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Autor:
André Rocha, Edimar Natali
Monteiro
15 de Fevereiro de 2021
SUMÁRIO
AULA 11: ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES ................................................................................ 4
1.6.1 Definição.......................................................................................................................................... 23
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2.3 Relação de atividades e operações com agentes químicos - Anexo 13 .............................................. 110
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Nessa parte da aula, abordaremos o estudo da NR 15, que trata das Atividades e Operações Insalubres. A
NR 15 é uma norma muitíssimo importante, tanto no contexto prático quanto no que concerne a preparação
para concursos públicos.
No tocante aos riscos físicos, vale destacar que a Norma reserva sua maior parte, aproximadamente 80%,
para tratá-los, por isso, inclusive, optei por dividir seu estudo em duas partes: parte I - riscos físicos e parte
II - riscos químicos e biológicos.
Destaco, ainda, que os assuntos relacionados a essa Norma estão muito desatualizados e divergem em
vários aspectos com relação ao contexto atual, principalmente em relação à Jurisprudências do Tribunal
Superior do Trabalho - TST, Portarias do Poder Executivo, e em relação à própria CLT, que inclusive,
trataremos em conjunto.
São muitos assuntos para abordar nessa aula, então, vamos em frente!
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De acordo com a literatura técnica, o limite de tolerância expressa o limiar de nocividade à saúde do
trabalhador1, ou seja, o valor hipotético acima do qual, uma vez exposto durante certo período de tempo
diário ou mensal, o trabalhador estará sujeito aos efeitos adversos provocados pelo agente ambiental, pelo
que esse será, de fato, nocivo à sua saúde.
Tomando por base esses conceitos da higiene ocupacional, o legislador ordinário, através do art. 189 da
CLT, delegou ao Poder Executivo, através do então Ministério do Trabalho, o ofício de estabelecer não só os
limites de tolerância, mas também quais são os agentes agressivos (quadro de atividades e operações
insalubres2), os meios de proteção a esses agentes e o tempo máximo de exposição a cada um deles, vejam:
CLT, Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações
insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os
limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de
exposição do empregado a esses agentes.
NR 15, 15.1.5 Entende-se por "Limite de tolerância", para os fins desta Norma, a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo
de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida
laboral.
Pessoal! Primeiramente é preciso que vocês decorem o conceito de Limite de Tolerância estabelecido
pela NR 15:
1
Acrescente-se, mais uma vez, que esse limiar não pode ser precisamente comprovado cientificamente
devido os diferentes graus de susceptibilidade que diferentes pessoas apresentam em relação a um
mesmo agente. Por exemplo, entre 100 pessoas expostas a níveis de ruído de 80 dB durante 10 anos,
95 podem não sofrer efeitos adversos, entretanto, 5 podem sofrer perda auditiva considerável
2
Em alguns casos a Norma estabelece, de fato, as atividades e operações que são insalubres
(enquadramento profissional), mas na maioria dos casos ela estabelece o agente agressivo que, uma
vez presente no ambiente laboral, pode dar origem a condição de insalubridade.
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Agora, é preciso que, de fato, vocês entendam esse conceito. Para isso, vejam
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Pessoal! Existem três formas de se proceder a avaliação da nocividade da exposição para fins de avaliação
da insalubridade: (a) avaliação quantitativa, (b) enquadramento profissional e (c) avaliação qualitativa.
Como acabamos de ver, o Art. 190 da CLT delegou ao então Ministério do Trabalho a competência para
determinar as "normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade". Para atender a esse requisito,
a NR 15 determina a adoção de uma ou outra forma de avaliação (metodologia) em função da natureza do
agente, o faz através de seu item 15.1, vejam:
Para facilitar o entendimento, elaborei um quadro com os agentes e sua forma de avaliação, ou seja, a
metodologia de avaliação que deve ser utilizada para caracterizar suas nocividades e, consequentemente, a
insalubridade.
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CF/88. Art. 7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social: (...)
A monetização do risco, como uma forma de intervenção estatal para a promoção da saúde e segurança
do trabalhador se dá por meio dos conhecidos adicionais de insalubridade e periculosidade.
CLT, Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por
sua natureza, condição ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da
intensidade do agente e do tempo de exposição a seus efeitos.
Para que vocês compreendam que as atividades ou operação somente serão consideradas insalubres em
função de sua natureza, condição ou métodos de trabalho, vamos a um...
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Casos de agentes químicos comprovadamente cancerígenos, reconhecidos pela LINACH.
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Imaginem que João trabalha em uma linha de montagem onde fica exposto a um elevado nível de ruído
contínuo oriundo das máquinas e equipamentos, 100 dB(A). Nesse caso, podemos afirmar que a natureza da
atividade expõe esse trabalhador a um agente nocivo à sua saúde, o próprio ruído (agente de natureza física).
Entretanto, não necessariamente essa atividade é insalubre. Isso ocorre porque a empresa pode prover
uma condição ou método de trabalho de modo que a exposição de João ao agente fique abaixo dos limites
de tolerância fixado em razão da natureza, da intensidade e do tempo de exposição. Isso pode ser alcançado
com a utilização obrigatória de EPIs adequados (abafadores), por exemplo.
Suponham que João labora 8 horas diárias utilizando um abafador com capacidade de atenuação de 25
dB, ainda que o ambiente seja nocivo a sua saúde, o "método de trabalho" adotado pela empresa
proporcionou ao trabalhador uma "condição" segura, de modo que sua exposição ao agente ruído (natureza)
está abaixo da intensidade4 - limite de tolerância de 85 dB(A) - para o tempo de exposição (8 horas).
Isso descaracteriza a nocividade da exposição. Dessa forma, apesar de a natureza do trabalho ser
insalubre, a condição de exposição não é, pelo que a insalubridade resta descaracterizada.
Vejam que, nesse caso, como a avaliação do agente é quantitativa, foi possível atuar na "condição" de
trabalho para descaracterizar a condição de insalubridade, ainda que a natureza do trabalho exponha João
a um agente de risco.
Entretanto, isso nem sempre é possível. Isso ocorre porque no caso de caracterização por enquadramento
profissional não existe possibilidade de controlar a condição de trabalho, de modo que o simples fato de sua
natureza expor o trabalhador ao risco já é suficiente para tornar a atividade ou operação insalubre.
É o caso, por exemplo, de um gari que trabalha com "coleta de lixo urbano". A própria natureza já
enquadra a atividade como insalubre devido à exposição a riscos biológicos. Ainda que todos as formas de
controle sejam adotadas não há como estabelecer uma condição segura capaz de descaracterizar a
nocividade da exposição, pelo que a insalubridade nesses casos sempre será devida.
Pessoal! Essa é a forma de caracterizar a insalubridade tal como define a CLT, mas, e na NR 15, como
ocorre essa caracterização?
Notem que, pela NR 15, a condição de insalubridade restará caracterizada pela avaliação da nocividade
da exposição a um dado agente, adotando-se as metodologias de avaliação por ela estabelecida
(quantitativa, qualitativa ou por enquadramento profissional) e observando-se os limites de tolerância por
ela estabelecidos, definidos em função da natureza, da concentração ou intensidade máxima ou mínima e
do tempo de exposição.
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Nesse caso, João está exposto a um ruído efetivo de 100 – 25 = 75 dB.
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Agora, observem esse comparativo entre as formas de caracterização da insalubridade, tal como
estabelecido pela CLT e pela NR 15. Como não poderia deixar de ser, a NR 15 é mais objetiva (detalhada),
afinal, esse é o papel de uma Portaria Ministerial, regulamentar a Lei!
da natureza do agente
CLT
em função: das condições ou métodos de
trabalho
Caracterização da quantitativa
insalubridade das metodologias de
qualitativa
avaliação
por enquadramento profissional
NR 15
em função: da natureza do agente
do tempo de exposição
(AOCP /UNIR / 2015) O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os itens da
NR-15, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região,
equivalente a 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo, 20% (vinte por cento), para
insalubridade de grau médio, e 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo. Sobre a NR-
15, julgue o item a seguir.
Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins da NR-15, a concentração ou intensidade máxima ou
mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que causará dano à saúde do
trabalhador, durante a sua vida laboral.
Comentários: a proposição está ERRADA. Essa é daquelas questões que serve para alertá-los sobre a
necessidade de ler as proposições até o final! Vejam que a banca omite o termo, não: que NÃO causará dano
à saúde do trabalhador, se liga!
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Caros colegas estrategistas! Uma vez caracterizada a condição insalubre, será assegurado ao trabalhador
o direito a percepção do adicional de insalubridade, incidente sobre o salário mínimo da região5, equivalente
a um percentual correspondente ao grau de insalubridade: mínimo, médio ou máximo.
NR 15, 15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
NR 15, 15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
NR 15, 15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
Esses percentuais são os mesmos, e não poderiam ser diferentes, do Art. 192 da CLT, vejam:
CLT, Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional
respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento)
do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
10%
grau mínimo
20%
Adicionais de insalubridade Incidem sobre o salário
grau médio mínimo da região
40%
grau máximo
PEGADINHA! As bancas costumam afirmar que o adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo
da categoria profissional, do salário base do empregado, entre outros. Cuidado com isso, é sobre o salário
5
O termo “salário mínimo da região” se deve ao fato de que há época de edição da Portaria (1974) não
existia o salário mínimo nacional como existe atualmente, era estabelecido por região. Isso não se aplica
mais atualmente, mas as provas costumam explorar a letra da Norma.
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Tratam do grau de insalubridade e definem “Limite de Tolerância”.
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mínimo regional. Entretanto, se a banca utilizar o termo "salário mínimo nacional" também não está errado,
pois, de fato, é o que ocorre hoje.
Imaginem que Pedro trabalhe em uma montadora de veículos cujo salário mínimo pago a essa categoria
profissional, no ano de 2020, seja de R$ 2.100,00. Pedro está exposto condições de insalubridade em grau
médio. Pergunta-se, qual o valor do adicional de insalubridade de Pedro?
Vejam! Como o salário mínimo nacional no ano de 2020 é de R$ 1.045,00, o adicional de insalubridade
será de R$ = 1.045,00 x 0,2 = 209,00. Logo, Pedro receberá mensalmente uma importância de R$ 2.309,00.
Vejam que, o salário base da categoria profissional de Pedro não entra no cálculo do adicional de
insalubridade, mas somente de sua remuneração final.
Apesar de esses adicionais serem expressamente previstos tanto na CLT quanto na NR 15, a reforma
trabalhista de 2017, através da Lei n.º 13.467, incluiu na CLT a possibilidade de esses percentuais serem
alterados por meio de negociação ou acordo coletivo de trabalho.
CLT, Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência
sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre: (...)
Vejam que ao dispor sobre o "enquadramento do grau de insalubridade" (em mínimo, médio ou máximo)
as negociações coletivas (acordos e/ou convenções) têm prevalência sobre o enquadramento previsto pela
NR 15.
Por exemplo, o grau de insalubridade estabelecido pela NR 15 para exposição a ruído contínuo ou
intermitente é médio, ou seja, o empregado terá direito a um acréscimo de 20%, calculado sobre o salário
mínimo, à sua remuneração. Entretanto, caso seja firmado acordo ou convenção coletiva estabelecendo um
reenquadramento desse grau para mínimo, por exemplo, permanecerá esse último, pois, nesse caso,
prevalece o negociado sobre o legislado. Guardem isso!
Negociações coletivas (acordos e/ou convenções) têm prevalência sobre a lei quando dispuserem
sobre o enquadramento do grau de insalubridade
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Mas, como vou saber o grau de insalubridade de cada agente ou atividade? Pessoal, em grande parte,
essa classificação é estabelecida por um quadro constante do Anexo n.º 14 da NR 15. Como ele está um
pouco desatualizado, vou efetuar algumas observações.
GRAUS DE INSALUBRIDADE
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador a Percentual
Níveis de ruído contínuo ou intermitentes superiores aos limites de
1 tolerância fixados no Quadro constante do Anexo 1 e no item 6 do mesmo 20%
Anexo
Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos
2 20%
itens 2 e 3 do Anexo 2.
Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites de tolerância
3 20%
fixados no Quadros 1 e 2.
4 Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990.
Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de
5* 40%
tolerância fixados neste Anexo.
6 Ar comprimido (condições hiperbáricas) 40%
Radiações não-ionizantes, consideradas insalubres em decorrência de
7 20%
inspeção realizada no local de trabalho.
Vibrações, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no
8** 20%
local de trabalho (atualmente a avaliação passou a ser quantitativa)
Frio, considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de
9 20%
trabalho
Umidade, considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no
10 20%
local de trabalho
Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores aos limites de
11 10%, 20% e 40%
tolerância fixados no Quadro 1
Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores aos limites de
12 40%
tolerância fixados neste Anexo.
Atividade ou operações, envolvendo agentes químicos, consideradas
13 10%, 20% e 40%
insalubres em decorrência de inspeção realizada no local de trabalho
14 Agentes biológicos 20% e 40%
* Com a alteração dada pela Portaria GM n.º 518/2003 o agente nocivo radiação ionizante passou a ser
classificado como ensejador de periculosidade, e não mais de insalubridade (trataremos disso em detalhes
no estudo do Anexo n.º 5 da NR 15, por enquanto, sugiro que guardem o que está no quadro).
** Alteração dada pela Portaria MTE n.º 1.297/2014 que estabeleceu limites de tolerância para exposição
a vibração, pois, até então a avaliação era qualitativa.
Pessoal! Notem que no caso dos agentes químicos, tanto no caso daqueles que necessitam de avaliação
quantitativa (Anexo 11), quanto aqueles cuja avaliação deve ser qualitativa - em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho (Anexo 13), o grau de insalubridade pode ser mínimo (10%), médio (20%) ou
máximo (40%). As definições precisas sobre cada substância química ou atividade estão nos próprios Anexos
e vamos abordá-las durante seus estudos (próxima aula).
No caso dos agentes biológicos, o grau é médio ou máximo, como veremos na próxima aula. Mas já vou
adiantando uma PEGADINHA aqui: Não existe grau de insalubridade mínimo (10%) para exposição a agentes
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biológicos como as bancas costumam afirmar. Agora, para que vocês não precisem gravar todo o quadro,
quero que ao menos DECOREM isso:
radiações ionizantes
máximo
ar comprimido
(40%)
Poeiras minerais
médio ou máximo
agentes biológicos
(20% ou 40%)
mínimo, médio ou
agentes químicos (de avalação quantitativa ou
máximo
qualitativa)
(10%, 20% ou 40%)
Analisando esse mapa mental, quero que percebam a existência de uma EXCEÇÃO importante, e, se é
exceção meus caros estrategistas, as bancas adoram! Vejam:
As únicas atividades ou operações que podem ser caracterizadas como insalubres em grau mínimo,
com adicional de 10%, são aquelas que envolvem agentes químicos!!!
Vejam que são muitas as regras tanto para a caracterização quanto para a classificação dos graus de
insalubridade, pelo que essas tarefas devem ser realizadas por profissionais competentes. Nesse contexto, a
CLT, através de seu Art. 195, delega aos Médicos do Trabalho e aos Engenheiros(as) de segurança do Trabalho
essas funções, através de realização de perícia, vejam:
Durante a realização das perícias para caracterização (fixar se existe ou não a condição insalubre) e
classificação da insalubridade (definir o grau) e/ou periculosidade o perito (Médico ou Eng. do Trabalho)
deverá descrever no laudo técnico, entre outras coisas, a aparelhagem (equipamentos) utilizada na avaliação
(principalmente quando quantitativa).
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Atualmente os Médicos do Trabalho são registrados no CRM e os Eng. do Trabalho no CREA, e não mais
junto ao Ministério do Trabalho.
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Além disso, é importante frisar que, independente do agente insalubre ou da atividade a ser avaliada
durante a perícia, não há que se falar na competência de um ou outro profissional para realizá-la. Assim, por
exemplo, não há que se falar que o Médico do trabalho é o único profissional tecnicamente qualificado para
realizar perícia relacionada a agente biológicos ou que o Eng. do Trabalho é o único qualificado para avaliar
exposição ao calor.
Não há essa distinção, basta que o laudo seja elaborado por profissional devidamente qualificado. Esse é
o entendimento jurisprudencial, consubstanciado pela Orientação Jurisprudencial (OJ) n.º 165 do TST, vejam:
TST, OJ n.º 165. O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro
para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando
para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.
Ainda com relação a competência profissional para elaboração de laudos periciais de insalubridade e
periculosidade, lembro que o Técnico em Segurança do trabalho, ainda que devidamente registrado junto
ao órgão competente, não é considerado um profissional devidamente qualificado. Guardem isso!
Caros amigos do Estratégia concursos! Apesar de o Art. 195 da CLT ser claro a respeito da competência
do Médico e do Eng. do Trabalho tanto para a caracterização, quanto para a classificação da insalubridade e
da periculosidade, a NR 15 vai de encontro (em sentido contrário) ao estabelecer que a competência para
fixar o valor do adicional (classificar) é da autoridade regional competente em matéria de saúde e segurança
do trabalho, vejam:
Isso já não é aplicado há anos!!! Mas, ainda está vigente na NR 15, então é bom que tenham conhecimento
desse item. Agora, vejam a diferença:
Pessoal, apesar de atualmente isso também não ser mais aplicado, tanto a CLT quanto a NR 15 preveem
que o extinto Ministério do Trabalho (atual Ministério da Economia) através das antigas Delegacias Regionais
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do Trabalho - DRTs (atuais Superintendências Regionais do Trabalho - SRTs) também são atores competentes
para a realização dessas perícias.
Isso não se aplica mais porque, atualmente, os Auditores Fiscais do Trabalho - AFTs, antigos Agentes de
Inspeção do Trabalho, não são mais profissionais obrigatoriamente formados em Medicina ou Segurança do
Trabalho. Assim, esse órgão já não possui profissionais competentes para executar essa função.
Apesar disso, as provas de concursos, principalmente aquelas formuladas por bancas mais "desatentas"
podem cobrar esse conhecimento, já que ainda vige nos instrumentos legais, então, vejam, primeiramente,
como a CLT aborda esse tema:
15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada
a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido.
15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a realização
ex-officio da perícia, quando solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver
perito.
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Vejam que, no caso de arguição em juízo, ou seja, do requerimento na justiça, de adicional de
insalubridade ou periculosidade o juiz deverá designar um perito habilitado (Médico ou Eng. do Trabalho
cadastrado na vara ou tribunal competente) e, nas regiões onde não houver (o que é difícil nos dias de
hoje) requisitará a perícia junto órgão competente (atual Subsecretaria de Inspeção do Trabalho – SIT).
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Pessoal! Agora vou levantar mais uma questão importante: imaginem que Márcio trabalha em uma
marmoraria, na seção de corte de placas de granito. Certamente ele está exposto a pelo menos dois agentes
diferentes, poeiras minerais (poeira de sílica, no caso) e ruído contínuo ou intermitente.
Agora, admitam que Márcio trabalhe de forma tal que não utilize nenhuma proteção adequada, pelo que
está exposto a valores acima dos limites de tolerância tanto no tocante a poeiras minerais, quanto no tocante
ao ruído. A pergunta que se faz é: Márcio terá direito a 60% de adicional de insalubridade, sendo, 20%
referente ao ruído e 40% às poeiras minerais?
Nada disso! Apesar de Márcio ter direito a 40% de adicional em relação às poeiras minerais e 20% em
relação ao ruído, prevalece apenas o de grau mais elevado para fins de acréscimo salarial, uma vez que a NR
15 veda a percepção cumulativa desses acréscimos, vejam:
A resposta também é NÃO! Isso ocorre poque o Art. 193, § 2º da CLT é claro ao estabelecer que o
trabalhador que tem o direito a percepção do adicional de periculosidade poderá "optar" pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido, vejam:
CLT, Art. 193 - 193. São consideradas atividades ou operações perigosas (...).
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido; (...)
Pessoal! Como o percentual do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário base do trabalhador
(e não do salário mínimo) ele geralmente é mais vantajoso, exceto quando em trabalhador ganha salário
mínimo e tem adicional de insalubridade de 40%.
Mas o fato que importa aqui é outro: o trabalhador tem que "escolher" entre o adicional de periculosidade
e o de insalubridade, sendo vedada a percepção cumulativa.
Vedada a acumulação
2 ou mais de
insalubridade
deverá ser considerado apenas o de grau mais elevado
Acumulação de
adicionais
vedada a acumulação
periculosidade +
insalubridade
o trabalhador escolhe o mais vantajoso
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(IADES / SEAD-PA / 2019) De acordo com a Norma Regulamentadora no 15 (NR 15), é prevista a percepção
de adicional, incidente sobre o salário mínimo, nos casos em que o trabalhador fica exposto a condições
de insalubridade equivalente a:
(A) 35% para insalubridade de grau máximo; 30% para grau médio; e 10% para grau mínimo.
(B) 40% para insalubridade de grau máximo; 20% para grau médio; e 10% para grau mínimo.
(C) 40% para insalubridade de grau máximo; 30% para grau médio; e 10% para grau mínimo.
(D) 35% para insalubridade de grau máximo; 30% para grau médio; e 15% para grau mínimo.
(E) 30% para insalubridade de grau máximo; 20% para grau médio; e 10% para grau mínimo.
Comentários: Como vimos, os graus de insalubridade são mínimo, médio e máximo, que correspondem,
respectivamente, a adicionais de 10%, 20% e 40%. Portanto, a alternativa B está correta e é o gabarito da
questão.
(UFPR / UFPR / 2018) O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a
1
percepção de adicional equivalente a 40% para insalubridade de grau máximo, 20% para insalubridade de
grau médio e 10% para insalubridade de grau mínimo. Diante disso, com fundamento nos anexos da NR
15, assinale a alternativa que traz o agente insalubre capaz de gerar adicional de insalubridade em grau
máximo.
(A) Ruído. (B) Umidade. (C) Frio. (D) Calor. (E) Ar comprimido.
Comentários: dos agentes trazidos nas alternativas, o único classificado em grau máximo (40%) é o ar
comprimido, portanto, a alternativa E está correta e é o gabarito da questão.
Importante destacar que existe uma diferença entre a eliminação e neutralização da insalubridade. Para
que vocês possam compreendê-la, vamos a um...
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Seção XIII – DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS
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Pessoal! Apesar de, na prática, o adicional de insalubridade ser pago durante toda a vida laboral do
empregado, devido ao fato de que muitas vezes é mais barato para o empregador pagar o adicional a
implementar as medidas de controle, ele foi, ao menos, "pensado" pelo legislador como uma situação
transitória, ou seja, deveria ser pago somente durante o tempo necessário a implementação dessas medidas.
Prova disso é o disposto no Art. 191, parágrafo único da CLT, vejam:
CLT, Art. 191, parágrafo único - Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, comprovada
a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua eliminação ou
neutralização, na forma deste artigo.
Essa é outra parte "morta" da Lei, não ocorre na prática! Essa notificação não existe mais, é a empresa
que deve, por conta própria, identificar a condição insalubre e eliminar essa condição o mais rápido possível
para poder cessar o pagamento do adicional. Mas, para fins de prova é bom que vocês conheçam esse
dispositivo.
Agora, vou trazer mais "letra morta" existente na, muito desatualizada, NR 15. Na prática, para que se
caracterize a eliminação ou neutralização da insalubridade de modo que a empresa possa cessar o
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pagamento do respectivo adicional, ela contrata10 os profissionais qualificados para elaborar um laudo
técnico para essa comprovação.
Novamente, apesar de isso não ser mais aplicável, é bom que vocês conheçam tudo o que ainda vige na
NR 15.
Vimos, no "esclarecendo" anterior, três exemplos práticos de como a insalubridade pode ser eliminada
ou neutralizada. Entretanto, tanto a CLT, em seu Art.
7 191, quando a NR 15, em seu item 15.4.1 estabelecem
as formas de eliminação ou neutralização da insalubridade.
Apesar de constar da CLT e da NR 15, existia uma dúvida sobre a eficácia da utilização do EPI como medida
para neutralização da insalubridade. Hoje esse entendimento está pacificado pela Súmula n.º 80 do TST,
vejam:
Entretanto, como vimos nos estudos de outras NRs, o simples fornecimento do EPI não basta! Para
comprovar sua eficácia, o empregador deve, dentre outras medidas, substituí-los imediatamente quando
danificados, treinar os trabalhadores, proceder a higienização e principalmente EXIGIR SEU USO, ou seja,
cobrar e fiscalizar o uso efetivo do EPI por parte do empregado . Esse é o entendimento do Tribunal Superior
do Trabalho - TST, consubstanciado através da Súmula n.º 289, vejam:
10
Nas empresas que possuem SESMT, os Médicos ou Engenheiros do próprio Serviço podem elaborar.
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TST, Súmula n.º 289. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador
não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que
conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso
efetivo do equipamento pelo empregado.
Para fechar o tópico, vou trazer outra questão. Imaginem que um trabalhador labore apenas uma parte
de seu dia sob condições insalubres, ou ainda, que ele labore nessas condições de forma intermitente, ou
seja, alternando entre atividades salubres e insalubres. Nesse caso, será devido a ele o adicional de
insalubridade? A resposta é SIM! Isso porque a intermitência da exposição a insalubridade, por si só, não
afasta o direito a percepção do respectivo adicional. Esse é o entendimento do TST, vejam:
(FUMARC / COPASA / 2018) De acordo com a NR- Norma Regulamentadora 15, Atividades e Operações
Insalubres, é CORRETO afirmar:
(A) A eliminação ou neutralização da insalubridade não determinará a cessação do pagamento do adicional
respectivo para o trabalhador, se o mesmo se mantiver na mesma empresa.
(B) Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima
ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde
do trabalhador, durante a sua vida laboral.
(C) No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas considerado o de grau mais
elevado, para efeito de acréscimo salarial, havendo a percepção cumulativa.
(D) O exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura adicional incidente sobre o salário
vigente do trabalhador, sendo o mesmo equivalente a: 40% (quarenta por cento) para insalubridade de grau
máximo; 20% (vinte por cento) para insalubridade de grau médio;10% (dez por cento) para insalubridade de
grau mínimo.
Comentários: A alternativa A está incorreta. Uma vez eliminada ou neutralizada a insalubridade, o
apagamento de respectivo adicional deve ser cessado, independentemente de o empregado permanecer na
empresa, ainda que na mesma função. A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Traz
perfeitamente o conceito de LT, um famigerado Ctrl+C e Ctrl+V.
A alternativa C está incorreta. A proposição ia bem, mas desandou no final, pois, como vimos, é VEDADA
a percepção cumulativa de mais de um adicional. A alternativa D está incorreta. Por um detalhe: o adicional
de insalubridade incide sobre o salário mínimo da região (ou nacional) e não sobre o "salário vigente do
trabalhador".
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Temos aqui outro tópico que ... ...por isso, MUITA ATENÇÃO!
Pessoal! Além do Anexo 1 da NR 15, vou trazer alguns conceitos da Norma de Higiene Ocupacional - NHO
n.º 01 da Fundacentro, intitulada: avaliação da exposição ocupacional ao ruído. Isso facilitará o estudo desse
Anexo e ainda nos permitirá a trabalhar os assuntos mais cobrados dessa NHO.
e
Conceitualmente, o ruído contínuo ocorre quando a variação do nível de pressão sonora atinge 3 dB
durante um período superior a 15 minutos. Já o intermitente se caracteriza quando o nível de pressão sonora
varia até 3 dB em períodos inferiores a 15 minutos e superiores a 0,2 segundo.
1.6.1 Definição
De acordo com a Norma, entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica
de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo. Vejam essa definição na
forma de um gráfico como mostrado na Figura 2.1(a).
(a) (b)
Figura 2.1 - (a) ruído de impacto e (b) ruído contínuo ou intermitente
Agora, por exclusão, a Norma determina que se entende por ruído contínuo ou intermitente, para os fins
de aplicação dos limites de tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto. Teoricamente, o gráfico desse
tipo de ruído é próximo de uma linda reta, como mostra a Figura 2.1(b), para os casos em que não há
variações significativas nos níveis de pressão sonora no ambiente em análise.
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Como vimos, o ruído é medido em escala logarítmica (de base 10), com a adoção de curvas de
compensação. Especificamente no caso do ruído ocupacional adota-se a curva de compensação "A", pois é
a que mais se aproxima do comportamento do ouvido humano.
Levando isso em consideração, a Norma determina que os níveis de ruído contínuo ou intermitente
devem ser medidos em decibéis (dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de
compensação "A" e circuito de resposta lenta (SLOW).
Na ocasião das medições, as leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador, ou seja, na
zona auditiva11.
de impacto
aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a
1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo
definições
contínuo ou intermitente
o ruído que não seja ruído de impacto
Ruído
os níveis de pressão sonora devem ser medidos em decibéis (dB)
na avaliação dos o instrumento deve operar no circuito de compensação "A"
níveis de ruído
contínuo ou
intermitente o instrumento deve operar no circuito de resposta lenta (SLOW)
Agora, vamos aos limites de tolerância para o ruído contínuo ou intermitente. Como preconiza a CLT e a
própria NR 15, esses os limites de tolerância levam em consideração a natureza do agente - o próprio ruído
contínuo ou intermitente -, a intensidade máxima - no caso, o NÍVEL DE RUÍDO em dB(A)12 - e tempo de
exposição - no caso, a MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL. A Norma correlaciona esses critérios na
forma de um quadro, vejam:
11
Zona auditiva: região do espaço delimitada por um raio de 150 𝑚𝑚 ± 50 𝑚𝑚 medido a partir da entrada
do canal auditivo.
12
dB(A) significa que o nível deve ser medido em decibel com o equipamento operando no circuito de
compensação “A”, por isso o (A)!
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Pessoal, é aconselhável que vocês "DECOREM" os oito primeiros níveis (quadro tracejado), de cima para
baixo, e seus respectivos tempos de exposição, pois as bancas costumam cobrá-los sem fornecer o quadro!
Além disso, vocês precisam entender os detalhes desse quadro. Primeiramente, é importante notar que
a coluna da esquerda fornece uma série de níveis de ruído, em dB(A), enquanto à coluna da esquerda fornece
a máxima exposição diária permissível para cada um desses níveis.
Agora, imaginem que um trabalhador realize suas atividades ao lado de uma máquina que produz,
invariavelmente, um nível de ruído de 85 dB(A). Nesse caso, o trabalhador poderá laborar um máximo de 8
horas diárias exposto a esse nível de ruído sem que sua audição seja afetada13. Se essa jornada diária for
obedecida, não há que se falar em adicional de insalubridade, pois o limite de tolerância não foi ultrapassado.
Entretanto, caso esse trabalhador fique exposto a mais de 8 horas a esse nível de ruído, terá direito a
percepção do adicional de insalubridade. Isso ocorre porque, de acordo com o item 3 do Anexo, "os tempos
de exposição aos níveis de ruído não podem exceder os limites de tolerância fixados no quadro (...)".
Esse nível de 85 dB(A) é tecnicamente chamado de critério de referência (CR) e representa o nível médio
para o qual a exposição, por um período de 8 horas, corresponderá a uma dose de 100%. Mas professor, o
que é dose?
13
De acordo com a ACGIH o limite de tolerância para o ruído não irá proteger todos os trabalhadores
contra os efeitos prejudiciais decorrentes da exposição a este agente. A determinação do limite de
tolerância tem por objetivo proteger a maioria da população de trabalhadores atingidos, de forma que a
perda auditiva média produzida pelo ruído nas frequências de 500Hz, 1000Hz e 3000Hz, durante 40 anos
de exposição não exceda a 2dB
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Vejam só! Para explicar esse conceito eu costumo utilizar a "teoria do copo cheio", e já aproveito para
definir também o conceito de fator ou incremento de duplicação de dose, mas, para isso, vou chamar de
uma vez as corujinhas...
Imaginem que o sistema auditivo do ser humano seja um "copo" que se enche, ao longo do dia, de ruído
(líquido). Obviamente que, se o copo transbordar, haverá problemas para o sistema.
A ideia é simples! O sistema auditivo (copo) tem um limite de armazenamento de ruído (líquido) que pode
ser utilizado ao longo de 8 horas diárias (jornada de trabalho padrão). O volume do copo é fixo, assim,
alterando-se a vazão de líquido derramado dentro do copo ao longo do tempo ele irá se encher mais devagar
ou mais rapidamente.
Pelo quadro, vejam que, se um "volume" de 85 dB(A) for derramado continuamente no "copo", ele
encherá em 8 horas. Assim, diz-se que uma exposição a um nível de ruído de 85 dB(A) durante 8 horas
corresponde a uma dose diária de 100 % (copo cheio). Se passar disso, o "copo transborda" e o trabalhador
passa a ter direito a percepção do adicional de insalubridade como compensação monetária aos possíveis
danos que está sofrendo.
Por definição técnica, a dose é um parâmetro utilizado para a caracterização da exposição ocupacional ao
ruído, expresso em porcentagem de energia sonora, tendo por referência o valor máximo da energia sonora
diária admitida.
Essa dose diária de 100%, obtida com a exposição a 85 dB(A) durante 8 horas é considerada padrão, ou
critério de referência, pelo fato de esse tempo ser, normalmente, a jornada diária padrão no mercado de
trabalho.
Entretanto, é possível obter a dose diária de 100% de outras formas. Por exemplo, se um "volume" de 90
dB(A) for derramado continuamente no "copo", ele encherá em apenas 4 horas. Nesse caso, também
podemos dizer que uma exposição a um nível de ruído de 90 dB(A) durante 4 horas corresponde a uma dose
diária de 100 % (copo cheio).
Vajam que, com um aumento de apenas 5 dB(A), o tempo de enchimento do copo passou de 8 para 4
horas. Nesse caso, notem que o tempo de enchimento se reduziu à metade. Caso esse trabalhador
permaneça 8 horas exposto a esse nível, ele experimentará um total de 2 doses diárias (200%) consideradas
padrões.
Isso nos leva a definição do incremento de duplicação de dose (q), que é o incremento em decibéis que,
quando adicionado a um determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução para a
metade do tempo máximo permitido.
Vejam que, na NR 15, o incremento de duplicação de dose é de q = 5 dB(A): notem, pelo quadro, que a
cada 5 dB(A) de incremento o tempo de exposição é reduzido pela metade, ou a dose será dobrada!
Vocês se lembram que o incremento de duplicação de dose adotado pela NHO 01 é q =3, pois bem, fiquem
atentos a essa diferença: para a caracterização da insalubridade utiliza-se q = 5 dB(A), já que é o valor de
incremento estabelecido pela NR 15.
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Se utilizarmos q = 3, o tempo de exposição seria reduzir pela metade a cada incremento de 3 dB(A), o que
resulta em uma alteração dos limites de tolerância estabelecidos pela NR 15. É exatamente por isso que não
podemos utilizá-lo para caracterização da insalubridade, já que a NHO não tem força legal para alterar esses
limites, mas tão somente para estabelecer a metodologia de avaliação.
O incremento q = 3 dB(A) é utilizado para os fins de higiene ocupacional e por isso é indicado pela NHO
06, já que é mais restritivo e protege mais o trabalhador.
q = 5 dB(A)
NR 15
utilizado para fins de caracterização da insalubridade
==1574e6==
Incremento de
duplicação de dose q = 3 dB(A)
NHO 01
utilizado para os fins da higiene ocupacional, já que
ocorefe mais proteção ao trabalhador
Agora, vou levantar mais dois questionamentos de ordem prática. O primeiro diz respeito às situações em
que os valores de nível de pressão sonora obtidos não são exatamente os constantes do quadro. Por
exemplo, imaginem que o trabalhador esteja exposto a um nível de ruído de 91,3 dB(A). Qual o máximo
tempo de exposição permitido nesse caso?
De acordo com a Norma, "para os valores encontrados de nível de ruído intermediário será considerada
a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais elevado". Isso implica que, no
caso do valor medido 91,3 dB(A) deve-se adotar o valor imediatamente superior existente no quadro, que é
de 92 dB(A), para a determinação da máxima exposição diária permissível, que no caso será de 3 horas.
A segunda questão que se coloca diz respeito às situações em que o trabalhador fica exposto, durante
uma mesma jornada diária, a dois ou mais níveis de pressão sonora com intensidades diferentes, casos em
que devemos considerar os efeitos combinados desses níveis para o cálculo da dose.
Para exemplificar como a dose de exposição diária deve ser determinada nessas situações, admitam que
um trabalhador realize suas atividades diárias, jornada padrão de 8 horas, alternado em quatro ambientes
distintos, com os respectivos tempos e Níveis de Pressão Sonora - NPS:
Nível de pressão Tempo de
Ambiente
sonora dB(A) exposição
A 90,4 1h
B 84,7 2h
C 80,0 45 min.
D 78,0 15 min.
E 86,7 2h
F 89,0 2h
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Em relação a esse tipo de situação, a Norma estabelece que se durante a jornada de trabalho ocorrerem
dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes níveis, devem ser considerados os seus efeitos
combinados, de forma que, se a soma das frações que seguem exceder a unidade, a exposição estará acima
do limite de tolerância.
𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶𝑛
+ + + ⋯+
𝑇1 𝑇2 𝑇3 𝑇𝑛
Na equação acima, que representa a dose diária, 𝐶𝑛 indica o tempo total que o trabalhador fica exposto
a um nível de ruído específico, e 𝑇𝑛 indica a máxima exposição diária permissível a este nível.
Para determinar o resultado da fração (dose) devemos arredondar os valores dos níveis de ruídos medidos
para os valores imediatamente mais elevados constantes da tabela e depois determinar a máxima exposição
diária para cada um deles. Ou se deixa tudo em horas (h) ou se transforma tudo para minutos (min), o
resultado obtido será o mesmo.
Máxima
Nível de pressão Tempo total de
Ambiente exposição diária
sonora dB(A) exposição
permissível
A 90,4 (91,0) 1 h (60 min) 3,5 h (210 min)
B 84,7 (85,0) 2 h (120 min) 8 h ( 480 min)
C 80 (45 min) ---
D 78 (15 min) ---
E 86,7 (87,0) 2 (120 min) 6 h (360 min)
F 89,0 (89,0) 2 (120 min) 4,5 h (270 min)
Vejam que não foram determinadas as máximas exposição diárias permissíveis para os níveis de 78 e 80
dB(A). Isso ocorre porque, para a NR 15, o valor de 85 dB(A) é considerado o nível limiar de integração14,
valor abaixo do qual não se considera para o cálculo da dose, uma vez que não é considerado um nível de
pressão sonora prejudicial ao ouvido humano. Isso implica que um trabalhador pode ficar exposto "durante
um plantão de 24 h" a níveis abaixo de 85 dB(A) que ele não terá direito a percepção do adicional de
insalubridade!
Como o resultado da soma das frações é maior do que a umidade (1, um) o limite de tolerância foi
ultrapassado, pelo que esse trabalhador tem direito a percepção do adicional de insalubridade. Nesse caso,
ele está submetido a uma dose diária de 131%!
14 Nível Limiar de Integração (NLI): nível de ruído a partir do qual os valores devem ser computados
na integração (na soma) para fins de determinação de nível médio ou da dose da exposição.
15
Recalculem com os valores em horas e verão que o resultado será o mesmo.
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Vimos no estudo da parte conceitual sobre higiene ocupacional que quando utilizado um dosímetro de
ruído para avaliação da dose diária de exposição ele deve ser configurado com Nível Limiar de Integração,
NLI = 80 dB(A). Isso implica que, para a NHO 06, valores de nível de pressão sonora entre 80 e 85 dB(A)
também devem ser computados no cálculo da dose!
Dessa forma, em uma avaliação real de ruído, ficam de fora da soma (efeitos combinados) apenas os níveis
de ruído abaixo de 80 dB(A) e não de 85 dB(A) como estabelece a NR 15.
E aí professor, isso é válido? Nesse caso, sim! Pois, a NHO não está alterando os limites de tolerância ao
agente, mas apenas considerando o efeito nocivo de níveis de pressão sonora mais baixos, de forma a
proteger em maior grau o trabalhador.
Assim, se utilizarmos um NLI = 80 dB(A), como ocorre na prática, também devemos considerar no cálculo
da dose a exposição de 80 dB(A) durante 45 minutos (ambiente "C").
Mas professor, não existe na tabela a determinação do "tempo máximo de exposição diária permissível"
para o nível de 80 dB(A), como vamos determinar esse tempo? Oras! como vimos, o incremento de
duplicação de dose utilizado pela NR 15 é de q = 5 dB(A), assim se reduzirmos a dose pela metade - ou seja,
de 85 para 80 dB(A) - o tempo de exposição dobra (de 8 para 16 horas, ou 960 min. )! Entenderam?
60 120 𝟒𝟓 120 120
Logo, a exposição medida por um dosímetro seria de: + 480 + 𝟗𝟔𝟎 + 360 + 270 = 1,36 = 136%.
210
Para fins de cálculo de dose em questões objetivas de concursos públicos, A MAIOR PARTE das bancas
utilizam o que está na NR 15, ou seja, NLI = 85 dB(A), pelo que vocês não devem considerar valores
abaixo desse nível de pressão sonora no cálculo. Geralmente, as bancas não fornecem os valores de
tempos limites de exposição para níveis abaixo de 85 dB(A), indicando que eles não entram na soma!
NR 15/q = 5 dB(A)
Incremento de DEVE ser utilizado para caracterização da insalubridade
duplicação de
dose NHO 01/q = 3 dB(A)
Divengências entre NÃO DEVE ser utilizado para caracterização da insalubridade
a NR 15 e a NHO 01 NR 15/NLI = 85 dB(A)
Nivel Limiar de NÃO É utilizado para caracterização da insalubridade
Integração NHO 01/NLI = 80 dB(A)
É utilizado para caracterização da insalubridade
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Agora "ferrou"! E se a banca cobrar configuração do dosímetro de ruído, o que faço? Vejam! analise o
enunciado e vejam se ele se refere a NR 15 ou a NHO 01, e ajam da seguinte forma16:
Caros colegas estrategistas! Agora vou trazer uma condição objetiva de grave e iminente risco
estabelecida pela NR 15, que é muito cobrada em provas!
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos. Inclusive, as atividades ou operações que exponham os trabalhadores a
níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão
RISCO GRAVE E IMINENTE
Agora, para fechar o tópico, quero lembrar que o nível de ação18 para o ruído contínuo ou intermitente é
alcançado quando a dose ultrapassar o valor de 0,5, ou seja, dose maior do que 50%.
Adicionalmente, algumas bancas costumam afirmar que o nível de ação também é ultrapassado quando
o nível de ruído contínuo ou intermitente ultrapassar 80 dB(A). Isso ocorre porque, como a dose padrão é de
85 dB(A) durante 8 horas e o fator de duplicação de dose é de 5 dB(A), um trabalhador exposto a 80 dB(A)
durante 8 horas experimentaria uma dose de 50%, ou seja, uma redução de 5 dB(A) reduz a dose a metade,
assim como um aumento de 5 dB(A) dobra a dose.
16
Essas são as configurações aceitas pelas bancas!
17
A exposição acima desse nível de pressão sonora, sem proteção adequada, configura condição de Risco
Grave e Iminente, por isso, caso ultrapassado esse nível, deve aparecer uma indicação no medidor para
“chamar a atenção” do avaliador
18
Nível de ação: valor acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a
probabilidade de que as exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição (...).
30
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Critério de referência (CR): representa o nível médio para o qual a exposição, por um período de
8 horas, corresponderá a uma dose de 100%. No caso da NR 15, o CR é de 85 dB(A)
•Na equação acima, que representa a dose diária, 𝐶𝑛 indica o tempo total que o trabalhador fica exposto a
um nível de ruído específico, e 𝑇𝑛 indica a máxima exposição diária permissível a este nível.
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não
estejam adequadamente protegidos. Inclusive, as atividades ou operações que exponham os
trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção
adequada, oferecerão RISCO GRAVE E IMINENTE
O nível de ação para o ruído contínuo ou intermitente é alcançado quando a dose ultrapassar o
valor de 0,5, ou seja, dose maior do que 50%, ou aida quando a exposição de der a um nível de
pressão sonora superio a 80 dB(A) durante 8 horas.
Como vimos, durante sua jornada diária, um trabalhador pode laborar exposto a uma ou várias situações
acústicas, assim entendidas cada parte do ciclo da exposição na qual o trabalhador está exposto a níveis de
ruído considerados estáveis.
No caso em que o trabalhador está exposto a uma única situação acústica a avaliação é simplificada,
podendo-se utilizar um medidor instantâneo de nível de pressão sonora, conhecido como decibelímetro, e,
após a medição, faz-se o cruzamento entre o valor obtido e o tempo de exposição àquele nível de pressão
sonora, através do Quadro 1 do Anexo n.º 1 da NR 15.
Para casos mais complexos, com exposição a duas ou mais situações acústicas, a avaliação pode ser
conduzida de duas formas diferentes:
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a) com a utilização de um decibelímetro: nesse caso, deve-se realizar a medição dos níveis de pressão
sonora de cada uma das situações acústicas, desde que estáveis, e cronometrar o tempo de exposição
a cada uma. Depois, utiliza-se a equação da dose para calcular os efeitos combinados da exposição.
Apesar de não ser proibido, mesmo que não muito confiável, esse método ainda é válido, mas
dificilmente é utilizado na prática devido ao fato de ser muito trabalhoso;
b) com a utilização de um audiodosímetro: um audiodosímetro ou dosímetro de ruído é um medidor
integrador de nível de pressão sonora. De forma resumida, através de seu circuito eletrônico de
processamento, ele é capaz de avaliar continuamente os efeitos combinados da exposição a
diferentes situações acústicas e realizar a integração (a soma) desses efeitos, já apresentando
diretamente ao avaliador o valor da dose diária dose obtida. Internamente, ele utiliza a equação da
dose que vimos. Essa é a opção mais apropriada!
Esses medidores integradores geralmente são de uso pessoal, ou seja, ficam "instalados" no trabalhador19
durante sua jornada laboral. Para que a avaliação seja válida para efeitos de caracterização da insalubridade,
os audiodosímetros devem atender a Norma ANSI S1.25-1991 ou suas futuras revisões e ter classificação
mínima do tipo 2.
Até 2013, os critérios de avaliação para o ruído eram diferentes para os casos de caracterização da
insalubridade (direito trabalhista) e caracterização da nocividade da exposição para fins concessão de
aposentadoria especial20 (direito previdenciário).
Isso ocorria porque a Legislação previdenciária - através da Lei n.º 8.213/1991, do Decreto n.º 3.048/1999
e da Instrução Normativa INSS/PRESS n.º 77/2015 - determinava a utilização integral dos critérios de
avaliação dispostos pela NHO 01 da Fundacentro, além de estabelecer Limites de Tolerância diferentes.
Ocorre que, a NHO 01 adota o incremento de duplicação de dose igual a 3 (diferente da NR 15 que é 5), o
que altera substancialmente os Limites de Tolerância estabelecidos pela NR 15, na verdade, reduz muito os
tempos limites de exposição aos níveis de ruído estabelecidos pela NR 15. Pessoal! Isso gerava um conflito
danado, muitas vezes o empregado fazia jus à aposentadoria especial, mas não ao adicional de insalubridade.
Felizmente, em 2003, com a alteração do inciso IV do Art. 280 da referida Instrução Normativa, a
Previdência Social passou a adotar os mesmos limites de tolerância da NR 15 e somente os critérios de
avaliação (metodologia) da NHO 01 da Fundacentro, vejam:
IN n.º 77, INSS/PRESS, Art. 280. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo a caracterização de atividade
exercida em condições especiais quando os níveis de pressão sonora estiverem acima de oitenta dB (A),
noventa dB (A) ou 85 (oitenta e cinco) dB (A), conforme o caso, observado o seguinte:
(...)
19
Também podem ser instalados no avaliador, desde que esse fique bem próximo ao trabalhador durante
a avaliação (dificilmente essa metodologia é adotada na prática).
20
O trabalhador tem o direito a aposentadoria após 25 anos de exposição contínua ao ruído acima dos
limites de tolerância.
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Para fechar o tópico é importante relembrar que, em todos os casos, as medições devem ser realizadas
com o microfone do audiodosímetro posicionado dentro da zona auditiva do trabalhador, de forma a
fornecer dados representativos da exposição ocupacional diária ao ruído a que está submetido o trabalhador
no exercício de suas funções.
Vimos, na parte teórica, que dentre as medidas de proteção para o controle do ruído destacam-se o
isolamento acústico das fontes e a proteção do trabalhador, através do fornecimento de protetor auricular.
A insalubridade pode ser neutralizada com o fornecimento de protetores auriculares que apresentam um
Nível de Redução de Ruído - NRRsf adequado ao ambiente laboral. Por exemplo, suponham que um
trabalhador realize suas atividades durante 8 horas diárias em uma sala cujo ruído emitido pela única
máquina presente non ambiente é invariável e de intensidade igual a 105 dB(A).
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Não vou trazer aqui o cálculo do NEN, pois ele não é cobrado em provas devido a sua complexidade.
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Nesse caso, o empregador poder fornecê-lo um protetor tipo circum-auricular (tipo concha) com NRRsf =
25 dB. Caso o trabalhador o utilize corretamente, estará exposto a um nível de pressão sonora efetivo de
105 - 25 = 80 dB(A) e, portanto, apesar de o ambiente ser insalubre, suas condições de exposição não o são,
pelo que a insalubridade resta neutralizada, de modo que o adicional não é devido.
Esse método de especificação de protetor auricular é conhecido comumente chamado "método rápido
ou curto" e é o método B estabelecido pela Norma ANSI S12.6/1997. O método A, ou longo, requer a soma
logarítmica dos níveis de atenuação em determinadas faixas de frequência. Como essas operações não são
lineares, não é provável ser cobrado em provas objetivas!
A insalubridade ainda poderia ser eliminada caso o empregador optasse por isolar a máquina com uma
barreira com Classe de Transmissão Acústica (STC - do inglês Sound Transmission Class), STC = 25 dB. Nesse
caso a exposição efetiva também seria de 105 - 25 = 80 dB(A), entretanto, com a vantagem deque o protetor
não precisaria ser utilizado e o ambiente deixaria de ser insalubre, não só a condição de exposição.
Perceberam a diferença?
(CESPE-CEBRASPE / SLU-DF / 2019) Paulo, de 32 anos de idade, lixeiro vinculado a empresa de coleta de
lixo urbano de determinado município, trabalha em jornada de 44 horas semanais, coletando resíduos não
perigosos em vias públicas. É pertencente à subclasse preponderante na Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE-Preponderante), cuja alíquota do seguro de acidente do trabalho (SAT) é de
3%, ajustada pelo fator acidentário de prevenção (FAP) de 1,75, vigente para 2019. As avaliações
ambientais indicam para Paulo índice de bulbo úmido termômetro de globo (IBUTG) de 31,5 °C, exposto
concomitantemente a ruído intermitente, com dose acumulada na jornada de 75,76%, segundo a norma
trabalhista, e nível de exposição normalizado (NEN) de 87,07 dB(A), pela norma previdenciária. Ademais,
Paulo fica exposto a fatores de risco ergonômicos e biológicos durante a execução de seu trabalho.
Tendo como referência a situação hipotética precedente, julgue o item seguinte.
No caso em apreço, o NEN foi obtido considerando-se o incremento de duplicação de dose igual a 3, o nível
limiar de integração igual a 80 dB(A) e o critério de referência de 85 dB(A) para 8 horas.
Comentários: questão polêmica!
A banca traz uma situação hipotética das condições de exposição ambiental de um gari. Vejam que a
banca fornece dois resultados de medição de ruído diferente: (a) dose = 75,65 % (aproximadamente 0,76) e
(b) NEN = 87,07 dB(A).
Vimos que, conforme o Anexo n.º 1 da NR 15, a dose inferior a 1 não garante ao trabalhador o direito a
percepção do adicional de insalubridade. Nesse caso, a avaliação adotou um incremento de duplicação de
dose igual a 5 na avaliação, como determina a NR 15.
Entretanto, observem que nessa mesma avaliação foi obtido um Nível de Exposição Normalizado - NEN
de 87,07 dB(A), garantindo ao trabalhador o direito a contagem de tempo especial (aposentadoria especial).
É justamente aqui que está o problema!
Se a avaliação tivesse sido conduzida, em ambos os casos, com o incremento de duplicação de dose igual
a 5, o valor do NEN teria que ser, obrigatoriamente, menor que 85 dB(A). Isso ocorre porque no caso de a
avaliação ser conduzida com o mesmo incremento, o NEN e a dose são índices correspondentes, ou seja, se
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a dose é menor que 1, o valor do NEN será menor do que 85 dB(A); se a dose for igual a 1, o NEN será igual
a 85 dB(A); e se a dose for maior que 1, o NEN será maior que 85 dB(A).
Vejam que, na questão, o valor da dose obtido foi de 0,7576 e o NEN igual a 87,07 dB(A). Isso só ocorre
em uma situação, se os incrementos de duplicação de dose utilizados forem diferentes. Nesse caso, foi isso
que aconteceu: o avaliador adotou um incremento igual a 5 para caracterizar a insalubridade (norma
trabalhista) e igual a 3 para atender a norma previdenciária.
Adicionalmente, como vimos, em ambos os casos se utiliza limiar de integração de 80 dB(A) e critério de
referência de 85 dB(A) para uma exposição diária de 8 horas. Assim, a proposição está CERTA.
Disse que a questão é polêmica porque atualmente o incremento de duplicação de dose deve ser o mesmo
(igual a 5), tanto para fins trabalhistas como para fins previdenciários, mas, porém, contudo, no entanto,
entretanto, a questão não foi anulada pela Banca! Talvez tenha faltado um recurso bem fundamentado!
(CESPE-CEBRASPE / SLU-DF / 2019) Considere o texto base da questão anterior
Tendo como referência a situação hipotética precedente (anterior), julgue o item seguinte.
Dada a exposição a ruído intermitente, a atividade desenvolvida por Paulo enseja aposentadoria especial
após 25 anos de contribuição previdenciária, mas não pagamento de adicional de insalubridade.
Comentários: essa proposição também está CERTA. Como a dose é menor do que a unidade, não há que se
falar em insalubridade. Como o NEN é maior do que 85 dB(A), resta garantido ao trabalhador a aposentadoria
especial, em que pese, ressalto, seja vedado a utilização do incremento de duplicação de dose igual a 3,
atualmente! Adicionalmente, como vimos, a exposição intermitente, por si só, não descaracteriza nenhum
dos dois direitos.
(IF-SP / IF-SP / 2019) O trabalho insalubre é aquele que expõe o trabalhador a agentes danosos à sua saúde.
No entanto, é comum confundir insalubridade com a periculosidade, que é risco a vida do trabalhador. A
NR15 prevê situações que devem ser consideradas como facilitadoras de risco grave e iminente, assinale
o item que apresenta uma dessas situações facilitadoras.
(A) Atividades que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 105
dB(A), sem proteção adequada.
(B) Atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente,
superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada.
(C) Situações nas quais a concentração de pelo menos duas amostras de um determinado agente químico
ultrapassa o valor máximo conforme disposto na norma.
(D) Atividades com substâncias cancerígenas cujos processos ou operações são hermetizados.
Comentários: Como vimos, a exposição de trabalhadores a níveis de ruído contínuo ou intermitente
superiores a 115 dB(A) sem proteção adequada configura situação de Risco Grave e Iminente. Portanto, a
alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Os assuntos das alternativas C e D estão relacionados a
riscos químicos, entrando, vejam o erro delas:
A alternativa C está incorreta. Basta que apenas uma amostra ultrapasse o Limite de Tolerância Valor
Teto (LT-VT) para configurar situação de Risco Grave e Iminente, em alguns casos!
A alternativa D está incorreta. Atividades com substâncias cancerígenas - como o benzeno, por exemplo
- garantem o direito a insalubridade em grau máximo, além da aposentadoria especial, e não periculosidade!
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Vou iniciar o tópico lembrando que se entende por ruído de impacto aquele que apresenta picos de
energia acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
No tocante aos critérios de avaliação desse tipo de ruído, a Norma firma que os níveis de impacto deverão
ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear e circuito
de resposta para impacto. Para essa configuração, o limite de tolerância será de 130 dB(linear).
Pessoal, por questões de ordem prática, dado que são raros os medidores de pressão sonora com circuito
resposta para impacto, a Norma abre a possibilidade de uma configuração alternativa para o medidor: "em
caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será
válida a leitura por circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C", caso em que o limite
de tolerância será de 120 dB(C).
Em qualquer dos casos, as leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador (na zona auditiva),
assim como no caso do ruído contínuo ou intermitente.
Agora, voltem ao gráfico de ruído de impacto mostrado na Figura 2.1(a) e vejam que entre os picos de
energia acústica existe um sinal contínuo (linear) de pressão sonora. Esses níveis devem ser ignorados na
avaliação da exposição? A resposta é NÃO! Isso, pois, a Norma preconiza que "nos intervalos entre os picos,
o ruído existente deverá ser avaliado como ruído contínuo".
Assim como no caso do ruído contínuo ou intermitente, a NR 15 também estabelece uma condição
objetiva de risco grave e iminente para o ruído de impacto. O faz ao determinar que "as atividades ou
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operações que exponham os trabalhadores, sem proteção adequada, a níveis de ruído de impacto superiores
a 140 dB(linear), medidos no circuito de resposta para impacto, ou superiores a 130 dB(C), medidos no
circuito de resposta rápida (FAST), oferecerão risco grave e iminente".
Meus caros colegas estrategistas, agora vejam esse importante comparativo entre os critérios de
avaliação e os limites de tolerância entre o ruído de impacto e o contínuo ou intermitente, isso é muito
explorado pelas bancas, então...
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Além do Anexo 3 da NR 15, vou trazer alguns conceitos da Norma de Higiene Ocupacional - NHO n.º 06
da Fundacentro, intitulada: avaliação da exposição ocupacional calor. Isso facilitará o estudo desse Anexo.
1.8.1 Objetivos
O objeto do Anexo n.º 3 da NR 15 é estabelecer critérios para caracterizar as atividades ou operações
insalubres decorrentes da exposição ocupacional ao calor em ambientes fechados ou ambientes com fonte
artificial de calor.
Pessoal! Até a publicação da Portaria SEPTR n.º 1.359, de 09 de dezembro de 2019 a NR 15, o Anexo n.º
3 previa a possibilidade do pagamento do adicional de insalubridade por exposição ao calor, acima dos
limites de tolerância, proveniente de fontes naturais (exposição ao sol em ambiente aberto) ou fontes
artificiais (fornos, solda etc.).
Entretanto, com a publicação da referida portaria, a NR 15 NÃO prevê mais a concessão de adicional de
insalubridade por exposição ao calor oriundo exclusivamente fonte natural (sol), o faz ao determinar que
"este Anexo não se aplica a atividades ocupacionais realizadas a céu aberto sem fonte artificial de calor".
Vale recordar que o calor é avaliado de forma quantitativa e, quando acima dos limites de tolerância,
garante o direito ao trabalhador à percepção de adicional de insalubridade em grau médio (20%). Ou seja,
as situações de exposição ocupacional ao calor, caracterizadas como insalubres, serão classificadas em grau
médio.
No tocante a metodologia de avaliação desse agente físico, a ser utilizada para a caracterização da
atividade ou operação insalubre, a Norma preconiza que "a avaliação quantitativa do calor deverá ser
realizada com base na metodologia e procedimentos descritos na Norma de Higiene Ocupacional NHO 06
(2ª edição - 2017) da FUNDACENTRO, nos seguintes aspectos:
a) determinação de sobrecarga térmica por meio do índice IBUTG - Índice de Bulbo Úmido Termômetro
de Globo;
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Percebam que a NHO 06 não deve ser utilizada por completo para caracterização da insalubridade, mas
tão somente no tocante aos aspectos citados. Isso ocorre porque ela estabelece outros pontos relacionados
ao controle desse tipo de risco, tais como: aclimatização, vestimentas22, além da proposição de medidas
preventivas e corretivas, que não são utilizadas para a caracterização da insalubridade.
Como vimos na parte introdutória, o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo - IBUTG é o índice
quantitativo utilizado para avaliação da exposição ocupacional ao calor que leva em consideração a
temperatura, a velocidade e umidade do ar, e o calor radiante.
a) para ambientes internos (cobertos, sem exposição à carga solar) ou para ambientes externos sem
carga solar direta esse índice é dado por:
Como vimos, com a publicação da Portaria SEPTR n.º 1.359, de 09 de dezembro de 2019 a NR 15, a NR 15
NÃO prevê mais a concessão de adicional de insalubridade por exposição ao calor proveniente
exclusivamente fonte natural (sol), o faz ao determinar que "este Anexo não se aplica a atividades
ocupacionais realizadas a céu aberto sem fonte artificial de calor".
22
Trataremos da questão das vestimentas mais adiante!
23
Considera-se carga solar direta quando não há nenhuma interposição entre a radiação solar e o
trabalhador exposto, por exemplo, a presença de barreiras como: nuvens, anteparos, telhas de vidro
etc.
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Entretanto, deve ficar claro que a carga solar ainda deve ser levada em consideração em situações em
que o trabalhador realiza suas atividades à céu aberto próximo a uma fonte artificial de calor, situação
comum para operadores de fornos de carvão, por exemplo.
Geralmente os fornos de queima de madeira para a produção de carvão ficam a céu aberto, de modo que
os trabalhadores se veem expostos a duas fontes de calor, simultaneamente: o sol (fonte natural) e o forno
(fonte artificial), caso em que a Eq. 2 deve ser aplicada!
As Eqs. 1 e 2 devem ser utilizadas para situações em que os trabalhadores ficam expostos a uma única
situação térmica durante, ao menos, 60 minutos corridos da jornada de trabalho diária24. Para exemplificar
esse tipo de cálculo, imaginem um trabalhador que durante sua jornada diária fica, ao menos, 60 minutos
ininterruptos em pé realizando a mistura (movimentação) de farinha em um tacho de torra (fonte artificial
de calor) coberto da incidência solar (ou seja, sem incidência da fonte natural), como mostrado na Figura 2:
Sabe-se que a altura de montagem do equipamento de medição deve coincidir com a altura da região
mais atingida do corpo do trabalhador ou, quando esta não puder ser definida, o conjunto deve ser montado
à altura do tórax do trabalhador exposto.
Agora, admitam que, ao montar corretamente o equipamento, foram obtidos os seguintes valores de
temperatura: 𝑡𝑏𝑠 = 35 ℃, 𝑡𝑏𝑛 = 24 ℃ e 𝑡𝑔 = 42 ℃. Como o ambiente de trabalho é coberto, utilizaremos
a Eq.1 e, portanto, não precisamos da temperatura do ar (tbs) para determinar o IBUTG. Assim, temos:
Vimos no estudo da parte teórica sobre higiene ocupacional que as vestimentas (EPIs) não são
consideradas medidas 100 % eficazes par a proteção contra a o calor, dado que dificultam a perda de calor
pelo corpo através dos mecanismos de evaporação e convecção.
24
Veremos adiante que esses 60 min corridos deve ser o período de exposição contínuo mais crítico da
jornada diária.
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Observem, pela Figura 2.2, que o trabalhador utilizas roupas normais, pelo que não é necessário utilizar a
"correção para as vestimentas", através do incremento de ajuste do IBUTG, como preconiza a NHO 06.
Caso, por exemplo, esse trabalhador estivesse utilizando um "avental longo de manga comprida
impermeável ao vapor" no exercício de sua função, deveria ser acrescido ao IBUTG obtido, de 29,4 ℃, um
incremento de 4 ℃25. Assim, deveria ser utilizado um IBUTG = 29,4 + 4 = 33,4 ℃ para fins de verificação
do limite de exposição.
Mas tomem CUIDADO! Só utilizem essa correção caso seja expressamente trazido no enunciado da
questão a necessidade de emprego da metodologia da NHO 06, uma vez que não há consenso jurídico sobre
se esse incremento deve ser utilizado para caracterização da insalubridade ou se somente para os fins de
higiene ocupacional (medidas de controle)
Para caracterizar a insalubridade, devemos ainda estimar a taxa metabólica26 relacionada à atividade
desenvolvida. Em relação a esse dado, a Norma estabelece que a taxa metabólica deve ser estimada com
base na comparação da atividade realizada pelo trabalhador com as opções apresentadas no Quadro 2 do
Anexo n.º 3. A Figura 2.3 é um excerto de do referido quadro:
Pessoal, apesar de abranger a maior parte das situações práticas, esse Quadro não é completo. Assim, em
caso de uma condição real não se enquadrar em seus exemplos, a Norma determina que caso a atividade
específica não esteja apresentada no Quadro 2, o valor da taxa metabólica deverá ser obtido por associação
com atividade similar do referido Quadro.
25
Quadro 2 da NHO 06. Figura 1.6 da aula.
26
Taxa Metabólica (M): quantidade de energia por unidade de tempo gerada no interior do corpo humano
que leva em consideração a atividade física exercida.
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Pois bem! Vamos estimar a taxa metabólica da operação de torra de farinha. Nessa atividade, o trabalho
é realizado em pé e em repouso (pouco movimento), com a realização de "trabalho moderado com os dois
braços"27, o que resulta em uma taxa metabólica de 279 Watts (W).
Agora, de posse do IBUTG e da taxa metabólica, podemos definir se essa condição de exposição é ou não
insalubre. Para isso, devemos consultar o Quadro 1 do Anexo n.º 3 da NR 15 e realizar o "cruzamento" entre
os dados de taxa metabólica e IBUTG.
Esse "cruzamento" é necessário pois Norma determina que "são caracterizadas como insalubres as
atividades ou operações realizadas em ambientes fechados ou ambientes com fonte artificial de calor
sempre que o IBUTG (médio)28 medido ultrapassar os limites de exposição ocupacional 29 estabelecidos com
base no Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo apresentados no Quadro 1 (𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 ̅̅̅̅̅̅̅̅̅𝑀Á𝑋 ) e
determinados a partir da taxa metabólica das atividades, apresentadas no Quadro 2 (...)".
27
Na prática essa classificação é subjetiva e deve ser tomada pelo avaliador.
28
Veremos a seguir que o IBUTG (médio) é utilizado para atividades que expõem o trabalhador a mais
de uma situação térmica durante a jornada laboral.
29
De acordo com o Anexo n.º 3 da NR 15, os limites de exposição ocupacional do calor, ̅̅̅̅̅̅̅̅̅
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑀Á𝑋 , estão
apresentados no Quadro 1 deste anexo para diferentes valores de taxa metabólica média (𝑀 ̅ ).
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Com uma taxa metabólica = 279 W e IBUTG = 29,4 ℃, temos que a atividade é insalubre. Vejam que a
tabela não traz o valor extado de 279 W, entretanto, o valor exato pode ser obtido por interpolação linear,
considerando que ele está entre 277 e 283 W (destacado em vermelho). Nesse caso, o IBUTG máximo
admitido estaria entre 28,6 e 28,5 ℃. Como o valor de IBUTG medido foi 29,4 ℃, e está acima do valor
máximo permitido para uma taxa metabólica de 279 W, têm-se uma condição insalubre em grau médio
(adicional de 20%).
Pessoal, esse exemplo desenvolvido foi o mais simples possível e contempla apenas as situações em que
o trabalhador está exposto apenas a uma situação térmica durante os 60 min mais críticos de sua jornada de
trabalho. Mas o porquê desses 60 min mais críticos?
A condição mais crítica da exposição é aquela em que o trabalhador fica exposto ao maior IBUTG. Por
exemplo, imaginem que o trabalhador da torra de farinha fica 60 min ininterruptos em pé, ao lado do tacho,
acompanhando o processo de torra e movimentando a massa de farinha. Após esses 60 min, essa quantidade
está pronta, então ele a retira do tacho e a transporta para um local menos quente (tecnicamente mais
ameno) onde realizada o processo de ensacamento da farinha durante mais 60 min. Considere agora que
esse ciclo se repete durante toda a jornada.
Certamente os 60 min mais críticos, no tocante à exposição ao calor, são aqueles em que ele fica ao lado
do tacho, acompanhando a torra. Assim, a avaliação deve ser feita nesse intervalo, desconsiderando a etapa
de ensacamento. Essa é a ideia dos 60 min mais críticos, ou condição mais crítica da exposição.
Sobre isso, em seu item 2.4, a Norma estabelece que "O índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo
̅̅̅̅̅̅̅̅̅ e a taxa Metabólica Média - 𝑀
Médio - 𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 ̅ , a serem considerados na avaliação da exposição ao calor,
devem ser aqueles que, obtidos no período de 60 (sessenta) minutos corridos, resultam na condição mais
crítica de exposição".
Sendo:
Por sua vez, a taxa metabólica média dever ser determinada por:
̅ = 𝑴𝟏 𝒕𝟏 +𝑴𝟐 𝒕𝟐 +⋯+𝑴𝒊𝒕𝒊+⋯+𝑴𝒏 𝒕𝒏
𝑴 (Eq. 4)
𝟔𝟎
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Sendo:
Pessoal, não se assustem como essas equações! Apesar de parecerem complexas, são bem simples de
̅̅̅̅̅̅̅̅̅ e da 𝑀
utilizar. Para mostrar a vocês como determinar os valores do 𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 ̅ em uma condição em que o
trabalhador está exposto a mais de uma situação térmica, vou chamar a corujinha do...
Suponham um trabalhador que realiza a operação de um forno de queima de telhas cerâmicas. Ao analisar
seu ciclo de trabalho diário, um perito o dividiu da seguinte forma:
Ciclo A: o trabalhador alimenta o forno com pó de madeira durante 35 min, expondo-se a um IBUTG de 35
℃. No processo de alimentação com pá observar-se um "trabalho moderado com o corpo" (taxa metabólica
M = 468 W). Após a alimentação do forno com pó de serra, ele fica 25 min controlando e analisando a
temperatura do forno próximo a um painel de controle, até a estabilização da temperatura. Nesse caso, está
exposto a um IBUTG de 25 ℃ e fica sentado em repouso realizando "trabalho leve com as mãos" (taxa
metabólica, M = 126 W)
Ciclo B: Após a estabilização da temperatura do forno, o trabalhador fica 60 min realizando o trabalho de
moldagem das telhas. O local fica afastado do forno, apresentando IBUTG de 23 ℃ e, como ele fica em pé
realizando "trabalho moderado com o corpo", a taxa metabólica também M = 468 W. Após esse tempo, ele
volta ao ciclo A e assim se sucede continuamente durante a jornada diária.
Sem dúvidas, os 60 min corridos mais críticos são o do Ciclo A e, portanto, representam a condição mais
desfavorável ao trabalhador no tocante a exposição ocupacional ao calor, pelo que é considerada a condição
mais representativa de sua exposição diária.
Para avaliar se esse ciclo representa ou não uma condição insalubre, primeiramente, devemos determinar
seu IBUTG médio. Como temos duas situações térmicas, utilizamos:
̅̅̅̅̅̅̅̅̅ = 𝐼𝐵𝑈1 𝑡1+𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺2𝑡2 = (35∙35)+(25∙25) = 30,85 ℃
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 60 60
Agora, calculamos a taxa metabólica média do ciclo. Como temos duas atividades, empregamos:
̅ = 𝑀1 𝑡1 +𝑀2𝑡2 = (468∙35)+(126∙25) = 319,7 W
𝑀 60 60
Simples, não é mesmo? De posse desses valores, basta verificar o Quadro 1 do Anexo n.º 3 para chegar à
conclusão de que essa condição é insalubre. Voltem ao referido Quadro e vejam que para 𝑀 ̅ = 319,7 W, o
̅̅̅̅̅̅̅̅̅
valor de IBUTG médio máximo seria um pouco menor que 𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺𝑀Á𝑋 ≅ 27,9 ℃.
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Pessoal, agora pensem na situação em que o empregador deseja neutralizar a condição insalubre a qual
esse operador do forno está sujeito. Para isso ele poderia reorganizar o trabalho de modo a oferecê-lo um
período de descanso em local com temperatura mais amena, por exemplo, reestruturando o controle do
forno dentro de uma sala climatizada com IBUTG de 17 ℃, sem alteração da taxa metabólica.
Nessa nova organização do trabalho, o empregado estaria submetido a um IBUTG de 27,5 ℃30, o que
configuraria a eliminação da condição insalubre. Essa condição em que o trabalhador fica exposto a uma
situação térmica mais amena durante os 60 min mais críticos da jornada é considerado como descanso para
recuperação térmica, e uma vez adotada significa que a exposição ao calor passa a ocorrer de forma
intermitente.
Importante destacar que esse repouso pode ocorrer tanto no sentido de o trabalhador ficar de fato "sem
fazer nada" como por exemplo sentado em uma cadeira dentro de uma sala climatizada ou mesmo
realizando alguma atividade mais leve em ambiente com temperatura mais amena. Em ambas as situações,
os tempos de "descanso" devem ser computados como jornada normal de trabalho para todos os efeitos
legais31.
Deve ficar claro também que a condição mais desfavorável ao trabalhador, no tocante a exposição ao
calor, deve ser levada em consideração para a realização da avaliação. Essa condição é a mais representativa
da exposição e deve ser determinada em função dos 60 min corridos mais críticos durante a jornada.
Para fechar o tópico, saibam que exposições eventuais ou não rotineiras devem ser desconsideradas nas
avaliações. Isso ocorre porque, em seu item 2.4.1, a Norma determina que "a avaliação quantitativa deve ser
representativa da exposição, devendo ser desconsideradas as situações de exposições eventuais ou não
rotineiras nas quais os trabalhadores não estejam expostos diariamente".
No tocante a estrutura do Laudo Técnico para a apresentação dos resultados das avaliações da exposição
ocupacional ao calor, a Norma preconiza que "a caracterização da exposição ocupacional ao calor deve ser
objeto de laudo técnico que contemple, no mínimo, os seguintes itens:
30
Façam o cálculo!!!
31
O empregador não pode, por exemplo, exigir que o trabalhador fique além da jornada normal para
compensar esses períodos de descanso para recuperação térmica.
32
NR 9, 2.3 O reconhecimento da exposição ocupacional ao calor deve considerar os seguintes aspectos,
quando aplicáveis:
a) a sua identificação;
b) a caracterização das fontes geradoras;
c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de
trabalho;
d) identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;
e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição, considerando a organização do trabalho;
46
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c) descrição da metodologia e critério de avalição, incluindo locais, datas e horários das medições;
d) especificação, identificação dos aparelhos de medição utilizados e respectivos certificados de
calibração conforme a NHO 06 da Fundacentro, quando utilizado o medidor de IBUTG;
e) avaliação dos resultados;
f) descrição e avaliação de medidas de controle eventualmente já adotadas; e
g) conclusão com a indicação de caracterização ou não de insalubridade.
Para fechar o estudo do Anexo n.º 3 da NR 15, vejam o quadro resumo que segue, contemplando os
tópicos mais importantes a respeito da avaliação da exposição ocupacional ao calor.
a) para ambientes internos ou para ambientes externos sem carga solar direta:
Equações
𝑰𝑩𝑼𝑻𝑮 = 𝟎, 𝟕 𝒕𝒃𝒏 + 𝟎, 𝟑 𝒕𝒈
b) para ambientes externos com carga solar direta:
𝑰𝑩𝑼𝑻𝑮 = 𝟎, 𝟕 𝒕𝒃𝒏 + 𝟎, 𝟑 𝒕𝒈 + 𝟎, 𝟏 𝒕𝒃𝒔
A avaliação quantitativa do calor deve ser realizada com base na metodologia
estabelecida pela NHO 06, nos seguintes aspectos:
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(VUNESP / PREF. ITAPEVI-SP / 2019) A exposição ocupacional a determinados agentes acima dos limites
de tolerância pode caracterizar insalubridade. A utilização de taxas de metabolismo no cálculo dos limites
de tolerância ocorre na exposição ocupacional
(A) ao ruído de impacto.
(B) a radiações ionizantes.
(C) a radiações não ionizantes.
(D) a vibrações de corpo inteiro.
(E) ao calor.
Comentários: como vimos, a avaliação da exposição ocupacional ao calor se da através da comparação entre
a taxa metabólica relacionada a uma determinada atividade e o IBUTG obtido no ambiente em que o trabalho
é realizado. Portanto, a alterativa E está correta e é o gabarito da questão. Não há que se falar na utilização
de taxa metabólica para avaliação de ruído, vibrações etc., não faz nenhum sentido!
(CESPE-CEBRASPE / SLU-DF / 2019 / adaptado) Paulo, de 32 anos de idade, lixeiro vinculado a empresa de
coleta de lixo urbano de determinado município, trabalha em jornada de 44 horas semanais, coletando
resíduos não perigosos em vias públicas. É pertencente à subclasse preponderante na Classificação
Nacional de Atividades Econômicas (CNAE-Preponderante), cuja alíquota do seguro de acidente do
trabalho (SAT) é de 3%, ajustada pelo fator acidentário de prevenção (FAP) de 1,75, vigente para 2019. As
avaliações ambientais indicam para Paulo índice de bulbo úmido termômetro de globo (IBUTG) de 31,5 °C,
exposto concomitantemente a ruído intermitente, com dose acumulada na jornada de 75,76%, segundo a
norma trabalhista, e nível de exposição normalizado (NEN) de 87,07 dB(A), pela norma previdenciária.
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Ademais, Paulo fica exposto a fatores de risco ergonômicos e biológicos durante a execução de seu
trabalho.
Tendo como referência a situação hipotética precedente, julgue o item seguinte.
No caso em apreço, o IBUTG terá sido calculado corretamente se considerada a presença de carga solar,
ponderando-se o termômetro de bulbo seco em 10%, o de bulbo úmido natural em 70% e o de globo em
20%.
Comentários: vejam que a banca traz uma situação hipotética da exposição ocupacional de Paulo.
Especificamente em relação ao calor, a atividade de coleta de lixo urbano é realizada a céu aberto e,
portanto, com exposição direta a carga solar.
Nesse caso, o IBUTG será determinado pela seguinte equação: 𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 = 0,7 𝑡𝑏𝑛 + 0,2 𝑡𝑔 + 0,1 𝑡𝑏𝑠, o
que corresponde uma ponderação de 70% para o tg, de 20% para o tbn e de 10% para o tbs. Entretanto, com
a publicação da Portaria SEPTR n.º 1.359, de 09 de dezembro de 2019 a NR 15 NÃO prevê mais a concessão
de adicional de insalubridade por exposição ao calor oriundo exclusivamente fonte natural (sol), o faz ao
determinar que "este Anexo não se aplica a atividades ocupacionais realizadas a céu aberto sem fonte
artificial de calor".
Assim, nesse caso os catadores de lixo urbano deixaram de ter o direito a insalubridade pelo calor
proveniente de exposição solar (fonte natural), pelo que, atualmente, a proposição está ERRADA33.
(FUMARC / COPASA / 2018) Foi avaliada a exposição ao calor, registando-se os seguintes resultados:
Tbn = 23°C, Tbs = 30°C e Tg = 40°C
No posto de trabalho, não há incidência de carga solar, o forneiro permanece durante a jornada de
trabalho no mesmo ambiente, sendo sua atividade considerada pesada.
O IBUTG a que está exposto o forneiro será de:
(A) 24,9 (B) 25,4 (C) 27,1 (D) 28,1
Comentários: como não existe incidência de carga solar, o IBUTG será dado pela Eq.(1)
𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺 = 0,7 𝑡𝑏𝑛 + 0,3 𝑡𝑔 = 0,7 ∙ 40 + 0,3 ∙ 23 = 28 + 6,9 = 24,9 ℃, pelo que a alternativa A está
correta e é o gabarito da questão.
(FUMARC / CEMIG-SP / 2018) Para avaliar a sobrecarga térmica com incidência de carga solar, devemos
avaliar:
(A) temperatura de bulbo seco e temperatura de globo.
(B) temperatura de bulbo úmido e temperatura de globo.
(C) temperatura úmida e seca e velocidade do ar.
(D) temperatura de bulbo seco, temperatura de bulbo úmido e temperatura de globo.
Comentários: basta lembrar das equações. No caso de situações em que há incidência de carga solar, o IBUTG
é dado por 0,7 𝑡𝑏𝑛 + 0,2 𝑡𝑔 + 0,1 𝑡𝑏𝑠. Assim, precisa-se avaliar a temperatura de bulbo seco (tbs), a
temperatura de bulbo úmido (tbn) e a temperatura de globo (tg).
33
Estava certa quando da aplicação da prova, trouxe-a porque é uma questão interessante, de alto nível!
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Vimos no estudo da parte teórica que radiação ionizante é qualquer partícula ou radiação
eletromagnética que, ao interagir com a matéria, ioniza seus átomos ou moléculas. Isso implica que ao
interagir com a matéria sobre a qual incide ela é capaz retirar elétrons de seus átomos (processo de
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ionização) e modificar as moléculas (inclusive geneticamente34), sendo uma fonte importante de neoplasias
(câncer) relacionadas ao trabalho.
As radiações ionizantes incluem a energia na forma de radiação crepuscular (ex.: partículas alfa e
partículas beta emitidas por materiais radiotivos, e nêutrons de aceleradores e reatores nucleares) e
radiação eletromagnética (ex.: raios gama emitidos por materiais radiotivos e raios-x de aceleradores de
elétrons e máxima de raios-x) com energia superior a 12,4 eV (elétrons volt), correspondendo a um
comprimento de onda inferior a, aproximadamente 100 nm (cem nanômetros).
Especificamente, a NR 15, através de seu Anexo n.º 5, traz um único item a respeito do agente físico
"radiação ionizante", vejam:
Como se trata de um agente de elevado risco e que requer um grau elevado de expertise, devido a sua
complexidade, o então extinto Ministério do Trabalho optou por delegar aos Conselho Nacional de Energia
Nuclear - CENEN a competência para estabelecer tais critérios. O referido Conselho o fez através da Norma
CENEN-NN-3.01: "Diretrizes Básicas de Proteção Radiológica", aprovada pela Resolução CENEN n.º
164/2014, vigente até a data de encerramento dessa aula.
Isso, inclusive, é uma exigência do legislador ordinário, consubstanciada pelo Parágrafo Único do Art. 200
da CLT:
34
A modificação genética da molécula é a fase inicial do surgimento de cânceres de diversos tipos.
51
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Pessoal! Essa resolução é bastante técnica e relativamente extensa. Somente compensa estudá-la em
concursos que a trazem expressamente no edital, como no caso de concursos para área de saúde, a exemplo
da EBSERH. Assim, optei por não trabalhar com ela em um curso regular35.
Além desses pontos, quero alertar vocês a respeito de uma POLÊMICA envolvendo esse agente. Essa
polêmica é fruto da Portaria n.º 518, de 4 de abril de 2003 que conferiu ao agente "radiação ionizante" o
status de agente eletivo ao ensejamento de adicional de periculosidade36 e não insalubridade, vejam:
Como resultado dessa Portaria foi inserido na NR 16 o Anexo (*), conhecido como Anexo Asterisco, que
traz uma série de atividades e áreas de riscos que são classificadas como periculosas, vejam um excerto desse
quadro.
35
Trouxe alguns tópicos dela na parte teórica sobre higiene ocupacional!!!
36
A presença desse agente no ambiente assou a caracterizar a atividade ali desenvolvida como “atividade
de risco em potencial”.
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Pessoal, como de costume, essa polêmica foi fruto de judicialização por questionamentos se o Poder
Executivo, através do estão extinto Ministério do Trabalho, é competente para criar um direito, no caso de
periculosidade.
Ao apreciar o caso, o Tribunal Superior Trabalho - TST entendeu que o Poder Executivo - por força de
delegação do legislador ordinário, através do Art. 200 da CLT - é competente para regulamentar as questões
de saúde e segurança do trabalho, pelo que firmou entendimento, através da Orientação Jurisprudencial -
OJ n.º 345, no sentido de que a partir da data de publicação da Portaria n.º 518/2003, a exposição à radiação
ionizante ou substância radioativa passou a ensejar o direito a percepção do adicional de periculosidade,
vejam:
Mas professor, e agora, que posicionamento vou seguir na prova? Vejam! Em provas objetivas, vocês
devem se ater ao enunciado. Se ele tratar da NR 15, não tenham dúvidas, é insalubridade em grau máximo.
Agora, se a questão estiver tratando da jurisprudência, ou da Portaria n.º 518, aí é periculosidade (como
ocorre na prática).
Temos aqui o Anexo mais extenso da NR 15, ocupando aproximadamente 66 páginas de uma Norma que
tem 109 páginas no total, ou seja, estamos tratando de aproximadamente 63% da Norma. Vou tentar resumir
ao máximo esse tema e focar nas partes mais importantes para otimizar o estudo de vocês, vamos lá?
Por condições hiperbáricas entendam aquelas em que o trabalhador está exposto a pressões acima da
atmosférica, seja qual for o meio pela qual a sobrepressão é exercida: através de ar (ar comprimido) ou
líquido (água).
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Esse Anexo trata especificamente de condições hiperbáricas originadas nos (a) trabalhos sob ar
comprimido e (b) trabalhos submersos. Os trabalhos sob ar comprimidos são mais comuns, por isso, suas
regras são mais exploradas pelas bancas, por isso vou dar maior ênfase nesse assunto!
Antes de iniciarmos, entretanto, vale lembrar que as atividades realizadas sob ar comprimido são
consideradas insalubre em grau máximo (40%), sendo a caracterização realizada por enquadramento
profissional (nas atividades mencionadas no Anexo n.º 6).
Por definição, os TRABALHOS SOB AR COMPRIMIDO são os efetuados em ambientes onde o trabalhador
é obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão 37.
Esse tipo de condição de trabalho á comum em construções de túneis, galerias, pilares de pontes etc.,
situações em que o solo é muito instável devido a umidade proveniente de lençóis freáticos ou mesmo
devido a presença de água. Nesses casos, é necessário a formação de uma atmosfera pressurizada que se
opõe a pressão da água e/ou garanta a sustentação do solo e permita a realização segura dos trabalhos.
Uma das formas de realizar esse tipo de trabalho é através da construção de um túnel pressurizado, que
corresponde a uma escavação, abaixo da superfície do solo, cujo eixo faz um ângulo não superior a 45°
(quarenta e cinco graus) com a horizontal, fechado nas duas extremidades, em cujo interior haja pressão
superior a uma atmosfera.
Outra opção é o tubulação de ar comprimido, que consiste em uma estrutura vertical que se estende
abaixo da superfície da água ou do solo, através da qual os trabalhadores devem descer, entrando pela
campânula38, para uma pressão maior que a atmosférica. A atmosfera pressurizada opõe-se à pressão da
água e permite que os homens trabalhem em seu interior.
No caso dos tubulões, a câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho
e vice-versa é chamada de campânula. Já no caso dos túneis pressurizados a câmara através da qual o
trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do túnel e vice-versa é chamada de eclusa de pessoal.
37
Essas tabelas constam do próprio Anexo n.º 6.
38
Campânula: é uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho
do tubulão e vice-versa
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Fiquem atentos à forma de acesso à câmara de trabalho em cada uma das soluções técnicas:
Além disso...
Em ambas as situações, essa passagem da pressão atmosférica para a de trabalho e vice-versa deve ser
gradual, ou seja, deve ocorrer a uma taxa controlada. Por isso, deve ser acompanhada pela figura do
operador de eclusa ou de campânula, que é o indivíduo previamente treinado nas manobras de compressão
e descompressão das eclusas ou campânulas, responsável pelo controle da pressão no seu interior.
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Adicionalmente, também em ambos os casos (túnel ou tubulão), deve existir uma câmara de
recompressão, construída independentemente da câmara de trabalho, que é utilizada para tratamento de
indivíduos que adquirem doença descompressiva ou embolia, sendo essa câmara diretamente
supervisionada por médico qualificado, assim entendido o médico do trabalho com conhecimentos
comprovados em Medicina Hiperbárica, responsável pela supervisão e pelo programa médico.
Além do acompanhamento médico durante todo o período de trabalho, assim entendido o tempo
durante o qual o trabalhador fica submetido a pressão maior que a do ar atmosférico, excluindo-se o período
de descompressão, os trabalhadores também devem ficar sob a tutela do encarregado de ar comprimido,
que é o profissional treinado e conhecedor das diversas técnicas empregadas nos trabalhos sob ar
comprimido , designado pelo empregador como o responsável imediato pelos trabalhadores.
Pessoal! A NR 15 deixa claro que os requisitos a seguir são de observância obrigatória durante a execução
de trabalhos sob ar comprimido, seja em tubulões, seja em túneis pressurizados, sendo que, quaisquer
modificações nessas prescrições devem ser previamente aprovadas pelo órgão nacional competente em
segurança e medicina do trabalho.
Inclusive, destaque-se que o não cumprimento de quaisquer desses requisitos caracteriza situação de
grave e iminente risco.
Dentre essas prescrições, a Norma traz vedações, procedimentos, duração do trabalho, limite de
compressão, requisitos estruturais, supervisão do trabalho etc.
1. VEDAÇÕES:
a) o trabalhador não pode sofrer mais de uma compressão num período de 24 (vinte e quatro) horas39;
b) nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm² durante o transcorrer dos
trabalhos sob ar comprimido, EXCETO em caso de emergência ou durante tratamento em câmara
de recompressão, sob supervisão direta do médico responsável;
c) é vedado o trabalho àqueles que se apresentam alcoolizados ou com sinais de ingestão de bebidas
alcoólicas;
d) é proibido ingerir bebidas e fumar dentro dos tubulões e túneis;
e) vedada a entrada em serviço de trabalhadores que apresentam sinais de afecções das vias
respiratórias ou outras moléstias (deve haver inspeção médica antes da entrada em serviço).
2. DURAÇÃO DO TRABALHO
a) a duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior a 8 (oito) horas, em
pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm²; a 6 (seis) horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm²;
e a 4 (quatro) horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm².
39
isso implica que ele somente pode entrar na câmara de trabalho e sofrer um processo de compressão
a cada 24 horas.
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8 horas
para pressões entre 0 e 1,0 kgf/cm²
6 horas
Duração do trabalho
para pressões entre 1,1 e 2,5 kgf/cm²
4 horas
Algumas prescrições
para trabalhos sob ar para pressões entre 2,5 e 3,4 kgf/cm²
comprimido
mais de uma compressão num período de 24 horas
álcool e tabaco
4. INSTALAÇÕES
a) junto ao local de trabalho deve existir instalações apropriadas à Assistência Médica, à recuperação,
à alimentação e à higiene individual dos trabalhadores.
40
O modelo dessa placa de identificação consta do Quadro I do Anexo n.º 6 da NR 15. Dentre outras
informações constam: nome da empresa (cia), nome do trabalhador e número de telefone e local de
encaminhamento no trabalhador no caso de inconsciência.
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Mais de 18 e menos
Faixa etária requerida para trabalho em condições
de 45 anos de
hiperbáricas
idade
41
Esse período deve ser remunerado como trabalho efetivo.
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existir também internamente, porém serão utilizados somente em emergências. No início de cada
jornada de trabalho, os dispositivos de controle deverão ser aferidos;
c) sempre que essas manobras não puderem ser realizadas por controles externos, os controles de
pressão deverão ser dispostos de maneira que uma pessoa, no interior da campânula, de preferência
o capataz, somente possa operá-lo sob vigilância do encarregado da campânula ou eclusa;
d) o operador de campânula ou eclusa anotará para cada trabalhador42:
• hora exata da entrada e saída da campânula ou eclusa;
• pressão de trabalho;
• hora exata de início e do término de descompressão;
8. PROCESSO DE COMPRESSÃO
A compressão dos trabalhadores deve obedecer às seguintes regras:
a) no primeiro minuto, após o início da compressão, a pressão não poderá ter incremento maior que
0,3 kgf/cm²;
b) atingindo o valor de 0,3 kgf/cm², a pressão somente poderá ser aumentada após decorrido intervalo
de tempo que permita ao encarregado da turma observar se todas as pessoas na campânula estão
em boas condições;
c) decorrido o período de observação, o aumento da pressão deverá ser feito a uma velocidade não-
superior a 0,7 kgf/cm², por minuto, para que nenhum trabalhador seja acometido de mal-estar;
d) se algum dos trabalhadores se queixar de mal-estar, dores no ouvido ou cabeça, a compressão deverá
ser imediatamente interrompida e o encarregado reduzirá gradualmente a pressão da campânula até
que o trabalhador se recupere e, não ocorrendo a recuperação, a descompressão continuará até a
pressão atmosférica, retirando-se, então a pessoa e encaminhando-a ao serviço médico.
Agora, para que vocês possam compreender, de fato, como deve ser conduzido o processo de
compressão, vou chamar duas corujinhas....
... e ...
Suponham que dois trabalhadores precisem adentrar a um tubulão para realizar o trabalho de construção
da fundação de um pilar de uma ponte. A pressão de trabalho requerida é de 2,0 kgf/cm².
Para adentrar a câmara de trabalho, os profissionais devem passar pelo processo de compressão na
campânula (no caso do tubulão43). Esse processo de compressão se dará em três etapas, vejam:
Na primeira etapa, o operador da campânula deverá adotar uma taxa de compressão máxima de 0,3
kgf/cm²/min no primeiro minuto. Admitindo que ele adote esse limite, transcorrido 1 minuto após o início
do processo a pressão na campânula estará exatamente em 0,3 kgf/cm².
42
Esse registro deve ser feito conforme o Quadro II do Anexo n.º 6 da NR 15.
43
Se fosse um túnel pressurizado, o processo de compressão se daria na eclusa, não se esqueçam!
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Ao alcançar essa pressão inicia-se a segunda etapa, que é a etapa de observação inicial. Essa etapa
corresponde ao período de tempo necessário para que o operador da campânula observe as condições das
pessoas dentro da campânula: se elas estão com sinais de tontura, enjoo etc. Admitam que ele gasta 3
minutos nessa etapa.
Tudo normal, o operador dá início a terceira etapa, pela qual a pressão é aumentada até que a "pressão
de trabalho" seja alcançada. Supondo que ele adote a máxima taxa de compressão admitida - que é de 0,7
kgf/cm²/min - para a condução dessa etapa, teremos as seguintes pressões: 1,0 kgf/cm² no minuto 4, 1,7
kgf/cm² no minuto 5, atingindo a pressão de 2,0 kgf/cm² em aproximadamente 5,5 minutos.
Isso implica que o processo de compressão, nesse caso, dura aproximadamente 6 minutos (vamos
arredondar!). Entretanto, caso algum dos trabalhadores se queixar de mal-estar, dores no ouvido ou cabeça,
a compressão deverá ser imediatamente interrompida e o encarregado reduzirá gradualmente a pressão da
campânula até que o trabalhador se recupere e, não ocorrendo a recuperação, a descompressão continuará
até a pressão atmosférica, retirando-se, então, a pessoa e encaminhando-a ao serviço médico.
Tudo normal, os trabalhadores saem da campânula e entram na câmara de trabalho que, nesse momento,
já está a uma pressão de 2,0 kfg/cm².
9. PROCESSO DE DESCOMPRESSÃO44
Na descompressão de trabalhadores expostos à pressão de 0,0 a 3,4 kgf/cm², serão obedecidas as
tabelas do Quadro III do Anexo n.º 6 da NR 15 de acordo com as seguintes regras:
a) sempre que duas ou mais pessoas estiverem sendo descomprimidas na mesma campânula ou eclusa
e seus períodos de trabalho ou pressão de trabalho não forem coincidentes, a descompressão
processar-se-á de acordo com o maior período ou maior pressão de trabalho experimentada pelos
trabalhadores envolvidos;
b) a pressão será reduzida a uma velocidade não superior a 0,4 kgf/cm², por minuto, até o primeiro
estágio da descompressão, de acordo com as tabelas; a campânula ou eclusa deve ser mantida
naquela pressão, pelo tempo indicado em minutos, e depois diminuída a pressão à mesma velocidade
anterior, até o próximo estágio e assim por diante; para cada 5 (cinco) minutos de parada, a
campânula deverá ser ventilada à razão de 1 (um) minuto.
Aqui, chamo a atenção de vocês para o fato de que o Quadro III do Anexo n.º 6 da NR 15 traz 16 tabelas
de descompressão. Não faz nenhum sentido reproduzir todas aqui! Vou trazer somente uma delas para que
vocês compreendam como deve ocorrer tal processo. Essas tabelas são função do tempo em que os
trabalhadores permanecem sob compressão e da faixa de compressão sofrida, vejam um exemplo na Figura
2.7.
44
Descompressão: conjunto de procedimentos, através do qual um mergulhador elimina do seu
organismo o excesso de gases inertes absorvidos durante determinadas condições hiperbáricas, sendo
tais procedimentos absolutamente necessários, no seu retorno à pressão atmosférica, para a preservação
da sua integridade física.
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Figura 2.7 - Tabela de descompressão para trabalhadores submetidos a uma compressão entre 1,0 e 2,0
kgf/cm² durante 1:30 (uma hora e trinta minutos) a 2 (duas horas)
Observem que a tabela é dividida em três colunas. A primeira, da esquerda para a direita, é de " pressão
de trabalho" e indica a pressão à qual os trabalhadores foram submetidos. A segunda é a do "estágio de
descompressão" e indica o tempo, em minutos, que deve durar cada estágio de descompressão. Por fim, a
terceira é a de "tempo total de descompressão" e indica o tempo mínimo, em minutos, que deve durar todo
o processo de descompressão.
Agora, para que vocês possam compreender, de fato, como a tabela deve ser interpretada, vou apelar
para novamente para as corujinhas...
... e ...
Suponham que os dois trabalhadores do exemplo anterior ficaram confinados na câmara de trabalho do
tubulão, após o processo de compressão na campânula, durante 1h:30min a 2,0 kgf/cm² de pressão.
Para que os trabalhadores deixem o tubulão, eles devem passar pelo processo de descompressão que
também ocorre na campânula. Para isso, eles deixam a câmara de trabalho e adentram a campânula, que
deve estar à mesma pressão, ou seja, a 2,0 kgf/cm².
O processo de descompressão deve ocorrer a uma taxa não superior a 0,4 kgf/cm²/min45 - como lembra
a nota (*) da tabela - até que seja alcançado o primeiro estágio de descompressão (que é de 0,6 kgf/cm²), e
também após esse estágio.
Admitindo que o operador da campânula adote uma taxa igual a 0,4 kgf/cm²/min, a pressão seguirá a
seguinte linha de queda durante o processo de descompressão: 1,6 kgf/cm² no primeiro minuto; 1,2 kgf/cm²
45
Na verdade, como 2,0 kgf/cm² é o limite de pressão nesse intervalo, a adoção dessa taxa é obrigatória
tal como determina a nota (***) da tabela. Caso a pressão de trabalho fosse 1,8 kgf/cm², por exemplo,
essa taxa seria facultativa, podendo ser empregados valore menores.
61
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no segundo minuto; 0,8 kgf/cm² no terceiro minuto; e atingirá o primeiro estágio de descompressão (0,6
kgf/cm²) após 3,5 minutos46.
Nesse momento, o processo de descompressão deve ser interrompido de modo que os trabalhadores
permaneçam durante 5 minutos a uma pressão de 0,6 kgf/cm², o que corresponde ao primeiro estágio.
Admitindo que o operador de campânula adote também a taxa máxima de descompressão entre os
demais estágios, a pressão cairá para 0,4 kgf/cm² no minuto 9, alcançando o segundo estágio, pelo que os
trabalhadores deverão permanecer nessa pressão por mais 15 minutos.
No minuto 24 inicia-se a redução da pressão para o terceiro e último estágio, durando mais 0,5 minuto.
Assim, após 24,5 minutos a pressão na campânula estará em 0,2 kgf/cm². Situação em que os trabalhadores
deverão permanecer por mais 35 minutos.
No minuto 59,5 inicia-se a queda de pressão para que seja alcançada completa despressurização da
campânula (de 0,2 kgf/cm² de sobrepressão para ZERO), que dura mais 0,5 minuto, de modo que após um
processo de 60 minutos a pressão da campânula esteja igual à pressão atmosférica e os trabalhadores
possam deixá-la.
Vejam que o processo durou 60 minutos, sendo 55 minutos durante os estágios e 5 minutos entre
estágios. Observem que a tabela traz o tempo mínimo durante os estágios, não incluindo o tempo entre
estágios, como preconiza a nota (**) da tabela.
Por fim, quero chamar a atenção de vocês para o tempo que esse trabalhador fica à disposição do
empregado: 6 minutos de compressão; 1,5 hora (90 minutos) de trabalho; 60 minutos de descompressão e
mais 2 horas (120 minutos) de observação médica. Todo esse tempo, 276 minutos (4h:36min) deve ser
computado na jornada normal de trabalho, tal como preconiza a NR 15:
NR 15, Anexo n.º 6, 1.2.12 Para efeito de remuneração, deverão ser computados na jornada de trabalho o
período de trabalho, o tempo de compressão, descompressão e o período de observação médica.
Agora vejam esse esquema com os principais tópicos a respeito dos processos de compressão e
descompressão.
46
Estamos admitindo que o operador conduza o processo como uma máquina, como um relógio, somente
para ilustrar.
62
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Os estágios de descompressão
No primeiro minuto de devem seguir os tempo mínimo Para cada 5 minutos de parada
COMPRESSÃO deve-se adotar de espera para cada nível de (estágio de descompressão) a
uma taxa máxima de 0,3 pressão, conforme as Tabelas campânula ou eclusa deve ser
kgf/cm²/min do Quadro III o Anexo n.º 6 da ventilada à razão de 1 minuto
NR 15
Decorrido o peíodo de
A máxima pressão de trabalho
observação, pode-se adotar Os trabalhadores somente
permitida é de 3,4 kgf/cm², caso
uma taxa de compressão poderão ser submetidos a uma
em que o tempo máximo de
máxima de 0,7 kgf/cm²/min até nova compressão após 24
trabalho permitido será de 4
que a pressão de trabalho seja horas.
horas
alcançada
Pessoal, para fechar o estudo a respeito do trabalho sob ar comprimido, vejam esses requisitos a respeito
da ventilação, temperatura ambiente e qualidade do ar. Sobre esses aspectos só digo uma coisa....
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c) a qualidade do ar deverá ser mantida dentro dos padrões de pureza estabelecidos no Quadro que
segue, através da utilização de filtros apropriados, colocados entre a fonte de ar e a câmara de
trabalho, campânula ou eclusa.
NOTA!
Como já destaquei anteriormente, esse tema, apesar de ser o maior da Norma, é POQUÍSSIMO
EXPLORADO quando o assunto é trabalho sob condições hiperbáricas. Dessa forma, vou trazer apenas os
pontos mais importantes, sem muita contextualização para possamos ganhar tempo com assuntos mais
relevantes (mesmo assim, é bastante coisa, rsrs).
Para que vocês tenham uma ideia, analisando as questões dos principais certames dos últimos 2 anos não
encontrei APENAS UMA QUESTÃO explorando esse assunto.
1. DEFINIÇÕES
a) Trabalho submerso: qualquer trabalho realizado ou conduzido por um mergulhador em meio líquido;
b) Mergulhador: profissional qualificado e legalmente habilitado para utilização de equipamento de
mergulho, submerso;
c) Supervisor de mergulho: o mergulhador, qualificado e legalmente habilitado, designado pelo
empregador para supervisionar a operação de mergulho;
d) Operação de mergulho: toda aquela que envolve trabalhos submersos e que se estende desde os
procedimentos iniciais de preparação até o do período de observação.
e) Mergulho de intervenção: o mergulho caracterizado pelas seguintes condições:
• utilização de Misturas Respiratórias Artificiais - MRA;
• tempo de trabalho, no fundo, limitado a valores que não incidam no emprego de técnicas de
saturação;
f) Misturas Respiratórias Artificiais - MRA: misturas de oxigênio, hélio ou outros gases, apropriadas à
respiração durante os trabalhos submersos, quando não seja indicado o uso do ar natural.
g) Técnicas de saturação: procedimentos pelos quais um mergulhador evita repetidas
descompressões47 para a pressão atmosférica, permanecendo submetido à pressão ambiente maior
47
Descompressão: conjunto de procedimentos, através do qual um mergulhador elimina do seu
organismo o excesso de gases inertes absorvidos durante determinadas condições hiperbáricas, sendo
tais procedimentos absolutamente necessários, no seu retorno à pressão atmosférica, para a preservação
da sua integridade física.
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que aquela, de tal forma que seu organismo se mantenha saturado com os gases inertes das misturas
respiratórias;
h) Técnico de saturação: profissional devidamente qualificado para a aplicação das técnicas adequadas
às operações em saturação;
i) Período de observação: aquele que se inicia no momento em que o mergulhador deixa de estar
submetido a condições hiperbáricas e se estende:
• até 12 (doze) horas para os mergulhos com ar;
• até 24 (vinte e quatro) horas para os mergulhos com Misturas Respiratórias Artificiais - MRA.
•as câmaras de superfície48 devem estar desocupadas e prontas para utilização, de modo a
atender a uma possível necessidade de recompressão do mergulhador;
• o supervisor e demais integrantes da equipe necessários para conduzir a recompressão,
não deverão afastar-se do local;
• não será permitido aos mergulhadores:
I. realizar vôos a mais de 600 (seiscentos) metros;
II. realizar esforços físicos excessivos;
III. afastar-se do local da câmara, caso o mergulho tenha se realizado com a utilização
de MRA;
j) Condições perigosas: situações em que uma operação de mergulho envolva riscos adicionais ou
condições adversas, tais como:
• uso e manuseio de explosivos;
• trabalhos submersos de corte e solda;
• trabalhos em mar aberto;
• correntezas superiores a 2 (dois) nós;
• estado de mar superior a “mar de pequenas vagas” (altura máxima das ondas de 2 m);
48
Câmara de superfície: uma câmara hiperbárica especialmente projetada para ser utilizada na
descompressão dos mergulhadores, requerida pela operação ou pelo tratamento hiperbárico.
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2. CLASSIFICAÇÃO DO MERGULHADORES
Os mergulhadores são classificados em duas categorias:
a) MR - mergulhadores habilitados, apenas, para operações de mergulho utilizando ar comprimido;
b) MP - mergulhadores devidamente habilitados para operações de mergulho que exijam a utilização
de Misturas Respiratórias Artificiais - MRA49.
3. EQUIPES DE MERGULHO
a) no caso de operações de mergulho em que o suprimento respiratório ocorre através de ar
comprimido, a composição da equipe de mergulho deve obedecer às seguintes regras:
Destaque-se, ainda, que em operações a mais de 50 m (cinquenta metros), ou quando for utilizado
equipamento autônomo52, serão sempre empregados, no mínimo, 2 (dois) mergulhadores
submersos, de modo que um possa, em caso de necessidade, prestar assistência ao outro.
49
Misturas Respiratórias Artificiais – MRA: misturas de oxigênio, hélio ou outros gases, apropriadas
à respiração durante os trabalhos submersos, quando não seja indicado o uso do ar natural.
50
Aquelas descritas na alínea “i” do item 1.
51
Águas abrigadas: toda massa líquida que, pela existência de proteção natural ou artificial, não estiver
sujeita ao embate de ondas, nem corrente superiores a 1 (um) nó;
52
Equipamento autônomo de mergulho: aquele em que o suprimento de mistura respiratória é levado
pelo próprio mergulhador e utilizado como sua única fonte.
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Adicionalmente, a Norma preconiza que em toda operação de mergulho em que para a realização
do trabalho for previsto o emprego simultâneo de 2 (dois) ou mais mergulhadores na água, deverá
existir, no mínimo, 1 (um) mergulhador de reserva para cada 2 (dois) submersos.
Acrescente-se, ainda, que nas operações com técnica de saturação deverá haver, no mínimo, 2
(dois) supervisores e 2 (dois) técnicos de saturação.
4. SISTEMA DE MERGULHO
Um sistema de mergulho é um conjunto de equipamentos necessários à execução de operações de
mergulho, dentro das normas de segurança. Basicamente, os equipamentos mais importantes são:
a) Equipamento autônomo de mergulho: aquele em que o suprimento de mistura respiratória é levado
pelo próprio mergulhador e utilizado como sua única fonte;
53
Mergulho de intervenção: o mergulho caracterizado pelas seguintes condições:
a) utilização de misturas respiratórias artificiais;
b) tempo de trabalho, no fundo, limitado a valores que não incidam no emprego de técnicas de
saturação.
54
Sino de mergulho: uma câmara hiperbárica, especialmente projetada para ser utilizada em trabalhos
submersos.
55
Câmara hiperbárica: um vaso de pressão especialmente projetado para a ocupação humana, no qual
os ocupantes podem ser submetidos a condições hiperbáricas.
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b) Linha de vida: um cabo, manobrado do local de onde é conduzido o mergulho, que, conectado ao
mergulhador, permite recuperá-lo e içá-lo da água, com seu equipamento;
c) Umbilical: conjunto de linha de vida, mangueira de suprimento respiratório e outros componentes
que se façam necessários à execução segura do mergulho, de acordo com sua complexidade;
d) Sino aberto: campânula com a parte inferior aberta e provida de estrado, de modo a abrigar e
permitir o transporte de, no mínimo, 2 (dois) mergulhadores, da superfície ao local de trabalho,
devendo possuir sistema próprio de comunicação, suprimento de gases de emergência e vigias que
permitam a observação de seu exterior;
e) Sino de mergulho: conjunto de equipamentos necessários à execução de operações de mergulho,
dentro das normas de segurança;
f) Câmara de superfície: câmara hiperbárica especialmente projetada para ser utilizada na
descompressão dos mergulhadores, requerida pela operação ou pelo tratamento hiperbárico;
g) Câmara submersível de pressão atmosférica: câmara resistente à pressão externa, especialmente
projetada para uso submerso, na qual os seus ocupantes permanecem submetidos à pressão
atmosférica;
h) Câmara terapêutica: câmara de superfície destinada exclusivamente ao tratamento hiperbárico;
i) Plataforma de mergulho: navio, embarcação, balsa, estrutura fixa ou flutuante, canteiro de obras,
estaleiro, cais ou local a partir do qual se realiza o mergulho;
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•
Teste de aptidão física: todos os candidatos devem ser submetidos ao "Teste de Ruffer" que
consiste em: 30 (trinta) agachamentos em 45 (quarenta e cinco) segundos e tomadas de
frequência do pulso. Para que o candidato seja aprovado, o "Índice de Ruffer" deve ficar
abaixo de 10 (dez);
d) IMPORTANTE! O trabalho submerso ou sob pressão somente é permitido a trabalhadores com idade
mínima de 18 (dezoito) anos;
Maior de 18 anos
Sob ar comprimido
(tubulões e túneis)
Menor de 45 anos
Idade requerida para trabalhos
em condições hiperbáricas
Mergulho Idade mínima de 18 anos
Pessoal! Essas são as regras principais, entretanto, como já coloquei o assunto é bem extenso. Sugiro que,
se tiverem estudando com tempo56, deem uma lida com atenção na íntegra das para trabalhos submersos.
Para isso, acessem o link : < https://enit.trabalho.gov.br/portal/index.php/seguranca-e-saude-no-trabalho/sst-
menu/sst-normatizacao/sst-nr-portugues?view=default>, e baixem a Norma. As regras a respeito de trabalhos
submersos vão da página 21 a 43.
(AOCP / UNIR / 2019) O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os itens da
NR-15, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo da região,
equivalente a 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo, 20% (vinte por cento), para
insalubridade de grau médio, e 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo. Sobre a NR-
15, julgue o item a seguir.
O Teste de Tolerância ao Oxigênio é um teste exigido a todos os trabalhadores que pretendem executar
trabalhos submersos. Esse teste consiste em fazer o candidato respirar oxigênio puro sob pressão (2,8 ATA)
em um período de 30 (trinta) minutos, na câmara de recompressão. Qualquer sinal ou sintoma de intoxicação
pelo oxigênio será motivo de inabilitação.
Comentários: a proposição está CERTA. Descreve exatamente o teste de tolerância ao oxigênio.
56
Caso contrário, esse é o típico assunto que compensa o risco de não estudar por completo, o custo
benefício é muito baixo. Lembre-se: o concurseiro não é aquele que tudo de tudo, mas o que sabe tudo
o que é necessário para a aprovação!
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Como vimos, as radiações não ionizantes são aquelas que não possuem energia suficiente para promover
a ionização de um átomo ou molécula, apenas provocam um aumento de energia interna, ou seja,
contribuem, principalmente, para o aumento da temperatura das células.
Vimos também que essas radiações são provenientes de diversas fontes: campos elétricos, campos
magnéticos e campos eletromagnéticos, esses últimos nos espectros das: sub-frequências, das
radiofrequências, das micro-ondas e da radiação óptica (infravermelho, luz visível, ultravioleta e lasers).
Mas, todas são elegíveis a agentes ensejadores de adicional de insalubridade? Como vimos, a resposta é
NÃO. Isso porque a NR 15 exclui a maior parte delas ao estabelece que "para os efeitos desta norma, são
radiações não-ionizantes as micro-ondas, ultravioletas e laser.
Assim, vejam que, para efeitos de ensejamento do adicional de insalubridade, somente devem ser
consideradas as ondas provenientes de campos eletromagnéticos nos espectros das micro-ondas da radiação
óptica (ultravioleta e lasers).
Adicionalmente, a NR 15 também exclui uma parcela das ondas ultravioletas, o faz ao determinar que as
atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa de
400 a 320 nanômetros, chamada de UV-A) não são consideradas insalubres.
Isso ocorre porque essa faixa de comprimento de onda é emito, normalmente, pela maioria das lâmpadas
comerciais. Além disso, é a faixa de radiação ultravioleta que chega à terra através dos raios solares com
maior intensidade. Ainda que ela possa penetrar consideravelmente nos tecidos humanos, ela não é
considerada biologicamente tão prejudicial quanto a UV-B (315 a 280 nanômetros) e a UV-C (280 a 100
nanômetros), já que a energia contida em seus fótons é consideravelmente menor.
Inclusive, sobre isso, já existe entendimento judicial, consubstanciado pela OJ n.º 173 do TST, no sentido
que a exposição a luz solar durante trabalho a céu aberto não caracteriza situação ensejadora de adicional
de insalubridade por exposição à radiação não ionizante, dado que a radiação solar é predominantemente
do tipo UV-A, vejam:
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Atente-se, ainda, para o entendimento do Tribunal no sentido de que os efeitos da luz solar devem ser
considerados, para fins de percepção do adicional de insalubridade, somente no sentido agirem como uma
fonte de calor (no caso, natural).
Além disso, é preciso que vocês tenham em mente de que a simples presença dessas radiações
consideradas pela NR 15 no ambiente de trabalho não é suficiente para caracterizar a exposição como
insalubre.
Quero dizer: não basta, por exemplo, que um trabalhador utilize um equipamento de solda a arco elétrico
(fonte de radiação ultravioleta em todos os espectros) para que reste, só por isso, configurado seu direito de
percepção ao adicional. A Norma deixa claro que o adicional somente será devido se a exposição ocorrer
sem a proteção adequada.
O faz ao determinar que "as operações ou atividades que EXPONHAM OS TRABALHADORES às radiações
não-ionizantes, SEM A PROTEÇÃO ADEQUADA, serão consideradas insalubres, em decorrência de laudo de
inspeção realizado no local de trabalho".
Além de deixar claro a necessidade de exposição sem proteção adequada para a caracterização da
condição insalubre, esse item normativo deixa evidente a necessidade de avaliação qualitativa para a
caracterização da insalubridade por exposição a radiações não ionizantes. Vale ainda lembrar, ainda, que
uma vez caracterizada, será enquadrada em grau médio, garantindo ao trabalhador um adicional pecuniário
de 20% sobre o salário mínimo regional (ou nacional).
Pessoal! Para fechar o assunto, vejam esse mapa mental a respeito das fontes de radiações não ionizantes
que estão previstas na NR 15 para fins de ensejamento de adicional de insalubridade. As bancas costumam
trazer várias dessas fontes, então....
Campos estáticos
Campos elétricos
Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
Campos estáticos
Campos
magnéticos
Radiações não Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
ionizantes
Frequênias extremamente baixas (ELF) e sub-frequências
Radiofrequências Infravermelho
Campos
eletromagnéticos, Micro-ondas (1 mm - 760 nm)
no espectro das: (1 m - 1 mm) luz visível UV-A (luz negra)
Radiação óptica (760 - 400 nm) (400 - 320 nm)
(1 mm - 100 nm) Ultravioleta UV-B
(400 - 100 nm) (320 - 280 nm)
Lasers UV-C
(1 mm - 140 nm) (280 - 100 nm)
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(FUNDEP / PREF. UBERLÂNDIA-MG / 2019) São atividades e operações insalubres com radiação não
ionizantes na NR-15, exceto.
(A) Micro-ondas (B) Ultravioletas (C) Laser (D) Beta
Comentários: a exceção fica por conta da radiação beta que, como vimos, é um dos tipos de radiações
ionizantes. Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
1.12.1 Objetivos
O Anexo n.º 8 da NR 15 tem por objetivo estabelecer critérios para caracterização da condição de trabalho
insalubre decorrente da exposição às Vibrações de Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Interior (VCI).
No tocante a metodologia de avaliação desse agente físico, a ser utilizada para a caracterização da
atividade ou operação insalubre, a Norma preconiza que "os procedimentos técnicos para avaliação
quantitativa das VCI e VMB são os estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional da FUNDACENTRO.
Atualmente, a referida Fundação dispõe de duas NHOs que estabelecem os critérios para avaliação da
exposição ocupacional às vibrações: a NHO 09 - avaliação da exposição ocupacional a vibração de corpo
inteiro e a NHO 10 - avaliação da exposição ocupacional a vibração de mãos e braços.
Pessoal, quero chamar a atenção de vocês a respeito das Normas de Higiene Ocupacional - NHOs da
Fundação Jorge Duprat e Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.
Existe uma tendência, com a reformulação maciça das NRs, de que elas deixem de tratar de aspectos
relacionados a metodologias de avaliação de agentes físicos, químicos e biológicos e passem a tratar
especificamente dos limites de tolerância desses agentes, quando for o caso.
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Vejam que, assim como no caso do Calor, a NR 15 deixa claro que os procedimentos técnicos que devem
ser adotados para a avaliação quantitativa das VCI e VMB devem ser aqueles estabelecidos pelas NORMAS
DE HIGIENE OCUPACIONAL (NHOs) da FUNDACENTRO.
Notem que a NR 15 exige somente a observância dos procedimentos de avaliação - ou seja, da
metodologia - estabelecidos pelas NHOs. Isso ocorre porque essas Normas, por serem de Higiene
Ocupacional, são mais abrangentes e definem outros aspectos relacionados, especialmente, a prevenção de
doenças ocupacionais, como: níveis de ação, medidas de controle etc., que não estão relacionados a
caracterização da insalubridade.
Quero também destacar uma divergência em relação ao corpo da Norma e o Anexo n.º 8, no tocante a
forma de caracterização do agente físico vibrações. No corpo da Norma consta que a avaliação da
insalubridade por exposição às vibrações é qualitativa (laudo de inspeção no local de trabalho), vejam:
Entretanto, com a publicação da Portaria MTE n.º 1.297, de 13 de agosto de 2014, que alterou
substancialmente o texto do Anexo n.º 8, a avaliação da exposição ocupacional das VMB e VCI passou a ser
QUANTITATIVA, uma vez que limites de tolerância objetivos foram estabelecidos.
A partir de agosto de 2014 a avaliação da exposição ocupacional à vibração deixou de ser qualitativa
(comprovada por laudo de inspeção no local de trabalho) e passou a ser QUANTITATIVA. Uma vez
caracterizada quantitativamente, ela é classificada em grau médio, adicional de 20% sobre o salário
mínimo regional (ou nacional)
No tocante aos limites de tolerância, a Norma estabelece, para o caso das Vibrações de Mãos e Braços -
VMB, que se caracteriza condição insalubre caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária a
VMB correspondente a uma valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 5 m/s² (cinco
metros por segundo ao quadradro).
Para o caso das Vibrações de Corpo Inteiro - VCI, a Norma determina que se caracteriza a condição
insalubre caso sejam superados quaisquer dos limites de exposição ocupacional diária a VCI:
a) valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s² (um vírgula um metro
por segundo ao quadrado);
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b) valor da dose de vibração resultante (VDVR) de 21,0 m/s1,75 (vinte e um metros por segundo elevado
a um vírgula setenta e cinco)
Esses são os limites de tolerância estabelecidos pelo Anexo n.º 8. Agora, temos um ponto importante.
Imaginem um trabalhador cuja função é operar de trator. Vocês vão concordar que esse indivíduo está
exposto tanto a VCI, transmitida ao corpo pelo assento, quanto a VMB, transmitida pelo volante e pelos
comandos. Nesse caso, ambas as vibrações devem ser objeto de avaliação.
Além disso, vejam que o limite de tolerância para VCI é dado em função de dois parâmetros diferentes
(aren e VDVR). A respeito desses dois limites, a Norma preconiza que para fins de caracterização da condição
insalubre, o empregador deve comprovar a avaliação dos dois parâmetros (aren = 1,1 m/s² e VDVR = 21,0
m/s1,75).
Na prática, o VDVR é utilizado para medir a influência dos "solavancos" experimentados por veículos
quando eles se deslocam em terrenos irregulares, ao passo que o "aren" mede as vibrações oriundas da
própria operação da máquina ou equipamento. Muitas vezes, a máquina tem bom isolamento em relação às
vibrações funcionais, mas o trabalhador fica sujeito a "solavancos" constantes devido a irregularidade do
terreno, por isso, a exigência de se realizar as duas avaliações.
Para que vocês não confundam os valores, é importante lembrar que, de acordo com a NR 9, o Nível de
Ação para a exposição ocupacional às vibrações são:
Limite de Tolerância
𝑎𝑟𝑒𝑛 = 5 𝑚Τ𝑠 2
VMB
Nível de ação
𝑎𝑟𝑒𝑛 = 2,5 𝑚Τ𝑠 2
Exposição ocupacional às
vibrações Limites de tolerância
𝑎𝑟𝑒𝑛 = 1,1 𝑚Τ𝑠 2
e
𝑉𝐷𝑉𝑅 = 21,0 𝑚Τ𝑠1,75
VCI
Níveis de ação
𝑎𝑟𝑒𝑛 = 0,5 𝑚Τ𝑠 2
e
𝑉𝐷𝑉𝑅 = 9,1 𝑚Τ𝑠1,75
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NR 9, 3.1 Deve ser realizada avaliação preliminar da exposição às VMB e VCI, no contexto do
reconhecimento e da avaliação dos riscos, considerando-se também os seguintes aspectos:
a) ambientes de trabalho, processos, operações e condições de exposição;
b) características das máquinas, veículos, ferramentas ou equipamentos de trabalho;
c) informações fornecidas por fabricantes sobre os níveis de vibração gerados por ferramentas,
veículos, máquinas ou equipamentos envolvidos na exposição, quando disponíveis;
d) condições de uso e estado de conservação de veículos, máquinas, equipamentos e ferramentas,
incluindo componentes ou dispositivos de isolamento e amortecimento que interfiram na
exposição de operadores ou condutores;
e) características da superfície de circulação, cargas transportadas e velocidades de operação, no
caso de VCI;
f) estimativa de tempo efetivo de exposição diária;
g) constatação de condições específicas de trabalho que possam contribuir para o agravamento dos
efeitos decorrentes da exposição;
h) esforços físicos e aspectos posturais;
i) dados de exposição ocupacional existentes;
j) informações ou registros relacionados a queixas antecedentes médicos relacionados aos
trabalhadores expostos.
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comparativo entre os itens que devem fazer parte dos laudos de avaliação da exposição ocupacional ao calor
a às vibrações. Vejam que a estrutura dos laudos deve ser praticamente igual:
(NUCEPE / FMS / 2019 / adaptada) Sobre os trabalhadores que laboram em atividades que envolvam
vibração, marque a alternativa CORRETA.
(A) Caracteriza-se a condição insalubre, caso seja superado o limite de exposição ocupacional diária a VMB,
correspondente a um valor de aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 10 m/s².
(B) Tais trabalhadores não estão expostos às Vibrações de Mãos e Braços (VMB) e Vibrações de Corpo Inteiro
(VCI).
(C) As situações de exposição a VMB e VCI superiores aos limites de exposição ocupacional são caracterizadas
como perigosas.
(D) Caracteriza-se a condição insalubre, caso sejam superados quaisquer dos limites de exposição
ocupacional diária a VCI, com valor da aceleração resultante de exposição normalizada (aren) de 1,1 m/s².
Comentários:
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A alternativa A está incorreta. O limite de exposição ocupacional para VMB é a aren = 5 m/s².
A alternativa B está incorreta. Os trabalhadores podem sim estar, concomitantemente, expostos a VBM
e VCI simultaneamente, é o caso, por exemplo, dos motoristas.
A alternativa C está incorreta. A vibração, seja ela VMB ou VCI, é um agente físico ensejador do adicional
de insalubridade e não periculosidade.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. De fato, o limite de exposição para VCI é aren =
1,1 m/s² ou VDVR = 21 m/s1,75. Caso qualquer um dos limites seja ultrapassado a condição será caracterizada
como insalubre. Importante lembrara ainda que, o empregador deve comprovar a avaliação dos dois
parâmetros.
(CESPE-CEBRASPE / FUB / 2018) Acerca dos programas de saúde e segurança no trabalho, julgue o item
que se segue.
O limite diário de exposição ocupacional à vibração em mãos e braços corresponde ao valor de aceleração
resultante de exposição normalizada de 5 m/s².
Comentários: perfeito: o limite de exposição ocupacional para VMB é a aren = 5 m/s², portanto, a proposição
está CERTA.
Ambiente frio é aquele com temperaturas baixas que possam afetar a saúde, o conforto e a eficiência do
trabalhador. Adicionalmente, de acordo com a OIT, um ambiente frio é definido por condições que provocam
perdas de calor corporal maiores que o normal, entendendo-se por normal à condição em que a taxa de
produção interna de calor pelo organismo humano é igual a taxa de perda de calor para o ambiente, situação
conhecida como condição termoneutra.
Como vimos, o frio é um agente físico cuja avaliação da nocividade da exposição para fins de
caracterização e de classificação da insalubridade se dá de forma qualitativa (laudo de inspeção realizada no
local de trabalho), sendo classificada em grau médio (adicional de 20%).
Assim como no caso de outros agente cuja caracterização é qualitativa, a NR 15 não traz maiores detalhes
sobre esse agente, limitando-se a apenas um único item:
Pessoal, têm dois pontos importantes nesse item da NR 15, que merecem destaque:
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A insalubridade somente é
devida por exposição ao FRIO
atividades executadas no interior de câmaras frigoríficas ou em
ARTIFICIAL, não sendo insalubre
locais que apresentam condições similares que exponham o
a exposição ao frio natural
trabalhador ao frio
(trabalho a céu aberto em
regiões frias)
Para a caracterização da
insalubridade, a exposição deve a proteção adequada por meio de EPIs, por exemplo,
ocorrer SEM a proteção descaracteriza a nocividade da exposição
adequada
Mas, professor, existem uma definição técnica objetiva do que é frio artificial? Existe sim! E essa definição
está no Art. 253, parágrafo único da CLT, vejam:
CLT, Art. 253, Parágrafo único - Considera-se artificialmente frio, para os fins desse artigo58,
o que for inferior, nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas do mapa oficial do
Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio, a 15° (quinze graus), na quarta zona a 12°
(doze graus), e nas quinta, sexta e sétima zonas a 10° (dez graus)
Pessoal! O mapa de que trata o dispositivo legal é o mapa "Brasil Climas" do IBGE. Entretanto, o texto da
CLT está desatualizado, visto que atualmente o Brasil é dividido em apenas 5 (cinco) zonas climáticas e não
mais em 7 (sete), entretanto, para fins de prova objetiva, não cabe aqui entrar nesse tipo de detalhe, apenas
guardem o seguinte:
T < 15 °C
nas primeira, segunda e terceira zonas climáticas
T < 12 °C
É considerado frio artificial
na quarta zona climática
T < 10 °C
nas quinta, sexta e sétima zonas climáticas
Assim, por exemplo, imaginem a situação de uma rede nacional de supermercados em que alguns
trabalhadores realizam suas atividades próximos a freezers de congelados. Situação em que ficam expostos
a uma temperatura constante de 13 °C.
Se esse supermercado estiver localizado no nordeste (segunda zona climática) essa temperatura
caracteriza a condição como exposição ao frio artificial (T < 15 °C), entretanto, para um trabalhador exposto
58
Concessão de intervalo para recuperação térmica, como veremos adiante.
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às mesmas condições, porém em uma filial localizada no sul do país (sétima zona climática), a temperatura
não se enquadra com frio artificial (T > 10 °C).
Essa situação tem implicação direta também no direito ao intervalo para recuperação térmica por parte
do empregado. Esse intervalo é destinado a trabalhadores que laboram em câmaras frigoríficas ou condições
similares (frio artificial) dado que as baixas temperaturas são extremamente danosas ao sistema circulatório
e podem, em casos extremos, levar a necrose de membros (dedos, por exemplo) e até a morte por
hipotermia.
CLT, Art. 253 - Para os empregados que trabalham no interior de câmaras frigoríficas e para
os que movimentam mercadorias do ambiente quente ou normal para o frio e vice-versa,
depois de 1 (uma) hora e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo, será assegurado um
período de 20 (vinte) minutos de repouso, computado esse intervalo como de trabalho
efetivo.
Adicionalmente, saibam que a Súmula n.º 438 do TST firmou o entendimento de que o labor em qualquer
ambiente artificialmente frio, independentemente de se tratar ou não de uma câmara frigorífica 59, garante
ao empregado o direito ao intervalo para recuperação térmica, que é uma espécie de intervalo intrajornada,
ou seja, que ocorre dentro da jornada diária normal, vejam:
TST, Súmula n.º 438. O empregado submetido a trabalho contínuo em ambiente frio, nos
termos do parágrafo único do art. 253 da CLT, ainda que não labore em câmara frigorífica,
tem direito ao intervalo intrajornada previsto no caput do art. 253 da CLT.
Pessoal, a ideia aqui é a mesma prevista para os digitadores na NR 17, 10 minutos de desando para cada
50 minutos de digitação60. Da mesma forma, o intervalo deve ser considerado como tempo efetivo de
trabalho, ou seja, não pode ser acrescentado ao final do expediente (ou descontado da jornada diária).
59
É a situação do funcionário do supermercado, por exemplo, que trabalha ao lado do freezer de
congelados, que não é uma câmara frigorífica, mas também “produz” frio artificial.
60
Lembrem-se de que, pela CLT esse descanso é de 10 minutos a cada 90 minutos trabalhados.
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Pessoal, apesar de eu ter trazido a umidade como um agente físico, para fins didáticos, de fato, esse
agente não pode ser tecnicamente considerado um agente físico, visto que lhe falta o principal atributo para
tal: energia necessária para se propagar no ambiente através de algum meio. A ACGIH e outras normas
internacionais nem mesmo consideram umidade como agente nocivo, temos aqui uma "jabutica" brasileira!
Adicionalmente, não há uma definição específica para o que seja umidade ocupacional na literatura. Na
verdade, o Brasil é um dos únicos países do mundo a considerar essa agente como insalubre, inclusive.
Como vimos, a umidade é um agente cuja avaliação nocividade da exposição para fins de caracterização
e de classificação da insalubridade se dá de forma qualitativa (laudo de inspeção realizada no local de
trabalho), sendo classificada em grau médio (adicional de 20%).
Como faz para outros casos de agentes cuja avaliação é qualitativa, a NR 15 é bastante suscinta ao tratar
da umidade, trazendo apena um item, vejam:
NR 15, ANEXO N.º 10, UMIDADE As atividades ou operações executadas em locais alagados
ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos
trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.
Percebam que, pela disposição da NR 15 a umidade está presente em ambientes laborais alagados (cheio
de água, pequena lagoa transitória) ou encharcados (pântano, inundado, ensopado) , com umidade excessiva
(molhado, ensopado). Alguns estudiosos atrelam o termo “umidade excessiva” a presença de elevada
umidade relativa no ambiente.
Para fechar, vejam esse mapa mental com alguns dos critérios que devem ser observados para
caracterização de insalubridade por exposição a umidade.
Cheio de água
Local deve estar
alagado ou
encharcado
inundado
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(CESPE-CEBRASPE / SLU-DF / 2019) Julgue o item a seguir, a respeito de disposições legais e normativas
acerca de segurança e saúde do trabalhador.
As atividades de limpeza urbana executadas em locais alagados ou encharcados são consideradas insalubres,
independentemente de laudo técnico, dada a sua associação com condições altamente nocivas à saúde
humana.
Comentários: Nada disso! Como vimos, essas atividades executadas com exposição a umidade (locais
alagados ou encharcados) devem ser objeto de laudo de inspeção para a caracterização da insalubridade.
Lembrem-se que para o agente umidade a avaliação é qualitativa! Assim, não há que se falara em direito a
insalubridade independentemente de laudo técnico.
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Nessa parte da aula, trataremos dos agentes químicos e biológicos abrangidos pela NR 15.
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Temos aqui o segundo tópico que mais ... ...com 33% de incidência.
Estudem com MUITA ATENÇÃO todo esse assunto!
Vamos iniciar o estudo dos Anexos da NR 15 que tratam dos riscos químicos, a começar pelo Anexo n.º
11: Agentes Químicos.
No caso de atividades e operações nas quais os trabalhadores ficam expostos aos agentes químicos
contidos nesse Anexo, a caracterização da insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os Limites de
Tolerância - LT nele estabelecidos, ou seja, temos aqui um caso de avaliação quantitativa.
Esses LT são estabelecidos através do Quando n.º 1 e são válidos para uma jornada de trabalho de 48
horas semanais. Vejam um excerto do referido Quadro:
Para que vocês possam interpretar esse quadro corretamente, o que é fundamental, é preciso que se
atentem as seguintes regras:
a) os valores fixados como LIMITES DE TOLERÂNCIA - LT são válidos para absorção apenas por via
respiratória e são estabelecidos tanto em;
• ppm: partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado, ou simplesmente
partes por milhão; e
• mg/m³: miligramas por metro cúbico de ar;
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b) na coluna "VALOR TETO61" estão assinalados (com +) os agentes químicos cujos limites de tolerância
não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho. Isso implica que, para
esses agentes, considerar-se-á excedido o LT quando qualquer uma das concentrações obtidas nas
amostragens instantâneas62 ultrapassar os valores estabelecidos no Quadro;
c) na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE63" estão assinalados (também com +) os agentes
químicos que podem ser absorvidos, por via cutânea e, portanto, exigindo na sua manipulação o uso
de luvas adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo.
d) todos os valores assinalados como "ASFIXIANTES SIMPLES64" determinam que nos ambientes de
trabalho, em presença dessas substâncias, a concentração mínima de oxigênio deverá ser 18
(dezoito) por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo
deste valor serão consideradas de risco grave e iminente.
e) os LT estabelecidos no Quadro são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas
por semana;
f) para jornadas de trabalho que excederem as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á cumprir
o disposto no art. 60 da CLT (licença prévia, exceto para jornadas 12 x 36 h);
CLT, Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no
capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro
do Trabalho, Indústria e Comércio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença
prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito,
procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer
diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais ou municipais, com quem
entrarão em entendimento para tal fim.
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho por trinta
e seis horas ininterruptas de descanso.
Pessoal! Agora, para que vocês entendam como o Quadro 1 do Anexo n.º 15 da NR 15 deve ser
Interpretado, vamos a um..
61
Observem o caso do ácido clorídrico.
62
Como veremos, a amostragem instantânea é uma técnica de avaliação de concentrações de agentes
químicos que utiliza tubos calorimétricos cujas leituras (valores obtidos) se dão instantaneamente (“na
hora”), ao contrário das técnicas de gravimetria ou difração de raios-X em que uma amostra devidamente
coletada do agente deve ser encaminhada a laboratórios especializados para avaliação.
63
Observem o caso do ácido cinanídrico.
64
Observem o caso do acetileno.
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Como exemplo, imaginem um trabalhador que realiza suas atividades em um ambiente hipotético com
exposição simultânea a acetona, ácido clorídrico, ácido cianídrico e acetileno (é hipotético em, rs!).
Suponham também que o sindicato que representa esse trabalhador solicitou uma perícia judicial para
avaliar eventual direito à percepção do adicional de insalubridade por suas condições de trabalho.
Durante a perícia, o Eng. de Segurança optou pela metodologia de avaliação instantânea, realizando 10
(dez)65 medições para cada agente, como mostrado no Quadro que segue. Além disso, a média da
concentração de oxigênio no ambiente foi de 19,8% em volume. Adicionalmente, ele observou que o
trabalhador não utiliza nenhum tipo de EPI para as vias respiratórias, ou outros.
A pergunta que se faz é: a exposição desse trabalhador é insalubre? A resposta é SIM, entretanto, vale
destacar alguns pontos importantes a respeito da avaliação desses agentes.
Pelo Quadro, o LT para a acetona é de 780 ppm. Como esse agente não é assinalado na coluna "valor
teto" deve ser observado a média obtida nas avaliações que, nesse caso, foi de 595,5 ppm, ficando, portanto,
abaixo do LT apesar de a medição 4 ter ficado acima desse limite.
No caso do ácido clorídrico, o LT é de 4 ppm. Entretanto, ao contrário da acetona, esse é um agente
assinalado na coluna "VALOR TETO". Isso implica que, mesmo a média tendo ficado abaixo do LT (3 ppm), a
exposição se dá em condições insalubres, uma vez que uma das medições (basta apenas uma), a número 4,
foi de 5 ppm (acima do LT).
Isso ocorre porque, como vimos, no caso dos agentes assinalados na coluna "valor teto", o LT não pode
ser ultrapassado em momento algum da jornada de trabalho, ou seja, em nenhuma das medições.
O LT para o ácido cianídrico é 8 ppm. Não obstante, esse é um agente assinalado na coluna "ABSORÇÃO
TAMBÉM PELA PELE". Isso denota que, mesmo o resultado obtido estando abaixo do LT (média 5,4 ppm), a
exposição ocorre em condições insalubres, uma vez que o trabalhador não utiliza luvas adequadas, além de
65
Como veremos, quando adotado essa metodologia de avaliação instantânea, devem ser realizadas, no
mínimo, 10 medições para se obter uma média que será considerada como exposição efetiva durante a
jornada
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outros EPIs necessários à proteção de outras partes do corpo contra a absorção desse agente pela pele (via
cutânea).
Lembrem-se de que o LT de 8 ppm, nesse caso, é válido somente para absorção pelas vias respiratórias,
não havendo especificação nem formas de quantização para a absorção pela via cutânea, basta o simples
contato com o agente sem a proteção adequada.
Por fim, a avaliação da nocividade do acetileno, que é assinalado como "ASFIXIANTE SIMPLES", se dá de
forma indireta, ou seja, não se mede a concentração do acetileno no ambiente, mas sim do oxigênio, cuja
concentração não pode ser inferior a 18% em volume. No caso, a concentração obtida foi de 19,8%,
indicando que a exposição a esse agente não ocorre em condições nocivas.
Vejam, então, que a exposição é insalubre para dois agentes: ácido clorídrico e ácido cianídrico, ambos
classificados em grau máximo (40%). Vale lembrar que, como vimos, os adicionais não são cumulativos, de
modo que o trabalhador recebe o adicional de maior grau (nesse caso são iguais), pelo que receberá apenas
por um deles.
Quero aqui destacar o método de avaliação indireta que ocorre no caso dos asfixiantes simples. Esses
asfixiantes são gases ou vapores inertes que, sendo mais densos do que o ar atmosférico, "expulsam" o ar
do local de trabalho tornando o ambiente pobre em oxigênio, muitas vezes em concentrações abaixo das
necessárias para a manutenção da vida humana.
Os gases ou vapores inertes são substâncias que não reagem quimicamente com outras substâncias sob
a maioria das condições reais de trabalho. São asfixiantes simples especificados pelo Anexo n.º 11 da NR 15:
acetileno, argônio, etano, etileno, hélio, hidrogênio, metano, neônio, óxido nitroso, n-propano, propileno.
A presença desses gases é muito comum em trabalhos subterrâneos e/ou espaços confinados. Por
exemplo, no caso da detecção da presença de metano em um túnel subterrâneo de linha telefônica, não se
avalia a concentração de metano em si. Como já mencionado, a avaliação é indireta, medindo-se a
concentração de oxigênio no local, que deve estar acima de 18% em volume.
Outra característica importante a ser destacada a respeito dos asfixiantes simples é que, apesar de
constarem do Quadro n.º 1 do Anexo n.º 11 da NR 15, A PRESENÇA DELES NO LOCAL DE TRABALHO NÃO
TORNA O AMBIENTE INSALUBRE. Vejam, pelo Quadro, que não há grau de risco (máximo, médio ou mínimo)
especificado para o acetileno, por exemplo. Como veremos, será configurada situação de risco grave e
iminente caso a concentração de oxigênio em ambientes com presença de asfixiantes simples fique abaixo
de 18% em volume.
Outro ponto que acho importante destacar diz respeito aos agentes químicos assinalados na coluna
"VALOR TETO", são 11 no total (destaquei os mais explorados pelas bancas).
Fiz isso porque já vi várias questões, de várias bancas, que fornecem valores de uma série de amostragens
instantâneas e perguntam se o LT foi ultrapassado, entretanto, nada dizem se o agente possui valor teto.
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Isso faz o candidato errar a questão, geralmente, porque o valor médio fica abaixo do LT. Então, fiquem
atentos!
REGRA GERAL os LT são válidos apenas para absorção pelas vias respiratórias
Pessoal, quando a norma se refere a um número mínimo de 10 amostra para cada "ponto" ela está se
referindo aos pontos, dentro do ambiente laboral, onde o profissional realiza suas atividades. Por exemplo,
se o trabalhador está exposto a vapores de acetona em 3 pontos distintos do ambiente de trabalho, deverão
ser realizadas, no mínimo, 10 medições em cada um desses pontos, sendo as amostras coletadas ao nível
respiratório do trabalhador (30 amostras, nesse caso).
No caso da utilização dessas técnicas de amostragem instantânea, o LT será considerado excedido quando
a média aritmética das concentrações ultrapassar os valores fixados no Quadro n.º 1 do Anexo 15, EXCETO
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para os agentes assinalados na coluna VALOR TETO que, como vimos, basta que uma das medições seja
superior ao LT.
a concentração efetiva, para efeitos de comparação com LT, será a média aritmética
das medições
Para fechar o estudo desse anexo, quero destacar que ele prevê duas condições objetivas que
caracterizam situação de risco grave e iminente, são eles:
a) para os asfixiantes simples - quando a concentração de oxigênio no ambiente onde eles estão
presentes ficar abaixo de 18% em volume;
b) para os demais agentes químicos - quando qualquer das amostras obtidas ultrapassar o "valor
máximo - VM", obtido pela equação que segue:
VM = LT x FD
Em que:
LT = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.º 1;
FD = fator de desvio, segundo definido pelo Quadro n.º 2.
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Para calcular o VM, que serve de parâmetro objetivo para determinar a condição de risco grave e
iminente, devemos identificar o LT do agente, determinar o FD para esse agente e realizar a multiplicação.
Por exemplo, para o ácido clorídrico, que vimos no exemplificando anterior, o LT é 8 ppm. Dessa forma, pelo
Quadro n. 2, definimos seu FD como 2 (para LT entre 1 e 10). Com isso, obtemos VM = 8 x 2 = 16 ppm.
Isso implica que, se a concentração obtida em qualquer das avaliações (instantâneas) realizadas
ultrapassar o VM de 16 ppm será configurada situação de risco grave e iminente.
Agora, vejam o VM calculado para os agentes do exemplificado anterior e analisem se a exposição descrita
naquela situação hipotética caracteriza situação de risco grave e iminente.
Sobre o quadro de Fator de Desvio - FD, Quadro n.º 2, quero que observem o seguinte:
O Fator de Desvio - FD é um multiplicador sempre maior que 1 e visa aumentar o valor do Limite de
Tolerância - LT para estabelecer um novo limite, no caso, o Valor Máximo - VM. Esse novo valor
servirá como um novo limite para caracterização de situação de risco grave e iminente. Logo, não
existe FD < 1, o FD varia entre 1,1 e 3 (quanto menor o LT, maior o FD)
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Além de ser utilizado para a determinação de condição de risco grave e iminente, o VM é um indicador
importante para a proposição de medidas de controle do risco químico. Isso ocorre porque, conforme os
fabricantes de respiradores, em ambientes onde a exposição ocorre acima do VM para um dado agente, fica
inviabilizada a utilização de respiradores com filtros químicos, pois eles saturam muito rapidamente.
(VUNESP / SEMAE DE PIRACICABA - SP / 2019) Valor teto para uma substância química é
(A) a exposição média ponderada, a uma substância, pelo tempo de 15 minutos.
(B) a concentração média ponderada pelo tempo, para uma jornada diária de 4 horas.
(C) a sua concentração no ar, à qual acredita-se que a maioria dos trabalhadores possa se expor,
repetidamente, em intervalos de 3 horas.
(D) o valor definido para alguns grupos de substâncias químicas, cuja ação no organismo seja rápida.
(E) o limite de tolerância que não pode ser excedido durante nenhum momento da jornada de trabalho.
Comentários: como vimos, na coluna "VALOR TETO" estão assinalados (com +) os agentes químicos cujos
limites de tolerância não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho. Isso implica
que, para esses agentes, considerar-se-á excedido o LT quando qualquer uma das concentrações obtidas nas
amostragens instantâneas ultrapassar os valores estabelecidos no Quadro. Portanto, a alternativa E está
correta e é o gabarito da questão.
(IADES / SEAD-PA / 2019) Considerando-se a Norma Regulamentadora no 15 (NR 15), os valores de limites
de tolerância de agentes químicos estabelecidos para jornadas de até 48 horas/semana são válidos apenas
para absorção por via
(A) oral. (B) cutânea. (C) digestiva. (D) respiratória. (E) conjuntiva.
Comentários: com vimos, os valores fixados como LIMITES DE TOLERÂNCIA - LT são válidos para absorção
apenas por via respiratória. Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
(FUMARC / CEMIG - MG / 2019) O risco dos asfixiantes simples é determinado por avaliação da
concentração
I. de oxigênio no ar.
II. do agente asfixiante, comparando com seu limite de tolerância.
III. de oxigênio, usando impinger.
Está CORRETO o que se afirma em:
(A) I, apenas. (B) I, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I, II e III.
Comentários: como vimos, o risco associado a exposição a asfixiantes simples é avaliado de forma indireta,
medindo-se a concentração de oxigênio no ar e não do próprio asfixiante, que nem mesmo possuem LT
definidos. Assim, a afirmativa I é verdadeira e a II é falsa.
Adicionalmente, como veremos os impingers (ou impactadores) são utilizados para coleta de sílica
(quartzo) e não de oxigênio, o que faz da afirmativa C, falsa.
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(A) A exposição não é insalubre, pois nenhuma amostra excedeu o limite de tolerância.
(B) A exposição não é insalubre, pois a média aritmética não excedeu o limite de tolerância.
(C) A exposição não é insalubre, pois a média ponderada excedeu o limite de tolerância.
(D) A exposição não é insalubre, pois nenhuma amostra excedeu o valor máximo.
(E) Não é possível definir se a exposição é insalubre, pois as amostras são instantâneas.
Comentários: a banca traz duas informações importantes para a solução da questão: (a) não há contato com
a pele e, portanto, absorção cutânea e (b) a substância é assinalada na coluna "valor teto".
Sendo assim, já descartamos que o LT foi ultrapassado em um dado momento da avaliação, já que
nenhuma amostra apresentou concentração superior a 0,08 ppm (que é o LT), de modo que, por essa análise,
a exposição não é insalubre, pelo que a banca considerou a alternativa A como correta.
Feita essa observação, vamos calcular a concentração média da exposição:
0,06 + 0,05 + 0,04 + 0,04 + 0,05 + 0,06 + 0,07 + 0,07 + 0,06 + 0,05 0,55
𝐶𝑚 = = = 0,055 𝑝𝑝𝑚
10 10
Assim, vejam que a concentração média também está abaixo do LT, de modo que a exposição também
não é insalubre devido a concentração média, pelo que a alternativa B também está correta. Portanto, a
questão deveria ter sido anulada. Pelo jeito, mais uma que faltou recurso!
Pessoal, temos aqui o tópico mais importante do estudo da NR 15 no tocante aos agentes químicos e
biológicos. Em resumo...
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São consideradas poeiras minerais, pelo Anexo n.º 12 da NR 15, o asbesto, o manganês e a sílica livre
cristalizada. Todos com seus Limites de Tolerância estabelecidos, sendo a caracterização da insalubridade
por exposição a esses agentes baseadas em avaliação quantitativa, em todos os casos, classificada em grau
máximo.
Vou começar tratando da poeira mineral "queridinha das bancas", ou seja, a mais cobrada: sílica livre
cristalizada ou "quartzo", que é também o agente mais complicado. Geralmente, as questões envolvendo
esse agente envolvem alguns cálculos.
De início, saibam que para fins de aplicação da NR 15 sempre será entendido que "quartzo" significa sílica
livre cristalizada.
Pessoal! como vimos na parte introdutória, de acordo com o diâmetro das partículas, as poeiras são
divididas em duas categorias: respiráveis e não respiráveis. Pois bem, em função dessa divisão, o Anexo n.º
12 da NR 15 estabelece 3 (três) Limites de Tolerância - LT distintos para a poeira de sílica livre cristalizada,
todos válidos para jornadas de trabalho de até 48 horas semanais.
No caso de jornadas que excedem as 48 horas semanais, esses LT devem ser reduzidos, sendo esses novos
valores fixados pela autoridade competente66.
a) para POEIRA NÃO RESPIRÁVEL - nesse caso, o LT é expresso em milhões de partículas por decímetro
cúbico (mppdc), e é dado pela seguinte fórmula:
66
No caso, o Superintendente Regional do Trabalho – SRT.
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8,5
𝐿𝑇 = em mppdc
% 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑧𝑜+10
Não obstante, é importante destacar que essa fórmula é valida somente para amostras tomadas
com impactadores (impinger) no nível da zona respiratória e contadas pela técnica de campo claro,
sendo a porcentagem de quartzo a quantidade determinada através de amostras de suspensão aérea.
b) para POEIRA RESPIRÁVEL - nesse caso, o LT é expresso em mg/m³, e é dado pela seguinte fórmula:
𝟖
𝑳𝑻 = em mg/m³
% 𝒒𝒖𝒂𝒓𝒕𝒛𝒐+𝟐
No caso das poeiras respiráveis, tanto a concentração como a porcentagem de quartzo, para a
aplicação do LT, devem ser determinadas a partir da porção que passa por um seletor com as
características do Quadro que segue (os diâmetros são dados em micrometros67, μm):
Apesar de a Norma não estabelecer, o % de quartzo (sílica) que aparece nas equações, ele pode
ser obtido pela seguinte equação:
𝑀𝑞
% 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑧𝑜 = 𝑀 ∙ 100
𝑎
Em que:
𝑀𝑞 = massa de quartzo coletada na amostra;
𝑀𝑎 = massa total da amostra (inclui a massa de quartzo e outros particulados)
c) para POEIRAS TOTAIS (respiráveis e não respiráveis) - nesse caso, o LT também é expresso em
mg/m³, sendo definido pela seguinte fórmula:
24
𝐿𝑇 = em mg/m³
% 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑧𝑜+3
Pessoal, vejam que, para todos os casos: poeiras não respiráveis, respiráveis e totais, o LT não é um valor
fixo, mas sim uma equação. Isso implica no caso das poeiras minerais o LT varia em função do % de quartzo
presente em cada amostra. Isso mesmo, o valor do LT depende da amostra!
67
Como vimos, são consideradas poeiras respiráveis aquelas com diâmetros inferiores a 10 μm, por isso,
conforme o Quadro n.º1, poeiras com diâmetros superiores a esse valor não podem passar no seletor de
poeiras respiráveis.
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Agora, quero que se atentem à uma vedação e a uma medida de controle de ordem geral (coletiva) que
são expressamente previstas pela NR 15 em relação a sílica livre cristalizada, ou quartzo.
Caros colegas do Estratégia Concursos, essas são as regras a respeito da sílica livre cristalizada. Entretanto,
para fechar o assunto, preciso que vocês entendam como utilizar essas equações, especialmente a de LT
para poeiras respiráveis, que é a mais explorada pelas bancas. Para isso, vou desenvolver dois exemplificando
para mostrar duas formas diferentes que as bancas costumam explorar, ambas baseadas na NHO 08 da
Fundacentro - "Coleta de Material Particulado Sólido Suspenso no Ar de Ambientes de Trabalho" . Vamos ao
primeiro...
Imaginem que uma avaliação de sílica livre cristalizada foi realizada no ambiente de corte de placas de
granito de uma empresa de beneficiamento de rochas ornamentais. Essa avaliação foi conduzida com os
seguintes parâmetros: tempo de amostragem = 6 horas, e vazão da bomba = 1,5 l/min.
Ao enviar a amostra para um laboratório especializado, foi verificado que a massa total da amostra é de
0,8 mg e que o % de quartzo presente na amostra é de 2%. Pergunta-se, o Nível de ação e/ou o Limite de
tolerância foi ultrapassado?
O primeiro passo é determinarmos o volume total de ar da amostra, em m³, que é dado por:
𝑄∙𝑡 1,5∙360
𝑉𝑎 = 1000 = = 0,54 𝑚3
1000
Em que:
𝑉𝑎 = volume total de ar coletado na amostragem, em m³;
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8 8
𝐿𝑇 = = = 1,6 𝑚𝑔/𝑚3
% 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑧𝑜 + 2 3 + 2
Assim, temos que o LT foi ultrapassado, já que Ca > LT. Obviamente, que o Nível de Ação também foi
ultrapassado. Portanto, a alternativa C está correta e é o gabarito da questão.
(COMPEVE / SESAP-RN / 2018) Devido à construção do novo centro cirúrgico da maternidade, fez-se
necessária uma avaliação quantitativa da exposição ocupacional à sílica livre cristalina. No resultado
enviado pelo laboratório de higiene ocupacional, observar-se que há um percentual de 13% de quartzo na
amostra.
Para a coleta dessa amostra foram observados os preceitos da Norma de Higiene Ocupacional (NHO 08)
da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), onde foi
utilizado um dispositivo de coleta do tipo cassete de três seções com filtro de membrana e suporte do
filtro.
Dessa forma, o limite de tolerância da poeira de sílica nessa amostra conforme a Norma Regulamentadora
N.º 15 (NR 15) é
(A) 1,63 mg/m³. (B) 0,37 mg/m³. (C) 0,53 mg/m³. (D) 1,50 mg/m³.
Comentários: Essa questão é muito polêmica, resolvi trazê-la para mostrar para vocês um detalhe. Vejam
que a banca se refere a metodologia adotada pela NHO 08 da Fundacentro: "Coleta de Material Particulado
Sólido Suspenso no Ar de Ambiente de Trabalho". Essa Norma somente trata da metodologia de coleta,
podendo o resultado obtido ser utilizado para determinação da concentração da poeira respirável, não
respirável ou total.
Entretanto, como vimos, a determinação dos LT para Sílica Livre Cristalizada é definida pela NR para três
situações distintas: poeira não respirável, poeira respirável e poeiras totais. A banca nada diz sobre qual LT
está se referindo, aí vejam o que ocorre:
Se calcularmos o LT para poeira respirável, obtemos:
8 8
𝐿𝑇 = = 13+2 = 0,53 𝑚𝑔/𝑚3
% 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑧𝑜+2
E agora, qual a resposta, C ou D? A banca considerou a alternativa D como gabarito, mas há um flagrante
motivo para impugnação nesse caso!
Entretanto, essa questão serve de alerta para que vocês gravarem essas duas equações de LT: poeiras
respiráveis e totais, a de poeiras não respiráveis eu, particularmente, nunca vi ser cobrada.
2.2.2 Asbesto
Inicialmente, quero destacar que, em recente decisão judicial68, o plenário Supremo Tribunal Federal -
STF - com base na Ação Declaratória de Inconstitucionalidade - ADI n.º 3937, ajuizada pela Confederação
Nacional dos Trabalhadores da Indústria (CNI) contra a Lei n.º 12.687/2007 do Estado de São Paulo - decidiu
68
Ocorrida em novembro de 2017.
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proibir em todo o país o uso do aminato crisolita (o único tipo até então permitido), ficando vedadas,
portanto, a extração, a industrialização e a comercialização do asbesto em todos os Estados do país.
De qualquer forma, apesar da decisão do STF, teremos ainda por muitos anos trabalhadores que poderão
estar expostos ao asbesto ao exercerem atividades de retirada dos materiais que contém essas fibras como
telhas e refratários. Adicionalmente, para fins de provas objetivas, o Anexo n.º 12 da NR 15 não retirou o
asbesto de seu texto, pelo que as regras de segurança ali presentes continuam válidas.
Entende-se por "asbesto", também denominado amianto, a forma fibrosa dos silicatos minerais
pertencentes aos grupos de rochas metamórficas das serpentinas, isto é, a crisolita (asbesto branco), e dos
anfibólios, isto é, a actnolita, a amosita (asbesto marrom), a antofilita, a crocidolita (asbesto azul), a tremolita
ou qualquer mistura que contenha um ou vários deste minerais.
Entretanto, apesar de abarcar todos esses tipos de asbesto, a Norma veda a utilização daqueles
pertencentes ao grupo dos anfibólios. O faz ao determinar que "fica proibida a utilização de qualquer tipo
de asbesto do grupo anfibólio e dos produtos que contenham essas fibras."
Não obstante, vale destacar que a vedação da utilização dos tipos de asbesto do grupo anfibólio não é
absoluta. Isso ocorre poque a Norma traz a ressalva de que "a autoridade competente, após consulta prévia
às organizações mais representativas de empregadores e de trabalhadores interessados, poderá autorizar o
uso de anfibólios, desde que a substituição não seja exequível e sempre que sejam garantidas as medidas
de proteção à saúde dos trabalhadores".
Asbesto ou amianto
Definição Grupos das(os) Tipos Pode utilizar?
serpentinas crisolita (asbesto branco) SIM
NÃO, salvo autorização da autoridade
actinolita, amosita
competente, após consulta prévia às
forma (asbesto marrom),
organizações mais representativas de
fibrosa dos crocidolita (asbesto
empregadores e de trabalhadores
silicatos anfibólios azul), tremolita, ou
interessados, desde que a substituição não
minerais qualquer mistura que
seja exequível e sempre que sejam
contenha um ou vários
garantidas as medidas de proteção à saúde
desses minerais
dos trabalhadores
Pessoal, apesar de existir essa ressalva na Norma, atualmente, a utilização dos tipos de asbesto do grupo
anfibólio é absolutamente vedada no Brasil, embora seja importante, para fins de prova, que vocês a
conheçam.
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Nesse contexto, a Norma estabelece que se entende por "exposição ao asbesto", a exposição no trabalho
às fibras de asbesto respiráveis ou poeira de asbesto em suspensão no ar originada pelo asbesto ou por
minerais ou produtos que contenham asbesto.
Vajam que à Norma utiliza, nesse caso, o termo poeira de asbesto como equivalente a fibra de asbesto,
apesar de o asbesto não se manifestar na forma aproximadamente esférica como ocorre com a sílica. Assim,
deve ficar claro que fibra de asbesto respirável = poeira de asbesto.
Ao especificar o que vem a ser objetivamente uma fibra de asbesto respirável, a Norma determina que se
entende por "fibra respirável de asbesto" aquelas com diâmetro inferior a 3 μm (três micrômetros),
comprimento maior que 5 μm (cinco micrômetros) e relação entre comprimento e diâmetro superior a 3:1.
Além de definir objetivamente o que é uma fibra respirável de asbesto, a Norma também estabelece um
LT para as fibras respiráveis de asbesto crisolita, que é de 2,0 f/cm³ (duas fibras por centímetro cúbico).
qualquer mistura
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Avaliação ambiental
Por ser um agente extremamente nocivo à saúde dos trabalhadores, a Norma preza pela realização de
avalições periódicas ao estabelecer que "o empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de
asbesto69 nos locais de trabalho, em intervalos não superiores a 6 (seis) meses."
a) o processo de avaliação ambiental deve ser acompanhado pelos representantes indicados pelos
trabalhadores;
b) o empregador é obrigado a fixar o resultado das avaliações em um quadro próprio de avisos para
conhecimento dos trabalhadores.
Adicionalmente, uma vez que tiverem motivos para "desconfiar" dos resultados apresentados, os
trabalhadores e/ou seus representantes têm o direito de solicitar avaliação ambiental complementar nos
locais de trabalho e/ou impugnar os resultados das avaliações junto à autoridade competente.
Pessoal! Para a grande maioria das doenças decorrentes da exposição a agentes químicos, o tempo de
latência da doença - ou seja, o intervalo entre a exposição ao agente patológico e o aparecimento dos
primeiros sintomas - é relativamente grande. Assim, há necessidade de arquivamento dos resultados das
avaliações para que seja montado um histórico da exposição ocupacional ao longo da vida dos trabalhadores,
de modo que as causas doenças futuras possam ser elucidadas.
Nesse contexto, a NR 15 preconiza que os registros das avaliações devem ser mantidos por um período
não inferior a 30 (trinta) anos.
No tocante a metodologia de avaliação ambiental a ser empregada, a NR 15 determina que deve ser
utilizado o método do filtro de membrana, utilizando-se aumentos de 400 a 500x, com iluminação de
contraste de fase. Adicionalmente, na determinação da concentração devem ser contadas as fibras que se
enquadram como respiráveis, independentemente de estarem ou não ligadas ou agregadas a outras
partículas.
Pessoal, esse método foi padronizado pela NHO 04 da Fundacentro, intitulada: "método de coleta e
análise de fibras em locais de trabalho - análise por microscopia ótica de contraste de fase".
A denominação "método do filtro de membrana" deve-se ao emprego de um filtro de membrana (do tipo
membrana) para a coleta da amostra de ar com as fibras respiráveis em suspensão, por intermédio de uma
bomba de amostragem.
69
Lembrem-se de que para a NR 15 poeira de asbesto = fibras respiráveis de asbesto e vice-versa!
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Após coletada a amostra adequada, as fibras depositadas no filtro são levadas a um microscópio ótico de
contraste de fase e analisadas com um aumento de 400 a 500X (quatrocentas a quinhentas vezes) para
permitir o processo de contagem do número de fibras.
Inclusive, devem ser contatadas todas as fibras respiráveis, independentemente de estarem ou não
ligadas ou agregadas a outras partículas, como ilustrado na Figura 1.4.
Além da metodologia estabelecida pela NHO 04, também é válida aquela definida pela ABNT NBR
13158:1994 - "Avaliação de Agentes Químicos no Ar - coleta de fibras respiráveis inorgânicas em suspensão
no ar e análise por microscopia óptica de contraste de fase - Método do filtro de membrana - Método de
ensaio", uma vez que a NR 15 também determina que "o método de avaliação a ser utilizado será definido
pela ABNT/INMETRO".
Na verdade, as duas Normas definem os mesmos procedimentos, entretanto a NHO está mais atualizada!
Adicionalmente, destaquem-se que os laboratórios que realizam análise de amostras ambientais de fibras
dispersas no ar devem atestar a participação em programas de controle de qualidade laboratorial e sua
aptidão para proceder às análises requeridas pelo método do filtro de membrana.
70
Fonte: NHO 04, Fundacentro, 2001, p. 36.
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Vestimentas de trabalho
Adicionalmente, o empregador deve ser responsável pela limpeza, manutenção e guarda das vestimentas
de trabalho, bem como dos EPIs utilizados pelo trabalhador. Não obstante, as vestimentas devem ser
fornecidas em quantidade suficiente para que seja trocada com frequência mínima de duas vezes por
semana.
Importante destacar que o procedimento de troca das vestimentas de trabalho contaminadas pelo
asbesto deve ser realizado em ambiente distinto daquele destinado à troca das roupas sociais, usadas para
ir e voltar ao trabalho. Para isso, o ambiente de trabalho (empregador) deve dispor de vestiário duplo para
os trabalhadores expostos ao asbesto.
Por vestiário duplo, entendam a instalação que oferece uma área para guarda de roupa pessoal e outra,
isolada, para guarda da vestimenta de trabalho, ambas com comunicação direta com a bateria de chuveiros,
devendo as demais especificações de construção e instalação obedecer às determinações das outras NRs.
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Exames médicos
Como medida preventiva que visa diagnosticar precocemente o aparecimento de doenças relacionadas à
exposição ao asbesto, a NR 15 preconiza a realização de exames médicos regulares.
Nesse contexto, todos os trabalhadores que desempenham ou tenham funções ligadas à exposição
ocupacional ao asbesto devem ser submetidos a exames médicos71, sendo que, por ocasião da admissão,
demissão e anualmente devem ser realizados, obrigatoriamente, exames complementares, incluindo, além
da avaliação clínica, telerradiografia de tórax e prova de função pulmonar (espirometria).
Em todos os casos, as empresas ficam obrigadas a informar aos trabalhadores examinados, em formulário
próprio, os resultados dos exames realizados.
Adicionalmente, frise-se que a técnica utilizada na realização das telerradiografias de tórax deve obedecer
ao padrão determinado pela Organização Internacional do Trabalho - OIT, especificado na Classificação
Internacional de Radiografias de Peneumoconioses (OIT-1980).
Pessoal! Dado o longo período de latência das pneumoconioses relacionadas à exposição ao asbesto,
especialmente a asbestose, a NR 15 estabelece que "cabe ao empregador, após o término do contrato
envolvendo exposição ao asbesto, manter disponível a realização periódica de exames médicos de controle
71
Aqueles previstos no item 7.1.3 da antiga redação da NR 7: admissional, periódico, de retorno ao
trabalho, de mudança de função e demissional.
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dos trabalhadores durante 30 (trinta) anos. A periodicidade de realização desses exames varia em função do
tempo de exposição ao asbesto, vejam:
Suponham que Pedro tenham trabalhado durante 10 anos, de 2010 a 2020, diretamente na fabricação de
isolantes térmicos, em cuja composição se utiliza amianto. Em janeiro de 2021, Paulo decidiu mudar de
segmento econômico e arrumou um emprego em um supermercado de sua cidade, em uma atividade sem
exposição ao asbesto.
Nesse caso, o antigo empregador de Paulo deve arcar com a realização periódica de exames médicos a
cada 3 anos, pelos próximos 30 anos (até 2050, isso mesmo!).
admissional
periódico (anual)
de mudança de função
demissional
na ocasião de realização dos exames
telerradiografia do tórax
admissional, demissional e anual
(periódico), devem ser realizados
exames complementares, incluindo, prova de função pulmonar
além da avaliação clínica: (expirometria)
Exames médicos
os resultados dos exames devem ser
informados aos trabalhadores, em
formulário próprio da empresa
a cada 3 anos
cabe ao empregador, após o término do (para exposiçao de 0 a 12 anos)
contrato envolvendo exposição ao
asbesto, manter disponível a realização a cada 2 anos
periódica de exames médicos de (para exposição de 12 a 20 anos)
controle dos trabalhadores durante 30
(trinta) anos, na seguinte periodicidade: anualmente
(para exposição superior a 20 anos)
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Treinamento
Para garantir que os trabalhadores obtenham as informações necessárias acerca dos riscos e das medidas
de controle da exposição ao asbesto, a Norma estabelece que os programas de prevenção já previstos em
lei (cursos de CIPA, SIPAT etc.) devem conter informações específicas sobre os riscos de exposição ao asbesto.
Situações de emergência
Por situação de emergência relacionada a exposição ao asbesto, entendam qualquer evento não
programado dentro do processo habitual que implique o agravamento da exposição dos trabalhadores.
Para mitigar os efeitos dessas situações, a Norma preconiza que cabe ao empregador elaborar normas de
procedimentos a serem adotadas em situações de emergência, informando os trabalhadores
convenientemente, inclusive com treinamento específico.
Responsabilidade solidária
No que concerne a observação das regras previstas no Anexo n.º 12, a NR 15 determina que que "sempre
que dois ou mais empregadores, embora cada um deles com personalidade jurídica própria, levem a cabo
atividades em um mesmo local de trabalho, serão, para efeito de aplicação dos dispositivos legais previstos
neste Anexo, solidariamente responsáveis contratante(s) e contratado(s)".
Adicionalmente, frise-se que compete à(s) contratante(s) garantir os dispositivos legais previstos neste
Anexo por parte do(s) contratado(s).
A fim de proporcionar um controle (fiscalização) mais efetivo em relação a circulação dessa substância no
país, as empresas (públicas ou privadas) que produzem, utilizam ou comercializam fibras de asbesto e as
responsáveis pela remoção de sistemas que contêm ou podem liberar fibras de asbesto para o ambiente
devem ter seus estabelecimentos cadastrados junto ao Ministério do Trabalho e da Previdência
Social/Instituto Nacional de Seguridade Social, através de seu setor competente em matéria de segurança e
saúde do trabalhador.
O referido cadastro obtido deve ser obrigatoriamente apresentado quando da aquisição da matéria-prima
junto ao fornecedor, uma vez que, por óbvio, o fornecedor de asbesto só pode entregar a matéria-prima a
empresas cadastradas. Por fornecedor de asbesto, entendam o produtor e/ou distribuidor de matéria-prima
"in natura".
Os órgãos públicos responsáveis pela autorização da importação de fibras de asbesto só poderão fornecer
a guia de importação a empresas cadastradas. Esse cadastro deve ser atualizado, obrigatoriamente, a cada
2 (dois) anos.
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No tocante aos trabalhos de remoção e/ou demolição de construções cuja matéria-prima contém
asbesto, destaquem-se que antes de iniciá-los, o empregador e/ou contratado, em conjunto com a
representação dos trabalhadores, devem elaborar um plano de trabalho onde sejam especificadas as
medidas a serem tomadas, inclusive as destinadas a:
Adicionalmente, sobre os resíduos de asbesto, a Norma também preconiza que o empregador deverá
eliminar os resíduos que contém asbesto, de maneira que não se produza nenhum risco à saúde dos
trabalhadores e da população em geral, de conformidade com as disposições legais previstas pelos órgãos
competentes do meio ambiente e outros que porventura venham a regulamentar a matéria.
Sempre que possível, essa rotulagem deve ser impressa no produto, em cor contrastante, de forma visível
e legível, devendo conter:
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Além da rotulagem, os produtos contendo asbesto devem ser acompanhados de "instruções de uso" com,
no mínimo, as seguintes informações:
• tipo de asbesto;
• rico à saúde e doenças relacionadas; e
• medidas de controle e proteção adequada.
Para fechar o estudo do Anexo n.º 12 da NR 15, vejam essas vedações expressamente previstas:
(FCC / SABESP / 2018) A empresa deve manter os registros das avaliações da exposição ao asbesto, de
acordo com a NR-15, por um período não inferior a
(A) 20 anos após o desligamento do trabalhador.
(B) 15 anos após o desligamento do trabalhador.
(C) 25 anos após a data do laudo de avaliação.
(D) 20 anos após a data do laudo de avaliação.
(E) 30 anos após o desligamento do trabalhador.
Comentário: como vimos, devido ao longo tempo de latência da asbestose, pneumoconiose originada pela
exposição ao asbesto, esse tempo de manutenção dos registros das avaliações ambientais não deve ser
inferior a 30 anos, que, não por coincidência, é o mesmo tempo durante o trabalhador deve ser submetido
a exames periódicos após deixar o trabalho com exposição ao asbesto. Portanto, a alternativa E está correta
e é o gabarito da questão.
A Norma estabelece Limites de Tolerância - LT distintos para esse agente, a depender do tipo de
exposição, se durante a extração do mineral ou se durante a sua utilização em processos.
No caso de operações com manganês e seus compostos referente à extração, tratamento, moagem,
transporte do minério, ou ainda a outras operações com exposição a poeiras do manganês ou de seus
compostos, o LT é de até 5 mg/m³ no ar, para a jornada de até 8 (oito) horas por dia.
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outras operações com exposição a fumos de manganês ou de seus compostos é de 1 mg/m³ no ar, para a
jornada de até 8 (oito) horas por dia.
Perceberam a diferença central? No caso da extração, a exposição ocorre através de poeiras, já no caso
das atividades de metalurgia e processamento, a exposição se dá através de fumos metálicos.
Sempre que esses LT forem ultrapassados, as atividades e operações com manganês e seus compostos
serão consideradas como insalubres em grau máximo.
Pessoal! Muitos empregadores têm a ilusão, por falta de conhecimento, de que o pagamento do adicional
de insalubridade os isenta completamente das responsabilidades de adotar as medidas de controle
necessárias para garantir ao trabalhador um ambiente hígido e seguro, o que não é verdade.
O pensamento é "se eu já gasto pagando o adicional, não preciso fornecer mais nenhuma proteção".
Como vimos, o direito a um ambiente de trabalho hígido (salubre) e seguro é um direito constitucional do
trabalhador (Art. VII da CF/88). Sustentando esse direito do trabalhador, o Anexo n.º 12 da NR 15 estabelece
o seguinte:
Como medidas de controle à exposição do manganês, a NR 15 traz uma série de recomendações de ordem
geral (medidas de proteção de ordem geral), além de uma série de precauções de ordem médica (exames).
As primeiras são recomendações (indicações), já as segundas são obrigações, vejam:
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Medidas de controle para atividades e operações com exposição ao manganês e seus compostos,
independentemente de os LT terem sido ultrapassados ou não
recomendações e medidas de prevenção precauções de ordem médica e de higiene de
INDICADAS CARÁTER OBRIGATÓRIO
substituição de perfuração a seco por processos
exames médicos pré-admissionais e periódicos;
úmidos;
perfeita ventilação após detonações, antes de se exames adicionais para as causas de absenteísmo
reiniciarem os trabalhos; prolongado, doença, acidentes ou outros casos;
não-admissão de empregado portador de lesões
ventilação adequada, durante os trabalhos, em respiratórias orgânicas, de sistema nervoso central
áreas confinadas; e disfunções sanguíneas para trabalhos em
exposição ao manganês;
exames periódicos de acordo com os tipos de
uso de equipamentos de proteção respiratória com atividades de cada trabalhador, variando de 3 a 6
filtros mecânicos para áreas contaminadas; meses para os trabalhos no subsole e de 6 meses a
1 ano para os trabalhos de superfície;
uso de equipamentos de proteção respiratória com
linha de ar mandado, para trabalhos, por pequenos análises biológicas de sangue;
períodos, em áreas altamente contaminadas;
afastamento imediato de pessoas com sintomas de
uso de máscaras autônomas para casos especiais e
intoxicação ou alterações neurológicas ou
treinamentos específicos;
psicológicas;
rotatividade das atividades e turnos de trabalho
banho obrigatório após a jornada de trabalho;
para os perfuradores e outras atividades penosas;
controle da poeira em níveis abaixo dos permitidos. troca de roupa de passeio/serviço/passeio
proibição de se tomarem refeições nos locais de
trabalho
Como vimos, o Anexo n.º 11 da NR 15 traz uma tabela contendo os LT para uma série de agentes químicos,
de modo que a caracterização da insalubridade por exposição aos agentes ali elencados se dá de forma
quantitativa. Por sua vez, o Anexo n.º 12 trata dos agentes químicos classificados como "poeiras minerais",
também estabelecendo valores LT para esses agentes, ou seja, outro caso de avaliação quantitativa.
Em contrapartida, o Anexo n.º 13 não estabelece LT, mas uma RELAÇÃO DE ATIVIDADES E OPERAÇÕES
ENVOLVENDO AGENTES QUÍMICOS. Essas atividades são consideradas insalubres em decorrência de
inspeção realizada no local de trabalho (qualitativa). Obviamente, excetuam-se dessa relação as atividades
ou operações com os agentes químicos já elencados nos Anexos 11 e 12.
• Arsênico;
• Carvão;
• Chumbo;
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• Cromo;
• Fósforo;
• Hidrocarbonetos e outros compostos de carbono;
• Mercúrio;
• Silicatos;
• Substâncias cancerígenas; e
• Operações diversas.
Para que vocês entendam como esse Anexo deve ser empregado, imaginem um mecânico automotivo
que durante a realização de suas atividades manipula graxas e óleos minerais (óleo de motor) sem a proteção
adequada (luvas, por exemplo).
Graxas e óleos minerais são a base de hidrocarbonetos. Com base no Anexo n.º 13 da NR 15, a
manipulação dessas substâncias garante ao trabalhador a percepção do adicional de insalubridade em grau
máximo. Vejam pela Figura 1.6.
Em resumo, o Anexo n.º 13 traz uma relação de atividades e operações envolvendo uma série de agentes
químicos e as classifica como grau máximo, médio ou mínimo quanto à insalubridade.
Pessoal! São muitas atividades e, infelizmente, algumas bancas costumam explorá-las, o que acho um
absurdo! São aquelas questões que a banca coloca para o candidato chutar, porque os avaliadores sabem
que é humanamente impossível decorar tudo.
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Assim, sugiro que deem ao menos uma lida com atenção nesse Anexo focando principalmente nas
atividades e operações de grau máximo, segue o link72:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-13.pdf>. Deem uma
atenção especial às atividades envolvendo CHUMBO!
Por fim, destaquem-se que, especificamente no caso das substâncias cancerígenas ou os processos a
seguir relacionados, não deve ser permitida nenhuma exposição ou contato, por qualquer via:
A vedação a qualquer exposição ou contato significa que o processo ou operação devem ser hermetizados
(lacrados, sem contato com o exterior), através dos melhores métodos praticáveis de engenharia, sendo que
o trabalhador deve ser protegido adequadamente de modo a não permitir nenhum contato com o
carcicogênico (substância cancerígena).
Sempre que os processos ou operações não forem hermetizados, será considerada como situação de risco
grave e iminente para o trabalhador.
72
Não faz sentido transcrever tudo isso aqui no “pdf”, eu não iria acrescentar nada.
112
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O Benzeno é uma substância carcinogênica (cancerígena), reconhecido pela LINACH, com CAS n.º , para o
qual não existe limite de exposição comprovadamente seguro. Mesmo uma exposição a baixa concentração
pode originar intoxicação aguda ou crônica. A intoxicação por benzeno é denominada benzenismo e
compromete principalmente a medula óssea, podendo levar a um quadro de leucemia, em último caso.
Inicialmente, esse agente era tratado juntamente com os demais no Anexo n.º 13 da NR 15, entretanto,
reconhecido seu potencial danoso à saúde dos trabalhadores o então Ministério do Trabalho optou por tratá-
lo em um Anexo exclusivo, e o chamou de Anexo 13-A73.
Esse Anexo tem como objetivo regulamentar ações, atribuições e procedimentos de prevenção da
exposição ocupacional ao benzeno, visando à proteção da saúde do trabalhador, visto tratar-se de um
produto comprovadamente cancerígeno.
a) campo de aplicação: o Anexo se aplica a todas as empresas que produzem, transportam, armazenam,
utilizam ou manipulam benzeno e suas misturas líquidas contendo 1% (um por cento) ou mais de
volume e aquelas por elas contratadas;
b) campo de exclusão: o Anexo não se aplica às atividades de armazenamento, transporte, distribuição,
venda e uso de combustível derivados de petróleo (não se aplica à exposição em postos de
combustíveis, como no caso do frentista).
Atualmente, desde janeiro de 1997, por expressa determinação do Anexo 13-A está proibida a utilização
do benzeno para qualquer emprego, EXCETO nas indústrias e laboratórios que:
• o produzem;
• o utilizam em processos de síntese química;
• o empreguem em combustíveis derivados de petróleo;
• o empreguem em trabalhos de análise ou investigação realizados em laboratório, quando não for
possível sua substituição.
Apesar de essas indústrias e laboratórios serem as formalmente autorizadas a utilizarem benzeno, existe
uma ressalva para outras empresas possam utilizá-lo: devem comprovar a inviabilidade técnica ou
econômica de sua substituição por outro produto. Essa comprovação se dará quando da elaboração do
Programa de Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno - PPEOB.
73
Maiores detalhes sobre a avaliação desse agente são descritos na Instrução Normativa n.º 1 de 1995.
113
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Cadastramento de empresas
Para fins de controle da circulação desse produto em todo território nacional, a Norma estabelece que as
empresas que produzem, transportam, armazenam, utilizam ou manipulam benzeno e suas misturas líquidas
contendo 1% (um por cento) ou mais em volume devem cadastrar seus estabelecimento junto ao
Departamento de Saúde e Segurança do Trabalho - DSST74.
Para a realização desse cadastro, a empresa deverá apresentar a DSST as seguintes informações
cadastrais:
Além disso, destaquem-se que as fornecedoras de benzeno somente podem comercializar o produto para
empresas cadastradas.
Quando uma empresa que utiliza benzeno em seu processo produtivo (contratante) contrata outra
empresa para realizar algum tipo de serviço em suas instalações (contratada) de modo que os empregados
dessa última corram o risco de exposição ao benzeno, ficam responsáveis por manter, por 10 (dez) anos,
uma relação atualizada das empresas por elas contratadas, contendo:
a) Identificação da contratada;
b) período de contratação;
c) atividade desenvolvida;
d) número de trabalhadores.
Em regra, as Avaliações Ambientais a respeito desse agente devem seguir o disposto na Instrução
Normativa - IN n.º 01 de 1995 - "Avaliação das Concentrações de Benzeno em Ambientes de Trabalho".
Entretanto, as situações consideradas de maior risco ou atípicas devem ser obrigatoriamente avaliadas
segundo critérios de julgamento profissional que devem estar especificadas no relatório de avaliação.
Por sua vez, os procedimentos de Vigilância da Saúde do trabalhador; assim considerado o conjunto de
ações e procedimentos que visam a detecção, o mais precocemente possível, de efeitos nocivos introduzidos
74
Hoje esse cadastro é feito junto a Subsecretaria de Inspeção do Trabalho – SIT.
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pelo benzeno à saúde dos trabalhadores; deve seguir o disposto na IN n.º 2 de 1995 - "Vigilância da Saúde
dos Trabalhadores na Prevenção da Exposição Ocupacional ao Benzeno".
Pessoal! Agora, quero destacar que, como vimos, não há um limite de exposição considerado seguro para
a exposição ao benzeno. Por isso, a Norma não estabelece para esse agente um Limite de Tolerância - LT,
mas um Valor de Referência Tecnológico - VRT, que se refere à concentração de benzeno no ar considerada
exequível do ponto de vista técnico, definido em processo de negociação tripartite, ou seja, negociado entre
representantes do Governo, dos trabalhadores e dos empregadores.
O VRT deve ser considerado como referência para programas de melhoria contínua das condições dos
ambientes de trabalho. O cumprimento do VRT é obrigatório e não exclui o risco à saúde, ou seja, ainda que
a concentração ambiente estiver abaixo do VRT, o trabalhador fará jus ao adicional de insalubridade em grau
máximo.
Para fins de aplicação do Anexo 13-A, a NR 15 define uma categoria de VRT, chamada de Valor de
Referência Tecnológico Médio Ponderado no Tempo (VRT-MPT) que corresponde à concentração média de
benzeno no ar ponderada pelo tempo, para uma jornada de trabalho de 8 (oito) horas diárias, obtida na zona
de respiração dos trabalhadores, individualmente ou de Grupos Homogêneos de Exposição - GHE, conforme
definido pela Instrução Normativa n.º 1 de 199575.
• 1,0 (um) ppm para as empresas abrangidas pelo Anexo 13-A, com exceção das siderúrgicas, das
produtoras de álcool anidro e aquelas obrigadas a substituir o benzeno por outra substância menos
nociva;
• 2,5 (dois e meio) ppm para as empresas siderúrgicas;
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Esses valores são chamados de Limites de Concentração – LC e são usados pela IN n.º de 1995 parao
cálculo do chamado Índice de Julgamento “I”.
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Adicionalmente, a Norma ainda define o Fator de Conversão da concentração de benzeno de ppm para
mg/m³ como: 1 ppm = 3,19 mg/m³ nas condições de 25 °C, 101 kPa ou 1 atm.
No tocante ao PPEOB, a ser elaborado pela empresa para apresentação no processo cadastral, ele deve
representar o mais elevado grau de compromisso de sua diretoria com os princípios e diretrizes da prevenção
da exposição dos trabalhadores ao benzeno, devendo:
a) ser formalizado através de ato administrativo oficial do ocupante do cargo gerencial mais elevado;
b) ter indicação de um responsável pelo Programa que responderá pelo mesmo junto aos órgãos
públicos, às representações dos trabalhadores específicas para o benzeno e ao sindicato profissional
da categoria,
Adicionalmente, destaquem-se que as empresas abrangidas pelo Anexo 13-A, e aquelas por elas
contratadas, quando couber, devem garantir a constituição de representação específica dos trabalhadores
para o benzeno, objetivando a acompanhar a elaboração, implementação e desenvolvimento do PPEOB. A
organização, constituição e treinamento desta representação serão acordadas entre as representações dos
trabalhadores e empregados.
Os trabalhadores, seja das empresas contratante e/ou contratadas, que de alguma forma têm risco de
exposição ao benzeno, devem participar de treinamento sobre cuidados e medidas de exposição. Não
obstante, frise-se de que no PPEOB deve estar relacionados os empregados responsáveis pela sua execução,
com suas respectivas atribuições e competências.
O conteúdo do PPEOB dever ser o mesmo do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA,
estabelecido na NR 9, acrescido de (não precisa decorar, apenas leiam com atenção):
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Sinalização e Rotulagem
As áreas, recipientes, equipamentos e pontos com risco de exposição ao benzeno devem ser sinalizadas
com os dizeres "Perigo: Presença de Benzeno - Risco à Saúde" e o acesso a estas áreas deverá ser restrito às
pessoas autorizadas.
A informação sobre os riscos do benzeno à saúde deve ser permanente, colocando-se à disposição dos
trabalhadores uma "Ficha de Informações de Segurança sobre Benzeno", sempre atualizada.
Situações de emergência
Quando da ocorrência de situações de emergência, situação anormal que pode resultar em uma
imprevista liberação de benzeno que possa exceder o VRT-MPT, devem ser adotados os seguintes
procedimentos:
a) após a ocorrência de emergência, deve-se assegurar que a área envolvida tenha retomado à condição
anterior através de monitorações sistemáticas. O tipo de monitoração deve ser avaliado dependendo
da situação envolvida;
b) caso haja dúvidas das condições das áreas, deve-se realizar uma bateria padronizada de avaliação
ambiental nos locais e dos grupos homogêneos de exposição envolvidos nestas áreas;
c) o registro da emergência deve ser feito segundo o roteiro que se segue: descrição da emergência,
descrevendo as condições em que a emergência ocorreu, indicando:
• atividade, local, data e hora da emergência;
• causas da emergência;
• planejamento feito para o retorno à situação normal;
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(FCC / SABESP / 2018) A Norma Regulamentadora 15 (Atividades e Operações Insalubres) preconiza como
Valor de Referência Tecnológico (VRT) de benzeno a concentração do agente químico no ar considerada
exequível do ponto de vista técnico, e deve ser considerado como referência para os programas de
melhoria contínua das condições dos ambientes de trabalho. Para as indústrias siderúrgicas, o VRT do
benzeno, em partes por milhão (ppm), é de
(A) 2,0. (B) 1,0. (C) 0,5. (D) 1,5. (E) 2,5.
Comentários: como vimos, no caso de empresas siderúrgicas o VRT-MPT é de 2,5 ppm, pelo que a alternativa
E está correta e é o gabarito da questão. Para os demais casos em que a utilização do benzeno é permitida,
o VRT-MPT é de 1,0 ppm.
Temos aqui o terceiro tópico que mais ... ...com 25% de incidência. Esse
é um assunto que considero de ótimo custo benefício, bem curto e simples e alta probabilidade de
cobrança!
Consideram-se agentes biológicos as bactérias, fungos, bacilos, parasitas77, protozoários, vírus, entre
outros.
Assim como ocorre no casos dos Anexos n.º 6 e 13, a caracterização e a classificação da insalubridade por
exposição aos riscos biológicos também se dá enquadramento profissional. que é uma forma de avaliação
qualitativa, dado que o item 15.1.3 da NR 15 determina que são consideradas atividades ou operações
insalubres as que se desenvolvem "nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6,13 e 14".
O referido Anexo estabelece uma relação das atividades que envolvem agentes biológicos, cuja
insalubridade é caracterizada pela avaliação qualitativa. Basta que o "avaliador" observe se, de fato, o
trabalhador realiza a atividade alegada em conformidade com aquelas descritas no Quadro que segue e
restará caracterizada e classificada a insalubridade, em grau máximo ou médio.
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Parasita: organismo que sobrevive e se desenvolve às expensas de um hospedeiro.
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Sobre essas atividades, sugiro que DECOREM, principalmente as atividades relacionadas a insalubridade
em grau máximo, que são apenas quatro. Com isso, as de grau médio dá para saber por eliminação!
Insalubridade em grau máximo Insalubridade em grau médio
trabalhos e operações em contato permanente
trabalho ou operações, em contato permanente
com pacientes, animais ou com material infecto-
com:
contagiante, em:
hospitais, serviços de emergência, enfermarias,
ambulatórios, postos de vacinação78 e outros
pacientes em isolamento por doenças estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde
infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso, humana (aplica-se unicamente ao pessoal que
não previamente esterilizados; tenha contato com os pacientes, bem como aos que
manuseiam objetos de uso desses pacientes, não
previamente esterelizados);
hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e
carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, pelos e
outros estabelecimentos destinados ao
dejeções de animais portadores de doenças
atendimento e tratamento de animais (aplica-se
infectocontagiosas (carbunculose, brucerose,
apenas ao pessoal que tenha contato com tais
tuberculose);
animais);
contato em laboratórios, com animais destinados
esgotos (galerias e tanques)
ao preparo de soro, vacinas e outros produtos;
laboratórios de análise clínica e histopatologia
lixo urbano (coleta e industrialização)
(aplica-se tão somente ao pessoal técnico)
gabinetes de autópsias, de anatomia e
histoanatomopatologia (aplica-se somente ao
pessoal técnico)
cemitérios (exumação de corpos)
estábulos e cavalariças; e
resíduos de materiais deteriorados.
78
Vacinação: processo visando a obtenção de imunidade ativa e duradoura de um organismo. A
imunidade ativa é a proteção conferida pela estimulação antigênica do sistema imunológico com o
desenvolvimento de uma resposta humoral (produção de anticorpos) e celular.
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Para fechar o estudo desse curto e importante Anexo, quero chamar a atenção de vocês para alguns
pontos importantes, e que não estão explicitados:
permanente; ou
A atividade ou operação precisa expor ao
trabalhador contato
intermitente
Insalubridade por
A exposição eventual não caracteriza a
exposição a riscos
exposição como insalubre
biológicos
Agora, vejam como esse assunto costuma ser explorado pelas bancas:
(IADES / SEAD-PA / 2019) De acordo com o anexo IV da Norma Regulamentadora no 15 (NR 15), relativo
aos agentes biológicos, assinale a alternativa correta.
(A) Caracteriza-se a insalubridade pela avaliação quantitativa nas atividades que envolvam agentes
biológicos.
(B) É considerado insalubridade de grau médio trabalho ou operação em contato permanente com pacientes
em isolamento por doenças infectocontagiosas.
(C) Considera-se insalubridade de grau máximo o trabalho em cemitérios (exumação de corpos).
(D) É considerado insalubridade de grau máximo o trabalho com lixo urbano (coleta e industrialização).
(E) Consideram-se insalubridade de grau máximo trabalhos e operações em contato permanente com
pacientes em serviços de emergência.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Nada disso, a caracterização da insalubridade por exposição aos agentes
biológicos ocorre de forma qualitativa (por enquadramento profissional).
A alternativa B está incorreta. O trabalho em contato permanente com pacientes em isolamento por
doenças infectocontagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente esterilizados caracteriza
insalubridade em grau máximo.
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A alternativa C está incorreta. Nesse caso, a atividade é caracterizada como insalubre em grau médio.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Exatamente, guardem isso: trabalhos em contato
permanente com lixo urbano (coleta e industrialização) e com esgotos (galerias e tanques) como é o caso de
garis, catadores de lixo etc., caracteriza insalubridade em grau máximo.
A alternativa E está incorreta. Serviços de emergência média configura insalubridade em grau médio,
apenas para o pessoal que tem contato com os pacientes.
(CESPE-CEBRASPE / SLU-DF / 2019) Paulo, de 32 anos de idade, lixeiro vinculado a empresa de coleta de
lixo urbano de determinado município, trabalha em jornada de 44 horas semanais, coletando resíduos não
perigosos em vias públicas. É pertencente à subclasse preponderante na Classificação Nacional de
Atividades Econômicas (CNAE-Preponderante), cuja alíquota do seguro de acidente do trabalho (SAT) é de
3%, ajustada pelo fator acidentário de prevenção (FAP) de 1,75, vigente para 2019. As avaliações
ambientais indicam para Paulo índice de bulbo úmido termômetro de globo (IBUTG) de 31,5 °C, exposto
concomitantemente a ruído intermitente, com dose acumulada na jornada de 75,76%, segundo a norma
trabalhista, e nível de exposição normalizado (NEN) de 87,07 dB(A), pela norma previdenciária. Ademais,
Paulo fica exposto a fatores de risco ergonômicos e biológicos durante a execução de seu trabalho.
Tendo como referência a situação hipotética precedente, julgue o item seguinte.
A combinação de fatores de risco ergonômicos e biológicos da atividade de lixeiro determina, por associação
de agentes, pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo a Paulo.
Comentários: ignorem a parte que trata dos riscos físicos (já resolvemos na aula passada). Vejam que no
final da situação hipotética a banca diz que "Paulo fica exposto a fatores de risco ergonômicos e biológicos
durante a execução de seu trabalho".
A proposição está ERRADA. De fato, a exposição aos riscos biológicos durante a execução do trabalho
de lixeiro enquadra a atividade de Paulo como insalubre em grau máximo, por previsão expressa no Anexo
n.º 14 da NR 15. Entretanto, o erro da questão está em afirmar que a combinação de fatores (riscos
ergonômicos e biológicos) é que determina essa condição.
Os riscos ergonômicos nem mesmo se enquadram como insalubres!
Chegamos ao final do estudo da NR 15 (riscos químicos e biológicos), agora é hora de respirar e colocar
o conhecimento teórico em prática, então, dirijam-se as questões comentadas sobre essa parte da aula no
final do PDF e vamos em frente
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3 QUESTÕES COMENTADAS
I. Entende-se por "Limite de Tolerância" a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com
a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua
vida laboral.
II. No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado o de grau mais elevado,
para efeito de acréscimo salarial, sendo autorizada a percepção cumulativa.
(A) I, II, III. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) III, apenas.
1.2 (FUNDEP / DMAE-MG / 2020) As afirmativas a seguir são relativas ao trabalho em ambientes com
condições hiperbáricas. Existem algumas exigências para que os profissionais possam executar suas
operações nas campânulas ou eclusas.
III. A qualidade do ar deverá ser mantida dentro dos padrões de pureza estabelecidos no subitem 1.3.15.6
da NR 15, anexo 6, através da utilização de filtros apropriados, colocados entre a fonte de ar e a câmara de
trabalho, campânula ou eclusa.
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(A) I e III, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) I, II e III.
1.3 (VUNESP / SEMAE DE PIRACICABA-SP / 2019) Com base no texto da NR-15 - Atividades e Operações
Insalubres, assinale a alternativa correta.
(A) No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado o somatório do valor das
porcentagens de cada fator para o cálculo do adicional a ser percebido pelo trabalhador.
(D) Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1
(um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
(E) A avaliação da tolerância ao calor independe do tipo de atividade realizada pelo trabalhador.
1.4 (IADES / SEAD-PA / 2019) Com base na Norma Regulamentadora no 15 (NR 15), as únicas atividades
que podem ser caracterizadas como insalubres em grau mínimo (10%) são aquelas que envolvem agentes
(A) físicos. (B) físicos e químicos. (C) biológicos. (D) químicos. (E) físicos e biológicos.
1.5 (IADES / SEAD-PA / 2019 / adaptada) Quanto à avaliação de insalubridade, assinale a alternativa
correta.
(A) As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva,
capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de
laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
(B) Em relação ao trabalho em condições hiperbáricas, para trabalhos sob ar comprimido, os empregados
deverão ter mais de 25 anos de idade.
(C) As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem
condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio sem a proteção adequada, serão consideradas
insalubres, independentemente de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
1.6 (IADES / SEAD-PA / 2019) No que concerne à Norma Regulamentadora n° 15 (NR 15), assinale a
alternativa correta.
(A) Para os fins de aplicação de limites de tolerância, entende-se por ruído contínuo ou intermitente o ruído
de impacto.
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(B) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente,
inferiores a 75 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
(C) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente,
superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
(D) Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário, será considerada a máxima exposição diária
permissível relativa ao nível imediatamente mais baixo.
(E) Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB), com instrumento de
nível de pressão sonora. As leituras devem ser feitas a 30 cm de distância do ouvido do trabalhador.
1.7 (IADES / SEAD-PA / 2019) Ao se tratar de trabalhos sob ar comprimido em tubulões pneumáticos ou
túneis pressurizados, a Norma Regulamentadora no 15 (NR 15) determina que o tempo mínimo que os
trabalhadores devem permanecer no canteiro de obra após a descompressão, cumprindo um período de
observação médica, corresponde a
(A) cinco horas. (B) três horas. (C) duas horas. (D) quatro horas. (E) uma hora.
1.8 (FUNDEP / PREF. UBERLÂNCIA-MG / 2019) Os procedimentos técnicos da Fundacentro para a avaliação
quantitativa das vibrações de corpo inteiro (VCI) e vibrações de mãos e braços (VMB), para caracterização
da condição de trabalho insalubre, decorrente da exposição dessas vibrações são aqueles estabelecidos
nas normas de
(B) ergonomia.
1.9 (FUNDEP / PREF. UBERLÂNCIA-MG / 2019) Os seguintes percentuais podem ser pagos ao trabalhador
pelo exercício de trabalho em condições de insalubridade, incidente sobre o salário-mínimo da região,
exceto:
(A) na avaliação do Limite de Tolerância – L.T., para a exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente
com descanso no próprio local de trabalho, esses períodos de descanso serão considerados tempo de
serviço, para todos os efeitos legais.
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(C) é considerada atividade insalubre aquela realizada em ambiente com nível de ruído de 90 dB(A), em uma
exposição máxima diária de 2 horas.
(E) é considerado insalubre o trabalho realizado em ambientes com nível de iluminamento inadequado
1.11 (UFMG / UFMG / 2019) De acordo com o Anexo 3 da NR 15 da Portaria 3214/78, para avaliar se o
limite de tolerância de exposição à sobrecarga térmica foi ultrapassado, é CORRETO afirmar:
(A) O IBUTG médio (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) e o metabolismo médio são calculados,
se ao longo de um período de uma hora de maior exposição, houver variação térmica da exposição.
(B) O IBUTG médio (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) e o metabolismo médio são calculados,
se ao longo da jornada de trabalho, houver variação térmica da exposição.
(C) O IBUTG médio (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) e o metabolismo médio são calculados,
se houver variação térmica da exposição em cada dia da semana.
(D) O IBUTG médio (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) e o metabolismo médio são calculados,
se ao longo da jornada diária de trabalho, o trabalhador ficar exposto ao sol e à sombra.
1.12 (UFMG / UFMG / 2019) Um pedreiro da construção civil trabalha numa obra predial cuja exposição
ao nível de pressão sonora, medido em decibéis, varia de forma intermitente ao longo do dia em razão de
suas atividades, dos equipamentos utilizados por ele e pelos colegas. Para considerar a variação do nível
de ruído, a avaliação da exposição ocupacional desse trabalhador foi realizada utilizando um
audiodosímetro.
Assinale a alternativa que indica como esse aparelho deve ser ajustado e onde as leituras devem ser feitas
para se realizar a medição de modo a verificar se o trabalhador está exposto acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Anexo1 da NR 15 da Portaria 3214/78.
(A) O Audiodosímetro deve ser ajustado para operar com o circuito de compensação “C” e circuito de
resposta rápida (Fast). As leituras devem ser feitas próximas à fonte de ruído.
(B) O audiodosímetro deve ser ajustado para operar com o circuito de compensação “Linear” e circuito de
resposta rápida (Fast). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
(C) O audiodosímetro deve ser ajustado para operar com o circuito de compensação “A” e circuito de
resposta rápida (Fast). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
(D) O audiodosímetro deve ser ajustado para operar com o circuito de compensação “A” e circuito de
resposta lenta (Slow). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
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1.13 (UFMG / UFMG / 2019) Com base no Anexo 1 da Norma Regulamentadora de número 15 (NR 15), da
Portaria 3214, de 1978, do Ministério do Trabalho, qual é o valor, em decibéis, do incremento de
duplicação do Limite de Tolerância (LT) do nível ruído que implica na redução de 50% do tempo de máxima
exposição diária permitida a esse LT ?
1.14 (FUNDEP / PREF. UBERLÂNDIA-MG / 2019) Trabalhos sob ar comprimido são aqueles efetuados em
ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige
cuidadosa descompressão, de acordo com as tabelas da norma NR–15. A esse respeito, relacione a
COLUNA II com a COLUNA I, associando a modalidade à sua respectiva descrição do conceito, conforme
descrito pela NR–15 – Atividades e operações insalubres, anexo nº 6 – Trabalho sob condições
hiperbáricas.
COLUNA I
1. Câmara de trabalho
2. Câmara de recompressão
3. Campânula
COLUNA II
( ) É uma câmara que é usada para tratamento de indivíduos que adquirem doença descompressiva ou
embolia e é diretamente supervisionada por médico qualificado.
( ) É o espaço ou compartimento sob ar comprimido, no interior do qual o trabalho está sendo realizado.
( ) É uma câmara por meio da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara do tubulão, e vice-versa.
1.15 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) Segundo o Anexo 1 da NR15, para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos não é permitida exposição a níveis de ruído acima
(A) de 110 dB(A). (B) de 115 dB(A). (C) de 120 dB(A). (D) de 125 dB(A). (E) de 130 dB(A).
1.16 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) Sobre insalubridade, analise as afirmativas a seguir.
I. É direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição social,
o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas na forma da lei.
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II. O MTE deverá aprovar o quadro das atividades e operações insalubres e adotar normas sobre critérios de
caracterização de insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o
tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.
(A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II e III.
1.17 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) Foram realizadas em um setor de uma indústria as medições de
temperatura de bulbo seco igual a 34°C, temperatura de bulbo úmido natural igual a 29°C e a temperatura
do globo igual a 40°C.
Sabendo-se que o ambiente é externo com carga solar, o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo -
IBUTG do setor, é igual a
(A) 29,8°C. (B) 30,5°C. (C) 31,7°C. (D) 32,9°C. (E) 33,1°C.
1.18 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) O trabalhador que desenvolve atividades em que fica exposto à
radiações ionizantes e não ionizantes estão sob condições insalubres de trabalho.
(A) Os limites de tolerância à exposição de radiações ionizantes são estabelecidos por Norma elaborada pelo
conselho Nacional de Energia Nuclear- CNEN.
(C) As operações que expõem os trabalhadores às radiações não-ionizantes serão sempre consideradas
insalubres.
(D) As atividades que expõem os trabalhadores às radiações da luz negra serão consideradas insalubres.
(E) As atividades que expõem os trabalhadores às radiações ultravioletas na faixa de 320 a 400 nanômetros
serão consideradas insalubres.
1.19 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) Sobre as condições de trabalho sob ar comprimido, ainda com
base no Anexo 6 da NR15, analise as afirmativas a seguir.
I. A assistência por médico qualificado, bem como local apropriado para atendimento médico, poderá ser
providenciado ou não pelo empregador.
II. O empregado poderá trabalhar sob ar comprimido antes de ser examinado por médico qualificado.
III. O candidato considerado inapto não poderá exercer a função definitiva e permanentemente.
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(A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) é II e III, apenas. (E) I, II e III.
1.20 (IF-SP / IF-SP / 2019) Uma máxima exposição diária permissível para um nível de ruído de 95 dB é 2
horas. O Rafael é exposto, diariamente, a esse nível de ruído em seu trabalho (empresa ABA), durante
meia hora. No entanto, Rafael precisou fazer uma visita técnica a uma empresa parceira (empresa EFE)
cujo nível de ruído é 87 dB e com máxima exposição diária permissível de 6 horas. Rafael ficava exposto
ao ruído da empresa parceira por 3 horas. Quais são os valores da relação entre o tempo total de exposição
a um nível de ruído específico e a máxima exposição diária permissível em cada uma das empresas em que
Rafael esteve, respectivamente? Para simplificar, considera-se que não existem outros níveis de ruído no
ambiente.
(A) 0,5 e 0,25. (B) 0,5 e 1. (C) 0,25 e 0,5. (D) 1 e 0.5.
1.21 (IADES / AL-GO / 2019) Acerca dos limites de ruído contínuo ou intermitente e de impacto
estabelecidos pela Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) – Atividades e Operações Insalubres, é correto
afirmar que
(A) as leituras para a determinação do nível de ruído devem ser feitas a, no máximo, 1 m de distância da
fonte do ruído.
(B) as atividades que exponham o trabalhador a níveis de ruído contínuo superiores a 115 dB(A), sem
proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
(C) se entende por ruído contínuo aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1
segundo, a intervalos superiores a 1 segundo.
(D) é permitida a exposição a níveis de ruído de, no máximo, 130 dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos, considerando ruído contínuo ou intermitente.
(E) os limites de máxima exposição permitida estabelecidos pela NR são referentes a um único período,
devendo ser considerado o maior período de exposição a determinado ruído durante a jornada de trabalho.
2.22 (VUNESP / TJ-SP / 2019) Conforme a NR-15, em um de seus anexos, para trabalhos sob ar comprimido
em tubulões pneumáticos e túneis pressurizados, os empregados deverão satisfazer, entre outros, o
seguinte requisito referente à idade:
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1.23 (DEPSEC / UMIFAP / 2018) De acordo com o anexo nº6 da NR-15, Trabalho sobre condições
hiperbáricas, onde diz que durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, exceto em caso de
emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão sob supervisão direta do médico
responsável, nenhuma pessoa poderá ser exposta a pressão superior a:
(A) 3,6 kgf/cm². (B) 3,4 kgf/cm². (C) 3,8 kgf/cm². (D) 4,0 kgf/cm². (E) 4,2 kgf/cm².
1.24 (FUMARC / COPASA / 2018) Um trabalhador com jornada de trabalho de 8 horas fica exposto durante
3 horas a nível de ruído de 90 dB(A), 0,5 horas a nível de ruído de 100 dB(A) e 2,5 horas a nível de ruído de
85 dB(A) e o restante da jornada de trabalho a 80 dB(A).
Sendo o limite de tolerância para 100 dB(A) de 1 hora, 90 dB(A) de 4 horas, e 85 dB(A) de 8 horas, pode-se
afirmar que o Efeito Combinado é igual a
1.25 (FUMARC / CEMIG-MG / 2018) Caracteriza-se a condição insalubre por vibração, caso sejam
superados quaisquer dos limites de exposição ocupacional diária a VCI:
1.26 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Em relação às radiações ionizantes e não-ionizantes, assinale a alternativa
correta.
(D) As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não ionizantes devem ser
consideradas insalubres, independente de existir ou não proteção adequada.
(E) As atividades que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa 400-320
nanômetros) serão consideradas insalubres.
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1.27 (FUMARC / CEMIG-MG / 2018) Foi avaliado o nível equivalente de ruído para Operador de Serra
Circular, registrando 101 dB(A). Analise as seguintes afirmativas:
II. Se fornecer protetor auricular com NRRsf de 15 dB(A), a insalubridade não estará neutralizada.
IV. Se instalar barreira protetiva com capacidade de refletir 25 dB(A), a insalubridade estará neutralizada
independente do uso ou não de protetor auricular.
(A) I. (B) I e IV. (C) I, III e IV. (D) I, II, III e IV.
1.28 (FUMARC / CEMIG-MG / 2018) Um trabalhador, com jornada de trabalho de 8 horas, fica exposto
durante 2 horas a nível de ruído de 90 dB(A), 1 hora a nível de ruído de 98 dB(A) e 2 horas a nível de ruído
de 85 dB(A) e o restante da jornada de trabalho a 70 dB(A). Sendo o limite de tolerância para 98 dB(A) de
1 hora e 15 minutos, 90 dB(A) de 4 horas, e 85 dB(A) 8 horas, pode-se afirmar que o Efeito Combinado é
igual a
1.29 (FEPESE / CELESC / 2018) Assinale a alternativa CORRETA em relação à NR 15 – Atividades e Operações
Insalubres.
(A) No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado o de grau mais elevado,
para efeito de acréscimo salarial, sendo recomendada a percepção cumulativa.
(C) Cabe ao SESMT, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho
ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à
insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.
(D) A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial dos
membros da CIPA, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhado.
(E) Entende-se por “Limite de Tolerância”, para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima
ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde
do trabalhador, durante a sua vida laboral.
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1.30 (COMPERVE / SESAP-MG / 2018) Conforme resultado de avaliação, o maqueiro que trabalha na
emergência do hospital regional esteve exposto a ruído de ocupacional durante toda a sua jornada laboral.
Como a jornada laboral do maqueiro é diferente da jornada padrão (08h:00min), foi calculado o nível de
exposição normalizado (NEN) para fins de comparação com o limite de exposição, obtendo-se um NEN de
98,00 dB(A).
Já no seu primeiro dia de trabalho, o Maqueiro foi devidamente treinado e orientado pelo Técnico de
Segurança do Trabalho (TST) para o correto uso do protetor auricular. O TST registrou o fornecimento do
protetor, como também exigiu o seu uso durante toda a jornada laboral do maqueiro, atendendo as
exigências da Norma Regulamentadora N.º 6.
Consultado o sítio eletrônico do Ministério do Trabalho, foi observado que o certificado de aprovação (CA)
do protetor auricular está válido e possui a seguinte tabela de atenuação:
Dessa forma, utilizando o prescrito pela Norma ANSI S12.6/1997 – método B, o NEN atenuado do
Maqueiro será de
(A) 98,00 dB(A) (B) 75,0 dB(A) (C) 78,00 dB(A). (D) 66,00 dB(A).
1.31 (FCC / TRT-2ª REGIÃO-SP / 2018) De acordo com a NR-15 − Atividades e Operações Insalubres, nas
perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, conforme estabelece o art. 192 da CLT, os graus
de insalubridade determinados pelo Ministério do Trabalho devem ser pagos ao trabalhador no caso de
caracterização da insalubridade. O percentual de adicional a ser pago a um funcionário que está exposto
aos dois agentes nocivos no ambiente de trabalho, ruído e ao calor, respectivamente, será
(C) 20% e 40%, não podendo perceber, nesse caso, a soma dos dois percentuais.
(D) 20% e 20%, não podendo perceber, cumulativamente, a soma dos dois percentuais.
(E) 40% e 20%, podendo optar pelo adicional de insalubridade de maior percentual.
1.32 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Em uma avaliação de exposição ocupacional ao ruído contínuo, foi
identificado que um certo trabalhador atua em três ambientes de trabalho durante o dia. Foram constadas
as seguintes exposições rotineiras: no ambiente de trabalho “A”, o trabalhador fica exposto a um nível de
ruído de 90 dB(A) durante 30 minutos; no ambiente de trabalho “B”, o trabalhador fica exposto a um nível
de ruído de 60 dB(A) durante 6 horas; e, no ambiente de trabalho “C”, o trabalhador fica exposto a um
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nível de ruído de 95 dB(A) durante 30 minutos. Conforme o anexo I da NR-15, a máxima exposição diária
permissível para nível de ruído de 90 dB(A) é igual a 4 horas e para 95 dB(A) é igual a 2 horas. Considerando
a situação apresentada e o disposto nas Normas Regulamentadoras 9 e 15, assinale a alternativa correta.
(C) Será obrigatório realizar o controle médico da exposição ao ruído do trabalhador e fornecer informações
periódicas sobre como minimizar a exposição ao ruído.
(E) Para o caso desse trabalhador, não será obrigatório realizar o monitoramento periódico da exposição.
1.33 (FGV / AL-RO / 2018) O ruído é um fator de risco presente no cotidiano das relações humanas,
constituindo-se em uma preocupação nas diversas atividades de trabalho.
A tabela a seguir apresenta o limite máximo de tempo e o tempo real de exposição para cada fonte de ruído.
1.34 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Em relação à insalubridade, conforme a NR-15, é correto afirmar que
(B) o grau de insalubridade para o caso de umidade considerada insalubre, em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho, é de grau médio.
(C) o grau de insalubridade para o caso de níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância
fixados nos itens 2 e 3, do Anexo 2, da NR-15 é de grau máximo.
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(D) o grau de insalubridade para o caso de níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância
fixados nos itens 2 e 3, do Anexo 2, da NR-15 é de grau mínimo.
1.35 (FCM / IF-RJ / 2017) De acordo com a Norma Regulamentadora 15 (NR 15) - Atividades e Operações
Insalubres, em seu anexo nº 6 (Trabalho sob Condições Hiperbáricas), no que diz respeito a trabalhos sob
ar comprimido em tubulões pneumáticos e túneis pressurizados, pode-se afirmar que
(A) o trabalhador não poderá sofrer mais que uma compressão, num período de 48 horas, em tubulões
pneumáticos ou em túneis pressurizados.
(B) após a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo por 1 hora no
canteiro de obra, cumprindo um período de observação médica em local adequado designado pelo médico
responsável.
(C) durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão
superior a 3,4 kgf/cm², exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão,
sob supervisão direta do médico responsável.
(D) a duração do período de trabalho, sob ar comprimido, não poderá ser superior a 6 horas, em pressões
de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm²; a 4 horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/ cm² e a 2 horas em pressão
de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm².
(E) para trabalhos sob ar comprimido, os empregados deverão ter mais de 18 e menos de 40 anos de idade
e serem submetidos a exame médico obrigatório, pré-admissional e periódico, exigido pelas características
e peculiaridades próprias do trabalho.
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3.1.1 Gabarito
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2.1 (COPEVE-UFAL / IFAL / 2019) Dadas as afirmativas abaixo quanto aos Agentes Biológicos de acordo
com o Anexo XIV da Norma Regulamentadora 15 – NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.
São consideradas de Grau Máximo de Insalubridade as atividades, em contato permanente com:
I. Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente
esterilizados.
II. Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças
infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose).
2.2 (UFMG / UFMG / 2019) De acordo com o Anexo 11 da Norma Regulamentadora número 15 da Portaria
3214/78, é CORRETO afirmar:
(A) Na avaliação com métodos de amostragem instantânea, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez)
amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório, em intervalos de, no mínimo, trinta minutos entre cada
uma.
(B) Para as substâncias assinaladas como absorção via pele positiva, os limites de tolerância estabelecidos
são válidos tanto para absorção via respiratória, quanto para absorção pela pele.
(C) Na avaliação de gás assinalado como Asfixiante Simples, o fator de desvio deve ser aplicado para verificar
se o limite de tolerância foi ou não ultrapassado.
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(D) Para a possibilidade de presença de metano em uma galeria de esgoto, avalia-se a concentração de
oxigênio para determinar se o local representa risco grave e iminente.
2.3 (UFMG / UFMG / 2019) De acordo com o anexo 14 (riscos biológicos) da NR 15 da Portaria 3214/78,
em relação à caracterização da insalubridade, é CORRETO afirmar:
(B) Depende de o empregador fornecer, treinar, mas não tornar obrigatório o uso de Equipamento de
Proteção Individual (EPI).
(C) Independe do uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) por parte do trabalhador.
(D) Deve levar em consideração o tempo de exposição e a concentração do agente em questão para uma
jornada de 44 horas semanais.
2.4 (IADES / AL-GO / 2019) De acordo com a Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) – Atividades e
Operações Insalubres, quanto à avaliação qualitativa de agentes biológicos, é correto afirmar que está(ão)
caracterizado(s) como insalubridade de grau máximo o(s)
(E) contato, em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos.
2.5 (IADES / AL-GO / 2019) No que diz respeito aos limites de tolerância para poeiras minerais,
apresentados na Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) – Atividades e Operações Insalubres, é correto
afirmar que
(A) a actinolita, a amosita, a antofilita, a crocidolita e a tremolita são consideradas, para efeito da norma,
como asbesto.
(B) o empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho, no
mínimo, uma vez por ano.
(C) é proibida a utilização de asbesto do grupo anfibólio, exceto nos setores em que ainda não tenha sido
encontrada uma alternativa técnica.
(D) a pulverização (spray) de asbesto é permitida apenas em ambientes bem ventilados e com a utilização
de equipamentos de proteção individual (EPI) adequados.
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(E) o trabalho de menores de 18 anos de idade em setores onde possa haver exposição à poeira de asbesto
fica condicionado à autorização dos pais ou do responsável, desde que seja respeitada a idade mínima de 16
anos.
2.6 (COSEAC / UFF / 2019) De acordo com a NR-15, Anexo XIV, as atividades que envolvem exposição
permanente a agentes biológicos terão direito à insalubridade de grau máximo, dentre outras atividades,
aqueles que trabalham:
(B) com pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não
previamente esterilizados.
2.7 (FUNDEP / INB / 2018) Na NR-15, o anexo Nº 12 – Limites de tolerância para poeiras minerais – relata
que cabe ao empregador, após o término do contrato de trabalho envolvendo exposição ao asbesto,
manter disponível a realização periódica de exames médicos de controle dos trabalhadores durante _____
anos. Assinale a alternativa que completa corretamente o enunciado.
2.8 (FGV / AL-RO / 2018) Assinale a opção que indica a atividade profissional que envolve a utilização de
chumbo e é enquadrada com grau de insalubridade médio.
(C) A pintura a pistola com pigmentos de compostos de chumbo em recintos limitados ou fechados.
2.9 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Em um ambiente de trabalho, foi identificada a presença de acetileno. Esse
é um gás asfixiante simples. Ao medir a concentração de oxigênio no ambiente de trabalho, foi obtido o
valor de concentração mínima igual a 15 por cento em volume. Considerando o disposto na NR-15 e seus
anexos, é correto afirmar que
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(C) a substância em questão possui um valor de limite de tolerância, dado pelo anexo da NR-15, que não
pode ser ultrapassado em uma jornada de até 48 horas semanais.
(D) a substância em questão possui um valor de limite de tolerância, dado pelo anexo da NR-15, que não
pode ser ultrapassado em uma jornada de até 48 horas semanais. Porém, para a concentração de 15% de
oxigênio, o limite de tolerância não é ultrapassado.
2.10 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Está sendo verificada a existência de insalubridade em um ambiente de
trabalho devido à absorção de agentes químicos por via respiratória. A princípio, nesse ambiente, não
estão sendo tomadas medidas para a eliminação ou neutralização da insalubridade. As atividades
desenvolvidas nesse ambiente envolvem o uso de dois agentes químicos: acetona e ácido clorídrico.
Consultando o quadro 1 do anexo 11 da NR-15, foi verificado que a coluna “Valor teto”, para o acetona,
está em branco. Já para o ácido clorídrico há marcado o símbolo “+”. Na coluna “Absorção também pela
pele”, para ambos os agentes químicos, não há marcado o símbolo “+”. Segundo o quadro 1 do anexo 11
da NR-15, a concentração até 48 horas/semana para o acetona é de 780 ppm e para o ácido clorídrico é de
4 ppm. Considerando as informações apresentadas e o disposto na NR-15, assinale a alternativa correta.
(A) Caso alguma das amostragens tomadas no ambiente de trabalho indique concentração superior a 780
ppm de acetona, não é correto caracterizar a insalubridade. É preciso considerar a concentração média na
caracterização da insalubridade e, além disso, o valor máximo não deve ser ultrapassado, sob pena de ser
considerada situação de risco grave e iminente.
(B) Caso alguma das amostragens tomadas no ambiente de trabalho indique concentração superior a 4 ppm
de ácido clorídrico, não é correto caracterizar a insalubridade. É preciso considerar a concentração média na
caracterização da insalubridade e, além disso, o valor máximo não deve ser ultrapassado, sob pena de ser
considerada situação de risco grave e iminente.
(C) A acetona e o ácido clorídrico devem ser manipulados com o uso de macacão para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores.
(D) Não podem ocorrer concentrações superiores a 390 ppm de acetona no ambiente de trabalho, pois o
fator de desvio (dado pelo quadro 2 do anexo 11 da NR-15) é igual a 0,5.
(E) Não podem ocorrer concentrações superiores a 2 ppm de ácido clorídrico no ambiente de trabalho, pois
o fator de desvio (dado pelo quadro 2 do anexo 11 da NR-15) é igual a 0,5.
2.11 (UFPR / UFPA / 2018) São considerados insalubres em grau máximo os trabalhos ou operações em
contato permanente com:
(B) objetos de uso de pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas não previamente
esterilizados.
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2.12 (FUMARC / COPASA / 2018) Foi avaliada a concentração de amônia, registrando-se os seguintes
resultados: 20ppm, 25ppm, 28ppm, 15ppm, 12ppm, 28ppm, 20ppm,10ppm,15ppm, 20ppm.
Sendo o Limite de Tolerância igual a 20ppm e o Fator de desvio igual a 1,5, podemos afirmar que
(A) I, II e III. (B) I, III e IV. (C) II e IV. (D) III e IV.
2.13 (FUMARC / COPASA / 2018) Foi avaliada a concentração de poeira respirável, encontrando-se os
seguintes resultados:
% de quartzo = 1,5%
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2.14 (FCC / SABESP / 2018) Um funcionário utiliza mantas de amianto para cobrir as soldas, para o seu
resfriamento, denominado alívio térmico controlado, durante as operações de solda de tubulações,
manutenções corretivas e preventivas. De acordo com a NR-07 e a NR-15, é correto afirmar que
(A) o empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho, em
intervalos não superiores a 12 meses ou 1 ano.
(C) as áreas, recipientes ou rotulagem, equipamentos e pontos com risco de exposição ao amianto devem
ser sinalizados com “CUIDADO: PRESENÇA DE AMIANTO − RISCO À SAÚDE”.
(D) para o limite de tolerância para fibras respiráveis de asbesto crisólita, que é de 3,0 f/cm³, os trabalhadores
deverão realizar o controle médico da exposição de Raio de tórax e espirometria, mesmo não sendo
fibrogênicos.
(E) o fornecedor de asbesto só poderá entregar a matéria-prima a empresas cadastradas, sendo esse
cadastro atualizado obrigatoriamente a cada 3 (três) anos.
2.15 (FCC / SABESP / 2018) Em processo judicial foi solicitada a avaliação da exposição de sílica livre em
setor de uma empresa. O engenheiro perito, designado por indicação do juiz responsável pelo caso,
utilizou uma bomba de amostragem de ar, kit completo 5 a 5000 cc/min, aplicada em um dos funcionários.
O aparelho funcionou no período da tarde, das 13h às 17h10, com uma vazão média de 2 litros por minuto.
O meio de coleta foi através de cassetes com filtros de policarbonato acoplado com ciclone (impinger) para
particulado de até 1,0 μm. A massa total da amostra é de 2,0 mg e essa massa contém uma massa de SiO2
de 0,01 mg.
DADOS
O limite de tolerância para poeira respirável, expresso em mg/m3, é dado pela seguinte fórmula:
O limite de tolerância para poeira respirável (Sílica Cristalizada e Cristobalita): TWA (ACGIH) antes de 2009 =
0,1 mg/³ e TWA (ACGIH) depois de 2009 = 0,025 mg/m³.
(A) igual ao limite de tolerância, portanto o profissional tem direito ao adicional de insalubridade.
(B) inferior ao limite de tolerância, portanto o profissional não tem direito ao adicional de insalubridade.
(C) igual ao limite de tolerância, portanto o profissional não tem direito ao adicional de insalubridade.
(D) superior ao limite de tolerância, portanto o profissional tem direito ao adicional de insalubridade.
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(E) inferior ao limite de tolerância, portanto o profissional tem direito ao adicional de insalubridade.
2.16 (FCC / SABESP / 2018) Foi solicitado um laudo pericial do ambiente de trabalho da manutenção, onde
os funcionários trabalham com a manipulação de esmaltes sintéticos, tintas e vernizes. Foram encontrados
os seguintes valores de concentração de formaldeído (HCOH) nas amostras, durante o período de 8 horas
de jornada de trabalho:
Dados: LT (Limite de Tolerância) = 2,3 mg/m³ (NR-15) para uma jornada de 48 horas semanais e FD (Fator de
Desvio) = 3.
(A) Salubre, pois a concentração média está abaixo do Limite de Tolerância (LT).
(C) Insalubre, pois duas amostras estão acima do Limite de Tolerância (LT), e a exposição não é caracterizada
como um risco grave e iminente.
(D) Insalubre, e a exposição é caracterizada como Imediatamente Perigoso à Vida e à Saúde (IPVS).
2.17 (FCC / SABESP / 2018) Abrilino era empregado mensalista celetista da Empresa Consertamos Tudo
Ltda. Ele não recebia nenhum tipo de adicional de insalubridade conforme detectado no laudo
inspecionado pela auditoria fiscal do Ministério do Trabalho. Portanto, foi apontada não conformidade
com a NR-15, visto que os trabalhadores estavam expostos de modo habitual e permanente aos seguintes
agentes nocivos:
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agentes nocivos expostos e considerando as disposições da NR-15, o valor mensal desse benefício no
período de 2005, ao mês, deveria ser
(A) R$ 1.200,00.
(B) R$ 120,00.
(C) R$ 60,00.
(D) R$ 900,00.
(E) R$ 300,00.
2.18 (FCC / SABESP / 2018) Mauro trabalha em operações que exigem o contato permanente com esgotos
(galerias e tanques). Seu salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação
nos lucros da empresa, é de R$ 1.600,00. O salário mínimo vigente na região é de R$ 900,00. Mauro tem
direito ao recebimento de adicional de
2.19 (FUMARC / CEMIG-MG / 2018) Foi avaliada a concentração de tolueno, utilizando bomba gravimétrica
e filtro de carvão ativado, com os seguintes resultados: Tempo de amostragem: 50 minutos; Vazão da
bomba: 0,2 l/min; Resultado da análise: 200 microgramas de tolueno; Limite de Tolerância: 290 mg/m³.
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(A) A avaliação de ruído contínuo ou intermitente é realizada operando o aparelho na escala A e circuito de
resposta lenta.
(D) Quando o Valor Máximo Permitido é ultrapassado, inviabiliza o uso do respirador com filtro químico, pois
ele satura rapidamente.
2.21 (CESGRANRIO / PETROBRAS / 2018) Com o objetivo de avaliar a insalubridade do posto de trabalho
do operador de produção de uma unidade de produção de petróleo, foram realizadas 10 medições
ambientais instantâneas da substância química álcool metílico (metanol), conforme Quadro abaixo.
Se o limite de tolerância do álcool metílico é de 156 ppm, e o mesmo pode ser absorvido pela pele, tem-se
que a(o):
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2.23 (IFES / IFES / 2016) De acordo com a Norma Regulamentadora NR15, sobre atividades e operações
insalubres, analise as sentenças abaixo:
III) O anexo 11 trata dos agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e
inspeção no local de trabalho.
IV) Os métodos de leitura direta são permitidos, sendo, no entanto, estabelecido o intervalo mínimo de 10
(dez) minutos entre as amostras.
V) Os limites de tolerância fixados no quadro n.º 1 do anexo 11 são válidos para jornadas de trabalho de até
44 (quarenta e quatro) horas por semana.
(A) II e III. (B) I, II e III. (C) I, II e V. (D) I, IV e V. (D) I, II, III e IV.
2.24 (IBFC / EBSERH / 2016) Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. A Insalubridade
em trabalhos e operações que possuem contato permanente com pacientes, animais ou com material
infecto-contagiante, caracteriza-se naqueles profissionais que atuam em:
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contato com os pacientes, bem como aos que manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente
esterilizados).
III. Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos.
(A) Apenas I, II e III. (B) Apenas I, III e V. (C) Apenas II, III e V. (D) I, II, III, IV e V. (D) Apenas I, II, III e V.
2.25 (IBFC / EBSERH / 2016) O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos
referente à uso de eletrodos de solda é de:
(A) Até 2mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
(B) Até 3mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
(C) Até 1 mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
(D) Até 4mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
(E) Até 5mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
2.26 (IBFC / EBSERH / 2016) De acordo com o Anexo 12 da NR-15 é correto afirmar que:
(A) A crocidolita (asbesto azul) não pertence ao grupo de rochas metamórficas regidas por esse Anexo.
(B) O empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho, em
intervalos não superiores a 12 (doze) meses.
(C) Os registros das avaliações deverão ser mantidos por um período não inferior a 25 (vinte e cinco) anos.
(D) A avaliação ambiental será realizada pelo método do filtro de membrana, utilizando-se aumentos de 100
a 200x, com iluminação de contraste de fase.
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2.27 (IBFC / EBSERH / 2016) De acordo com a NR 15 os limites de tolerância fixados no Quadro 1 são válidos
para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana.
É correto afirmar que complementa o entendimento desse texto da Norma: Analise as afirmativas abaixo
e assinale a alternativa correta:
(A) É expressamente vedado exceder o limite de 60 (sessenta) horas semanais, conforme disposto no art. 59
da CLT.
(B) Inclusive para jornadas de trabalho que não excedam 72 (setenta e duas) horas semanais conforme
disposto no art. 59 da CLT.
(C) É expressamente vedado exceder o limite de 48 (quarenta e oito) horas semanais, conforme disposto no
art. 60 da CLT.
(D) Inclusive para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á
cumprir o disposto no art. 60 da CLT.
(E) É vedado em qualquer situação exceder o limite legal ou convencionado de 48 (quarenta e oito) horas
semanais para trabalhadores menores de idade.
2.28 (AOCP / EBSERH / 2016) Está sendo estudada a prorrogação da jornada de trabalho em atividades
insalubres de um estabelecimento. Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), nas atividades
insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo “Da Segurança e da
Medicina do Trabalho”, ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e
Comércio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades
competentes em matéria de
(A) higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação
dos métodos e processos de trabalho de forma direta.
(B) higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação
dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim, solicitando a anuência
da representação de trabalhadores, fazendo o registro na carteira de trabalho.
(C) higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação
dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.
(D) segurança do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à
verificação dos métodos e processos de trabalho através das autoridades sanitárias federais e estaduais, com
quem entrarão em entendimento para tal fim.
(E) higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames documentais e à
verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades
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sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. O
deferimento do pedido está condicionado ao cumprimento de todas as Normas Regulamentadoras.
2.29 (AOCP / CESGRANRIO / 2015) O asbesto é um composto químico considerado nocivo encontrando-se
enquadrado na NR 15, Anexo 12 (Limites de tolerância para poeiras minerais). Apesar disso, esse material
ainda existe em diversas construções.
Por esse motivo, o Anexo 12 da NR 15 estabelece que antes de iniciar os trabalhos de remoção e/ou
demolição em local onde exista asbesto, o empregador e/ou contratado, em conjunto com a representação
dos trabalhadores, deverão elaborar um plano de trabalho em que sejam especificadas as medidas a serem
tomadas, inclusive as destinadas a
(B) implementar um sistema de ventilação geral diluidora no ambiente onde haja poeira de asbesto no ar.
2.30 (AOCP / EBSERH / 2015) Observe os quadros a seguir elaborados com base nos quadros 1 e 2 do anexo
11 da NR-15.
Quadro nº 1
Quadro nº 2
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Com base nas informações apresentadas, a situação está sob pena de ser considerada situação de risco grave
e iminente?
3.2.1 Gabarito
2.1 B 2.16 A
2.1 D 2.17 B
2.3 C 2.18 C
2.4 A 2.19 C
2.5 A 2.20 B
2.6 B 2.21 B
2.7 C 2.22 D
2.8 D 2.23 A
2.9 B 2.24 D
2.10 A 2.25 C
2.11 B 2.26 E
2.12 A 2.27 D
2.13 ANULADA 2.28 C
2.14 B 2.29 C
2.15 D 2.30 B
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4 QUESTÕES COMENTADAS
I. Entende-se por "Limite de Tolerância" a concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com
a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará danos à saúde do trabalhador, durante a sua
vida laboral.
II. No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado o de grau mais elevado,
para efeito de acréscimo salarial, sendo autorizada a percepção cumulativa.
(A) I, II, III. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) III, apenas.
NR 15, 15.1.5 Entende-se por "Limite de tolerância", para os fins desta Norma, a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo
de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida
laboral.
Pessoal! Primeiramente é preciso que vocês decorem o conceito de Limite de Tolerância estabelecido
pela NR 15:
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Agora, é preciso que, de fato, vocês entendam esse conceito. Para isso, vejam
• concentração ou intensidade máxima ou mínima: quando a Norma se refere a "concentração" ela
está tratando especificamente dos limites relacionados aos riscos químicos, entretanto, o termo
"intensidade" está relacionado aos limites estabelecidos para os agentes físicos.
Os termos "máxima" ou "mínima" estabelecem os limiares. Por exemplo, o limite de tolerância
para acetona é dado em concentração "máxima" (no caso, de 780 partes por milhão - ppm).
Entretanto, no caso de ambientes com presença de substâncias consideradas asfixiantes simples
deve-se observar a concentração "mínima" (18% em volume, para todos os casos).
No caso de agentes físicos, a o limiar é sempre definido pela intensidade "máxima".
• natureza do agente: diz respeito as classes e subclasses dos agentes. Por exemplo, o ruído pertence
à classe dos riscos físicos e pode ser subdividido em ruído contínuo ou intermitente ou ainda em ruído
de impacto (subclasses).
Os agentes químicos podem ser subdivididos em gases, vapores, névoas, aerodispersóides,
asfixiante etc.
• tempo de exposição: diz respeito ao tempo que o trabalhador pode ficar diária ou semanalmente
exposto a um certo limiar sem que sua saúde seja afetada.
A afirmativa II está incorreta. Veja o erro: "No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade,
será considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo autorizada (VEDADA) a
percepção cumulativa". Vejam como abordamos esse assunto:
"A percepção cumulativa é vedada tanto para insalubridade quanto para a periculosidade, revejam:
A resposta também é NÃO! Isso ocorre poque o Art. 193, § 2º da CLT é claro ao estabelecer que o
trabalhador que tem o direito a percepção do adicional de periculosidade poderá "optar" pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido, vejam:
CLT, Art. 193 - 193. São consideradas atividades ou operações perigosas (...).
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido; (...)
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Pessoal! Como o percentual do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário base do trabalhador
(e não do salário mínimo) ele geralmente é mais vantajoso, exceto quando em trabalhador ganha salário
mínimo e tem adicional de insalubridade de 40%.
Mas o fato que importa aqui é outro: o trabalhador tem que "escolher", entre o adicional de
periculosidade e o de insalubridade, sendo vedada a percepção cumulativa.
Vedada a acumulação
2 ou mais de
insalubridade
deverá ser considerado apenas o de grau mais elevado
Acumulação de
adicionais
vedada a acumulação
periculosidade +
insalubridade
o trabalhador escolhe o mais vantajoso
A afirmativa III está correta. Recorde os percentuais do "plus" remuneratório para cada grau de
insalubridade?
"Uma vez caracterizada a condição insalubre, será assegurado ao trabalhador o direito a percepção do
adicional de insalubridade, incidente sobre o salário mínimo da região79, equivalente a um percentual
correspondente ao grau de insalubridade: mínimo, médio ou máximo.
NR 15, 15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo;
NR 15, 15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio;
NR 15, 15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo.
79
O termo “salário mínimo da região” se deve ao fato de que há época de edição da Portaria (1974) não
existia o salário mínimo nacional como existe atualmente, era estabelecido por região. Isso não se aplica
mais atualmente, mas as provas costumam explorar a letra da Norma.
80
Tratam do grau de insalubridade e definem “Limite de Tolerância”.
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10%
grau mínimo
20%
Adicionais de insalubridade Incidem sobre o salário
grau médio mínimo da região
40%
grau máximo
PEGADINHA! As bancas costumam afirmar que o adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo
da categoria profissional, do salário base do empregado, entre outros. Cuidado com isso, é sobre o salário
mínimo regional. Entretanto, se a banca utilizar o termo "salário mínimo nacional" também não está errado,
pois, de fato, é o que ocorre hoje.
1.2 (FUNDEP / DMAE-MG / 2020) As afirmativas a seguir são relativas ao trabalho em ambientes com
condições hiperbáricas. Existem algumas exigências para que os profissionais possam executar suas
operações nas campânulas ou eclusas.
III. A qualidade do ar deverá ser mantida dentro dos padrões de pureza estabelecidos no subitem 1.3.15.6
da NR 15, anexo 6, através da utilização de filtros apropriados, colocados entre a fonte de ar e a câmara de
trabalho, campânula ou eclusa.
(A) I e III, apenas. (B) II e III, apenas. (C) I e II, apenas. (D) I, II e III.
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Assim, as afirmativas I, II e III são verdadeiras, de modo que a alternativa D está correta e é o gabarito da
questão.
1.3 (VUNESP / SEMAE DE PIRACICABA-SP / 2019) Com base no texto da NR-15 - Atividades e Operações
Insalubres, assinale a alternativa correta.
(A) No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado o somatório do valor das
porcentagens de cada fator para o cálculo do adicional a ser percebido pelo trabalhador.
(D) Entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1
(um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
(E) A avaliação da tolerância ao calor independe do tipo de atividade realizada pelo trabalhador.
A alternativa A está incorreta. A percepção cumulativa é vedada tanto para insalubridade quanto para a
periculosidade, reveja:
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Item 1.3.15.6 do Anexo n.º 6 da NR 15.
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A resposta também é NÃO! Isso ocorre poque o Art. 193, § 2º da CLT é claro ao estabelecer que o
trabalhador que tem o direito a percepção do adicional de periculosidade poderá "optar" pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido, vejam:
CLT, Art. 193 - 193. São consideradas atividades ou operações perigosas (...).
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido; (...)
Pessoal! Como o percentual do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário base do trabalhador
(e não do salário mínimo) ele geralmente é mais vantajoso, exceto quando em trabalhador ganha salário
mínimo e tem adicional de insalubridade de 40%.
Mas o fato que importa aqui é outro: o trabalhador tem que "escolher", entre o adicional de
periculosidade e o de insalubridade, sendo vedada a percepção cumulativa.
Vedada a acumulação
2 ou mais de
insalubridade
deverá ser considerado apenas o de grau mais elevado
Acumulação de
adicionais
vedada a acumulação
periculosidade +
insalubridade
o trabalhador escolhe o mais vantajoso
"PEGADINHA! As bancas costumam afirmar que o adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo
da categoria profissional, do salário base do empregado, entre outros. Cuidado com isso, é sobre o salário
mínimo regional. Entretanto, se a banca utilizar o termo "salário mínimo nacional" também não está errado,
pois, de fato, é o que ocorre hoje".
A alternativa C está incorreta. A NR 15 estabelece "Limites de Tolerância" tanto para agentes físicos
quanto para agentes químicos. Lembrem-se ainda que o termo "concentração" se refere aos Limites de
Tolerância para os agentes químicos, ao passo que o termo "intensidade" se refere aos Limites de Tolerância
para os agentes físicos.
NR 15, 15.1.5 Entende-se por "Limite de tolerância", para os fins desta Norma, a
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo
de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, durante a sua vida
laboral.
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"De acordo com a Norma, entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia
acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
Agora, vejam: de acordo com a Norma, entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para os fins de
aplicação dos limites de tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto".
A alternativa E está incorreta. Como vimos, a avaliação da exposição ocupacional ao calor depende do
IBUTG medido no local onde o trabalhador realiza suas funções e da taxa metabólica.
Por sua vez, a taxa metabólica é estimada - através do Quadro n.º 2 do Anexo n.º 3 da NR 15 - que traz
uma série de valores de "energia metabólica" para diferentes atividades. Isso implica que a avaliação da
exposição ocupacional ao calor depende, de fato, da atividade desenvolvida pelo trabalhador.
1.4 (IADES / SEAD-PA / 2019) Com base na Norma Regulamentadora no 15 (NR 15), as únicas atividades
que podem ser caracterizadas como insalubres em grau mínimo (10%) são aquelas que envolvem agentes
(A) físicos. (B) físicos e químicos. (C) biológicos. (D) químicos. (E) físicos e biológicos.
"Mas, como vou saber o grau de insalubridade de cada agente ou atividade? Pessoal, em grande parte,
essa classificação é estabelecida por um quadro constante do Anexo n.º 14 da NR 15. Como ele está um
pouco desatualizado, vou efetuar algumas observações.
GRAUS DE INSALUBRIDADE
Anexo Atividades ou operações que exponham o trabalhador a Percentual
Níveis de ruído contínuo ou intermitentes superiores aos limites de
1 tolerância fixados no Quadro constante do Anexo 1 e no item 6 do mesmo 20%
Anexo
Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância fixados nos
2 20%
itens 2 e 3 do Anexo 2.
Exposição ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites de tolerância
3 20%
fixados no Quadros 1 e 2.
4 Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990.
Níveis de radiações ionizantes com radioatividade superior aos limites de
5* 40%
tolerância fixados neste Anexo.
6 Ar comprimido (condições hiperbáricas) 40%
Radiações não-ionizantes, consideradas insalubres em decorrência de
7 20%
inspeção realizada no local de trabalho.
Vibrações, consideradas insalubres em decorrência de inspeção realizada no
8** 20%
local de trabalho (atualmente a avaliação passou a ser quantitativa)
Frio, considerado insalubre em decorrência de inspeção realizada no local de
9 20%
trabalho
Umidade, considerada insalubre em decorrência de inspeção realizada no
10 20%
local de trabalho
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Pessoal! Notem que no caso dos agentes químicos, tanto no caso daqueles que necessitam de avaliação
quantitativa (Anexo 11), quanto aqueles cuja avaliação deve ser qualitativa - em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho (Anexo 13), o grau de insalubridade pode ser mínimo (10%), médio (20%) ou
máximo (40%). Essas definições precisas estão nos próprios Anexos e vamos abordá-las durante seus
estudos.
No caso dos agentes biológicos o grau é médio ou máximo, como veremos na próxima aula. Mas já vou
adiantando uma PEGADINHA aqui: Não existe grau de insalubridade mínimo (10%) para exposição a agentes
biológicos como as bancas costumam afirmar.
Agora, para que vocês não precisem gravar todo o quadro, quero que ao mesmo guardem isso:
radiações ionizantes
máximo
ar comprimido
(40%)
Poeiras minerais
(20%) frio
Graus de insalubridade
umidade
médio ou máximo
agentes biológicos
(20% ou 40%)
mínimo, médio ou
máximo agentes químicos (de avalação quantitativa ou
qualitativa)
(10%, 20% ou 40%)
Pessoal! Analisando esse mapa mental, quero que percebam a existência de uma EXCEÇÃO importante,
e, se é exceção meus caros estrategistas, as bancas adoram! Vejam:
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As únicas atividades ou operações que podem ser caracterizadas como insalubres em grau mínimo,
com adicional de 10%, são aquelas que envolvem agentes químicos!!!
1.5 (IADES / SEAD-PA / 2019 / adaptada) Quanto à avaliação de insalubridade, assinale a alternativa
correta.
(A) As atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados, com umidade excessiva,
capazes de produzir danos à saúde dos trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de
laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
(B) Em relação ao trabalho em condições hiperbáricas, para trabalhos sob ar comprimido, os empregados
deverão ter mais de 25 anos de idade.
(C) As atividades ou operações executadas no interior de câmaras frigoríficas, ou em locais que apresentem
condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio sem a proteção adequada, serão consideradas
insalubres, independentemente de laudo de inspeção realizada no local de trabalho.
"(...) a umidade é um agente cuja avaliação nocividade da exposição para fins de caracterização e de
classificação da insalubridade se dá de forma qualitativa (laudo de inspeção realizada no local de trabalho),
sendo classificada em grau médio (adicional de 20%).
Como faz para outros casos de agentes cuja avaliação é qualitativa, a NR 15 é bastante suscinta ao tratar
da umidade, trazendo apena um item, vejam:
NR 15, ANEXO N.º 10, UMIDADE As atividades ou operações executadas em locais alagados
ou encharcados, com umidade excessiva, capazes de produzir danos à saúde dos
trabalhadores, serão consideradas insalubres em decorrência de laudo de inspeção
realizada no local de trabalho.
Percebam que, pela disposição da NR 15 a umidade está presente em ambientes laborais alagados (cheio
de água, pequena lagoa transitória) ou encharcados (pântano, inundado, ensopado) , com umidade excessiva
(molhado, ensopado). Alguns estudiosos atrelam ao termo “umidade excessiva” a presença de elevada
umidade relativa no ambiente.
Para fechar, vejam esse mapa mental com alguns dos critérios que devem ser observados para
caracterização de insalubridade por exposição a umidade.
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Cheio de água
Local deve estar
alagado ou
encharcado
inundado
A alternativa B está incorreta. Como vimos, trabalhos sob ar comprimido somente podem ser realizados
por empregados maiores que 18 e menores que 45 anos de idade.
A alternativa C está incorreta. Veja o erro: "As atividades ou operações executadas no interior de câmaras
frigoríficas, ou em locais que apresentem condições similares, que exponham os trabalhadores ao frio sem
a proteção adequada, serão consideradas insalubres, independentemente (EM DECORRÊNCIA) de laudo de
inspeção realizada no local de trabalho". Vamos recordar?
"(...) o frio é um agente físico cuja avaliação nocividade da exposição para fins de caracterização e de
classificação da insalubridade se dá de forma qualitativa (laudo de inspeção realizada no local de trabalho),
sendo classificada em grau médio (adicional de 20%).
Assim como no caso de outros agente cuja caracterização é qualitativa, a NR 15 não traz maiores detalhes
sobre esse agente, limitando-se a apenas um único item:
Pessoal, têm dois pontos importantes nesse item da NR 15, que merecem destaque:
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A insalubridade somente é
devida por exposição ao FRIO
atividades executadas no interior de câmaras frigoríficas ou em
ARTIFICIAL, não sendo insalubre
locais que apresentam consições similares que exponsam o
a exposição ao frio natual
trabalhador ao frio
(trabalho a céu aberto em
regiões frias)
Para a caracterização da
insalubridade, a exposição deve a proteção adequada por meio de EPIs, por exemplo,
ocorrer SEM a proteção descaracteriza a nocividade da exposição
adequada
A alternativa D está incorreta. Veja o erro: "Às empresas é obrigatório (FACULTADO) requererem ao
Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de
caracterizar e classificar ou determinar atividade insalubre".
Durante a realização das perícias para caracterização (fixar se existe ou não a condição insalubre) e
classificação da insalubridade (definir o grau) e/ou periculosidade o perito (Médico ou Eng. do Trabalho)
deverá descrever no laudo técnico, entre outras coisas, a aparelhagem (equipamentos) utilizada na avaliação
(principalmente quando quantitativa).
Além disso, é importante frisar que, independente do agente insalubre ou da atividade a ser avaliada
durante a perícia, não há que se falar na competência de um ou outro profissional para realizá-la. Assim, por
exemplo, não há que se falar que o Médico do trabalho é o único profissional tecnicamente qualificado para
realizar perícia relacionada a agente biológicos ou que o Eng. do Trabalho é o único qualificado para avaliar
exposição ao calor.
Não há essa distinção, basta que o laudo seja elaborado por profissional devidamente qualificado. Esse é
o entendimento jurisprudencial, consubstanciado pela Orientação Jurisprudencial (OJ) n.º 165 do TST, vejam:
Atualmente os Médicos do Trabalho são registrados no CRM e os Eng. do Trabalho no CREA, e não
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TST, OJ n.º 165. O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro
para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando
para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.
Ainda com relação a competência profissional para elaboração de laudos periciais de insalubridade e
periculosidade, lembro que o Técnico em Segurança do trabalho, ainda que devidamente registrado junto
ao órgão competente, não é considerado um profissional devidamente qualificado. Guardem isso!
Caros amigos do Estratégia concursos! Apesar de o art. 195 da CLT ser claro a respeito da competência do
Médico e do Eng. do Trabalho tanto para a caracterização, quanto para a classificação da insalubridade e da
periculosidade, a NR 15 vai de encontro (em sentido contrário) ao estabelecer que a competência para fixar
o valor do adicional (classificar) é da autoridade regional competente em matéria de saúde e segurança do
trabalho, vejam:
Isso já não é aplicado há anos!!! Mas, ainda está vigente na NR 15, então é bom que tenham conhecimento
desse item. Agora, vejam a diferença:
Pessoal, apesar de atualmente isso também não ser mais aplicado, tanto a CLT quanto a NR 15 preveem
que o extinto Ministério do Trabalho (atual Ministério da Economia) através das antigas Delegacias Regionais
do Trabalho - DRTs (atuais Superintendências Regionais do Trabalho - SRTs) também são atores competentes
para a realização dessas perícias.
Isso não se aplica mais porque atualmente os Auditores Fiscais do Trabalho - AFTs, antigos Agentes de
Inspeção do Trabalho, não são mais profissionais obrigatoriamente formados em Medicina ou Segurança do
Trabalho. Assim, esse órgão já não possui profissionais competentes para executar essa função.
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Apesar disso, as provas de concursos, principalmente aquelas formuladas por bancas mais "desatentas"
podem cobrar esse conhecimento, já que ainda vige nos instrumentos legais, então, vejam, primeiramente,
como a CLT aborda esse tema:
15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que comprovada
a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional devido.
15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a realização
ex-officio da perícia, quando solicitado pela Justiça, nas localidades onde não houver
perito.
83
Vejam que, no caso de arguição em juízo, ou seja, do requerimento na justiça, de adicional de
insalubridade ou periculosidade o juiz deverá designar um perito habilitado (Médico ou Eng. do Trabalho
cadastrado na vara ou tribunal competente) e, nas regiões onde não houver (o que é difícil nos dias de
hoje) requisitará a perícia junto órgão competente (atual Subsecretaria de Inspeção do Trabalho – SIT).
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1.6 (IADES / SEAD-PA / 2019) No que concerne à Norma Regulamentadora n° 15 (NR 15), assinale a
alternativa correta.
(A) Para os fins de aplicação de limites de tolerância, entende-se por ruído contínuo ou intermitente o ruído
de impacto.
(B) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente,
inferiores a 75 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
(C) As atividades ou operações que exponham os trabalhadores a níveis de ruído, contínuo ou intermitente,
superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
(D) Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário, será considerada a máxima exposição diária
permissível relativa ao nível imediatamente mais baixo.
(E) Os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis (dB), com instrumento de
nível de pressão sonora. As leituras devem ser feitas a 30 cm de distância do ouvido do trabalhador.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Veja o erro " Para os fins de aplicação de limites de tolerância, entende-se
por ruído contínuo ou intermitente o que (NÃO SEJA) ruído de impacto. Revejam essas definições:
De acordo com a Norma, entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia acústica
de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
Agora, vejam: de acordo com a Norma, entende-se por ruído contínuo ou intermitente, para os fins de
aplicação dos limites de tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
Teoricamente, o gráfico desse tipo de ruído é próximo de uma linda reta, como mostra a Figura 1(b), para
os casos em que não há variações significativas nos níveis de pressão sonora no ambiente em análise.
A alternativa B está incorreta. A banca passou longe do nível de pressão sonora acima do qual é
caracterizada a condição de Risco Grave e Iminente, revejam:
Caros colegas estrategistas! Agora vou trazer uma condição objetiva de grave e iminente risco
estabelecida pela NR 15, que é muito cobrada em provas!
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Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos. Inclusive, as atividades ou operações que exponham os trabalhadores a
níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão
RISCO GRAVE E IMINENTE
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Agora sim! Esse é o nível de pressão sonora acima
do qual é caracterizada a condição de Risco Grave e Iminente.
A alternativa D está incorreta. Veja o erro: "Para os valores encontrados de nível de ruído intermediário,
será considerada a máxima exposição diária permissível relativa ao nível imediatamente mais baixo
(ELEVADO)".
"(...) a Norma determina que os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis
(dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de
resposta lenta (SLOW).
Na ocasião das medições, as leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador, ou seja, na
zona auditiva.
de impacto
aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a
1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo
definições
contínuo ou intermitente
o ruído que não seja ruído de impacto
Ruído
os níveis de pressão sonora devem ser medidos em decibéis (dB)
na avaliação dos o instrumento deve operar no circuito de compensação "A"
níveis de ruído
contínuo ou
intermitente o instrumento deve operação em circuto de resposta lenta (SLOW)
1.7 (IADES / SEAD-PA / 2019) Ao se tratar de trabalhos sob ar comprimido em tubulões pneumáticos ou
túneis pressurizados, a Norma Regulamentadora no 15 (NR 15) determina que o tempo mínimo que os
trabalhadores devem permanecer no canteiro de obra após a descompressão, cumprindo um período de
observação médica, corresponde a
(A) cinco horas. (B) três horas. (C) duas horas. (D) quatro horas. (E) uma hora.
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a) sempre que houver trabalho sob ar comprimido, deverá ser providenciada a assistência por médico
qualificado, bem como local apropriado para atendimento médico;
b) todo empregado que trabalhe sob ar comprimido deverá ter uma ficha médica, onde deverão ser
registrados os dados relativos aos exames realizados;
c) nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes de ser examinado por médico
qualificado, que atestará, na ficha individual, estar essa pessoa apta para o trabalho;
d) o candidato inapto não poderá exercer a função, enquanto permanecer sua inaptidão para esse
trabalho;
e) o atestado de aptidão terá validade de 6 (seis) meses;
f) em caso de ausência ao trabalho por mais de 10 (dez) dias ou afastamento por doença, o
empregado, ao retornar, deverá ser submetido a novo exame médico;
g) antes da jornada de trabalho, os trabalhadores devem ser inspecionados pelo médico, não sendo
permitida a entrada em serviço daqueles que apresentam sinais de afecções das vias respiratórias ou
outras moléstias;
h) após a descompressão, os trabalhadores são obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 (duas)
horas, no canteiro de obra, cumprindo um período de observação média84, sendo o local adequado
para o cumprimento dessa observação designado pelo médico responsável.
i) para o tratamento de casos de doença descompressiva ou embolia traumática pelo ar, devem ser
empregadas as tabelas de tratamento de VAN DER AUER e as de WORKMAN e GOODMAN.
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Esse período deve ser remunerado como trabalho efetivo.
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1.8 (FUNDEP / PREF. UBERLÂNCIA-MG / 2019) Os procedimentos técnicos da Fundacentro para a avaliação
quantitativa das vibrações de corpo inteiro (VCI) e vibrações de mãos e braços (VMB), para caracterização
da condição de trabalho insalubre, decorrente da exposição dessas vibrações são aqueles estabelecidos
nas normas de
(B) ergonomia.
Comentários: As metodologias (procedimentos técnicos) de avaliação de grande parte dos agentes físicos,
inclusive as vibrações, devem seguir as Normas de Higiene Ocupacional - NHOs da Fundacentro, recordem
esse assunto:
"No tocante a metodologia de avaliação desse agente físico, a ser utilizada para a caracterização da
atividade ou operação insalubre, a Norma preconiza que "os procedimentos técnicos para avaliação
quantitativa das VCI e VMB são os estabelecidos nas Normas de Higiene Ocupacional da FUNDACENTRO.
Atualmente, a referida Fundação dispõe de duas NHOs que estabelecem os critérios para avaliação da
exposição ocupacional às vibrações: a NHO 09: avaliação da exposição ocupacional a vibração de corpo
inteiro e a NHO 10: avaliação da exposição ocupacional a vibração de mãos e braços.
Pessoal, quero chamar a atenção de vocês a respeito das Normas de Higiene Ocupacional - NHOs da
Fundação Jorge Duprat e Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho - FUNDACENTRO.
Existe uma tendência, com a reformulação maciça das NRs, de que elas deixem de tratar de aspectos
relacionados a metodologias de avaliação de agentes físicos, químicos e biológicos e passem a tratar
especificamente dos limites de tolerância desses agentes, quando for o caso.
Vejam que, assim como no caso do Calor, a NR 15 deixa claro que os procedimentos técnicos que devem
ser adotados para a avaliação quantitativa das VCI e VMB devem ser aqueles estabelecidos pelas NORMAS
DE HIGIENE OCUPACIONAL (NHOs) da FUNDACENTRO.
Notem que a NR 15 exige somente a observância dos procedimentos de avaliação - ou seja, da
metodologia - estabelecidos pelas NHOs. Isso ocorre porque essas Normas, por serem de Higiene
Ocupacional, são mais abrangentes e definem outros aspectos relacionados, especialmente, a prevenção de
doenças ocupacionais como níveis de ação, medidas de controle etc., que não estão relacionados a
caracterização da insalubridade.
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1.9 (FUNDEP / PREF. UBERLÂNCIA-MG / 2019) Os seguintes percentuais podem ser pagos ao trabalhador
pelo exercício de trabalho em condições de insalubridade, incidente sobre o salário-mínimo da região,
exceto:
10%
grau mínimo
20%
Adicionais de insalubridade Incidem sobre o salário
grau médio mínimo da região
40%
grau máximo
(A) na avaliação do Limite de Tolerância – L.T., para a exposição ao calor, em regime de trabalho intermitente
com descanso no próprio local de trabalho, esses períodos de descanso serão considerados tempo de
serviço, para todos os efeitos legais.
(C) é considerada atividade insalubre aquela realizada em ambiente com nível de ruído de 90 dB(A), em uma
exposição máxima diária de 2 horas.
(E) é considerado insalubre o trabalho realizado em ambientes com nível de iluminamento inadequado
Comentários:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. De fato, o tempo de descanso para recuperação
térmica por exposição ao calor, adotado como medida de controle, deve ser considerado como tempo
efetivo de serviço para todos os efeitos legais, revejam:
Essa condição me que o trabalhador fica exposto a uma situação térmica mais amena durante os 60 min
mais críticos da jornada é considerado como descanso para recuperação térmica, e uma vez adotada
significa que a exposição ao calor passa a ocorrer de forma intermitente.
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Importante destacar que esse repouso pode ocorrer tanto no sentido de o trabalhador ficar de fato "sem
fazer nada" como por exemplo sentado em uma cadeira dentro de uma sala climatizada ou mesmo
realizando alguma atividade mais leve em ambiente com temperatura mais amena. Em ambas as situações,
os tempos de "descanso" devem ser computados como jornada normal de trabalho para todos os efeitos
legais.
A alternativa B está incorreta. Recorde-se: "(...) temos os seguintes adicionais e respectivos graus de
insalubridade:
10%
grau mínimo
20%
Adicionais de insalubridade Incidem sobre o salário
grau médio mínimo da região
40%
grau máximo
A alternativa C está incorreta. Eu disse que as bancas cobram uma parte dos limites de tolerância ser
fornecer o quadro, não disse? Revejam:
"vamos aos limites de tolerância para o ruído contínuo ou intermitente. Como preconiza a CLT e a própria
NR 15, esses os limites de tolerância levam em consideração a natureza do agente - o próprio ruído contínuo
ou intermitente -, a intensidade máxima - no caso, o NÍVEL DE RUÍDO em dB(A)85 - e tempo de exposição -
no caso, a MÁXIMA EXPOSIÇÃO DIÁRIA PERMISSÍVEL. A Norma correlaciona esses critérios na forma de um
quadro, vejam:
Pessoal, é aconselhável que vocês "DECOREM" os seis primeiros níveis (quadro tracejado), de cima para
baixo, e seus respectivos tempos de exposição, pois as bancas costumam cobrá-los sem fornecer o quadro!"
Além disso, se vocês lembrarem que o critério de base é 85 dB(A) durante 8 horas e que o incremento de
duplicação de dose é 5, logo, duplicando-se o nível de ruído para 90 dB(A) o tempo deve ser reduzido pela
metade, 4 horas.
85
dB(A) significa que o nível deve ser medido em decibel com o equipamento operando no circuito de
compensação “A”, por isso o (A)!
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A alternativa D está incorreta. Existem dois Limites de Tolerância para o ruído de impacto, a depender da
configuração do equipamento de medição, revejam:
"No tocante aos critérios de avaliação desse tipo de ruído, a Norma firma que os níveis de impacto
deverão ser avaliados em decibéis (dB), com medidor de nível de pressão sonora operando no circuito linear
e circuito de resposta para impacto. Para essa configuração, o limite de tolerância será de 130 dB(linear).
Pessoal, por questões de ordem prática, dado que são raros os medidores de pressão sonora com circuito
resposta para impacto, a Norma abre a possibilidade de uma configuração alternativa para o medidor: "em
caso de não se dispor de medidor do nível de pressão sonora com circuito de resposta para impacto, será
válida a leitura por circuito de resposta rápida (FAST) e circuito de compensação "C", caso em que o limite
de tolerância será de 120 dB(C)".
1.11 (UFMG / UFMG / 2019) De acordo com o Anexo 3 da NR 15 da Portaria 3214/78, para avaliar se o
limite de tolerância de exposição à sobrecarga térmica foi ultrapassado, é CORRETO afirmar:
(A) O IBUTG médio (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) e o metabolismo médio são calculados,
se ao longo de um período de uma hora de maior exposição, houver variação térmica da exposição.
(B) O IBUTG médio (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) e o metabolismo médio são calculados,
se ao longo da jornada de trabalho, houver variação térmica da exposição.
(C) O IBUTG médio (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) e o metabolismo médio são calculados,
se houver variação térmica da exposição em cada dia da semana.
(D) O IBUTG médio (Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo) e o metabolismo médio são calculados,
se ao longo da jornada diária de trabalho, o trabalhador ficar exposto ao sol e à sombra.
"(...) a Norma estabelece que "O índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo Médio - 𝐼𝐵𝑈𝑇𝐺̅̅̅̅̅̅̅̅̅ e a taxa
Metabólica Média - 𝑀 ̅ , a serem considerados na avaliação da exposição ao calor, devem ser aqueles que,
obtidos no período de 60 (sessenta) minutos corridos, resultam na condição mais crítica de exposição".
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1.12 (UFMG / UFMG / 2019) Um pedreiro da construção civil trabalha numa obra predial cuja exposição
ao nível de pressão sonora, medido em decibéis, varia de forma intermitente ao longo do dia em razão de
suas atividades, dos equipamentos utilizados por ele e pelos colegas. Para considerar a variação do nível
de ruído, a avaliação da exposição ocupacional desse trabalhador foi realizada utilizando um
audiodosímetro.
Assinale a alternativa que indica como esse aparelho deve ser ajustado e onde as leituras devem ser feitas
para se realizar a medição de modo a verificar se o trabalhador está exposto acima dos limites de tolerância
estabelecidos pelo Anexo1 da NR 15 da Portaria 3214/78.
(A) O Audiodosímetro deve ser ajustado para operar com o circuito de compensação “C” e circuito de
resposta rápida (Fast). As leituras devem ser feitas próximas à fonte de ruído.
(B) O audiodosímetro deve ser ajustado para operar com o circuito de compensação “Linear” e circuito de
resposta rápida (Fast). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
(C) O audiodosímetro deve ser ajustado para operar com o circuito de compensação “A” e circuito de
resposta rápida (Fast). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
(D) O audiodosímetro deve ser ajustado para operar com o circuito de compensação “A” e circuito de
resposta lenta (Slow). As leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador.
"(...) a Norma determina que os níveis de ruído contínuo ou intermitente devem ser medidos em decibéis
(dB) com instrumento de nível de pressão sonora operando no circuito de compensação "A" e circuito de
resposta lenta (SLOW).
Na ocasião das medições, as leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador, ou seja, na
zona auditiva".
Também foi colocado na aula que, para avaliação da exposição ocupacional ao ruído em situações em que
o trabalhador está sujeito a duas ou mais situações térmicas, a forma mais apropriada de se conduzir a
avaliação é com a utilização de um audiodosímetro, revejam:
"Para casos mais complexos, com exposição a duas ou mais situações acústicas, a avaliação pode ser
conduzida de duas formas diferentes:
c) com a utilização de um decibelímetro: nesse caso, deve-se realizar a medição dos níveis de pressão
sonora de cada uma das situações acústicas, desde que estáveis, e cronometrar o tempo de exposição
a cada uma. Depois, utiliza-se a equação da dose para calcular os efeitos combinados da exposição.
Apesar de não ser proibido, mesmo que não muito confiável, esse método ainda é válido, mas
dificilmente é utilizado na prática devido ao fato de ser muito trabalhoso;
d) com a utilização de um audiodosímetro: um audiodosímetro ou dosímetro de ruído é um medidor
integrador de nível de pressão sonora. De forma resumida, através de seu circuito eletrônico de
processamento, ele é capaz de avaliar continuamente os efeitos combinados da exposição a
diferentes situações acústicas e realizar a integração (a soma) desses efeitos, já apresentando
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diretamente ao avaliador o valor da dose diária dose obtida. Internamente, ele utiliza a equação da
dose que vimos. Essa é a opção mais apropriada!
1.13 (UFMG / UFMG / 2019) Com base no Anexo 1 da Norma Regulamentadora de número 15 (NR 15), da
Portaria 3214, de 1978, do Ministério do Trabalho, qual é o valor, em decibéis, do incremento de
duplicação do Limite de Tolerância (LT) do nível ruído que implica na redução de 50% do tempo de máxima
exposição diária permitida a esse LT ?
Comentários: vale a pena recordar esse assunto, juntamente com o conceito de dose!
"(...) incremento de duplicação de dose, que é o incremento em decibéis que, quando adicionado a um
determinado nível, implica a duplicação da dose de exposição ou a redução para a metade do tempo máximo
permitido.
Vejam que, na NR 15, o incremento de duplicação de dose é de 5 dB(A) (...)".
1.14 (FUNDEP / PREF. UBERLÂNDIA-MG / 2019) Trabalhos sob ar comprimido são aqueles efetuados em
ambientes onde o trabalhador é obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige
cuidadosa descompressão, de acordo com as tabelas da norma NR–15. A esse respeito, relacione a
COLUNA II com a COLUNA I, associando a modalidade à sua respectiva descrição do conceito, conforme
descrito pela NR–15 – Atividades e operações insalubres, anexo nº 6 – Trabalho sob condições
hiperbáricas.
COLUNA I
1. Câmara de trabalho
2. Câmara de recompressão
3. Campânula
COLUNA II
( ) É uma câmara que é usada para tratamento de indivíduos que adquirem doença descompressiva ou
embolia e é diretamente supervisionada por médico qualificado.
( ) É o espaço ou compartimento sob ar comprimido, no interior do qual o trabalho está sendo realizado.
( ) É uma câmara por meio da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara do tubulão, e vice-versa.
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Comentários: aproveite para recordar não só essas, mas todas as definições acerca desse tipo de trabalho.
Por definição, os TRABALHOS SOB AR COMPRIMIDO são os efetuados em ambientes onde o trabalhador
é obrigado a suportar pressões maiores que a atmosférica e onde se exige cuidadosa descompressão 86.
Esse tipo de condição de trabalho á comum em construções de túneis, galerias, pilares de pontes etc.,
situações em que o solo é muito instável devido a umidade proveniente de lençóis freáticos ou mesmo
devido a presença de água. Nesses casos, é necessário a formação de uma atmosfera pressurizada que se
opõe a pressão da água e/ou garanta a sustentação do solo e permita a realização segura dos trabalhos.
Uma das formas de realizar esse tipo de trabalho é através da construção de um túnel pressurizado, que
corresponde a uma escavação, abaixo da superfície do solo, cujo eixo faz um ângulo não superior a 45°
(quarenta e cinco graus) com a horizontal, fechado nas duas extremidades, em cujo interior haja pressão
superior a uma atmosfera.
Outra opção é o tubulação de ar comprimido, que consiste em uma estrutura vertical que se estende
abaixo da superfície da água ou do solo, através da qual os trabalhadores devem descer, entrando pela
campânula87, para uma pressão maior que a atmosférica. A atmosfera pressurizada opõe-se à pressão da
água e permite que os homens trabalhem em seu interior.
No caso dos tubulões, a câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho
e vice-versa é chamada de campânula. Já no caso dos túneis pressurizados a câmara através da qual o
trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho do túnel e vice-versa é chamada de eclusa de pessoal.
Pessoal, fiquem atentos à forma de acesso à câmara de trabalho em cada uma das soluções técnicas:
86
Essas tabelas constam do próprio Anexo n.º 6.
87
Campânula: é uma câmara através da qual o trabalhador passa do ar livre para a câmara de trabalho
do tubulão e vice-versa
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Em ambas as situações essa passagem da pressão atmosférica para a de trabalho e vice-versa deve ser
gradual, ou seja, deve ocorrer a uma taxa controlada. Por isso, deve ser acompanhada pela figura do
operador de eclusa ou de campânula, que é o indivíduo previamente treinado nas manobras de compressão
e descompressão das eclusas ou campânulas, responsável pelo controle da pressão no seu interior.
Adicionalmente, também em ambos os casos (túnel ou tubulão), deve existir uma câmara de
recompressão, construída independentemente da câmara de trabalho, que é utilizada para tratamento de
indivíduos que adquirem doença descompressiva ou embolia, sendo essa câmara diretamente
supervisionada por médico qualificado, assim entendido o médico do trabalho com conhecimentos
comprovados em Medicina Hiperbárica, responsável pela supervisão e pelo programa médico.
Além do acompanhamento médico durante todo o período de trabalho, assim entendido o tempo
durante o qual o trabalhador fica submetido a pressão maior que a do ar atmosférico, excluindo-se o período
de descompressão , os trabalhadores também devem ficar sob a tutela do encarregado de ar comprimido,
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que é o profissional treinado e conhecedor das diversas técnicas empregadas nos trabalhos sob ar
comprimido , designado pelo empregador como o responsável imediato pelos trabalhadores".
Assim, vejam que a sequência correta é "2 1 3", pelo que a alternativa D está correta e é o gabarito da
questão.
1.15 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) Segundo o Anexo 1 da NR15, para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos não é permitida exposição a níveis de ruído acima
(A) de 110 dB(A). (B) de 115 dB(A). (C) de 120 dB(A). (D) de 125 dB(A). (E) de 130 dB(A).
"Caros colegas estrategistas! Agora vou trazer uma condição objetiva de grave e iminente risco
estabelecida pela NR 15, que é muito cobrada em provas!
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos. Inclusive, as atividades ou operações que exponham os trabalhadores a
níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão
RISCO GRAVE E IMINENTE
1.16 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) Sobre insalubridade, analise as afirmativas a seguir.
I. É direito dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem a melhoria de sua condição social,
o adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas na forma da lei.
II. O MTE deverá aprovar o quadro das atividades e operações insalubres e adotar normas sobre critérios de
caracterização de insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o
tempo máximo de exposição do empregado a esses agentes.
(A) I, apenas. (B) II, apenas. (C) III, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, II e III.
"A monetização do risco, como uma forma de intervenção estatal para a promoção da saúde e segurança
do trabalhador, está disposta no art. 7º, inciso XXIII da CF/88. Isso se dá por meio dos conhecidos adicionais
de insalubridade e periculosidade.
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CF/88. Art. 7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem
à melhoria de sua condição social: (...)
"(...) o legislador ordinário, através do art. 189 da CLT, delegou ao Poder Executivo, através do então
Ministério do Trabalho, o ofício de estabelecer não só os limites de tolerância, mas também quais são os
agentes agressivos (quadro de atividades e operações insalubres), os meios de proteção a esses agentes e o
tempo máximo de exposição a cada um deles, revejam:
CLT, Art. 190 - O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das atividades e operações
insalubres e adotará normas sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os
limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de proteção e o tempo máximo de
exposição do empregado a esses agentes.
"(...) tanto a CLT, em seu Art. 191, quando a NR 15, em seu item 15.4.1 estabelecem as formas de
eliminação ou neutralização da insalubridade.
I - com a adoção de medidas que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de
tolerância;
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro
dos limites de tolerância;
Pessoal, apesar de constar da CLT e da NR 15, existia uma dúvida, hoje já consensual na jurisprudência,
sobre a eficácia da utilização do EPI como medida para neutralização da insalubridade. Hoje esse
entendimento está pacificado pela Súmula n.º 80 do TST, vejam:
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Entretanto, como vimos nos estudos de outras NRs, o simples fornecimento do EPI não basta! Para
comprovar sua eficácia, o empregador deve, dentre outras medidas, substituí-los imediatamente quando
danificados, treinar os trabalhadores, proceder a higienização e principalmente EXIGIR SEU USO, ou seja,
cobrar e fiscalizar o uso efetivo do EPI por parte do empregado . Esse é o entendimento do Tribunal Superior
do Trabalho - TST, consubstanciado através da Súmula n.º 289, vejam:
TST, Súmula n.º 289. O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador
não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que
conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso
efetivo do equipamento pelo empregado.
Para fechar o tópico vou trazer outra questão. Imaginem que um trabalhador labore apenas uma parte
de seu dia sob condições insalubres, ou ainda, que ele labore nessas condições de forma intermitente, ou
seja, alternando entre atividades salubres e insalubres. Nesse caso, será devido a ele o adicional de
insalubridade?
A resposta é SIM! Isso porque a intermitência da exposição a insalubridade, por si só, não afasta o direito
a percepção do respectivo adicional. Esse é o entendimento do TST, vejam:
1.17 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) Foram realizadas em um setor de uma indústria as medições de
temperatura de bulbo seco igual a 34°C, temperatura de bulbo úmido natural igual a 29°C e a temperatura
do globo igual a 40°C.
Sabendo-se que o ambiente é externo com carga solar, o Índice de Bulbo Úmido Termômetro de Globo -
IBUTG do setor, é igual a
(A) 29,8°C. (B) 30,5°C. (C) 31,7°C. (D) 32,9°C. (E) 33,1°C.
a) para ambientes internos (cobertos, sem exposição à carga solar) ou para ambientes externos sem
carga solar direta esse índice é dado por:
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Nessas Equações:
Vejam que o problema traz uma situação em que o trabalhador realiza suas atividades em ambiente
externo, com exposição a carga solar direta, assim, devemos utilizar a Eq. 2 para determinar o IBUTG, logo:
1.18 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) O trabalhador que desenvolve atividades em que fica exposto à
radiações ionizantes e não ionizantes estão sob condições insalubres de trabalho.
(A) Os limites de tolerância à exposição de radiações ionizantes são estabelecidos por Norma elaborada pelo
conselho Nacional de Energia Nuclear- CNEN.
(C) As operações que expõem os trabalhadores às radiações não-ionizantes serão sempre consideradas
insalubres.
(D) As atividades que expõem os trabalhadores às radiações da luz negra serão consideradas insalubres.
(E) As atividades que expõem os trabalhadores às radiações ultravioletas na faixa de 320 a 400 nanômetros
serão consideradas insalubres.
Comentários:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. É exatamente isso que determina o Anexo n.º 5 da
NR 15, revejam:
88
Considera-se carga solar direta quando não há nenhuma interposição entre a radiação solar e o
trabalhador exposto, por exemplo, a presença de barreiras como: nuvens, anteparos, telhas de vidro
etc.
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A alternativa B está incorreta. As micro-ondas, as radiações ultravioletas (exceto luz negra) e os lasers são
radiações não-ionizantes, para os fins de caracterização da insalubridade, recorde-se:
Campos estáticos
Campos elétricos
Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
Campos estáticos
Campos
magnéticos
Radiações não Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
ionizantes
Frequênias extremamente baixas (ELF) e sub-frequências
Radiofrequências Infravermelho
Campos
eletromagnéticos, Micro-ondas (1 mm - 760 nm)
no espectro das: (1 m - 1 mm) luz visível UV-A (luz negra)
Radiação óptica (760 - 400 nm) (400 - 320 nm)
(1 mm - 100 nm) Ultravioleta UV-B
(400 - 100 nm) (320 - 280 nm)
Lasers UV-C
(1 mm - 140 nm) (280 - 100 nm)
A alternativa C está incorreta. Nada disso! O adicional somente será devido se a exposição ocorrer sem a
proteção adequada, reveja:
"(...) é preciso que vocês tenham em mente de que a simples presença dessas radiações consideradas
pela NR 15, no contexto de ensejamento do adicional de insalubridade, não é suficiente para caracterizá-los
como insalubres.
Quero dizer: não basta, por exemplo, que um trabalhador utilize um equipamento de solda a arco elétrico
(fonte de radiação ultravioleta em todos os espectros) para que reste, só por isso, configurado seu direito de
percepção ao adicional. A Norma deixa claro que o adicional somente será devido se a exposição ocorrer
sem a proteção adequada.
O faz ao determinar que "as operações ou atividades que EXPONHAM OS TRABALHADORES às radiações
não-ionizantes, SEM A PROTEÇÃO ADEQUADA, serão consideradas insalubres, em decorrência de laudo de
inspeção realizado no local de trabalho".
Além de deixar claro a necessidade de exposição sem proteção adequada para a caracterização da
condição insalubre, esse item normativo deixa evidente a necessidade de avaliação qualitativa para a
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caracterização da insalubridade por exposição a radiações não ionizantes. Vale ainda lembrar, ainda, que
uma vez caracterizada, será enquadrada em grau médio, garantindo ao trabalhador um adicional pecuniário
de 20% sobre o salário mínimo regional (ou nacional)".
"(...) as radiações não ionizantes são aquelas que não possuem energia suficiente para promover a
ionização de um átomo ou molécula, apenas provocam um aumento de energia interna, ou seja, contribuem,
principalmente, para o aumento da temperatura das células.
Vimos também que as radiações são provenientes de diversas fontes: campos elétricos, campos
magnéticos e campos eletromagnéticos, esses últimos nos espectros das: sub-frequências, das
radiofrequências, das micro-ondas e da radiação óptica (infravermelho, luz visível, ultravioleta e lasers).
Mas, todas são elegíveis a agentes ensejadores de adicional de insalubridade? A resposta é NÃO. Isso
porque a NR 15 exclui a maior parte delas ao estabelece que "para os efeitos desta norma, são radiações
não-ionizantes as micro-ondas, ultravioletas e laser.
Assim, vejam que, para efeitos de ensejamento do adicional de insalubridade, somente devem ser
consideradas as ondas provenientes de campos eletromagnéticos nos espectros das micro-ondas da radiação
óptica (ultravioleta e lasers).
Adicionalmente, a NR 15 também exclui uma parcela das ondas ultravioletas, o faz ao determinar que as
atividades ou operações que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa de
400 a 320 nanômetros, chamada de UV-A) não são consideradas insalubres.
Isso ocorre porque essa faixa de comprimento de onda é emito, normalmente, pela maioria das lâmpadas
comerciais. Além disso, é a faixa de radiação ultravioleta que chega à terra, através dos raios solares, com
maior intensidade. Ainda que ela possa penetrar profundamente nos tecidos humanos , ela não é
considerada biologicamente tão prejudicial quanto a UV-B (315 a 280 nanômetros) e a UV-C (280 a 100
nanômetros), já que a energia contida em seus fótons é consideravelmente menor.
Inclusive, sobre isso, já existe entendimento judicial, consubstanciado pela OJ n.º 173 do TST, no sentido
que a exposição a luz solar durante trabalho a céu aberto não caracteriza situação ensejadora de adicional
de insalubridade por exposição à radiação não ionizante, dado que a radiação solar é predominantemente
do tipo UV-A, vejam:
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Atentem-se ainda para o entendimento do Tribunal no sentido de que os efeitos da luz solar devem ser
considerados, para fins de percepção do adicional de insalubridade, somente no sentido agirem como uma
fonte de calor (no caso, natural).
A alternativa E está incorreta. Nada disso! Essa faixa de frequência da radiação ultravioleta corresponde
exatamente à luz negra (espectro UV-A) que, como vimos, foi excluída dos agentes ensejadores do adicional
de insalubridade, mais uma vez, guardem esse mapa mental!
Campos estáticos
Campos elétricos
Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
Campos estáticos
Campos
magnéticos
Radiações não Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
ionizantes
Frequênias extremamente baixas (ELF) e sub-frequências
Radiofrequências Infravermelho
Campos
eletromagnéticos, Micro-ondas (1 mm - 760 nm)
no espectro das: (1 m - 1 mm) luz visível UV-A (luz negra)
Radiação óptica (760 - 400 nm) (400 - 320 nm)
(1 mm - 100 nm) Ultravioleta UV-B
(400 - 100 nm) (320 - 280 nm)
Lasers UV-C
(1 mm - 140 nm) (280 - 100 nm)
1.19 (FGV / PREF. SALVADOR-BA / 2019) Sobre as condições de trabalho sob ar comprimido, ainda com
base no Anexo 6 da NR15, analise as afirmativas a seguir.
I. A assistência por médico qualificado, bem como local apropriado para atendimento médico, poderá ser
providenciado ou não pelo empregador.
II. O empregado poderá trabalhar sob ar comprimido antes de ser examinado por médico qualificado.
III. O candidato considerado inapto não poderá exercer a função definitiva e permanentemente.
(A) I, apenas. (B) I e II, apenas. (C) I e III, apenas. (D) é II e III, apenas. (E) I, II e III.
Comentários:
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4. INSTALAÇÕES
a) junto ao local de trabalho deve existir instalações apropriadas à Assistência Médica, à recuperação,
à alimentação e à higiene individual dos trabalhadores.
A afirmativa II é falsa. O exame é preventivo e deve ser realizado antes da entrada em serviço. Revejam
as exigências a respeito da supervisão médica:
A afirmativa III é falsa. O candidato inapto somente estará impedido de exercer sua função enquanto
existir a causa da inaptidão, tal como consta da alínea "d" do comentário anterior.
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Esse período deve ser remunerado como trabalho efetivo.
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1.20 (IF-SP / IF-SP / 2019) Uma máxima exposição diária permissível para um nível de ruído de 95 dB é 2
horas. O Rafael é exposto, diariamente, a esse nível de ruído em seu trabalho (empresa ABA), durante
meia hora. No entanto, Rafael precisou fazer uma visita técnica a uma empresa parceira (empresa EFE)
cujo nível de ruído é 87 dB e com máxima exposição diária permissível de 6 horas. Rafael ficava exposto
ao ruído da empresa parceira por 3 horas. Quais são os valores da relação entre o tempo total de exposição
a um nível de ruído específico e a máxima exposição diária permissível em cada uma das empresas em que
Rafael esteve, respectivamente? Para simplificar, considera-se que não existem outros níveis de ruído no
ambiente.
(A) 0,5 e 0,25. (B) 0,5 e 1. (C) 0,25 e 0,5. (D) 1 e 0.5.
Comentários: questão cobrando, na verdade, o cálculo da dose (efeitos combinados) de exposição ao ruído
proveniente duas situações acústicas, reveja a equação:
"(...) se durante a jornada de trabalho ocorrerem dois ou mais períodos de exposição a ruído de diferentes
níveis, devem ser considerados os seus efeitos combinados, de forma que, se a soma das frações que seguem
exceder a unidade, a exposição estará acima do limite de tolerância.
𝐶1 𝐶2 𝐶3 𝐶𝑛
+ + + ⋯+
𝑇1 𝑇2 𝑇3 𝑇𝑛
Na equação acima, que representa a dose diária, 𝐶𝑛 indica o tempo total que o trabalhador fica exposto
a um nível de ruído específico, e 𝑇𝑛 indica a máxima exposição diária permissível a este nível".
Só quero que se atentem que a questão que o valor independente da fração relacionada a cada situação
acústica e não da soma (resultado) final, então vejam:
a) 1ª situação acústica: exposição durante 30 minutos a um nível de pressão sonora de 92 dB(A), cujo
máximo tempo de exposição diária permissível é de 2 horas (120 min);
b) 2ª situação acústica: exposição durante 3 horas (180 min) a um nível de pressão sonora de 87 dB(A),
cujo máximo tempo de exposição diária permissível é de 6 horas (360 min);
30
a) 1ª situação acústica: 120 = 0,25
180
b) 2ª situação acústica: 360 = 0,5
1.21 (IADES / AL-GO / 2019) Acerca dos limites de ruído contínuo ou intermitente e de impacto
estabelecidos pela Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) – Atividades e Operações Insalubres, é correto
afirmar que
(A) as leituras para a determinação do nível de ruído devem ser feitas a, no máximo, 1 m de distância da
fonte do ruído.
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(B) as atividades que exponham o trabalhador a níveis de ruído contínuo superiores a 115 dB(A), sem
proteção adequada, oferecerão risco grave e iminente.
(C) se entende por ruído contínuo aquele que apresenta picos de energia acústica de duração inferior a 1
segundo, a intervalos superiores a 1 segundo.
(D) é permitida a exposição a níveis de ruído de, no máximo, 130 dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos, considerando ruído contínuo ou intermitente.
(E) os limites de máxima exposição permitida estabelecidos pela NR são referentes a um único período,
devendo ser considerado o maior período de exposição a determinado ruído durante a jornada de trabalho.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. As leituras devem ser feitas com o microfone do audiodosímetro (ou do
decibelímetro) instalado na zona auditiva do trabalhador, revejam:
"Na ocasião das medições, as leituras devem ser feitas próximas ao ouvido do trabalhador, ou seja, na
zona auditiva".
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Esse é, de fato, o limite acima do qual a exposição
sem proteção adequada configura situação de Risco Grave e Iminente.
"Caros colegas estrategistas! Agora vou trazer uma condição objetiva de grave e iminente risco
estabelecida pela NR 15, que é muito cobrada em provas!
Não é permitida exposição a níveis de ruído acima de 115 dB(A) para indivíduos que não estejam
adequadamente protegidos. Inclusive, as atividades ou operações que exponham os trabalhadores a
níveis de ruído, contínuo ou intermitente, superiores a 115 dB(A), sem proteção adequada, oferecerão
RISCO GRAVE E IMINENTE
A alternativa C está incorreta. Nada disso, essa é a definição de ruído de impacto! A definição do ruído
contínuo é por exclusão, recorde-se:
"De acordo com a Norma, entende-se por ruído de impacto aquele que apresenta picos de energia
acústica de duração inferior a 1 (um) segundo, a intervalos superiores a 1 (um) segundo.
Agora, por exclusão, a Norma determina que se entende por ruído contínuo ou intermitente, para os fins
de aplicação dos limites de tolerância, o ruído que não seja ruído de impacto.
Teoricamente, o gráfico desse tipo de ruído é próximo de uma linda reta, como mostra a Figura 1(b), para
os casos em que não há variações significativas nos níveis de pressão sonora no ambiente em análise.
A alternativa D está incorreta. A banca misturou os limites! Aproveitem para recordar esse mapa mental:
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A alternativa E está incorreta. Nada disso! No caso de exposição a mais de uma situação acústica deve-se
proceder a avaliação dos efeitos combinados dessa exposição, através do cálculo da dose!
2.22 (VUNESP / TJ-SP / 2019) Conforme a NR-15, em um de seus anexos, para trabalhos sob ar comprimido
em tubulões pneumáticos e túneis pressurizados, os empregados deverão satisfazer, entre outros, o
seguinte requisito referente à idade:
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Comentários:
Mais de 18 e
menos de 45 Faixa etária requerida para trabalho em condições hiperbáricas
anos de idade
1.23 (DEPSEC / UMIFAP / 2018) De acordo com o anexo nº6 da NR-15, Trabalho sobre condições
hiperbáricas, onde diz que durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, exceto em caso de
emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão sob supervisão direta do médico
responsável, nenhuma pessoa poderá ser exposta a pressão superior a:
(A) 3,6 kgf/cm². (B) 3,4 kgf/cm². (C) 3,8 kgf/cm². (D) 4,0 kgf/cm². (E) 4,2 kgf/cm².
Comentários:
90
O modelo dessa placa de identificação consta do Quadro I do Anexo n.º 6 da NR 15. Dentre outras
informações constam: nome da empresa (cia), nome do trabalhador e número de telefone e local de
encaminhamento no trabalhador no caso de inconsciência.
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1. VEDAÇÕES:
a) o trabalhador não pode sofrer mais de uma compressão num período de 24 (vinte e quatro) horas91;
b) nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm² durante o transcorrer dos
trabalhos sob ar comprimido, EXCETO em caso de emergência ou durante tratamento em câmara
de recompressão, sob supervisão direta do médico responsável;
c) é vedado o trabalho àqueles que se apresentam alcoolizados ou com sinais de ingestão de bebidas
alcoólicas;
d) é proibido ingerir bebidas e fumar dentro dos tubulões e túneis;
e) vedada a entrada em serviço de trabalhadores que apresentam sinais de afecções das vias
respiratórias ou outras moléstias (deve haver inspeção médica antes da entrada em serviço).
1.24 (FUMARC / COPASA / 2018) Um trabalhador com jornada de trabalho de 8 horas fica exposto durante
3 horas a nível de ruído de 90 dB(A), 0,5 horas a nível de ruído de 100 dB(A) e 2,5 horas a nível de ruído de
85 dB(A) e o restante da jornada de trabalho a 80 dB(A).
Sendo o limite de tolerância para 100 dB(A) de 1 hora, 90 dB(A) de 4 horas, e 85 dB(A) de 8 horas, pode-se
afirmar que o Efeito Combinado é igual a
2,5 3 0,5
+4+ ≅ 1,56 ou 156%
8 1
1.25 (FUMARC / CEMIG-MG / 2018) Caracteriza-se a condição insalubre por vibração, caso sejam
superados quaisquer dos limites de exposição ocupacional diária a VCI:
91
isso implica que ele somente pode entrar na câmara de trabalho e sofrer um processo de compressão
a cada 24 horas.
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Comentários: questão cobrando conhecimento a respeito dos limites de tolerância para exposição
ocupacional às vibrações de corpo inteiro - VCI, recorde-se:
Limite de Tolerância
𝑎𝑟𝑒𝑛 = 5 𝑚Τ𝑠 2
VMB
Nível de ação
𝑎𝑟𝑒𝑛 = 2,5 𝑚Τ𝑠 2
Exposição ocupacional às
vibrações Limites de tolerância
𝑎𝑟𝑒𝑛 = 1,1 𝑚Τ𝑠 2
e
𝑉𝐷𝑉𝑅 = 21,0 𝑚Τ𝑠1,75
VCI
Níveis de ação
𝑎𝑟𝑒𝑛 = 0,5 𝑚Τ𝑠 2
e
𝑉𝐷𝑉𝑅 = 9,1 𝑚Τ𝑠1,75
Lembrem-se ainda que, no caso das VCI o empregador deverá comprovar a avaliação dos dois valores
para fins de insalubridade. A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
1.26 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Em relação às radiações ionizantes e não-ionizantes, assinale a alternativa
correta.
(D) As operações ou atividades que exponham os trabalhadores às radiações não ionizantes devem ser
consideradas insalubres, independente de existir ou não proteção adequada.
(E) As atividades que exponham os trabalhadores às radiações da luz negra (ultravioleta na faixa 400-320
nanômetros) serão consideradas insalubres.
A alternativa A está incorreta. Os lasers compreendem a faixa da radiação óptica e são formas de
radiações não ionizantes, revejam:
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Campos estáticos
Campos elétricos
Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
Campos estáticos
Campos
magnéticos
Radiações não Frequências extremamente baixas (ELF) e sub-radiofrequências
ionizantes
Frequênias extremamente baixas (ELF) e sub-frequências
Radiofrequências Infravermelho
Campos
eletromagnéticos, Micro-ondas (1 mm - 760 nm)
no espectro das: (1 m - 1 mm) luz visível UV-A (luz negra)
Radiação óptica (760 - 400 nm) (400 - 320 nm)
(1 mm - 100 nm) Ultravioleta UV-B
(400 - 100 nm) (320 - 280 nm)
Lasers UV-C
(1 mm - 140 nm) (280 - 100 nm)
A alternativa B está incorreta. A radiação emitida por nêutrons é, sem dúvidas, ionizante, revejam:
"As radiações ionizantes incluem a energia na forma de radiação crepuscular (ex.: partículas alfa e
partículas beta emitidas por materiais radiotivos, e nêutrons de aceleradores e reatores nucleares) e
radiação eletromagnética (ex.: raios gama emitidos por materiais radiotivos e raios-x de aceleradores de
elétrons e máxima de raios-x) com energia superior a 12,4 eV (elétrons volt), correspondendo a um
comprimento de onda inferior a, aproximadamente 100 nm (cem nanômetros)".
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. De fato, as micro-ondas são consideradas pela NR
15 (Anexo n.º 7) como radiações não ionizantes para efeitos de insalubridade. Revejam o mapa mental do
comentário da alternativa A.
A alternativa D está incorreta. Vejam o erro: "As operações ou atividades que exponham os trabalhadores
às radiações não ionizantes devem ser consideradas insalubres, independente de existir ou não proteção
adequada".
Nada disso, como vimos a implementação de proteção adequada pode eliminar a insalubridade, bem
como o fornecimento de EPI pode neutralizá-la. Além disso, a NR 15 é taxativa ao afirmar que a insalubridade
por exposição a radiações não ionizantes somente será devida quando ocorrer sem a proteção adequada,
revejam:
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A alternativa E está incorreta. Não, não, não! Do espectro das radiações ultravioletas, a luz negra (UV-A),
com comprimento de onda entre 400 e 320 nm, foi excluída pela NR 15 para fins de adicional de
insalubridade, por ser a menos nociva que as UV-A e UV-B e por ser estar presente, em grande parte, na luz
solar.
1.27 (FUMARC / CEMIG-MG / 2018) Foi avaliado o nível equivalente de ruído para Operador de Serra
Circular, registrando 101 dB(A). Analise as seguintes afirmativas:
II. Se fornecer protetor auricular com NRRsf de 15 dB(A), a insalubridade não estará neutralizada.
IV. Se instalar barreira protetiva com capacidade de refletir 25 dB(A), a insalubridade estará neutralizada
independente do uso ou não de protetor auricular.
(A) I. (B) I e IV. (C) I, III e IV. (D) I, II, III e IV.
A afirmativa I está correta. Considerando que o operador exerce uma jornada diária de 8 horas, o limite
de tolerância é de 85 dB(A). Se o Nível de Redução de Ruído - NRRsf do protetor é de 23 dB(A), o nível de
pressão sonora a que o operador está exposto é de 101 - 23 = 78 dB(A). Isso indica que, de fato a utilização
de protetor é capaz de neutralizar a insalubridade.
A afirmativa II está incorreta. A ideia é a mesma do comentário anterior, entretanto, caso o NRRsf do
protetor for apenas 15 dB(A), a exposição efetiva será de 101 - 15 = 86 dB(A), pelo que a exposição continua
acima do limite de tolerância, de tal modo que, nesse caso, a insalubridade não foi neutralizada.
Pessoal, já fiz perícia e dei causa perdida a uma empresa por isso!!! Tem muito Eng. de Segurança por aí
que nem sabe especificar protetor auricular. E olha que esse é o método simplificado em!!!
A afirmativa III está correta. Questão muito maldosa! De fato, a redução do tempo de exposição é outra
forma de neutralizar a insalubridade! Entretanto, nesse caso não funcionaria, vejam, pelo quadro de limite
de tolerância que para um nível de ruído de 101 dB(A), o máximo tempo de exposição estaria entre 1 h e 45
min.
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Mas professor, que absurdo!! Como vou decorar esse quadro todo? Não precisa, se vocês lembrarem do
conceito de dose, podem utilizar o seguinte raciocínio: uma pessoa pode ficar 8 horas exposta a 85 dB(A),
para configurar uma dose de 100%, ou 4 horas exposta a 90 dB(A)...2 horas exposta a 95 dB(A), e assim por
diante. Só com isso resolveriam a questão!
A afirmativa IV está correta. A ideia é a mesma que no caso dos protetores auriculares. Só que nesse caso
a capacidade de atenuação é dada em Classe de Transmissão Acústica, com STC = 25 dB(A). Assim, do mesmo
modo, o operador estaria exposto a um nível de ruído efetivo de 101 - 25 = 76 dB(A), logo, nem precisaria
utilizar EPI.
1.28 (FUMARC / CEMIG-MG / 2018) Um trabalhador, com jornada de trabalho de 8 horas, fica exposto
durante 2 horas a nível de ruído de 90 dB(A), 1 hora a nível de ruído de 98 dB(A) e 2 horas a nível de ruído
de 85 dB(A) e o restante da jornada de trabalho a 70 dB(A). Sendo o limite de tolerância para 98 dB(A) de
1 hora e 15 minutos, 90 dB(A) de 4 horas, e 85 dB(A) 8 horas, pode-se afirmar que o Efeito Combinado é
igual a
Comentários: mais uma questão cobrando cálculo da dose de exposição diária. Vamos iniciar fazendo a
tabela (como há informação em minutos, opto por transformar tudo para minutos):
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120 120 60
+ + = 0,25 + 0,5 + 0,8 = 1,55 (155%)
480 240 75
1.29 (FEPESE / CELESC / 2018) Assinale a alternativa CORRETA em relação à NR 15 – Atividades e Operações
Insalubres.
(A) No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será considerado o de grau mais elevado,
para efeito de acréscimo salarial, sendo recomendada a percepção cumulativa.
(C) Cabe ao SESMT, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de segurança do trabalho
ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional devido aos empregados expostos à
insalubridade quando impraticável sua eliminação ou neutralização.
(D) A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de avaliação pericial dos
membros da CIPA, que comprove a inexistência de risco à saúde do trabalhado.
(E) Entende-se por “Limite de Tolerância”, para os fins desta Norma, a concentração ou intensidade máxima
ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde
do trabalhador, durante a sua vida laboral.
A alternativa A está incorreta. Vejam o erro: "No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade,
será considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo recomendada a percepção
cumulativa". Não existe tal recomendação. Vamos aproveitar para recordar esse assunto?
92
1h:15min = 1,25 h.
190
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"Agora vou levantar mais uma questão importante: imaginem que Márcio trabalha em uma marmoraria,
na seção de corte de placas de granito. Certamente ele está exposto a pelo menos dois agentes diferentes,
poeiras minerais (poeira de sílica, no caso) e ruído contínuo ou intermitente.
Agora, admitam que Márcio trabalhe de forma tal que não utilize nenhuma proteção adequada, pelo que
está exposto a valores acima dos limites de tolerância tanto no tocante a poeiras minerais, quanto no tocante
ao ruído. A pergunta que se faz é: Márcio terá direito a 60% de adicional de insalubridade, sendo, 20%
referente ao ruído e 40% às poeiras minerais?
Nada disso! Apesar de Márcio ter direito a 40% de adicional em relação às poeiras minerais e 20% em
relação ao ruído, prevalece apenas o de grau mais elevado para fins de acréscimo salarial, uma vez que a NR
15 veda a percepção cumulativa desses acréscimos, vejam:
A resposta também é NÃO! Isso ocorre poque o Art. 193, § 2º da CLT é claro ao estabelecer que o
trabalhador que tem o direito a percepção do adicional de periculosidade poderá "optar" pelo adicional de
insalubridade que porventura lhe seja devido, vejam:
CLT, Art. 193 - 193. São consideradas atividades ou operações perigosas (...).
§ 2º - O empregado poderá optar pelo adicional de insalubridade que porventura lhe seja
devido; (...)
Pessoal! Como o percentual do adicional de periculosidade é de 30% sobre o salário base do trabalhador
(e não do salário mínimo) ele geralmente é mais vantajoso, exceto quando em trabalhador ganha salário
mínimo e tem adicional de insalubridade de 40%.
Mas o fato que importa aqui é outro: o trabalhador tem que "escolher" entre o adicional de periculosidade
e o de insalubridade, sendo vedada a percepção cumulativa.
Vedada a acumulação
2 ou mais de
insalubridade
deverá ser considerado apenas o de grau mais elevado
Acumulação de
adicionais
vedada a acumulação
periculosidade +
insalubridade
o trabalhador escolhe o mais vantajoso
A alternativa B está incorreta. Como vimos, o adicional de insalubridade é do tipo salário condição, de
modo que, uma vez eliminada ou neutralizada, poderá ser cessado seu pagamento, recorde-se:
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A alternativa C está incorreta. Na verdade, a banca está explorando um item da NR 15 que atualmente é
"letra morta", mas que infelizmente ainda é objeto de cobrança em provas objetivas, revejam esse assunto:
"Caros amigos do Estratégia concursos! Apesar de o Art. 195 da CLT ser claro a respeito da competência
do Médico e do Eng. do Trabalho tanto para a caracterização, quanto para a classificação da insalubridade e
da periculosidade, a NR 15 vai de encontro (em sentido contrário) ao estabelecer que a competência para
fixar o valor do adicional (classificar) é da autoridade regional competente em matéria de saúde e segurança
do trabalho, vejam:
Isso já não é aplicado há anos!!! Mas, ainda está vigente na NR 15, então é bom que tenham conhecimento
desse item. Agora, vejam a diferença:
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Seção XIII – DAS ATIVIDADES INSALUBRES OU PERIGOSAS
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Vejam que o item fala da competência da autoridade regional competente e não do SESMT!
A alternativa D está incorreta. A CIPA é composta por profissionais, quase sempre, leigos em matéria se
segurança e saúde no trabalho, por isso, passam longo de serem competentes para elaborar laudos que
atestem a eliminação ou neutralização da insalubridade. Como vimos, essa atribuição compete aos Médicos
do Trabalho e Engenheiros do Trabalho.
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Traz a exata definição de "Limite de Tolerância",
um famigerado Ctrl+C e Ctrl+V!
1.30 (COMPERVE / SESAP-MG / 2018) Conforme resultado de avaliação, o maqueiro que trabalha na
emergência do hospital regional esteve exposto a ruído de ocupacional durante toda a sua jornada laboral.
Como a jornada laboral do maqueiro é diferente da jornada padrão (08h:00min), foi calculado o nível de
exposição normalizado (NEN) para fins de comparação com o limite de exposição, obtendo-se um NEN de
98,00 dB(A).
Já no seu primeiro dia de trabalho, o Maqueiro foi devidamente treinado e orientado pelo Técnico de
Segurança do Trabalho (TST) para o correto uso do protetor auricular. O TST registrou o fornecimento do
protetor, como também exigiu o seu uso durante toda a jornada laboral do maqueiro, atendendo as
exigências da Norma Regulamentadora N.º 6.
Consultado o sítio eletrônico do Ministério do Trabalho, foi observado que o certificado de aprovação (CA)
do protetor auricular está válido e possui a seguinte tabela de atenuação:
Dessa forma, utilizando o prescrito pela Norma ANSI S12.6/1997 – método B, o NEN atenuado do
Maqueiro será de
(A) 98,00 dB(A) (B) 75,0 dB(A) (C) 78,00 dB(A). (D) 66,00 dB(A).
Atualmente os Médicos do Trabalho são registrados no CRM e os Eng. do Trabalho no CREA, e não
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Comentários: mais uma questão explorando conhecimento a respeito da neutralização da insalubridade por
exposição ao ruído, recorde-se:
"Esse método de especificação de protetor auricular é conhecido comumente chamado "método rápido
ou curto" e é o método B estabelecido pela Norma ANSI S12.6/1997. O método A, ou longo, requer a soma
logarítmica dos níveis de atenuação em determinadas faixas de frequência. Como essas operações não são
lineares, não é provável ser cobrado em provas objetivas! "
Vejam que, nesse caso, a questão traz a tabela com os níveis de atenuação por faixa de frequência, que
são utilizados somente no "método - A". Entretanto, o enunciado da questão pede a solução através do
"método - B", pelo que devemos utilizar o NRRsf especificado no canto direito da tabela.
Assim, o Nível de Exposição Normalizado - NEM a que esse maqueiro estará exposto será de 98 - 23 = 75
dB(A), pelo que a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
Lembrem-se de que o NEN é o nível de exposição, convertido para uma jornada padrão de 8 horas diárias,
para fins de comparação com o limite de exposição e é empregado para caracterização da nocividade da
exposição para fins de concessão de aposentadoria especial (direito previdenciário).
1.31 (FCC / TRT-2ª REGIÃO-SP / 2018) De acordo com a NR-15 − Atividades e Operações Insalubres, nas
perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, conforme estabelece o art. 192 da CLT, os graus
de insalubridade determinados pelo Ministério do Trabalho devem ser pagos ao trabalhador no caso de
caracterização da insalubridade. O percentual de adicional a ser pago a um funcionário que está exposto
aos dois agentes nocivos no ambiente de trabalho, ruído e ao calor, respectivamente, será
(C) 20% e 40%, não podendo perceber, nesse caso, a soma dos dois percentuais.
(D) 20% e 20%, não podendo perceber, cumulativamente, a soma dos dois percentuais.
(E) 40% e 20%, podendo optar pelo adicional de insalubridade de maior percentual.
Comentários: inicialmente, saibam que tanto o calor quando o ruído, quando "atingem" os trabalhadores
em condições acima de seus respectivos limites de tolerância, são classificados em grau médio, portanto,
ensejam adicional de 20%. Revejam esse mapa mental:
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radiações ionizantes
máximo
ar comprimido
(40%)
Poeiras minerais
(20%) frio
Graus de insalubridade
umidade
médio ou máximo
agentes biológicos
(20% ou 40%)
mínimo, médio ou
máximo agentes químicos (de avalação quantitativa ou
qualitativa)
(10%, 20% ou 40%)
Adicionalmente, lembrem-se que no caso de insalubridade por mais de um agente, é vedada a percepção
cumulativa dos adicionais.
1.32 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Em uma avaliação de exposição ocupacional ao ruído contínuo, foi
identificado que um certo trabalhador atua em três ambientes de trabalho durante o dia. Foram constadas
as seguintes exposições rotineiras: no ambiente de trabalho “A”, o trabalhador fica exposto a um nível de
ruído de 90 dB(A) durante 30 minutos; no ambiente de trabalho “B”, o trabalhador fica exposto a um nível
de ruído de 60 dB(A) durante 6 horas; e, no ambiente de trabalho “C”, o trabalhador fica exposto a um
nível de ruído de 95 dB(A) durante 30 minutos. Conforme o anexo I da NR-15, a máxima exposição diária
permissível para nível de ruído de 90 dB(A) é igual a 4 horas e para 95 dB(A) é igual a 2 horas. Considerando
a situação apresentada e o disposto nas Normas Regulamentadoras 9 e 15, assinale a alternativa correta.
(C) Será obrigatório realizar o controle médico da exposição ao ruído do trabalhador e fornecer informações
periódicas sobre como minimizar a exposição ao ruído.
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(E) Para o caso desse trabalhador, não será obrigatório realizar o monitoramento periódico da exposição.
Vamos iniciar a solução pelo cálculo da dose, para isso, colocamos os dados na tabela:
0,5 0,5
+ = 0,125 + 25 ≅ 0,38
4 2
Esse resultado já nos permite afirmar que as alternativas A, B e D estão incorretas. Agora, vejam a malícia
do avaliador:
A alternativa C está incorreta. Como vimos no estudo teórico a respeito de higiene ocupacional, "o Nível
de Ação - NA é utilizado para os fins de controle preventivo do risco. Por definição, considera-se NA o valor
acima do qual devem ser iniciadas ações preventivas de forma a minimizar a probabilidade de que as
exposições a agentes ambientais ultrapassem os limites de exposição. As ações devem incluir o
monitoramento periódico da exposição, a informação aos trabalhadores e o controle médico".
Vejam que o controle médico e a informação aos trabalhadores são medidas preventivas que somente
precisam ser iniciadas quando o NA é alcançado, o que não foi o caso. Como sabemos, para o ruído, o NA é
alcançado quando a dose atinge 0,5 (50%). Nesse caso, está em 38%, logo, o controle médico e a informação
aos trabalhadores não são medidas obrigatórias.
1.33 (FGV / AL-RO / 2018) O ruído é um fator de risco presente no cotidiano das relações humanas,
constituindo-se em uma preocupação nas diversas atividades de trabalho.
A tabela a seguir apresenta o limite máximo de tempo e o tempo real de exposição para cada fonte de ruído.
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Comentários: mais uma questão cobrando cálculo da dose de exposição diária. Já viram que esse assunto
despenca nas provas, não é mesmo?
Vejam que, nesse caso, a banca nem trouxe os níveis de pressão sonora, mas somente os tempos de
exposição a cada fonte, e o máximo tempo de exposição permitido para cada uma delas, é o que precisamos!
Assim, temos:
8 6 4
+ 8 + 8 = 0,8 + 0,75 + 0,5 ≅ 2,05 (acima do limite tolerável)
10
1.34 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Em relação à insalubridade, conforme a NR-15, é correto afirmar que
(B) o grau de insalubridade para o caso de umidade considerada insalubre, em decorrência de inspeção
realizada no local de trabalho, é de grau médio.
(C) o grau de insalubridade para o caso de níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância
fixados nos itens 2 e 3, do Anexo 2, da NR-15 é de grau máximo.
(D) o grau de insalubridade para o caso de níveis de ruído de impacto superiores aos limites de tolerância
fixados nos itens 2 e 3, do Anexo 2, da NR-15 é de grau mínimo.
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A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. O trabalho com fornos, por si só, não configura
insalubridade por exposição ao calor. Isso depende de avaliação quantitativa, comparação entre o IBUTG do
ambiente e a taxa metabólica da atividade desenvolvida, para avaliação da nocividade da exposição.
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Perfeito, exposição a umidade, sem proteção
adequada, configura insalubridade em grau médio, com base em laudo de inspeção realizada no local de
trabalho (avaliação qualitativa).
A alternativa D está incorreta. O trabalho em "vasos de pressão", que configura exposição a condições
hiperbáricas, configura insalubridade em grau MÁXIMO.
1.35 (FCM / IF-RJ / 2017) De acordo com a Norma Regulamentadora 15 (NR 15) - Atividades e Operações
Insalubres, em seu anexo nº 6 (Trabalho sob Condições Hiperbáricas), no que diz respeito a trabalhos sob
ar comprimido em tubulões pneumáticos e túneis pressurizados, pode-se afirmar que
(A) o trabalhador não poderá sofrer mais que uma compressão, num período de 48 horas, em tubulões
pneumáticos ou em túneis pressurizados.
(B) após a descompressão, os trabalhadores serão obrigados a permanecer, no mínimo por 1 hora no
canteiro de obra, cumprindo um período de observação médica em local adequado designado pelo médico
responsável.
(C) durante o transcorrer dos trabalhos sob ar comprimido, nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão
superior a 3,4 kgf/cm², exceto em caso de emergência ou durante tratamento em câmara de recompressão,
sob supervisão direta do médico responsável.
(D) a duração do período de trabalho, sob ar comprimido, não poderá ser superior a 6 horas, em pressões
de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm²; a 4 horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/ cm² e a 2 horas em pressão
de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm².
(E) para trabalhos sob ar comprimido, os empregados deverão ter mais de 18 e menos de 40 anos de idade
e serem submetidos a exame médico obrigatório, pré-admissional e periódico, exigido pelas características
e peculiaridades próprias do trabalho.
Comentários: questão explorando conhecimentos a respeito das regras de segurança para trabalho sob ar
comprimido.
A alternativa A está incorreta. Vejam o erro: "o trabalhador não poderá sofrer mais que uma compressão,
num período de 48 horas (24 horas), em tubulões pneumáticos ou em túneis pressurizados". Além disso,
recordem essas vedações a respeito dos trabalhos em ar comprimido:
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VEDAÇÕES:
a) o trabalhador não pode sofrer mais de uma compressão num período de 24 (vinte e quatro) horas95;
b) nenhuma pessoa poderá ser exposta à pressão superior a 3,4 kgf/cm² durante o transcorrer dos
trabalhos sob ar comprimido, EXCETO em caso de emergência ou durante tratamento em câmara
de recompressão, sob supervisão direta do médico responsável;
c) é vedado o trabalho àqueles que se apresentam alcoolizados ou com sinais de ingestão de bebidas
alcoólicas;
d) é proibido ingerir bebidas e fumar dentro dos tubulões e túneis;
e) vedada a entrada em serviço de trabalhadores que apresentam sinais de afecções das vias
respiratórias ou outras moléstias (deve haver inspeção médica antes da entrada em serviço).
a) sempre que houver trabalho sob ar comprimido, deverá ser providenciada a assistência por médico
qualificado, bem como local apropriado para atendimento médico;
b) todo empregado que trabalhe sob ar comprimido deverá ter uma ficha médica, onde deverão ser
registrados os dados relativos aos exames realizados;
c) nenhum empregado poderá trabalhar sob ar comprimido, antes de ser examinado por médico
qualificado, que atestará, na ficha individual, estar essa pessoa apta para o trabalho;
d) o candidato inapto não poderá exercer a função, enquanto permanecer sua inaptidão para esse
trabalho;
e) o atestado de aptidão terá validade de 6 (seis) meses;
f) em caso de ausência ao trabalho por mais de 10 (dez) dias ou afastamento por doença, o
empregado, ao retornar, deverá ser submetido a novo exame médico;
g) antes da jornada de trabalho, os trabalhadores devem ser inspecionados pelo médico, não sendo
permitida a entrada em serviço daqueles que apresentam sinais de afecções das vias respiratórias ou
outras moléstias;
h) após a descompressão, os trabalhadores são obrigados a permanecer, no mínimo, por 2 (duas)
horas, no canteiro de obra, cumprindo um período de observação média96, sendo o local adequado
para o cumprimento dessa observação designado pelo médico responsável.
i) para o tratamento de casos de doença descompressiva ou embolia traumática pelo ar, devem ser
empregadas as tabelas de tratamento de VAN DER AUER e as de WORKMAN e GOODMAN.
A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Vejam no comentário da alternativa A. Além disso,
recorde-se:
95
isso implica que ele somente pode entrar na câmara de trabalho e sofrer um processo de compressão
a cada 24 horas.
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Esse período deve ser remunerado como trabalho efetivo.
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Mais de 18 e
menos de 45 anos Faixa etária requerida para trabalho em condições hiperbáricas
de idade
A alternativa D está incorreta. A banca trocou alguns limites de exposição diária, revejam:
DURAÇÃO DO TRABALHO
a) a duração do período de trabalho sob ar comprimido não poderá ser superior a 8 (oito) horas, em
pressões de trabalho de 0 a 1,0 kgf/cm²; a 6 (seis) horas em pressões de trabalho de 1,1 a 2,5 kgf/cm²;
e a 4 (quatro) horas, em pressão de trabalho de 2,6 a 3,4 kgf/cm².
8 horas
para pressões entre 0 e 1,0 kgf/cm²
6 horas
Duração do trabalho
para pressões entre 1,1 e 2,5 kgf/cm²
4 horas
Algumas prescrições
para trabalhos sob ar para pressões entre 2,5 e 3,4 kgf/cm²
comprimido
mais de uma compressão num período de 24 horas
álcool e tabaco
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O modelo dessa placa de identificação consta do Quadro I do Anexo n.º 6 da NR 15. Dentre outras
informações constam: nome da empresa (cia), nome do trabalhador e número de telefone e local de
encaminhamento no trabalhador no caso de inconsciência.
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2.1 (COPEVE-UFAL / IFAL / 2019) Dadas as afirmativas abaixo quanto aos Agentes Biológicos de acordo
com o Anexo XIV da Norma Regulamentadora 15 – NR 15 – Atividades e Operações Insalubres.
São consideradas de Grau Máximo de Insalubridade as atividades, em contato permanente com:
I. Pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não previamente
esterilizados.
II. Carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de animais portadores de doenças
infectocontagiosas (carbunculose, brucelose, tuberculose).
Vocês precisam decorar o Quadro que segue. Vou ressaltar novamente a dica: "decorem os trabalhos ou
operações caracterizadas como insalubres em grau máximo, o restante das atividades vocês resolvem por
eliminação".
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Vejam que, das atividades e operações trazidas pela banca, somente àquelas elencadas nas afirmativas I,
II e IV são realmente caracterizadas como insalubres em grau máximo. Portanto, a alternativa B está correta
e é o gabarito da questão.
2.2 (UFMG / UFMG / 2019) De acordo com o Anexo 11 da Norma Regulamentadora número 15 da Portaria
3214/78, é CORRETO afirmar:
(A) Na avaliação com métodos de amostragem instantânea, deverá ser feita pelo menos em 10 (dez)
amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório, em intervalos de, no mínimo, trinta minutos entre cada
uma.
(B) Para as substâncias assinaladas como absorção via pele positiva, os limites de tolerância estabelecidos
são válidos tanto para absorção via respiratória, quanto para absorção pela pele.
(C) Na avaliação de gás assinalado como Asfixiante Simples, o fator de desvio deve ser aplicado para verificar
se o limite de tolerância foi ou não ultrapassado.
(D) Para a possibilidade de presença de metano em uma galeria de esgoto, avalia-se a concentração de
oxigênio para determinar se o local representa risco grave e iminente.
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A alternativa A está incorreta. Veja o erro: "Na avaliação com métodos de amostragem instantânea,
deverá ser feita pelo menos em 10 (dez) amostragens, para cada ponto - ao nível respiratório, em intervalos
de, no mínimo, trinta (VINTE) minutos entre cada uma".
a concentração efetiva, para efeitos de comparação com LT, será a média aritmética
das medições
A alternativa B está incorreta. "Absorção via pele positiva"? Nunca nem vi! Revejam esse assunto: "na
coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados (também com +) os agentes químicos que
podem ser absorvidos, por via cutânea, e, portanto, exigindo na sua manipulação o uso de luvas adequadas,
além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo".
A alternativa C está incorreta. Não mesmo! O Valor Teto - VT para caracterização de risco grave e
iminentes não se aplica aos asfixiantes simples, revejam:
"(...) duas condições objetivas que caracterizam situação de risco grave e iminente, são eles:
a) para os asfixiantes simples - quando a concentração de oxigênio no ambiente onde eles estão
presentes ficar abaixo de 18% em volume;
b) para os demais agentes químicos - quando qualquer das amostras obtidas ultrapassar o "valor
máximo - VM", obtido pela equação que segue:
VM = LT x FD
Em que:
LT = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.º 1;
FD = fator de desvio, segundo definido pelo Quadro n.º 2.
Para calcular o VM, que serve de parâmetro objetivo para determinar a condição de risco grave e
iminente, devemos identificar o LT do agente, determinar o FD para esse agente e realizar a multiplicação.
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Por exemplo, para o ácido clorídrico, que vimos no exemplificando anterior, o LT é 8 ppm. Dessa forma, pelo
Quadro n. 2, definimos seu FD como 2 (para LT entre 1 e 10). Com isso, obtemos VM = 8 x 2 = 16 ppm.
Isso implica que, se a concentração obtida em qualquer das avaliações (instantâneas) realizadas for
ultrapassar o VM de 16 ppm será configurada situação de risco grave e iminente.
Agora, vejam o VM calculado para os agentes do exemplificado anterior e analisem se a exposição descrita
naquela situação hipotética caracteriza situação de risco grave e iminente.
A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. É exatamente isso, como o metano é um gás inerte,
e, portanto, um asfixiante simples, não se avalia a sua concentração. Nesse caso, avalia-se a concentração
de oxigênio, revejam esse assunto:
"Quero aqui destacar a avaliação indireta que ocorre no caso dos asfixiantes simples. Esses asfixiantes
são gases ou vapores inertes que, sendo mais densos do que o ar atmosférico, "expulsam" o ar do local de
trabalho tornando o ar ambiente pobre em oxigênio, muitas vezes em concentrações abaixo das necessárias
para a manutenção da vida humana.
Os gases ou vapores inertes são substâncias que não reagem quimicamente com outras substâncias sob
a maioria das condições reais de trabalho. São asfixiantes simples especificados pelo Anexo n.º 11 da NR 15:
acetileno, argônio, etano, etileno, hélio, hidrogênio, metano, neônio, óxido nitroso, n-propano, propileno.
A presença desses gases é muito comum em trabalhos subterrâneos e/ou espaços confinados. Por
exemplo, no caso da detecção da presença de metano em um túnel subterrâneo de linha telefônica, não se
avalia a concentração de metano em si. Como já mencionado, a avaliação é indireta, medindo-se a
concentração de oxigênio no local, que deve estar acima de 18% em volume, caso contrário, como veremos,
será configurada situação de risco grave e iminente, inclusive".
2.3 (UFMG / UFMG / 2019) De acordo com o anexo 14 (riscos biológicos) da NR 15 da Portaria 3214/78,
em relação à caracterização da insalubridade, é CORRETO afirmar:
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(B) Depende de o empregador fornecer, treinar, mas não tornar obrigatório o uso de Equipamento de
Proteção Individual (EPI).
(C) Independe do uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) por parte do trabalhador.
(D) Deve levar em consideração o tempo de exposição e a concentração do agente em questão para uma
jornada de 44 horas semanais.
Assim como ocorre no casos dos Anexos n.º 6 e 13, a caracterização e a classificação da insalubridade por
exposição aos riscos biológicos também se dá enquadramento profissional que é uma forma de avaliação
qualitativa, dado que o item 15.1.3 da NR 15 determina que são consideradas atividades ou operações
insalubres as que se desenvolvem "nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6,13 e 14".
A alternativa B está incorreta. Como vimos, ainda que o uso do EPI fosse obrigatório, como é na maioria
dos casos, sabemos que a utilização de EPI não neutraliza a condição insalubre no caso de agentes biológicos
ou outros cuja caracterização se dá por enquadramento profissional, revejam:
"Para fechar o estudo de curto e importante Anexo, quero chamar a atenção de vocês para alguns pontos
importantes, e que não estão explicitados:
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permanente; ou
A atividade ou operação precisa expor ao
trabalhador contato
intermitente
Insalubridade por
A exposição eventual não caracteriza a
exposição a riscos
exposição como insalubre
biológicos
Basta que o trabalhador realize algumas das atividades ou operações descritas no Quadro do Anexo n.º
14 da NR 15, de forma permanente ou intermitente para que a condição insalubre seja caracterizada.
A alternativa D está incorreta. Novamente, não há que se falar em concentração de agente biológico,
nem mesmo tempo de exposição.
2.4 (IADES / AL-GO / 2019) De acordo com a Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) – Atividades e
Operações Insalubres, quanto à avaliação qualitativa de agentes biológicos, é correto afirmar que está(ão)
caracterizado(s) como insalubridade de grau máximo o(s)
(E) contato, em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos.
Comentários: mais questão explorando conhecimentos a respeito do Anexo n.º 14 da NR 15, e do mesmo
tipo, cobrando qual atividade de enquadra como insalubre em grau máximo.
Vou ressaltar novamente a dica: decorem os trabalhos ou operações caracterizadas como insalubres em
grau máximo, o restante das atividades vocês resolvem por eliminação.
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2.5 (IADES / AL-GO / 2019) No que diz respeito aos limites de tolerância para poeiras minerais,
apresentados na Norma Regulamentadora nº 15 (NR-15) – Atividades e Operações Insalubres, é correto
afirmar que
(A) a actinolita, a amosita, a antofilita, a crocidolita e a tremolita são consideradas, para efeito da norma,
como asbesto.
(B) o empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho, no
mínimo, uma vez por ano.
(C) é proibida a utilização de asbesto do grupo anfibólio, exceto nos setores em que ainda não tenha sido
encontrada uma alternativa técnica.
(D) a pulverização (spray) de asbesto é permitida apenas em ambientes bem ventilados e com a utilização
de equipamentos de proteção individual (EPI) adequados.
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(E) o trabalho de menores de 18 anos de idade em setores onde possa haver exposição à poeira de asbesto
fica condicionado à autorização dos pais ou do responsável, desde que seja respeitada a idade mínima de 16
anos.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Apesar de pertencerem ao grupo dos anfibólios e
ter sua utilização, em regra, proibida, esses são de fato tipos de asbesto, revejam:
"Entende-se por "asbesto", também denominado amianto, a forma fibrosa dos silicatos minerais
pertencentes aos grupos de rochas metamórficas das serpentinas, isto é, a crisolita (asbesto branco), e dos
anfibólios, isto é, a actnolita, a amosita (asbesto marrom), a antofilita, a crocidolita (asbesto azul), a tremolita
ou qualquer mistura que contenha um ou vários deste minerais.
Entretanto, apesar de abarcar todos esses tipos de asbesto, a Norma veda a utilização daqueles
pertencentes ao grupo dos anfibólios. O faz ao determinar que "fica proibida a utilização de qualquer tipo
de asbesto do grupo anfibólio e dos produtos que contenham essas fibras."
Não obstante, vale destacar que a vedação da utilização dos tipos de asbesto do grupo anfibólio não é
absoluta. Isso ocorre poque a Norma traz a ressalva de que "a autoridade competente, após consulta prévia
às organizações mais representativas de empregadores e de trabalhadores interessados, poderá autorizar o
uso de anfibólios, desde que a substituição não seja exequível e sempre que sejam garantidas as medidas
de proteção à saúde dos trabalhadores".
Asbesto ou amianto
Definição Grupos das(os) Tipos Pode utilizar?
serpentinas crisolita (asbesto branco) SIM
NÃO, salvo autorização da autoridade
actinolita, amosita
competente, após consulta prévia às
forma (asbesto marrom),
organizações mais representativas de
fibrosa dos crocidolita (asbesto
empregadores e de trabalhadores
silicatos anfibólios azul), tremolita, ou
interessados, desde que a substituição não
minerais qualquer mistura que
seja exequível e sempre que sejam
contenha um ou vários
garantidas as medidas de proteção à saúde
desses minerais
dos trabalhadores
Pessoal, apesar de existir essa ressalva na Norma, atualmente, a utilização dos tipos de asbesto do grupo
anfibólio é absolutamente vedada no Brasil, embora seja importante, para fins de prova, que vocês a
conheçam.
A alternativa B está incorreta. Nada disso! A avaliação deve ocorrer a cada 6 meses, e não anualmente,
revejam esse assunto:
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"Por ser um agente extremamente nocivo à saúde dos trabalhadores, a Norma preza pela realização de
avalições periódicas ao estabelecer que "o empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de
asbesto nos locais de trabalho, em intervalos não superiores a 6 (seis) meses."
a) o processo de avaliação ambiental deve ser acompanhado pelos representantes indicados pelos
trabalhadores;
b) o empregador é obrigado a fixar o resultado das avaliações em um quadro próprio de avisos para
conhecimento dos trabalhadores.
Adicionalmente, uma vez que tiverem motivos para "desconfiar" dos resultados apresentados, os
trabalhadores e/ou seus representantes têm o direito de solicitar avaliação ambiental complementa nos
locais de trabalho e/ou impugnar os resultados das avaliações junto à autoridade competente.
Pessoal! Para a grande maioria das doenças decorrentes da exposição a agentes químicos o tempo de
latência da doença - ou seja, o intervalo entre a exposição ao agente patológico e o aparecimento dos
primeiros sintomas - é relativamente grande. Assim, há necessidade de arquivamento dos resultados das
avaliações para que seja montado um histórico da exposição ocupacional ao longo da vida dos trabalhadores,
de modo que as causas de uma doença futura possam ser elucidadas.
Nesse contexto, a NR 15 preconiza que os registros das avaliações devem ser mantidos por um período
não inferior a 30 (trinta) anos".
A alternativa C está incorreta. De fato, há uma exceção prevista na NR 15 para utilização de fibras de
asbesto do grupo dos anfibólios, entretanto, "a empresa não ter encontrado uma alternativa técnica" não é
uma dessas exceções, revejam:
"Não obstante, vale destacar que a vedação da utilização dos tipos de asbesto do grupo anfibólio não é
absoluta. Isso ocorre poque a Norma traz a ressalva de que "a autoridade competente, após consulta prévia
às organizações mais representativas de empregadores e de trabalhadores interessados, poderá autorizar o
uso de anfibólios, desde que a substituição não seja exequível e sempre que sejam garantidas as medidas
de proteção à saúde dos trabalhadores".
Asbesto ou amianto
Definição Grupos das(os) Tipos Pode utilizar?
serpentinas crisolita (asbesto branco) SIM
NÃO, salvo autorização da autoridade
actinolita, amosita
competente, após consulta prévia às
forma (asbesto marrom),
organizações mais representativas de
fibrosa dos crocidolita (asbesto
empregadores e de trabalhadores
silicatos anfibólios azul), tremolita, ou
interessados, desde que a substituição não
minerais qualquer mistura que
seja exequível e sempre que sejam
contenha um ou vários
garantidas as medidas de proteção à saúde
desses minerais
dos trabalhadores
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Pessoal, apesar de existir essa ressalva na Norma, atualmente, a utilização dos tipos de asbesto do grupo
anfibólio é absolutamente vedada no Brasil, embora seja importante, para fins de prova, que vocês a
conheçam.
Na verdade, como veremos adiante, o Superior Tribunal Federal decidiu, em 2017, pela vedação da
utilização de qualquer forma de asbesto no País, entretanto, devido à falta de atualização da NR 15, o Anexo
n.º 12 ainda vige, pelo que precisamos conhecê-lo para fins de prova.
A alternativa D está incorreta. Nada disso! A vedação a pulverização (spray) de todas as formas de asbesto
é absoluta, ou seja, não pode ser aplicada mesmo com a adoção de qualquer medida de proteção. Revejam
essa e outras vedações a respeito da utilização do asbesto.
"Para fechar o estudo do Anexo n.º 12 da NR 15, vejam essas vedações expressamente previstas:
2.6 (COSEAC / UFF / 2019) De acordo com a NR-15, Anexo XIV, as atividades que envolvem exposição
permanente a agentes biológicos terão direito à insalubridade de grau máximo, dentre outras atividades,
aqueles que trabalham:
(B) com pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como objetos de seu uso, não
previamente esterilizados.
Comentários: mais uma questão para mostrar a vocês o quão importante é decorar a tabela de atividades e
operações do Anexo n.º 14 da NR 15, revejam:
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2.7 (FUNDEP / INB / 2018) Na NR-15, o anexo Nº 12 – Limites de tolerância para poeiras minerais – relata
que cabe ao empregador, após o término do contrato de trabalho envolvendo exposição ao asbesto,
manter disponível a realização periódica de exames médicos de controle dos trabalhadores durante _____
anos. Assinale a alternativa que completa corretamente o enunciado.
Comentários: "Como medida preventiva que visa diagnosticar precocemente o aparecimento de doenças
relacionadas à exposição ao asbesto, a NR 15 preconiza a realização de exames médicos regulares.
Nesse contexto, todos os trabalhadores que desempenham ou tenham funções ligadas à exposição
ocupacional ao asbesto devem ser submetidos a exames médicos98, sendo que por ocasião da admissão,
demissão e anualmente devem ser realizados, obrigatoriamente, exames complementares, incluindo, além
da avaliação clínica, telerradiografia de tórax e prova de função pulmonar (espirometria). Em todos os casos,
as empresas ficam obrigadas a informar aos trabalhadores examinados, em formulário próprio, os resultados
dos exames realizados.
Adicionalmente, frise-se que a técnica utilizada na realização das telerradiografias de tórax deve obedecer
ao padrão determinado pela Organização Internacional do Trabalho, especificado na Classificação
Internacional de Radiografias de Peneumoconioses (OIT-1980).
98
Aqueles previstos no item 7.1.3 da antiga redação da NR 7: admissional, periódico, de retorno ao
trabalho, de mudança de função e demissional.
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Pessoal! Dado o longo período de latência das pneumoconioses relacionadas à exposição ao asbesto,
especialmente a asbestose, a NR 15 estabelece que "cabe ao empregador, após o término do contrato
envolvendo exposição ao asbesto, manter disponível a realização periódica de exames médicos de controle
dos trabalhadores durante 30 (trinta) anos. A periodicidade de realização desses exames varia em função do
tempo de exposição ao asbesto, vejam:
Inclusive, a Norma determina que o trabalhador deve receber, por ocasião da demissão e retornos
posteriores, comunicação da data e local da próxima avaliação médica.
Suponham que Pedro tenham trabalhado durante 10 anos, de 2010 a 2020, diretamente na fabricação de
revestimentos cerâmicos, em cuja composição se utiliza amianto. Em janeiro de 2021, Paulo decidiu mudar
de segmento econômico e arrumou um emprego em um supermercado de sua cidade, em uma atividade
sem exposição ao asbesto.
Nesse caso, o antigo empregador de Paulo deve arcar com a realização periódica de exames médicos a
cada 3 anos, pelos próximos 30 anos (até 2050, isso mesmo!).
admissional
periódico (anual)
de mudança de função
demissional
na ocasião de realização dos exames
telerradiografia do tórax
admissional, demissional e anual
(periódico), devem ser realizados
exames complementares, incluindo, prova de função pulmonar
além da avaliação clínica: (expirometria)
Exames médicos
os resultados dos exames devem ser
informados aos trabalhadores, em
formulário próprio da empresa
a cada 3 anos
cabe ao empregador, após o término do (para exposiçao de 0 a 12 anos)
contrato envolvendo exposição ao
asbesto, manter disponível a realização a cada 2 anos
periódica de exames médicos de (para exposição de 12 a 20 anos)
controle dos trabalhadores durante 30
(trinta) anos, na seguinte periodicidade: anualmente
(para exposição superior a 20 anos)
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2.8 (FGV / AL-RO / 2018) Assinale a opção que indica a atividade profissional que envolve a utilização de
chumbo e é enquadrada com grau de insalubridade médio.
(C) A pintura a pistola com pigmentos de compostos de chumbo em recintos limitados ou fechados.
Comentários: esse é aquele tipo de questão completamente descabida, ainda mais vindo de uma banca
tradicional como a FGV. Vimos esse assunto no estudo do Anexo 13, revejam e aproveitem para dar mais
uma boa lida nesse Anexo.
Em resumo, o Anexo n.º 13 traz uma relação de atividades e operações envolvendo uma série de agentes
químicos e as classifica como grau máximo, médio ou mínimo quanto à insalubridade.
Pessoal! São muitas atividades e, infelizmente, algumas bancas costumam explorá-las, o que acho um
absurdo! São aquelas questões que a banca coloca para o candidato chutar, porque os avaliadores sabem
que é humanamente impossível decorar tudo.
Entretanto, por sorte (ou menos azar), na grande maioria das vezes, cobram apenas as atividades ou
operações insalubres em grau máximo. Assim, sugiro que deem ao menos uma lida com atenção nesse Anexo
focando principalmente nas atividades e operações de grau máximo, segue o link99:
<https://enit.trabalho.gov.br/portal/images/Arquivos_SST/SST_NR/NR-15-Anexo-13.pdf>.
2.9 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Em um ambiente de trabalho, foi identificada a presença de acetileno. Esse
é um gás asfixiante simples. Ao medir a concentração de oxigênio no ambiente de trabalho, foi obtido o
valor de concentração mínima igual a 15 por cento em volume. Considerando o disposto na NR-15 e seus
anexos, é correto afirmar que
(C) a substância em questão possui um valor de limite de tolerância, dado pelo anexo da NR-15, que não
pode ser ultrapassado em uma jornada de até 48 horas semanais.
99
Não faz sentido transcrever tudo isso aqui no “pdf”, eu não iria acrescentar nada.
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(D) a substância em questão possui um valor de limite de tolerância, dado pelo anexo da NR-15, que não
pode ser ultrapassado em uma jornada de até 48 horas semanais. Porém, para a concentração de 15% de
oxigênio, o limite de tolerância não é ultrapassado.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Não há que se falar em insalubridade, em nenhum grau (máximo, médio
ou mínimo, devido a presença de assinantes simples no ambiente de trabalho. A redução da concentração
de oxigênio abaixo de 18%, nesses casos, configura situação de risco grave e iminentes, revejam:
"Outra característica importante a ser destacada a respeito dos asfixiantes simples é que, apesar de
constarem do Quadro do Anexo n.º 11 da NR 15, A PRESENÇA DELES NO LOCAL DE TRABALHO NÃO TORNA
O AMBIENTE INSALUBRE. Vejam, pelo Quadro, que não há grau de risco (máximo, médio ou mínimo)
especificado para o acetileno, por exemplo. Como veremos, será configurada situação de risco grave e
iminente caso a concentração de oxigênio em ambientes com presença de asfixiantes simples fique abaixo
de 18% em volume".
"Para fechar o estudo desse anexo, quero destacar que ele prevê duas condições objetivas que
caracterizam situação de risco grave e iminente, são eles:
a) para os asfixiantes simples - quando a concentração de oxigênio no ambiente onde eles estão
presentes ficar abaixo de 18% em volume;
b) para os demais agentes químicos - quando qualquer das amostras obtidas ultrapassar o "valor
máximo - VM", obtido pela equação que segue:
VM = LT x FD
Em que:
LT = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.º 1;
FD = fator de desvio, segundo definido pelo Quadro n.º 2.
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Para calcular o VM, que serve de parâmetro objetivo para determinar a condição de risco grave e
iminente, devemos identificar o LT do agente, determinar o FD para esse agente e realizar a multiplicação.
Por exemplo, para o ácido clorídrico, que vimos no exemplificando anterior, o LT é 8 ppm. Dessa forma, pelo
Quadro n. 2, definimos seu FD como 2 (para LT entre 1 e 10). Com isso, obtemos VM = 8 x 2 = 16 ppm.
Isso implica que, se a concentração obtida em qualquer das avaliações (instantâneas) realizadas for
ultrapassar o VM de 16 ppm será configurada situação de risco grave e iminente.
Agora, vejam o VM calculado para os agentes do exemplificado anterior e analisem se a exposição descrita
naquela situação hipotética caracteriza situação de risco grave e iminente.
A alternativa C está incorreta. Como vimos, os asfixiantes não possuem LT, pois são avaliados
indiretamente, ou seja, através da concentração de oxigênio no local e não em função de sua própria
concentração.
A alternativa D está incorreta. Como vimos no comentário anterior, nenhum asfixiante simples possui LT,
seja para qual for a carga horária semanal. Adicionalmente, uma concentração de oxigênio de 15% em
volume já configura situação de risco grave e iminente (menor do que 18%).
2.10 (AOCP / SUSIPE-PA / 2018) Está sendo verificada a existência de insalubridade em um ambiente de
trabalho devido à absorção de agentes químicos por via respiratória. A princípio, nesse ambiente, não
estão sendo tomadas medidas para a eliminação ou neutralização da insalubridade. As atividades
desenvolvidas nesse ambiente envolvem o uso de dois agentes químicos: acetona e ácido clorídrico.
Consultando o quadro 1 do anexo 11 da NR-15, foi verificado que a coluna “Valor teto”, para o acetona,
está em branco. Já para o ácido clorídrico há marcado o símbolo “+”. Na coluna “Absorção também pela
pele”, para ambos os agentes químicos, não há marcado o símbolo “+”. Segundo o quadro 1 do anexo 11
da NR-15, a concentração até 48 horas/semana para o acetona é de 780 ppm e para o ácido clorídrico é de
4 ppm. Considerando as informações apresentadas e o disposto na NR-15, assinale a alternativa correta.
(A) Caso alguma das amostragens tomadas no ambiente de trabalho indique concentração superior a 780
ppm de acetona, não é correto caracterizar a insalubridade. É preciso considerar a concentração média na
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caracterização da insalubridade e, além disso, o valor máximo não deve ser ultrapassado, sob pena de ser
considerada situação de risco grave e iminente.
(B) Caso alguma das amostragens tomadas no ambiente de trabalho indique concentração superior a 4 ppm
de ácido clorídrico, não é correto caracterizar a insalubridade. É preciso considerar a concentração média na
caracterização da insalubridade e, além disso, o valor máximo não deve ser ultrapassado, sob pena de ser
considerada situação de risco grave e iminente.
(C) A acetona e o ácido clorídrico devem ser manipulados com o uso de macacão para proteção do tronco e
membros superiores e inferiores.
(D) Não podem ocorrer concentrações superiores a 390 ppm de acetona no ambiente de trabalho, pois o
fator de desvio (dado pelo quadro 2 do anexo 11 da NR-15) é igual a 0,5.
(E) Não podem ocorrer concentrações superiores a 2 ppm de ácido clorídrico no ambiente de trabalho, pois
o fator de desvio (dado pelo quadro 2 do anexo 11 da NR-15) é igual a 0,5.
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. É exatamente isso, como vimos no exemplificando
da aula, no caso dos agentes não assinalados na coluna "valor teto" deve-se considerar a média das
amostragens para a caracterização da insalubridade, revejam:
"Pelo Quadro, o LT para a acetona é de 780 ppm. Como esse agente não é assinalado na coluna "valor
teto" deve ser observado a média obtida que, nesse caso, foi de 595,5 ppm, ficando, portanto, abaixo do LT
apesar de a medição 4 ter ficado acima desse limite".
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Assim, ainda que uma amostragem, no caso da acetona, ultrapassar o LT de 780 ppm, não restará
configurada a insalubridade, devendo o valor médio obtido ser levado em consideração.
Por fim, também vimos que caso o valor teto seja ultrapassado para qualquer agente (exceto no caso dos
asfixiantes simples) será caracterizada situação de risco grave e iminente, revejam esse assunto:
Para fechar o estudo desse anexo, quero destacar que ele prevê duas condições objetivas que
caracterizam situação de risco grave e iminente, são eles:
a) para os asfixiantes simples - quando a concentração de oxigênio no ambiente onde eles estão
presentes ficar abaixo de 18% em volume;
b) para os demais agentes químicos - quando qualquer das amostras obtidas ultrapassar o "valor
máximo - VM", obtido pela equação que segue:
VM = LT x FD
Em que:
LT = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.º 1;
FD = fator de desvio, segundo definido pelo Quadro n.º 2.
Para calcular o VM, que serve de parâmetro objetivo para determinar a condição de risco grave e
iminente, devemos identificar o LT do agente, determinar o FD para esse agente e realizar a multiplicação.
Por exemplo, para o ácido clorídrico, que vimos no exemplificando anterior, o LT é 8 ppm. Dessa forma, pelo
Quadro n. 2, definimos seu FD como 2 (para LT entre 1 e 10). Com isso, obtemos VM = 8 x 2 = 16 ppm.
Isso implica que, se a concentração obtida em qualquer das avaliações (instantâneas) realizadas for
ultrapassar o VM de 16 ppm será configurada situação de risco grave e iminente.
Agora, vejam o VM calculado para os agentes do exemplificado anterior e analisem se a exposição descrita
naquela situação hipotética caracteriza situação de risco grave e iminente.
A alternativa B está incorreta. Nesse caso, como o ácido clorídrico está assimilado na coluna "valor teto"
basta que apenas uma das amostras ultrapasse o LT de 4 ppm para que seja configurada a condição insalubre.
Isso é válido para o caso de qualquer agente químico assinalado na coluna valor teto, revejam:
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"Para que vocês possam interpretar esse quadro corretamente, é preciso que se atentem as seguintes
regras:
a) os valores fixados como LIMITES DE TOLERÂNCIA - LT são válidos para absorção apenas por via
respiratória e são estabelecidos tanto em;
• ppm: partes de vapor ou gás por milhão de partes de ar contaminado, ou simplesmente
partes por milhão; e
• mg/m³: miligramas por metro cúbico de ar;
b) na coluna "VALOR TETO" estão assinalados (com +) os agentes químicos cujos limites de tolerância
não podem ser ultrapassados em momento algum da jornada de trabalho. Isso implica que, para
esses agentes, considerar-se-á excedido o LT quando qualquer uma das concentrações obtidas nas
amostragens instantâneas ultrapassar os valores estabelecidos no Quadro; (...)"
A alternativa C está incorreta. Essas vestimentas de proteção, assim como luvas, são requeridas para a
manipulação de agentes químicos assinalados na coluna "absorção também pela pele", o que não é o caso
da acetona e do ácido clorídrico, revejam:
Para que vocês possam interpretar esse quadro corretamente, é preciso que se atentem as seguintes
regras: (...)
c) na coluna "ABSORÇÃO TAMBÉM PELA PELE" estão assinalados (também com +) os agentes químicos
que podem ser absorvidos, por via cutânea, e portanto exigindo na sua manipulação o uso de luvas
adequadas, além do EPI necessário à proteção de outras partes do corpo.
d) todos os valores assinalados como "ASFIXIANTES SIMPLES" determinam que nos ambientes de
trabalho, em presença dessas substâncias, concentração mínima de oxigênio deverá ser 18 (dezoito)
por cento em volume. As situações nas quais a concentração de oxigênio estiver abaixo deste valor
serão consideradas de risco grave e iminente.
e) os LT estabelecidos no Quadro são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas
por semana;
f) para jornadas de trabalho que excederem as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á cumprir
o disposto no art. 60 da CLT (licença prévia, exceto para jornadas 12 x 36 h);
A alternativa D está incorreta. Nesse caso, a banca está cobrando conhecimento a respeito do "valor
máximo" para a acetona. Já até fizemos isso na aula, revejam novamente:
"Para fechar o estudo desse anexo, quero destacar que ele prevê duas condições objetivas que
caracterizam situação de risco grave e iminente, são eles:
a) para os asfixiantes simples - quando a concentração de oxigênio no ambiente onde eles estão
presentes ficar abaixo de 18% em volume;
b) para os demais agentes químicos - quando qualquer das amostras obtidas ultrapassar o "valor
máximo - VM", obtido pela equação que segue:
VM = LT x FD
Em que:
LT = limite de tolerância para o agente químico, segundo o Quadro n.º 1;
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Vejam, pelo Quadro n.º 2 do Anexo n.º 11 da NR 15, que o fator de desvio (FD) para a acetona é de 1,25
(entre 100 e 1000). Assim, a máxima concentração no ambiente permissível sem caracterizar situação de
risco grave e iminente é VM = 780 x 1,25 = 975 ppm.
Adicionalmente, é importante que vocês se lembrem que não existe FD < 1, fiquem atentos!
O Fator de Desvio - FD é um multiplicador sempre maior que 1 e visa aumentar o valor do Limite de
Tolerância - LT para estabelecer um novo limite, no caso, o Valor Máximo - VM. Esse novo valor
servirá como um novo limite para caracterização de situação de risco grave e iminente. Logo, não
existe FD < 1, o FD varia de 1,1 a 3 (quanto menor o LT, maior o FD)
A alternativa E está incorreta. Novamente, não há FD < 1 previsto na NR 15, o mínimo é 1.1.
2.11 (UFPR / UFPA / 2018) São considerados insalubres em grau máximo os trabalhos ou operações em
contato permanente com:
(B) objetos de uso de pacientes em isolamento por doenças infectocontagiosas não previamente
esterilizados.
Comentários: novamente, de novo, outra vez uma questão cobrando conhecimento a da classificação do
grau de insalubridade para atividades com exposição a riscos biológicos.
Vocês precisam decorar o quadro que segue. Vou ressaltar novamente a dica: decorem os trabalhos ou
operações caracterizadas como insalubres em grau máximo, o restante das atividades vocês resolvem por
eliminação.
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Nessa questão, entretanto, quero chamar a atenção de vocês em relação a alternativa A, que só está
incorreta por um motivo: o contato com materiais infecto contagiantes somente caracteriza insalubridade
em grau máximo se eles "não forem previamente esterilizados", e, nesse caso, a banca não trouxe essa
especificação. No mais, a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
2.12 (FUMARC / COPASA / 2018) Foi avaliada a concentração de amônia, registrando-se os seguintes
resultados: 20ppm, 25ppm, 28ppm, 15ppm, 12ppm, 28ppm, 20ppm,10ppm,15ppm, 20ppm.
Sendo o Limite de Tolerância igual a 20ppm e o Fator de desvio igual a 1,5, podemos afirmar que
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(A) I, II e III. (B) I, III e IV. (C) II e IV. (D) III e IV.
Comentários: a questão é até interessante, o pecado foi a banca não ter informado se a amônia é assinalada
ou não na coluna "valor teto", e não é (é demais querer que candidato decore isso, concordam?).
Dito isso, precisamos determinar a média das amostragens e o Valor Máximo - VM.
20+25+28+15+12+28+20+10+15+20
𝑀é𝑑𝑖𝑎 = = 19,3 𝑝𝑝𝑚
10
VM = LT x FD = 20 x 1,5 = 30 ppm.
A afirmativa I é verdadeira. Como calculamos, para a amônia, VM = 30 ppm. Esse valor não foi
ultrapassado em nenhuma amostragem.
"De acordo com a NR 9, deverão ser objeto de controle sistemático as situações que apresentem
exposição ocupacional acima dos níveis de ação:
a) para agentes químicos, a metade dos limites de exposição ocupacional previstos na NR 15 ou, na
ausência destes, os valores limites de exposição ocupacional adotados pela ACGIH, ou aqueles que
venham a ser estabelecidos em negociação coletiva de trabalho, desde que mais rigorosos do que os
critérios técnicos-legais estabelecidos;
b) para o ruído, a dose de 0,5 (dose superior a 50%), conforme critério estabelecido na NR 15, Anexo I,
item 6;
c) para às Vibrações de Mãos e Braços - VMB, um valor de aceleração resultante de exposição
normalizada (aren) de 2,5 m/s², e para às Vibrações de Corpo Inteiro - VCI, um valor da aceleração
resultante de exposição normalizada (aren) de 0,5 m/s², ou o valor da dose de vibração resultante
(VDVR) de 9,1 m/s1,75.
Assim, para o caso da amônia o NA = 10 ppm, sendo ultrapassado pela média das amostragens.
A afirmativa III é verdadeira. De fato, como a amônia não é assinalado na coluna "valor teto", o deve-se
observar a média das amostragens para fins de comparação com o LT.
A afirmativa IV é falsa. Novamente, como a amônia não é assinalado na coluna "valor teto", a
insalubridade somente seria caracterizada caso o valor médio das amostragens superasse o LT.
1.13 (FUMARC / COPASA / 2018) Foi avaliada a concentração de poeira respirável, encontrando-se os
seguintes resultados:
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% de quartzo = 1,5%
𝑀𝑎 0,5
𝐶𝑝 = = 0,45 = 1,11 𝑚𝑔Τ𝑚3
𝑉𝑎
O terceiro passo é determinar o Limite de Tolerância - LT para poeiras respiráveis, também em 𝑚𝑔Τ𝑚3.
8 8
𝐿𝑇 = = 1,5+2 = 2,28 𝑚𝑔Τ𝑚3
% 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑧𝑜+2
A alternativa D está correta. Como 𝐶𝑝 < 𝐿𝑇, de fato, o limite de tolerância, nesse caso, não foi
ultrapassado.
Duas alternativas corretas professor? Sim! A questão deveria ter sido anulada pela banca, mas pelo visto,
faltou impetração de recurso pelos candidatos, será que ninguém sabia resolver? A banca considerou como
gabarito a letra D.
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2.14 (FCC / SABESP / 2018) Um funcionário utiliza mantas de amianto para cobrir as soldas, para o seu
resfriamento, denominado alívio térmico controlado, durante as operações de solda de tubulações,
manutenções corretivas e preventivas. De acordo com a NR-07 e a NR-15, é correto afirmar que
(A) o empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho, em
intervalos não superiores a 12 meses ou 1 ano.
(C) as áreas, recipientes ou rotulagem, equipamentos e pontos com risco de exposição ao amianto devem
ser sinalizados com “CUIDADO: PRESENÇA DE AMIANTO − RISCO À SAÚDE”.
(D) para o limite de tolerância para fibras respiráveis de asbesto crisólita, que é de 3,0 f/cm³, os trabalhadores
deverão realizar o controle médico da exposição de Raio de tórax e espirometria, mesmo não sendo
fibrogênicos.
(E) o fornecedor de asbesto só poderá entregar a matéria-prima a empresas cadastradas, sendo esse
cadastro atualizado obrigatoriamente a cada 3 (três) anos.
Comentários:
A alternativa A está incorreta. Esse período é de 6 (seis) meses e não de 12 (doze) meses, revejam:
"Por ser um agente extremamente nocivo à saúde dos trabalhadores, a Norma preza pela realização de
avalições periódicas ao estabelecer que "o empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de
asbesto100 nos locais de trabalho, em intervalos não superiores a 6 (seis) meses."
a) o processo de avaliação ambiental deve ser acompanhado pelos representantes indicados pelos
trabalhadores;
b) o empregador é obrigado a fixar o resultado das avaliações em um quadro próprio de avisos para
conhecimento dos trabalhadores.
Adicionalmente, uma vez que tiverem motivos para "desconfiar" dos resultados apresentados, os
trabalhadores e/ou seus representantes têm o direito de solicitar avaliação ambiental complementa nos
locais de trabalho e/ou impugnar os resultados das avaliações junto à autoridade competente".
A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Revejam como abordamos esse assunto:
"Como medida preventiva que visa diagnosticar precocemente o aparecimento de doenças relacionadas
à exposição ao asbesto, a NR 15 preconiza a realização de exames médicos regulares.
100
Lembrem-se de que para a NR 15 poeira de asbesto = fibras respiráveis de asbesto e vice-versa!
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Nesse contexto, todos os trabalhadores que desempenham ou tenham funções ligadas à exposição
ocupacional ao asbesto devem ser submetidos a exames médicos, sendo que por ocasião da admissão,
demissão e anualmente devem ser realizados, obrigatoriamente, exames complementares, incluindo, além
da avaliação clínica, telerradiografia de tórax e prova de função pulmonar (espirometria).
Em todos os casos, as empresas ficam obrigadas a informar aos trabalhadores examinados, em formulário
próprio, os resultados dos exames realizados.
Adicionalmente, frise-se que a técnica utilizada na realização das telerradiografias de tórax deve obedecer
ao padrão determinado pela Organização Internacional do Trabalho, especificado na Classificação
Internacional de Radiografias de Peneumoconioses (OIT-1980)".
A alternativa C está incorreta. Mas que alternativa MALDOSA! Na verdade, a regulamentação sobre
amianto (asbesto) não prevê essa frase. Na verdade, a banca foi buscar essa frase na regulamentação sobre
benzeno (Anexo 13-A) e trocou duas palavras, revejam:
"As áreas, recipientes, equipamentos e pontos com risco de exposição ao benzeno devem ser sinalizadas
com os dizeres "PERIGO: PRESENÇA DE BENZENO - RISCO À SAÚDE" e o acesso a estas áreas deverá ser
restrito às pessoas autorizadas".
"É de responsabilidade dos fornecedores de asbesto, assim como dos fabricantes e fornecedores de
produtos contendo asbesto, a rotulagem adequada e suficiente, de maneira facilmente compreensível pelos
trabalhadores e usuários interessados.
Sempre que possível, essa rotulagem deve ser impressa no produto, em cor contrastante, de forma visível
e legível, devendo conter:
• a letra minúscula "a" ocupando 40% da área total da etiqueta;
• os seguintes caracteres gráficos (frases):
✓ "Atenção: contém amianto"
✓ "Respirar poeira de amianto é prejudicial à saúde"; e
✓ "Evite risco: siga as instruções de uso".
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Além da rotulagem, os produtos contendo asbesto devem ser acompanhados de "instruções de uso" com,
no mínimo, as seguintes informações:
• tipo de asbesto;
• rico à saúde e doenças relacionadas; e
• medidas de controle e proteção adequada.
A alternativa D está incorreta. Vejam os erros: "para o limite de tolerância para fibras respiráveis de
asbesto crisólita, que é de 3,0 f/cm³ (2,0 f/cm³), os trabalhadores deverão realizar o controle médico da
exposição de Raio de tórax e espirometria, mesmo não sendo fibrogênicos (o asbesto é sim fibrogênico)".
Agora, vamos aproveitar para rever esse assunto?
Nesse contexto, a Norma estabelece que se entende por "exposição ao asbesto", a exposição no trabalho
às fibras de asbesto respiráveis ou poeira de asbesto em suspensão no ar originada pelo asbesto ou por
minerais ou produtos que contenham asbesto.
Vajam que à Norma utiliza, nesse caso, o termo poeira de asbesto como equivalente a fibra de asbesto,
apesar de o asbesto não se manifestar na forma aproximadamente esférica como ocorre com a sílica. Assim,
deve ficar claro que fibra de asbesto respirável = poeira de asbesto.
Ao especificar o que vem a ser objetivamente uma fibra de asbesto respirável, a Norma determina que se
entende por "fibra respirável de asbesto" aquelas com diâmetro inferior a 3 μm (três micrômetros),
comprimento maior que 5 μm (cinco micrômetros) e relação entre comprimento e diâmetro superior a 3:1.
Além de definir objetivamente o que é uma fibra respirável de asbesto, a Norma também estabelece um
LT para as fibras respiráveis de asbesto crisolita, que é de 2,0 f/cm³ (duas fibras por centímetro cúbico).
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qualquer mistura
A alternativa E está incorreta. Vejam o erro: "o fornecedor de asbesto só poderá entregar a matéria-prima
a empresas cadastradas, sendo esse cadastro atualizado obrigatoriamente a cada 3 (três) (2, dois) anos".
Aproveitem para revisar esse assunto sobre fornecedores de asbesto:
"A fim de proporcionar um controle (fiscalização) mais efetivo em relação a circulação dessa substância
no país, as empresas (públicas ou privadas) que produzem, utilizam ou comercializam fibras de asbesto e as
responsáveis pela remoção de sistemas que contêm ou podem liberar fibras de asbesto para o ambiente
devem ter seus estabelecimentos cadastrados junto ao Ministério do Trabalho e da Previdência
Social/Instituto Nacional de Seguridade Social, através de seu setor competente em matéria de segurança e
saúde do trabalhador.
O referido cadastro obtido deve ser obrigatoriamente apresentado quando da aquisição da matéria-prima
junto ao fornecedor, uma vez que, por óbvio, o fornecedor de asbesto só pode entregar a matéria-prima a
empresas cadastradas. Por fornecedor de asbesto, entendam o produtor e/ou distribuidor de matéria-prima
"in natura".
Os órgãos públicos responsáveis pela autorização da importação de fibras de asbesto só poderão fornecer
a guia de importação a empresas cadastradas. Esse cadastro deve ser atualizado, obrigatoriamente, a cada
2 (dois) anos.
No tocante aos trabalhos de remoção e/ou demolição de construções cuja matéria-prima contém asbesto,
destaquem-se que antes de iniciá-los, o empregador e/ou contratado, em conjunto com a representação dos
trabalhadores, devem elaborar um plano de trabalho onde sejam especificadas as medidas a serem tomadas,
inclusive as destinadas a:
Adicionalmente, sobre os resíduos de asbesto, a Norma também preconiza que o empregador deverá
eliminar os resíduos que contém asbesto, de maneira que não se produza nenhum risco à saúde dos
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trabalhadores e da população em geral, de conformidade com as disposições legais previstas pelos órgãos
competentes do meio ambiente e outros que porventura venham a regulamentar a matéria".
2.15 (FCC / SABESP / 2018) Em processo judicial foi solicitada a avaliação da exposição de sílica livre em
setor de uma empresa. O engenheiro perito, designado por indicação do juiz responsável pelo caso,
utilizou uma bomba de amostragem de ar, kit completo 5 a 5000 cc/min, aplicada em um dos funcionários.
O aparelho funcionou no período da tarde, das 13h às 17h10, com uma vazão média de 2 litros por minuto.
O meio de coleta foi através de cassetes com filtros de policarbonato acoplado com ciclone (impinger) para
particulado de até 1,0 μm. A massa total da amostra é de 2,0 mg e essa massa contém uma massa de SiO2
de 0,01 mg.
DADOS
O limite de tolerância para poeira respirável, expresso em mg/m3, é dado pela seguinte fórmula:
O limite de tolerância para poeira respirável (Sílica Cristalizada e Cristobalita): TWA (ACGIH) antes de 2009 =
0,1 mg/³ e TWA (ACGIH) depois de 2009 = 0,025 mg/m³.
(A) igual ao limite de tolerância, portanto o profissional tem direito ao adicional de insalubridade.
(B) inferior ao limite de tolerância, portanto o profissional não tem direito ao adicional de insalubridade.
(C) igual ao limite de tolerância, portanto o profissional não tem direito ao adicional de insalubridade.
(D) superior ao limite de tolerância, portanto o profissional tem direito ao adicional de insalubridade.
(E) inferior ao limite de tolerância, portanto o profissional tem direito ao adicional de insalubridade.
𝑄𝑚 ∙ 𝑡 2 ∙ 250
𝑉𝑎 = = = 0,5 𝑚3
1000 1000
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𝑀𝑎 2,0
𝐶𝑎 = = = 4,0 𝑚𝑔Τ𝑚3
𝑉𝑎 0,5
Vejam que a banca não traz diretamente o % de quartzo, mas fornece o % de SiO2 da amostra, então
podemos determiná-lo
𝑀𝑞 0,01
% 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑧𝑜 = ∙ 100 = ∙ 100 = 0,5%
𝑀𝑎 2
8 8
𝐿𝑇 = = = 3,2 𝑚𝑔/𝑚3
% 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑧𝑜 + 2 0,5 + 2
Como Ca > LT, temos que a condição é insalubre, pelo que a alternativa D está correta e é o gabarito da
questão.
Vejam ainda que a banca traz os "Limites de Tolerância" estabelecidos pela ACGIH, chamados de TWA
(Time Weigth Average) que representa a concentração média ponderada pelo tempo, entretanto, esses
valores somente devem ser empregados para casos de agentes que não são tratados pela NR 15.
2.16 (FCC / SABESP / 2018) Foi solicitado um laudo pericial do ambiente de trabalho da manutenção, onde
os funcionários trabalham com a manipulação de esmaltes sintéticos, tintas e vernizes. Foram encontrados
os seguintes valores de concentração de formaldeído (HCOH) nas amostras, durante o período de 8 horas
de jornada de trabalho:
Dados: LT (Limite de Tolerância) = 2,3 mg/m³ (NR-15) para uma jornada de 48 horas semanais e FD (Fator de
Desvio) = 3.
(A) Salubre, pois a concentração média está abaixo do Limite de Tolerância (LT).
(C) Insalubre, pois duas amostras estão acima do Limite de Tolerância (LT), e a exposição não é caracterizada
como um risco grave e iminente.
(D) Insalubre, e a exposição é caracterizada como Imediatamente Perigoso à Vida e à Saúde (IPVS).
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Comentários: requer avaliação das amostragens para determinar se a exposição é insalubre e/ou representa
situação de risco grave e iminente.
Primeiramente, vamos calcular o valor médio das amostras (vocês verão que a questão deveria ter sido
anulada), primeiro porque não tem o mínimo de 10 amostragens, mas até aí dá para resolver:
Vejam que, a julgar por esses resultados, a concentração média está abaixo do LT, pelo que a exposição é
salubre. Além disso, nenhuma amostra ultrapassou o VM, portanto, a exposição não representa situação de
risco grave e iminente.
Com base nisso, de acordo com a banca, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.
"Outro ponto que acho importante destacar diz respeito aos agentes químicos assinalados na coluna
"VALOR TETO", são 11 no total (destaquei os mais explorados pelas bancas).
Fiz isso porque já vi várias questões, de várias bancas, que fornecem valores uma série de amostragens
instantâneas e perguntam se o LT foi ultrapassado, entretanto, nada dizem se o agente possui valor teto.
Isso faz o candidato errar a questão, geralmente, porque o valor médio fica abaixo do LT. Então, fiquem
atentos!
Assim, como foi obtida uma concentração de 3,2 mg/m³ na amostra "D", a condição é, de fato, insalubre,
já que esse valor é maior do que o LT. Portanto, a questão deveria ter sido anulada!
2.17 (FCC / SABESP / 2018) Abrilino era empregado mensalista celetista da Empresa Consertamos Tudo
Ltda. Ele não recebia nenhum tipo de adicional de insalubridade conforme detectado no laudo
inspecionado pela auditoria fiscal do Ministério do Trabalho. Portanto, foi apontada não conformidade
com a NR-15, visto que os trabalhadores estavam expostos de modo habitual e permanente aos seguintes
agentes nocivos:
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(A) R$ 1.200,00.
(B) R$ 120,00.
(C) R$ 60,00.
(D) R$ 900,00.
(E) R$ 300,00.
Primeiramente, devemos lembrar que o adicional de insalubridade não é cumulativo e em caso de direito
ao adicional por exposição a mais de um agente, deve ser considerado, para fins de remuneração, o de maior
grau.
Em segundo lugar, devemos lembrar que o adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo e não
sobre o salário base do trabalhador, como é o caso da periculosidade.
Dito isso, como vamos saber o grau referente a exposição a cada agente. Pessoal, lembrem-se sempre
que a exposição a sílica libre cristalizada e ao asbesto, ambos aerodispersóides fibrogênicos, é extremamente
danosa à saúde dos trabalhadores, por isso são enquadradas em grau máximo.
Assim, o adicional que deveria ser pago a Abrilino em 2005 deve ser calculado como 40% do salário
mínimo à época, no caso R$ 500,00, pelo que deveria ser de:
2.18 (FCC / SABESP / 2018) Mauro trabalha em operações que exigem o contato permanente com esgotos
(galerias e tanques). Seu salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participação
nos lucros da empresa, é de R$ 1.600,00. O salário mínimo vigente na região é de R$ 900,00. Mauro tem
direito ao recebimento de adicional de
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Inicialmente, vocês devem lembrar que o trabalho ou operações em contato permanente com esgotos
(galerias e tanques) garante ao trabalhador o adicional de insalubridade em grau máximo (40%), por
enquadramento profissional (avaliação qualitativa).
Recordando que o adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo, e não sobre o salário base,
Mauro terá direito ao seguinte adicional pecuniário:
2.19 (FUMARC / CEMIG-MG / 2018) Foi avaliada a concentração de tolueno, utilizando bomba gravimétrica
e filtro de carvão ativado, com os seguintes resultados: Tempo de amostragem: 50 minutos; Vazão da
bomba: 0,2 l/min; Resultado da análise: 200 microgramas de tolueno; Limite de Tolerância: 290 mg/m³.
𝑄∙𝑡 0,2 ∙ 50
𝑉𝑎 = = = 0,01 𝑚3
1000 1000
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Agora, para calcular a concentração da amostra, vocês devem observar que a análise resultou em 200
MICROgramas (10-6) de tolueno (que representa a massa da amostra, Ma). Devemos converter esse valor
para MILIgramas (10-3). Para isso, basta dividir por 1000, para obter 0,2 mg. Assim, determinamos a
concentração da amostra:
𝑀𝑎 0,2
𝐶𝑎 = = = 20 𝑚𝑔Τ𝑚3
𝑉𝑎 0,01
Assim, as afirmativas II e III são verdadeiras, pelo que a alternativa C está correta e é o gabarito da
questão.
(A) A avaliação de ruído contínuo ou intermitente é realizada operando o aparelho na escala A e circuito de
resposta lenta.
(D) Quando o Valor Máximo Permitido é ultrapassado, inviabiliza o uso do respirador com filtro químico, pois
ele satura rapidamente.
A alternativa A está correta. De fato, a avaliação de ruído contínuo e intermitente de dá com o medidor
de nível de pressão sonora configurado na curva de compensação "A" e curva de resposta lenta "SLOW".
A Alternativa B está incorreta e é o gabarito da questão. Como vimos, é considerada poeira respirável
aquela que possui partículas com diâmetros INFERIORES a 10 micrômetros.
A alternativa C está correta. Como vimos na parte introdutória, os fumos metálicos são, de fato, gerados
na fusão de metais, por isso, são agentes presentes em grandes concentrações em siderúrgicas e em
processos de soldagem.
"Além de ser utilizado para a determinação de condição de risco grave e iminente, o VM é um indicador
importante para a proposição de medidas de controle do risco químico. Isso ocorre porque, conforme os
fabricantes de respiradores, em ambientes onde a exposição ocorre acima do VM para um dado agente, fica
inviabilizada a utilização de respiradores com filtros químicos, pois eles saturam muito rapidamente".
2.21 (CESGRANRIO / PETROBRAS / 2018) Com o objetivo de avaliar a insalubridade do posto de trabalho
do operador de produção de uma unidade de produção de petróleo, foram realizadas 10 medições
ambientais instantâneas da substância química álcool metílico (metanol), conforme Quadro abaixo.
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Se o limite de tolerância do álcool metílico é de 156 ppm, e o mesmo pode ser absorvido pela pele, tem-se
que a(o):
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Comentário: mais uma questão cobrando conhecimento a respeito de cálculo de concentração da amostra
e LT para poeira respirável.
Inicialmente vamos determinar o tempo de amostragem, que foi de 08:00 às 12:30 horas, resultando em
t = 04h:30 min = 270 min.
𝑄𝑖 + 𝑄𝑓 1,8 + 1,6
𝑄𝑚 = = = 1,7 𝑙/𝑚𝑖𝑛
2 2
𝑄𝑚 ∙ 𝑡 1,7 ∙ 270
𝑉𝑎 = = = 0,46 𝑚3
1000 1000
De posse do volume total da amostra, determinamos a massa total coletada, subtraindo a massa final
da inicial, Ma = 21,0 - 19,5 = 1,5 mg. Agora, podemos determinar a concentração da amostra:
𝑀𝑎 1,5
𝐶𝑎 = = = 3,26 𝑚𝑔Τ𝑚3
𝑉𝑎 0,46
Por sua vez, o LT para poeiras respiráveis é dado por: (nesse caso, a banca não forneceu a equação!)
8 8
𝐿𝑇 = = = 1,78 𝑚𝑔/𝑚3
% 𝑞𝑢𝑎𝑟𝑡𝑧𝑜 + 2 2,5 + 2
Portanto, temos: Ca = 3,26 mg/m³, LT = 1,78 mg/m³ e atividade insalubre. Assim, a alternativa D está
correta e é o gabarito da questão.
2.23 (IFES / IFES / 2016) De acordo com a Norma Regulamentadora NR15, sobre atividades e operações
insalubres, analise as sentenças abaixo:
III) O anexo 11 trata dos agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limite de tolerância e
inspeção no local de trabalho.
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IV) Os métodos de leitura direta são permitidos, sendo, no entanto, estabelecido o intervalo mínimo de 10
(dez) minutos entre as amostras.
V) Os limites de tolerância fixados no quadro n.º 1 do anexo 11 são válidos para jornadas de trabalho de até
44 (quarenta e quatro) horas por semana.
(A) II e III. (B) I, II e III. (C) I, II e V. (D) I, IV e V. (D) I, II, III e IV.
Nesse contexto, a Norma estabelece que se entende por "exposição ao asbesto", a exposição no trabalho
às fibras de asbesto respiráveis ou poeira de asbesto em suspensão no ar originada pelo asbesto ou por
minerais ou produtos que contenham asbesto.
Vajam que à Norma utiliza, nesse caso, o termo poeira de asbesto como equivalente a fibra de asbesto,
apesar de o asbesto não se manifestar na forma aproximadamente esférica como ocorre com a sílica. Assim,
deve ficar claro que fibra de asbesto respirável = poeira de asbesto.
Ao especificar o que vem a ser objetivamente uma fibra de asbesto respirável, a Norma determina que se
entende por "fibra respirável de asbesto" aquelas com diâmetro inferior a 3 μm (três micrômetros),
comprimento maior que 5 μm (cinco micrômetros) e relação entre comprimento e diâmetro superior a 3:1.
Além de definir objetivamente o que é uma fibra respirável de asbesto, a Norma também estabelece um
LT para as fibras respiráveis de asbesto crisolita, que é de 2,0 f/cm³ (duas fibras por centímetro cúbico).
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A afirmativa II é verdadeira. "São consideradas poeiras minerais pelo Anexo n.º 12 da NR 15 o asbesto, o
manganês e a sílica livre cristalizada. Todos com seus Limites de Tolerância estabelecidos, sendo a
caracterização da insalubridade por exposição a esses agentes caracterizadas por avaliação qualitativa, em
todos os casos, classificada em grau máximo".
A afirmativa III é verdadeira. A afirmativa pode suscitar dúvida pela utilização do termo "por limite
de tolerância e INSPEÇÃO NO LOCAL DE TRABALHO". Apesar de o termo "e inspeção no local de trabalho"
não aparecer expressamente na NR 15, toda avaliação quantitativa requer tal inspeção, uma vez que faz
parte da própria metodologia de avaliação.
Agora, vejam como tratamos esse assunto na aula: "(...) vamos iniciar o estudo dos Anexos da NR 15 que
tratam dos riscos químicos, a começar pelo Anexo n.º 11: Agentes Químicos.
No caso de atividades e operações nas quais os trabalhadores ficam expostos aos agentes químicos
contidos nesse Anexo, a caracterização da insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os Limites de
Tolerância - LT nele estabelecidos, ou seja, temos aqui um caso de avaliação quantitativa".
Pessoal, quando a norma se refere a um número mínimo de 10 amostra para cada "ponto" ela está se
referindo aos pontos, dentro do ambiente laboral, onde o profissional realiza suas atividades. Por exemplo,
se o trabalhador está exposto a vapores de acetona em 3 pontos distintos do ambiente de trabalho, deverão
ser realizadas, no mínimo, 10 medições em cada um desses pontos, sendo as amostras coletadas ao nível
respiratório do trabalhador.
No caso da utilização dessas técnicas de amostragem instantânea, o LT será considerado excedido quando
a média aritmética das concentrações ultrapassar os valores fixados no Quadro, EXCETO para os agentes
assinalados na coluna VALOR TETO que, como vimos, basta que uma das medições seja superior ao LT.
a concentração efetiva, para efeitos de comparação com LT, será a média aritmética
das medições
A afirmativa V é falsa. Veja o erro: " Os limites de tolerância fixados no quadro n.º 1 do anexo 11 são
válidos para jornadas de trabalho de até 44 (quarenta e quatro) horas por semana (48 horas semanais)"
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2.24 (IBFC / EBSERH / 2016) Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta. A Insalubridade
em trabalhos e operações que possuem contato permanente com pacientes, animais ou com material
infecto-contagiante, caracteriza-se naqueles profissionais que atuam em:
III. Contato em laboratórios, com animais destinados ao preparo de soro, vacinas e outros produtos.
(A) Apenas I, II e III. (B) Apenas I, III e V. (C) Apenas II, III e V. (D) I, II, III, IV e V. (D) Apenas I, II, III e V.
Comentários: mais uma questão explorando as atividades ou operações descritas no Anexo n.º 14 da NR 15.
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Percebam que, nessa questão a banca não quer a definição do grau de insalubridade, mas apenas que o
candidato identifique quais operações ou atividades que estão previstas no Anexo. Como vocês puderam
perceber, todas estão, pelo que a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.
2.25 (IBFC / EBSERH / 2016) O limite de tolerância para as operações com manganês e seus compostos
referente à uso de eletrodos de solda é de:
(A) Até 2mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
(B) Até 3mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
(C) Até 1 mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
(D) Até 4mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
(E) Até 5mg/m³ no ar para jornada de até 8 (oito) horas por dia.
A Norma estabelece Limites de Tolerância - LT distintos para esse agente, a depender do tipo de
exposição, se durante a extração do mineral ou se durante a sua utilização em processos.
No caso de operações com manganês e seus compostos referente à extração, tratamento, moagem,
transporte do minério, ou ainda a outras operações com exposição a poeiras do manganês ou de seus
compostos, o LT é de até 5 mg/m³ no ar, para a jornada de até 8 (oito) horas por dia.
Perceberam a diferença central? No caso da extração, a exposição ocorre através de poeiras, já no caso
das atividades de metalurgia e processamento, a exposição se dá através de fumos metálicos, então, vejam
a diferença:
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Sempre que esses LT forem ultrapassados, as atividades e operações com manganês e seus compostos
serão consideradas como insalubres em grau máximo.
Vejam que para exposição a fumos de manganês, como ocorre no caso dos processos de soldagem, o LT
é de até 1 mg/m³ no ar para uma jornada diária de 8 horas. Portanto, a alternativa C está correta e é o
gabarito da questão.
2.26 (IBFC / EBSERH / 2016) De acordo com o Anexo 12 da NR-15 é correto afirmar que:
(A) A crocidolita (asbesto azul) não pertence ao grupo de rochas metamórficas regidas por esse Anexo.
(B) O empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de asbesto nos locais de trabalho, em
intervalos não superiores a 12 (doze) meses.
(C) Os registros das avaliações deverão ser mantidos por um período não inferior a 25 (vinte e cinco) anos.
(D) A avaliação ambiental será realizada pelo método do filtro de membrana, utilizando-se aumentos de 100
a 200x, com iluminação de contraste de fase.
Comentário:
A alternativa A está incorreta. A crocidolita (asbesto azul) faz parte sim do grupo das rochas metamórficas
dos anfibólios e está abrangido pelo Anexo n.º 12 da NR 15, apesar de sua utilização ser proibida no Brasil,
recordem esse assunto:
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Entende-se por "asbesto", também denominado amianto, a forma fibrosa dos silicatos minerais
pertencentes aos grupos de rochas metamórficas das serpentinas, isto é, a crisolita (asbesto branco), e dos
anfibólios, isto é, a actnolita, a amosita (asbesto marrom), a antofilita, a crocidolita (asbesto azul), a tremolita
ou qualquer mistura que contenha um ou vários deste minerais.
Asbesto ou amianto
Definição Grupos dos(as) Tipos Pode utilizar?
serpentinas crisolita (asbesto branco) SIM
NÃO, salvo autorização da autoridade
actinolita, amosita
competente, após consulta prévia às
forma (asbesto marrom),
organizações mais representativas de
fibrosa dos crocidolita (asbesto
empregadores e de trabalhadores
silicatos anfibólios azul), tremolita, ou
interessados, desde que a substituição não
minerais qualquer mistura que
seja exequível e sempre que sejam
contenha um ou vários
garantidas as medidas de proteção à saúde
desses minerais
dos trabalhadores
A alternativa B está incorreta. Essa avaliação deve ocorrer a cada 6 (seis) e não 12 (doze) meses, revejam:
"Por ser um agente extremamente nocivo à saúde dos trabalhadores, a Norma preza pela realização de
avalições periódicas ao estabelecer que "o empregador deverá realizar a avaliação ambiental de poeira de
asbesto101 nos locais de trabalho, em intervalos não superiores a 6 (seis) meses."
A alternativa C está incorreta. O período mínimo de manutenção desses registros é de 30 (trinta) anos,
recorde-se:
"Pessoal! Para a grande maioria das doenças decorrentes da exposição a agentes químicos o tempo de
latência da doença - ou seja, o intervalo entre a exposição ao agente patológico e o aparecimento dos
primeiros sintomas - é relativamente grande. Assim, há necessidade de arquivamento dos resultados das
avaliações para que seja montado um histórico da exposição ocupacional ao longo da vida dos trabalhadores,
de modo que as causas de uma doença futura possam ser elucidadas.
Nesse contexto, a NR 15 preconiza que os registros das avaliações devem ser mantidos por um período
não inferior a 30 (trinta) anos".
A alternativa D está incorreta. A banca errou nos aumentos que devem ser utilizados no micrsocópio
para a contagem das fibras, recorde-se:
"No tocante a metodologia de avaliação ambiental a ser empregada, a NR 15 determina que deve ser
utilizado o método do filtro de membrana, utilizando-se aumentos de 400 a 500x, com iluminação de
contraste de fase. Adicionalmente, na determinação da concentração devem ser contadas as fibras que se
enquadram como respiráveis, independentemente de estarem ou não ligadas ou agregadas a outras
partículas".
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Lembrem-se de que para a NR 15 poeira de asbesto = fibras respiráveis de asbesto e vice-versa!
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A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Reveja: "Além da metodologia estabelecida pela
NHO 04, também é válida aquela definida pela ABNT NBR 13158:1994 - Avaliação de agentes químicos no ar
- Coleta de fibras respiráveis inorgânicas em suspensão no ar e análise por microscopia óptica de contraste
de fase - Método do filtro de membrana - Método de ensaio, uma vez que a NR 15 também determina que
"o método de avaliação a ser utilizado será definido pela ABNT/INMETRO".
2.27 (IBFC / EBSERH / 2016) De acordo com a NR 15 os limites de tolerância fixados no Quadro 1 são válidos
para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas por semana.
É correto afirmar que complementa o entendimento desse texto da Norma: Analise as afirmativas abaixo
e assinale a alternativa correta:
(A) É expressamente vedado exceder o limite de 60 (sessenta) horas semanais, conforme disposto no art. 59
da CLT.
(B) Inclusive para jornadas de trabalho que não excedam 72 (setenta e duas) horas semanais conforme
disposto no art. 59 da CLT.
(C) É expressamente vedado exceder o limite de 48 (quarenta e oito) horas semanais, conforme disposto no
art. 60 da CLT.
(D) Inclusive para jornadas de trabalho que excedam as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á
cumprir o disposto no art. 60 da CLT.
(E) É vedado em qualquer situação exceder o limite legal ou convencionado de 48 (quarenta e oito) horas
semanais para trabalhadores menores de idade.
Comentário: a questão foi mal formulada, mas está cobrando a possibilidade de adoção de cargas horárias
semanais superiores a 48 horas, tal como prevê o Art. 60 da CLT (necessidade de licença prévia, exceto no
caso das de 12 x 36 h), revejam como tratamos desse assunto:
"Agora, vamos iniciar o estudo dos Anexos da NR 15 que tratam dos riscos químicos, a começar pelo Anexo
n.º 11: Agentes Químicos.
No caso de atividades e operações nas quais os trabalhadores ficam expostos aos agentes químicos
contidos nesse Anexo, a caracterização da insalubridade ocorrerá quando forem ultrapassados os Limites de
Tolerância - LT nele estabelecidos, ou seja, temos aqui um caso de avaliação quantitativa.
Esses LT são estabelecidos através do Quando n.º 1 e são válidos para uma jornada de trabalho de 48
horas semanais. Vejam um excerto do referido Quadro: (...)
Para que vocês possam interpretar esse quadro corretamente, é preciso que se atentem as seguintes
regras:
a) os valores fixados como LIMITES DE TOLERÂNCIA - LT são válidos para absorção apenas por via
respiratória e são estabelecidos tanto em;
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(...)
b) os LT estabelecidos no Quadro são válidos para jornadas de trabalho de até 48 (quarenta e oito) horas
por semana;
c) para jornadas de trabalho que excederem as 48 (quarenta e oito) horas semanais dever-se-á cumprir
o disposto no art. 60 da CLT102 (licença prévia, exceto para jornadas 12 x 36 h)".
2.28 (AOCP / EBSERH / 2016) Está sendo estudada a prorrogação da jornada de trabalho em atividades
insalubres de um estabelecimento. Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), nas atividades
insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados no capítulo “Da Segurança e da
Medicina do Trabalho”, ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e
Comércio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades
competentes em matéria de
(A) higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação
dos métodos e processos de trabalho de forma direta.
(B) higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação
dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim, solicitando a anuência
da representação de trabalhadores, fazendo o registro na carteira de trabalho.
(C) higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação
dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.
(D) segurança do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames locais e à
verificação dos métodos e processos de trabalho através das autoridades sanitárias federais e estaduais, com
quem entrarão em entendimento para tal fim.
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CLT, Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros mencionados
no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham a ser incluídas por ato do
Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quaisquer prorrogações só poderão ser acordadas mediante
licença prévia das autoridades competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse
efeito, procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho,
quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais ou municipais, com
quem entrarão em entendimento para tal fim.
Parágrafo único. Excetuam-se da exigência de licença prévia as jornadas de doze horas de trabalho
por trinta e seis horas ininterruptas de descanso.
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(E) higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos necessários exames documentais e à
verificação dos métodos e processos de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades
sanitárias federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim. O
deferimento do pedido está condicionado ao cumprimento de todas as Normas Regulamentadoras.
Comentário: mais uma questão explorando a necessidade de licença prévia para prolongamento da jornada
de trabalho semanal em caso de atividades e operações insalubres.
CLT, Art. 60 - Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes dos quadros
mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", ou que neles venham
a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio, quaisquer
prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades
competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, procederão aos
necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos de trabalho, quer
diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias federais, estaduais ou
municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim.
2.29 (AOCP / CESGRANRIO / 2015) O asbesto é um composto químico considerado nocivo encontrando-se
enquadrado na NR 15, Anexo 12 (Limites de tolerância para poeiras minerais). Apesar disso, esse material
ainda existe em diversas construções.
Por esse motivo, o Anexo 12 da NR 15 estabelece que antes de iniciar os trabalhos de remoção e/ou
demolição em local onde exista asbesto, o empregador e/ou contratado, em conjunto com a representação
dos trabalhadores, deverão elaborar um plano de trabalho em que sejam especificadas as medidas a serem
tomadas, inclusive as destinadas a
(B) implementar um sistema de ventilação geral diluidora no ambiente onde haja poeira de asbesto no ar.
Comentário: "No tocante aos trabalhos de remoção e/ou demolição de construções cuja matéria-prima
contém asbesto, destaquem-se que antes de iniciá-los, o empregador e/ou contratado, em conjunto com a
representação dos trabalhadores, devem elaborar um plano de trabalho onde sejam especificadas as
medidas a serem tomadas, inclusive as destinadas a:
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Adicionalmente, sobre os resíduos de asbesto, a Norma também preconiza que o empregador deverá
eliminar os resíduos que contém asbesto, de maneira que não se produza nenhum risco à saúde dos
trabalhadores e da população em geral, de conformidade com as disposições legais previstas pelos órgãos
competentes do meio ambiente e outros que porventura venham a regulamentar a matéria".
Vejam que das medidas trazidas pelas bancas nas alternativas, somente "prever a eliminação dos resíduos
que contenham asbesto" está prevista na Norma, o resto é invenção da banca! Assim, a alternativa C está
correta e é o gabarito da questão.
2.30 (AOCP / EBSERH / 2015) Observe os quadros a seguir elaborados com base nos quadros 1 e 2 do anexo
11 da NR-15.
Quadro nº 1
Quadro nº 2
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Com base nas informações apresentadas, a situação está sob pena de ser considerada situação de risco grave
e iminente?
Comentário: para determinar se a condição representa situação de risco grave e iminente, basta calcular o
Valor Máximo - VM e verificar se o valor obtido foi ultrapassar por alguma das concentrações obtidas (não é
a média em!).
Vejam que esse valor foi ultrapassado pela Amostra 1, logo, a situação é caracterizada como de risco grave
e iminente, pelo que a alternativa B está correta e é o gabarito da questão.
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