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Redação Oficial

Prof. Jean Aquino

MANUAL DE REDAÇÃO OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

PARTE 1:
O que é a Redação Oficial?
Segundo o MANUAL DE REDAÇÃO OFICIAL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, a Redação
Oficial é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.

EMISSOR (signatário): Órgão público

RECEPTOR: Órgãos públicos ou particulares:

1
1. A redação oficial deve caracterizar-se por
• Impessoalidade

• Uso do padrão culto de linguagem

• Clareza

• Concisão

• Formalidade

• Uniformidade.

FIXAÇÃO

Com relação a aspectos gerais das correspondências oficiais, julgue os itens a seguir
segundo o Manual de Redação da Presidência da República.

1. O emprego de linguagem simples e vocabulário acessível denota coloquialidade,


razão por que deve ser evitado em correspondências oficiais.
Certo ( ) Errado ( )

2. Recomenda-se que o registro de impressões pessoais seja evitado na redação de


correspondências oficiais, mas a decisão sobre seguir ou não essa recomendação cabe a
quem expede o documento.
Certo ( ) Errado ( )

2
Até o item 7, são apresentadas propostas de trechos de correspondências oficiais. Julgue-os
quanto à correção gramatical e à adequação às normas de redação oficial.

3. No que pertine aos problemas tratados na reunião hora em comento, informamos


que as providências necessárias já foram tomadas.
Certo ( ) Errado ( )

4. Conquanto houvessem recursos disponíveis, a entidade não pôde fazer uso deles na
medida que carecia de autorização de órgãos fiscalizadores.
Certo ( )Errado ( )

5. Impõe-se certas condições para a realização das modificações que tem sido
exigidas pelos órgãos de proteção.
Certo ( ) Errado ( )

6. Cabe à instituição analisar os pormenores da concessão antes de cedê-la.


Certo ( ) Errado ( )

7. As empresas a que se destinam este documento cabe a responsabilidade de


conferir com minúcias os detalhes do acordo.
Certo ( ) Errado ( )

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No que se refere a aspectos gerais das correspondências oficiais, julgue os itens que se
seguem segundo o Manual de Redação da Presidência da República (MRPR).

8. O tipo de linguagem empregado em comunicações oficiais é próprio do meio


em que estas circulam e, portanto, seu entendimento costuma ficar restrito aos seus
usuários.
Certo ( ) Errado ( )

9. A impessoalidade e o emprego do padrão culto de linguagem garantem a


clareza textual, pois evitam que haja ambiguidade no texto.
Certo ( ) Errado ( )

Nos itens a seguir, são apresentadas propostas de trechos de correspondências oficiais.


Julgue-os quanto à correção gramatical e à adequação às normas de redação oficial.

10. Encaminhamos cópia do Processo n.º 20100.001100/2012-15 para que sejam


adotadas as providências por parte dessa Coordenação, nos termos do despacho do
Diretor-Geral.
Certo ( ) Errado ( )

11. Tendo em vista a proximidade das esperadas festas de comemoração do


aniversário de 50 anos da nossa instituição, tenho o prazer de informar que este setor
terá seu horário de atendimento reduzido em função da necessidade dos preparativos
da referida festa.
Certo ( ) Errado ( )

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12. Solicito verificar a viabilidade de novo espaço para os ensaios do nosso Coro
Sinfônico, os quais ocorrem segundas e quartas, das 19h às 22h. O espaço onde o
Coro ensaia atualmente estará em reforma durante o primeiro semestre de 2013.
Certo ( )Errado ( )

A respeito de correspondências oficiais, julgue os itens seguintes.

13. A Redação Oficial deve se caracterizar pelo padrão culto de linguagem, com
ressalva apenas às comunicações emitidas por autoridades de mesma hierarquia, em
que certa informalidade é admissível.
Certo ( ) Errado ( )

14. O emprego de linguagem técnica e de compreensão restrita a específicos


segmentos é condenável nas correspondências oficiais.
Certo ( ) Errado ( )

15. A Redação Oficial deve primar pelo uso de linguagem que se adeque à
região por que circulam os documentos.
Certo ( ) Errado ( )

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PARTE 2: Concordância com os Pronomes de Tratamento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa indireta) apresentam certas
peculiaridades quanto à concordância verbal, nominal e pronominal. Embora se
refiram à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala, ou a quem se
dirige a comunicação), levam a concordância para a terceira pessoa. É que o
verbo concorda com o substantivo que integra a locução como seu núcleo
sintático: “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência conhece o
assunto”. Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos a pronomes de
tratamento são sempre os da terceira pessoa: “Vossa Senhoria nomeará seu
substituto” (e não “Vossa ... vosso...”). Já quanto aos adjetivos referidos a esses
pronomes, o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a que se
refere, e não com o substantivo que compõe a locução. Assim, se nosso
interlocutor for homem, o correto é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa
Senhoria deve estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”,
“Vossa Senhoria deve estar satisfeita”

FIXAÇÃO
Até o item 3, são apresentadas propostas de trechos de correspondências
oficiais. Julgue-os quanto à correção gramatical e à adequação às normas de
redação oficial.

1. Vossa Excelência terá acesso às nossas instituições para que submeta


nossos métodos à vossa apreciação.
Certo ( ) Errado ( )

2. Em respeito à formalidade exigida nas correspondências oficiais, o trecho


“Vossa Excelência, sempre ciente de suas responsabilidades...” deveria ser
substituído por Vossa Excelência, sempre ciente de vossas
responsabilidades...
Certo ( ) Errado ( )

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3. Além da polidez com que o assunto deve ser tratado em uma
comunicação oficial, o emprego adequado dos pronomes de tratamento é
determinante para conferir formalidade ao texto.
Certo ( ) Errado ( )

QUESTÃO OBJETIVA:
1. CESGRANRIO – 2014 (CEFET – RJ - Revisor de Textos)
A norma para uso de pronomes de tratamento em redação de documento oficial exige que
os pronomes possessivos e a concordância de gênero e número (considerando-se as
especificidades do receptor que se encontram entre parênteses) se deem da forma como
se exemplifica em:
a) Vossa Senhoria terá vossas reuniões marcadas, conforme tua vontade. (Referindo-
se a chefe de seção, nível superior, masculino singular)
b) Sua Senhoria está convidado a comparecer à reunião. (Referindo-se a diretora de
unidade, nível superior, feminino, singular)
c) Vossa Senhoria está sendo esperada para a assembleia de seus funcionários.
(Referindo-se a diretora geral de unidade, feminino, singular)
d) O Senhor Doutor precisa comparecer ao ato oficial. (Referindo-se a assessor
jurídico da presidência de órgão público, sem pós-graduação, masculino, singular)
e) Vossas Excelências são esperadas para a reunião das suas áreas. (Referindo-se a
gerentes de projeto, com doutorado, masculino, plural)

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Parte 3:Emprego dos Pronomes de Tratamento
Como visto, o emprego dos pronomes de tratamento obedece a secular
tradição. São de uso consagrado: Vossa Excelência, para as seguintes
autoridades:
a) do Poder Executivo;
• Presidente da República;
• Vice-Presidente da República;
• Ministros de Estado
• Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal;
• Oficiais-Generais das Forças Armadas;
• Embaixadores;
• Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de
natureza especial;
• Secretários de Estado dos Governos Estaduais;

b) do Poder Legislativo:
• Deputados Federais e Senadores;
• Ministros do Tribunal de Contas da União
• Deputados Estaduais e Distritais;
• Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais
• Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais

c) do Poder Judiciário:

• Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais;


• Juízes; Auditores da Justiça Militar.

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2. O vocativo a ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de Poder é
Excelentíssimo Senhor, seguido do cargo respectivo:

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Excelentíssimo Senhor Presidente do


Congresso Nacional, Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal.

As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo


respectivo:

Senhor Senador, Senhor Juiz, Senhor Ministro,


Senhor Governador, No envelope, o endereçamento das comunicações dirigidas às
autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a seguinte forma:

A Sua Excelência o Senhor


Fulano de Tal Ministro de Estado da Justiça
70064-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor


Senador Fulano de Tal
Senado Federal
70165-900 – Brasília. DF

A Sua Excelência o Senhor


Fulano de Tal
Juiz de Direito da 10A
Vara Cível Rua ABC,
No 123 01010-000 – São Paulo. SP

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Em comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento digníssimo (DD), às
autoridades arroladas na lista anterior. A dignidade é pressuposto para que se
ocupe qualquer cargo público, sendo desnecessária sua repetida evocação.

Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares.

EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO
1. CONSULPLAN – 2015 (TRE-MG - técnico judiciário)
O texto “Eleições no Brasil" apresenta de forma sucinta o histórico do processo eleitoral e
as normas em vigor. No segundo parágrafo, a autora cita: os cargos eletivos que são
disputados no âmbito federal e estadual, para os cargos de: “Presidente da República (e
vice), Senador, Deputado Federal, Governador (e vice) e Deputado Estadual; eleições
municipais – para os cargos de Prefeito (e vice) e Vereadores". Sabe-se que, ao serem
eleitos e empossados, serão diferencialmente tratados, inclusive pelo emprego dos
pronomes de tratamento e vocativos que obedecem à secular tradição. O vocativo
“Excelentíssimo Senhor" deve ser empregado ao se referir às seguintes autoridades:
a) Senador da República e Deputado Federal.
b) Presidente da República e Senador da República.
c) Presidente da República (e vice) e Deputado Federal.
d) Presidente do Supremo Tribunal Federal e Presidente do Congresso Nacional.

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Parte 4: Fechos para Comunicações
“...este Manual estabelece o emprego de somente dois fechos diferentes para todas as
modalidades de comunicação oficial:

RESPEITOSAMENTE, para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República:


ATENCIOSAMENTE, para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior.

FIXAÇÃO

1. De acordo com o MRPR, os fechos “Atenciosamente” e “Respeitosamente” são restritos


a comunicações oficiais emitidas pelos Poderes Executivo e Judiciário.
Certo ( ) Errado ( )

2. A escolha do fecho a ser usado nas correspondências oficiais é determinada pela


hierarquia que existe entre o destinatário e o remetente do documento.
Certo ( ) Errado ( )

3. Apesar da recomendação para que se empreguem os fechos Atenciosamente e


Respeitosamente, nas redações oficiais, admite-se também o uso de Cordialmente,
Saudações e Com meus cumprimentos, se o conteúdo do documento for solene.
Certo ( ) Errado ( )

4. Nas Redações Oficiais, o fecho respeitosamente deve ser usado para autoridades
superiores (inclusive o Presidente da República) ou de mesma hierarquia.
Certo ( ) Errado ( )

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Parte 5: Identificação do Signatário
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República, todas as demais
comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo
do local de sua assinatura.

FIXAÇÃO

1. Nome e cargo da autoridade que expede o documento deve, sem exceções, constar
abaixo do local de sua assinatura em documentos oficiais.
Certo ( ) Errado ( )

2. Excetuados os expedientes oficiais assinados pelo chefe do poder executivo, todas as


demais comunicações oficiais devem dispor de nome e cargo da autoridade expedidora,
abaixo de sua assinatura.
Certo ( ) Errado ( )

Questões objetivas

1. A redação inteiramente apropriada e correta de um documento oficial é:

a) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas reivindicações, e esperamos


poder estar sendo recebidos em vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais.
b) O texto ora aprovado em sessão extraordinária prevê a redistribuição de pessoal
especializado em serviços gerais para os departamentos que foram recentemente criados.
c) Estou encaminhando a presença de V. Sa. este jovem, muito inteligente e esperto,
que lhe vai resolver os problemas do sistema de informatização de seu gabinete.
d) Quando se procurou resolver os problemas de pessoal aqui neste departamento,
faltaram um número grande de servidores para os andamentos do serviço.
e) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos informar de quais providências vão
ser tomadas para resolver essa confusão que foi criado pelos manifestantes.

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2. Considerando-se as qualidades exigidas na redação de documentos oficiais, está
INCORRETA a afirmativa:

a) A concisão procura evitar excessos linguísticos que nada acrescentam ao objetivo


imediato do documento a ser redigido, dispensando detalhes irrelevantes e evitando
elementos de subjetividade, inapropriados ao texto oficial.
b) A impessoalidade, associada ao princípio da finalidade, exige que a redação de um
documento seja feita em nome do serviço público e tenha por objetivo o interesse geral
dos cidadãos, não sendo permitido seu uso no interesse próprio ou de terceiros.
c) Clareza e precisão são importantes na comunicação oficial e devem ser
empregados termos de conhecimento geral, evitando-se, principalmente, a possibilidade
de interpretações equivocadas, como na afirmativa: O Diretor informou ao seu secretário
que os relatórios deveriam ser encaminhados a ele.

d) A linguagem empregada na correspondência oficial, ainda que respeitando a


norma culta, deve apresentar termos de acordo com a região e com requinte adequado à
importância da função desempenhada pela autoridade a quem se dirige o documento.
e) Textos oficiais devem ser redigidos de acordo com a formalidade, ou seja, há certos
procedimentos, normas e padrões que devem ser respeitados com base na observância de
princípios ditados pela civilidade, como cortesia e polidez, expressos na forma específica
de tratamento.

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3. Uma das alternativas abaixo não condiz com as características de uma
correspondência oficial:
a) Ser clara e sem obscurantismos.
b) Expor o maior número de informações com o menor número de palavras.
c) Adequar-se ao padrão linguístico do destinatário.
d) Ater-se aos princípios gramaticais normativos
e) Obedecer aos princípios expostos no Manual.

Parte 6: O Padrão Ofício


Há três tipos de expedientes que se diferenciam antes pela finalidade do que pela
forma:
• o ofício
• o aviso
• o memorando.

Com o fito de uniformizá-los, pode-se adotar uma diagramação única, que siga o que
chamamos de padrão ofício. As peculiaridades de cada um serão tratadas adiante; por ora
busquemos as suas semelhanças.

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3.1. Partes do documento no Padrão Ofício
O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes:
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede:
Exemplos:
Mem. 123/2002-MF Aviso 123/2002-SG Of. 123/2002-MME

b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita:
Exemplo:
Brasília, 15 de março de 1991.
c) assunto: resumo do teor do documento
Exemplos:
Assunto: Produtividade do órgão em 2002.
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores.

d) destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. No caso do


ofício deve ser incluído também o endereço.
e) texto: nos casos em que não for de mero encaminhamento de documentos, o expediente
deve conter a seguinte estrutura:
– introdução, que se confunde com o parágrafo de abertura, na qual é apresentado o
assunto que motiva a comunicação. Evite o uso das formas: "Tenho a honra de", "Tenho o
prazer de", "Cumpre-me informar que", empregue a forma direta;
– desenvolvimento, no qual o assunto é detalhado; se o texto contiver mais de uma ideia
sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza
à exposição;
– conclusão, em que é reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição
recomendada sobre o assunto.

Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto nos casos em que estes estejam
organizados em itens ou títulos e subtítulos.

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f) fecho (v. 2.2. Fechos para Comunicações);
g) assinatura do autor da comunicação; e
h) identificação do signatário (v. 2.3. Identificação do Signatário).
3.2. Forma de diagramação
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à seguinte forma de apresentação:
a) deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de corpo 12 no texto em geral, 11
nas citações, e 10 nas notas de rodapé;
b) para símbolos não existentes na fonte Times New Roman poder-se-á utilizar as
fontes Symbol e Wingdings;
c) é obrigatória constar a partir da segunda página o número da página;
d) os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser impressos em ambas as faces
do papel. Neste caso, as margens esquerda e direta terão as distâncias invertidas nas
páginas pares ("margem espelho");

e) o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de distância da margem


esquerda;
f) o campo destinado à margem lateral esquerda terá, no mínimo, 3,0 cm de largura;
g) o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
h) deve ser utilizado espaçamento simples entre as linhas e de 6 pontos após cada
parágrafo, ou, se o editor de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha em
branco;
i) não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sublinhado, letras maiúsculas,
sombreado, sombra, relevo, bordas ou qualquer outra forma de formatação que afete
a elegância e a sobriedade do documento;
j) a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em papel branco. A impressão
colorida deve ser usada apenas para gráficos e ilustrações;
l) todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem ser impressos em papel de
tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0 cm;

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m) deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arquivo Rich Text nos
documentos de texto;
n) dentro do possível, todos os documentos elaborados devem ter o arquivo de texto
preservado para consulta posterior ou aproveitamento de trechos para casos
análogos;
o) para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem ser formados da seguinte
maneira:
tipo do documento + número do documento + palavras-chaves do conteúdo
Ex.: "Of. 123 - relatório produtividade ano 2002"

3.3. Aviso e Ofício


3.3.1. Definição e Finalidade
Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial praticamente idênticas. A única
diferença entre eles é que o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para
autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido para e pelas demais
autoridades. Ambos têm como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da
Administração Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
3.3.2. Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do padrão ofício, com acréscimo
do vocativo, que invoca o destinatário (v. 2.1 Pronomes de Tratamento), seguido de vírgula.
Exemplos:
Excelentíssimo Senhor Presidente da República
Senhora Ministra
Senhor Chefe de Gabinete

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Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as seguintes informações do
remetente:
– nome do órgão ou setor;
– endereço postal;
– telefone e endereço de correio eletrônico.

3.4. Memorando
3.4.1. Definição e Finalidade
O memorando é a modalidade de comunicação entre unidades administrativas de um
mesmo órgão, que podem estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferente.
Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação eminentemente interna.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser empregado para a exposição de
projetos, ideias, diretrizes, etc. a serem adotados por determinado setor do serviço
público.
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do memorando em qualquer
órgão deve pautar-se pela rapidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos.
Para evitar desnecessário aumento do número de comunicações, os despachos ao
memorando devem ser dados no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em
folha de continuação. Esse procedimento permite formar uma espécie de processo
simplificado, assegurando maior transparência à tomada de decisões, e permitindo que se
historie o andamento da matéria tratada no memorando.

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3.4.2. Forma e Estrutura
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do padrão ofício, com a
diferença de que o seu destinatário deve ser mencionado pelo cargo que ocupa.
Exemplos:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração Ao Sr. Subchefe para Assuntos
Jurídicos

QUESTÕES OBJETIVAS

1. CESGRANRIO – 2014 (Petrobras - Técnico(a) de Administração e Controle Júnior


O documento ofício, especificamente, diferencia-se do memorando por apresentar,
obrigatoriamente,
a) tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede
b) local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita
c) assunto, em que é apresentado o resumo do documento
d) vocativo adequado ao destinatário da mensagem.
e) fechamento, com saudações adequadas à relação remetente/destinatário.

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2. CESGRANRIO – 2014 (Petrobras - Técnico(a) de Administração e Controle Júnior)
Um funcionário vai enviar correspondência para X, o gerente de departamento da
empresa onde trabalha.
Ele deverá endereçar essa correspondência do seguinte modo:
a) Ao Senhor X
b) Ao digníssimo senhor X
c) Exmo Sr. X
d) Ilmo. senhor X
e) Vossa Excelência Senhor X

Parte 7:
Exposição de Motivos
Definição e Finalidade
Exposição de motivos é o expediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-
Presidente para:
a) informá-lo de determinado assunto;
b) propor alguma medida; ou
c) submeter a sua consideração projeto de ato normativo.
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente da República por um
Ministro de Estado.
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição de
motivos deverá ser assinada por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão,
chamada de interministerial.

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Forma e Estrutura
Formalmente, a exposição de motivos tem a apresentação do padrão ofício (v.
3. O Padrão Ofício).

5. MENSAGEM
5.1. Definição e Finalidade
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos,
notadamente as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo
para informar sobre fato da Administração Pública
5.2. Forma e Estrutura
As mensagens contêm:
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número, horizontalmente, no início da
margem esquerda:
Mensagem no
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e o cargo do destinatário,
horizontalmente, no início da margem esquerda;
Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

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c) o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
d) o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do texto, e
horizontalmente fazendo coincidir seu final com a margem direita.
A mensagem, como os demais atos assinados pelo Presidente da
República, não traz identificação de seu signatário.

6. Telegrama
6.1. Definição e Finalidade
Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos,
passa a receber o título de telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de
telegrafia, telex, etc.
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos cofres públicos e
tecnologicamente superada, deve restringir-se o uso do telegrama apenas àquelas
situações que não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência
justifique sua utilização e, também em razão de seu custo elevado, esta forma de
comunicação deve pautar-se pela concisão (v. 1.4. Concisão e Clareza).
6.2. Forma e Estrutura
Não há padrão rígido, devendo-se seguir a forma e a estrutura dos formulários
disponíveis nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet.

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7. Fax
7.1. Definição e Finalidade
O fax (forma abreviada já consagrada de fac-simile) é uma forma de
comunicação que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento da
Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens urgentes e para o envio
antecipado de documentos, de cujo conhecimento há premência, quando não
há condições de envio do documento por meio eletrônico. Quando necessário
o original, ele segue posteriormente pela via e na forma de praxe.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com cópia xerox do fax e
não com o próprio fax, cujo papel, em certos modelos, se deteriora
rapidamente.
7.2. Forma e Estrutura
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e a estrutura que lhes
são inerentes.

8. Correio Eletrônico
8.1 Definição e finalidade
O correio eletrônico ("e-mail"), por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na
principal forma de comunicação para transmissão de documentos.
8.2. Forma e Estrutura
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto, deve-se evitar o uso de
linguagem incompatível com uma comunicação oficial (v. 1.2 A Linguagem dos Atos e
Comunicações Oficiais).
8.3 Valor documental
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha
valor documental, i. é, para que possa ser aceito como documento original, é necessário
existir certificação digital que ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida em
lei.

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REDAÇÃO OFICIAL
1. CONSULPLAN – 2014 (MAPA - agente administrativo)
“Toda comunicação reproduzida em vias, cópias ou exemplares de igual teor expedidas a
diferentes pessoas, órgãos ou entidades. Especificamente, como documento, é mensagem
endereçada simultaneamente a diversos destinatários, para transmitir avisos, ordens ou
instruções. É, portanto, uma correspondência multidirecional. É a forma pela qual as
autoridades transmitem determinações uniformes a toda uma classe de servidores a elas
subordinados. ” Trata-se de
a) circular.
b) telegrama.
c) requerimento.
d) correio eletrônico.

2. CONSULPLAN – 2015 (TRE-MG - técnico judiciário)


O texto “Eleições no Brasil" apresenta de forma sucinta o histórico do processo eleitoral e
as normas em vigor. No segundo parágrafo, a autora cita: os cargos eletivos que são
disputados no âmbito federal e estadual, para os cargos de: “Presidente da República (e
vice), Senador, Deputado Federal, Governador (e vice) e Deputado Estadual; eleições
municipais – para os cargos de Prefeito (e vice) e Vereadores". Sabe-se que, ao serem
eleitos e empossados, serão diferencialmente tratados, inclusive pelo emprego dos
pronomes de tratamento e vocativos que obedecem à secular tradição. O vocativo
“Excelentíssimo Senhor" deve ser empregado ao se referir às seguintes autoridades:
a) Senador da República e Deputado Federal.
b) Presidente da República e Senador da República.
c) Presidente da República (e vice) e Deputado Federal.
d) Presidente do Supremo Tribunal Federal e Presidente do Congresso Nacional.

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3. CONSULPLAN – 2015 (HOB – agente de administração)
Para que um gerente de vendas solicite ao gerente do almoxarifado cinco cartuchos de tinta
coloridos, deverá utilizar a correspondência
a) ofício.
b) despacho.
c) mensagem.
d) memorando.

4. CONSULPLAN – 2015 (HOB – agente de administração)


Para que o órgão responsável pela gestão administrativa transmita instruções sobre
novos procedimentos para as movimentações de pessoal (carreira) a todos os órgãos da
mesma instituição, deverá utilizar a correspondência
a) edital.
b) circular.
c) despacho.
d) declaração.

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5. CESGRANRIO – 2014 (Petrobras – técnico em administração)
O correio eletrônico (e-mail) é, atualmente, uma importante forma de comunicação para
transmissão de documentos.

Para que um e-mail tenha valor documental é, porém, necessário que


a) a linguagem nele utilizada tenha o mesmo padrão da exigida para os
memorandos.
b) a identidade do remetente esteja certificada digitalmente, na forma exigida por
lei.
c) o assunto esteja redigido de forma clara, no campo específico
d) o destinatário confirme o recebimento do e-mailno mesmo dia do seu envio
e) os anexos estejam formatados em padrão Rich Text.

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