,113 1,154 1,202 1,262 1,442
0,60 0,713 0,740 0,766 0,793 0,821 0,849 0,877 0,907 0,938 0,970 1,004 1,041 1,082 1,130 1,190 1,333
0,62 0,646 0,673 0,699 0,726 0,754 0,782 0,810 0,840 0,871 0,903 0,937 0,974 1,015 1,063 1,123 1,299
0,64 0,581 0,608 0,634 0,661 0,689 0,717 0,745 0,775 0,806 0,838 0,872 0,909 0,950 0,998 1,068 1,201
0,66 0,518 0,545 0,571 0,598 0,626 0,654 0,682 0,712 0,743 0,775 0,809 0,846 0,887 0,935 0,995 1,138
0,68 0,458 0,485 0,511 0,538 0,566 0,594 0,622 0,652 0,683 0,715 0,749 0,786 0,827 0,875 0,935 1,078
0,70 0,400 0,427 0,453 0,480 0,508 0,536 0,564 0,594 0,625 0,657 0,691 0,728 0,769 0,817 0,877 1,020
0,72 0,344 0,371 0,397 0,424 0,452 0,480 0,508 0,538 0,569 0,601 0,635 0,672 0,713 0,761 0,821 0,964
0,74 0,289 0,316 0,342 0,369 0,397 0,425 0,453 0,483 0,514 0,546 0,580 0,617 0,658 0,706 0,766 0,909
0,76 0,235 0,262 0,288 0,315 0,343 0,371 0,399 0,429 0,460 0,492 0,526 0,563 0,604 0,652 0,712 0,855
0,78 0,182 0,209 0,235 0,262 0,290 0,318 0,346 0,376 0,407 0,439 0,473 0,510 0,551 0,599 0,659 0,802
0,80 0,130 0,157 0,183 0,210 0,238 0,266 0,294 0,324 0,355 0,387 0,421 0,458 0,499 0,547 0,609 0,750
0,82 0,078 0,105 0,131 0,158 0,186 0,214 0,242 0,272 0,303 0,335 0,369 0,406 0,447 0,495 0,555 0,698
0,84 0,026 0,053 0,079 0,106 0,081 0,162 0,190 0,220 0,251 0,283 0,317 0,354 0,395 0,443 0,503 0,646
0,86 0,000 0,026 0,053 0,028 0,109 0,137 0,167 0,198 0,230 0,264 0,301 0,342 0,390 0,450 0,593
0,88 0,000 0,056 0,084 0,114 0,145 0,177 0,211 0,248 0,289 0,337 0,397 0,540
0,90 0,000 0,028 0,058 0,089 0,121 0,155 0,192 0,233 0,281 0,341 0,484
0,92 0,000 0,031 0,063 0,097 0,134 0,175 0,223 0,283 0,456
0,94 0,000 0,034 0,071 0,112 0,160 0,229 0,463
0,96 0,000 0,041 0,089 0,149 0,292
0,98 0,000 0,060 0,203
0,99 0,143

7 - GERADOR DE CORRENTE ALTERNADA.

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7.1- Monofásico.
Um gerador de corrente alternada simples é constituído de
um imã fixo e de uma espira colocada no meio do imã como
mostra a figura ao lado. A alimentação da lâmpada é realizada
através das escovas que estão em contato com os anéis que
estão ligados na extremidade da espira. Ao girar a espira, há
variação de fluxo magnético induzindo uma corrente, que vai
através das escovas alimentarem o circuito e, portanto
acender a lâmpada. Esta corrente é alternada e neste caso o
gerador é denominado gerador de corrente alternada.

Um gerador com uma só bobina (enrolamento), chamado de “Gerador Monofásico”


ao funcionar, gera uma Tensão entre seus terminais.

Nos geradores monofásicos de corrente alternada, um dos terminais deste Gerador é


chamado de Neutro (N) e o outro de Fase (F).
Um circuito monofásico é aquele que tem uma Fase e um Neutro (F e N). A tensão
elétrica (U) do circuito é igual à tensão entre Fase e Neutro (UFN). A forma de onda da
Tensão Elétrica é uma senóide.

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7.2 - Trifásico.
Um gerador com três bobinas (enrolamentos), ligado conforme a figura abaixo é um
“Gerador Trifásico”.
Nesta situação, o Gerador Trifásico está com as suas três bobinas ligadas em Estrela
(Y). Este gerador tem um ponto comum nesta ligação, chamado de ponto NEUTRO.

Neste circuito trifásico com a ligação em Estrela, às relações entre as tensões elétricas,
a tensão entre Fase e o Neutro (UFN) e a tensão entre Fases (UFF), são:

Sendo que (leia-se raiz quadrada de três) = 1,732

A Corrente Elétrica (I) é igual nas três Fases.

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Quando as bobinas do Gerador Trifásico são ligadas entre si, de modo a constituírem
um circuito fechado, como na figura abaixo, o Gerador tem uma ligação em Triângulo
(Delta) (Δ).

As relações entre as tensões e correntes são:

Pode-se dizer que: UFF = UFN e I = i x

Podem-se ter os circuitos trifásicos a três fios – 3 Fases (F1, F2 e F3) e a quatro fios – 3
Fases e 1 Neutro (F1, F2 e F3 e N). Essas Fases também podem ser representadas pelas
letras: R, S, T ou A, B, C.
As formas de onda da tensão são senóide, defasadas entre si de 120o.
Observação: usa-se também, denominar os geradores de corrente alternada de
“Alternadores”.

8 - TRANSFORMADOR.

8.1 – Transformador Monofásico.

Quando uma C.A. circula numa bobina, um Campo Magnético variável é gerado ao seu
redor. Este campo magnético expande-se e retrai-se à medida que a corrente varia.
Como esse campo abraça a própria bobina, produz-se nela uma Força Eletromotriz
f.e.m. Esta propriedade é designada por Indutância Mútua ou auto-indução que tende
a impedir a variação da corrente.

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Transformador Elementar

Se o Fluxo Magnético Gerado pelo Enrolamento Primário (A) não envolve o


Enrolamento Secundário (B) não é nele Induzida qualquer Força Eletromotriz f.m.e.
Se o campo magnético de uma bobina abraçar uma segunda bobina será produzida
uma f.e.m. nesta segunda bobina semelhante à f.e.m. auto-induzida no caso anterior.
Chama-se f.e.m. de indução mútua à f.e.m. gerada na segunda bobina.

Um Transformador é geralmente constituído por um Núcleo de Ferro e por um par de


Enrolamentos (Bobinas) com diferentes números de espiras, N1 e N2. O Enrolamento
ligado à Fonte de Alimentação de CA é chamado Enrolamento Primário (Bobina A), e o
ligado à Carga é chamado Enrolamento Secundário (Bobina B).

A figura abaixo ilustra a estrutura básica de um transformador elementar.

A ação de gerar f.e.m.


dá-se o nome de ação do transformador e por meio desta ação a energia de uma
bobina (primário) é transferida para outra (secundário), utilizando campos magnéticos
variáveis.

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Supondo que todas as linhas de força (magnéticas) do primário enlaçam o secundário,
a tensão gerada (induzida) no secundário dependerá da razão entre o número de
espiras das bobinas. A capacidade do transformador é medida em (VA) ou kVA, e
podem ser elevadores ou abaixadores de tensão.

A razão entre as tensões do primário e do secundário, bem como entre os respectivos


números de espiras dos seus enrolamentos, definem a relação de transformação (k)
de um transformador. Assim,

VP NP
------- = ----- = k
VS NS

Considerando-se que as potências aparentes na entrada e na saída são iguais (S1=S2),


as correntes obedecem à seguinte relação:
P = V P x IP = V S x IS

Portanto: VP ΙS
------ = ----- = k
VS ΙP

Assim, fica definida a equação fundamental de transformação.

VP NP ΙS
------ = ------ = -------- = k
VS NS ΙP

Os transformadores são projetados para funcionar em frequências baixas e suas


bobinas, chamadas de “enrolamentos”, são colocadas em torno de núcleos de ferro.
Como o ferro é um material muito permeável às linhas magnéticas, todo o fluxo do
primário enlaça o secundário.

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8.1 - Transformadores trifásicos.

Um transformador trifásico pode ser o agrupamento de três transformadores


monofásicos semelhantes.
Na prática, para um melhor rendimento, as bobinas primárias e as bobinas
secundárias são montadas num núcleo magnético que chamamos de encouraçado.

8.2 - Ligação das bobinas.

Existem várias formas de ligar as bobinas do primário e secundário do transformador.


Elas dependerão de como é composta a linha de alta e baixa tensão (3 fios ou 4 fios) e
da tensão que desejamos no secundário do transformador (220/127V; 220/380V).
A maioria das concessionárias utilizam 220/127V, sendo a ligação das bobinas do
primário em triângulo e as bobinas do secundário em estrela , conforme diagrama
abaixo:

Ligação do Transformador
em Delta Estrela Aterrada

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Os transformadores usados na distribuição são montados em recipientes metálicos e
cheios de óleo isolante, conforme figura abaixo:

Esquema de Montagem do Transformador Trifásico Delta Estrela Aterrada

A isolação das partes energizadas é feita através de óleo isolante tem por finalidade
isolar as partes energizadas das partes metálicas que deverão ser aterradas e também
refrigerar o transformador através dos radiadores externos. Depois de fechado, o
transformador ficará conforme ilustração abaixo:

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Montagem Final do Transformador

8.3 - Impedância dos Transformadores.

Para determinar a impedância do transformador é feito um ensaio denominado de


Tensão de Curto-Circuito.
É o valor da tensão que se deve aplicar nos enrolamentos de AT para se obter nos
enrolamentos de BT, curto-circuitados, a corrente nominal (In) de funcionamento a
plena carga do transformador. O método prático utilizado pelos fabricantes para a
obtenção deste valor é mostrado na Figura 7

A razão porcentual entre a tensão de curto-circuito e a tensão nominal de operação na


AT, denomina-se “impedância equivalente (Ze)” deste transformador.

Assim,

Onde Ze é a Impedância em %, VCC é a tensão de curto-circuito e VAT é a tensão


nominal de operação em AT.
O módulo desta impedância tem uma importância significativa na participação de cada
transformador num paralelismo (banco de transformadores).

Exemplo transformador de 15 KVA para Tensão de 13.800 V


- Curto circuitar o lado BT;
- Aplicar uma tensão variável no lado de AT;
- Medir a corrente no lado BT até que apareça a corrente nominal do Trafo (In = 0,63 A)
- Ler a tensão que aparece no varilvolt lado AT (Por exemplo, 500 V)

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Calculando a Impedância (Ze):

500
V% = ------------- x 100 % = 3,62 % que é a Impedância do Trafo.
13.800
Foi necessário aplicar 3,62 % da tensão nominal para obter a I do Trafo.
NOMINAL

Calculando a Corrente de Curto no Borne do Trafo Através da Impedância:

8.4. - Corrente nominal dos transformadores.

8.4.1-Transformadores monofásicos.

A corrente nominal de transformadores monofásicos é determinada pela seguinte


equação:

P
I=
V

Onde: I  Corrente nominal


P
 Potência nominal
V
 Tensão nominal da fase

Exemplo 1 - Determinar a corrente nominal primária de um transformador monofásico


com as seguintes características:

8.4.2 - Potência nominal = 5 kVA

Caso 1 - Tensão nominal com ligação fase neutro – 7967 volts (13800/ 3 )

5000
I= = 0,63 A
7967

Caso 2 – Tensão nominal com ligação fase terra MRT - 7967 volts (13800/ 3 )

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5000
I= = 0,63 A
7967

Caso 3 – Tensão nominal com ligação entre fases – 13800 volts

5000
I= = 0,36 A
13800

Exemplo 2 - Para os mesmos transformadores determinar a corrente nominal


secundária fase neutro de 127 volts.
VP NP IS
Obedecendo a equação já ------- = ------- = -------
VS NS IP
mencionada

Caso 1 - Tensão nominal com ligação fase neutro – 7967 volts (13800/ 3 )

VP 7967
Is = I p x ⇒ I S = 0,63 X = 39,5A
VS 127

Caso 2 – Tensão nominal com ligação fase terra MRT - 7967 volts
(13800/ 3 )

VP 7967
Is = I p x ⇒ I S = 0,63 X = 39,5 A
VS 127

Caso 3 – Tensão nominal com ligação entre fases – 13800 volts

VP 13800
Is = I p x ⇒ I S = 0,63 X = 39,5 A
VS 220

Observe que a corrente nominal também pode ser obtida utilizando-se diretamente a
5000
tensão secundária, ou seja: I S = = 39,5 A .
127

8.4.3 - Transformadores trifásicos.

A corrente nominal de transformadores trifásicos é determinada pela seguinte


equação:

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P
I= Onde:
3V
I  Corrente nominal
P Potência nominal
V
 Tensão nominal entre fases

Exemplo 1 - Determinar a corrente nominal primária de um transformador trifásico


delta estrela aterrado com as seguintes características:

Potência nominal = 15 kVA

Caso 1 - Tensão nominal 13800

15000
I= = 0,63 A
3 x13800

Caso 2 - Tensão nominal 11900

15000
I= = 0,73 A
311900

Exemplo - Para os mesmos transformadores determinar a corrente nominal


secundária fase neutro de 127 volts.
Caso 1 - Tensão nominal com ligação fase neutro – 7967 volts (13800/ 3 )

VP 13800
Is = I p x ⇒ I S = 0,63 X = 39,5 A
VS 220

Caso 2 – Tensão nominal com ligação fase terra MRT - 6877 volts (11900/ 3 )

VP 11900
Is = I p x ⇒ I S = 0,73 X = 39,5 A
VS 220
A tabela I a seguir apresenta a corrente nominal primária e secundária dos
transformadores normalmente utilizados na rede de distribuição.
Tabela I – Corrente Nominal de Transformadores
Monofásico
Potência Primário Secundário Primário Secundário
6870 (*) 127/254 7967 (+) 127/254
5 0,73 39,4 0,63 39,4
10 1,45 78,4 1,25 78,4
15 2,2 118,1 1,88 118,1
Trifásico
Potência Primário Secundário Primário Secundário
11900 220/127 13800 220/127
15 0,73 39,3 0,63 39,3

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30 1,45 78,7 1,25 78,7
45 2,2 118,1 1,88 118,1
75 3,6 196,8 3,13 196,8
112,5 5,4 295,2 4,7 295,2
150 7,3 393,6 6,3 393,6
(*) – Alimentadores de 11,9 kV (+) – Alimentadores de 13,8 kV

9 – ATERRAMENTO ELÉTRICO.

Introdução.

O primeiro objetivo do aterramento é a protejer as pessoas e o patrimonio contra uma


falta (curto circuito) na instalação.
Em termos simples, se uma das tres fases de um sitema não aterrado entrar em
contato com a terra, intencionalmente ou não nada acontece. Nenhum disjuntor
desliga e nenhum equipamento para de funcionar.
No entanto, uma consequência deste tipo de sistema é que é possivel energizar a
carcaça de um equipamento com um potencial mais alto do que o da terra, colocando
as pessoas que tocarem o equipamento e um componemte aterrado da estrutura
simultanaemente em condições de choque.
O segundo obejetivo de um sistema de aterramento é oferecer um caminho segur,
controlado e de baixa impedância em direção a terra para as correntes induzidas por
descargas atmosféricas.

9.1 – Funções Básicas dos Sistemas de Aterramento.

9.1.1 – Segurança Pessoal.

As conexões dos equipamentos elétricos ao sistema de aterramento devem permitir,


que caso ocorra uma falha na isolação dos equipamentos, a corrente de falta passa
através do condutor de aterramento ao invés de percorrer o corpo de uma pessoa que
eveltualmente esteja tocando o equipamento.

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9.1.2 – Desligamento Automático.

O sistema de aterramento deve oferecer um percurso de baixa impedância de retorna


para terra da corrente de falta, permitindo, assim, que haja a operação automática,
rápida e segura do sistema de proteção.

9.1.3 – Controle de Tensões.

O aterramento permite o controle das desenvolvidas no solo (passo, toque e


transferidas) quando um curto circuito retorna pela terra para a fonte próxima ou
quando de uma descarga atmosférica no local.

9.1.4 – Transitórios.

O sistema de aterramento estabiliza a tensão durante os transitórios no sitema elétrico


provocado por falta para terra, chaveamentos etc., de tal forma que não apareça
sobretensões perigosas durante esses períodos que possam provocar rupturas da
isolação dos equipamentos elétricos.

9.1.5 – Cargas Estáticas.

O aterramento deve escoar cargas estáticas acumuladas em suporte, estruturas e


carcaça de equipamentos em geral.

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9.1.6 –
Equipamentos Eletrônicos.

Especificamente para os equipamentos eletrônicos o aterramento deve oferecer um


plano de referência quieto, sem pertubações de tal modo que eles possam operar
satisfatóriamente tanto em alta como em baixas frequências.

9.1.7 - Ligação a Terra.

A terra é um condutor elétrico muito ruim cuja resistividade é da ordem de um bilhão


de vezes maior do que a de um condutor de cobre. A resistência de aterramento pode
ser imaginada com sendo a soma de várias resistências em série, cada uma relativa a
uma camada cilíndrica de terra.

Na pratica, metade da resistência total do aterramento concentra-se na vizinhança


imediata do eletrodo (15 cm).

Imagine uma resistência de aterramento de (25 Ω) e uma corrente de 1000 A fluindo


por ela.
Temos então, entre o ponto de injeção da corrente no solo e 15 cm dela uma diferença
de potencial de:

V = Ι x R = (1000 A x 25/ 2) = 12.500 V

Uma pessoa em pé nessa região estará submetida essa tensão de passo.

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Tensão desenvolvida na vizinhança
de um eletrodo de aterramento

A colocação de uma malha metálica aterrada nessa


região, à qual estejam ligadas todas as carcaças
metálicas, assegurará uma equipotencialidade e
afastará a possibilidade da ocorrência de uma tensão
de passo (ou de toque) perigosa.

9.1.8 – Tipos de Eletrodos.

Basicamente os eletrodos de aterramento em alguns tipos, a saber:

a) Eletrodos existentes naturais.


Predios com estruturas metálicas são fixados por meio de longos parafusos a seus pés
nas fundações de concreto.
Os parafusos engastados no concreto servem como eletrodos, enquanto que a
estrutura metálica funciona como condutor de aterramento. Na utilização deste
sistema deve-se assegurar que haja uma perfeita continuidade entre todas as partes
metálicas.
Também deve ser realizada a ligação equipotencial entre as partes metálicas que
eventualmente, possam estar desconequirtada da estrutura principal.

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Eletrodos Naturias

b) Eletrodos fabricados.

Normalmente são hastes de aterramento. A quantidade de hastes pode variar


dependendo do tipo de solo onde será contruida a
malha de aterramento.

Eletrodo fabricado
c) Eletrodos Encapsulados em Concreto.

O concreto em contato com o solo é um meio semicondutor com resitividade da


ordem de 3000 Ω/cm
A 200 C, muito melhor do que o solo propriamente dito.
Dessa forma a utilização dos próprios ferros da armadura
da edificação, colocados no interior do concreto das
fundações, representa uma ótima solução e de ótimos
resultados.

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Eletrodos Encapsulado em
Concreto

d) Outros Eletrodos.

Qoando o terreno é muito rochoso ou arenoso, o solo tende a ser muito seco e de alta
resistividade.
Somente após estudos e extratificação do solo é que será determinado qual é a melhor
configuração e tipos de materiais a serem utilizados podendo ser hastes fabricadas,
cabos enterrados ou fitas metalicas enterradas.

Outros Eletrodos

9.8.2 – Conexões aos Eletros.

As conexões dos condutores aos eletrodos são realizadas genericamente por três
sitemas:

Dispositivos Mecânicos.
Conectores aparafuzados, rosqueados que são facilmente encontrados, simples de
instalar e podem ser desconectados para efeitos de medição de aterramento.
Para não apresentarem problemas de corrosão devem ser protegidas com massa
calafetadora e recomenda-se que tais conexões estejam senpre acessiveis para
inspeção e manutenção.

Solda Exotermica.
Este método realiza uma conexão permanente e praticamente elimina a resistência de
contato e os problemas de corrosão, sendo ideal para ligações diretamente no solo.
Requer mão de obra especializada e não pode ser usada em locais onde haja a
presença de misturas esplosivas.

Conexões a Compressão.

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É facil de instalar apresenta baixa resistência de contat, porem não podem ser
desconectadas para medições do aterramento.

10– ATERRAMENTO NA PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS E


SOBRETENSÕES.

10.1-Descargas Atmosféricas.
A norma brasileira NBR 5419 aborda este assunto de maneira completa. Sobre o ponto
de vista do aterramento, ele é o meio responsável pelo escoamento das correntes dos
raios no solo, sem provocar tensões de passo perigosas e mantendo baixa a queda de
tensão na resistência de terra.
As correntes dos raios penetram na instalação pelos captores e são conduzidas até o
aterramento por meio das descidas, que são ligadas aos eletrodos (malha) de
aterramento.
Os eletrodos de aterramento podem ser de cobre, aço galvanizado a quente ou aço
inoxidável, não sendo permitido o uso de alumínio.
Apesar da popularidade dos eletrodos usualmente utilizados é importante destacar
que desde fevereiro de 1998, a NBR 5410 declara como eletrodo de aterramento
preferencial das instalações que utilizam as armações de concreto armado.
Esta solução resulta de uma baixa resistência de aterramento e, principalmente,
proporciona uma equalização completa dos potenciais das diversas massas e da
estrutura de edificação graças à interligação das ferragens das lajes.

Neste sistema de eletrodo recomendam as normas que seja executado, um anel


envolvendo as fundações da periferia da edificação.

10.2 – Proteção Contra sobre Tensões.

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Toda vez que ocorre chaveamentos dos circuitos ou de cargas nas instalações elétricas
elas ficam sujeitas a sobretensões.
Também quando caem raios diretamente ou nas vizinhanças das redes elétricas são
geradas sobretensões no sistema de alimentação.
Essas sobretensões quando ultrapassam os limites suportáveis pelos equipamentos.
Podem danifica-los.
Para proteger as instalações elétricas e seus componentes por danos provocados por
sobretensões diversos tipos de dispositivos como: centelhadores a gás, varistores, e
para raios de linha.
Todos tem o objetivo de desviar do circuito de alimentação o excesso de tensão que
poderia provocar danos à instalação.
Pára-raios de Baixa Tensão.

Os Pára-raios eletrônicos é um
dispositivo contra sobretensões
transitórias (DPST) monopolar,
composto de varistor de óxido de
zinco associado a um dispositivo
térmico de segurança, que atua tanto
por sobrecorrente como por
temperatura, desconectando o
varistor da rede no caso de vida útil ou
eventualmente ou se ele for
submetido a distúrbios acima de sua
capacidade.

Os para-raios eletrônicos para baixa tensão são instalados


diretamente no quadro de distribuição.

• Aplicação.
Podem ser instalados nos esquemas mais utilizados,
previstos nas normas brasileiras, tais como: TN-C, TNS, TN-
C-S, e TT.
Esta instalação pode ser feita em circuitos monofásicos,
bifásicos e trifásicos montando uma peça por fase e outra
para o neutro.
Exemplo: No esquema de aterramento TN-C conforme
diagrama abaixo.

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11- PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS.

Quando se fala em proteger as pessoas de choque elétrico, deve-se lembrar, que o


perigo esta presente quando o corpo de uma pessoa esta sendo percorrido por uma
corrente elétrica por um dado valor e tempo superior a um dado valor por um tampo
maior do que o suportavel.
Essa dependencia corrente-tempo pode ser observada no grafico abaixo, a partir de
estudo realizado pelo IEC 479-1.
Como a questão é limitar (ou eliminar) a corrente que atravessa o corpo ou permitir
que ela circule apenas durante tempo determinado, temos de agir sobre essas duas
varáveis para enfrentar o problema do choque. Para tanto, há algumas maneiras de
prover essa proteção.
 Se a pessoa estiver isolada da fonte, não haverá como circular corrente pelo
seu corpo. Ela poderá estar usando luvas e botas isolantes, porem esta não
uma situação habitual no dia a dia;

 Por outro lado, mesmo a pessoa descalça e sem luvas, estiver posicionada
sobre um piso e junto a paredes isolante, não haverá caminho para circulação
de corrente e ela estará protegida. A NBR 5410 considera pisos e paredes
isolantes quando sua resistência for superior a 50 kΩ.

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Locais não Condutores
 No exemplo abaixo temos uma pessoa de resistência mão-pé na ordem de 1 KΩ
em série com um piso com 50 KΩ, submetida a uma tensão fase terra de 127 V,
será percorrida por uma corrente elétrica de aproximadamente 127 ÷ 51 KΩ =
2,5 mA.

 Este valor é insuficiente para causar problemas para as pessoas, mas


infelizmente, as maiorias das pessoas não estão sobre pisos e paredes isolantes
com resistência maior que 50 KΩ o que limita este tipo de proteção para locais
especialmente construídos para tal finalidade;
 Os mesmos estudos realizados pelo IEC concluíram que as pessoas estão livres
de choque perigosos se estiverem submetidas a tensões inferiores a 50 V
(alternados) ou (120 V contínuos), locais “normais” como: salas, quartos,
cozinhas escritórios e 1 e 25 V (alternados) ou 60 V (contínuos) locais que
abrangem áreas externas, pisos molhados (banheiros), camping, etc.

 Assim sendo, nessas circunstâncias, o cnceto básico de proteção das pessoas


contra choques elétricos é de que as massas das instalações devem ser
aterradas e que deve haver um dispositivo de seccionamento automático de
alimentação quando da presença de corrente e tensões perigosas para as
pessoas;
 Depnendendo de como o sistema é aterra e qual é o dispositivo de proteção
utilizado, os esquemas de aterramento de baixa tensão são classificados pela
NRB 5410 em tres tipos:
• Esquema TT;
• Esquema TN;
• Esquema IT.

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Esquema TT
No esquema TT existe um ponto da alimentação (geralmente o secundário do
transformador com seu ponto neutro) diretamente aterrado, estando às massas da
instalação ligadas a um eletrodo de aterramento (ou, eventualmente, a mais de um
eletrodo), independente do eletrodo de aterramento
da alimentação.
Essa corrente é insuficiente para acionar disjuntores
ou fusíveis, mas suficiente para colocar em perigo
uma pessoa. Portanto ela deve ser detectada e
eliminada por dispositivos diferenciais residuais
(DRs).

Esquema TN

No esquema TN existe também um ponto da alimentação (via de regra o secundário


do transformador com seu ponto neutro)) diretamente aterrado, sendo as massas da
instalação ligadas a esse ponto através de condutores de proteção. O esquema poderá
ser do tipo TN-S, quando as funções de neutro e de proteção forem asseguradas por
condutores distintos (N e PE), ou TN-C quando essas funções forem asseguradas pelo
mesmo condutor (PEN = Proteção e Neutro).
Pode-se ter ainda um esquema misto TN-C-
S.
O esquema é concebido de modo a que o
percurso de uma corrente de falta fase-
massa seja constituído exclusivamente por
elementos condutores e, portanto, possua
baixíssima impedância.

Observe-se que uma corrente de falta direta fase-massa será uma corrente de curto-
circuito fase-neutro podendo atingir valores elevados, suficientes para serem
detectados e interrompidos por disjuntores ou fusíveis.
No Brasil, este esquema é o mais utilizado, quando se tratam de instalações
alimentadas diretamente pela rede pública de baixa tensão da concessionária de
energia elétrica.

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Neste caso, quase sempre a instalação é do tipo TN-C (PEN – Proteção e Neutro) até a
entrada. Ai o neutro é aterrado por razões funcionais e segue para o interior da
instalação separado do condutor de proteção (TN-S) (Neutro e Proteção Separados).
É fácil observar que, caso haja a interrupção do neutro antes da entrada do
consumidor, o sistema irá se transformar em TT.
OBS: O ideal é que o condutor de proteção (PE) (fio verde e amarelo) seja levado
desde o medidor até a caixa de distribuição interna da casa.
Isto nos leva a conclusão de que, mesmo em sistemas TN, é conveniente utilizar
dispositivos DR para garantir a proteção das pessoas contra choques elétricos.

Esquema IT
No esquema IT não existe nenhum ponto
da alimentação diretamente aterrado; ela é
totalmente isolada da terra ou aterrada
através de uma impedância de valor
elevado. As massas são ligadas a terra por
meio de eletrodo ou eletrodos de
aterramento próprio.

Nesse esquema a corrente resultante de uma única falta fase-massa não possuirá, via
de regra, intensidade suficiente para trazer perigo para as pessoas que toquem na
massa energizada, devido as capacitâncias da linha em relação à terra (principalmente
no caso de linhas longas) e a eventual impedância existente entre a alimentação e a
terra.
O uso dos sistemas IT é restrito aos casos onde uma primeira falha não pode desligar
imediatamente a alimentação, interrompendo processos importantes (como em salas
de cirúrgicas, certos processos metalúrgicos, etc.).

11.1 - Proteção Contra Correntes de Fuga a terra em instalações elétricas de Baixa


Tensão (Dispositivos DR).
O elevado número de acidentes provenientes do sistema elétrico, impõem novos
métodos e dispositivos que permitem o uso seguro e adequado da eletricidade,
reduzindo o perigo as pessoas, além de perdas de energia e danos as instalações
elétricas.

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Os Dispositivos DR (diferencial residual), protegem contra os efeitos nocivos das
correntes de fuga a terra, garantindo uma proteção eficaz tanto a vida dos usuários
quanto aos equipamentos.
A relevância dessa proteção faz com que a Norma Brasileira de Instalações Elétricas –
ABNT NBR 5410, de uso obrigatório em todo território nacional conforme lei 8078/90,
art. 39 - VIII, art. 12, art. 14, defina claramente a proteção de pessoas, contra os
perigos dos choques elétricos fatais (corrente de fuga a terra ≥ 30mA), através do uso
do Dispositivo DR.

11.1.1 - Conceito de atuação do DR.

As correntes de fuga que provocam riscos as pessoas são causadas por duas
circunstâncias:
1) Contato direto – falha de isolação ou remoção das partes isolantes, com toque
acidental da pessoa em parte energizada (fase / terra - PE).

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2) Contato indireto – através do contato da pessoa com a
parte metálica (carcaça do aparelho), que estará
energizada por falha de isolação, com interrupção ou
inexistência do condutor de proteção (terra - PE).

3) O Dispositivo DR protege a pessoa dos efeitos das


circunstancias ao lado sendo que no caso do contato
direto e a única forma de proteção.

11.1.2 - Princípio de Proteção das Pessoas.

Se uma corrente elétrica percorrer o corpo de uma pessoa, ocorrera no organismo


uma alteração das funções vitais, que, dependendo da duração e da intensidade da
corrente, poderá provocar efeitos fi siológicos graves, irreversíveis ou ate a morte da
pessoa.

Gráfico com zonas tempo x corrente e os efeitos sobre as pessoas IEC 60479-1
(percurso mão esquerda ao pé).

Nota: Conforme ABNT NBR NM 61008, o valor máximo da corrente nominal residual de
não disparo ( IΔno ) e igual a 0,5 vezes a corrente nominal residual ( IΔn ).

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11.1.3 – Conceito de Funcionamento do DR.

Ao contrário dos disjuntores termomagnéticos, a função principal dos interruptores


diferenciais residuais (DR) é proteger as pessoas que utilizam a energia elétrica, e não
só, a instalação.
Como vimos anteriormente os efeitos da passagem de corrente elétrica através do
corpo humano variam de um simples susto a ferimentos graves, ou até mesmo à
morte.

A falta para a terra também pode gerar faíscas e produzir incêndios. O interruptor
diferencial detecta toda a passagem de corrente para a terra e desliga o circuito
elétrico, ou seja, será útil tanto na proteção contra choques (proteção pessoal) como,
também, contra incêndios ( proteção de patrimônio).

Na figura1 estão esquematizados os blocos que compõem um DR típico.

Como se pode observar, o dispositivo é ligado em série com a alimentação dos


equipamentos a serem utilizados. Dessa forma, no caso de 220 V, as duas fases passam
pelo dispositivo, enquanto que em 127 V, apenas uma fase e o neutro.

De acordo com o princípio de conservação da carga (elétrons não podem ser criados e
nem destruídos), toda a corrente elétrica que flui para o equipamento (If1) deve
retornar para a fase 2 ou neutro (If2), após ter passado pelo mesmo (If1 = If2).

O dispositivo DR possui um transformador diferencial que acusa diferenças, entre as


duas correntes acima citadas, e transfere esta informação para o circuito eletrônico
que comanda o disjuntor. Este disjuntor permanecerá fechado (permitindo a
passagem de corrente elétrica para o equipamento) enquanto não houver diferenças
entre as duas correntes.

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Supondo que, por alguma falha do equipamento, uma pessoa que entra em contato
com o mesmo, receba um choque elétrico (Ich), isto é, parte da corrente If1, ao invés
de retornar para a fase 2 (ou neutro), circula para a terra via o corpo da pessoa,
tornando a corrente If2 menor que If1, mais precisamente If2 = If1 - Ich. O
transformador diferencial comunicará ao circuito eletrônico a existência de uma
diferença de correntes, que por sua vez abrirá o disjuntor, interrompendo rapidamente
a chegada de energia elétrica ao equipamento e à vítima.

A aplicação do DR é dada em função de sua sensibilidade e do tipo de instalação ou


equipamento a ser protegido:

Por exemplo:
Contato direto; com partes energizadas que pode ocasionar fuga de corrente elétrica,
através do corpo humano.
Proteção complementar para contato direto: dispositivo "DR" de alta sensibilidade IDn
≤ 30 mA tempo * disparo instantâneo (td), para quaisquer tipo de esquemas ( TT, IT e
TN) em áreas úmidas (cozinha, área de serviço, banheiros, garagens)

* Tempo na ordem de 0,03 seg. é o tempo de Operação dos DRs de alta sensibilidade IDn ≤ 30 mA

Proteção contra contato indireto: 100 mA a 300 mA No caso de uma falta interna em
algum equipamento ou falha na isolação, peças de metal podem ser energizadas.
Poderão ser usados dispositivos de baixa sensibilidade.

OBS: Para proteção contra INCÊNDIOS em áreas (CLASSIFICADAS) o DR deverá ser no


mínimo 500 mA de baixa sensibilidade.

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11.1.4 Ligação do DR.

• Esquema TN.

• Esquema TT

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11.1.5- Instalação do DR.

Exemplo de instalação de Disjuntor ou Interruptor DR Tetrapolar após o Disjuntor


Termomagnético.

No caso de (Equipamentos com carga resistiva),


o ideal é que eles fossem com Resistência
Blindada para evitar correntes de fuga da
resistência com a água e o DR deverá ser (DDR-
Disjuntor Diferencial Residual) não deve ser
ligado no condutor (PEN ou PE).

Outros Tipos de Equipamentos de uso específico


ligados entre fase e neutro

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12– TENSÃO DE TOQUE E TENSÃO DE PASSO.

13.1-Tensão de Contato (toque): È a tensão que pode aparecer, acidentalmente


quando da falha de isolação, entre duas partes simultâneamente acessiveis.
Se uma pessoa toca um equipamento sujeito a uma tensão de contato, pode ser
estabelecida uma tensão entre mãos e pés, chamada de tensão de toque. Em
consequência podemos ter uma passagem de corrente elétrica pelo braço, tronco e
pernas cuja duração poderá provocar fibrilição cardiaca, queimaduras ou outras lesões
graves ao organismo.

Tensão de Passo

12.2-Tensão de Passo: Quando a corrente elétrica é decarregada para o solo, ocorre


uma elevação do potencial em torno do eletrodo de aterramento formando um
gradiente, (distribuição) de queda tensão, cujo ponto máximo esta junto ao eletrodo e
o ponto minimo muito afastado dele.
Se uma pessoa estiver com o pé dentro onde há esta distribuição de potencial, entre
seus pés haverá uma diferença de potencial chamada de Tensão de Passo, a qual
geralmente é definida para a distância entre os pés de 1 metro.
Consequentemente poderá haver uma circulação de corrente através das duas pernas,
geralmente de menor valor do que aquele da tensão de toque sendo, perigosa e deve
ser evitada.

Tensão de Toque
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Um agravante é que a corrente de choque devido à tensão de passo contrai os
músculos da perna e coxa, fazendo a pessoa cair, e, ao tocar no solo com as mãos, a
tensão se transforma em tensão de toque no solo, conforme mostra figura abaixo.
Neste caso, o perigo é maior, porque o coração está contido no percurso da corrente
de choque.

Fonte: KINDERMANN, 2000.P.19

Resistência do corpo humano.


Embora os efeitos fisiológicos dependam da intensidade da corrente, na maior parte
dos casos, a gravidade de uma ocorrência é imputada à tensão aplicada ao acidentado
que é fixada pela instalação elétrica. A resistência elétrica tem um papel fundamental
nos acidentes com eletricidade. Verifica-se que esta resistência é não linear, podendo
considerar-se em uma aproximação razoável os seguintes valores para a mesma:

Resistência do corpo humano com a tensão.

Tensão (Volts) Resistência (Ω)


25 3250
50 2625
220 1350
1000 1050

A Tabela acima e valida para trajetos de corrente elétrica que atravessem a região
cardíaca, isto e, de uma mão para outra mão ou de uma mão para um pé. Nota-se que
se costuma definir a “resistência do corpo humano” como a soma de três resistências
em serie, ou seja:
 Resistência de contato, na entrada da corrente, entre a vítima e o condutor
tocado;
 Resistência do próprio corpo humano e;
 Resistência de contato na saída de corrente, entre a vítima e a outra
superfície condutora tocada, normalmente o solo.
A resistência de contato entre a vítima e o solo, varia muito com a natureza dos
sapatos e o estado do solo.
 Sapatos de sola secos – resistência maior do que 50.000 Ω e;

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 Sapatos úmidos com protetores metálicos – resistência da ordem de
centenas de Ohms.

No caso geral, como os contatos tendem a resistências altas, salvo em condições


especiais de proteção individual, pode-se admitir que a resistência do corpo não desce
abaixo dos 2.000 Ω. Para tensões acima de 1kV (correntes acima de 5A) a resistência
do corpo humano cai devido a destruição dos tecidos nos pontos de contato.
A tabela a seguir mostra o resumo das conclusões da IEEE 80 (Institute of Electrical and
Electronics Engineers) sobre os efeitos da corrente elétrica no corpo humano.

Efeitos Fisiológicos da Corrente Alternada 50/60 hz

QUADRO SINÓPTICO DOS EFEITOS DO CHOQUE ELÉTRICO EM PESSOAS ADULTAS

Intensidade da Perturbações possíveis Estado possível Resultado


corrente alternada durante o logo após Salvamento Final
(50/60 ciclos/seg.) Choque o choque Mais Provável
que percorre o corpo

1 miliampères
Nenhuma Normal Nenhum Normal
(limiar de sensação)

Sensação cada vez mais


desagradável, à medida
1 a 9 miliampères que a intensidade Normal Desnecessário Normal
aumenta. Contrações
musculares
Sensação dolorosa.
Contrações violentas.
Asfixia, anoxia, Respiração
9 a 20 miliampères Morte aparente Restabelecimento
anoxemia. artificial
Perturbações
circulatórias
Sensação insuportável.
Contrações violentas. Restabelecimento
Asfixia, anoxia, ou morte. Muitas
Respiração
anoxemia. vezes não há tempo
20 a 100 miliampères Morte aparente artificial
Perturbações de salvar e a morte
circulatórias graves, ocorre em poucos
inclusive, às vezes, minutos.
fibrilação ventricular

Asfixia imediata,
Acima de
fibrilação ventricular. Morte aparente ou
100 miliampères Muito difícil Morte
Alterações musculares. morte imediata
Queimaduras.
Asfixia imediata.
Vários Morte aparente ou
Muito difícil Morte
ampères Queimaduras graves. morte imediata.

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Bibliografia:

• Aterramento Elétrico Instituto Brasileiro do Cobre Procobre.


• Manual de Instalações elétricas Residenciais CEMIG.
• Proteção Contra Choque Elétrico SIEMENS.
• Dispositivo de Proteção Contra Surtos Elétricos CLAMPER.
• CPNSP – Comissão Tripartite Permanente de Negociação do Setor Elétrico SP.
• Feira de Ciências.

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