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UFT
PROVA 01
QUESTÃO 01
Assinale a alternativa CORRETA sobre as informações
apresentadas no texto I.
(A) O Brasil é o responsável mundial pelos 54% de
alimentos desperdiçados nas etapas pós-consumo.
(B) O mundo produz comida suficiente para alimentar
toda a população, caso não houvesse 1/3 de
desperdício desses alimentos.
(C) O Brasil é um dos países do mundo que mais
desperdiça alimentos, por essa razão, uma em cada
oito pessoas passam fome no país.
(D) A produção alimentícia no mundo vem caindo,
principalmente, pelo processamento inadequado dos
alimentos.
QUESTÃO 02
Assinale a alternativa INCORRETA sobre o
entendimento de ―insegurança alimentar‖, presente
no 1º e 2º parágrafos, do texto II.
(A) Insuficiência de alimentos para os alunos,
intensificada durante o período de férias.
(B) Privação de alimentos para os alunos,
principalmente, no período de férias.
(C) Ausência de condicionamento adequado dos
alimentos que são servidos na escola, durante o
período de férias.
(D) Falta de alimentação, no período de férias
escolares, em razão de a população mais carente não
ter dinheiro para comprar comida
QUESTÃO 03 II. Os vocábulos passaram por derivação parassintética,
Assinale a alternativa CORRETA sobre as informações com a anexação concomitante de afixos aos
apresentadas no texto II. substantivos.
(A) A insegurança alimentar brasileira cresce, no III. Os vocábulos são formados pelo processo de
período de férias escolares, principalmente, entre derivação, ou seja, quando se obtém uma palavra nova
crianças. (derivada), pela anexação de afixos à palavra primitiva.
(B) A merenda escolar, fornecida no período de férias, IV. Na formação dos vocábulos, ambos sofreram
é composta por pão e bolachas, o que é insuficiente alterações em sua estrutura pelos prefixos, provocadas
para suprir a carência alimentar dos alunos. pelo fenômeno da assimilação.
(C) A escola é responsável pelo fornecimento de
alimentos, nas férias escolares, posto que as famílias, Assinale a alternativa CORRETA.
em situação de vulnerabilidade social, carecem desse (A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
auxílio. (B) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
(D) A pesquisa do IBGE indica que a falta de merenda, (C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
no período de férias, é um dos fatores de evasão (D) Apenas as afirmativas III e IV estão corretas.
escolar das crianças contempladas pelo programa
Bolsa Família.
QUESTÃO 04
Assinale a alternativa CORRETA sobre as informações
apresentadas no texto II.
(A) O salário mínimo de R$ 998,00 é o suficiente para
custear gastos com moradia, saúde, dentre outros,
segundo o Dieese.
(B) A faxineira Marinalva recebe um salário mínimo
para suprir as despesas de quatro integrantes de sua
família.
(C) A renda de R$ 360,00, recebida por cada membro
da família de Marinalva, é suficiente para suprir as
necessidades básicas.
(D) O valor da renda mínima, para suprir os gastos
familiares, estipulado pelo Dieese, é de R$ 4.214,62 e
está muito longe do valor do salário mínimo atual.
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07
Sobre as temáticas retratadas nos textos I e II, assinale No fragmento do romance do escritor angolano
a alternativa CORRETA. Pepetela, Horácio aconselha seus amigos Malongo,
(A) Os textos I e II retratam a fome presente no mundo Vítor e Furtado a lerem o poeta Drummond de
e, mais especificamente, no Brasil. Neste, por exemplo, Andrade.
muitas crianças dependem da merenda escolar para Analise as afirmativas a seguir.
suprir as necessidades alimentares. I. A poesia de Drummond é melhor que a de Camões e
(B) Os textos I e II evidenciam que crianças de todo o de Pessoa.
mundo necessitam de merenda escolar para suprir a II. Há uma aproximação entre a literatura de
carência alimentar vivenciada pelas famílias. Drummond e a realidade angolana.
(C) Os textos I e II comprovam que a insegurança III. Nas escolas portuguesas se estuda a poesia de
alimentar poderia ser sanada, caso houvesse uma Drummond.
política de fornecimento de merenda de qualidade. IV. A poesia de Drummond está sendo usada para
(D) Os textos I e II ratificam a necessidade de uma alfabetizar nas escolas angolanas.
merenda escolar, baseada no reaproveitamento de V. As obras dos literatos brasileiros possuem uma
alimentos desperdiçados. linguagem próxima a dos angolanos nas cidades.
QUESTÃO 08
Os fragmentos das obras de Bernardo Élis e de João
Guimarães Rosa narram, respectivamente, a notícia da
chegada de um viajante e a chegada de outro viajante.
É CORRETO afirmar que os narradores:
(A) descrevem a valentia desses viajantes.
(B) constroem imaginários desses viajantes.
(C) delineiam as características físicas desses viajantes.
(D) explicam as relações entre esses viajantes e o
governo.
Gabarito (uft 2020.1): 1.B 2.C 3.A 4.D 5.A 6.B 7.B 8.B
QUESTÃO 01
Sobre a interpretação do texto, assinale a alternativa
CORRETA.
(A) O autor expõe que opiniões pessoais devem ser
expressas em ambientes acadêmicos em detrimento
de outros, pois as opiniões manifestadas, fora desses
ambientes, podem ferir o princípio da liberdade de
expressão.
(B) O autor analisa a falta de conhecimento dos
professores, quanto aos conceitos presentes no campo
da Ética, principalmente quando utilizam argumentos (D) É de foro íntimo, entendido como verdade
sem fundamentação científica. individual, sem a necessidade de comprovação
(C) O autor procura demonstrar que as pessoas podem científica.
possuir diferentes crenças, mas, para defendê-las,
precisam usar da argumentação e da persuasão. QUESTÃO 05
(D) O autor condena o fato de as pessoas se Quanto à utilização de indicativos de crase, analise as
fundamentarem em argumentos em defesa de um afirmativas.
ponto de vista. I. Em: “[...] à maneira que a filosofia opera há
séculos” (1º parágrafo), a crase é de uso facultativo,
QUESTÃO 02 pois “a maneira” indica locução verbal.
Sobre a interpretação do texto, assinale a alternativa II. Em: “[...] argumentos favoráveis e contrários à
CORRETA. existência de Deus” (1º parágrafo), a crase é
(A) O texto apresenta que os professores brasileiros facultativa, pois há contração da preposição “a” com
devem se valer do uso de crenças e opiniões, em o artigo feminino “a”.
detrimento de argumentos e persuasão. III. Em: “O direito à crença” (2º parágrafo), a crase é
(B) O texto apresenta que um dos alunos sentiu-se obrigatória, devido à contração da preposição “a”
desrespeitado por acreditar que suas crenças estavam com o artigo feminino “a”.
sendo violadas quando o professor expôs conteúdos
vinculados à Filosofia da Religião. Assinale a alternativa CORRETA.
(C) O texto apresenta que a opinião dos alunos deve se (A) Apenas a afirmativa I está correta.
sobrepor à opinião do professor, posto que não cabe (B) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
ao docente discutir temas ligados à Filosofia da (C) Apenas a afirmativa III está correta.
Religião. (D) Todas as afirmativas estão corretas.
(D) O texto apresenta a desobrigação da escola em
promover discussões sobre o uso de métodos que
pertence ao espaço das razões, como argumentação e QUESTÃO 06
persuasão. Considerando-se os dois minicontos, assinale a opção
CORRETA.
QUESTÃO 03 (A) Apresentam situações cotidianas, tendo predileção
Ao longo do texto, o autor faz uso de diversas citações, pelo fluxo de consciência.
destacadas pelos sinais gráficos de aspas. Sobre essa (B) Apresentam um cenário mítico, tendo predileção
utilização, analise as afirmativas a seguir. pela descrição do espaço urbano.
I. Em: “Eu tenho direito às minhas crenças” (1º (C) Apresentam um estilo marcante, tendo predileção
parágrafo), as aspas marcam o discurso direto do pela linguagem concisa e elipses.
aluno. (D) Apresentam uma galeria de personagens
II. Em: “Não creio em bruxas, ainda que existam” (7º estereotipadas, tendo predileção pelo uso de nomes
parágrafo), as aspas marcam a fala de Sancho Pança, próprios.
estabelecendo intertextualidade, ou seja, o diálogo
entre textos. Leia o Capítulo II do romance Quincas Borba, de
III. Em: “[...] passar debaixo de uma escada dá azar” Machado de Assis, para responder a QUESTÃO 07.
(7º parágrafo), as aspas foram usadas para transcrever
um dito popular, com o intuito de exemplificar uma Capítulo II
crença que, de acordo com o autor, não pode ser Que abismo que há entre o espírito e o coração! O
provada. espírito do ex-professor, vexado daquele pensamento,
arrepiou caminho, buscou outro assunto, uma canoa
Assinale a alternativa CORRETA. que ia passando; o coração, porém, deixou-se estar a
(A) Apenas as afirmativas I e II estão corretas. bater de alegria. Que lhe importa a canoa nem o
(B) Apenas as afirmativas I e III estão corretas. canoeiro, que os olhos de Rubião acompanham,
(C) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. arregalados? Ele, coração, vai dizendo que, uma vez
(D) Todas as afirmativas estão corretas. que a mana Piedade tinha de morrer, foi bom que não
casasse; podia vir um filho ou uma filha... – Bonita
canoa! – Antes assim! – Como obedece bem aos remos
QUESTÃO 04 do homem! – O certo é que eles estão no céu!
Assinale a alternativa CORRETA, quanto à definição de Fonte: ASSIS, Machado de. Quincas Borba. São Paulo:
“fato”, de acordo com o texto. Ática, 1988, p. 13.
(A) É algo cuja existência pode ser averiguada pela
observação ou pela consulta a uma fonte confiável. QUESTÃO 07
(B) É um direito evidencial, como acreditar em bruxas. O capítulo apresenta reflexões do ex-professor Rubião
(C) É uma opinião que não necessita de argumentação, sobre o “abismo que há entre o espírito e o
por se tratar de um direito moral. coração”.
É CORRETO afirmar que no capítulo pode ser COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia
observado que: das Letras, 2007, p. 9.
(A) a canoa e o canoeiro são metáforas do narrador e
da personagem, respectivamente. QUESTÃO 09
(B) a voz do narrador se mistura ao pensamento da Observando a passagem do romance, é CORRETO
personagem. afirmar que
(C) não ter filho ou filha é algo bom para o coração e (A) no trecho “Eram cores sujas, tão sujas que tinham
para o espírito. perdido toda a leveza, esquecidas da ousadia de
(D) o coração e o espírito morrem, apesar do abismo levantar asas pelo azul. ”, o narrador utiliza uma
entre eles. linguagem objetiva.
(B) no trecho “Naquele lugar, a guerra tinha morto a
estrada”, o narrador trata da reconstrução de lugares
que passaram por alguma guerra.
(C) no trecho “E os viventes se acostumaram ao chão,
em resignada aprendizagem da morte”, o narrador
descreve o que pode acontecer com as pessoas e
outros seres na guerra.
(D) no trecho “A paisagem se mestiçara de tristezas
nunca vistas (...)”, o narrador retrata um cenário de
esperança futura.
QUESTÃO 08
O excerto do poema traz o descobrimento, inquietação
e questionamento do menino Manoel pela “doença
das frases”.
É CORRETO afirmar que esta doença pode ser lida
como um desvio:
(A) para o menino Manoel que não gostava de ler.
(B) que constrói uma frase saudável errando bem o
idioma.
(C) da língua portuguesa, porque Padre Ezequiel era
professor de gramática.
(D) de caminho que pode render ao menino Manoel as
melhores surpresas e ariticuns maduros.
QUESTÃO 10
A partir da leitura do excerto de Cantoria, é
Leia o fragmento de Terra Sonâmbula, do escritor
INCORRETO afirmar que
moçambicano Mia Couto, para responder a
(A) o título do poema faz alusão ao universo ágrafo
QUESTÃO 09.
dos menestréis nordestinos que cantam repentes e
narram estórias orais.
Naquele lugar, a guerra tinha morto a estrada. Pelos
(B) o poema Cantoria apresenta uma relação intrínseca
caminhos só as hienas se arrastavam, focinhando entre
entre ser e ter e revela a dualidade entre campo e
cinzas e poeiras. A paisagem se mestiçara de tristezas
cidade.
nunca vistas, em cores que se pegavam à boca. Eram
(C) o poema Cantoria apresenta recursos estilísticos
cores sujas, tão sujas que tinham perdido toda a
como rima, ritmo e repetição.
leveza, esquecidas da ousadia de levantar asas pelo
(D) a poeta goiana parte de temas extraídos do
azul. Aqui, o céu se tornara impossível. E os viventes se
cotidiano para criar sua poesia
acostumaram ao chão, em resignada aprendizagem da
morte. (...)
Gabarito (UFT – 2019.1): 1.C 2.B 3.D 4.A 5.C 6.C 7.B 8.B
9.C 10.B
PROVA 03
QUESTÃO 01
Sobre a interpretação do texto I, assinale a alternativa
CORRETA.
(A) O texto discorre sobre empatia, ou seja, a
habilidade de se colocar no lugar do outro,
compreendendo que as pessoas podem ter diferentes
pontos de vista.
(B) O texto discorre sobre os problemas ocasionados
pela ausência de simpatia do povo brasileiro, assim
como as consequências disso para o cenário local e
global.
(C) O texto discorre sobre o egocentrismo e a falta de
amor entre as crianças de hoje, sendo a escola o local
em que esses aspectos são mais evidenciados.
(D) O texto discorre sobre o fato de o Brasil ser um dos
países mais empáticos do mundo, por apresentar
características, como hospitalidade e alegria.
QUESTÃO 02
Sobre empatia (texto I), analise as afirmativas.
I. Empatia é a habilidade do indivíduo de compreender
o sentimento ou a emoção de outra pessoa,
colocando-se no lugar dela.
II. Empatia é um sentimento inato que pode ser
aprendido e transmitido de geração a geração,
independentemente de estímulos externos.
III. Empatia pode ser aprendida ou, ao menos, treinada.
IV. Empatia pode ser desenvolvida por meio do
autoconhecimento, pois o indivíduo precisa
reconhecer nele os mesmos sentimentos do próximo.
QUESTÃO 03
Ainda sobre a interpretação do texto I, assinale a
alternativa CORRETA.
(A) Empatia e dó são considerados sinônimos e podem
ser substituídos um pelo outro no terceiro parágrafo.
(B) Bullying e empatia apresentam uma relação
semântica de sinonímia no primeiro parágrafo.
(C) Intolerância e bullying estão numa relação Sobre a relação existente entre os textos I e II, assinale
semântica de contrariedade no primeiro parágrafo. a alternativa INCORRETA.
(D) Dó e simpatia podem estar em uma relação (A) No Texto I, o autor afirma que empatia é a
semântica de sinonímia no terceiro parágrafo. habilidade que envolve a compreensão dos
sentimentos do outro. Esse fato pode ser evidenciado,
principalmente, nos 2º e 3º quadrinhos do Texto II, por
QUESTÃO 04 meio da fala da personagem.
Sobre as situações e os projetos apresentados no texto (B) No Texto I, o autor expõe que empatia pode ser
I para se trabalhar a empatia, assinale a alternativa aprendida pelas crianças, com o apoio dos adultos,
INCORRETA. conforme o exemplo de Helena. Esse fato também
(A) A partir de uma experiência em sala de aula, a ONG pode ser percebido no Texto II, no 4º quadrinho.
americana Roots of Empathy (Raízes da Empatia) (C) No Texto I, a construção argumentativa do autor se
percebeu que as crianças podem ser capazes de baseia na discussão dos sentimentos empatia e dó.
desenvolver princípios de solidariedade e de empatia. Isso pode ser percebido nos quadrinhos por meio da
(B) A ONG americana Roots of Empathy (Raízes da fala da personagem: “e se perceber na realidade do
Empatia) percebeu que o individualismo, inerente às outro”.
crianças na primeira infância, impede-as de vivenciar o (D) No Texto I, o autor expõe que empatia envolve o
sentimento de coletividade, por conseguinte, o de autoconhecimento, ou seja, o fato de o indivíduo se
empatia. reconhecer no outro. No Texto II, verifica-se contexto
(C) A experiência de Helena, 3 anos, demonstra como semelhante presente nos dizeres: “até ser capaz de
as crianças podem se tornar colaborativas, sentir o que o outro sente”.
preocupadas com o meio ambiente e abertas a novas
experiências.
(D) O presente recebido por Helena, 3 anos, evidencia
o sentimento de cooperação e coletividade existente
entre os colegas de sala; com essas atitudes, as
crianças podem aprender a ser menos egoístas.
QUESTÃO 05 QUESTÃO 07
Sobre o texto II, assinale a alternativa INCORRETA. Sobre o fragmento, é INCORRETO afirmar que o eu-
(A) O uso dos verbos no infinitivo, “Abandonar” e lírico:
“Abrir” (1º quadrinho), exprime a ideia das ações (A) utiliza antítese para marcar sua relação conturbada
que devem ser desempenhadas para se chegar ao com a cidade como em “na da Saúde adoeço”.
sentimento da empatia. (B) apresenta sensação olfativa para expor seus
(B) No enunciado: “...E se perceber na realidade do sentidos como em “na do Alecrim me perfumo”.
outro...”, os termos destacados podem ser (C) recorre a verso longo para detalhar sua emoção
substituídos, sem prejuízo de sentido, por “se como em “Na Rua Direita erro”.
compreender”. (D) emprega elipse para suprimir “Rua” como em
(C) O elemento “até” (3º quadrinho) pode indicar “Na do Desterro me encontro”.
um argumento mais forte em relação ao sentido de
vivenciar a empatia.
(D) No enunciado: “Empatia, filho...”, o termo
destacado é uma palavra que explica ou esclarece o
termo anterior da oração.
QUESTÃO 06
Leia o fragmento de Quarto de despejo, de Carolina
Maria de Jesus, e observe a imagem para responder a
QUESTÃO 10.
QUESTÃO 08
O eu-lírico apresenta percepções em relação àquilo
que observa. É CORRETO afirmar que tais percepções
podem ser vistas como uma
(A) possibilidade de aproximação com o outro, como
em “do que sentimos/ de preferência juntos”.
(B) desconexão biológica mundial, como em “a
sinapse ganha o mundo/ em novos neurônios”.
(C) promoção da beleza e da prosperidade, como em QUESTÃO 10
“não somos do tamanho/ do corpo ou do muro”. Em relação ao fragmento do romance de Carolina
(D) concordância com as aparências dos eventos, como Maria de Jesus e à imagem, é CORRETO afirmar que
em “versus sua rainha/ que pagava para ser vista”. ambos:
(A) apresentam situações de desigualdade social e
segregação espacial.
(B) exibem um contraponto entre um cenário
campestre e um citadino.
Leia o fragmento do início da parte II de O tronco, do
(C) expõem as relações harmoniosas e o ambiente
goiano Bernardo Élis, para responder a QUESTÃO 09.
lúdico das cidades.
(D) elogiam a organização social e a arquitetura
(...) O sertão é triste e feio em julho, as queimadas
urbana.
borrando o céu de fumaça, a vegetação já amarelecida,
crestada pelo sol e pelo fogo, as árvores despidas de
suas folhas pelo rigor da seca. Pelos ermos e Gabarito (UFT 2019.2): 1.A 2.C 3.D 4.B 5.D 6.C 7.C 8.A
descampados o vento galopa seu febrento bafo de 9.B 10.A
morte, arrastando folhas secas, levantando a poeira
fina, erguendo-a nos espaços em funis de
redemunhos. (...)
Fonte: ÉLIS, Bernardo. O tronco. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2008, p. 61.
QUESTÃO 09
De acordo com o fragmento de O tronco, é CORRETO
afirmar que o autor apresenta
(A) um ambiente estéril, com uso de onomatopeia.
(B) um cenário árido, com uso de linguagem poética.
(C) um espaço hostil, com uso de linguagem científica.
(D) uma paisagem agressiva, com uso de
metalinguagem.
PROVA 04
QUESTÃO 01
Sobre a interpretação do texto, assinale a alternativa
CORRETA.
(A) O autor do texto defende a utilização do slogan
midiático“Somos todos macacos”, pois acredita que
a ciência já comprovou, por meio da teoria de Darwin,
que os humanos são, em essência, mamíferos e
primatas, assim como os macacos.
(B) O autor acredita que o racismo não deve ser
combatido com apelos midiáticos, mas o agressor
deve ser rigorosamente punido. Além disso, deve-se
adotar, nas várias esferas educacionais, uma política
antirracismo.
(C) O autor crê que a mídia tem papel fundamental em
desmistificar o racismo, sobretudo por meio de ações
educativas envolvendo artistas e políticos.
(D) O autor supõe que o racismo tem raízes históricas
e que 126 anos de Abolição são suficientes para a
conscientização da população.
(E) O autor recomenda que o Brasil crie Artigos de lei
que criminalizem o racismo, ainda não existentes na
Constituição Brasileira.
QUESTÃO 02
Sobre o excerto “Trata-se, porém, do velho "jeitinho
brasileiro", o deixa para lá com que estamos
acostumados a empurrar historicamente para debaixo
do tapete [...]”, presente no segundo parágrafo,
marque a alternativa CORRETA quanto à utilização da
expressão ‘jeitinho brasileiro’.
(A) O uso da expressão ‘jeitinho brasileiro’
enobrece, por parte do autor do texto, a ironia com
que os atletas lidam com questões racistas dentro e
fora do campo.
(B) A expressão foi usada para demonstrar afetividade, utilização de adjetivos e pelo relato dos fatos de forma
recurso comum na língua portuguesa, constituído a objetiva.
partir da inserção do formador de diminutivo – inho ao
substantivo ‘jeito’.
(C) A expressão foi utilizada pelo autor para
demonstrar o preparo e a flexibilidade com que o povo
brasileiro tem tratado episódios racistas.
(D) A expressão foi utilizada pelo autor para ilustrar a
maneira brasileira de protelar discussões polêmicas, tal
como o racismo, presentes na sociedade.
(E) O uso da expressão denota no texto que cada
pessoa tem um jeito individual, próprio, de tratar um
assunto polêmico.
QUESTÃO 03
Sobre os aspectos gramaticais e seus respectivos
contextos, analise as afirmativas.
I. A utilização dos verbos ‘ser’ e ‘dever’ na
primeira pessoa do plural denota que o autor insere-se QUESTÃO 05
no discurso (terceiro parágrafo). Assinale a alternativa CORRETA em relação à
II. Em ‘trata-se’, a partícula ‘se’ atua como interpretação do texto.
conjunção subordinativa integrante, pois introduz uma (A) O texto demonstra que sem o uso do celular é
oração subordinada substantiva (segundo parágrafo). impossível haver comunicação entre as pessoas.
III. Em “limitar às vitimas’ e ‘da pré-escola às (B) O texto evidencia uma crítica à dependência dos
universidades”, a utilização da crase é facultativa ( 12º celulares, principalmente por parte dos jovens.
parágrafo). (C) O uso das tecnologias é obrigatório para que haja
IV. Em “Os aplausos ao gesto, porém, não refletem a comunicação entre pais e filhos.
gravidade do problema”, a conjunção grifada pode (D) O texto descreve o desespero de uma jovem ao
ser suprimida, sem causar prejuízos de sentido ao perceber que terá que se comunicar face a face com
excerto sua mãe.
(11º parágrafo). (E) A única preocupação da jovem é não poder falar
face a face com a mãe.
Marque a alternativa CORRETA.
(A) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. QUESTÃO 06
(B) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. Assinale a alternativa CORRETA correspondente à
(C) Somente as afirmativas I e IV estão corretas. função da linguagem predominante no excerto: “Meu
(D) Somente as afirmativas II e III estão corretas. Deus!!”; “É o fim!! É o fim!!!”
(E) Todas as afirmativas estão corretas. (A) Função poética, pois evidencia um modo não
habitual de expressão e que comumente é utilizado
QUESTÃO 04 pelos jovens; trata-se de uma forma rebuscada de
Quanto ao texto “Não, não somos macacos. Somos transmitir a mensagem.
humanos!”, marque a alternativa CORRETA. (B) Função metalinguística, uma vez que a personagem
(A) O texto é predominantemente dissertativo- tem por objetivo explicar a fragilidade de suas
argumentativo, pois há, por parte do autor, a defesa de emoções ao receptor.
um ponto de vista, por meio de argumentação e de (C) Função fática, haja vista que sua utilização tem por
persuasão. finalidade predominante o estabelecimento de um
(B) O texto é predominantemente dissertativo- contato com o leitor.
expositivo, uma vez que expõe um saber teórico já (D) Função conativa, pois ilustra um apelo da
consolidado na sociedade. Sua principal função é personagem, cuja finalidade é influenciar o leitor sobre
esclarecer. a necessidade de haver uma relação mais próxima
(C) O texto é predominantemente injuntivo, pois utiliza entre pais e filhos.
linguagem simples e objetiva, com verbos que indicam (E) Função emotiva, uma vez que sua predominância é
como realizar uma ação. evidenciada pelas emoções expressas na fala da
(D) O texto é predominantemente narrativo, pois há a personagem, as quais são intensificadas pelo uso de
intenção de narrar um fato ocorrido em determinado exclamações.
local; há a presença de personagens e os verbos estão
conjugados no passado.
(E) O texto é predominantemente descritivo, pela
ampla
IAD (Internetddiction Disorder), ou seja, distúrbio da
dependência em internet.
(B) A autora demarca que 10% dos brasileiros são
viciados digitais e que não há opções de tratamento.
(C) Segundo dados da Serasa Experianos, internautas
do
Reino Unido e dos EUA passam mais tempo no
YouTube, no Twitter e no Facebook do que os
brasileiros, sendo que as atividades digitais são
impulsionadas pelo número crescente de venda de
computadores.
(D) Segundo o texto, a assistência aos dependentes
ainda não ocorre no Brasil, sendo praticada apenas no
exterior por meio de terapia, remédios e bloqueio de
sites.
(E) Não existem certezas ainda em relação às causas e
aos transtornos ocasionados pela dependência digital.
De acordo com o texto, a única certeza é de que a
humanidade não se aprofundará em nada (sexto
parágrafo).
QUESTÃO 08
Considerando-se o poema e o fragmento do conto
apresentados, marque a alternativa CORRETA.
(A) Tanto no poema de Adélia Prado quanto no conto
de Clarice Lispector, o ovo se mostra como algo sem
valor, revelado em sua realidade prática de alimento.
(B) No poema de Adélia Prado, o ovo da páscoa é
metáfora do nascimento de Cristo, enquanto no conto
QUESTÃO 07 de Clarice Lispector é símbolo da insignificância das
A partir dos argumentos apresentados pela autora do galinhas.
texto sobre a dependência digital, é CORRETO afirmar. (C) No poema de Adélia Prado e no conto de Clarice
(A) A autora afirma que há, no Brasil e no mundo, Lispector, o ovo não é mero objeto, pois, revestido de
viciados digitais, destacando, no início do texto, relatos um caráter poético, é caminho para reflexões sobre o
de indivíduos, para comprovar tal realidade. Tais mistério da existência.
sujeitos são portadores de um transtorno denominado
(D) Adélia Prado e Clarice Lispector revelam os indicando o desrespeito que este gesto representa em
mesmos aspectos que fazem do ovo uma realidade relação aos grandes poetas da nação.
estranha e banal: a casca frágil, a cor, a condição de Leia o poema a seguir para responder a QUESTÃO 10
alimento.
(E) Apesar de recorrente, a imagem do ovo não é
central nos textos apresentados, pois o que se destaca
no poema de Adélia Prado é a reflexão sobre a morte e
no conto de Clarice Lispector, a reflexão sobre a
utilidade da galinha.
QUESTÃO 10
Avalie as afirmativas a seguir.
I. Um dos recursos poéticos utilizados por Adélia
Prado,
para intensificar os sentidos do roxo, é a sinestesia,
explorando da cor as sensações e formas.
II. É essencialmente negativa a imagem que o eu-lírico
recria da cor, uma vez que o roxo é associado à tristeza
e à morte, do que a paixão de Cristo é exemplar.
III. O poema possui uma estrutura regular, uma vez
que todos os versos são decassílabos, e apresenta o
conflito existencial provocado pela cor preferida do
eu-lírico.
IV. Explorando as múltiplas sensações e emoções que
o roxo provoca, o eu-lírico também explora as
possibilidades da linguagem, criando neologismos
como “roxeamar”.
Marque a alternativa CORRETA.
QUESTÃO 09 (A) Somente as afirmativas I e IV estão corretas.
A partir da leitura da crônica de Olavo Bilac, publicada (B) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
no jornal Gazeta de Notícias, em 10 de Agosto de (C) Somente a alternativa III está correta.
1900, é CORRETO afirmar. (D) Todas as afirmativas estão incorretas.
(A) Olavo Bilac, poeta parnasiano, retoma de forma (E) Todas as afirmativas estão corretas.
irônica, a partir da metáfora do busto, o excesso de
sentimentalismo do poeta Gonçalves Dias, Gabarito (UFT – 2014.1): 1.b 2.d 3.c 4.a 5.b 6.e 7ª. 8.c
representante do Romantismo no Brasil. 9.b 10.a
(B) Ao escrever sobre o busto, Olavo Bilac mantém o
caráter de prosa curta do cotidiano, próprio da crônica,
mas não deixa de lhe acrescentar traços poéticos que
se tornam também homenagem poética a Gonçalves
Dias.
(C) Representante maior do Parnasianismo no Brasil,
Olavo Bilac contrapõe-se à inauguração do busto de
um poeta representante do Romantismo, tratando de
forma irônica o busto a se transformar em banco para
namoros.
(D) No fragmento citado, a objetividade, a clareza, a
preocupação com datas e dados históricos são
características que aproximam a crônica mais do
discurso científico que literário.
(E) O poeta Olavo Bilac, ao mencionar os namoros
próximos aos bustos, faz uma crítica à população,
2 - Há balões com números, identificando cada pessoa
apresentada na imagem. Ao estabelecer relações entre
os números dentro dos balões e o título da charge,
pode-se afirmar que:
UNITINS
I - A identificação de “fome” de cada um dos
PROVA 01 miseráveis, apresentada na charge, faz analogia
com as diferentes versões de programas de
Analise a charge “O Brasil e a revolução digital”,
computador (1.0, 1.8, 2.0, 2.1).
de Angeli, para responder às questões de 31 a 33:
II - Os números dentro dos balões referem-se à
idade das pessoas.
III - O chargista relaciona a revolução digital, no
Brasil, aos diferentes avanços da fome no país.
IV - Assim como as versões mais atualizadas de
computador têm uma numeração mais alta, o
chargista adota a relação entre a idade das pessoas
e o número que aparece dentro dos balões e
apresenta “novas versões” da fome na família
retratada.
Após análise das assertivas, pode-se afirmar que:
A. Apenas II, III e IV estão corretas.
B. Apenas I, II e IV estão corretas.
C. Apenas I e II estão corretas.
D. Apenas II e IV estão corretas.
E. Apenas I, III e IV estão corretas.
1 - Leia as afirmativas a seguir: 3 - Por que a imagem das pessoas retratadas na
charge provoca estranhamento ao ser associada ao
Acerca do contexto da charge, analise as
título apresentado?
informações a seguir, observando se contribuem
para o seu melhor entendimento. A. Porque são pessoas que têm conhecimentos
na área de informática ou avanços
I - O título da charge de Angeli remete ao acesso
tecnológicos, mas preferem viver de maneira
de todas as pessoas aos recursos tecnológicos e
alternativa.
digitais.
B. Porque as pessoas são mal vestidas e têm
II - O local em que a família se encontra (embaixo
conhecimento na área de informática.
de um viaduto ou ponte) combina com o animal
que aparece na cena. C. Porque as pessoas representam a ousadia
de brasileiros favorecidos.
III - A imagem de membros de uma família de
miseráveis que pedem esmolas contrasta com as D. Porque as pessoas retratadas são miseráveis
roupas velhas e esfarrapadas que utilizam. que pedem esmolas e simbolizam a miséria
de brasileiros desfavorecidos, o que difere
IV - A charge expõe a miséria de parte da
do título.
população e mostra que resolver o problema da
fome é mais urgente e mais importante do que a E. Porque, apesar de retratar o avanço da fome
inclusão digital. no país, as pessoas adquirem produtos de
alta tecnologia.
Gabarito (UNITINS 2020.1 PARAÍSO): 1.B 2.E 3.D 4.A 5.C 1 - Sobre estrutura sintática e formas nominais de
6. A 7.C 8.A 9.B 10.B verbos, a partir do texto de Letícia Mori, assinale a
alternativa correta.
A) Na afirmação “Desde o ano passado, a
PROVA 02 Polícia Federal investiga as causas do
incêndio”, em relação à estrutura sintática, os
Texto para responder às questões 1 e 2:
trechos sublinhados são, respectivamente,
Impunidade: Incêndio no Museu Nacional, Rio de adjunto adverbial de tempo e objeto direto.
Janeiro
B) No trecho “há décadas, as universidades
Autora: Letícia Mori, da BBC News Brasil, publicado em
federais do país vêm denunciando o tratamento
18 fevereiro de 2019.
conferido ao patrimônio das instituições
Três meses após completar 200 anos, o Museu universitárias brasileiras e a falta de
Nacional, no Rio de Janeiro, foi consumido por um financiamento adequado”, a expressão
incêndio devastador que danificou seu acervo de 20 destacada funciona como predicado nominal.
milhões de itens. O museu tinha o maior acervo de
C) Na afirmação, “alertas sobre risco de fogo e
antropologia e história natural do Brasil e um dos
outros problemas estruturais começaram há
maiores da América Latina, e ainda não existe número
mais de uma década”, o trecho em destaque
oficial de quantas peças foram destruídas.
pode ser substituído por “fazem mais de dez
Em fevereiro de 2019, o museu abriu as portas para anos”.
que fotógrafos registrassem o que sobrou da estrutura.
D) No excerto “até agora, cerca de 2 mil itens
Cheio de escombros, marcas de fogo, barras de ferro
foram recuperados, entre eles os fragmentos do
retorcidas e paredes desmoronadas, o museu se
crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo já
tornou um campo de “garimpo”. Equipes técnicas
encontrado no Brasil, com 11,3 mil anos”, o
da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que
verbo do trecho destacado está na forma
administra a instituição, trabalham em contêineres
infinitiva.
instalados próximos ao museu a fim de recuperar
peças, catalogá-las e levá-las para uma área de E) Em “com a repercussão da tragédia, o museu
armazenamento da UFRJ. Até agora, cerca de 2 mil conseguiu um investimento de R$ 85 milhões de
itens foram recuperados, entre eles os fragmentos do diferentes fontes para recuperar o prédio e o
crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo já acervo”, o trecho em destaque funciona como
encontrado no Brasil, com 11,3 mil anos. Alertas sobre sujeito.
risco de fogo e outros problemas estruturais
começaram há mais de uma década.
2 - Sobre períodos elaborados por coordenação e/ou
Desde o ano passado, a Polícia Federal investiga as subordinação, avalie as asserções do texto de Letícia
causas do incêndio – a instituição diz que aguarda a Mori.
liberação do laudo técnico da perícia. [...] Alertas sobre
risco de fogo e outros problemas estruturais I - No excerto “o museu tinha o maior acervo de
começaram há mais de uma década. Como as antropologia e história natural do Brasil e um dos
investigações ainda estão em andamento, ninguém foi maiores da América Latina”, o trecho em destaque
responsabilizado pelo episódio, e o caso deve demorar é um período composto por coordenação sindética
aditiva.
II - Em “o museu abriu as portas para que sobre questões ambientes relevantes para a vida de
fotógrafos registrassem o que sobrou da todas as pessoas do planeta. Ao questionar,
estrutura”, o fragmento destacado é uma oração Armandinho evidencia que há relação de
subordinada que indica sentido de finalidade. consequência entre desmatamento e falta de água.
III - O excerto “o museu conseguiu investimento,
mas a maior parte do dinheiro ainda não está É correto o que se afirma em
disponível”, é um período composto por
coordenação sindética adversativa. A) II apenas.
6- Sobre o fragmento do romance de Ignácio de IV - No trecho “me avisaram que o senhor não
Loyola Brandão, analise as asserções a seguir. trabalha mais aqui. Deram ordens para não deixá-lo
subir”, os verbos sem sujeito determinado indicam
I - O autor recorre à variante coloquial para tornar o que o funcionário não sabe o nome de quem
texto próximo à conversa cujo objetivo é aproximar avisou e deu ordem.
o narrador-personagem do leitor.
V - Ao ser barrado no elevador e dizer que “e eu vi
II - O excerto apresenta discurso direto e indireto. milhares de rostos aterrados me contemplando”,
III - No trecho “se ao menos fosse chuva. Fico com evidencia que o personagem é uma pessoa ruim
a boca seca de pensar na possibilidade de uma que realmente deve ser banida por ter culpa no
chuva. Uma garoinha leve que molhasse tudo, desencadeamento da falta de chuva.
umedecesse a terra, me encharcasse”, a flexão
verbal no subjuntivo, em destaque, revela que a
chuva é uma possibilidade distante que frustra o É correto o que se afirma em:
personagem. A) I e II, apenas. D) III, IV e V, apenas.
B) I e IV, apenas. E) I, II, III, IV e V.
C) II, III e IV, apenas.
Texto para responder à questão 8
Órfã
PROVA 03
Não adianta fugir dessa realidade
Quando te trazem aos braços Leia atentamente a charge a seguir para responder as
questões 1 e 2.
Uma criança que nem dois anos completos
tem Disponível
E tua boca que gargalhadas davam
Ao sabor do álcool
Se cala
E emudece de vez
E te desarma
É uma criança faminta
Doente
Órfã de pais
Órfã de país.
POTIGUARA, Eliane. “Órfã”. In: Metade cara, metade máscara.
Lorena: DM, 2018, p. 35.
8- A partir do poema, “Órfã”, de Eliane Potiguara, 1- Levando em consideração o contexto social no qual
poetisa indígena, e de conhecimentos pessoais sobre o Brasil encontra-se e a função da charge em revistas e
problemas sociais brasileiros, analise as asserções a jornais de grande circulação, identifique o recurso
seguir. E assinale a alternativa correta. linguístico expresso no texto, assinalando uma das
A) O eu-lírico do poema de Eliane Potiguara alternativas a seguir.
evidencia a luta em favor de condições melhores
para as crianças indígenas sofredoras. E os a) Ironia, pois o assaltante fala como se fosse um
índios são suficientemente fortes, por isso cidadão comum com medo de bandidos, com
conseguem resolver seus próprios problemas, intenção crítica.
sozinhos. b) Metalinguagem, pois na fala do assaltante há
B) O poema chama a atenção para crianças uma referência à sua própria linguagem coloquial.
indígenas que são marginalizadas pela própria c) Eufemismo, o assaltante evita utilizar palavras ou
sociedade brasileira que vê as comunidades expressões que considera desagradáveis.
tradicionais indígenas de forma preconceituosa.
d) Prosopopeia, que tem a função de personificar
Da gargalhada ao emudecimento da tes-
coisas inanimadas. O assaltante dá vida à arma que
temunha/interlocutor revela a gravidade da
carrega.
situação de desamparo da órfã.
e) Pleonasmo, pois o assaltante exagera ao ter
C) O trecho “e te desarma” refere-se a uma
medo de assaltar em um lugar que não tem
arma que o interlocutor tem no momento em
policiamento.
que a criança é apresentada nos braços de
alguém.
D) O eu-lírico, indignado, se dirige a uma 2- O assaltante se expressa por meio de duas frases
terceira pessoa para reclamar acerca da criança interligadas: “Neste lugar eu não assalto. Não tem
doente, faminta e sem família. policiamento, é muito perigoso”. Para que haja
coesão textual, temos um tipo de sequenciação de
E) Os últimos versos do poema, “órfãs de pais/
frases por encadeamento. Assinale a assertiva que
órfãs de país”, configura repetição de palavras
nomeia esse processo coesivo.
iguais e do mesmo valor semântico. O objetivo é
promover musicalidade para a beleza rítmica do a) Referencial
texto poético. b) Conexão
c) Justaposição
Gabarito (UNITINS 2020.1): 1.A 2.D 3.C 4.B d) Substituição vocabular
5.CANCELADA 6.E 7.A 8.B
e) Pronominação c) Ele fica fraco, e não dá conta de bombear
sangue do jeito certo. Hoje não existe – ainda –
uma forma de reverter o problema.
O texto a seguir foi retirado da Revista Exame e servirá
de base para as respostas das questões 3 , 4 e 5. d) Mas um novo estudo apostou em transformar
células-tronco humanas em novos cardiomiócitos,
Células-tronco regeneram coração de macacos
as células do músculo cardíaco.
A insuficiência cardíaca é uma das principais causas de
morte ao redor do mundo. Um ataque cardíaco, mes- e) Deu certo: a técnica recuperou até 90% da
mo que não seja fatal, pode trazer danos permanentes função cardíaca dos animais – e até diminuiu as
ao músculo do coração. Ele fica fraco, e não dá conta cicatrizes internas deixadas pelo infarto.
de bombear sangue do jeito certo. Hoje não existe – 5- No período: “Um ataque cardíaco, mesmo que
ainda – uma forma de reverter o problema. Mas um não seja fatal, pode trazer danos permanentes ao
novo estudo apostou em transformar células-tronco músculo do coração”, a função sintática da oração
humanas em novos cardiomiócitos, as células do em destaque é:
músculo cardíaco. E injetaram tudo direto no coração
de macacos infartados. Deu certo: a técnica recuperou a) subordinada adverbial concessiva.
até 90% da função cardíaca dos animais – e até b) subordinada substantiva objetiva direta.
diminuiu as cicatrizes internas deixadas pelo infarto.
Fonte: Leonardi, Ana Carolina. Revista Superinteressante, São Paulo, c) coordenada sindética explicativa.
n. 392, p. 16, 2018
d) subordinada adjetiva restritiva.
3- Assinale a assertiva que traz a interpretação correta
e) subordinada substantiva apositiva.
do texto.
Texto 2.
Macabéa ficou um pouco aturdida sem saber se
atravessaria a rua pois sua vida já estava mudada. E
mudada por palavras – desde Moisés se sabe que a
palavra é Divina. Até para atravessar a rua ela já era
outra pessoa. Uma pessoa grávida de futuro.
Texto 3.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro
passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a
falar exclamava: – Ai! Que preguiça!... e não dizia mais
nada. Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de
7- Em nossa sociedade, a violência é vista com paxiúba, espiando o trabalho dos outros.
repugnância, não devendo ser resposta para qualquer
Assinale a alternativa referente aos respectivos
ação que desagrade um cidadão. Quando a violência é
momentos literários a que correspondem os três
contra a criança, existem leis muito rígidas que devem
textos.
punir o agressor. Considerando que a tirinha apresenta
a relação entre pai e filho nos anos entre 1964 a 1973, a) Árcade, contemporâneo, modernista.
observe que Manolito, personagem de Quino, na b) Barroco, romântico, modernista.
primeira tirinha, informa ao pai que já terminou uma
tarefa a ele destinada: “Terminei de separar as c) Romântico, modernista, contemporâneo.
encomendas, pai!”. Em seguida, qual resposta d) Romântico, contemporâneo, modernista.
Manolito recebe?
e) Árcade, romântico, contemporâneo.
a) O pai fica muito chateado e utiliza palavras de
baixo calão para repreender o filho.
b) O pai fica muito contente com o desempenho 10- “O elemento do texto que conta os fatos é
do filho e agradece com carinhos inusitados. denominado narrador, cuja função é narrar. A narração
em 1ª pessoa e a narração em 3ª pessoa, cuja escolha
por uma ou outra está ligada a estratégias discursivas III – No fragmento 3, há narração em 1ª pessoa,
diferentes, acarretará efeitos de sentidos diferentes: na como se pode observar pelos pronomes e formas
narração em 1ª pessoa, passa-se o efeito de sentido de verbais (não me lembro, não sou etc.), mas o
subjetividade; e na narração em 3ª pessoa, o de narrador constitui um “você”, a quem se dirige e
objetividade” (Revista Metalinguagens, v.5, n.1, p. 13- depois é identificado pelo substantivo povo.
25, Ernani Terra). Apresentam-se, a seguir, dois trechos IV - Nos fragmentos 1 e 3, o narrador dirige-se a
de contos de Machado de Assis e um trecho de J. J. um narratário que não está explicitado no texto, ao
Veiga. contrário do trecho 2, em que há explicitação do
narratário.
Trecho 1. A cartomante
V – O trecho 1 é narrado em 3ª pessoa e não há
Hamlet observa a Horácio que há mais cousas no céu nenhuma marca linguística do narrador, para que
e na terra do que sonha a nossa filosofia. Era a mesma se observem os efeitos de sentido de objetividade
explicação que dava a bela Rita ao moço Camilo, numa e de subjetividade.
sexta-feira de 1869, quando este ria dela, por ter ido
O narrador em Machado de Assis e J.J. Veiga foi
na véspera consultar uma cartomante; a diferença é
descrito de forma adequada sobre os trechos 1, 2 e 3
que o fazia por outras palavras (Machado de Assis,
apenas em
1962, p. 477).
a) IV e V.
b) I e V.
Trecho 2.
c) II e III.
Missa do galo
d) III e IV.
Nunca pude entender a conversação que tive com
uma senhora, há muitos anos, contava eu dezessete, e) I e II.
ela trinta. Era noite de Natal. Havendo ajustado com
um vizinho irmos à missa do galo, preferi não dormir;
combinei que eu iria acordá-lo à meia-noite. A casa GABARITO (UNITINS 2019.1): 1.A 2.C 3.D 4.B 5.A 6.D
em que eu estava hospedado era a do escrivão 7.B 8.C 9.D 10.E
Meneses, que fora casado, em primeiras núpcias, com
uma de minhas primas. A segunda mulher, Conceição, PROVA 04
e a mãe desta acolheram-me bem quando vim de
Leia o texto com atenção para responder às
Mangaratiba para o Rio de Janeiro, meses antes, a
questões de 1 a 6.
estudar preparatórios (Machado de Assis, 1962, p. 605-
Difícil tarefa
606).
Lya Luft 29/10/2016
Quando crianças, o tempo para nós é sempre "agora":
Trecho 3. brincar, mamãe, com sorte mais carinho do que
violência, coisas desse tipo. Somos imediatistas.
A máquina extraviada Depois, ainda pequenos, contamos o tempo pelas
Você sempre pergunta pelas novidades daqui deste vezes em que teremos de dormir: "Quantas vezes
sertão, e finalmente posso lhe contar uma importante. tenho de dormir até o Natal? Até o aniversário?".
Fique o compadre sabendo que agora temos aqui uma Saindo do limbo da infância, começamos a ter
máquina imponente, que está entusiasmando todo o projetos. Precisamos ter projetos. Nos dizem que
mundo. Desde que ela chegou – não me lembro temos de ter projetos, mais do que desejos ou sonhos,
quando, não sou muito bom em lembrar datas – quase porque estamos ficando "grandes" e precisamos ser
não temos falado em outra coisa; e da maneira que o responsáveis. Alguns sonhos e desejos podem se
povo aqui se apaixona até pelos assuntos mais infantis, transformar em projetos cada vez mais complexos e a
é de admirar que ninguém tenha brigado ainda por mais longo prazo, à medida que nos tornamos adultos.
causa dela, a não ser os políticos (José J. Veiga, 2001, Com eles chegam as frustrações: eu queria ser rico,
p. 229). acabei remediado, queria ser famoso, sou um
anônimo. Eu queria ser médico, acabei taxista. Eu
I - No fragmento 1, não há nenhuma marca
queria ser modelo, virei uma acomodada dona de casa;
linguística do narrador. É como se o conto narrasse
eu quis viajar o mundo, e só agora, quase na velhice,
a si próprio. Há um afastamento da instância da
vou conhecer o Rio.
enunciação, o que confere um sentido de
A frustração tem a medida do desejo que não se
objetividade.
realizou, ou da nossa incapacidade de nos adaptarmos
II – No fragmento 2, há narração em 1ª pessoa. As ao real – sem perder a capacidade de voar. Não é
marcas linguísticas da enunciação estão preciso pisar na Lua para ser bem-sucedido, nem ter
espalhadas pelo texto e são representadas por um Everest de dólares para se sentir bem na própria
verbos (pude entender, preferi etc.) e pelo pele, isso que eu chamo de "ser feliz". Gostar do que
pronome de 1ª pessoa (eu).
conseguimos: fazer caber nossas alegrias, isso que I) somos bem sucedidos quando conseguimos realizar
fazemos, desde que não nos humilhe nem degrade. nossos desejos;
Por que não posso ser bem-sucedida tendo uma casa II) alcançamos a felicidade quando conseguimos
simples mas acolhedora e uma família em que, apesar colocar em prática os projetos construídos para a vida;
das brigas naturais, nos apoiamos uns aos outros em III) não precisamos fazer algo grandioso para sermos
lugar de criticar? Por que conduzindo pessoas num táxi bem sucedidos na vida.
não posso fazer bem a elas e sustentar minha gente?
Por que não sendo modelo, mesmo assim não posso Apenas está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
me achar bonita, simpática, rica de emoções e coisas a) II.
boas? b) I.
O problema maior é descobrir quem somos, o que c) III.
desejamos e o que podemos. Ignorar, superar os d) I e II.
preconceitos, as regras, as receitas de ser bem- e) II e III.
sucedido e feliz. Empoderamento, palavra clichê do 3 - Em relação à linguagem usada na construção do
momento (até rimou), me aborrece um pouco. Por que texto, podemos afirmar que a autora:
teríamos de ser todos poderosos? Importa, mais que I) seguiu rigorosamente a língua padrão;
isso, sermos decentes, dignos, úteis, amorosos, II) usou um tom informal em seu texto;
compassivos, criativos, e capazes de ver – mesmo na III) em alguns momentos, apresentou linguagem
correria desta vida moderna – a beleza das nuvens
coloquial, como, por exemplo, “Nos dizem que temos
disparando no céu, a dança das copas das árvores ou
de ter projetos” e “Parar pra pensar? Nem pensar!
das ondas do mar quando venta forte. De telefonar
Se eu paro pra pensar, desmorono”.
para o amigo em dificuldade, dedicar um tempo aos
filhos, ou aos pais, escutar o parceiro com carinho,
enfim, sermos humanos sem maior complicação. Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)
Para entender quem somos, quem queremos ser, a) I, II e III.
quem podemos ser – não o que os outros, a turma, a b) II apenas.
sociedade, querem que sejamos –, é preciso parar pra c) III apenas.
pensar. "Parar pra pensar? Nem pensar! Se eu paro pra d) I apenas.
pensar, desmorono", é a frase mais comum. Então esse e) II e III apenas.
deveria ser nosso heroísmo fundamental: interromper
a agitação, um momento que seja, clarear a paisagem 4 - Analise com atenção os operadores argumentativos
interior dominando a impaciência e o pessimismo. grifados nos trechos a seguir:
Enfrentando como podemos a realidade de um país
confuso num mundo conturbado, na floresta de “Quando crianças, o tempo para nós é sempre
enganos em que se desperdiçam bons amores e ‘agora’ [...].”
desejos. Assim talvez sejam menos dolorosas as “Nos dizem que temos de ter projetos, mais do que
inevitáveis frustrações que por toda parte espreitam – desejos ou sonhos, porque estamos ficando
porque viver, e conviver, sem perder a bondade nem a ‘grandes’ e precisamos ser responsáveis.”
“Alguns sonhos e desejos podem se transformar em
coragem, é difícil tarefa.
projetos cada vez mais complexos e a mais longo
(LUFT, Lya. Difícil tarefa. Disponível em: prazo, à medida que nos tornamos adultos.”
<http://zh.clicrbs.com.br/rs/opiniao/colunistas/lya-luft/noticia/2016/10/dificil-
tarefa-8058075.html>. Acesso em: 1 nov. 2016).
“Para entender quem somos, quem queremos ser,
quem podemos ser – não o que os outros, a turma, a
1 - Em relação ao título do texto, podemos afirmar que sociedade, querem que sejamos –, é preciso parar pra
se refere à dificuldade que temos de: pensar.”
“Se eu paro pra pensar, desmorono [...].”
a) descobrir quem somos, o que desejamos e o que
podemos realmente ser. Os termos grifados indicam, respectivamente:
b) curtir a infância, visto que só pensamos no presente. a) tempo, finalidade, tempo, conformidade e condição.
c) dormir quando pequenos devido ao Natal e ao b) tempo, causa, proporcionalidade, finalidade e
nosso aniversário. condição.
d) ser responsáveis quando estamos ficando grandes. c) proporcionalidade, causa, tempo, finalidade e
finalidade.
e) transformar nossos sonhos e desejos em projetos de
vida quando adultos. d) tempo, finalidade, proporcionalidade, conformidade
e causa.
e) tempo, explicação, tempo, conformidade e
2 - Em relação ao que é exposto no texto, podemos condição.
afirmar que:
5 - Analise a colocação pronominal em cada um dos 8 - Leia com atenção o fragmento do conto O
trechos: burrinho pedrês, de Guimarães Rosa, para responder à
I) “Nos dizem que temos de ter projetos, mais do que questão.
desejos ou sonhos, porque estamos ficando
‘grandes’ e precisamos ser responsáveis.” “As ancas balançam, e as vagas de dorsos, das vacas
II) “A frustração tem a medida do desejo que não se e touros, batendo com as caudas, mugindo no meio,
realizou [...].” na massa embolada, com atritos de couros, estralos de
III) “Por que não sendo modelo, mesmo assim não guampas, estrondos e baques, e o berro queixoso do
posso me achar bonita, simpática, rica de emoções e gado junqueira, de chifres imensos, com muita tristeza,
coisas boas?” saudade dos campos, querência dos pastos de lá do
sertão...
As regras da língua padrão foram seguidas na Um boi preto, um boi pintado,
colocação dos pronomes pessoais oblíquos apenas cada um tem sua cor.
no(s) item(ns): Cada coração um jeito
a) II. de mostrar o seu amor.
b) I. Boi bem bravo, bate baixo, bota baba, boi berrando...
c) III. Dança doido, dá de duro, dá de dentro, dá direito...
d) I e III. Vai, vem, volta, vem na vara, vai não volta, vai
e) II e III. varando...”
GABARITO (UNITINS 2017.1): 1.A 2.C 3.C 4.B 5.E 6.A 7.E
8.B 9.C 10.E