Você está na página 1de 59

Latches e Flip Flops

Introdução

Diagrama de blocos de um sistema geral digital que reúne portas lógicas


combinacionais com dispositivos de memória.

Prof a : Virgínia Baroncini 2


Latch x Flip Flop
• Um latch é um circuito sequencial que armazena o nível lógico
correspondente ao um bit.
• O Flip-flop é sensível a borda, as transições de um sinal de clock.

Prof a : Virgínia Baroncini 3


Latch x Flip Flop
• O latch é um tipo de dispositivo de armazenamento temporário que tem
dois estados estáveis (biestável) e é normalmente colocado numa
categoria separada dos flip flops.
• Os latches são similares aos flip flops porque eles são dispositivos
biestáveis que podem permanecer em um dos dois estados estáveis
usando uma configuração de realimentação, na qual as saídas são
conectadas de volta às entradas opostas.
• A principal diferença entre os latches e os flip flops é o método usado para
a mudança de estado deles

Prof a : Virgínia Baroncini 4


Latch com Portas NAND
• Entradas são ativas em nível BAIXO.
• Saídas mudarão quando as entradas forem pulsadas para BAIXO.
• O latch da porta NAND ou simplesmente latch é um FF básico.
Entradas são SET e CLEAR (RESET):
• (a) Quando o latch é setado: Q = 1 e Q = 0
• (b) Quando o latch é limpo ou resetado: Q = 0 e Q = 1

Prof a : Virgínia Baroncini 5


Latch com Portas NAND
Pulsando a entrada SET para o estado 0:
(a) Q = 0 antes do pulso na entrada SET.
(b) Q = 1 antes do pulso na entrada SET.

Em ambos os casos, Q termina em nível ALTO.


Prof a : Virgínia Baroncini 6
Latch com Portas NAND
Pulsando a entrada RESET para o estado 0:
(a) Q = 0 antes do pulso na entrada RESET.
(b) Q = 1 antes do pulso na entrada RESET.

Em ambos os casos, Q termina em nível BAIXO.


Prof a : Virgínia Baroncini 7
CI 74HC279

Prof a : Virgínia Baroncini 8


Latch com Portas NOR
Duas portas NOR retroalimentadas podem ser usadas como um latch
porta NOR - similar para o latch NAND, com saídas Q e Q invertidas.

As entradas SET e RESET são ativas em nível ALTO. A saída Q


vai mudar quando a entrada for um pulso nível ALTO.

Prof a : Virgínia Baroncini 9


Resumindo

Latch SR com entradas ATIVO BAIXA

Latch SR com entradas ATIVO ALTA

Prof a : Virgínia Baroncini 10


Latch com Portas NAND

Representação equivalente de um latch NAND e diagrama de blocos


simplificado.
Prof a : Virgínia Baroncini 11
Aplicações

Interrupção do feixe de luz

Chave Anti-ruido
Prof a : Virgínia Baroncini 12
Circuito Eliminado de Repique de contato

Prof a : Virgínia Baroncini 13


Estado Inicial dos LATCH´s e Flip Flop

• Quando a energia é aplicada, não é possível prever o estado inicial de


uma saída flip-flop, se as entradas SET e RESET estão em seu estado
inativo.

• Para iniciar um latch ou Flip Flop em um determinado estado, esse deve


ser alcançada pela ativação da entrada SET ou RESET, no início da
operação, muitas vezes conseguida por meio da aplicação de um pulso
na entrada apropriada.

Prof a : Virgínia Baroncini 14


Latch SR Controlado
• Um latch controlado necessita de uma entrada de habilitação, EN.
• As entradas S e R controlam o estado para o qual o latch irá quando um nível ALTO é
aplicado na entrada EN.
• O latch não mudará de estado até que EN seja nível ALTO; porém enquanto essa
entrada permanecer em nível ALTO, a saída é determinada pelos estados das entradas S
e R.
• Nesse circuito o estado inválido ocorre quando S e R forem simultaneamente nível ALTO

Prof a : Virgínia Baroncini 15


Latch D
• Um outro tipo de latch controlado é denominado de latch D.
• Esse difere do latch S-R por ter apenas uma entrada além de EN.
• A entrada mencionada é denominada de entrada D (dado).
• Quando a entrada D for nível ALTO e a entrada EN for nível ALTO, o latch será setado.
• Quando a entrada D for nível BAIXO e a entrada EN for nível ALTO, o latch será
resetado.
• Dito de uma outra forma, a saída Q segue a entrada D quando EN for nível ALTO

Prof a : Virgínia Baroncini 16


Pulsos Digitais
Sinais que se alternam entre os estados ativo e inativo são chamados de
pulsos de onda.
Um pulso positivo tem um
nível lógico ALTO.

Em circuitos reais, leva tempo para uma onda de pulso mudar de um nível para outro.
A transição de BAIXO para ALTO em pulso positivo é chamada tempo de subida (tr).
A transição de ALTO para BAIXO em um pulso positivo é chamada tempo de descida (tf).
Um pulso também tem duração (largura) (tw).

Prof a : Virgínia Baroncini 17


Tempo de Setup
Tempo de setup (tS) é o intervalo de tempo mínimo antes da transição CLK
ativa, durante o qual a entrada de controle deve ser mantida no nível
adequado.

Prof a : Virgínia Baroncini 18


Tempo de Retenção

Tempo de retenção (tH) é o tempo após a transição ativa do CLK, durante


o qual a entrada de controle deve mantida no nível adequado.

Prof a : Virgínia Baroncini 19


Atraso de Propagação

entrada entrada

saída saída

Prof a : Virgínia Baroncini 20


Duração do Pulso

Prof a : Virgínia Baroncini 21


Sinais de Clock e Flip-Flop com Clock

O sinal de clock é um trem de pulsos retangulares ou uma onda quadrada.


• Transição positiva (borda de subida): pulso do clock vai de 0 a 1.
• Transição negativa (borda de descida): pulso do clock vai de 1 a 0.

Transições também são


chamadas de bordas.

Prof a : Virgínia Baroncini 22


Detectores de Borda
Implementação dos circuitos detectores de borda usados nos flip flops
disparados por borda:
(a) de subida (b) de descida

A duração dos pulsos CLK* geralmente é 2–5 ns.


Prof a : Virgínia Baroncini 23
Sinais de Clock e Flip Flops com Clock

FFs com clock mudam de estado em uma das transições do sinal de clock e
têm entradas de clock denominadas CLK, CK, ou CP.

Um pequeno triângulo na entrada Uma bolha e um triângulo indicam que


CLK indica que a entrada é ativada a entrada CLK é ativada com um borda
com um borda de subida. de descida.

Prof a : Virgínia Baroncini 24


Entradas de Controle
• Entradas de controle têm um efeito sobre a saída apenas na transição
ativa do clock (borda de descida ou borda de subida), por isso são
chamadas entradas de controle síncronos.
• As entradas de controle preparam as saídas para mudar, mas a transição
ativa da entrada CLK é que dispara a mudança de estado.

Prof a : Virgínia Baroncini 25


Sistemas Assíncronos x Síncronos
Os sistemas digitais podem operar tanto de forma assíncrona como
síncrona.
Sistema Assíncrono - as saídas podem alterar de estado a qualquer
momento que a entrada mude.
Sistema Síncrono - as saídas podem alterar de estado apenas em um
momento específico no ciclo do clock.

Prof a : Virgínia Baroncini 26


Um flip-flop disparado por borda muda de estado na borda positiva (borda de subida) ou na
borda negativa (borda de descida) do pulso de clock e é sensível às entradas apenas nas
transições do clock.

O detalhe do símbolo lógico na identificação de um flip-flop disparado por borda é o pequeno triângulo dentro do
bloco na entrada de clock (C). Esse triângulo é denominado de indicador de entrada dinâmica.

Prof a : Virgínia Baroncini 27


Flip Flop SR

• As entradas S e R são de controle síncrono, as quais controlam o estado


que o FF vai para quando o pulso do clock ocorre.

• A entrada CLK é o gatilho (disparo) que faz com que o FF altere de


estado de acordo com os níveis lógicos nas entradas S e R.

• FF SET-RESET (ou SET-CLEAR) muda os estados nas bordas do clock


de subida ou de descida.

Prof a : Virgínia Baroncini 28


Flip Flop SR com clock

Flip-Flop S-R com clock acionado pela borda de subida de um sinal do


clock.

As entradas S e R controlam o estado do FF da mesma maneira descrita


anteriormente para a latch da porta NOR, mas o FF não responde a estas
entradas até a ocorrência da borda de subida do sinal do clock.

Prof a : Virgínia Baroncini 29


Flip Flop SR com clock

Ondas da operação de um Flip-Flop


SR com clock disparado pela borda de
subida do pulso de clock.

Prof a : Virgínia Baroncini 30


Flip Flop SR com clock
Flip-Flop S-R com clock acionado pela borda de subida de um sinal do clock.

Tanto os FFs disparados por borda de subida quanto os


de descida são usados em sistemas digitais.

Prof a : Virgínia Baroncini 31


Flip Flop SR com clock

Características de um circuito flip-flop S-R disparado por borda:


Um Latch de porta NAND básico formado por NAND-3 e NAND-4.
Um circuito direcionador de pulso formado por NAND-1 e NAND-2.
Um circuito detector de borda.
Prof a : Virgínia Baroncini 32
Flip Flop JK com Clock
Opera como o FF S-R.
J é SET, K é CLEAR.
Quando J e K são ambos ALTO, a saída é alternada para o
estado oposto.
O gatilho do clock pode ser positivo ou negativo.
Muito mais versátil do que o flip-flop SR, já que não tem
estados ambíguos.
Tem a capacidade de fazer tudo o que o FF SR faz, além
de operar em modo de alternância.

Prof a : Virgínia Baroncini 33


Flip Flop JK com Clock
Flip-flop JK com clock que responde apenas à borda de subida do clock.

Prof a : Virgínia Baroncini 34


Flip Flop JK com Clock
Flip-flop JK com clock que responde apenas à borda de descida do clock.

O circuito interno de um flip-flop J-K de borda contém as mesmos três seções que o S-R.

Prof a : Virgínia Baroncini 35


Flip Flop D com Clock
• A saída muda para o valor da entrada tanto no gatilho positivo quanto no
negativo do relógio.
• Pode ser implementado com um FF J-K ligando a entrada J à K, através
de um INVERSOR.
• É útil para transferência de dados em paralelo.

Prof a : Virgínia Baroncini 36


Flip Flop D com Clock
Flip-flop D acionado apenas em transições positivas.

Prof a : Virgínia Baroncini 37


74HC74 – dois Flip-Flops D

Prof a : Virgínia Baroncini 38


Flip Flop D com clock
• Implementação
• Um flip-flop D disparado por borda é implementado pela adição de um único
INVERSOR flip-flop J-K disparado por borda.
• O mesmo pode ser feito para converter um flip-flop S-R para um flip-flop D.
• Flip-flop D disparado por borda implementado a partir de um flip-flop J-K.

Prof a : Virgínia Baroncini 39


Aplicação do Flip Flop D com clock
Transferência paralela de dados:
saídas X, Y, Z serão transferidos para FFs Q1 , Q2 e Q3 para armazenamento.

Utilizando D flip-lops, os atuais níveis de X,


Y e Z serão transferidos para Q1, Q2 e Q3,
mediante a aplicação de um pulso
TRANSFERÊNCIA às entradas CLK
comuns.

Esse é um exemplo de transferência


paralela de dados binários, os três
bits X, Y e Z são transferidos
simultaneamente.

Prof a : Virgínia Baroncini 40


Entradas Assíncronas

• Há muitas entradas que dependem do relógio (clock), elas são


chamadas entradas síncronas.
• A maioria dos FFs com clock tem entradas assíncronas que não
dependem do relógio.
• Os nomes PRESET e CLEAR são usadas para as entradas assíncronas.
• As entradas assíncronas ativas em nível BAIXO terão uma barra sobre os
rótulos e bolhas de inversão.
• Se as entradas assíncronas não são usadas eles serão presos ao seu
estado inativo.

Prof a : Virgínia Baroncini 41


Flip Flop JK com entradas assíncronas

Prof a : Virgínia Baroncini 42


Designações das Entradas Assíncronas

• Fabricantes de CIs não concordam sobre a nomenclatura para as


entradas assíncronas.

As designações mais comuns são PRE (PRESET) e CLR (CLEAR).


• Distinguem-se claramente das entradas SET e RESET.
• Rótulos como SD (SET direto) e RD (RESET direto) também são
utilizados.

Prof a : Virgínia Baroncini 43


Entradas Assíncronas
Flip-flop J-K que responde a uma borda de descida em sua entrada de
clock e tem entradas assíncronas ativas em nível BAIXO.

Prof a : Virgínia Baroncini 44


74HC112 – dois flip-flops JK

Prof a : Virgínia Baroncini 45


Considerações sobre Temporização de Flip Flops

Principais parâmetros designados pelos fabricantes de CIs:


Atraso de propagação - tempo para um sinal na entrada ser exibido na
saída (tPLH e tPHL).
Frequência máxima do clock - mais alta frequência de clock que mantém
um disparo confiável (fMÁX).
Pulso do clock nos níveis ALTO e BAIXO - tempo mínimo de duração
entre as mudanças ALTO e BAIXO (tW (L); tW (H)).
Largura ativa de pulso - largura mínima antes de cada transição
Tempo de transição do clock - o parâmetro geral fornecido é de menos de
50 ns para dispositivos TTL ou de 200 ns para dispositivos CMOS.

Prof a : Virgínia Baroncini 46


Considerações sobre Temporização de Flip Flops
Valores Atuais de CIs

Valores de tempo para


FFs retirados dos
manuais do fabricante.
Todos os valores listados
são mínimos, exceto
atrasos de propagação,
que são valores
máximos.

Prof a : Virgínia Baroncini 47


Prof a : Virgínia Baroncini 48
Principais CI com Flip Flops

Prof a : Virgínia Baroncini 49


Principais CI com Flip Flops

Prof a : Virgínia Baroncini 50


Aplicações com Flip Flops

• Exemplos de aplicações:
Contagem.
Armazenamento de dados binários.
Transferência de dados entre locais.

• Muitas aplicações FF são continuamente categorizadas.


As saídas seguem uma sequência predeterminada de estados.

Prof a : Virgínia Baroncini 51


Sincronização de Flip Flops
• A maioria dos sistemas são sistemas síncronos em operação, em que as
mudanças dependem do clock.
• Operações síncronas e assíncronas muitas vezes são combinadas,
frequentemente por meio de entradas realizadas pelos operadores
humanos.
• A natureza aleatória das entradas assíncronas podem resultar em
resultados imprevisíveis.

Prof a : Virgínia Baroncini 52


Sincronização de Flip Flops
O Flip-flop D de borda sincroniza a habilitação da porta AND com a borda
de descidas do clock.

Prof a : Virgínia Baroncini 53


Detectando uma Sequência de Entrada
• Em muitas situações, as saídas se ativam somente quando as entradas
se ativam em determinada sequência, o que pode requerer a
característica de armazenamento de FFs.
• Flip-flop D com clock usado para responder a uma determinada sequência
de entradas.

Para funcionar corretamente, A deve ser ALTO, antes de B, pelo menos por uma quantidade de
tempo igual ao tempo de configuração de FF.
Prof a : Virgínia Baroncini 54
Operação de Transferência Síncrona

Prof a : Virgínia Baroncini 55


Operação de Transferência Paralela

Prof a : Virgínia Baroncini 56


Registrador de Deslocamento

Prof a : Virgínia Baroncini 57


Transferência Serial

Prof a : Virgínia Baroncini 58


Contador Assíncrono

Prof a : Virgínia Baroncini 59

Você também pode gostar