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TEORIA
amostra
HCl diluído
Grupo V
Tioacetamida (CH3CSNH2) ou H2S , pH=0,5
Ag+, Pb2+, Hg22+
Grupo IV
solúveis em NaOH: As3+, As5+, Sn2+,
Sn4+, Sb3+, Sb5+ (sub-grupo do As) tampão NH4Cl / NH3 , pH=10
insolúveis em NaOH: Hg2+, Pb2+, Cu2+,
Cd2+,, Cd2+, Bi3+ (sub-grupo do Cu)
Grupo III
Tioacetamida ou HS- , pH=10
Sub-grupo do Fe: Al3+, Cr3+, Fe3+
Grupo III
(NH4)2CO3
Sub-grupo do Zn: Mn2+, Co2+, Ni2+, Zn2+
solução (cátions do grupo I)
Grupo II Grupo I
Ca , Ba2+, Sr2+
2+
Na , Li+, K+, NH4+
+
+ Mg2+
1
2
TEORIA DE EQUILÍBRIO QUÍMICO AQUOSO
nE
0,059
e Go = Ho -TSo para reações redox: G = - nFE Keq = 10
▪ Especiação Química, Iteração e Método da Tabela (Morel, F.M.M. and Hering. J.G.,
Principles and Applications of Aquatic Chemistry, New York: John Wiley & Sons, 1993).
Equação de Debye-Hückel
2
Az i I
− Log f i = para água a 25 oC , A= 0,51 e B= 0,33
1 + B I
4
2. EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE
a) Definição de Arrhenius
Ácido → Qualquer substância que a [H3O+] em solução aquosa. fraco: < 5%
Base → Qualquer substância que a [OH-] em solução aquosa. forte: > 50%
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• IONIZAÇÃO DA ÁGUA
aH 3 O + .aOH -
2 H2O H3O+ + OH- Keq = 1, convenção termodinâmica
(aH 2 O) 2
Kw = aH3O+ . aOH-
Kw = [H3O+].[OH-].fH3O+ . fOH- , em água pura f 2 = 1 (ou solução diluída)
logo: Kw = [H3O+].[OH-] → produto iônico da água
a 25 oC , Kw = 10-14 e pKw = 14 pH = 7,00
a 15 oC , pKw = 14,35 pH = 7,17
a 30 oC , pKw = 13,83 pH = 6,92
6
II – APENAS MONOÁCIDO FRACO OU MONOBASE FRACA
HA + H2O H3O+ + A-
Ca-x x x
[H 3 O + ].[A - ] x2
Cálculo rápido: Kao Ka = = quando Ka e Ca não muito baixos
[HA] Ca - x
ou x2 + Ka.x – Ka.Ca = 0
x2
Cálculo + simplificado: se < 5% , x < 5% Ca Ka = [H + ] = Ka.Ca
Ca
Cálculo rigoroso:
Equações de equilíbrio: Ka = [H+].[A-]/[HA] (ionização do ácido)
Kw = [H+].[OH-] (produto iônico da água)
4 equações
- 4 incógnita
Balanço de massa: Ca = [HA] + [A ]
Balanço de carga: [H+] = [A-] + [OH-]
p/ base fraca a simplificação nos dá: [OH-]2 + Kb.[OH-] – Kb.Cb = 0 e [OH − ] = Kb.Cb
Cálculo + rigoroso (eq. 2o grau): Para HAc 0,01 M pH = 3,38 erro = 0,3 %
Para HAc 10 M -4
pH = 4,46 erro = 2,0 %
7
Cs Ca Cb
Ka = x. , como Cs Cb x = [H + ] = Ka. pH = pKa + log
Ca Cb Ca
cálculo rigoroso: ácido + sal
HA H+ + A- Ka = [H+].[A-]/[HA] (1)
H2O H+ + OH- Kw = [H+].[OH-] (2)
NaA → Na+ + A- [Na+] = Cs → Cb (3)
Balanço de carga: [H+] + [Na+] = [A-] + [OH-] (4)
Balanço de massa: Ca + Cs = [HA] + [A-] (5)
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2.3. REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE
1 K K K K K K
= 1 + +1 + 1+ 22 + 1 +2 3 3
α3 [H ] [H ] [H ]
[H + ]3
α3 =
[H + ]3 + K 1 [H + ] 2 + K 1 K 2 [H + ] + K 1 K 2 K 3
K 1 [H + ] 2
α2 =
[H + ]3 + K 1 [H + ] 2 + K 1 K 2 [H + ] + K 1 K 2 K 3
K 1 K 2 [H + ]
α1 =
[H + ]3 + K 1 [H + ] 2 + K 1 K 2 [H + ] + K 1 K 2 K 3
K1K 2 K 3
α0 = + 3 + 2
[H ] + K 1 [H ] + K 1 K 2 [H + ] + K 1 K 2 K 3
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EXERCÍCIOS
EQUILÍBRIOS ÁCIDO-BASE
9) Quantos mililitros de NaOH 0,01M e H3PO4 0,10 M seriam necessários misturar para dar
100 ml de um tampão de pH 7,00 desprezando-se as correções de atividade?
10) Desenhe o diagrama de abundância () para o sistema carbonato. Sabendo-se que
bicarbonato predomina na água do mar, qual o pH esperado para esta água?
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3. EQUILÍBRIOS DE SOLUBILIDADE
AgCl (s) Ag+ + Cl- Kpso = aAg+ . aCl- = [Ag+].[Cl-].fAg+.fCl-
Quando I < 0,01 f 1 Kpso Kps’ = [Ag+].[Cl-]
A) EFEITO DA TEMPERATURA
Como a dissolução da maioria dos sólidos ocorre com a absorção de calor (endotérmico),
a solubilidade aumenta com a elevação de temperatura, a qual aumenta também a
constante do produto de solubilidade.
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E) EFEITO DO ÍON COMUM
Em geral, a solubilidade de um eletrólito pouco solúvel é maior em água pura do que na
presença de íon comum (princípio de Le Chatelier).
Ex.: Ba(IO3)2 em KIO3 0,1M
Ba(IO3)2 (s) Ba2+ + 2IO3- [Ba2+] = x [IO3-] = 2x + 0,1
Logo: Kps = 1,5.10-9 = x.(2x+0,1)2 , como 2x <<< 0,1
Kps = 1,5.10-9 = x.(0,1)2 x = [Ba2+] = 1,5.10-7 → suposição válida
a solubilidade de Ba(IO3)2 em KIO3 0,1M diminui 4800 vezes em relação a água pura.
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K2 3 Kps.K w
logo: Kps = ao.s2 = .s e s=3 = 2,1.10 −5 M
Kw K2
cálculo rigoroso:
MnS Mn2+ + S2- Kps = [Mn2+].[S2-]
2-
S + H2O HS- + OH- Kb1 = [HS-].[OH-]/[S2-]
HS- + H2O H2S + OH- Kb2 = [H2S].[OH-]/[HS-] 6 equações
H2O H+ + OH- Kw = [H+].[OH-] 6 incógnitas
Tem solução
balanço de carga: [H+] + 2.[Mn2+] = 2.[S2-] + [HS-] + [OH-]
balanço de massa: [Mn2+] = [S2-] + [HS-] + [H2S]
[H + ]
α Cu 2 + = α n = α1 = + = 1,7.10-1
[H ] + K 1
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[M] 1
0 = =
C M 1 + K 1 .[L] + K 1 .K 2 .[L]2 + K 1 ....K n .[L]n
a solubilidade de MA na presença do ligante, será: Kps = [M].[A] = (0.CM).[A-]
Kps
mas s = CM = [A] logo: Kps = 0.s.s s=
0
Esta técnica se emprega para separar íons de interesse ou eliminar interferências nos
processos analíticos.
Ex. 1 : À uma solução de Ca2+ 0,01 M e Ba2+ 0,01 M se acrescenta SO42- (Na2SO4)
lentamente: Dados p/ BaSO4 (Kps=10-10) , p/ CaSO4 (Kps=10-5)
a) Determinar a [SO42-] quando BaSO4 começa a precipitar.
Ba2+ + SO42- BaSO4 Kps= [Ba2+].[SO42-] [SO42-]=Kps/[Ba2+] = 10-8 M
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b) Determinar a [SO42-] quando CaSO4 começa a precipitar.
Ca2+ + SO42- CaSO4 Kps= [Ca2+].[SO42-] [SO42-]=Kps/[Ca2+] = 10-3 M
No gráfico ao lado:
[Ba2+] = Kps/[SO42-]
log [Ba2+] = log Kps - log [SO42-]
log [Ca2+] = log Kps - log [SO42-]
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23 - pS
[H + ] 2 .[S 2- ] = 1,1.10 − 23 = 10 − 23 pS = 23 - 2.pH pH =
2
Assim, pelo controle de pH numa solução saturada de H2S, podemos controlar a [S2-] e daí a
precipitação de metais.
************************************************************************
Na análise qualitativa os cátions do grupo IV (Hg2+, Pb2+, Bi3+, Cd2+, Cu2+, As3+,
As5+, Sb3+, Sb5+, Sn2+ e Sn4+) são separados do grupo III (Fe3+, Al3+, Cr3+, Ni2+, Co2+, Mn2+
e Zn2+) através do uso de ácido sulfídrico (também tioacetamida, (NH4)2S ou Na2S) e
controle de pH. Devemos usar uma concentração de S2- suficiente para precipitação de todos
cátions do grupo IV (inclusive o mais solúvel → Sn2+), mas que não precipite qualquer
cátion do grupo III (inclusive o mais insolúvel → Zn2+).
Suponha uma solução na qual a concentração de Zn2+ e Sn2+ são iguais a 10-3 M.
Então, para atingir o produto de solubilidade de ambos sulfetos metálicos é necessário:
[S2-] = Kps/[Zn2+] = 8.10-25/10-3 = 8.10-22 M
[S2-] = Kps/[Sn2+] = 10-26/10-3 = 10-23 M
Então, se desejarmos separar Sn2+ de Zn2+, a concentração do íon sulfeto deve ser:
8.10-22 M > [S2-] > 10-23 M
o que nos dá uma concentração de hidrogênio:
[H+]2.[S2-] = 1,1.10-23 , quando [S2-]= 8.10-22 M [H+]= 0,12 M pH = 0,9
quando [S2-]= 10-23 M [H+]= 1,0 M pH = 0
Assim: 1,0 M > [H+] > 0,12 M
Na prática, observa-se que uma concentração de ácido forte da ordem de 0,3 M é apropriada
para separar os dois grupos de cátions. (OBS: os cálculos já realizados são aproximados).
Consideremos a precipitação de todos os sulfetos dos dois grupos: (supor [Mn+]= 10-3 M)
Kps HgS = 10-53,8 [S2-]= 10-50,8 M pH = -14 (?)
Kps PbS = 10-28,15 [S2-]= 10-25,15 M pH = -1,1 [H+]= 13 M
Kps Bi2S3 = 10-96 [S2-]= 10-30 M pH = -3,5 (?)
Kps CdS = 10-26,15 [S2-]= 10-23,15 M pH = -0,08 [H+]= 1,2 M
Kps CuS = 10-35,2 [S2-]= 10-32,2 M pH = -4,6 (?)
Kps SnS = 10-26 [S2-]= 10-23 M pH = 0 [H+]= 1,0 M
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3.4 – DISSOLUÇÃO DE PRECIPITADOS
Ex.1) O HCl dissolve sulfato de bário ?
−
[Ba 2 + ].[HSO 4 ]
O equilíbrio é: BaSO4 (s) + H+ Ba2+ + HSO4- K= (1)
[H + ]
BaSO4 (s) Ba2+ + SO42- [Ba2+] = Kps BaSO4 /[SO42-]
HSO4- H+ + SO42- K2 = [H+].[SO42-]/[HSO4-] [HSO4-] = [H+].[SO42-]/K2
2−
Kps [H + ].[SO 4 ] 1 Kps
Substituindo em (1): K= 2−
. . + =
[SO 4 ] K2 [H ] K 2
Assim: K = 10-10 / 1,2.10-2 = 8,3.10-9
Como K <<< 1 então BaSO4 não se dissolverá, ou melhor, muito pouco se dissolverá.
OBS: quando as constantes são próximas da unidade, o sentido da reação pode ser
alterado por variações na concentração dos reagentes.
LISTA DE EXERCÍCIOS
3) A partir dos valores tabelados de Kps, calcular a solubilidade das seguintes substâncias
em mg/100 mL de solução.
a) BaSO4 b) Ag2SO4 c) CaF2 d) Hg2Cl2 e) Ce(IO3)3
f) Cu(IO3)2 g) Ag3PO4 h) Mg(OH)2 i) PbBr2 j) FeS
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5) Calcular para as soluções abaixo a concentração do ânion para início de precipitação e
para precipitação quantitativa (99,9%).
a) Ba2+ 0,010 M precipitado como BaSO4
b) Mg2+ 0,10 M precipitado como MgF2
c) Mg2+ 0,10 M precipitado como Mg(OH)2
d) Ca2+ 0,010 M precipitado como Ca3(AsO4)2
11) O ácido clorídrico dissolve Ba3(PO4)2? Em caso positivo, qual é o volume de HCl
concentrado (12 M) necessário para dissolver 1 g do precipitado contido numa solução
final de 500 mL (volume da água + volume do ácido)?
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ANÁLISE GRAVIMÉTRICA
1. INTRODUÇÃO
• Equilíbrio de solubilidade
Produto de solubilidade: MxAy (s) xMn+ + yAz- Kps= [Mn+]x.[Az-]y
Fatores que afetam a solubilidade: Temperatura, natureza do solvente, tamanho das
partículas, força iônica, efeito do íon comum,
interações ácido-base e de complexação.
• Análise gravimétrica
- O constituinte é separado da amostra na forma de uma fase pura, com composição
química bem definida, que é então pesada. A massa do constituinte de interesse é obtida
através de relações estequiométricas.
- Separação por precipitação química, eletrodeposição, volatilização ou extração.
- Alta exatidão (0,1%)
- Nem sempre o constituinte pode ser pesado na mesma forma química de precipitação:
Ex: Fe2O3.xH2O a 100 oC , porém a 800-1000 oC → Fe2O3
composição indefinida
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O composto não deve ser higroscópico e deve possuir a maior relação massa
composto/massa constituente.
Se definirmos: F= fator gravimétrico = no de g do constituinte contido em 1 g da forma
de pesagem. F sensibilidade.
Nem sempre os requisitos acima são atendidos. Limitação → perda de material por
solubilização. O analista pode manter isto sob controle → íon comum, formação de
complexo, pH, T.
2. FORMAÇÃO DE PRECIPITAÇÃO
(Q - S)
Supersaturação relativa = onde Q = concentração instantânea do soluto
S S = solubilidade de equilíbrio
temperatura 20
Núcleo crítico: BaSO4 = 8 PbCrO4 = 6 CaF2 = 9
nucleação homogênea
nucleação heterogênea
Supersaturação relativa
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2.4. Técnicas de precipitação lenta
Têm como objetivo manter a supersaturação em baixo grau.
macetes: i) solução diluída do reagente precipitante adicionada lentamente, sob agitação.
ii) aumento da solubilidade por: precipitação a quente.
mudança da acidez do meio.
A técnica é limitada pois ocorre supersaturação na gota.
saída …
Precipitação homogênea:
Ex.: hidrólise doácido sulfâmico , sulfato de etila
NH2SO2OH + H2O → NH4+ + H+ + SO42- (ppt de Ba2+)
de dimetila (e dietila → hidrólise + lenta)
hidrólise de oxalato
(CH3)2C2O4 + 2H2O → C2O42- + 2CH3OH + 2H+ (ppt de Ca, Mg, Zn, Th)
hidrólise da uréia
(NH2)2CO + H2O → 2NH3 + CO2 a 90-100 oC (ppt de Al, Ga, Fe, Th, etc)
fosfato de etila → PO4- (ppt Zr)
Cr3+ + BrO3- → CrO42- (ppt Pb)
1-cloropropanol-2 → Cl-
I2 + ClO3- → IO3-
4. CONTAMINAÇÃO DE PRECIPITADOS
coprecipitação e pós-precipitação
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4.1. COPRECIPITAÇÃO
4.1.1. Por adsorção superficial
- Importantes para precipitados de grande superfície → colóides (ex. hidróxidos
metálicos).
- Procura-se precipitar e lavar o precipitado convenientemente de forma a minimizar a
adsorção. Ex.: ppt de Ag+ com KCl → remoção de K+ por H+ ou NH4+
- Normalmente segue a equação de Freundlich (para conc. moderadas de impureza = C):
m
= k.C1/n , onde M = massa do ppt, m = quantidade adsorvida
M
4.1.3. Oclusão
Mais em precipitados coloidais.
4.2. PÓS-PRECIPITAÇÃO
- A segunda fase sólida é pouco solúvel
- Diferenças na velocidade de precipitação.
Ex.: separação de Hg e Cu de Zn por sulfeto,
separação de Ca do Mg como oxalato.
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5. PRECIPITANTES ORGÂNICOS
- Vantagens: precipitados muito insolúveis, alto PM, alta seletividade, favorável a
filtração e lavagem.
- Desvantagens: baixa solubilidade em meio aquoso, forma de pesagem insatisfatória
(composição incerta após secagem).
Geralmente formam quelatos. As vezes usados só para separação.
Ex.: dimetilglioxima para Ni e Pd,
oxina para Al, Mg, etc,
cupferron para separar Fe e Ti de Al,
ácido oxálico precipita Ca na presença de Mg
6. APLICAÇÕES DIVERSAS
Determinação de cloreto como AgCl; sulfato como BaSO4; Fe por precipitação com
NH4OH; Ca com (NH4)2C2O4; Mg como NH4MgPO4; Si como molibdossilicato de oxina.
EXERCÍCIOS
1) Cite 5 fatores que afetam a solubilidade, explicando como eles variam o equilíbrio
químico.
2) Cite 4 requisitos que uma reação de precipitação deve possuir para uma boa análise
gravimétrica.
nucleação homogênea
nucleação heterogênea
Supersaturação relativa
4) Cite e explique 3 técnicas para garantir uma baixa supersaturação relativa durante a
precipitação.
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6) Explique o gráfico abaixo, o máximo que puder.
crescimento
dos cristais
Velocidade
nucleação homogênea
nucleação heterogênea
Supersaturação relativa
7) Cite e explique 3 técnicas para garantir uma baixa supersaturação relativa durante a
precipitação.
9) Quais são os tipos de contaminação de precipitados (cite com detalhes) e o que pode ser
feito para minimizá-la?
10) Quais são as vantagens e desvantagens de precipitantes orgânicos? Por que as vezes os
mesmos são usados (na forma de íons desprotonados) como auxiliar na precipitação?
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ANÁLISE TITRIMÉTRICA
Reagente de concentração conhecida (padrão) → titulante
Reagente de concentração desconhecida → titulado
VN titulante = VN titulado
• Condições para que uma reação química seja adequada à análise titrimétrica:
1) Deve ser uma reação simples que possa ser expressa por uma equação química; titulante
e titulado devem reagir completamente em proporções estequiométricas.
2) A reação deve ser relativamente rápida. A maioria das reações iônicas satisfaz a esta
condição. As vezes faz-se uso de catalisador.
3) No P.E. deve haver alteração de alguma propriedade física ou química da solução.
4) Deve-se dispor de um indicador adequado, ou acompanhar a reação pela medida de uma
propriedade física (titulação potenciométrica, condutimétrica, amperométrica,
espectrofotométrica).
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VOLUMETRIA DE NEUTRALIZAÇÃO
Se baseia na reação de um ácido forte com uma base forte (caso 1) ou fraca (caso 2), ou de
uma base forte com um ácido forte (caso 3) ou fraco (caso 4).
Para a titulação de ácido forte com base forte, o pH da solução é calculado pelo excesso do
ácido ou da base.
n HCl − n NaOH Va M a − Vb M b
Antes do P.E.: [H + ] = =
V Va + Vb
n NaOH − n HCl Vb M b − Va M a
Depois do P.E.: [OH − ] = =
V Va + Vb
• INDICADORES ÁCIDO-BASES:
O intervalo de viragem é: pH = pK ± 1
VPF − VPE
Erro de titulação =
VPE
27
28
Mais sobre indicadores:
A maioria dos indicadores são compostos orgânicos aromáticos.
Categorias mais comuns:
1) Ftaleínas:
2) Sulfoftaleínas: muitos deles exibem duas zonas de transição (ex., vermelho de metila)
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• Indicadores mistos:
• Indicadores universais:
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VOLUMETRIA DE COMPLEXAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
M + nL MLn condições: K > 106 e pK > 4
MÉTODOS ANTIGOS
a) Mercurimetria : Titulação de Cl-, Br-, I-, SCN-, CN- com Hg(NO3)2
Hg2+ + Cl- HgCl+ Log K1 = 6,74
HgCl+ + Cl- HgCl2 Log K2 = 6,48 logo: Hg2+ + 2Cl- HgCl2
HgCl2 + Cl- HgCl3- Log K3 = 0,85
HgCl3 + Cl HgCl4
- - -
Log K4 = 1,0
Y 4− ] K1K2K3K4
0 = = Fig. 2, Tab.1
Ca H] + K1H] + K1K2H] 2 + K1K2K3H] + K1K2K3K4
4 3
MY] MY]
Constante de estabilidade condicional: Kest = 4- =
M ].Y ] M ]. 0. CT
n+ n+
MY]
K´ = Kest.0 = K´ diminui a medida que o pH diminui
M n + ].CT
Estrutura do EDTA Fig. 3
31
3. CURVAS DE TITULAÇÃO
c) no Ponto de Equivalência
Ca2+ + Y4- == CaY2- Ca2+] = CT CaY2-] = 50.0,01/100 = 5.10-3 M
5.10 -3
K'= 2 + 2 = 1,810
. 10 pCa = 6,28
Ca ]
Zn 2 + ] 1
0 = =
CM 1 + K1 NH3] + K1K2 NH3] + K1K2K3 NH3]3 + K1K2K3K4 NH3]4
2
32
ZnY 2- ] ZnY 2- ] ZnY 2- ]
Kest = = K” = Kest.0.0 = Fig. 6
Zn 2 + ].Y 4 − ] 0. CM. 0. CT CM. CT
5. INDICADORES METALOCRÔMICOS
Compostos orgânicos coloridos que podem formar quelatos
• Ex: Negro de Eriocromo T
MInd- + H2Y2- MY2- + HInd2- + 2H+ Fig. 7 Fig. 8
verm-vinho azul
A cor do indicador depende do pH. Em pH entre 8 e10 predomina a cor azul.
• Outros indicadores:
pH 9 pH 11
1. Murexida: H4Ind- H3Ind2- H2Ind3- CaH4Ind+ CaH3Ind CaH2Ind-
verm-viol violeta azul amar-laranja violeta vermelho
uso na titulação de Ca2+, Co2+, Ni2+, Cu2+
2. Alaranjado de xilenol:
Soluções ácidas do Ind. → aammaarreelloo Compostos metálicos → vermelhos
Uso na titulação de Ca2+, Co2+, Ni2+, Cu2+
3. Violeta de pirocatecol:
vermelho - pH 1,5 - aam
maarreelloo - pH 6 - violeta - pH 9 - verm. púrpura
uso na titulação de Bi (azul), Th (vermelho) em solução ácida
6. MÉTODOS DE TITULAÇÃO
a) titulação direta
b) Titulação indireta (retorno) → Cr3+, Fe3+, Al3+, Ti4+ reagem lentamente com EDTA →
contra-titulação com Zn2+ ou Mg2+.
c) determinação dos H+ liberados
d) Titulação de substituição (deslocamento): Fe3+ + MgY2- FeY- + Mg2+
uso quando não se dispõe de indicador adequado
33
34
35
VOLUMETRIA DE OXI-REDUÇÃO
2. CURVAS DE TITULAÇÃO
Ox1 + n1e- Red1 Eo1 Red1 Ox1 + n1e- (x n2)
Ox2 + n2e- Red2 Eo2 Ox2 + n2e- Red2 (x n1)
⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯⎯
n 1 .E o 1 + n 2 .E o 2
substituindo, temos : E eq =
n1 + n 2
c) após o P.E. :
E2 = Eo2 - 0,059 Log [Red2] se x é a % de oxidante adicionado:
n2 [Ox2]
E2 = Eo2 - 0,059 Log 100___ na adição de 2.Veq. E2 = Eo2 (Eo do titulante)
n2 x - 100
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CONSTRUÇÃO DA CURVA
Ex.: Ce4+ + e- Ce3+ Eo = +1,44 V
Fe + e Fe
3+ - 2+
Eo = +0,77 V
Fe2+ + Ce4+ Fe3+ + Ce3+ Eo = +0,67 V
• Repetir cálculo também para a titulação de Fe2+ com MnO4- (pg 92 do livro Baccan)
3. TIPOS DE CURVAS
a) Fe2+ + Ce4+ Fe3+ + Ce3+ - curva simétrica, devido à equimolecularidade entre oxidante e
Ce4+ + e- Ce3+ redutor na reação global.
Fe3+ + e- Fe2+ -"E" independe das concentrações iniciais, pois há
equimolecularidade das espécies nas reações parciais.
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c) 2S2O32- + I2 S4O62- + 2I-
S4O62- + 2e- 2S2O32-
I2 + 2e- 2I-
- curva assimétrica.
- "E" depende das conc. iniciais.
c) Métodos eletroanalíticos
Ex.: Potenciometria → Ecel. = Eref. - Eind.
Condição de equilíbrio: E1 = E2 para
qualquer ponto da titulação.
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5. INDICADORES DE OXI-REDUÇÃO
0,059 [Ind red ]
Indox + mH+ + ne- Indred E = Eo − log
n [Ind ox ].[H + ]m
para [Indred]/[Indox] = 10 0,059 0,059 1
E = Eo − log + m
ou [Indred]/[Indox] = 1/10 n n [H ]
6. APLICAÇÕES
6.1. PERMANGANIMETRIA
É o método de oxi-redução mais importante, sendo o KMnO4 um poderoso agente
oxidante. As soluções aquosas não são completamente estáveis, pois o íon MnO4- tende a
oxidar a água.
MnO4- + 4H+ + 3e- MnO2 + 2H2O Eo= 1,70 V
O2 + 4H+ + 4e- 2H2O Eo= 1,23 V
o que acarreta na formação: 4MnO4- + 4H+ 4MnO2 + 2H2O + 3O2 . Como a reação é
lenta, a solução tem certa estabilidade. A decomposição é catalisada pela luz, calor, bases,
Mn2+ e MnO2.
a) Em meio ácido ([H+] > 0,1 M): MnO4- + 8H+ + 5e- Mn2+ + 4H2O Eo=1,51V (5eq)
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c) Em solução levemente ácida, neutra ou levemente alcalina:
MnO4- + 4H+ + 3e- MnO2 + 2H2O Eo=1,695V (3eq)
• Para padronização da solução de KMnO4, pode usar o oxalato de sódio (Na2C2O4, 2eq)
ou o trióxido de arsênio (As2O3, 4eq).
2MnO4- + 5H2C2O4 + 6H+ → 2Mn2+ + 10CO2 + 8H2O
As2O3 + 3H2O → 2H3AsO3 5 H3AsO3 + 2MnO4- + 6H+ → 2Mn2+ + 5H3AsO4 + 3H2O
• A reação de C2O42- com MnO4- é lenta, mas é catalisada por Mn2+. Assim, no início da
titulação, as primeiras gotas de permanganato demoram a descolar usar aquecimento.
• Na titulação de minério de ferro, deve-se usar SnCl2 para reduzir o Fe3+ após ataque com
ácido clorídrico. A reação é feito a quente, gota a gota, e sem adição de grande excesso.
O excesso de Sn2+ é removido com adição de HgCl2, que forma calomelano.
Sn2+ + 2HgCl2 → Sn4+ + Hg2Cl2 + 2Cl- . um grande excesso de gotas de SnCl2 pode
gerar: Sn2+ (exc.) + Hg2Cl2 (s) Sn4+ + 2Cl- + 2Hgo , que inutilizaria a titulação com
formação de um precipitado pardo.
• Na titulação de minério de ferro, é ainda adicionada a solução de Zimmermenn-Reinhardt
(ZR), contendo:
a) H2SO4 para acondicionar o meio (ácido).
b) H3PO4 para eliminar a cor amarela devido aos íons Fe3+ gerados durante a titulação,
formando o complexo incolor [Fe(PO4)2]3-, deslocando ainda o equilíbrio p/ direita.
c) MnSO4 para inibir a oxidação dos íons Cl- presentes no meio, devido ao abaixamento
do potencial redox do sistema.
MnO4- + 8H+ + 5e- Mn2+ + 4H2O Eo=1,51V
Cl2 + 2e- 2Cl- Eo=1,36V
Fe3+ + e- Fe2+ Eo=0,77V
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6.2. DICROMATOMETRIA
O dicromato de potássio não é um oxidante tão forte quanto o permanganato, de
sorte que possui aplicação mais limitada. Todavia, a técnica apresenta algumas vantagens:
• O K2Cr2O7 é um padrão primário (6eq) e suas soluções são estáveis, não sofrendo
decomposição mesmo sob ebulição na presença de ácidos fortes (HCl, H2SO4) até 0,5 M.
• É amplamente usado na análise de Fe em minério, tendo vantagem sobre a
permanganimetria, já que praticamente não oxida o íon cloreto presente na solução,
proveniente da abertura da amostra.
6Fe2+ + Cr2O72- + 14H+ 6Fe3+ + 2Cr3+ + 7H2O Eo = 1,38V
• A solução ZR é substituída por solução fosfosulfúrica, com as mesmas funções
supracitadas. O ponto final da titulação é dado por indicadores redox (mais usado é a
difenilamina).
6.3. IODOMETRIA
Os métodos volumétricos que envolvem a oxidação de íons iodeto (iodometria) ou a
redução de iodo (iodimetria), são baseados na semi-reação:
I2 + 2e- 2I- Eo=0,535 V (2eq)
• As substâncias que possuem potenciais de redução menores que o sistema I2/I- são
oxidados pelo iodo, e portanto podem ser titulados com uma solução padrão desta
substância (iodimetria – método direto). Exemplos:
2S2O32- + I2 → S4O62- + 2I-
C4H6O4(OH)C=COH + I2 → C4H6O4C(=O)-C=O + 2I- + 2H+
O iodo funciona como um oxidante mais seletivo. Algumas substâncias fortemente
redutoras (Sn2+, As3+, Sb3+, S2O32-, SO3-, H2S) são oxidadas quantitativamente em
condições adequadas.
• Por outro lado, os íons iodeto exercem uma ação redutora sobre sistemas fortemente
oxidantes, com a formação de uma quantidade equivalente de iodo. O iodo liberado é
então titulado com uma quantidade equivalente de tiossulfato de sódio (iodometria –
método indireto). Exemplos:
H2O2 + 2I- + 2H+ → I2 + 2H2O
2Cu2+ + 4I- → 2CuI(s) + I2
2MnO4- + 10I- + 16H+ → 2Mn2+ + 5I2 8H2O
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➢ Aplicações interessantes:
➢ Fontes de erro:
▪ Oxidação de iodeto pelo ar: 4I- + 4H+ + O2 2I2 + 2H2O
A velocidade de reação do iodeto aumenta com a acidez do meio, exposição à luz,
presença de substâncias oxidantes e substâncias com efeito catalítico (p.ex. óxidos de
nitrogênio). Devido a estes problemas a titulação deve ser rápida.
▪ Perda de iodo por volatilização: É evitada com um grande excesso de iodeto, que forma
triiodeto: I- + I2 I3- K=768
À temperatura ambiente esta perda é desprezível (para soluções com 4% em I-).
OUTRAS CONSIDERAÇÕES:
▪ Uso do amido com indicador (complexo triiodeto--amilose). Solução a 1% e HgI2 como
preservativo.
▪ Soluções de tiossulfato devem conter um pouco de carbonato de sódio para evitar a
reação lenta com H+ da água (S2O32- + H+ HSO3- + So). Ação bacteriana e luz também
favorecem a decomposição.
▪ A padronização das soluções de tiossulfato (1eq) pode ser feita com o uso de K2Cr2O7 ou
KIO3 padrão, através da técnica da iodometria indireta.
Cr2O72- + 6I- + 14H+ → 3I2 + 2Cr3+ + 7H2O
IO3- + 5I- + 6H+ → 3I2 + 3H2O
▪ A titulação do tiossulfato não deve ser feita em meio fortemente básico, pois isto acarreta
na formação de sulfato e perda da estequiometria.
S2O32- + 4I2 + 10OH- → 2SO42- + 8I- + 5H2O
▪ Na padronização de tiossulfato com iodato temos: IO3- + 5I- + 6H+ → 3I2 + 3H2O
▪ Com dicromato teríamos: Cr2O72- + 6I- + 14H+ → 3I2 + 2Cr3+ + 7H2O
▪ Na iodometria da água oxigenada, a reação é catalizada pelo íon molibdato.
▪ Na iodometria do cobre, a adição de tiocianato libera o iodo adsorvido sobre o
precipitado de iodeto cuproso (a cor volta depois de alguns segundos sem o tiocianato).
CuI(s).nI2 + SCN- → CuSCN(s) + I- + nI2
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