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Discentes:
Adriana de Sá Marques
Elysmeire da Silva de Oliveira Pessôa
Mestrandas do Programa do PPGMEL da Universidade Federal de Rondônia (UNIR)
Geopolítica da comparação e representação do outro
Geopolítica
Geopolítica
das Representação
Línguas
1- Canto Primeiro
Argumento
Mediante a Luz, e Graça, que se
implora,
De quem é dela Fonte; Autor Divino,
A Musa Época indica, que até agora
De horror enchia o peito mais ferino.
Do Mura a examinar, já se demora,
Usos, Costumes, Guerras, e o Destino,
Que, entre as informes Choças,
inaudito,
Ao prisioneiro dá, mísero, aflito.
O Triunfo da fé ?
XX
No Templo de Maria renascidos,
Na Graça batismal, os inocentes
Vinte infantes; alegres conduzidos
Pelos Bárbaros Pais foram contentes.
Na fé de mais progressos
despendidos,
Se ausentam cumulados de presentes
Penhor levando da felicidade,
Em cada filho, de Anjo a qualidade.
Relato de um certo Oriente
Relato de um certo Oriente (1989), de Milton Hatoum, se passa em
Manaus _ representada aqui vinculada aos processos migratórios. O enredo
tem como cerne a história de uma família de imigrantes libaneses , suas
vivências, dramas, memórias e mistérios, apresentadas ao longo de oito
capítulos por uma polifonia de vozes.
COSTA, Verônica Prudente. Muraida: A tradição literária de viagens em questão. 2013. 158 f. Tese (Doutorado) - Curso de Doutorado
em Letras Vernáculas, Programa de Pós-graduação em Letras Vernáculas da Faculdade de Letras, Universidade Federal do Rio de
Janeiro, Rio de Janeiro, 2013
DUSSEL, Enrique. 1492 O Encobrimento do Outro: (A origem do "mito da Modernidade"). Petrópolis: Vozes, 1993. 190 p. Tradutor
Jaime A. Clasen
JOBIM, José Luís, org. Palavras da crítica – tendências e conceitos no estudo da literatura. Rio de Janeiro: Imago, !992.
_____. Literatura Comparada e Literatura Brasileira: circulações e representações. Boa Vista/Rio de Janeiro: Editora da
UFRR/Makunaima. 2020
MELLO, Thiago de. Amazonas: pátria da água -water heartland. São Paulo: Editora Bocatto, 2007. 164 p.
NOVAES, Adauto(Org.). A Outra Margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999
“PARAÍSO DE POUCOS,
CALVÁRIO DE TANTOS”
(FERRANTE) A verossimilhança na narrativa nos conduz a um
capitalismo que resultou numa rede de exploração das
personagens amazônidas por meio dos seringalistas.
Situação que nos aproxima com a história da
Amazônia a partir da linguagem literária que por si só
gera sentidos significativos.
A REPRESENTAÇÃO E A
ESTÉTICA DA RECEPÇÃO
La forma presentativa del
arte consiste em conducir
la percepción de lo
representado através de
la percepción de la forma
de la representación.
(JAUSS, 2002, p.20)
2. GUMBRECHT, Hans Ubrich. A teoria do efeito estético de Wolfgang Iser. In:Teoria da literatura em suas
fontes – vol. 2. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2002.
UMA EXPERIÊNCIA ESTÉTICA NA
REPRESENTAÇÃO AMAZÔNICA
Los belos paisajes y el campo conceptual de la natureza habrían
alcanzado tanto poder sobre nuestro comportamento porque se prefere
percibir las cosas através de los gafos de uns léxicos que com les própios
ojos. (JAUSS, p.66)
(As belas paisagens e o campo conceitual da natureza teriam alcançado tanto poder sobre
nosso comportamento, porque prefere-se perceber as coisas através dos óculos de um léxico
que com nossos próprios olhos.)
A literatura vale pelo espaço de representação social que oferece tanto ao autor
quanto ao leitor. Também vale pelo desvelamento crítico que promove ou possibilita
desvelar das representações veiculadas nas obras, assim como um espaço político.
(...) a literatura vale por ser um espaço de combate à opressão, a preconceitos e
discriminações de grupos minoritários, ao mesmo tempo que disponibiliza e valoriza
a representação positiva das identidades de gênero, classe, etnia e orientação sexual
em um posicionamento ético. (COSSON, 2020, p.102)
A literatura busca refletir sobre esse espaço físico “do real” em contraposição com
o espaço existente na criação literária.
Mergulho na profundidade das coisas por via
das aparências, esse é o modo da percepção,
do reconhecimento e da criação pela vida do
imaginário estético poetizante da cultura
amazônica.” (Loureiro, 2001:68)
REFERÊNCIAS
BARTHES, Roland. O prazer do texto. Tradução: J. Guinsburg. São Paulo: 1987.
CANDIDO, Antonio. Dialética da Malandragem. O discurso e a cidade. 3ª ed. São Paulo/Rio
de Janeiro: Duas Cidades, 1998, p. 19-54
COSSON, Rildo. Círculos de leitura e letramento literário. 1ª ed. São Paulo: Contexto, 2019.
COSSON, Rildo. Paradigmas do ensino da literatura. São Paulo: Contexto, 2020.
COMPAGNON, Antoine. O leitor. In: O demônio da teoria – literatura e senso comum. 2ª
ed. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
FERRANTE, Miguel Jeronymo. Seringal. 3ª ed. São Paulo: Globo, 2007.
GUMBRECHT, Hans Ubrich. A teoria do efeito estético de Wolfgang Iser. In:Teoria da
literatura em suas fontes – vol. 2. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 2002.
JAUSS, Hans Robert. Pequeña apologia de la experiencia estética. Barcelona, Paidós, 2002.
JOBIM, José Luis. Literatura comparada e literatura brasileira : circulações e
representações [livro eletrônico] / José Luis Jobim. -- Rio de Janeiro : Makunaima ; Boa
Vista : Editora da Universidade Federal de Roraima, 2020.
LOUREIRO, João de Jesus Paes. Cultura Amazônica: Uma poética do imaginário. São Paulo:
Escritura Editoras, 2001.