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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA

CATARINA
CAMPUS FLORIANÓPOLIS
DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE METAL MECÂNICA
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM DESIGN DE PRODUTO

EDUARDO MAROTTI CEZAR


MARCELO CARLOS DA SILVA
(Orientador)

MALA-BANCADA DE TATUAGEM:
Solução inteligente para uma necessidade básica do tatuador

FLORIANÓPOLIS, JULHO DE 2021


Acadêmico
Eduardo Marotti Cezar
Florianópolis - SC, Brasil
E-mail: dudumarotti@gmail.com
Telefone: (48) 9 9902-6167

Instituição
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina
Campus Florianópolis
Departamento Acadêmico de Metal Mecânica
Curso Superior de Tecnologia em Design de Produto
Endereço: Av. Mauro Ramos, 950 - Centro - Florianópolis - SC, Brasil
CNPJ: 81.531.428/0001-62

Empresa Parceira
Pro Tattoo Brasil
Indumetal Indústria Metalúrgica LTDA EPP
CNPJ: 02.555.083/0001-00
Endereço: Av. Alexandre Kasper, 1320 - Maravilha - SC, Brasil
CEP: 89874-000
Responsável pelo contato: Michel Bernardi
E-mail: vendas@indumetalsc.com.br
Telefone: (49) 3664-1090 (WhatsApp)
1 INTRODUÇÃO

A prática da modificação corporal é realizada desde tempos remotos. Povos


originários marcavam seus corpos de diversas maneiras, sendo uma delas o ato de
perfurar a pele introduzindo objetos contundentes que injetavam pigmentos sob a
pele. Dessa forma, essa modificação marcava seus corpos de forma permanente
que vestígios arqueológicos até os dias de hoje são encontrados, revelando-se uma
prática milenar (PABST et al.; 2009, p.2335-2341).
Compreendendo que a modificação corporal é praticada há tanto tempo,
também é possível observar que sua utilização produziu diversos sentidos no âmbito
das identidades, das expressões e organização sociais. Deste modo, a tatuagem -
assim como as outras modificações - é fonte simbólica que comunica a experiência
social e pertencimento grupal (SCHLÖSSER, A.; 2018, p.23). Nesse sentido, o ser
social tem seu corpo como suporte da representação de si enquanto se relaciona
com seus pares, criando assim formas diversas de interpretar simbolicamente o
outro. Esses entendimentos são impactados a partir da cultura e o meio em que o
ser humano está inserido, tendo suas representações corporais afetadas
diretamente por isso.
Portanto, os diversos processos sociais - principalmente a partir da
colonização europeia durante as navegações - que ocorreram até o dia de hoje,
fizeram com que essa prática e forma de expressão sofresse muitos estigmas. Tais
estigmas começaram a relacionar a tatuagem com a marginalidade e prolongaram-
se durante décadas. Nesse sentido, um dos principais setores da vida humana, o
trabalho, foi um dos mais afetados. São comuns estudos e pesquisas que realizam
testes para mostrar como existe preconceito social em relação ao empregado
quando o mesmo possui tatuagens. Um dos desses estudos é o What do you think
of my ink? Assessing the effects of body art on employment chances escrito por
Andrew Timming et al., onde diz que

Tattoos and piercings have a significant negative effect on hireability


ratings. This study has demonstrated empirically that employment
chances are reduced if a job applicant displays visible body art (2015,
p. 32).

Sendo assim, o ramo da tatuagem sofre os reflexos do preconceito estrutural


da sociedade, consequentemente interferindo também no desenvolvimento de novas
tecnologias voltadas para a área. Apesar disso, é possível compreender que a
imagem que a tatuagem passa, vem se tornando cada vez menos marginalizada na
sociedade. A popularização da tatuagem na contemporaneidade tem contribuído
para sua aceitação e maior participação no mercado, sendo fonte de renda primária
para artistas do ramo.
Esse paradigma, ao mesmo tempo em que abre portas para melhorias,
também implica em novos desafios. Um destes desafios está ligado ao
desenvolvimento tecnológico com foco em materiais e produtos, sejam na forma de
utensílios, ferramentas, mobiliários e equipamentos na área de tatuagem. Hoje em
dia é comum que artistas do ramo utilizem material e mobiliário que foram
desenvolvidos levando em consideração outras áreas, como estética, enfermagem,
odontologia e outras do ramo da saúde.
Neste trabalho, o recorte escolhido se deu a partir de meu próprio contexto
profissional, no ramo da tatuagem. Enquanto tatuador, durante as experiências que
tive, pude observar diversos fatores problemáticos que envolvem o fazer da
tatuagem. Nesse sentido, foi possível perceber que pelo fato de a tatuagem ser uma
prática que tem raízes historicamente marginalizadas, as inovações direcionadas a
esta área ocorreram de modo mais lento e não tão focado, tendo em vista outras
áreas que também demandam os mesmos cuidados de biossegurança e
equipamentos.
A tatuagem é uma profissão que possibilita com que o profissional exerça seu
trabalho em diferentes partes do mundo. Desse modo, o tatuador da atualidade está
cada vez mais fazendo viagens e seu espaço de atendimento não está condicionado
a exercer a profissão de forma fixa em um só lugar. Além disso, as Convenções de
Tatuagem são eventos que ocorrem constantemente em diferentes locais do mundo,
fazendo com que os tatuadores desloquem-se até o local do evento com seus
materiais de trabalho.
Essa condição da profissão exige que os equipamentos e materiais sensíveis
percorram longas distâncias. Tendo em vista a limitada oferta de produtos
destinados especificamente para acondicionar estes materiais, muitas vezes estes
são armazenados de forma improvisada. Além disso, a bancada de procedimento
utilizada por muitos tatuadores é improvisada de outras áreas e por seu grande
tamanho e peso, torna-se inviável o seu transporte.
Sendo assim, o presente trabalho pretende utilizar os métodos e técnicas do
Design de Produto com a finalidade de solucionar esta problemática enfrentada
pelos profissionais. Primeiramente, será apresentado um breve histórico da
tatuagem até os dias atuais e a importância da inovação em produtos para a área.
Também serão abordados conceitos que serão requisitos para o projeto, como a
biossegurança e ergonomia. De maneira a direcionar e organizar as etapas do
projeto, será utilizado a metodologia proposta por Bruno Munari, a qual consiste em
seis macrofases que serão apresentadas em um cronograma de execução de
tarefas.
2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo Geral:


Desenvolver uma mala para acondicionamento de equipamentos para
tatuagem de maneira segura, que também tenha a função de servir como
bancada/superfície de procedimentos.

2.2 Objetivos Específicos:


a) identificar os principais problemas enfrentados por artistas de tatuagem na
hora de transportar seus equipamentos;
b) analisar produtos concorrentes e similares;
c) conhecer e aplicar as normas de higiene e biossegurança;
d) promover melhor experiência do usuário, tendo como foco tatuadores que
utilizam bancadas improvisadas;
e) conhecer as estratégias de negócio da empresa parceira e contribuir para
ampliação de seu portfólio de produtos;
f) integrar o campo do Design de Produto com a área da tatuagem, gerando
inovação.
3 JUSTIFICATIVA

A idealização deste trabalho tem como foco criar soluções para problemáticas
identificadas durante a execução do trabalho do tatuador, mais precisamente o
mobiliário bancada de procedimentos. Particularmente, enquanto tatuador, este é
um dos problemas identificados no dia a dia da profissão. A tatuagem, em seu
procedimento, exige que se atenda a requisitos técnicos legais de biossegurança e
ergonomia. Portanto, é de extrema importância que os profissionais da área utilizem
mobiliários que em sua forma contemplem tais requisitos.
Conforme observado no videodocumentário Do Porto à Pele: a história da
tatuagem profissional no Brasil, desenvolvido pelo estudante Tiago Santiago Ghizoni
da Universidade Federal de Santa Catarina, no início da tatuagem profissional no
Brasil, praticamente todos os materiais utilizados eram improvisados. Desse modo,
não havia grande preocupação com as questões de biossegurança. Além disso, o
estigma enfrentado pela profissão perdurou até os anos 1990, ocasionando a
escassez de estudos e observações sobre a área. Deste modo, esse estigma
refletiu-se diretamente na falta de desenvolvimento de novas tecnologias para a
área.
Hoje, apesar do pensamento social acerca da tatuagem ter se alterado de
forma positiva para a área, é possível identificar que no procedimento da tatuagem,
ainda são incipientes as soluções de materiais com foco direto na área. É possível
observar que em muitos casos, os mobiliários utilizados são improvisados de outra
área, como exemplo as bancadas de procedimento, em que são utilizados carrinhos
de ferramentas para mecânicos. Este, criado para ser utilizado com outra finalidade,
acaba por não suprir os requisitos de ergonomia e biossegurança necessários para
o profissional.
O profissional tatuador precisa se locomover com seus materiais para viagens
e eventos. Uma prática que pode ser observada em grande parte dos eventos de
tatuagens é a utilização de bancadas de procedimento improvisadas, que acabam
sendo substituídas por mesas de plástico “de bar”, que são disponibilizadas pela
organização do evento. Isso se dá pelo fato de que as bancadas utilizadas nos
estúdios são pesadas e de difícil locomoção, gerando então a necessidade de uma
solução inteligente e focada nesta problemática.
Figura 1 - Mesa de plástico dividida por dois tatuadores na 2ª Expo Tattoo Maceió

Fonte: Portal Alagoas 24 horas, 2012

Figura 2 - Bancada improvisada na 6ª Expo Tattoo Floripa

Fonte: Página da Expo Tattoo Floripa no Facebook 1

A solução para tais problemas, que será apresentada no presente projeto,


visa integrar os parâmetros técnicos exigidos. Para além disso, tem como intuito
proporcionar uma experiência confortável, esteticamente agradável e que atenda
outras demandas da profissão que serão identificadas na fase de pesquisa deste
trabalho.
4 REFERENCIAL TEÓRICO
1 Disponível em: <https://www.facebook.com/expotattoofloripa>. Acesso em: 27 jul. 2021.
4.1 TATUAGEM: DEFINIÇÃO E HISTÓRICO

Apesar de ser uma prática milenar, não é possível afirmar uma data inicial
para a prática da tatuagem. Há registros de seres humanos tatuados com mais de
5.000 anos. O mais antigo ser humano encontrado tatuado, Ötzi, é também
conhecido como Homem de Gelo. Seu corpo mumificado foi encontrado nos alpes
italianos em 1991, com mais de 50 desenhos espalhados pelo seu corpo. Segundo a
revista Mundo Estranho, publicada em 2014, página 31, os cientistas acreditam que
as tatuagens tinham efeito terapêutico, pois estavam localizadas em pontos de
acupuntura.
Depois de Ötzi, há relatos de outras múmias com tatuagens espalhadas na
região do ventre. Uma delas é a da princesa Amunet, que foi encontrada com
desenhos preservados em seu corpo. Estes traços, constituídos por linhas e pontos,
tinham formas elípticas, que estavam ligadas a ritos de fertilidade (LEITÃO &
ECKERT, 2004).
Durante meados do século XVIII, por meio do navegador James Cook,
houveram os primeiros relatos sobre a tatuagem. Em 1769, ao desembarcar no Taiti,
se deparou com polinésios e seus corpos tatuados chamaram sua atenção. Foi por
meio desse encontro que a palavra tattoo entrou para a língua inglesa. A construção
dessa palavra se deu através de uma modificação dos termos usados pelos
polinésios para se referir a esta arte. Os termos “tau” ou “tatau” significam “golpear,
bater” e representam o som emitido pelos instrumentos utilizados durante o processo
de tatuagem. Os instrumentos eram produzidos com ossos serrilhados para que
ficassem pontudos e penetrassem na pele, e neste material eram feitas batidas com
um pedaço de madeira (MARQUES, 1997).
Em 1775, ao voltar para a Europa, Cook traz consigo um homem polinésio
chamado Omai, que tinha o corpo coberto por tatuagens. Este fato marcou o
primeiro contato da tatuagem com o mundo ocidental na modernidade. A prática, até
então exótica para os europeus, se tornou um acessório para os aristocratas da
época, que marcavam seus corpos com figuras de dragões e brasões da nobreza
(LEITÃO & ECKERT, 2004).
A partir da revolução industrial, no fim do século XIX, a prática da tatuagem
tornou-se menos rústica. Quando antes eram feitas com ferramentas manuais, agora
o processo se tornava mais mecanizado, com a invenção da primeira máquina de
tatuagem, feita em 1981 por O’Reilly. Essa invenção tornou o processo da tatuagem
muito mais ágil e fez com que a prática se popularizasse muito rapidamente. Essas
mudanças, ao mesmo tempo que tornam a tatuagem mais acessível, também
“fornece material para a criação de uma onda da atração pelo exotismo exagerado”
(LEITÃO & ECKERT, 2004, p. 4).
Transformada em espetáculo, a tatuagem era exibida à população que via
nos corpos explorados figuras tidas como selvagens no imaginário ocidental. Ainda,
conforme apontado por Débora Leitão e Cornelia Eckert (2004, p. 5) eram atrações
em circos, parques de diversão e feiras. O tempo pode ter passado, entretanto os
reflexos de uma visão colonizadora continuam se perpetuando. Segundo as autoras,
“Nos 50 anos seguintes a tatuagem continuou a ser símbolo das classes marginais.
Marinheiros, prisioneiros e soldados de guerra voltavam para casa tatuados”
(LEITÃO & ECKERT, 2004, p. 5).
Já nos anos 60 e 70, a tatuagem estava inserida no mundo pop, hippie e na
cultura Rock’n’Roll. Porém continuava sendo marginalizada e de certa maneira
representava uma forma de protesto social (SCHIFFMACHER, 1996). A partir da
aparição de tatuagens em famosos da época, como músicos, atores e artistas,
passou a ter mais aceitação.
Atualmente, não é incomum ver tatuagens em pessoas de diferentes idades e
classes sociais. Isso demonstra uma possível mudança de pensamento e maior
aceitação. A profissão tatuador é reconhecida socialmente e esses profissionais
costumam trabalhar em estúdios de forma autônoma. Existem eventos e convenções
onde os tatuadores participam expondo seus trabalhos e competindo entre si. Outro
ponto interessante são os programas de TV e reality shows, que mostram o
cotidiano dos estúdios de tatuagem e promovem concursos entre os profissionais.
Além disso, esses programas também apresentam o lado da pessoa que será
tatuada, tendo em vista que muitas vezes a tatuagem não possui somente valor
estético, mas sim uma história a ser contada. As pessoas costumam obter tatuagens
com a finalidade de prestar homenagens ou marcarem eternamente suas memórias
na pele. Entretanto, nas últimas décadas a busca por tatuagens com motivação
estética tem ganhado espaço. Com isso é possível observar que a prática da
tatuagem vem passando por ressignificações importantes, que demonstram um novo
olhar sobre o ato de tatuar e ser tatuado.
4.1.1 TATUAGEM NO BRASIL

A tatuagem moderna no Brasil, feita com máquinas, segundo Leitão e Eckert


(2004), chegou no decorrer do século XIX e foi trazida por marinheiros ingleses e
norte-americanos. Neste momento, a técnica era levada não só para o Brasil, mas
também para a maioria dos portos do mundo inteiro, tornando-se moda entre os
marinheiros e prostitutas de regiões portuárias.
Para melhor descrever os caminhos que trouxeram a tatuagem moderna para
o Brasil, foi utilizado como fonte o documentário Do Porto à Pele: a história da
tatuagem profissional no Brasil desenvolvido pelo estudante Tiago Santiago Ghizoni
da Universidade Federal de Santa Catarina. O videodocumentário aborda o histórico
da tatuagem e seu desenvolvimento no Brasil, a partir do depoimento de tatuadores
notáveis.
Durante muito tempo não existiam tatuadores fixos no Brasil. Os artistas de
diversas nacionalidades vinham por navios, trabalhavam por algum tempo e depois
iam embora. Foi em 1959 que o primeiro tatuador se estabeleceu no Brasil. Lucky,
como era conhecido, era marinheiro e de origem dinamarquesa e foi ele quem abriu
os caminhos para os primeiros tatuadores brasileiros.
Nessa época, as tatuagens eram feitas sem muita preocupação com a
biossegurança, os tatuadores não utilizavam luvas e as máquinas e tintas eram
improvisadas. Foi durante a década de 1970 para 1980 que a tatuagem começou a
ser mais lapidada. Com o surgimento de melhores materiais e aprimoramento das
técnicas, as tatuagens passaram a ser mais bonitas e chamativas, começando a
ganhar maior expressividade. Logo, a partir dos anos 1980, essa evolução
operacional se deu com maior notoriedade. No entanto, mesmo com a evolução
técnica, a tatuagem ainda era ligada aos povos marginalizados. Em 1983, com o
surgimento da AIDS no Brasil, a tatuagem passou a ser relacionada com a doença,
acarretando ainda mais estigma à área.
A partir dos anos 1990, a tatuagem realmente se expandiu no território
brasileiro e passou a ter maior aceitação por parte da sociedade. Neste ano também
ocorreu a primeira Convenção de tatuagem no país e a partir desse fato, o
crescimento na indústria foi cada vez maior. Se até os anos 90 o número de
tatuadores no país era de aproximadamente 100, hoje em dia existem milhares de
profissionais somente no Brasil, muitos deles reconhecidos internacionalmente.
4.1.2 ESTILOS E TÉCNICAS

Tendo em vista o amplo universo da tatuagem, são diversos os estilos e


técnicas que compõem essa prática, que vão desde estilos mais simples,
caracterizados por tatuagens menores e que utilizam poucos pigmentos, até estilos
mais complexos que exigem inúmeras tonalidades de cores e são caracterizados por
peças grandes, que necessitam de mais de uma sessão para serem finalizadas.
Conforme apontado pelo blog Tattoo2Me, um dos maiores portais de
informação sobre tatuagem nacional, o estilo Old School é um dos primeiros e mais
tradicionais estilos. Caracteriza-se pela utilização de traços de contorno bem grossos
e uma paleta reduzida de cores, em que são utilizadas apenas a cor preta e as cores
primárias. Os desenhos são caracterizados pela simplicidade e sem muito volume.
Os contornos, sombras e preenchimentos de cores são bem sólidos, característicos
deste estilo, em que as tatuagens ficam nítidas por anos.
O estilo Tribal surgiu na Nova Zelândia entre os nativos da tribo Maori. Ao
contrário do que se vê hoje, para eles, as marcações corporais tinham muito mais
significado simbólico do que estético. Suas tatuagens contavam sua história,
habilidades e até mesmo sua posição social dentro da tribo. As artes são
caracterizadas por formas geométricas e tribais, constituída por linhas finas e
grossas e preenchimentos sólidos de preto.
O Oriental é um estilo que se refere à cultura japonesa. Geralmente os
trabalhos são projetos grandes fechando um membro ou o corpo todo, conhecidos
como bodysuits. As tatuagens costumam ter significados relacionados a cultura e
folclore japonês. Animais, natureza, seres mitológicos, guerreiros e gueixas são
comuns nas composições do estilo oriental, onde cada elemento tem o seu próprio
significado.
Segundo o site Tattoodo o estilo Neo Tradicional ou New Traditional surgiu na
europa, com influência do movimento artístico Art Nouveau. Este estilo combina
técnicas do tradicional americano, como exemplo as linhas grossas de contorno.
Porém, as figuras têm aspecto muito mais realista e uma paleta de cores bem mais
ampla. Suas cores são marcantes e dramáticas, em sua maioria compostas por tons
pastéis. Com uma estética exuberante e extravagante, as composições deste estilo
caracterizam-se pela utilização de rostos femininos delicados e elementos luxuosos
como pérolas e rendas finas.
Muito fácil de ser reconhecido, o New School é um estilo bastante caricato e
se assemelha muito às charges e desenhos animados. Inspirado na cultura do
Graffiti, Cartoons e Pop Art, o New School surgiu na década de 1970 e até os dias
de hoje é um dos estilos que mais engloba todas as técnicas de tatuagem. Possui
traços finos e grossos, preenchimento sólido, sombreamento e transição de cores.
Marcante por suas cores vibrantes, o estilo possibilita o uso de infinita gama de
cores, não tendo nenhuma restrição, diferente dos estilos mais tradicionais.
Tendo como foco a representação fiel de uma imagem ou fotografia real, o
Realismo se baseia no movimento realista, que se iniciou na França em 1850. Na
tatuagem, o estilo realista pode ser colorido ou preto e branco. É um dos estilos mais
procurados para quem deseja eternizar a imagem de um ente querido, um animal de
estimação ou até uma paisagem.
Além dos estilos citados, existem ainda o Lettering (caligrafia), Preto e Cinza,
Pontilhismo, Blackwork, Aquarela, Comics, entre outros. Neste trabalho pretendo
abordar pontos principais, tendo em vista a vasta gama de estilos e técnicas que se
renovam a cada dia.

4.2 DESIGN DE PRODUTO E TATUAGEM

O homem desde o princípio de sua história busca encontrar soluções para


problemas específicos. Desse modo, também buscou aprimorar suas invenções de
acordo com as necessidades que emergiram. Logo, o Design enquanto ciência,
envolve metodologias específicas que passam pela busca de um problema ou
hipóteses para solucionar necessidades do ser humano. Nesse sentido, é possível
afirmar que “A origem de produtos configurados com função otimizada pode ser
encontrada até nos tempos ancestrais.” (BÜRDEK, 2006, p. 17).
Ainda, segundo Bürdek apud Hirdina (2006, p. 15), o termo Design de
Produto, inicialmente conhecido como Design Industrial, foi utilizado pela primeira
vez em 1948 por Mart Stam. Este, por sua vez, compreendia que qualquer pessoa
que atuasse como projetista industrial e se dedicasse à criação de novos materiais
que solucionassem necessidades específicas do homem, seria entendido como um
projetista industrial.
Bonsieppe (2011, p. 18), chama a atenção para o fato de que o Design de
Produto passa por várias tendências que o reestruturam. Dessa forma, a estética
das soluções encontradas muitas vezes se sobressai em relação aos processos
projetuais. Esse fator acaba por trazer a ideia de que o Design serve somente ao
que é belo e não ao seu princípio por natureza, que é a resolução inteligente de
problemas. Da mesma forma, Bürdek evidencia que

Uma abrangente e por isto mesmo muito útil descrição foi elaborada
pelo Internacional Design Center de Berlim em 1979 por ocasião de
uma de suas exposições:
- Bom design não se limita a uma técnica de empacotamento.
Ele precisa expressar as particularidades de cada produto por meio
de uma configuração própria.
- Ele deve tornar visível a função do produto, seu manejo, para
ensejar uma clara leitura do usuário.
- Bom design deve tornar transparente o estado mais atual do
desenvolvimento da técnica
- Ele não deve se ater apenas ao produto em si, mas deve
responder a questões do meio ambiente, da economia de energia, da
reutilização, de duração e de ergonomia.
- O bom design deve fazer da relação do homem e do objeto o
ponto de partida da configuração, especialmente nos aspectos da
medicina do trabalho e da percepção.

Dado o contexto apresentado sobre o Design, é possível observar que o


desenvolvimento e a inovação são movimentos constantes da área, que inclusive
acompanham as transformações da sociedade. Tais transformações compreendem
os campos da identidade da expressão humana, onde se encontra o campo da
tatuagem.
Nesse sentido, estes dois campos encontram-se diante das desafiadoras
inovações da sociedade e dessa forma se retroalimentam. Portanto, para que hajam
inovações no Design de Produto que tenham como foco a resolução inteligente das
necessidades do homem, até mesmo culturais, é preciso pensar ativamente as
particularidades de cada área.
Tendo em vista o intuito deste trabalho, a área da tatuagem ainda é pouco
explorada no que diz respeito a soluções com foco nas necessidades do profissional
tatuador. Levando em consideração problemas identificados no fazer do tatuador,
como por exemplo mobiliários de outras áreas que são utilizados por estes
profissionais, observou-se necessário o aprimoramento. Desse modo, considera-se
relevante utilizar conhecimentos do Design de Produto para desenvolver soluções
que tenham como foco a área da tatuagem.
4.3 BIOSSEGURANÇA PARA ESTÚDIOS DE TATUAGEM

Durante o procedimento de uma tatuagem, a pigmentação permanente se dá


através da perfuração da pele. Portanto, há riscos de contaminação tanto para o
cliente, quanto para o tatuador. Isso se deve ao fato de os materiais utilizados
estarem em contato com o ar, sangue e fluídos do cliente.
Apesar de haver manuais, a maior parte dos documentos sobre o tema tem
como base uma cartilha desenvolvida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária -
ANVISA. Logo, a fiscalização sanitária de estados e municípios podem ter como
base legal tais recomendações. Porém, ainda não são claras as obrigações legais
dos estúdios em relação às normas sanitárias, pois não há uniformidade no que
tange políticas públicas referente a esse tema em esfera nacional.
De acordo com o Manual de Biossegurança para Estúdios de Tatuagem e
Body-Piercing da Vigilância Sanitária, é de extrema importância que todos os
materiais utilizados, ao entrarem em contato com a pele do cliente, sejam
descartáveis ou esterilizados. Já as agulhas, luvas e lâminas destinadas para
raspagem dos pelos devem ser de uso único.
Se tratando do ambiente de procedimento e mobiliários, o Manual traz as
seguintes condições mínimas no tópico III - Área/sala de processamento de artigos
dotada de:
(...) b) bancada para o preparo, desinfecção ou esterilização de
materiais e disposição de equipamentos;

(...) d) Área específica para guarda de materiais esterilizados


dotada de armário exclusivo fechado, limpo e livre de umidade.

e) Área específica para materiais limpos e equipamentos não


esterilizados, dotada de local fechado, limpo e livre de umidade.

Ainda referente ao mobiliário de procedimento, no tópico seguinte IV – Condições


Gerais: “ [...] g) Mobiliárias e bancadas em bom estado de conservação, revestidos
com materiais impermeáveis, de fácil limpeza, desinfecção, resistentes a produtos
químicos;”
Portanto, para o desenvolvimento do produto, torna-se essencial e requisito
do Projeto a utilização das condições mínimas informadas pelo Manual, com
finalidade de garantir o cumprimento das normas de biossegurança. Dessa forma, o
Projeto será desenvolvido integralmente levando em consideração tais
determinações.

4.4 ERGONOMIA

A ergonomia possui um conceito amplo. Tendo em vista a finalidade do


produto a ser desenvolvido no presente projeto, o conceito da ergonomia física será
utilizado como base. No entanto, uma definição para o estudo da ergonomia é
trazido por Itiro Iida e Lia Buarque no livro Ergonomia: projeto e produção (2018):

A ergonomia (ergonomics), também chamada de fatores humanos


(human factors), é o estudo da adaptação do trabalho ao ser
humano. O trabalho aqui tem uma acepção bastante ampla,
abrangendo não apenas os trabalhos executados com máquinas e
equipamentos, utilizados para transformar os materiais, mas também
todas as situações em que ocorre o relacionamento entre o ser
humano e uma atividade produtiva de bens ou serviços. Isso envolve
não somente o ambiente físico, mas também os aspectos
organizacionais. A ergonomia tem uma atuação bastante ampla,
abrangendo as atividades de: a) planejamento e projeto, que ocorrem
antes do trabalho a ser realizado; b) monitoramento, avaliação e
correção, que ocorrem durante a execução do trabalho; e c) análises
posteriores das consequências do trabalho. Tudo isso é necessário
para que o trabalho possa atingir os resultados desejados. (2018, p.
2)

Em Introdução à ergonomia: da prática à teoria, de Júlia Abrahão et al. (2009,


p. 30) apresenta o conceito de ergonomia física. Dessa forma, este caracteriza-se
pelo estudo das características anatômicas humanas, antropometria, fisiologia e
biomecânica e sua relação com o trabalho. Este estudo, analisa a “postura no
trabalho, manuseio de materiais, movimentos repetitivos, distúrbios músculo-
esquelético relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho, segurança e
saúde.”
Determinados trabalhos realizados por tatuadores demandam muitas horas
na mesma posição, seja sentados ou em pé. Sendo assim, para o desenvolvimento
do produto, é de extrema importância que exista um estudo na interação do tatuador
com a bancada de procedimento, de modo que a saúde e o bem-estar do
profissional seja preservada. Portanto, é indispensável pensar mobiliários e objetos
que considerem a ergonomia fator principal para uma solução eficiente de Design.
Dessa forma, além do conforto propiciado pelo encaixe anatômico em relação ao ser
humano, é possível evitar lesões a curto e longo prazo para o profissional e para o
cliente.

4.5 METODOLOGIA DE BRUNO MUNARI

Levando em consideração a complexidade de um projeto de produto,


pretende-se utilizar a metodologia criada por Bruno Munari (1998). Sendo assim, o
método servirá para guiar e organizar as etapas do projeto, de modo que o processo
criativo seja uniforme e assertivo. Munari organiza seu método de forma linear e
constituído por 11 etapas, onde a etapa anterior é requisito para a seguinte. Em seu
livro Das coisas nascem coisas (1998), Munari faz uma analogia comparando seu
método à uma receita culinária, trazendo como exemplo a preparação de um prato
de arroz verde.
As etapas que compõem o método podem ser divididas em macrofases, às
quais são apresentadas no artigo Metodologia de Projetos em Design, Design
Thinking e Metodologia Ergonômica [...] publicado por Cadernos UniFOA (2017, p.
56). As macrofases abrangem as etapas e são compostas da seguinte forma:
Identificação e análise do problema (Definição do problema e Componentes do
Problema); Fase de pesquisa (Coleta de dados e Análise de dados); Fase criativa ou
de elaboração (Criatividade); Fase de especificação técnica (Materiais e tecnologia e
Experimentação); Fase de modelagem e avaliação (Modelo e Verificação) e Fase de
Implementação (Desenho de Construção, Modelo em tamanho natural e Solução).
Apesar de ser um método com etapas bem definidas, Munari aponta que o
mesmo não é engessado:

“O método para o designer não é nada absoluto nem definitivo. É,


portanto, algo que se pode modificar, caso se encontre outros
valores objetivos que melhorem o processo. E isto se liga à
criatividade do projetista que, ao aplicar o método, pode descobrir
algo para melhorá-lo. Portanto, as regras do método estimulam o
projetista a descobrir coisas que, eventualmente, poderão ser úteis
também aos outros.”

Logo, tendo em vista a flexibilidade na definição das etapas, será utilizado o método
de Bruno Munari como base, adaptando suas etapas conforme surjam novas
necessidades no projeto. Desse modo, a metodologia servirá como diretriz para o
desenvolvimento do produto e se cumpram os objetivos propostos.
5 PLANEJAMENTO OPERACIONAL

Para o desenvolvimento deste projeto, pretende-se utilizar a metodologia de


Munari (1998) como base. Método que irá direcionar as etapas e facilitará a
organização do projeto. A organização metodológica de Munari se subdivide em 11
etapas, onde a etapa anterior é requisito para a seguinte. Deste modo, o método
escolhido seguirá as etapas subsequentes:

Tabela 1- Matriz Metodológica

Fases Etapas Atividade Descrição

FASE 1 1 Definição do Problema Definir os limites em que


o designer irá trabalhar.
(Briefing)

2 Componentes do Problema Decompor o problema


em partes e identificar
subproblemas.

FASE 2 3 Coleta de dados Coletar dados do


público-alvo, através de
pesquisa qualitativa,
para entender outras
possíveis demandas.
Realizar pesquisa de
produtos similares.

4 Análise dos dados Analisar os dados


obtidos do público-alvo
para compreender as
demandas ao
enfrentarem o problema.
Analisar as qualidades e
defeitos dos produtos
similares,
compreendendo o que
não se deve fazer no
projeto.

FASE 3 5 Criatividade Interpretar os dados


analisados em
alternativas para o
produto. Pretende-se
utilizar o brainstorming,
para eliminação dos
bloqueios mentais e a
matriz morfológica para
a geração de diferentes
soluções para cada
requisito do projeto.
Analisar e definir as
melhores alternativas
através de uma matriz
de seleção.

FASE 4 6 Materiais e Tecnologia Coletar informações


sobre materiais e
tecnologias disponíveis
com a empresa parceira.

7 Experimentação Explorar e analisar os


materiais disponíveis
aplicados nas
alternativas.

FASE 5 8 Modelo Apresentar o modelo


através de sketches e
desenvolver um modelo
físico em escala
reduzida.

9 Verificação Avaliar os modelos,


verificando possíveis
falhas existentes no
projeto.

FASE 6 10 Desenho de Construção Criar um desenho


técnico, apresentando
todas as medidas e
dimensões do produto,
para possível fabricação
de um modelo em
tamanho real.

11 Solução Apresentação do projeto


de pesquisa e também
do modelo final 3D
renderizado e
ambientado.
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Bruno Munari, 1998.
6 MÉTODOS E ETAPAS

Tendo em vista que o presente trabalho visa a graduação acadêmica, não


será necessária a captação de recursos financeiros em primeiro momento. Para a
execução das etapas de pesquisa e coleta de dados, será utilizado material próprio.
Nesse sentido, as pesquisas serão realizadas de forma online por meio da
plataforma Google Formulários. Após definição de público-alvo da pesquisa, os
entrevistados serão contatados e convidados a participar respondendo. Este
formulário será encaminhado aos entrevistados por meio de link online.
Na fase criativa, momento de geração de alternativas, serão utilizados
materiais próprios físicos e digitais. O levantamento de materiais e tecnologias
disponíveis será feito através de contato online, com o representante da empresa
parceira e auxílio do professor orientador.
Pretende-se gerar um modelo físico com finalidade de estudo da forma e
estrutura, produzido em escala reduzida, utilizando materiais de fácil manuseio e
baixo custo, com investimento próprio. Caso seja possível, será utilizado o
Laboratório de Modelagem do IFSC para o desenvolvimento do mesmo. Após
definida a alternativa, será gerado um modelo digital com as medidas reais do
produto, através de software 3D disponível no Laboratório de Design de Produto do
IFSC. Levando em consideração as recomendações de segurança diante da
situação pandêmica, não é clara a possibilidade de uso destes espaços.
Para que o método possa ser executado de modo uniforme e com
previsibilidade, foi desenvolvido um cronograma de execução das tarefas
necessárias em cada fase do projeto. As etapas e sua ordem de execução podem
ser observadas na Tabela 2, a seguir:

Tabela 2- Cronograma de execução das tarefas

FASE ETAPA TAREFA MÊS

OUT NOV DEZ JAN FEV

1 1 Definir os limites x
Definição do em que o designer
Problema irá trabalhar.
(Briefing)

2 Decompor o x
Componentes do problema em
Problema partes e identificar
subproblemas.

2 3 Coletar dados do x
Coleta de dados público-alvo,
através de
pesquisa
qualitativa, para
entender outras
possíveis
demandas.

Realizar pesquisa
de produtos
similares.

4 Analisar os dados x
Análise dos dados obtidos do
público-alvo para
compreender as
demandas ao
enfrentarem o
problema.

Analisar as
qualidades e
defeitos dos
produtos
similares,
compreendendo o
que não se deve
fazer no projeto.

3 5 Interpretar os x
Criatividade dados analisados
em alternativas
para o produto.

Pretende-se
utilizar o
brainstorming,
para eliminação
dos bloqueios
mentais e a matriz
morfológica para a
geração de
diferentes
soluções para
cada requisito do
projeto.
Analisar e definir
as melhores
alternativas
através de uma
matriz de seleção.

4 6 Coletar x
Materiais e informações sobre
Tecnologias materiais e
tecnologias
disponíveis com a
empresa parceira.

7 Explorar e analisar x
Experimentação os materiais
disponíveis
aplicados nas
alternativas.

5 8 Apresentar o x
Modelo modelo através de
sketches e
desenvolver um
modelo físico em
escala reduzida.

9 Avaliar os x
Verificação modelos,
verificando
possíveis falhas
existentes no
projeto.

6 10 Criar um desenho x
Desenho de técnico,
construção apresentando
todas as medidas
e dimensões do
produto, para
possível
fabricação de um
modelo em
tamanho real.

11 Apresentação do x
Solução projeto de
pesquisa e
também do
modelo final 3D
renderizado e
ambientado.
Fonte: Elaborada pelo autor com base em Bruno Munari, 1998

7 RESULTADOS ESPERADOS
O desenvolvimento deste produto visa contribuir para a área da tatuagem,
trazendo melhorias para os profissionais do ramo, através da criação de um produto
que armazene de forma segura os materiais utilizados pelo tatuador. Que seja
portátil e que ao mesmo tempo sirva como bancada de procedimento, suprindo a
necessidade da utilização de bancadas improvisadas durante viagens e
participações em convenções.
Este produto será concebido na forma de uma mala, a qual terá multifunções,
diferentes compartimentos e mecanismos. Através dos métodos absorvidos durante
o Curso de Design de Produto, espera-se gerar diferentes alternativas para o objeto,
apresentadas através de sketches, mostrando todas as funções do produto. Após
selecionada a melhor alternativa, o modelo final será produzido por meio de software
3D, com as medidas finais, aplicação dos materiais utilizados e vista de todas as
faces. Além disso, será apresentada uma renderização final do produto, com
ambientação para melhor compreensão do mesmo. Desse modo, em caso do
produto estiver em conformidade com os processos de fabricação da empresa e
estiver dentro dos custos, a empresa parceira se prontifica à fabricação de um
modelo físico do produto.

REFERÊNCIAS
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2009. Disponível em: https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=9xugDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=ergonomia&ots=55128mICQh&si
g=Q_p6Tm_0LhFAe4V1gK1mn3O-nR4#v=onepage&q&f=false. Acesso em: 14 jul.
2021.

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Referência Técnica para o


Funcionamento dos Serviços de Tatuagem e Piercing. Brasília.
NADAV/DIMCB/ANVISA. 2009. Disponível em:
https://repositorio.observatoriodocuidado.org/bitstream/handle/handle/2018/Referê
ncia%20técnica%20para%20o%20funcionamento%20dos%20serviços%20de%20ta
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BÜRDEK, Bernhard E.. História, teoria e prática do design de produtos. São


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FLORIPA, Expo Tattoo. Sem título. 2019. Facebook: expotattoofloripa. Disponível


em:
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GHIZONI, Tiago Santiago. Do Porto à Pele: a história da tatuagem profissional


no Brasil.

HORAS, Alagoas 24. Tatuadores de todo o País se reúnem em Maceió. 2012.


Disponível em: https://www.alagoas24horas.com.br/537238/tatuadores-de-todo-o-
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IIDA, Itiro; GUIMARÃES, Lia Buarque de Macedo. Ergonomia: projeto e produção.


3. ed. São Paulo: Blucher, 2018. Disponível em: https://books.google.com.br/books?
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BR&lr=&id=LcGPDwAAQBAJ&oi=fnd&pg=PA1&dq=ergonomia&ots=iaLnTCAlKf&sig
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LEITÃO, Débora Krischke. Mudança de significado da tatuagem contemporânea.


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MARQUES, Toni. O Brasil tatuado e outros mundos. Rio de Janeiro. Rocco. 1997.
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1998.

Pabst, M. A., Letofsky-Papst, I., Bock, E., Moser,M., Dorfer, L.,. Egarter-Vigl, E., &
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SCHIFFMACHER, Henk. 1000 Tattoos. Colônia: Taschen. 1996.

SIQUEIRA, Otavio Augusto Guerra; CUNHA, Lauriene de Sousa; PENA, Rodrigo de


Sá Freitas; CORRêA, Bruno de Souza; AMORIM, Moacyr Ennes. Metodologia de
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TIMMING, A. R. et al. WHAT DO YOU THINK OF MY INK? ASSESSING THE


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TATTOO2ME. Estilos. Disponível em: https://br.tattoo2me.com/estilo/. Acesso


em: 06 jul. 2021

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