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2. METALURGIA BASICA
3.3 ABRASÃO
4.2 PROCESSOS
Cada centímetro de solda executada sobre um aço, estão sujeitas as mudanças metalúrgicas
Um cristal tem todos os seus átomos arranjados em um padrão geométrico. Sob resfriamento,
a) Muito forte
b) Dúctil
c) Magnético
e) É chamado de ferrita.
a) Forte
b) Muito dúctil
c) Não magnético
e) É chamado de austenita.
Qualquer aço com 1% ou mais de carbono, é considerado aço de alto carbono e pode
Aços com menos de 0,20% de carbono são considerados baixo carbono e são usados
em estruturas.
Aquecendo um aço até sua temperatura de austenitização ( 815 a 871º C), isto varia
por exemplo, irá ocorrer a transformação alotrópica de CFC para CCC, macia , ou aço
temperatura, qualquer dureza poderá ser obtida, desde a máxima ( pelo carbono
A maioria dos metais de engenharia são policristalinos, significando que são compostos de
muitos cristais. A configuração, ou seja o arranjo espacial, indicam a resistência mecânica e a
tenacidade dos cristais e portanto da a característica geral do metal. Ferro, cromo, vanádio e
tungstênio apresentam estrutura Cubica de Corpo Centrado. Esta configuração apresenta boa
resistência mecânica e moderada tenacidade. Estrutura Cubica de Face Centrada é também
muito comum e é encontrada em metais como cobre, níquel, ouro, dentre outros. Esta
configuração é caracterizada pela boa ductilidade e tenacidade, além de uma razoável
resistência mecânica. Outro arranjo espacial muito importante é o Tetragonal de Corpo
Centrado. Mencionamos que o ferro muda de CFC para CCC com o resfriamento, entretanto ,
se o resfriamento é muito rápido e se o carbono esta presente, a mudança normal é
interrompida com a formação de uma estrutura intermediária denominada de Tetragonal de
Corpo Centrado fig 4. Sua característica principal é a elevada dureza e denomina-se
Martensita. Apresenta elevada resistência mecânica, porém baixíssima ductilidade.
A dureza pode ser usada também para medir a resistência mecânica, com a vantagem de ser
um teste não destrutivo. A fig. 9 mostra a relação entre Resistencia Mecânica e a dureza para
aços.
Tenacidade e resistência a impactos não podem ser inferidas pelo teste de dureza, e devem ser
avaliadas pelo teste de resistência a tração.
Industrialmente, o ferro é raramente usado na forma pura, ele é ligado, normalmente a vários
elementos, que melhoram suas propriedades. O efeito de um elemento de liga não é simples
de ser avaliado, como açúcar no café, que duas colheres tornam o café duplamente mais doce.
A influência das combinações de elementos de um sistema simples ira ajudar a compreensão
de sistemas ferro carbono mais complexos, o que é muito importante quando do estudo da
metalurgia do aço.
Cobre e níquel são um exemplo de combinação quando 2 metais são solúveis um no outro em
qualquer concentração. Fundindo diferentes proporções de níquel e cobre, como 100% níquel;
75-25; 50-50; 25-75; e 100% cobre e observando o que acontece quando se resfriam, é
possível por em um gráfico as curvas como na fig. 10. Pondo no gráfico os pontos onde a
solidificação começa e onde ela se completa e unindo estes pontos por linhas tracejadas,
temos o gráfico de fusão resfriamento para todas as combinações. Este gráfico é chamado
Diagrama de Constituição, ou de Equilíbrio ou de Fase.
Metais podem formar compostos químicos, algumas vezes com não metálicos e outras vezes
com metais. Como compostos reais, eles apresentam composições fixas. O Carboneto de
Ferro ( Fe3C) é um caso típico. Um composto como o Fe3C irá aparecer em um Diagrame de
Fases como linhas verticais e apresenta as mesmas reações como um metal puro. Isto pode ser
visto no diagrama de fases do ferro e carboneto de ferro. Todos os aços não ligados e ferros
fundidos estão inclusos neste diagrama ( fig. 13)
É importante estar familiarizado com os nomes e as estruturas das diferentes fases do Sistema
Ferro Carbono. Avaliando, com um microscópio, um corpo de prova com a face polida, as
fases podem ser reconhecidas. As fases além do tamanho e distribuição, constituem a
microestrutura do material.
a) Ferrita
c) Austenita
Ferro gama ( γ) é o nome do ferro CFC, e irá dissolver carbono carbono até 1,7% a
1148 ºC. Ferro gama é também chamado de austenita. É a habilidade do ferro gama em
dissolver carbono que torna possível o tratamento térmico do aço. Carbono e ou
elementos de liga tendem a estabilizar a austenita a temperaturas abaixo de 913ºC. No
caso extremo, o ferro contendo 0,7% C e 12% de Mn ( aço Hadfield ), ou ferro
contendo 18 % Cr e 8% Ni ( aço inoxidável austenítico) apresentam austenita estável à
temperatura ambiente ou abaixo.
d) Perlita
e) Martensita
Temperabilidade não deve ser confundida com dureza. Dureza é uma propriedade
mecânica, ou seja a habilidade de um material resistir a marcação ou deformação. Em
aços ao carbono ou baixa liga, o teor de carbono até 0,5% determina a dureza máxima
se toda a martensita possível estiver presente. Isto pode ser visto na parte superior da
fig. 14.
Por outro lado, um aço com 0,20% de carbono por exemplo, com 12% de cromo por
exemplo, não será tão duro na superfície ( ao redor de 50 HRc), mas sua
temperabilidade é tão alta que a mesma dureza estará presente no centro da barra com
varias polegadas de diâmetro, porque essencialmente toda martensita irá formar-se,
mesmo sob baixa velocidade de resfriamento.
Embora nem sempre seja visto como elemento de liga, carbono é o mais importante
elemento de liga adicionado ao ferro. Aço por definição, é uma liga de ferro carbono.
Não somente a quantidade a quantidade de carbono apresenta um fator forte de
influencia, mas também a forma como esta presente. Veja a fig. 14.
Carbono se dissolverá no ferro em altas temperaturas, e isso se chama austenita. Isto é
intersticial, ou seja, os átomos de carbono estão entre os átomos de ferro no estado
CFC. O ferro CCC quase não dissolverá carbono, ou seja, em baixas temperaturas o
carbono irá ser expelido da solução e se precipitará como carboneto de ferro ( Fe3C )
Tratamento térmico é um termo muito vago para querer se referir a qualquer processo térmico
do aço para se obter propriedades especificas; algumas vezes esse termo é usado para referir
ao aquecimento e resfriamento do aço. Os tratamentos mais comuns são:
a) Austenitização: aquecimento do aço em uma temperatura suficientemente alta para
se desenvolver toda a austenita. Encharcamento ou permanência da temperatura
por um certo tempo é normalmente necessário para garantir a homogeneidade, a
dissolvição de todos os carbonetos, etc.
b) Tempera: Para controlar a dispersão do carbono, a transformação da austenita em
um produto de baixa temperatura deve ser rápida. O resfriamento em água, óleo ou
ar deve temperar o aço. Um resfriamento rápido suficiente para transformar parte
ou toda a austenita em martensita dependerá de cada liga em particular.
c) Revenimento: A martensita apresenta o máximo de resistência a tração e dureza,
porém o mínimo de tenacidade, ou seja, elevada fragilidade. O processo de
revenimento irá reduzir a resistência e dureza para a obtenção de mais tenacidade.
Após a tempera, a parte reaquecida até uma temperatura abaixo da temperatura de
austenitização e resfriada lentamente, irá ter sua dureza e resistência reduzida. Em
geral, quanto maior a temperatura, maior a perda em dureza, entretanto, os
elementos formadores de carbonetos podem retardar o amolecimento durante o
revenimento.
d) Recozimento: é um tratamento de amolecimento do aço para facilitar a usinagem
ou trabalho a frio do aço. Recozimento requer o aquecimento do aço até ter toda a
austenita formada e resfriamento em forno de forma a obter-se a transformação da
austenita em perlita ou perlita grossa.
e) Temperaturas críticas: Referida normalmente como aquecimento acima da
temperatura critica, No diagrama ferro- Carboneto de Ferro, as temperaturas são
representadas por linhas. Há temperatura crítica superior e a temperatura crítica
inferior. Acima da temperatura critica superior, o aço é inteiramente austenitico e a
temperatura critica inferior a temperatura mínima na qual austenita pode ser existir.
Entre a superior e a inferior, o aço é parte austenita e parte ferrita. A temperatura
critica superior é a qual deve ser aquecido o aço antes da tempera para obtenção da
máxima dureza, mas alguma dureza pode ser obtida com a tempera de aço aquecido
acima da temperatura critica inferior.
Para a área que esta austenitizada, a qual inclui o metal de solda como também a área
imediatamente adjacente a ela, a taxa de resfriamento torna-se muito importante. As
propriedades mecânicas do metal serão determinadas pelos produtos da transformação que por
sua vez são determinados pela taxa de resfriamento.
O que determina esta taxa de resfriamento ?
A velocidade de aquecimento por um lado. Parece claro que a alta intensidade do arco irá criar
um elevado aquecimento localizado, o qual irá se resfriar mais rapidamente do que o
aquecimento lento gerado por uma tocha oxi acetilênica.Outro fator, é a massa e a geometria
do metal de base. Seções grossas e pesadas irão se resfriar mais rapidamente do que um seção
fina, que não pode dissipar o calor rapidamente. O pre aquecimento, portanto, influenciara a
taxa de resfriamento.
Um exemplo para deixar claro a diferença que ocorre como um resultado da taxa de
resfriamento, pode ser visto com a fig. 16.
Para aços de alta temperabilidade, o pré aquecimento pode ser benéfico. Ele reduz a tendência
de formação de trincas, zonas adjacentes da soldagem duras, tensões de contração e
distorções. Em muitas soldagens, as transformações em martensita aliada a restrições irá
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produzir trincas na solda, assim como com frequência no metal de base. A martensita não se
forma até que ocorra o resfriamento rápido resfriando a austenita abaixo de 260 – 316 ºC ; a
temperatura exata depende da composição química do metal de base. Um pré aquecimento
acima de 260 ºC normalmente assegura a não ocorrência de trincas para todos os aços, exceto
para aços de alta liga temperados ao ar.
Um resfriamento lento desde a temperatura de preaquecimento, seguida à soldagem, irá
minimizar a formação de martensita.
Outros benefícios conseguidos com o preaquecimento são a redução de tensões de contração e
distorção. Ambos estão relacionados com as tensões residuais geradas pela expansão e
contração causada distribuição não uniforme do calor. É importante compreender a expansão
térmica e como ela pode causar problema.
A fig. 17 mostra como uma soldagem de revestimento feita sobre uma placa base espessa e
fria. Como o metal de solda, quando se esfria se contrai, a sua contração pode ser calculada e
neste caso assumimos que seja A. O metal de base irá pegar o calor da solda, mas sendo
espesso, a temperatura irá subir menos, sendo a contração com o esfriamento dada como B.
Como a soldagem é integral, ou seja, a solda e o metal de base tem o mesmo comprimento, ao
se completar a soldagem, a diferença em contração se manifestará de duas maneiras:
1. Se a ductilidade do metal soldado é grande suficiente para suportar a dilatação, a
solda irá distorcer para equilibrar as forças de tensão e compressão.
2. Se a ductilidade não for suficiente para equilibrar as forças de tensão e compressão,
o depósito de solda irá se trincar.
1.12.3 Encharcamento
Por exemplo, suponha que a parte a ser reconstruída e revestida seja um rolo
de lingotamento grande. Após a superfície do rolo tenha atingido a
temperatura requerida, o rolo deve ser conservado nesta temperatura por
um certo tempo. Este é denominado de “ Tempo de Encharque”. Quanto
maior a massa do rolo, maior o tempo de encharcamento. A fig. 20 mostra o
tempo de encharque requerido para diferentes diâmetros de rolos.
Passo 1: O metal de base indica 0.86% de carbono e a soma de elementos de liga soma 4%.
Usando a figura 19, vemos que a temperatura de pré-aquecimento deve ser de 357ºC.
Passo 2: A linha vertical tracejada, partindo do diâmetro de 44 in, encontra a curva da fig.20
indicando 16 horas de encharque, lembrando que o tempo de encharque começa no momento
que a temperatura da superfície atinge a temperatura de pré-aquecimento.
Passo 3: A temperatura de interpasse será 80% de 357ºC, ou seja 282ºC, que é a mínima
temperatura aceitável para interpasse.
CAPITULO 2
IMPORTANCIA DE SE DETERMINAR O METAL DE BASE
Ferro fundido pode ser diferenciado do aço ao carbono pelo tipo de faísca que solta
quando se passa um esmeril, ou pelo tipo de pedaço que solta se batermos com um
cinzel. O ferro fundido solta pedaços e o aço ao carbono tende a ficar raspado.
Aços com baixo ou médio Podem ser revestidos por todos os processos de
carbono ( até 0.30% C ) soldagem com excelentes resultados. Pré-
aquecimento e pós aquecimento geralmente não são
Maioria dos Aços não Podem ser revestidos por todos os processos de
magnéticos ( austeniticos), soldagem. O processo oxi-acetilênico, produz
Cromo Níquel, Inoxidáveis depósito sem diluição. Se a característica de anti
corrosão é necessária deve-se usar uma chama
( excluindo os Free
neutra.
Machining Grades)
Níquel e Ligas de Níquel Os processos oxi acetilênico e a arco com gás inerte
são preferidos. Evite sobre aquecer o metal de base
para se prevenir porosidade e diluição com o metal
de base. Revestimento não ferrosos são preferidos
em aplicações envolvendo corrosão e resistência a
alta temperatura.
CATEGORIA I - RECONSTRUÇÃO
Frequentemente uma peça gasta deve ser reconstruída até perto de sua medida original
antes de receber um revestimento, para evitar-se espessuras grandes de revestimento
duro, para evitar-se destacamentos.
Para peças de aços ao carbono, os materiais Durum para recomposição são:
Os depósitos são isentos de trincas, usináveis com facilidade, sem limite de camadas,
com resistência ao desgaste semelhante aos aços de construção e com dureza variando
de 280 HB até 400 HB, oferecendo uma ótima combinação entre resistência e
ductilidade.
Aplicações: Partes que devem ser usinadas, partes desgastadas de aços ao carbono e
baixas liga sujeitas ao desgaste metal-metal, por rolagem, deslizamento e impacto.
Uma segunda parte de ligas da categoria I, são aquelas usadas para restauração de aços
austeníticos Hadfield, tenaz, não magnético e contendo pelo menos 11% d e Manganês.
Os depósitos são não magnéticos, raramente usináveis, apenas no primeiro passe com a
ferramenta, não há limite de depósito.
A resistência ao desgaste é levemente superior aos aços carbono de construção, exceto
quando endurecidos a frio.
A dureza pós soldado gira em torno de 20 HRC e pode chegar a 50 HRC após
endurecimento a frio.
Possuem excelente resistência de ao impacto.
Aplicações: Peças sujeitas a impacto por rochas como as que ocorrem em britadores,
dentes e lábios de caçamba, atrito metal-metal como os desvios de linhas férreas (
Jacarés), também usados em união de aços ao manganês e também na sua reconstrução
e camada de base antes de receber revestimento duro.
As ligas neste grupo, são destinadas para resistirem ao desgaste metal metal, ocorrido
em rolagem e deslizamento como os que ocorrem em lingotamento de aço. As ligas são
adequadas para aços ao carbono e aços baixa liga, porém deve-se tomar cuidado quanto
ao uso de múltiplas camadas se a dureza for muito elevada, pelo fato de não se
Corodur 300
Corodur 400
Corodur 4015
Corodur 4351
Corodur 4028
Corodur 600
Corodur 609
Corodur 601
Normalmente a abrasão é causada por elementos minerais, o que exige ligas com
maiores quantidades de carbonetos, inseridas em uma matriz com a máxima tenacidade
possível, de forma resistir a possíveis choques. Normalmente esses materiais são ricos
em carbonetos de cromo, as vezes enriquecidos com outros tipos de carbonetos, como
os de nióbio, boro, etc, que são mais duros que os de cromo, porém mais caros.
A lista de arames para esta categoria é relativamente extensa, porém podemos citar:
Corodur 55
Corodur 56
Corodur 61
Corodur 62
Durmat BK
As ligas não ferrosas contém pouquíssimo ferro e tem base cobalto ou níquel.
São normalmente mais caras do que ligas de base ferro e seu uso pode ser justificado
onde o desgaste seja acompanhado por alta temperatura e ou corrosão.
Ligas de base níquel são frequentemente usados em matriz de forjamento devido seu
depósito tornar-se mais duros e mais resistentes quando aquecidos. Em geral, essas ligas
de base cobalto e níquel, tem resistência à corrosão comparáveis aos aços inoxidáveis e
mantém dureza em temperaturas de até 800ºC.
As ligas de base cabalto e níquel são encontradas nas formas de varetas, eletrodos e
arames tubulares, assim como pós para processo de aspersão térmica e soldagem por
plasma de arco transferidos ( PTA ).
DIAGRAMA DE KOTECHI