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Ciências 9º ano atividade da semana (14 a 20 de junho) Professor: Mário/ Odilene

Nome: nº: Série: (colar essa folha no caderno de ciências)

O câncer no Brasil: passado e presente


A Medicina e os tumores malignos no século 19

Durante o século 19, o saber médico sobre o câncer passou por muitas modificações. [...] Em um período marcado pelo
grande desenvolvimento da cirurgia, a partir da descoberta dos anestésicos em meados do século, do desenvolvimento das
técnicas de assepsia, a partir de 1860, e de novas técnicas mais invasivas para retirada de tumores, a cirurgia passou a ser a
especialidade médica mais próxima do câncer. No final do século 19, a extirpação
radical de tumores tornou-se a principal ação da medicina frente à doença. No entanto, apesar dos avanços, a eficácia
dos tratamentos médicos do câncer continuava quase nula. Grande parte das cirurgias não tinha êxito, ou no máximo
proporcionava uma curta sobrevida ao doente. No campo dos tratamentos medicamentosos, a situação era
a mesma: as diferentes formas preconizadas para a regressão dos tumores não tinham nenhuma eficácia e, muitas vezes, ainda
pioravam o estado geral do doente.
No Brasil do século 19, o problema do câncer também estava longe do monopólio do saber e da prática médica. Na maioria
dos casos, os atingidos pela doença passavam ao largo dos poucos serviços médicos existentes, colocando sua sorte nas mãos
dos mais variados agentes da medicina popular, à época, responsável por grande parte das tentativas de cura.
Os moribundos sem recursos, cancerosos ou atingidos por outros males, eram quase sempre abrigados em enfermarias a eles
dedicadas nos diversos hospitais da Santa Casa da Misericórdia que, desde o século 16, começaram a surgir no país. Os mais
abastados eram tratados em suas residências, recebendo conforto médico e religioso como cuidados paliativos. Grande parte
dos doentes, descrentes das possibilidades da medicina, entregava sua sorte a curandeiros e outros agentes que julgava possuir
poderes mágicos de cura.
Câncer e Medicina no início do século 20

Na virada do século 19 para o século 20, ocorre uma transformação em relação à percepção social do câncer na Europa e nos
Estados Unidos. Em um contexto de envelhecimento da população, diminuição paulatina da mortalidade por doenças
infecciosas, recuo das epidemias e diminuição da fecundidade, o câncer passou a se mostrar mais presente, sendo o aumento da
mortalidade a ele atribuída facilmente observado nos inquéritos epidemiológicos. De doença rara e excepcional, passou a ser
visto como um problema de grande monta para a medicina europeia e estadunidense, uma ameaça cada vez mais temida e
presente.
No campo dos conhecimentos e práticas médicas também ocorriam mudanças. No final do século 19, os avanços da cirurgia
possibilitaram os primeiros sucessos em remoções radicais de tumores, como as histerectomias e mastectomias totais, que
passaram a ser procedimentos padrões em casos de câncer de colo do útero e de mama. Nesse mesmo período, a aproximação
da Química e da Física à Medicina possibilitou o surgimento de novas tecnologias de tratamento do câncer. Em 1895, o físico
alemão Wilhelm Conrad Roentgen desenvolveu o primeiro instrumento capaz de criar imagens do interior do organismo a partir
de raios X.
A nova tecnologia logo passou a ser utilizada para diagnostico de lesões internas. Pouco depois, em 1891, o casal
franco-polonês Pierre e Marie Curie, pesquisando a radioatividade do urânio, verificou a existência de um novo elemento
químico, o rádio. Em pouco tempo, os raios X e o rádio passaram a ser utilizados pelos médicos no tratamento de tumores, visto
a menor resistência das células cancerosas à radiação. Apesar de essas descobertas datarem do final do século 19, somente a
partir da segunda década do século 20 passaram a ser utilizadas em um maior número de casos. Até então, sua utilização esteve
restrita a alguns tipos de câncer de pele, mais sensíveis a esse tipo de tratamento.
Cenas da medicina popular no Rio de Janeiro do século XIX. Jean-Baptiste Debret. Loja de barbeiro, (1821). Aquarela sobre
papel,
18 cm 3 24,5 cm. Museus Castro Maya, Rio de Janeiro (RJ).
Ciências 9º ano atividade da semana (14 a 20 de junho) Professor: Mário
Nome: nº: Série:

1. Como era o tratamento do câncer no Brasil do século XIX?

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2. Quais fatos ocorridos na área científica contribuíram para um grande avanço no tratamento de diversos tipos de
câncer?
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3. Qual característica podemos observar, no século XIX, sobre o tratamento do câncer?

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4. Por que durante boa parte do século XIX a Medicina não se aprofundou na busca de um tratamento eficaz de câncer,
entregando, muitas vezes, a busca da cura para entidades religiosas?
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Folha de resposta (devolver na escola)

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