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Hierarquia social

A pessoa mais qualificada num evento é aquela que recebe toda a atenção e
consideração dos anfitriões e convidados presentes.
Esta pode ser um senhor idoso que comemora o seu centenário numa festa que é
oferecida em sua homenagem, é o convidado de honra. Também o é o possuidor de um
cargo público ou de uma patente superior aos demais presentes.
Apesar de vivermos numa sociedade livre, democrática e igualitária a etiqueta e o
Protocolo reconhecem e indicam as precedências de todas as pessoas em qualquer
evento.

Apresentações

Apresenta-se sempre a pessoa menos importante à mais importante sendo a mulher, na


etiqueta, mais importante que o homem. Deve apresentar-se um homem a uma senhora,
alguém a uma autoridade, uma pessoa mais jovem a uma mais velha. A pessoa mais
importante estenderá a mão a quem foi apresentada ou acena a cabeça e fará o primeiro
cumprimento. Apresenta-se sempre primeiro o nome da pessoa menos importante.
O homem deve sempre levantar-se para cumprimentar uma mulher, ou alguém
hierarquicamente superior. A mulher só o deverá fazer para cumprimentar uma outra
mulher, quando não directamente convidada e para ser apresentada à anfitriã; se for
convidada e se dela se aproximar a anfitriã para a cumprimentar; e a mulher mais nova
quando é apresentada a uma senhora mais velha.
Quando pessoas da mesma importância, idade se apresentam o critério a seguir deverá
ser o de quem aborda e quem é abordado, o que está parado. Quem se aproxima
apresenta-se e aguardará que a pessoa abordada responda com cordialidade e aceitação,
estendendo a mão e apresentando-se àquele.

Como pôr a mesa de Natal, da noite de Fim de Ano, para uma ocasião elegante ou
informal, para o baptizado, da boda de casamento. Como receber adequadamente os
convidados e preparar uma ceia no jardim.

As toalhas, o enxoval completo de uma mesa prevê uma toalha de forma redonda ou
rectangular de medida variável mas suficiente para cobrir o tampo da mesa, 12
guardanapos com a dimensão de 45 x 45 cm, eventualmente bordados. As fibras têxteis
utilizadas na composição das toalhas e guardanapos são sempre de origem vegetal: linho
e algodão.
Estes tecidos não são somente brancos como no passado, actualmente a escolha é mais
variada nas cores, com padrões estampados ou em jacquard.

O guardanapo, coloca-se sempre do lado esquerdo do prato, logo abaixo do prato do


pão e ao lado dos garfos.
Actualmente, nos restaurantes o chefe de mesa usa tradicionalmente, como insígnia da
função, uma toalha dobrada sobre o braço esquerdo, tal como os empregados de mesa e
de café.

A mesa deve sempre ser posta antes da chegada dos convidados, demonstrando-lhes
que são esperados com uma bonita mesa.
Deve colocar-se em primeiro lugar, por cima da mesa, um resguardo e em seguida a
toalha. Quanto mais elegante for a refeição, mais bonita deve ser a toalha, bordada, lisa
ou adamascada, preferencialmente branca ou pastel. As dobras devem ser alisadas e, se
for necessário deverá ser passada a ferro no momento da sua colocação.
A barra deve estar uniformemente colocada e os padrões centrados, quando estes
existirem.

O sal e a pimenta não devem ser apresentados numa mesa, uma vez que não se espera
que os pratos precisem de uma rectificação no tempero.

Decoração, pode-se usar velas em candelabros ou castiçais, somente ao jantar, e centros


de flores, tendo sempre cuidado para que as suas dimensões não impeçam os
convidados de se verem enquanto conversam. Não devem ser utilizados quaisquer
elementos decorativos fortemente aromatizados na mesa, pois ocultarão o aroma da
refeição. Pode-se usar também pequenos ramos de flores ou até uma flor individual
colocada num “solitário” em frente e à direita do prato.

Chefe de mesa ou “maître”

Ele é o anfitrião, no restaurante, para os clientes. Distingue-se pelas suas impecáveis


educação, boas maneiras e cortesia.
É ele quem supervisiona e controla todo o serviço do restaurante com fim a uma boa
qualidade do serviço.
Recebe o cliente na entrada, deve estar atento e indagar o cliente, durante a refeição,
para saber se tudo corre a seu contento, bem como atender a uma reclamação. Despede-
se do cliente à sua saída do restaurante.

Escanção ou “Sommelier"

Era o oficial que servia vinho a um soberano.


É o que serve os vinhos no restaurante.
Apresenta a carta dos vinhos e sugere ao cliente sobre a melhor escolha para o
acompanhamento do prato escolhido.
Esclarece dúvidas e atende as reclamações sobre a bebida.
Assiste à degustação do vinho pelo anfitrião e serve depois deste aprovar a qualidade do
vinho escolhido.

Empregado de mesa ou “garçon”

Acomoda o cliente, anota os pedidos dos comensais e serve os pratos escolhidos.


Esclarece a composição e confecção dos pratos constantes no menu, sempre que
solicitado.
Apresenta a conta, quando solicitada, no final da refeição.

Auxiliar de empregado de mesa ou “commis”

Auxilia o empregado de mesa na acomodação dos clientes.


Limpa as mesas vazias, troca as toalhas, junta as mesas para grupos maiores, transporta
a comida da cozinha até ao “guéridon” – pequena mesa ou carrinho para o serviço à
inglesa indirecto.
Os restaurantes podem apresentar dois tipos de serviço: à carta ou
bufete.

No serviço à carta, a refeição sentada é servida pelo empregado de mesa. O cliente lê o


menu e escolhe o prato que depois indicará ao empregado de mesa.

No bufete, a refeição, também sentada, mas os clientes servem-se a si próprios numa


mesa de apoio onde estão dispostas as bandejas com os diversos pratos, dos quais se
servem ou são servidos pelo empregado de mesa para o prato que levam consigo.
Neste serviço o cliente deve deslocar-se várias vezes ao longo do decurso da refeição à
mesa de apoio, devendo deixar os talheres sobre a mesa, se houver descanso para estes.
Se não houver leva-os consigo.

lém de conhecermos os cocktails “Alexander” e “Manhatan”, cocktail


designa também um tipo de recepção.

O Cocktail é um evento que tem uma duração pré determinada: começa geralmente às 6
ou 7 horas da tarde e encerra-se às 8 ou 9 horas da noite.

Neste cocktail os convivas circulam livremente, os anfitriões deverão receber os


convidados à porta na primeira meia hora, pelo menos os de maior importância e
seguidamente dão atenção a todos com breves palavras ou uma pequena conversa.

Os salgados são servidos por empregados, podendo igualmente estar dispostos num
bufete. Caso não exista um empregado para servir as bebidas, um amigo ou amiga dos
anfitriões poderá ajudá-los nesse serviço.

As bebidas são geralmente o Whisky, o Gin, o Vodka, o Rum, o Vermouth, o Vinho do


Porto ou Madeira e o Champagne, além da cerveja e de sumos de frutas, refrigerantes,
água mineral gaseificada ou não, água tónica e soda, para os que não tomam bebidas
alcoólicas.  Em alguns eventos é somente servido um “Porto de Honra” ou um
"Carcavelos de Honra".

Os horários das refeições variam conforme a sua especificidade:

 Pequeno-Almoço, entre 8H00 e 10H00;


 Pausa para café (Coffee-Break), pausas de trabalho;
 Brunch, pausas de trabalho;
 Almoço, entre 12H00 e 15H00;
 Chá ou lanche, entre 16H00 e 17H00;
 Cocktail, entre 18H00 e 20H00;
 Jantar, entre 19H00 e 21H00;
 Ceia, depois das 23H00;
 Churrasco, depois das 14H00;
 Piquenique, entre as 13H00 e 17H00.
Acepipes - Preparação para a refeição principal. Deve ter um aspecto bastante atraente e
devem ser servidos em pequenas quantidades, para que não saciem de imediato o
apetite. Assim, poderão ser servidos ovos, escargots, etc.
São acompanhados de vinhos de mesa brancos e espumantes, igualmente secos.

Sopa - Este prato inicia a refeição propriamente dita, continuando, no entanto, o


propósito dos acepipes.
Um caldo quente, consommé, é servido numa chávena própria, larga de fundo chato
com duas pegas e com uma colher ou é simplesmente levada à boca com as duas mãos
que seguram as pegas. A colher, se for usada será deixada no prato que acompanha a
chávena.

Entrada - É o elo de ligação entre os acepipes e o prato principal. Trata-se de um


alimento um pouco mais leve que o prato principal que a seguirá.
Soufflés, carnes leves, peixes e aves, ostras, servidas com alcachofras, espargos, etc.
É acompanhada com um vinho mais leve que o do prato principal, como os vinhos
palhetes e tintos.

Prato Principal - É geralmente à base de carne vermelha ou carne de porco e de


animais de caça, como o pato, ganso ou peru. São acompanhados com legumes como o
arroz, a batata, o feijão e a couve.
Servem-se vinhos de mesa tintos, de preferência velhos, e espumantes naturais (brutos e
secos).

Queijos - Após o prato principal segue-se o prato ou tábua de queijos antes dos doces e
das frutas.
São servidos vinhos generosos e outros licorosos ou, tintos velhos.

Frutas - Para os não apreciadores ou que estão proibidos de os comer, algumas frutas
podem substitui-lo. Uvas, ameixas ou morangos, maçã ou pêra e algumas nozes poderão
ser servidas.
As frutas são acompanhadas com vinhos generosos e outros licorosos (meio doces ou
doces), vinhos doces de mesa e espumantes naturais (meio secos, meio doces ou doces).

Sobremesa - Após a degustação dos queijos que removeram o sabor salgado da


refeição, esta segue para a etapa doce - compotas, sorvetes, mousses.
Com os doces são servidos vinhos generosos e outros licorosos (meio doces ou doces),
vinhos doces de mesa e espumantes naturais (meio secos, meio doces ou doces).

Café, Licores e Aguardentes Velhas - Nesta etapa final do serviço de um jantar são
servidos o café, duas variedades de licor e as aguardentes velhas, que têm como função
a ajudar a digestão das gorduras e impedir a sonolência causadas por uma refeição tão
completa.
Podem ser servidos ainda à mesa da refeição, se tratar de um almoço que se pretenda
breve.

O nome do chá deriva da palavra Amoy “Thay”.

A Lenda
Diz a lenda que o imperador chinês, Shen Nung, costumava recuperar as suas forças
bebendo a água das fontes aquecida ao fogo, durante as suas peregrinações.
Então num remoto dia, enquanto a água fervia, algumas folhas de uma árvore de
Camellia Sinensis caíram no recipiente, espalhando um suave odor. O imperador ficou
tão deliciado que iniciou o cultivo da planta…

A História

A sua origem é indiscutivelmente chinesa. O chá sofreu diversas transformações através


das diversas dinastias.

Na era Tang (618-907 d.C.), as folhas eram simplesmente fervidas; na dinastia Song
(960-1279 d.C.), eram bem trituradas e misturadas em água a ferver; no período Ming
(1368-1644 d.C.), o chá começou a ser preparado por infusão, tendo este método
chegado até aos nossos dias.

As primeiras notícias sobre o chá chegaram ao Ocidente através das descrições


fabulosas de Marco Pólo; mas foi no século XVI, pelas mãos dos comerciantes árabes e
portugueses, que em 1610 chegou à Europa o primeiro carregamento de chá chinês.

A D. Catarina de Bragança, através do seu casamento com o rei inglês, Carlos II, se
deve o hábito de tomar chá, sua bebida favorita, por ela introduzido na corte inglesa, e
que, a partir daí, se generalizaria como um dos costumes britânicos mais populares,
ultrapassando o café e a cerveja na mesa das pessoas abastadas.

1 ano: Algodão
2 anos: Papel
3 anos: Couro
4 anos: Cera
5 anos: Madeira
6 anos: Perfume
7 anos: Lã
8 anos: Papoila
9 anos: Faiança
10 anos: Estanho
11 anos: Coral
12 anos: Seda
15 anos: Cristal
20 anos: Porcelana
25 anos: Prata
30 anos: Pérola
35 anos: Rubi
40 anos: Esmeralda
45 anos: Cobre e prata dourada
50 anos: Ouro
60 anos: Diamante
70 anos: Platina
75 anos: Alabastro
80 anos: Carvalho
Pela sua complexidade, a disposição dos lugares à mesa é um dos principais problemas do
cerimonial oficial ou privado. Em sua solução estão envolvidas três disciplinas: Etiqueta,
Protocolo e Boas-maneiras (*) e, indiretamente, também a História.

A Etiqueta faz a qualificação da posição dos assentos. Diz, por exemplo, que as cabeceiras da
mesa, devido a terem vista de todo o salão, por estarem no meio de um numero igual de
assentos de um e outro lado; e por contarem com espaço mais amplo e melhores condições
para serem servidas, e um maior número de interlocutores, são os lugares mais importantes ou
mais valiosos “A” e “B”; a partir destes, qualifica os demais assentos em ordem decrescente de
importância. O Protocolo determina “A” e “B” como assentos cativos dos anfitriões – os
promotores do evento –, e aos demais, “lugares de honra”, para convidados. Verifica então a
hierarquização da importância das pessoas para distribuí-las corretamente de acordo com o
valor correspondente dos assentos. Em eventos oficiais, essa hierarquia é determinada por um
Protocolo criado por decreto, ou pelo Protocolo que segue algum critério naturalmente
reconhecido entre os membros de um clube, funcionários de uma empresa, ou objeto de um
estatuto interno.
 

Fig. 1

Em eventos não oficiais, Boas-maneiras poderá, por um motivo sutil para o qual o Protocolo é
tecnicamente cego, deslocar um convidado e colocá-lo em mais evidência  que seus títulos
justificariam.

Por uma deferência segundo os seus sentimentos, o anfitrião poderá, se assim desejar, ceder
seu lugar – à cabeceira da mesa, no sistema inglês, ou no centro da mesa no sistema francês
–,  a um convidado que ele queira reconhecer de modo especial, (por exemplo, um general,
uma autoridade civil, um prelado), e ele próprio ocupar o lugar que estaria destinado ao
convidado de honra.Este poderá aceitar ou não a deferência - mas a troca jamais será uma
obrigação do anfitrião.

Historicamente, duas disposições de lugares se consagraram, a inglesa e a francesa, ambas


mostradas na Fig. 1. A primeira disposição, a inglesa, tem A e B nas cabeceiras; na segunda,
francesa, A e B se confrontam no centro da mesa. A disposição inglesa – o chefe da família
ocupando a cabeceira da mesa, "A", e sua mulher, "B" – é tradicionalmente observada no
Brasil desde a época colonial, conforme comentado já na minha página Mesa de refeições: seu
aparelhamento e o uso dos talheres.

É regra também da Etiqueta que os assentos sejam alternadamente para homens e para
mulheres, evitando-se  um homem sentado ao lado de outro, ou uma mulher ao lado de outra,
e também que um homem seja colocado frente a uma mulher. Essa regra só é quebrada
quando o grupo não corresponde idealmente a um número de casais completos. Devido a essa
alternância obrigatória na ocupação dos assentos, resultará que o anfitrião terá uma mulher à
sua esquerda e outra à sua direita, e a anfitriã terá um convidado homem de cada lado. Ambos
devem colocar à sua direita o convidado ou convidada mais importante, e à sua esquerda o
convidado ou convidada que sejam os segundos em importância.

Um exemplo simples, comum, e bastante ilustrativo, é o do casal que convida para almoçar ou
jantar os seus sogros. A disposição seria como na Fig. 2.

Fig. 2

Se, em mesas retangulares, para a observância dessa regra for necessário, a anfitriã deve
ceder sua posição B, a fim de manter a alternância a partir do anfitrião em A, e a disposição
frente a frente do mesmo sexo. Este problema surge quando o número de casais em uma
mesa retangular é par.

Se ocorreu a necessidade da anfitriã ter o seu lugar deslocado, ela deve ocupar o extremo
lateral direito, de modo que o convidado de honra – que é o mais importante – ficará à sua
direita ao ocupar a cabeceira B.

A anfitriã que recebe sozinha, o Protocolo a coloca no lugar “A” pois este é o mais adequado
para supervisionar o evento e coloca o convidado de honra na posição B. Se há mais de uma
mesa, o convidado de honra será mantido à direita da anfitriã, no assento à direita de “A”. O
anfitrião que recebe sozinho procederá do mesmo modo, colocando o convidado de honra em
B, no caso de se tratar de uma única mesa. No caso de mais de uma mesa, colocará o
convidado de honra na sua própria mesa, próximo de si, porém não nos dois lugares
imediatamente ao seu lado, os quais serão ocupados pela mulher de primeira importância à
sua direita, e pela segunda em importância, à sua esquerda, como dito acima.
A anfitriã é a primeira a sentar-se, e será seguida pelas demais mulheres. Antes de se
sentarem, os homens devem ajudar a senhora á sua direita a se sentar, posicionando e
empurrando convenientemente a cadeira, a fim de que ela possa ter as duas mãos livres para
acomodar o vestido enquanto se senta. Feita esta gentileza, devem aguardar que o anfitrião se
sente para ocuparem seus lugares. Alguns dos homem talvez tenham que ajudar a duas
senhoras, primeiro à sua direita, depois à sua esquerda.

Se mais de uma mesa são usadas na recepção  – como em geral ocorre em um Chá, ou em
jantares de homenagem e jantares do ensaio, por exemplo  –,  os lugares cativos A e B
(reservados à anfitriã e ao anfitrião) são os lugares extremos que se olham de cada uma de
duas mesas diagonalmente mais afastadas no recinto (A e B na fig. 3). Lugares de honra são à
direita de cada um, e outros, de importância secundária, em cada uma das demais mesas, a
partir da posição mais privilegiada, em cada uma delas, em relação à visão do ambiente, à
proximidade dos serviços, etc. ("a" na fig. 3).

Fig. 3

Os lugares cativos são, portanto, os que têm condições mais privilegiadas, estão em oposição
e são destinados aos anfitriões. Situam-se nos extremos da mesa retangular, quando se segue
a etiqueta inglesa, ou no centro de seus lados opostos, quando se segue a etiqueta francesa. O
assento principal A estará mais próximo da entrada de serviço da copa que o assento B.

Os membros de um casal e os amigos não são colocados juntos, mas separados e


preferencialmente em mesas diferentes, havendo várias mesas Marido ao lado da mulher
enseja comentários cochichados, e roda de amigos cria um grupinho exclusivo que ignora os
demais convivas. Cabe aos anfitriões, preferencialmente à anfitriã, a indicação dos lugares aos
convidados segundo seu conhecimento dos valores de cada assento e sua sensibilidade para a
hierarquização da ocupação deles conforme um critério de importância dos convidados que
tem. Cartões com o nome da pessoa à qual o lugar está reservado é muito prático, quando há
um grande número de lugares (mais de seis pessoas). Os dizeres devem reduzir-se a duas ou
três palavras que são o sobrenome do convidado ou convidada precedido de Sr. ou Sra. O
primeiro nome ou o nome do meio pode ser acrescentado quando for necessário distinguir
entre homônimos. Não utilizando cartões, o anfitrião ou a anfitriã convidam as pessoas a
sentar, acompanhando-as aos lugares que lhes cabe.

A pessoa que convida amigos para uma refeição, seja em sua casa, seja em um restaurante,
não deve fugir da prática de sugerir os lugares à mesa; e os convidados devem, também,
aguardar que a anfitriã indique os lugares em que deseja ver cada um deles. De um modo geral
a prioridade é dada de acordo com a importância social ou política do convidado, e por isso as
regras do Protocolo precisam ser lembradas. Porém, nas reuniões não oficiais, Boas Maneiras
leva em conta fatores individuais a serem respeitados, e não apenas uma fria hierarquização
de precedências baseada em determinado Protocolo. Por isto, a disposição de lugares pode
considerar o grau de cultura, colocando-se frente e frente, ou na mesma mesa, pessoas de
mesmo nível cultural, ou que se sabe terem afinidades ou interesses comuns. Os mais velhos
podem necessitar de alguém ao seu lado que lhes dê assistência; a surdez unilateral de um
convidado precisa ser levada em conta; um membro da família que tenha estado fora do país
ou uma pessoa que tenha coisas para contar que interessam a todos precisa de uma posição
mais privilegiada; um visitante estrangeiro precisa ter próximo de si alguém que fale sua língua,
etc. Deve-se, no entanto, respeitar o mais possível as determinações da Etiqueta quanto a
importância dos lugares, - inclusive a regra de distribuição alternada de homens e mulheres, - e
do Protocolo, quanto à graduação para sua ocupação.

Saber o lugar que lhe cabe ocupar à mesa, quando os assentos não estão marcados e o
anfitrião não cuidou de indicá-los, é prova de um bom conhecimento de Boas maneiras à mesa.
Ao final da refeição, ao tempo do café e licores, as pessoas naturalmente se libertarão para
conversar em grupos de conhecidos que têm interesses comuns.

O assento principal A (destinado ao anfitrião) estará mais próximo da entrada de serviço da


copa que o assento B, o que lhe permite acompanhar o serviço e zelar pela sua perfeição.

nclusive a regra de distribuição alternada de homens e mulheres. As mulheres ocupam


posições na importância correspondente à de seus maridos.

Os casais convidados são sempre colocados separados, salvo o caso de que estejam juntos a
menos de um ano.

Em uma mesa de coordenação ou mesa de reunião prevalecem hierarquia e interesses


práticos, sem nenhuma preocupação com alternância de sexos.

Por uma deferência segundo os seus sentimentos, o anfitrião poderá ceder seu lugar a um
convidado que ele queira reconhecer de modo especial, (p. ex., um general, uma autoridade
civil, um prelado) o qual poderá aceitar ou não a deferência - mas tal troca jamais será uma
obrigação do anfitrião.

Embora haja uma variedade de modos de servir, não variam as precedências a serem
observadas no serviço à mesa. Em primeiro lugar é servida a senhora que está à direita do
anfitrião; em seguida a senhora que está à esquerda do anfitrião; depois, as demais senhoras e
por último, a anfitriã; em continuação, é servido o senhor que está à direita da anfitriã, e depois
o que está à sua esquerda, e os demais homens, mesmo os mais jovens e adolescentes. Por
último é servido o anfitrião.

Em caso de serviço ao bufê, o anfitrião e a anfitriã atuam no sentido de que a fila para servir
espelhe ordem semelhante. Primeiro a senhora mais importante (aquela cujo assento está
reservado do lado direito do anfitrião), depois a segunda em importância e assim
sucessivamente. A última das mulheres a servir-se será a anfitriã e o último homem a servir-se
será o anfitrião, o qual se sentará por último à mesa, entre as duas senhoras que foram as
primeiras a tomar lugar.

1.4. Algumas Normas do Protocolo


1. O lugar de honra de uma autoridade ou personalidade será sempre à direita do
anfitrião.
2. A todo o Acto ou Cerimónia deve-se assistir pontualmente. Uma vez começado
o acto, ninguém deve subir ao “presidium”, a menos que seja indicado pela
máxima autoridade.
3. Nos Eventos ou Actos em que participem senhoras com hierarquia, devem ser
colocadas pela sua hierarquia. As esposas de autoridades que não tenham
hierarquia, devem ser colocadas na fila de honra (linha protocolar), no auditório
e seguindo a ordem dos seus esposos.
4. Ao organizar-se um presidium, este deve ser estruturado segundo o critério da
máxima representatividade para evitar excesso. Nunca deve ultrapassar as
onze pessoas, sendo o ideal entre sete e cinco pessoas.
5. As situações protocolares não previstas, assim como o trato a dar às
personalidades e autoridades que assistam, serão resolvidos pelo chefe de
protocolo ou o pessoal responsável pelo Acto, na forma que considerem
adequada às exigências do caso.
6. Perante a dúvida, deve-se fazer sempre uso do trato superior, nunca inferior.
7. Se a pessoa que apresentamos possui um alto cargo, o normal é dizermos
primeiro o cargo e depois o nome.
8. Em sociedade, primeiro apresenta-se o cavalheiro para que este apresente a
sua esposa.
Curso de Protocolo e Cerimónia
12 © Compenditur – Depº. Recursos Didácticos
1.5. Protocolo e Relações Públicas
Formam um eficaz motor de informação e comunicação entre si.
Em protocolo é imprescindível o uso da ciência das relações públicas, tanto
num contexto receptivo como transmissor. Esta ciência exerce na organização
de qualquer acto oficial, ou cerimónia, uma função muito importante ao levar a
cabo uma actividade informativa e divulgadora do desenvolvimento de um
acontecimento.
As relações e imagem pública do grupo organizador são componentes
fundamentais para o sucesso de um projecto. A política de relações públicas
combina eficazmente todas as questões relevantes como a propaganda, a
imagem, a logomarca, a relação com os média e os principais factores de
relacionamento e atendimento a clientes.
Torna-se muito fácil a qualquer convidado de um acto oficial ou
cerimónia aceder a qualquer tipo de informação sobre o mesmo, através da
disciplinada operação de relações públicas.
Para além desta vertente existem outras igualmente importantes, como
por exemplo, receber as autoridades convidadas e apresentá-las, criando desta
forma o diálogo e estabelecendo relações sociais, que em alguns casos não
existiriam.
Estas duas ciências (protocolo e relações públicas) complementam-se e
tornam-se num todo unitário. Para isto contribuem o tipo de organismo e a sua
situação em cada momento, assim como os conhecimentos e iniciativas dos
profissionais que integram este serviço. Por este motivo, existem já hoje em dia
em muitas entidades e organismos, um serviço de “Protocolo, Cerimonial e
Relações Públicas”.
3.1. Organização de um Serviço Cerimonial e Protocolar
Um departamento de Serviço de Protocolo deve estar de acordo com a
categoria da entidade autónoma ou local em questão. É fundamental hoje em
dia que as entidades ou organismos, tenham as suas características
protocolares, e estejam sempre ao nível dos frequentes actos oficiais, tanto de
carácter geral como especial, de recepções e relações públicas.
Para uma entidade local com uma população compreendida entre os
oitenta e os duzentos mil habitantes será indicado o seguinte organigrama:
As regras cerimoniais e de protocolo devem ser aplicadas por um
profissional denominado Director ou Chefe de Protocolo, sobre o qual recai a
responsabilidade de uma eficiente organização e eficaz prestação deste
Chefe do Serviço de
Protocolo
Relações Publicas Secretaria
Administrativos
Ajudantes de Auxiliares
Protocolo
Curso de Protocolo e Cerimónia
22 © Compenditur – Depº. Recursos Didácticos
serviço. Este, deve estar rodeado por uma equipa de profissionais capacitados,
idóneos e preparados para cuidarem com esmero da boa imagem da instituição
ou entidade a que servem.
3.2. O Director de Protocolo
A Actuação do Director de Protocolo e da sua equipa é fundamental para
o sucesso e brilho do evento. Este deve ser literalmente uma pessoa simpática
decorrente de um sadio entusiasmo e natural desembaraço, ser sóbrio em
todos os seus actos e palavras, enérgico e delicado, atenção pronta e rápida e
uma dicção clara, regular e um domínio da linguagem verbal.
3.2.1. Obrigações
Os deveres do Director de Protocolo, a exemplo do que acontece em
outros países, partem de costumes que se foram firmando ao longo do tempo.
• Supervisionar a redacção e expedição de todos os convites.
• Chegar ao local do evento com bastante antecedência.
• Informar-se acerca do encaminhamento da refeição a ser servida.
• Verificar lugares, decoração, mesas, som, etc.
• Colaborar com o anfitrião que dirigira o evento atendendo às disposições do
cerimonial oficial.
• Providenciar com a ajuda do seu staff a recepção dos convidados.
• Pôr-se minuciosamente a par de todo o programa do evento, de modo a poder
intervir com total desembaraço em caso de ter que prestar imediata e eficiente
colaboração.
Curso de Protocolo e Cerimónia
© Compenditur – Depº. Recursos Didácticos 23
• Indicar ao anfitrião que está tudo em ordem para se dar início ao evento.
• Cuidar do conforto e segurança dos convidados, provendo o evento de todos
os meios necessários a esse fim.
O Director de Protocolo é o obreiro anónimo e discreto, que dá ao
evento o ar de elegância e organização necessários, e que está sempre atento
ao que acontece à sua volta.
“Obter resultados através das pessoas é uma habilidade que não se
aprende na sala de aula.”
(J. Paul Getty)
Acima Exteriormente
Director de
Protocolo
Depois
Antes
Interiormente Internamente
Gerência de financiadores e
parceiros importantes
Gerência do
atendimento ao cliente
Realinhamento de
alvos e recursos
Gerência da equipa
Avaliação do próprio
desempenho
Monitoria e controlo
de recursos, pessoal
e sistemas
Curso de Protocolo e Cerimónia
24 © Compenditur – Depº. Recursos Didácticos
3.3. A tradição, o Uso e o Costume
Os usos e costumes de um local ou região estão implícitos na nas suas
tradições.
Podemos ver como a tradição influencia profundamente qualquer acto
ou cerimónia na sua essência, pautando-se pela actualidade mas buscando
sempre linhas e condutas que ao longo dos anos se foram aplicando.
Muitos são os actos e cerimónias que se realizam hoje em dia com
cunho oficial, que tiverem a sua origem nas tradições transmitidas de geração
para geração através das distintas épocas históricas.
É lícito então dizer, que não ter em conta estes factores quando se
organiza um acto oficial ou uma cerimónia é incorrer num grave erro.
3.4. Classificação de Actos e Normas de Carácter Geral
Os actos podem ser classificados em:
• Actos de Carácter Geral – são aqueles que são organizados pelas
autoridades mais altas como um Rei, um Presidente, um Governo, a
Assembleia da República ou Organismos locais por ocasião de
comemorações ou acontecimentos nacionais ou locais.
• Actos de Carácter Especial – são organizados por determinadas
Instituições, Organismos ou Autoridades para comemoração de
acontecimentos próprios do âmbito específico das suas respectivas
actividades.
Curso de Protocolo e Cerimónia
© Compenditur – Depº. Recursos Didácticos25
Tanto os actos de carácter geral como os de carácter especial podem
ser, segundo o seu âmbito, nacionais, regionais ou locais.
O mais usual é o acto de âmbito local, em função da autoridade que o
organiza e das características tradicionais inerentes ao acto.
Este pode ainda tornar-se um acto extraordinário se ao mesmo
comparecerem, especialmente convidadas, autoridades nacionais, regionais ou
locais.
Tanto a autoridade que organiza o acto como as que se deslocam ao
mesmo, são as que definitivamente marcam o acto segundo a sua hierarquia,
competência e jurisdição no âmbito territorial, que como já indicamos atrás
pode ser nacional, regional ou local.
Existem também os Actos de Carácter Privado que são organizados
por entidades privadas sem qualquer tipo de ligação politica, que adoptam uma
certa ordem protocolar para o melhor decurso do acto, e aos quais assistem
tanto autoridades civis como militares entre destacadas personalidades das
artes, das ciências, da economia ou da cultura.
3.6. Normas de Carácter Geral
Mediante o variadíssimo leque de opções em termos de cerimónias
públicas, existem algumas normas, que por cortesia à categoria, regem as
precedências de autoridades e altas personalidades em actos oficiais.
• Quando duas autoridades assistem ao mesmo acto, a de hierarquia mais
elevada fica à direita
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Curso de Protocolo e Cerimónia
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• Se forem três autoridades, a de maior hierarquia ocupará a posição central, à
qual se seguira a da direita e a terceira à esquerda
• Quando são quatro, a autoridade de maior hierarquia ocupará, das duas
posições centrais a posição da direita, colocando-se a quarta à esquerda da
terceira
3.7. Formação de uma Corporação em Cortejo ou Procissão
Em muitas cidades o método adoptado, passa por colocar na frente do
cortejo as bandeiras em mãos de personalidades locais, e o brasão ou símbolo
da cidade é transportado por uma autoridade, também ela local. À esquerda
desta vai o Vice-Presidente da Câmara, ou em caso deste não existir, será o
vereador principal.
Os restantes vereadores formam duas filas paralelas que circundam o
Presidente da Câmara, e atrás destes vão três ou quatro membros
pertencentes ao pessoal camarário, seguidos de uma escolta de polícias
municipais com traje de gala.
Normalmente, o brasão ou símbolo da cidade, segundo os costumes, é
transportado pelo membro mais novo das autoridades locais, ainda que em
muitas situações este é escolhido entre as próprias autoridades locais ou entre
os distintos grupos políticos que integram a localidade.
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2134
Curso de Protocolo e Cerimónia
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Módulo 4
4.1. Formas de Tratamento e Endereçamento
Em toda a pratica protocolar é necessário conhecer o tratamento que
corresponde a cada autoridade por cargo ou categoria, seja esta uma
personalidade do Governo, de Corpos Consultivos ou de Personalidades em
possessão de altas condecorações ou honras.
Este tratamento é título de cortesia e respeito para com a pessoa a
quem nos dirigimos, pelo cargo ou condecoração que possui. Seria uma
incorrecção grave não usar o tratamento que lhes corresponde.
A Polidez é entendida como o ajustamento da expressão às normas de
educação e cortesia, e manifesta-se no emprego de fórmulas de cortesia, como
por exemplo:
“Tenho a honra de encaminhar…” e não simplesmente, “Encaminho”
“Tomo a liberdade de sugerir…” em vez de simplesmente, “Sugiro”
A Polidez é também utilizada com o cuidado de evitar frases
agressivas ou ásperas (até uma carta de cobrança pode ter um tom
amenizado, fazendo menção a um esquecimento por parte do cliente).
No que diz respeito às formas de tratamento e endereçamento, há que
ter em atenção dois aspectos importantes: a área de actuação da autoridade e
a posição hierárquica do cargo que ocupa.

4.2. Diplomacia – Regras de Tratamento


Não se podem esquecer as formas especiais de tratamento, até porque
algumas são previstas pela lei e outras assentam no meio social, e o seu
esquecimento demonstra ignorância e educação deficiente.
Nos quadros seguintes apresentamos os cargos e respectivas fórmulas
de tratamento.
4.2.1. Autoridades Militares
Cargo ou Função P/Extenso Abrev.
Sing.
Abrev.
Plu. Vocativo Endereçamento
Oficiais Generais
(até Coronéis)
Vossa
Excelência
V. Ex.ª
ou
V. Exa.
V. Ex.ªs
ou
V. Exas. Excelentíssimo
Senhor
Ao Excelentíssimo
Senhor
Nome
Cargo
Endereço
Outras Patentes Vossa Senhoria
V. S.ª
Ou
V. Sa.
V. S.ªs
Ou
V. Sas.
Senhor +
Patente
Ao Senhor
Nome
Cargo
Endereço
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4.2.2. Autoridades Monárquicas
Cargo ou Função P/Extenso Abrev. Sing. Abrev. Plu. Vocativo Endereçamento
Arquiduques Vossa Alteza V. A. VV. AA.
Sereníssimo
+
Titulo
A Sua Alteza Real
Nome
Cargo
Endereço
Duques Vossa Alteza V. A. VV. AA.
Sereníssimo
+
Titulo
A Sua Alteza Real
Nome
Cargo
Endereço
Imperadores Vossa Majestade V. M. VV. MM. Majestade
A Sua Majestade
Nome
Cargo
Endereço
Príncipes Vossa Alteza V. A. VV. AA.
Sereníssimo
+
Titulo
A Sua Alteza Real
Nome
Cargo
Endereço
Reis Vossa Majestade V. M. VV. MM. Majestade
A sua Majestade
Nome
Cargo
Endereço
4.2.3. Autoridades Civis
Cargo ou Função P/Extenso Abrev.
Sing.
Abrev.
Plu. Vocativo Endereçamento
Chefe da Casa Civil e da
Casa Militar
Cônsules
Deputados
Embaixadores
Governadores
Ministros de Estado
Prefeitos
Presidentes da Republica
Secretario de Estado
Senadores
Vices-Presidentes da
Republica
Vossa
Excelência
V. Ex.ª
ou
V. Exa.
V. Ex.ª
ou
V. Exa.
Excelentíssimo
Senhor
+
Cargo
Ao Excelentíssimo
Senhor
Nome
Cargo
Endereço
Demais autoridades não
contempladas com
tratamento especifico
Vossa Senhoria
V. S.ª
ou
V. Sa.
V. S.ªs
Ou
V. Sas.
Senhor
+
Cargo
Ao Senhor
Nome
Cargo
Endereço
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4.2.4. Autoridades Universitárias
Cargo ou Função P/Extenso Abrev.
Sing.
Abrev.
Plu. Vocativo Endereçamento
Reitores
Vossa
Magnificência
Vossa
Excelência
V. Mag.ª,
V. Maga.
ou
V. Exa.,
V. Ex.ª
V.
Mag.ªs,
V.
Magas.
ou
V. Ex.ªs,
V. Exas.
Magnifico Reitor
ou
Excelentíssimo
Senhor Reitor
Ao Magnifico Reitor
ou
Ao Excelentíssimo
Senhor Reitor
Nome
Cargo
Endereço
Vice-Reitores
Meritíssimo Juiz
ou
Vossa
Excelência
M. Juiz
ou
V. Ex.ª,
V. Exas.
V. Ex.ªs
Meritíssimo
Senhor Juiz ou
Excelentíssimo
Senhor Juiz
Ao Excelentíssimo
Senhor Vice-Reitor
Nome
Cargo
Endereço
Assessores
Pró-Reitores
Directores
Coordenadores de
Departamento
Vossa Senhoria
V. S.ª
Ou
V. Sa.
V. S.ªs
Ou
V. Sas.
Senhor + Cargo
Ao Senhor
Nome
Cargo
Endereço
4.2.5. Autoridades Judiciarias
Cargo ou Função P/Extenso Abrev.
Sing.
Abrev.
Plu. Vocativo Endereçamento
Auditores
Curadores
Defensores Públicos
Desembargadores
Membros de Tribunais
Presidentes de Tribunais
Procuradores
Promotores
Vossa
Excelência
V. Ex.ª
ou
V. Exa.
V. Ex.ªs
ou
V. Exas.
Excelentíssimo
Senhor + Cargo
Ao Excelentíssimo
Senhor
Nome
Cargo
Endereço
Juízes de Direito
Meritíssimo Juiz
ou
Vossa
Excelência
M. Juiz
ou
V. Ex.ª,
V. Exas.
V. Ex.ªs
Meritíssimo
Senhor Juiz ou
Excelentíssimo
Senhor Juiz
Ao Meritíssimo
Senhor
Juiz
Ao Excelentíssimo
Senhor Juiz
Nome
Cargo
Endereço
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4.2.6. Autoridades Eclesiásticas
Cargo ou
Função P/Extenso Abrev. Sing. Abrev. Plu. Vocativo Endereçamento
Papa Vossa
Santidade V. S. ________ Santíssimo
Padre
A Sua Santidade
O Papa
Cardeais
Vossa
Eminência
Ou
Vossa
Eminência
Reverendíssima
V. Em.ª, V.
Ema.
ou
V. Emª. Rev.mª
V. Em.ªs, V.Emas
ou
V. Emªs. Rev.
mªs. V. Emas.
Revmas.
Eminentíssimo
Reverendíssimo
ou
Eminentíssimo
Senhor Cardeal
A Sua Eminência
Reverendíssima
Nome
Cargo
Endereço
Arcebispos
Vossa
Excelência
Reverendíssima
V. Ex.ª Rev.mª
ou
V. Exa. Revma.
V. Ex.ªs
Rev.mªs
ou
V. Exas.
Revmas.
Excelentíssimo
Reverendíssimo
A Sua Excelência
Reverendíssima
Nome
Cargo
Endereço
Bispos
Vossa
Excelência
Reverendíssima
V. Rev.mª
ou
V. Revma.
V. Rev.mªs
ou
V. Revmas.
Excelentíssimo
Reverendíssimo
A Sua Excelência
Reverendíssima
Nome
Cargo
Endereço
Monsenhores Vossa
Reverendíssima
V. Rev.mª
ou
V. Revma.
V. Rev.mªs
ou
V. Revmas.
Reverendíssimo
Monsenhor
Ao Reverendíssimo
Monsenhor
Nome
Cargo
Endereço
Cónegos Vossa
Reverendíssima
V. Rev.mª
ou
V. Revma.
V. Rev.mªs
ou
V. Revmas.
Reverendíssimo
Cónego
Ao Reverendíssimo
Cónego
Nome
Cargo
Endereço
Frades Vossa
Reverendíssima
V. Rev.mª
ou
V. Revma.
V. Rev.mªs
ou
V. Revmas.
Reverendíssimo
Frade
Ao Reverendíssimo
Frade
Nome
Cargo
Endereço
Freiras Vossa
Reverendíssima
V. Rev.mª
ou
V. Revma.
V. Rev.mªs
ou
V. Revmas.
Reverendíssima
Irmã
A Reverendíssima
Irmã
Nome
Cargo
Endereço
Sacerdote em
Geral
Vossa
Reverendíssima
V. Rev.mª
ou
V. Revma.
V. Rev.mªs
ou
V. Revmas.
Reverendo
Padre
Ao Reverendíssimo
Padre
ou
Ao Reverendo
Padre
Nome
Cargo
Endereço
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4.3. Emprego de Vossa (Excelência, Senhoria, etc.)
Sua (Excelência, Senhoria, etc.)
Vossa (Excelência, Senhoria, etc.), é um tratamento directo. Usa-se quando
nos dirigimos à pessoa com quem estamos a falar, ou a quem dirigimos a
correspondência, (equivale a você).
Exemplo: “Na expectativa do pronto atendimento que acaba de ser solicitado,
apresento a Vossa Senhoria as nossas sinceras saudações.”
Sua (Excelência, Senhoria, etc.), usa-se em relação à pessoa de quem se está
a falar, (equivale a ele).
Exemplo: “Na abertura do seminário, Sua Excelência o Senhor Reitor da
PUCRS falou sobre o Plano Estratégico.”
4.4. Linguística das Formas de Tratamento
4.4.1. A Abreviatura
A forma por extenso demonstra maior respeito, maior deferência, sendo
um rigor obrigatório em correspondência ao Presidente da República. No
entanto, qualquer forma de tratamento pode ser abreviada independentemente
do cargo ocupado pelo destinatário.
Vossa Magnificência. É desta forma cerimoniosa, empolada, difícil de
escrever e pronunciar e em desuso que os manuais de redacção mais antigos
ensinam a tratar os reitores de universidades.
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Hoje em dia já não existe uma distância tão grande entre a pessoa do
reitor e o corpo docente e discente. A fórmula Vossa Excelência (V. Exa.) é
perfeitamente aceite, bem como a invocação pode ser simplesmente “Senhor
Reitor, Excelentíssimo Senhor Reitor”.
4.5. Concordância de Género
Nas formas de tratamento faz-se a concordância com o sexo das pessoas a
quem nos referimos:
Exemplo: Vossa Senhoria está a ser convidado (cavalheiro) a assistir ao III
Seminário da FALE.
Vossa Excelência será informada (senhora) a respeito das
conclusões do III Seminário da FALE.
4.6. Concordância de Pessoa
Embora tenham “Vossa” na expressão, as formas de tratamento exigem verbos
e pronomes referentes a elas na terceira pessoa:
Exemplo: Vossa Excelência solicitou…
Vossa Senhoria informou…
Temos a satisfação de convidar Vossa Senhoria e a sua equipa
para... Na oportunidade, teremos a honra de ouvi-los…
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4.7. A Pessoa do Emissor
O emissor da mensagem quando se referir a si mesmo, pode utilizar a primeira
pessoa do singular ou do plural (singular ou plural de modéstia). Não pode no
entanto, utilizar ambas as expressões durante o texto.
Exemplo: Tenho a honra de comunicar a Vossa Excelência... ou
Temos a honra de comunicar a Vossa Excelência…
Cabe-me ainda esclarecer a Vossa Excelência… ou
Cabe-nos ainda esclarecer a Vossa Excelência

7.9. O Menu de Vinhos e Licores


A combinação de menus, vinhos e licores são elementos
importantíssimos para o êxito de qualquer jantar.
Os anfitriões devem dispensar a máxima atenção à organização dos menus.
Sobre o aspecto dos menus torna-se muito difícil fazer recomendações,
uma vez que os alimentos e pratos diferem de país para país. O mesmo
acontece com os vinhos e licores.
O que se recomenda ter em conta são os costumes e gostos alimentares
dos convidados e escolher alimentos frescos e de boa qualidade,
supervisionando sempre a sua preparação e confecção.
Quando se compram os vinhos deve-se ter especial atenção à sua
qualidade, e ao servi-los recordar que cada variedade acompanha determinado
prato e deve estar à temperatura recomendada, no copo recomendado.
Vinhos Brancos
• Servem-se frios (não mais do que 24horas no frigorífico). Acompanham peixes,
crustáceos, ostras, etc. Os espumantes podem acompanhar as sobremesas.
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Vinhos Tintos
• Servem-se à temperatura ambiente. Acompanham assados, certas aves, caça,
queijos, etc.
Vinhos Rosé
• Servem-se frescos, mas não tão frios como os brancos. Acompanham certos
tipos de mariscos, aperitivos e alguns queijos. Pode ser servido como vinho
principal em jantares informais.
Champanhe
• Existem variadíssimos tipos e é a bebida ideal para um brinde. Podem servir-se
bem frios, como bebida principal em jantares de gala.
Licores
• São servidos após o jantar como digestivos e da sua enorme variedade,
sugerimos alguns dos mais conhecidos: cognac, Marie Brizard, anis, cointreau,
triple Sec, os cremes cubanos de várias frutas, cacau, café, etc.
7.9.1. Como servi-los
Vinho Branco copo que estreita ligeiramente para cima. É mais pequeno do que o
copo de vinho tinto e normalmente o pé é mais alto.
Vinho Tinto este copo é alto e estreita ligeiramente para cima. Tem maior capacidade
do que o copo de vinho branco e menor do que o copo da água.
Vinho do Porto ou Moscatel trata-se de um copo pequeno de pé alto. Também pode
ser usado em vinhos similares.
Cerveja é o clássico copo alto de vidro, copos largos de vidro ou cerâmica e canecas
rústicas.
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Bebidas Alcoólicas são servidas com água num copo alto.
Cocktails o tipo de copo difere consoante a quantidade a servir. Para cocktails antes
da refeição podem usar-se o copo de xerez ou champanhe. Recomenda-se o uso de
palhinhas.
Licores Doces copo de pé elegante e airoso. Servem-se com gelo e também podem
ser servidas em copos de xerez.
Aguardente ou outra bebida forte copo muito pequeno (Shot).
Champanhe copo alto e estreito, tipo flauta ou aberto, quase plano.
Rum, Whisky e outras bebidas do género servem-se com gelo em copo médio e
bastante largo.
7.9.2. Abertura de uma Garrafa de Vinho
Trata-se de um processo delicado que é realizado em frente ao cliente.
Existem várias formas de abrir uma garrafa de vinho e cada uma obedece às
características do vinho que vai ser servido. É importante lembrar que a
escolha do método adequado e a forma correcta de abertura vão potenciar o
sabor, o cheiro, a textura e qualidade do vinho.
O vinho não deve receber movimentos bruscos, correndo o risco de ficar
turvo ou espumar em demasia.
A garrafa deve estar assente numa mesa auxiliar (nos restaurantes de
luxo existe o “Gueridom”, que é um carro com rodas).
Antes de abrir a garrafa deve ser mostrada ao cliente para que este
comprove que se trata do vinho eleito, denominação, ano, marca, etc.
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Passos:
• Coloca-se a garrafa sobre o gueridom ou mesa de apoio em posição
vertical.
• Corta-se a cápsula por baixo da protuberância do gargalo, movendo o
saca-rolhas ou navalha e não a garrafa.
• Introduz-se o saca-rolhas, segundo o mesmo princípio.
• Retira-se a rolha trabalhando com uma só mão, enquanto que a outra
segura a garrafa, que fica colocada entre o gargalo e o corpo da garrafa.
• O escanção deve cheirar o vinho para comprovar que o vinho esta em
boas condições. A função da rolha é isolar o vinho do ar exterior, se isto
não acontecer o vinho estraga-se.
• Para finalizar, limpa-se o gargalo da garrafa de possíveis resíduos com
um pano branco. A rolha deve ser conservada num pequeno prato, junto
ao resto dos utensílios.
Quando o vinho já está servido no copo, com um movimento cuidadoso,
eleva-se a garrafa, fazendo-a girar sobre si mesma. Com um pano que se leva
na mão esquerda, limpa-se o gargalo para que não suje a toalha.
Uma vez servidos todos os comensais, deposita-se a garrafa no
gueridom ou mesa auxiliar. Os brancos, rosados ou espumosos depositam-se
no balde de gelo.
Deve-se ter atenção que vinhos de garrafas diferentes não devem ser
servidos no mesmo copo. Cada garrafa precisa de um novo copo.
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Para retirar da mesa uma garrafa vazia deve obter-se o consentimento a
pessoa que fez a degustação.
A mão esquerda permanece oculta atrás das costas, segurando um pano
branco ou guardanapo.

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