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1.1. INTRODUÇÃO 08
1.1.1 Preliminares 08
1.1.2 Noções gerais sobre o comportamento estrutural de aduelas de seção retangular 09
1.1.3 Ações a considerar 11
4
Altura a partir da qual ocorre superposição dos efeitos das rodas dos
hcl
veículos na direção longitudinal
Altura a partir da qual ocorre superposição dos efeitos das rodas dos
hct
veículos na direção transversal
hequ Altura de solo equivalente
hext Altura total da aduela (medida externa)
hl Altura livre da aduela
hp Espessura da parede lateral
hpav Espessura de pavimento
hs Altura de solo sobre a aduela
Coeficiente de empuxo do solo, coeficiente para cálculo de força
k
cortante
ka Coeficiente de empuxo ativo do solo
ko Coeficiente de empuxo em repouso do solo
kr Módulo de reação do solo
ℓ Vão teórico da laje de cobertura
ℓc Comprimento da aduela na direção longitudinal
m Dimensão das mísulas
ph Pressão horizontal
phq Pressão horizontal produzida por sobrecarga na superfície
Pressão horizontal produzida por sobrecarga no nível da laje de
phc
cobertura
phb Pressão horizontal produzida por sobrecarga no nível da laje de fundo
pv Pressão vertical
pvq Pressão vertical produzida por sobrecarga na superfície
q Força distribuída de sobrecarga de tráfego
q' Força distribuída de sobrecarga de tráfego no passeio
qv Força distribuída produzida por veiculo-tipo
qm Resultante das cargas devidas à sobrecarga de tráfego ferroviário
qsup Força uniformemente distribuída aplicada na superfície
qequ Força parcialmente distribuída equivalente
qc Força parcialmente distribuída na superfície
qcm Força parcialmente distribuída propagada até o plano médio da laje
qcp Força parcialmente distribuída propagada
rap Razão de recalque para aduelas em aterro com projeção positiva
Lado do quadrado de área igual ao retângulo de contato da roda no
t
pavimento
5
tp Lado do quadrado propagado até o plano médio da laje de cobertura
y Ordenada
w Abertura de fissuras
z Braço de alavanca
Letras maiúsculas
A Área
As Área da seção transversal da armadura
As,min Área mínima de armadura
As,int Área da armadura mais próxima da face interna
As,ext Área da armadura mais próxima da face externa
Ecs Módulo de elasticidade secante do concreto
Eci Módulo de elasticidade do concreto
Es Módulo de elasticidade do aço
M Momento fletor
N Força normal
Força concentrada ou resultante de força parcialmente distribuída
Q
aplicada na superfície, peso de veículo-tipo
Peso do veículo-tipo menos a resultante da carga q na área de
Qred
projeção do veículo
Qe Força concentrada por eixo de trem- tipo ferroviário
Qr Força aplicada por cada roda de um veículo
V Força cortante
Letras gregas
αe Relação do módulo de elasticidade do aço e do concreto
Coeficiente adimensional
c Coeficiente de minoração da resistência do concreto
s Coeficiente de minoração da resistência do aço
γsolo Peso específico do solo
γpav Peso específico do pavimento
γa Peso específico da água
γf Coeficiente de ponderação das ações
ϕ Coeficiente de impacto
6
ηi Coeficiente de conformação superficial
sd Momento fletor reduzido
ρ Taxa de projeção, taxa geométrica de armadura
σ Tensão normal
σs Tensão na armadura
µ Coeficiente de atrito interno do solo
µ’ Coeficiente de atrito do solo com a parede da vala
φ Ângulo de atrito interno do solo, diâmetro de barra
φ’ Ângulo de atrito do solo com a parede da vala
φo Ângulo de propagação da força parcialmente distribuída no solo
ψ1, fad Coeficiente de combinação frequente de fadiga
ψ1 Coeficiente de combinação frequente
Siglas
ACPA American concrete pipe association
ATHA Asociación española de fabricantes de tubos de hormigón
CBR California bearing ratio
CG Centro de gravidade
CIA Coeficiente de impacto adicional
CIV Coeficiente de impacto vertical
EI Rigidez do elemento
IBTS Instituto brasileiro de tela soldada
NBR Norma brasileira registrada
TSRCA Tubo de seção retangular de concreto armado
7
Capítulo 1
1.1. INTRODUÇÃO
1.1.1 Preliminares
8
Figura 1.1.1 Características geométricas das aduelas de seção retangular.
As aduelas de seção retangular cobertas pela NBR 15396:2017 [11] têm aberturas
variando de 1,0 m x 1,0 m até aberturas de 4,0 m x 4,0 m.
De uma forma geral, as aduelas de seção retangular estão sujeitas a pressões verticais,
como, por exemplo, o peso do solo sobre a aduela, e horizontais, como, por exemplo, o
empuxo do solo nas paredes laterais. As pressões verticais são equilibradas pela reação
do solo na laje de fundo. Na Figura 1.1.2 estão representadas estas pressões, bem como
a reação do solo na base.
9
Figura 1.1.2 Pressões sobre as aduelas de seção retangular
À medida que a altura de solo sobre a galeria for diminuindo, o seu comportamento
passa ser próximo de uma ponte. O efeito da sobrecarga torna-se preponderante e o seu
projeto possui a mesma característica do projeto das pontes. Por exemplo, as armaduras
devem ser verificadas em relação ao estado-limite de fadiga. Desta forma, as aduelas de
seção retangular devem atender as recomendações das estruturas de concreto
estabelecidas na NBR 6118:2014 Projeto de estrutura de concreto [2], bem como as
estabelecidas NBR 7187:2003 Projeto de pontes de concreto armado e protendido [5].
Por outro lado, à medida que a altura de solo sobre a galeria for aumentando, o efeito da
sobrecarga de veículos vai diminuindo, mas pode aparecer efeito significativo de
arqueamento do solo. Este efeito é geralmente considerado no projeto de tubos
circulares. Dependendo da forma que o conduto for instalado, pode haver um
decréscimo do peso do solo sobre o conduto, no caso de condutos em vala, ou um
acréscimo do peso do solo sobre o conduto, no caso de condutos em aterro. Na Figura
1.1.3 está representado este efeito. Este efeito começa a ser significativo quando a altura
de solo sobre o conduto for maior que a sua largura externa (bext).
10
Figura 1.1.3 Efeito de arqueamento em condutos em vala e em condutos em aterro
Ao se fazer uma analogia dos tubos de seção retangular (aduelas) com os tubos de seção
circular, faz se necessário analisar a reação do solo na base do conduto. No caso de
tubos circulares esta reação é bastante influenciada pelo tipo de assentamento, ou seja,
pelo tipo de base, como por ser visto em publicação do IBTS Projeto estrutural de
tubos circulares de concreto armado [13]. Como as aduelas de seção retangular
possuem a base plana, a distribuição das reações do solo é mais favorável, conforme
ilustra a Figura 1.1.4.
Figura 1.1.4 Comparação das reações do solo da base de tubos de seção circular e de
tubos de seção retangular (aduelas)
As ações que podem atuar nos condutos enterrados são: a) peso próprio; b) carga do
solo; c) pressões do fluido dentro do conduto; d) cargas produzidas por sobrecargas na
superfície, em função da natureza do tráfego (rodoviário, ferroviário, aeroviário ou
especial;); e) esforços horizontais devido a sobrecarga (frenagem, aceleração, força
centrifuga, etc.) , f) ações por sobrecargas de construção; g) empuxos horizontal
produzidas pelo solo; h) ações produzidas por equipamento de compactação durante a
execução do aterro; e i) ações produzidas durante o manuseio, o transporte e a
montagem da aduela.
11
1.2. CÁLCULO DAS PRESSÕES PRODUZIDAS PELO SOLO E PELA ÁGUA
As pressões verticais produzidas pelo solo sobre a laje de cobertura são calculadas em
função da altura de solo sobre a aduela (hs) e da espessura de pavimento (hpav),
conforme a Figura 1.2.1, com a expressão:
onde
Pode ser feita uma transformação, calculando a pressão vertical como se fosse apenas
solo com uma altura equivalente de:
pav
hequ hs h pav (2.2)
solo
Na falta de indicações mais precisas, podem ser considerados os seguintes valores para
os pesos específicos:
solo = 18 kN/m3
pav = 24 kN/m3
12
Além da carga do solo, considera-se as ações do peso próprio da aduela, considerando
peso específico do concreto de 25 kN/m3. A pressão vertical da água pode ser
desprezada.
Para solos não coesivos, os coeficientes de empuxo são calculados em função do ângulo
de atrito interno. Os coeficientes de empuxo ativo e de empuxo em repouso podem ser
determinados com as seguintes expressões:
k a tg 2 (45 ) (2.3)
2
k o 1 sen (2.4)
Considerando solo sem coesão e ângulo de atrito interno de 30o, têm-se os seguintes
valores para os coeficientes de empuxo: ka= 0,33 (coeficiente de empuxo ativo) e ko=
0,5 (coeficiente de empuxo em repouso).
Conforme previsto na NBR 7187:2003 [5], devem ser consideradas as situações mais
desfavoráveis. Assim, em geral, considera-se o empuxo ativo quando a carga vertical
for máxima e o empuxo em repouso quando a carga vertical for mínima.
A pressão horizontal do solo, que corresponde ao empuxo do solo nas paredes, pode ser
calculada com a expressão:
13
No caso de galerias de água pluviais, a pressão de água do lado de dentro da galeria
pode ser considerada.
p ha a y a (2.6)
Quando a altura de terra equivalente hequ for menor que bext, este efeito é pouco
significativo. À medida que aumenta a altura de solo sobre a galeria, este efeito passa a
ser importante.
Cabe destacar que essa formulação é mais aproximada para o caso de aduelas do que
para os tubos de seção circular, uma vez que os resultados experimentais da formulação
foram determinados estes últimos.
14
Tanto no caso de condutos em aterro como no caso condutos em vala, na aplicação da
formulação, devem-se empregar os seguintes parâmetros:
Os valores de ka’ e ka podem ser calculados em função das características dos solos.
No entanto, geralmente recorre-se às indicações para projeto fornecidas na Tabela 2.1.
Conforme apresentado nesta tabela, para efeitos práticos pode-se adotar ka = ka’
Tabela 2.1 Valores de ka = ka’ para alguns tipos de solo para a formulação de
Marston-Splangler
A razão de recalque rap poderia ser calculada em função dos recalques do solo e do
deslocamento no topo do conduto, em função da sua deformação. No entanto, devido às
dificuldades de se calcular os recalques do solo, o seu valor pode ser obtido das
indicações sugeridas na Tabela 2.2.
15
Tabela 2.2 Valores indicados para razão de recalque para condutos
de concreto em aterro com projeção positiva
16
1.3. CÁLCULO DAS PRESSÕES PRODUZIDAS POR SOBRECARGAS NA
SUPERFÍCIE
p vq q sup (3.1)
p hq kqsup (3.2)
Será aqui utilizado o valor de 35o indicado pela ATHA [12] e considerada a altura de
solo equivalente. Cabe destacar que desta forma estaria sendo considerado um ângulo
de propagação no pavimento proporcional ao seu peso específico.
17
Figura 1.3.2 Propagação de forças parcialmente distribuídas aplicadas na superfície.
A uma altura hequ do plano que passa pelo topo da aduela, a força Q é distribuída em
uma área:
Q
qcp (3.4)
(a m bm )
sendo
a m (a p hc ) (a 1,4hequ hc )
e
bm (a p hc ) (b 1,4hequ hc )
18
Figura 1.3.3 Distribuição de pressões sobre a aduela devido à força parcialmente
distribuída aplicada na superfície de resultante Q
l a
bcol ,m a m (1 m ) l c (3.5)
2 l
bcol ,v (a m bm ) l c (3.6)
Se largura colaborante for maior que o comprimento da aduela ela deixa de ter
significado. Assim, os valores destas larguras colaborantes são limitados ao
comprimento lc da aduela.
Para calcular os esforços por unidade de largura, a força distribuída equivalente passa
ser considerada com valor (Figura 1.3.4b):
am
q equ q cm (3.7)
bcol
19
Figura 1.3.4 Efeito de força parcialmente distribuída sobre o plano médio da laje de
cobertura.
20
Classe da ponte Peso total do veículo-tipo Força uniformemente distribuída q
(kN) (kN/m2)
TB-450 450 5
TB-240 240 4
Tem-se para as cargas móveis TB-450 e TB-240 um conjunto de três eixos com duas
rodas cada (Figura 1.3.5), o que resulta em seis rodas com o mesmo peso.
Considerando o efeito de três rodas alinhadas igualmente espaçadas de ee, vai ocorrer
uma superposição dos efeitos na direção do eixo da linha dos condutos a partir da
profundidade:
21
E uma superposição na direção perpendicular ao eixo da tubulação a partir da
profundidade:
Fazendo os cálculos com os valores de distância entre de eixos, distância entre rodas de
um mesmo eixo e a dimensões das áreas de contacto da roda no pavimento, fornecidas
na Tabela 3.2, têm-se os seguintes valores:
Se for considerada ainda a propagação até o plano médio da laje de cobertura, estes
valores devem ser acrescidos ainda de hc. Assim, praticamente todos os valores ficariam
abaixo de 1,0 m.
Tendo em vista que os valores estão próximos e que existe uma certa aproximação no
ângulo de propagação, será considerado que:
Neste caso ocorrerá a superposição das forças das rodas. Considera-se uma força
uniformemente distribuída conforme indicado na Figura 1.3.6, sendo que o valor da
carga é calculado com
p vq q q v (3.10)
com
Qred
qv (3.11)
(avei 1,4hequ )(bvei 1,4hequ )
sendo
Sendo Q o peso do veiculo-tipo (450 kN, para o veiculo classe 450, e 240 kN, para o
veiculo classe 240), q a carga distribuída que considera outros veículos mais afastados,
cujo valor é 5 kN/m2 e 4 kN/m2 para TB450 e TB240, respectivamente, e avei e bvei
dimensões em planta do veículo tipo (3,0 m e 6,0 m).
22
Figura 1.3.6 Força uniformemente distribuída devido a carga móvel para hequ maior ou
igual a 1,0 metro
Para esta situação, será considerado o efeito de força parcialmente distribuída. Por
comodidade e por se tratar de uma aproximação empregada no cálculo de lajes de
pontes [18], a área de contacto da roda no pavimento será considerada quadrada de
dimensão:
t a r br (3.13)
Fazendo a propagação da força até o plano médio da laje de cobertura, tem-se a o lado
da área propagada:
A situação mais desfavorável é com uma roda no meio da laje de cobertura, para o
momento fletor, e uma roda junto à mísula próxima do apoio, para força cortante,
conforme indicado na Figura 1.3.7.
O valor da força parcialmente distribuída por unidade de área, no plano médio da laje,
vale:
23
Q/6
q cm (3.15)
t 2p
Figura 1.3.7 Força parcialmente distribuída produzida por carga móvel para hequ menor
que 1,0 metro e ℓ < ee (1,50 m)
Neste caso considera-se também uma roda no meio da laje de cobertura, para o
momento fletor e uma roda junto à mísula próxima do apoio e outra a uma distância ee,
para força cortante, conforme indicado na Figura 1.3.8.
Figura 1.3.8 Força parcialmente distribuída produzida por carga móvel para hequ
menor que 1,0 metro (1,5 m) ee ℓ 2ee + tp (3,0 m + tp)
24
A situação mais desfavorável é com uma roda no meio da laje de cobertura e mais duas
rodas adjacentes, para o momento fletor, e uma roda junto à mísula próxima do apoio e
mais duas adjacentes, para força cortante, conforme se mostra na Figura 1.3.9.
A largura colaborante para o momento fletor para uma roda no meio do vão da laje de
cobertura pode ser calculada como foi visto para uma força parcialmente distribuída.
Assim, conforme é apresentado na Figura 1.3.10, a largura colaborante vale:
l tp
bcol ,m t p (1 ) l c (3.16)
2 l
Figura 1.3.9 Força parcialmente distribuída produzida por carga móvel para hequ
menor que 1,0 metro e ℓ > 2ee + tp (3,0 m + tp)
25
Conforme mostrado na Figura 1.3.11, a largura colaborante para a força cortante é
calculada com a expressão:
bcol ,v 2t p l c (3.17)
NOTA AO USUÁRIO
No software está sendo feita uma simplificação de calcular as forças cortantes, produzidas por forças
parcialmente distribuídas, considerando a laje de cobertura independente do restante da aduela. O seu
efeito é acrescido com as forças cortantes de outras ações na combinação de carregamentos.
p hc k (q qvc ) (3.18)
p hb k (q q vb ) (3.19)
26
Figura 1.3.12 Pressão lateral devido à carga móvel de multidão e de veículo-tipo
com
Qred
q vc (3.20)
(avei 1,4hequ )(bvei 1,4hequ )
e
Qred
q vb (3.21)
(avei 1,4hequ hext )(bvei 1,4hequ hext )
Por se tratar de cargas produzidas por veículos em movimento, as cargas móveis devem
ser multiplicadas por coeficiente de impacto.
Conforme a NBR 7188:2013 [6], para estruturas com vão menor que 10,0 m, que cobre
com folga os casos usuais de aduelas de seção retangular, o coeficiente de impacto
vertical (CIV) vale 1,35.
Admitindo que a redução seja linear até 1,25 m de cobrimento de solo, o coeficiente de
impacto final vale:
27
CIV .CIA. 1, 0
NOTA AO USUÁRIO
No software, o coeficiente de impacto (CIV) e o efeito do cobrimento são levados em conta
automaticamente. No entanto, o emprego do coeficiente de impacto adicional (CIA) fica a cargo do
usuário.
Dentre outros casos de sobrecargas de tráfego, merecem ser registrados os casos das
sobrecargas ferroviárias e aeroviárias.
28
Tabela 3.4 Características dos trens-tipo e forças distribuídas ferroviárias
Desta forma, por exemplo, para os TB 360, 270 e 240 pode-se considerar a locomotiva
como carga parcialmente distribuída em uma área de projeção de b=8,0 m (na direção
do tráfego) por 3,0 m.
No caso de linha de conduto cruzando ferrovia com linha simples, o cálculo do efeito da
sobrecarga pode ser feito com as expressões:
Q qb
q m [ q] (3.22)
(b 1,4hs )
sendo
29
q – força distribuídas dos vagões carregados (kN/m)
b = 8,0 m
480kN
q m [ 120kN / m] (3.23)
(8m 1,4hs )
qm
pvq (3.24)
(3m 1,4hs )
Para uma avaliação preliminar, apresenta-se na Tabela 3.5, o valor da carga pvq em
função da altura de cobrimento fornecido pela ATHA [12].
Procura-se, em geral, planejar a compactação para que o efeito desta ação de caráter
transitório não resulte em situação mais desfavorável que a situação definitiva, para a
qual é projetada a aduela.
Tabela 3.5 Pressão vertical com a profundidade para cargas aeroviárias fornecida pela
ATHA [12]
hs pvq (kN/m2)
(m) Aviões padronizados
30
900 kN 1800 kN 3500 kN
5500 kN 7500 kN
(DC-9) (DC-8) (jumbo)
1,0 98 117,6 132,3 137,2 174
2,0 39,2 68,6 88,2 107,8 117,6
3,0 19,6 39,2 58,8 78,4 88,2
4,0 14,7 24,5 39,2 58,8 78,4
5,0 9,8 19,6 29,4 39,2 53,9
6,0 9,8 14,7 24,5 34,3 39,2
7,0 4,9 9,8 19,6 24,5 34,3
8,0 4,9 9,8 14,7 24,5 29,4
9,0 4,9 9,8 14,7 19,6 24,5
10,0 4,9 9,8 14,7 14,7 19,6
15,0 4,9 4,9 4,9 9,8 14,7
Interpolar para valores intermediários
31
1.4. MODELAGEM E CONSIDERAÇÕES DE CÁLCULO
O valor do módulo de reação do solo deve ser avaliado por especialista. Na falta de
indicações mais precisas, pode-se recorrer aos valores sugeridos na tabela apresentada
em publicação do IBTS Piso industriais de concreto armado [17], transcrita na Tabela
4.1. Naturalmente, pode-se também recorrer a outras recomendações encontradas na
literatura técnica, como, por exemplo, na referência [19].
32
Resistência do kr
CBR (%)
Tipo de solo solo (MPa/m)
O cálculo da estrutura deve ser iterativo, pois, se houver tração nas molas, o cálculo
deve ser refeito retirando aquelas que estiverem tracionadas, uma vez que o solo não
poderá comportar como tal.
NOTA AO USUÁRIO
Os elementos simuladores do solo (molas) são automaticamente retirados pelo software quando ocorrer
tração nos mesmos.
sendo
NOTA AO USUÁRIO
No software, o valor do modulo de elasticidade pode ser calculado automaticamente, conforme
apresentado, ou fornecido pelo usuário.
33
1.4.3 Consideração da não-linearidade física
Esta redução de rigidez pode ser colocada na forma de uma fração da rigidez normal.
( EI ) red ( EI ) (4.3)
Cabe observar que quanto menor o valor de , maior será a redistribuição dos esforços.
Para não considerar este efeito, basta empregar o valor de igual 1.
NOTA AO USUÁRIO
Cabe destacar que o valor do default do software é 1,0 , ou seja, sem considerar redução de rigidez.
O usuário pode escolher outro valor, de acordo com a sua experiência.
Considera-se que as barras estão fissuradas e, portanto, com inércia reduzida, quando a
tensão normal calculada no Estádio I, para a flexo-compressão, for maior que 1,5 vezes
a resistência média de tração, conforme a expressão:
M N
1,5 f ct ,m (4.4)
bh 2 bh
6
onde
M e N momento fletor e força normal na seção considerada
b e h as dimensões da seção transversal da barra
2
f ct ,m 0,3 f ck 3 (em MPa) (4.5)
34
1.5. SITUAÇÕES DE PROJETO E COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO
AÇÕES
Para as verificações dos estados-limites últimos por momento fletor e por força cortante,
consideram-se os coeficientes de ponderação para combinação normal estabelecidos na
NBR 8681:2003 [8], apresentados na tabela 5.1:
Com relação aos valores da Tabela 5.1, vale a pena destacar que a ação da água está
sendo considerada como uma ação truncada, uma vez que o nível de água não poderá
ser maior que a altura da galeria.
Para a determinação das situações críticas, são feitas as análises para as seguintes
combinações:
35
Figura 1.5.1 Carregamento simétrico com pressão vertical máxima e pressão
horizontal mínima
36
Figura 1.5.3 Carregamento simétrico com pressão vertical máxima e pressão
horizontal máxima
Essa verificação deve ser feita após o cálculo da armadura e escolhido diâmetro das
barras.
37
1.6. DIMENSIONAMENTO DA ARMADURA
1.6.1 Concreto
O concreto deve ser dosado para ter características compatíveis com o processo de
execução da aduela e deve ser objeto de controle de qualidade adequado à produção de
componentes pré-fabricados, bem como atender as especificações da NBR 15396:2017
Aduelas (galerias celulares) de concreto armado pré-moldadas – Requisitos e métodos
de ensaios [11].
Naturalmente, os aços para a armação das aduelas devem atender às especificações dos
aços para concreto armado, conforme as normas vigentes sobre o assunto.
Conforme reza a da NBR 15396:2017 [11], o cobrimento interno e externo mínimo das
armaduras deve ser de 30 mm. Tendo em vista as boas condições de controle de
execução, pode-se empregar uma tolerância de posicionamento da armadura de 5 mm.
Assim, resulta um cobrimento nominal de 35 mm. Este valor seria recomendado para
38
situações normais. Naturalmente, em se tratando de aplicações em ambientes com
agressividade forte ou muito forte, o cobrimento deve atender os valores da NBR
6118:2014 [2].
O cálculo da armadura para momentos fletores é feito nas seguintes posições: a) meio
da laje de cobertura, b) canto superior, c) meio da parede lateral d) canto inferior e e)
meio da laje de fundo. Estas posições estão representadas na Figura 1.6.1a.
A altura útil da armadura na laje de cobertura, paredes laterais e laje de fundo pode ser
estimada em função do cobrimento e da bitola das barras da armadura para momento
fletor.
NOTA AO USUÁRIO
No software, a altura útil é calculada com o valor do cobrimento nominal mais 5 mm, o que corresponde a
estimar a bitola do ferro em 10 mm. Se resultar bitola do ferro muito superior, recomenda-se refazer o
processamento com um cobrimento nominal maior, apenas para o ajuste das armaduras.
Nos cantos das galerias, a altura útil da armadura sofre uma significativa mudança,
conforme está mostrado na Figura 1.6.1b. Desta forma, na quina da galeria são
analisadas três seções: seção CSC, seção CSQ e seção CSP. Nas seções CSC e CSP, as
alturas úteis da armadura coincidem com alturas úteis da laje de cobertura e da parede
lateral.
Na seção CSQ, a altura útil dq, para os momentos fletores que tracionam a face interna,
pode ser estimada com a altura total hq, considerando as alturas da mísula, na direção
vertical mv e na direção horizontal mh, e dq’=70 mm.
39
2 2
m m
hq hc v hp h (6.1)
2 2
A armadura nos cantos é a maior das obtidas da análise das três seções.
Figura 1.6.1 Posições para cálculo da armadura e altura útil das seções junto à quina
As telas soldadas dispostas na face interna são retas e as telas soldadas dispostas na face
externa são em forma de U, transpassando nas quinas e se estendo até ¼ do vão da laje
(laje de cobertura, laje de fundo ou parede lateral). Desta forma, as seções de aço nas
quinas correspondem à soma de duas telas.
As barras, quando necessárias, são empregadas na forma reta, na face interna ou face
externa, no meio dos vãos da laje (laje de cobertura, laje fundo ou parede lateral), ou na
forma de L no lado externo dos cantos.
O arranjo da armadura incluiu ainda barras nas faces internas dos cantos, cuja finalidade
seria atender basicamente às situações de manuseio dos elementos pré-moldados.
40
Figura 1.6.2 Arranjo da armadura
Msd
sd (6.2)
b d2 fcd
41
As Tabelas 6.1 e 6.2 fornecem um resumo para os dimensionamentos nos domínios 2 e
3 para aços CA-60 e CA-50 e domínio 4 para aços CA-60 e CA-50, respectivamente.
No cálculo das áreas de aço nas seções especificadas na seção 6.4, adota-se a seguinte
estratégia:
a) cálculo da armadura mínima, nas faces internas e faces externas, no meio dos
vãos das lajes;
b) escolha das telas soldadas para atender a armadura mínima;
c) cálculo da armadura adicional, na face interna, no meio dos vãos;
d) cálculo da armadura adicional externa, nas quinas e no meio dos vãos.
O cálculo das áreas das armaduras adicionais é feito de forma iterativa objetivando
ajustar as armaduras interna e externa a atender às solicitações.
Destaca-se que a armadura mínima calculada com essa equação é ligeiramente maior
que a fornecida pela NBR 6118:2014 [2].
1 Msd 1 Msd
A s,CA 60 Nsd A s,CA 50 Nsd
sd z sd z
sendo sd = fyd,CA-60 = 600/s (MPa) sendo sd = fyd,CA-50 = 500/s (MPa)
42
Tabela 6.2 Resumo para dimensionamento no domínio 4 (Armadura dupla)
para 0,247 < sd ≤ 0,402 para 0,319 < sd ≤ 0,402
sendo sd = fyd,CA-60 = 600/s (MPa) sendo sd = fyd,CA-50 = 500/s (MPa)
1 Msd 1 Msd
A 's,CA 60 A 's,CA 50
'sd d d' 'sd d d'
sendo ’sd variável em função de d’/d. sendo sd = fyd,CA-50 = 500/s (MPa)
Para d’/d=0,1 ’sd = 516//s (MPa).
A verificação da fadiga nessas duas seções deve ser feita com as recomendações da
NBR 6118:2014 [2], que estabelece a seguinte condição:
f Ss f Sd , fad (6.4)
onde
f 1
43
f Sd , fad resistência à fadiga da armadura
Os valores das resistências à fadiga são fornecidos na NBR 6118:2014 [2]. Na falta de
informações mais precisas, pode-se considerar a resistência à fadiga das telas soldadas
iguais às das barras. Tendo em vista que as telas e as barras no meio do vão são retas e
na quina são fortemente curvadas, recomenda-se empregar os seguintes valores:
n
Fd ,uti FGi ,k 1, fad Fqk (6.5)
i 1
As ações permanentes seriam o peso próprio, a terra sobre a aduela e o empuxo de terra.
As ações variáveis seriam as cargas móveis e o empuxo de terra das cargas móveis.
1 fad 0,8
a) No meio do vão:
b) Nas quinas:
44
1 M Sd
s ( 0,35 N Sd ) (6.6)
As 0,9d
onde
M Sd e N Sd momento fletor e força normal na seção considerada
M Sd N
s e ( 2
Sd ) (6.7)
bh bh
6
onde
NOTA AO USUÁRIO
No software, a armadura adicional da fadiga é apresentada separadamente. Naturalmente, no
detalhamento da armadura, o usuário pode fazer os devidos ajustes, levando em conta o efeito da fadiga,
sem separar a armadura adicional da fadiga da armadura -principal.
A verificação da resistência à força cortante deve ser feita para a laje de cobertura, junto
às quinas, nas seções indicadas na Figura 1.6.3.
45
Figura 1.6.3 Posições para verificação da resistência à força cortante e altura útil das
seções junto à quina
Quando a altura equivalente de terra for maior que 1,0 m, as forças cortantes na laje são
calculadas com o esquema estático apresentado na seção 4.
No entanto, quando a altura de terra for menor que 1,0 m, o cálculo da força cortante
devido à carga móvel é feito posicionando adequadamente as cargas de roda e
considerando a laje de cobertura como elemento isolado, conforme apresentado na
seção 3.
A condição que deve ser atendida para que seja prescindida a armadura transversal para
resistir aos esforços de tração oriundos da força cortante, é expressa por:
VSd V Rd 1 (6.8)
onde
De acordo com a NBR 6118:2014 [2], a força cortante resistente de cálculo relativa à
elementos sem armadura transversal para força cortante vale:
onde:
46
Rd 0,25 f ctd (6.10)
f ctk ,inf
f ctd (6.11)
c
As1
1 0,02 (6.12)
bw d
cp N Sd A (6.13)
c
k 1, 6 d 1, 0 (6.14)
NOTA AO USUÁRIO
Embora o arranjo da armadura mostrado na Fig. 6.2 mostre as barras que chegam até o apoio sem ganho
nas extremidades, no software é possível incluir a contribuição dessas barras no cálculo de As1, desde que
o seu detalhamento seja feito adequadamente, normalmente com ganhos a 900.
A força cortante solicitante pode ser reduzida em função da proximidade do apoio. Este
efeito pode ser levando em conta deslocando a seção em que está sendo feita a
verificação de uma distância de d . Quando não houver mísula o valor de vale,
conforme a NBR 6118:2014, 1,0. Nos casos que existe mísula, o valor de pode ser
estimado em 0,5, ou seja, a uma distância de 0,5d do início da mísula (seção CLCM da
Fig. 6.3).
Em que VRd2 é a força cortante resistente de cálculo relativa à ruína das diagonais
comprimidas de concreto, dado por:
com:
47
f
v1 0,7 ck 0,5 (6.17)
200
Caso não seja verificada a resistência à força cortante, sem armadura transversal,
recomenda-se aumentar a espessura da laje ou aumentar a classe do concreto.
Em que Vrd3 é a força resistente de cálculo relativa à ruína por tração diagonal; Vsw é a
parcela de força cortante resistida pela armadura transversal de acordo com o modelo I,
conforme expressão:
A (6.20)
Vsw sw 0,9dfywd
s
M0
Vc Vc0 1 2Vc0 (6.21)
M
Sd,máx
h (6.22)
M0 NSd
6
Sendo que a tensão resistente do aço dos estribos (wd) é considerada igual a 250 MPa
para lajes com espessura de até 15 cm, 435 MPa para lajes com espessura maior que 35
48
cm e para casos de espessura intermediária (15 cm < h < 35 cm) pode-se fazer uma
interpolação linear, conforme recomenda a NBR 6118:2014[2].
NOTA AO USUÁRIO
A verificação à fadiga da armadura transversal para combate à força cortante não está implementada no
software. Cabe ao usuário discernir as situações em que esta verificação é necessária e faze-la
manualmente.
Armadura mínima
Para garantir a ductilidade à ruina por cisalhamento, a NBR 6118:2014 [2] prevê
armadura mínima transversal. Em se tratando de estribos a 900, essa armadura vale:
Asw,mín fctm
0,2 bw (6.24)
s fywk
i si 3 si
wa (6.25)
12,5 i E si f ctm
i si 4
ws ( 45) (6.26)
12,5 i E si ri
onde
1 M Sd
s ( 0,35 N Sd ) (6.27)
As 0,9d
em que
MSdi e NSdi - momento fletor e força normal de correspondentes à
combinação frequente de serviço;
d - altura útil da seção;
As - área da armadura tracionada, por metro linear
Esi - módulo de elasticidade do aço (210 GPa)
Projeto estrutural de galerias e canais com aduelas de concreto pré-moldado
49
ri - taxa geométrica do fio da tela soldada ou da barra, em relação à área Acri
Asi
ri com
Acri
Acri - área do concreto de envolvimento do fio da tela soldada ou da
barra, conforme definido na NBR 6118:2014
Asi - área do fio tracionado da tela soldada ou da barra.
b = 1,5 para tela soldada com fio liso e espaçamento máximo dos fios
longitudinais de 200 mm
b = 1,9 para tela soldada com fio nervurado
Merece ser destacado que, atualmente no Brasil, as telas soldadas só têm sido
produzidas com fio nervurado. Na falta de indicações mais precisas para o valor de i ,
recomenda-se utilizar i 2,25 nas expressões da avaliação da abertura de fissuras, que
corresponde ao caso de barra de alta aderência.
n
Fd ,uti FGi ,k 1 Fqk (6.28)
i 1
As ações permanentes seriam o peso próprio, a terra sobre a aduela e o empuxo de terra.
As ações variáveis seriam as cargas móveis e o empuxo de terra das cargas móveis. A
ação da água também pode ser desprezada nesta verificação.
Considerando que a carga móvel equivale à das pontes rodoviárias, o fator de redução
para a combinação frequente vale:
1 0,5
A NBR 6118:2014 [2] fornece indicação para valores de abertura das fissuras, em
função do Classe de Agressividade Ambiental (CAA). Para as aduelas, salvo situações
de ambiente altamente agressivo, recomenda-se limitar a abertura de fissuras a 0,2 mm.
NOTA AO USUÁRIO
A verificação da abertura de fissuras é feita com as bitolas das barras, escolhidas no próprio software. Se
o usuário mudar, aumentado os diâmetros, deve ser feita uma checagem manual. Para isto, pode-se
recorrer aos resultados fornecidos no relatório.
50
1.6.10 Verificação da situação de manuseio
Definindo a distância diça por onde é feito o içamento, pode-se calcular os momentos
fletores por meio do esquema estático indicado na seção 4, considerando apenas o peso
próprio da aduela. A Figura 1.6.4b o diagrama de momentos fletores.
A partir dos momentos fletores pode-se calcular a armadura nas faces internas dos
cantos e verificar se as armaduras existentes nas outras seções são suficientes.
Tendo em vista que a força de içamento é concentrada, esta armadura deve ser calculada
considerando a largura colaborante.
51
1.7. PARTICULARIDADES DAS OUTRAS SITUAÇÕES
NOTA AO USUÁRIO
Nesta seção são apresentadas as particularidades das outras situações cobertas pelo software: galeria
bipartida (linha simples), as linhas duplas e triplas.
NOTA AO USUÁRIO
O detalhamento da armadura é feito somente quando as articulações estão posicionadas simetricamente
no meio da altura das paredes. Para outros casos, o detalhamento da armadura não foi implementado no
software e poderá ser feito manualmente com base nos resultados dos relatórios.
52
Figura 1.7.2 Modelagem de linhas dupla e linha tripla
NOTA AO USUÁRIO
Recomenda-se ainda que a armação das aduelas em linhas duplas e triplas, feitas com o software, cubra a
mesma situação da galeria simples, ou seja, as armações das galerias duplas e triplas não devem ser
inferiores que à correspondente em linha simples.
As galerias em linhas duplas tendem a concentrar elevadas pressões nos cantos internos.
A Figura 1.7.3 mostra a posição deformada de uma situação típica de galeria dupla, em
escala ampliada, na qual se pode observar este fenômeno.
53
Figura 1.7.3 Deformações das galerias em linha dupla, em escala aumentada
Em função dessa concentração de pressões, podem ocorrer forças cortantes elevadas nas
paredes, junto às quinas superiores. Esses casos de verificação da resistência à força
cortante são mais complexos que na laje de cobertura. Na falta de estudos específicos e
das incertezas envolvidas, recomenda-se empregar a mesma armadura da laje de
cobertura, naturalmente, quando for o caso.
NOTA AO USUÁRIO
No software, quando houver armadura para força cortante na laje de cobertura para esses casos de linhas
duplas e triplas, é indicada colocação da mesma nas paredes internas. Para evitar possível engano na
colocação, é também indicada a mesma armadura nas paredes externa.
54
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
55
17 RODRIGUES, P.P.F.; CASSARO, C.F. Pisos industriais de concreto armado. São
Paulo. IBTS, 2002. 2ed.
18 RUSCH, H. Cálculo da lajes de de pontes rodoviárias. Rio de Janeiro. IME. s.d.
19 VELOSO, D. A.; LOPES, F.R. Fundações. v1. Rio de Janeiro. COPPE-UFRJ,
1996.
20 ZAIDLER, W. Projetos estruturais de tubos enterrados. São Paulo. Pini, 1983.
56
Capítulo 2
As aduelas de seção retangular cobertas pela NBR 15396:2017 [7] têm aberturas
variando de 1,0 m x 1,0 m até aberturas de 4,0 m x 4,0 m.
57
As ações que podem atuar nas aduelas de seção aberta são: a) peso próprio; b) empuxos
laterais produzidos pelo solo; c) pressões de água de dentro para fora e de fora para
dentro do canal; d) empuxos laterais produzidos por sobrecargas na superfície; e)
empuxos laterais produzidos por equipamento de compactação durante a execução do
aterro; e f) ações produzidas durante o manuseio, o transporte e a montagem da aduela.
58
2.2 CÁLCULO DAS PRESSÕES PRODUZIDAS PELO SOLO E PELA ÁGUA
As pressões laterais produzidas pelo solo sobre as paredes da aduela são calculadas em
função da profundidade (y), conforme a Figura 2.2.1, com a expressão:
p( y ) solo yk (2.1)
onde
Para solos não coesivos, os coeficientes de empuxo são calculados em função do ângulo
de atrito interno. Os coeficientes de empuxo ativo ( k a ) e de empuxo em repouso ( k o )
podem ser determinados com as seguintes expressões:
k a tg 2 (45 ) (2.2)
2
59
k o 1 sen (2.3)
Considerando solo sem coesão e ângulo de atrito interno de 30o, têm-se os seguintes
valores para os coeficientes de empuxo: k a 0,33 e ko 0,5 .
Na consideração das pressões de água nas paredes do canal podem-se fazer as seguintes
hipóteses: a) existe sistema de drenagem eficiente junto às paredes externas do canal, e
neste caso, não se considera pressão de água de fora para dentro, e b) não existe esse
sistema de drenagem e, neste caso, deve-se considerar a pressão do solo submerso.
É mais comum fazer o projeto de canais, assim como de muros de arrimo, considerando
a primeira hipótese. Naturalmente, neste caso deve ser feito o sistema de drenagem
junto às paredes externas do canal. Caso contrário, deve-se considerar a segunda
hipótese, que é bem mais desfavorável em relação aos esforços no canal.
A pressão de água de dentro para fora do canal pode ser calculada com a expressão:
p ha a y (2.4)
60
2.2.2 Pressões com terrapleno inclinado
Quando o terrapleno for inclinado, como mostra a Figura 2.2.3, as pressões laterais
produzidas pelo solo sobre as paredes da aduela são obtidas também pela expressão (2.1),
porém por conta da inclinação do terreno, o coeficiente de empuxo do solo leva em
consideração o ângulo de inclinação do terreno adjacente vale, conforme MOLITERNO
[13]:
cos 2 ( ) cos(i )
k (2.5)
[ cos(i ) sen ( i ) sen( ) ]2
onde
61
2.3 CÁLCULO DAS PRESSÕES PRODUZIDAS POR SOBRE CARGAS NA
SUPERFÍCIE
p hq kqsup (3.1)
O efeito de forças parcialmente distribuídas na superfície, como rodas de veículos, pode ser
calculado a partir da integração do efeito de uma força concentrada na superfície.
As pressões laterais produzidas por força concentrada na superfície são mostradas na Figura
2.3.2. Tais pressões podem ser calculadas com as seguintes equações fornecidas por
BOLWES [8].
x y
Definindo m e n , tem-se:
hext hext
Para m 0,4 :
1,77Q m 2 n 2
p( y ) (3.2)
hext ( m n )
2 2 2 3
62
Para m 0,4 :
0,28Q n2
p( y ) (3.3)
hext (0,16 n )
2 2 3
Figura 2.3.2 Pressões laterais produzidas por força concentrada aplicada na superfície
No caso de força parcialmente distribuída Q com área de contacto a x b, a força pode ser
aproximada por nx x ny forças concentradas de intensidade Qi = Q/(nx ny). Com a
formulação apresentada (seção 3.2), o efeito da força Q pode ser calculado pelo somatório
dos efeitos de Qi, como mostra a Figura 2.3.3.
63
Figura 2.3.3 Aproximação de força parcialmente distribuída por somatório de forças
concentradas
No Brasil, as cargas para o projeto de pontes são regulamentas pela NBR-7188:2013 [4],
que define duas cargas móveis de trem tipo rodoviário:
Na Tabela 3.1 apresentam-se o peso do veículo e o valor da força distribuída q para pontes
destinadas ao tráfego TB-450 e TB-240. A força distribuída q leva em consideração a ação
de outros veículos mais afastado das zonas, onde as forças produzem maiores esforços
solicitantes.
64
Tabela 3.2 Características dos veículos-tipo rodoviários
Tem-se para as cargas móveis TB-450 e TB-240 um conjunto de três eixos com duas rodas
cada (Figura 2.3.5), o que resulta em seis rodas com o mesmo peso.
65
0,60 1,2
0,90 1,1
> 0,90 1,0
NOTA AO USUÁRIO
Assim, como para as galerias, está previsto um coeficiente de impacto adicional no software, que fica a
critério do usuário.
NOTA AO USUÁRIO
Na modelagem da estrutura como pórtico plano, as coordenadas dos nós são geradas automaticamente no
software, em função do número de divisões fornecido.
66
2.4.2 Coeficiente de reação do solo
O valor do módulo de reação do solo deve ser avaliado por especialista. Na falta de
indicações mais precisas, pode-se recorrer aos valores sugeridos na tabela apresentada em
publicação do IBTS Piso industriais de concreto armado [14], transcrita na Tabela 4.1.
Naturalmente, pode-se também recorrer a outras recomendações encontradas na literatura
técnica, como, por exemplo, na referência [15].
O cálculo da estrutura deve ser iterativo, pois, se houver tração nas molas, o cálculo deve
ser refeito retirando aquelas que estiverem tracionadas, uma vez que o solo não poderá
comportar-se como tal.
NOTA AO USUÁRIO
Os elementos simuladores do solo (molas) são automaticamente retirados pelo software quando ocorrer tração
nos mesmos.
O módulo de elasticidade do concreto, para o cálculo estático do tubo, pode ser calculado
em função da resistência a compressão do concreto. Para concretos com fck entre 20 MPa e
50 MPa, pode-se empregar a expressão da NBR 6118:2014 [2], apresentada a seguir:
67
Ecs i Eci (4.1)
sendo
NOTA AO USUÁRIO
No software o valor do módulo de elasticidade pode ser calculado automaticamente, conforme apresentado,
ou fornecido pelo usuário.
Para a determinação das solicitações, o efeito da não linearidade física é pouco significativo
no caso de canais.
NOTA AO USUÁRIO
A não-linearidade física não está sendo considerada no software.
68
2.5 SITUAÇÕES DE PROJETO E COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO DAS
AÇÕES
Para as verificações dos estados-limites últimos por momento fletor e por força cortante,
consideram-se os coeficientes de ponderação para combinação normal estabelecidos na
NBR 8681:2003 [5], apresentados na Tabela 5.1:
Com relação aos valores da Tabela 5.1, vale a pena destacar que a água está sendo
considerada como uma ação truncada, uma vez que o nível de água acima da altura do
canal faz com que este tipo de ação, de um lado apenas, deixe de ter sentido.
Para a determinação das situações críticas, são feitas as análises para as seguintes
combinações:
a) Carregamento simétrico com pressão lateral máxima de fora para dentro, considerando
as pressões laterais do solo, de sobrecargas, quando for o caso, e, se não existir sistema
de drenagem, o efeito de água no solo (Figura 2.5.1); o coeficiente de empuxo é o
ativo.
b) Carregamento simétrico com pressão lateral máxima de dentro para fora, considerando
as pressões de água de dentro para fora e das pressões laterais do solo (Figura 2.5.2); o
coeficiente de empuxo é o em repouso.
69
Figura 2.5.1 Carregamento simétrico com pressão lateral máxima de fora para dentro
Figura 2.5.2 Carregamento simétrico com pressão lateral máxima de dentro para fora
Esta verificação deve ser feita após o cálculo da armadura e a escolha do diâmetro das
barras.
70
2.5.3 Situações transitórias (manuseio)
2.6.1 Concreto
O concreto deve ser dosado para ter características compatíveis com o processo de
execução da aduela e deve ser objeto de controle de qualidade adequado à produção de
componentes pré-fabricados, bem como atender as especificações da NBR 15396:2017
Aduelas (galerias celulares) de concreto armado pré-moldadas – Requisitos e métodos de
ensaios [7].
A utilização de tela soldada apresenta uma série de vantagens para a armação das aduelas
de concreto. Entre outras, estas vantagens são:
71
Naturalmente, os aços para a armação das aduelas devem atender às especificações dos
aços para concreto armado, conforme as normas vigentes sobre o assunto.
Conforme reza a da NBR 15396:2017 [7], o cobrimento interno e externo mínimo das
armaduras deve ser de 30 mm. Tendo em vista as boas condições de controle de execução,
pode-se empregar uma tolerância de posicionamento da armadura de 5 mm. Assim, resulta
um cobrimento nominal de 35 mm. Este valor seria recomendado para situações normais.
Naturalmente, em se tratando de aplicações em ambientes com agressividade forte ou muito
forte, o cobrimento deve atender os valores da NBR 6118:2014 [1].
De acordo a NBR 6118: 2014 [1], o dimensionamento e as verificações devem ser feitos
minorando as resistências dos materiais. Os coeficientes de minoração são os especificados
as seguir:
72
O cálculo da armadura para momentos fletores é feito nas seguintes posições: a) meio das
paredes, b) canto inferior e c) meio da laje de fundo. Estas posições estão representadas na
Figura 2.6.1a.
A altura útil da armadura nas paredes e na laje de fundo pode ser estimada em função do
cobrimento e da bitola das barras da armadura para momento fletor.
NOTA AO USUÁRIO
No software, a altura útil é calculada com o valor do cobrimento nominal mais 5 mm, o que corresponde a
estimar a bitola do ferro em 10 mm. Se resultar bitola do ferro muito superior, recomenda-se refazer o
processamento com um cobrimento nominal maior, apenas para o ajuste das armaduras.
Nos cantos das aduelas, a altura útil da armadura sofre uma significativa mudança,
conforme está mostrado na Figura 2.6.1b. Desta forma, na quina da galeria são analisadas
três seções: seção CIF, seção CIQ e seção CIP. Nas seções CIF e CIP, as alturas úteis da
armadura coincidem com alturas úteis da laje de fundo e da parede lateral.
Na seção CIQ, a altura útil dq, para os momentos fletores que tracionam a face interna, pode
ser estimada com a altura total hq, considerando as alturas da mísula na direção vertical mv
e na direção horizontal vertical mh, e dq’ = 70 mm.
2 2
m m
hq hc v hp h (6.1)
2 2
A armadura nos cantos é a maior das obtidas da análise das três seções.
73
Figura 2.6.1 Posições para cálculo da armadura e altura útil das seções junto ao canto
As telas soldadas dispostas na face interna são retas e as telas soldadas dispostas na face
externa são em forma de U e L, transpassando nos cantos e se estendo até ¼ do vão da laje
(laje de fundo ou parede lateral). Desta forma, as seções de aço nos cantos correspondem à
soma de duas telas.
As barras, quando necessárias, são empregadas na forma reta, na face interna ou face
externa, no meio dos vãos da laje (laje de fundo ou parede lateral), ou na forma de L no
lado externo dos cantos. O arranjo da armadura incluiu ainda barras nas faces internas dos
cantos.
74
Figura 2.6.2 Arranjo da armadura
O cálculo da armadura principal das aduelas é feito de acordo com as hipóteses de cálculo
da NBR 6118:2014 [1] para solicitações normais. Este assunto é tratado por um grande
número de publicações sobre o projeto de estruturas de concreto armado.
Msd
sd (6.2)
b d2 fcd
75
As Tabelas 6.1 e 6.2 fornecem um resumo para os dimensionamentos nos domínio 2 e 3
para aços CA-60 e CA-50 e domínio 4 para aços CA-60 e CA-50, respectivamente.
1 Msd 1 Msd
A s,CA 60 Nsd A s,CA 50 Nsd
sd z sd z
sendo sd = fyd,CA-60 = 600/s (MPa) sendo sd = fyd,CA-50 = 500/s (MPa)
para 0,247 < sd ≤ 0,402 para 0,319 < sd ≤ 0,402
sendo sd = fyd,CA-60 = 600/s (MPa) sendo sd = fyd,CA-50 = 500/s (MPa)
1 Msd 1 Msd
A 's,CA 60 A 's,CA 50
'sd d d' 'sd d d'
sendo ’sd variável em função de d’/d. Para sendo sd = fyd,CA-50 = 500/s (MPa)
d’/d=0,1 ’sd = 516//s (MPa).
76
No cálculo das áreas de aço nas seções especificadas na seção 6.4, adota-se a seguinte
estratégia:
e) cálculo da armadura mínima, nas faces internas e faces externas, no meio dos vãos
das lajes;
f) escolha das telas soldadas para atender a armadura mínima;
g) cálculo da armadura adicional, na face interna, no meio dos vãos;
h) cálculo da armadura adicional externa, nas quinas e no meio dos vãos.
O cálculo das áreas das armaduras adicionais é feito de forma iterativa objetivando ajustar
as armaduras interna e externa a atender às solicitações.
Destaca-se que a armadura mínima calculada com essa equação é ligeiramente maior que a
fornecida pela NBR 6118:2014 [1].
A verificação da resistência à força cortante deve ser feita para a laje de fundo, junto às
quinas, nas seções indicadas na Figura 2.6.3.
77
Figura 2.6.3 Posições para verificação da resistência à força cortante e altura útil das
seções junto à quina
A condição que deve ser atendida para que seja prescindida a armadura transversal para
resistir aos esforços de tração oriundos da força cortante, é expressa por:
VSd V Rd 1 (6.4)
onde
De acordo com a NBR 6118:2014 [2], a força cortante resistente de cálculo relativa à
elementos sem armadura transversal para força cortante vale:
onde:
f ctk ,inf
f ctd (6.7)
c
As1
1 0,02 (6.8)
bw d
78
cp N Sd A (6.9)
c
k 1, 6 d 1, 0 (6.10)
A força cortante solicitante pode ser reduzida em função da proximidade do apoio. Este
efeito pode ser levando em conta deslocando a seção em que está sendo feita a verificação
de uma distância de d . Quando não houver mísula o valor de vale, conforme a NBR
6118:2014, 1,0. Nos casos que existe mísula, o valor de pode ser estimado em 0,5, ou
seja, a uma distância de 0,5d do início da mísula (seção CLFM da fig. 6.3).
Em que VRd2 é a força cortante resistente de cálculo relativa à ruína das diagonais
comprimidas de concreto, dado por:
com:
f
v1 0,7 ck 0,5 (6.13)
200
Caso não seja verificada a resistência à força cortante, sem armadura transversal,
recomenda-se aumentar a espessura da laje ou aumentar a classe do concreto.
79
Vsw VSd Vc (6.15)
Em que Vrd3 é a força resistente de cálculo relativa à ruína por tração diagonal; Vsw é a
parcela de foça cortante resistida pela armadura transversal de acordo com o modelo I,
conforme expressão:
A (6.16)
Vsw sw 0,9dfywd
s
M0
Vc Vc0 1 2Vc0 (6.17)
M
Sd,máx
h (6.18)
M0 NSd
6
Sendo que a tensão resistente do aço dos estribos (wd) é considerada igual a 250 MPa para
lajes com espessura de até 15 cm, 435 MPa para lajes com espessura maior que 35 cm e
para casos de espessura intermediária (15 cm < h < 35 cm) pode-se fazer uma interpolação
linear, conforme recomenda a NBR 6118:2014[1].
Armadura mínima
Para garantir a ductilidade à ruina por cisalhamento, a NBR 6118:2014 [1] prevê armadura
mínima transversal. Em se tratando de estribos a 900, essa armadura vale:
Asw,mín fctm
0,2 bw (6.20)
s fywk
80
2.6.8 Verificação do limite de fissuração inaceitável
i si 3 si
wa (6.21)
12,5 i E si f ctm
i si 4
ws ( 45) (6.22)
12,5 i E si ri
onde
1 M Sd
s ( 0,35 N Sd ) (6.23)
As 0,9d
em que
MSdi e NSdi - momento fletor e força normal de correspondentes à
combinação frequente de serviço;
d - altura útil da seção;
As - área da armadura tracionada, por metro linear
Esi - módulo de elasticidade do aço (210 GPa)
ri - taxa geométrica do fio da tela soldada ou da barra, em relação à área Acri
A
ri si com
Acri
Acri - área do concreto de envolvimento do fio da tela soldada ou da barra,
conforme definido na NBR 6118:2014
Asi - área do fio tracionado da tela soldada ou da barra.
b = 1,5 para tela soldada com fio liso e espaçamento máximo dos fios
longitudinais de 200 mm
b = 1,9 para tela soldada com fio nervurado
81
Merece ser destacado que, atualmente no Brasil, as telas soldadas só têm sido produzidas
com fio nervurado. Na falta de indicações mais precisas para o valor de i , recomenda-se
utilizar i 2,25 nas expressões da avaliação da abertura de fissuras, que corresponde ao
caso de barra de alta aderência.
O menor dos valores das duas expressões corresponde à avaliação da abertura de fissura.
n
Fd ,uti FGi ,k 1 Fqk (6.24)
i 1
As ações permanentes seriam o peso próprio, a terra sobre o tubo e o empuxo de terra. As
ações variáveis seriam as cargas móveis e o empuxo de terra das cargas móveis. A ação da
água também pode ser desprezada nesta verificação.
Considerando que a carga móvel equivale à das pontes rodoviárias, o fator de redução para
a combinação frequente vale:
1 0,5
A NBR 6118:2014 [1] fornece indicação para valores de abertura das fissuras, em função
da Classe de Agressividade Ambiental (CAA). Para as aduelas, salvo situações de ambiente
altamente agressivo, recomenda-se limitar a abertura de fissuras a 0,2 mm.
NOTA AO USUÁRIO
No software, a verificação da abertura de fissuras é feita com as bitolas das barras, escolhidas no próprio
software. Se o usuário mudar, aumentado os diâmetros, deve ser feita uma checagem manual. Para isto, pode-
se recorrer aos resultados fornecidos no relatório.
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Figura 2.6.4 Içamento da aduela
O ângulo com que vai ser levantada a aduela tem uma significativa importância no
dimensionamento. Se o ângulo for 90 graus, ou seja, os cabos são verticais, os esforços
introduzidos não são muito elevados. No entanto, à medida que vai diminuindo este ângulo,
vai aparecer uma componente horizontal no ponto de içamento que aumenta
significativamente os momentos fletores nas paredes e no fundo da aduela (Figura 2.6.5).
Recomenda-se não utilizar ângulos menores que 45 graus.
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Figura 2.6.5 Momentos fletores no içamento com ângulo menor que 90º
A partir dos momentos fletores pode-se calcular a armadura nas faces internas dos cantos e
verificar se as armaduras existentes nas outras seções são suficientes.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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