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Unidade I 1º Livro
Unidade I 1º Livro
DE MATEMÁTICA
Introdução
Os conjuntos são bastante importantes em matemática. Talvez os mais
famosos sejam os conjuntos numéricos, como os reais, os inteiros e os
naturais. Embora eles tenham muitas aplicações puramente matemáticas,
muitas áreas se beneficiam de suas teorias, como quando temos que di-
vidir grupos que tenham características similares ou não, ou parcialmente
similares, e problemas de reconhecimento de padrões.
Neste capítulo, você aprenderá a definição de conjuntos, como
representá-los e suas propriedades.
Conjuntos numéricos
Um conjunto pode ser definido como uma coleção de entidades, as quais são
seus elementos. Ou seja, é uma coleção de elementos que estão relacionados
segundo alguma regra. Por exemplo, os elementos poderiam ser números,
frutas, pessoas, carros, etc. Já a regra à qual os elementos obedecem deve
ser bem-definida — por exemplo, poderíamos ter um conjunto de palavras
pertencentes à língua portuguesa.
Geralmente, são utilizadas letras maiúsculas para se especificar os conjun-
tos, como A, B, W, …, e letras minúsculas para os elementos de um conjunto,
como a, b, c ,z,... Por exemplo:
g, h ∈ A,
2 Conjuntos numéricos
Notação
Para se descrever os elementos de um conjunto, geralmente são utilizadas
chaves {} e vírgulas para separar os elementos. Por exemplo:
B = {x│x ∈ Z, |x| < 6}.
A = {x|x2 – 3x + 2 = 0},
B = {1, 2},
C = {2, 1, 2, 2, 1}.
Subconjuntos
Suponha que tenhamos dois conjuntos, A e B. Se a ∈ A, implica que a ∈ B.
Podemos dizer que A é um subconjunto de B e, alternativamente, que A está
contido em B, A ⊆ B, ou que B contém A, B ⊇ A. Por exemplo, se P = {2, 4, 6}
e S = {"inteiros pares"}, então, temos que P ⊆ S.
Se dois conjuntos são iguais, cada conjunto está contido no outro, Assim,
A = B "se, e somente se” A ⊆ B e B ⊆ A.
Para os subconjuntos, temos o seguinte teorema: sejam A, B e C conjuntos
quaisquer, então:
1. A ⊆ A;
2. Se A ⊆ B e B ⊆ A, então A = B;
3. Se A ⊆ B e B ⊆ C, então A = C.
(a, b) = (c, d) ↔ a = c e b = d
(a, b) + (c, d) = (a + c, b + d)
(a, b) ∙ (c, d) = (ac – bd, ad + bc)
(‒2, 3) = ‒2 + 3i
(0, ‒1) = 0 ‒ 1i = –i
z = 2 + 3i → z = 2 – 3i
z = 5 – 2i → z = 5 + 2i
Como cada número complexo está associado a um par (𝑎,𝑏), que por sua vez
está associado a um único ponto no plano, podemos representá-los como um
ponto P no sistema de coordenadas cartesianas. O ângulo θ formado pelo
segmento Oz e o eixo x é chamado de argumento, e ρ é o módulo de z, que
definimos na Figura 1.
z = a = bi → |z| (cos θ + isen θ)
Vejamos um exemplo:
x2 – 2x + 10 = 0
∆ = b2 – 4ac = 4 – 4 ∙ 1 ∙ 10 = –36 → não possui raiz real
x = ±i
Se U = Z, então {x│x2 = 10} = ∅.
Conjuntos disjuntos
Conjuntos disjuntos são aqueles que não têm elementos em comum. Por
exemplo, suponha os três conjuntos a seguir:
A = {1, 4, 5},
B = {5, 6, 8, 10} e
C = {10, 14}.
Diagramas de Venn
Uma maneira de representar conjuntos é usando os diagramas de Venn. Nesses
diagramas, os conjuntos são representados por áreas delimitadas no espaço,
geralmente círculos e elipses. Assim, o conjunto universal U é representado
por um retângulo, em que estão os outros conjuntos. A Figura 2 mostra três
exemplos de diagramas de Venn. Em (a), há um exemplo em que o conjunto
A está contido no conjunto B; em (b), os conjuntos A e B são disjuntos; em (c),
os conjuntos A e B sobrepõem-se parcialmente.
R=Q∪I
N I
Números
Números Naturais
Irracionais
Z
Números Inteiros
Q
Números Racionais
C
Números Complexos
O conjunto universal U foi dividido em quatro regiões chamadas de i, ii, iii e iv. O que
pode ser dito sobre os conjuntos A e B:
a) se a região ii for vazia?
b) se a região iii for vazia?
Se a região ii for vazia, então A não contém elementos que não estão em B. Assim,
A é um subconjunto de B, e o diagrama deveria ser redesenhado como na Figura 2a.
Agora, se a região iii for vazia, então A e B não têm elementos em comum, sendo
disjuntos. Assim, o diagrama deveria ser redesenhado como na Figura 2b.
Para desenhar um diagrama de Venn, pode-se usar uma técnica que contém
dois passos, descrita a seguir. Primeiramente, supomos os seguintes conjuntos:
U = {1, 2, 3, …, 12}
A = {2, 3, 7, 8, 9}
B = {2,8}
C = {4, 6, 7, 10}
Figura 4. Passos para desenhar um diagrama de Venn. (a) Diagrama genérico. (b) Diagrama
genérico preenchido. (c) Diagrama redesenhado, eliminando os espaços vazios.
A ∪ B = {x|x ∈ A ou x ∈ B}
A ∩ B = {x|x ∈ A e x ∈ B}
Suponha os conjuntos:
A = {1, 2, 3},
B = {3, 4, 5} e
C = {6, 7}.
Temos que:
A ∪ B = {1, 2, 3, 4, 5}
A ∩ B = {3}
B ∪ C = {3, 4, 5, 6, 7}
B ∩ C = ∅
A ∪ C = {1, 2, 3, 6, 7}
A ∩ C = ∅
12 Conjuntos numéricos
AC = {x|x ∈ U, x ∉ A}
A\B = {x ∈ A, x ∉ B}
onde:
B: jogam basquete;
C: correm;
N: nadam;
BC: jogam basquete e correm;
BN: jogam basquete e nadam;
NC: nadam e correm;
BNC: jogam basquete, nadam e correm.
As letras x e y representam o número de pessoas em C, n(C) = x, e em N, n(N) = y.
Observando o diagrama, temos que:
31 + x = 29 + y
x = y – 2
14 Conjuntos numéricos
Temos, também, que o total de esportistas é 100. Dessa maneira, podemos somar
todas as partes do diagrama desenhado:
14 + 9 + 11 + 7 + 11 + x + y = 100
52 + x + y = 100
x + y = 48
y – 2 + y = 48
2y = 50
y = 25
x = 23