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Dalfen, p. 178
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Bion de Borístenes, filho de um escravo liberto que comerciava peixe salgado; sua mãe era uma
prostituta. Foi vendido com sua família depois que seu pai trapaceou com os impostos. Foi comprado por
um rétor e recebeu educação retórica. Foi para Atenas, após a morte de seu senhor, o que lhe
proporcionou ampla formação filosófica, que se iniciou na Academia com Xenócrates e Crates; depois
com os cínicos e com os cirenaicos, como discípulo de Teodoro, o Ateu. E, finalmente, com os
peripatéticos, sendo discípulo de Teofrasto. Diógenes Laércio (2.77) atribui a Bion algumas diatribai e
isso deu origem à idéia de que ele poderia ter sido o criador da forma literária da diatribe.
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Med. 1:6
4
Med. 11: 06
5
Branham, p. 112
6
Branham, p. 111
7
D.L. (6.56)
8
D.L. (6.46)
9
D.L. (6.59)
10
D.L. (6.49)
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Med. 5: 28
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GRIFFIN, Miriam, p. 222-223
13
O exemplo mais notável é Sêneca.
Certo desdém pelo componente físico do corpo também pode ser encontrado em
Marco Aurélio:
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Med. 1: 16
15
GRIFFIN, Miriam, p. 239
16
Med. 4: 41
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Med., 10: 07
23
Med., 6: 15; 12: 23,3
24
Med., 2: 14,5; 4: 32; 6: 37; 7: 1; 9: 35, 37; 10: 27; 11: 1
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Med., 9: 28
26
Med., 5: 32
27
Med., 10: 9
28
Med., 9: 37
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Med., 11: 20
Marco Aurélio parece se comover algumas vezes quando reflete sobre deus.
Procura se convencer de que,
Um dos temas mais presentes em Marco Aurélio é a morte. Assim como todos
os demais fenômenos determinados pela natureza, a morte deve ser esperada com
tranqüilidade, com a certeza de que a duração da vida humana é nada mais que um
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Ao longo de Meditações, Marco Aurélio faz várias alusões à morte de seus filhos, como em 9: 40; 10:
34; 11: 33; 11: 34; 10: 35 e 12: 26. É possível que o falecimento desses filhos tenha sido acompanhado de
um pesar significativamente superior ao que acompanhou o falecimento de sua esposa, que apenas a cita
em 1: 17
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Med., 2: 5; 3: 16; 4: 25, 34, 49; 6: 16; 10: 8, 25
32
Med., 5: 37; 10: 32
33
Med., 3: 11
34
Med., 6: 10
35
Med., 12: 30
36
Med., 9: 40
37
Med., 12: 38
38
Med., 5: 21
39
Med., 7: 31
40
Med., 2: 03
41
Med., 6: 07
42
Med., 6: 23
43
Med., 5: 27
44
Med., 2: 17; 2: 12
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Med., 2: 11; 9: 21; 12: 23
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Med., 12: 7
47
Med., 2: 12
48
Med., 6: 24;
49
Med., 8: 21
50
Med., 4: 48
51
Reale, p. 108 e 112
52
Med., 9: 03
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Med., 2: 14
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Med., 8: 47; 10: 08, 32
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Os estóicos distinguem na alma oito partes: o hegemoníaco, ou parte diretriz, os cinco sentidos, a parte
reprodutora e a palavra.
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Med., 7: 55; 9: 23; 11: 21
57
Med., 11: 18
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Dalfen, p. 188. A referência dada pelo próprio imperador em 5: 16 parece intrigante. Por outro lado,
sua esposa Faustina foi certamente motivo de piada na corte em razão de seus múltiplos amantes. Mesmo
assim, o imperador a menciona em 2: 17, a adjetivando de cordata, meiga e simples.
Quanto à sua antropologia, o imperador diz que o homem é formado por apenas
três partes: corpo (Σῶμα), alma (ψυχή) e intelecto (νοῦς). 60 E, se por um lado os
estóicos identificavam o hegemoníaco como a parte mais elevada, a diretriz das ações
éticas, Marco Aurélio o põe fora da alma e o identifica com o νοῦς, com o intelecto.
Tal divisão não deve ter sido inspiração de Platão ou Aristóteles, como se pensara até
então. Reale afirma que
Marco Aurélio admite, além de uma matéria universal e além de uma alma
pneumática universal, uma alma intelectiva universal, da qual as singulares almas
intelectivas são fragmentos e momentos. Esse intelecto universal é um deus
panteisticamente concebido, que contém tudo e absorve tudo em si.
Se o homem se eleva acima de todas as coisas pela alma racional, então é claro
que o próprio νοῦς fornece elementos necessários para justificar o próprio sentido da
vida. E a própria natureza desse νοῦς indica o caminho a seguir. “É lei geral que o
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semelhante se uma ao semelhante.” O lugar do semelhante se encontra em dois
níveis: em sentido horizontal, por assim dizer, na direção do intelecto dos homens, e,
em sentido vertical, na direção do intelecto de deus. Dessa forma, a tarefa ética da alma
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Med., 2: 01
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Med., 2: 02; 3: 16; 5: 13; 6: 32; 7: 67; 12: 3
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Reale, p. 117
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Med., 9: 09
A imortalidade da alma é um tema que parece estar fora dos horizontes teóricos
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do imperador. Sobre esse ponto, Marco Aurélio se faz rigorosamente estóico ao
afirmar que a alma depois da morte não entra na decisão acerca do sentido da nossa
vida; o dever moral se impõe por si só e concentra em torno de si seu próprio objetivo.
Apesar do mau juízo que se pode fazer à respeito das coisas e das perturbações
psíquicas oriundas desse juízo errôneo, tem-se uma profunda convicção na capacidade
da alma de não ser atingida por nada que não resida nela mesma. É a própria ψυχή
que se move e proporciona seus próprios sofrimentos.65 A virtude é alcançada a partir
do momento que se forma o conceito real que cada coisa possui, utilizando-as conforme
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seu próprio valor intrínseco. As dificuldades e os males não residem, portanto, na
exterioridade, mas na ψυχή, nas próprias opiniões formadas sobre cada coisa. 67 Assim,
o universo dos bens e dos males reside na interioridade, no que se sente e no que se faz:
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Vide Med., 4: 21. Veja também Hoven, Stoicisme et Stoiciens face au problème de l’audelà, cit., p.
141-148
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Med., 7: 17
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Med., 5: 19
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Med., 8: 29
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Med., 9: 13. A vida entendida como uma opinião é tema corriqueiro em Marco Aurélio. Veja 12: 08; 2:
15; 12: 22; 12: 25; 12: 26; 11: 18
68
Med., 6: 41, 51; 9: 16; 3: 6; 12: 03, 23, 33.
INWOOD, Brad, Org. Os Estóicos. Tradução de Raul Fiker. São Paulo: Odysseus
Editora, 2006.
MARCO AURÉLIO. Meditações. Tradução de Alex Marins. São Paulo: Editora Martin
Claret, 2002.
REALE, Giovanni. História da Filosofia Antiga IV: As Escolas da Era Imperial. São
Paulo: Editora Loyola.