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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

ESCOLA DE ENFERMAGEM DE RIBEIRÃO PRETO

EXAME DE QUALIFICAÇÃO

Relatório de atividades apresentado ao


Programa de Pós-Graduação em
Enfermagem Psiquiátrica da Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto da
Universidade de São Paulo, para exame de
Qualificação nível doutorado.

Linha de pesquisa: Promoção de saúde


mental.

Candidato: Antônio José Ferreira Junior

Orientador: Prof. Dra. Ana Carolina


Guidorizzi Zanetti.

RIBEIRÃO PRETO
2018
ANTÔNIO JOSÉ FERREIRA JUNIOR

Programa de treinamento aeróbio auto gerenciado no domicilio aos pacientes no


primeiro episódio psicótico e seus familiares: Ensaio clinico randomizado
1

SUMÁRIO
2

1. CONJUNTO DE ATIVIDADES ACADÊMICAS DESENVOLVIDAS

ATIVIDADES RELACIONADAS AO DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA

 Participação em reuniões com orientador;


 Ampla Revisão de Literatura em base de dados indexadas: Pubmed, Lilacs,
Cochrane Database;
 Aproximação com o campo da pesquisa e início da coleta de dados.
 Elaboração de artigo "physical activity, quality of life and global
functioning in patients in the early stages of psychosis", submetido a
Physiatric Danubia

PARTICIPAÇÃO EM GRUPO DE PESQUISA


 Grupo de Estudos e Pesquisa em Saúde Mental (GEPEMEN). 
 Coordenação: Prof Dr João e Profª Drª Ana Carolina Guidorizzi Zanetti
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2. HISTÓRICO ESCOLAR
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3. PROJETO DE PESQUISA

Programa de treinamento aeróbio auto gerenciado no domicilio aos pacientes no


primeiro episódio psicótico e seus familiares: Ensaio clinico randomizado
RESUMO
Os pacientes no primeiro episódio psicótico
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3.1 INTRODUÇÃO
O primeiro episódio psicótico (PEP) ou o início da psicose refere-se à primeira
vivencia de um episódio psicótico (BOWIE et al., 2014). O termo psicose descreve um
estado mental no qual a pessoa sofre delírios e/ou alucinações, discurso e/ou comportamento
desorganizado, com ausência de insight do paciente sobre a doença e comprometimento do
juízo crítico da realidade (BRUINS et al., 2014; DEL-BEN et al., 2010).
Os pacientes que vivenciam o PEP podem apresentar sintomas positivos, negativos e
cognitivos. Os sintomas positivos estão relacionados a presença de alucinações, delírios e
falas desconexas. Os negativos abarcam os sintomas depressivos, o isolamento social, a apatia
e a pobreza de fala. Os sintomas cognitivos incluem o déficit de atenção, de memória e de
resolução de problemas (DEL-BEN et al., 2010; MARSHALL; RATHBONE, 2014).
O tratamento dos pacientes no PEP deve incluir o uso de medicamentos antipsicóticos
(APs) combinado às abordagens psicossociais. Em relação ao tratamento medicamentoso com
APs o seu principal efeito é bloquear os receptores dopaminérgicos no sistema nervoso
central, a fim de reduzir os episódios de delírios e/ou alucinações, e de discurso e/ou
comportamento desorganizado (LOUZÃ NETO, 2000).
Dentre os medicamentos antipsicóticos, temos os de primeira geração ou típicos e os
de segunda geração ou atípicos (NIELSEN; NIELSEN, 2009). Os de primeira geração ou
típicos agem no bloqueio de receptores dopaminérgicos estriatais e, por isso, podem gerar
efeitos colaterais extrapiramidais como a síndrome de Parkinson, reações distônicas agudas,
acatisia, acinesia e síndrome neuroléptica maligna. Os de segunda geração ou atípicos visam
diminuir os efeitos extrapiramidais e são eficazes no tratamento dos sintomas positivos e
negativos da esquizofrenia (FALKAI et al., 2006)
Estudos mostram que pacientes no PEP têm alto risco de morte prematura devido aos
múltiplos fatores de risco relacionados ao surgimento da psicose, tais como fatores genéticos,
inatividade física, o hábito de fumar, dieta com alta ingestão calórica e distúrbios do sono
(NYBOE et al., 2015; REININGHAUS et al., 2015; VANCAMPFORT; ROSENBAUM; et
al., 2016). Além disso, os antipsicóticos de segunda geração tem como efeito colateral o
ganho de peso e aumento da circunferência abdominal, que podem predispor os indivíduos ao
diabetes mellitus, hipertensão arterial, doenças coronarianas, entre outras (TIIHONEN et al.,
2009).
Nos primeiros anos após a manifestação da psicose são necessários investimentos
considerados determinantes para assegurar um bom prognóstico da doença (SINGH et al.,
6

2005). Nessa vertente, nas últimas décadas, constata-se crescente interesse dos pesquisadores
na busca de novas estratégias de tratamento aliadas ao tratamento medicamentoso com
medicamentos antipsicóticos. Desse modo, é cada vez mais frequente a utilização de
abordagens psicossociais, tais como psicoterapia, inclusão da prática de atividade física,
controle nutricional, entre outros tratamentos não medicamentosos, com vistas à reintegração
social do paciente no PEP (AGIUS, 2010; FREDRIKSON et al., 2014; LOUZÃ NETO, 2000;
ROSENBAUM et al., 2016). As novas estratégias têm como finalidade aprimorar o
tratamento precoce, direcionado principalmente a essa população (CLAXTON;
ONWUMERE; FORNELLS-AMBROJO, 2017; MARSHALL; RATHBONE, 2014;
MCGORRY; EDWARDS, 2002).
Recentemente, em particular, no que se refere a atividade física, observa-se o crescente
interesse da equipe multiprofissional de saúde na prescrição de exercício físico como
tratamento não medicamentoso com vistas a melhorar o prognóstico dos pacientes com
transtornos psicóticos e sua qualidade de vida (FREDRIKSON et al., 2014).
Nesse contexto, estudo que investigou o impacto do treinamento intervalado em
pacientes jovens no PEP mostrou que 14 semanas de treinamento intervalado reduziram a
circunferência abdominal e frequência cardíaca de repouso, e aumentou o consumo máximo
de oxigênio dos pacientes que participaram da intervenção (ABDEL-BAKI et al., 2013).
Outro estudo investigou o efeito do treinamento físico após 10 semanas em pacientes no PEP
(FIRTH, JOSEPH; CARNEY; ELLIOTT; et al., 2016). Esse estudo mostrou que após o
período de treinamento os pacientes apresentaram melhora nos sintomas psíquicos, cognitivos
e no comportamento social. Posteriormente este mesmo grupo desenvolveu um estudo com a
finalidade de dar continuidade na avaliação dos pacientes no PEP que participaram do
treinamento físico proposto no estudo anterior, ou seja, durante 10 semanas para avaliar a
adesão ao treinamento e a manutenção de seus efeitos por um período de seis meses sem
supervisão (FIRTH, JOSEPH; CARNEY; FRENCH; et al., 2016). Os resultados
evidenciaram que após seis meses de avaliação do treinamento o nível de atividade física dos
pacientes diminuiu significativamente, e apenas 55% dos pacientes continuaram a se exercitar
semanalmente. No entanto, embora o nível de atividade física desses pacientes tenha
diminuído as melhoras nos sintomas psíquicos, cognitivos e no comportamento social foram
mantidas após seis meses do término do protocolo inicial de treinamento.
Ainda, é importante destacar que nos estudos descritos anteriormente, embora os
resultados encontrados evidenciem mudanças positivas relacionadas aos sintomas psíquicos,
cognitivos e no comportamento social, ainda são insuficientes em relação a capacidade física
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que está associada a prevenção de comorbidades clínicas. Além disso, a taxa de abandono do
protocolo de treinamento foi de 36% e 28,5% respectivamente, o que deve ser considerado
para elaboração de novos protocolos de treinamento (ABDEL-BAKI et al., 2013; FIRTH,
JOSEPH; CARNEY; ELLIOTT; et al., 2016). Estudo de revisão identificou altas taxas de
abandono aos protocolos de treinamento físico em pacientes com transtornos mentais. Os
principais motivos para o abandono estão relacionados a falta de apoio, sintomas depressivos,
cansaço e timidez (FIRTH, J. et al., 2016). Além disso, estudo de revisão sobre barreiras
percebidas a pratica de atividade física no Brasil, mostrou que entre as principais barreiras
para os adolescentes locais estão a falta de um companheiro para o treinamento e a falta de
apoio social da família e dos amigos (RECH et al., 2018).
Recentemente, estudos com pacientes com transtornos psíquicos têm priorizado a
busca por estratégias para aumentar a adesão à prática do exercício físico (FIRTH, JOSEPH;
CARNEY; FRENCH; et al., 2016; KIMHY et al., 2014, 2016). Estudo britânico mostrou que
pacientes no PEP que participaram de um programa relacionado à prática do exercício físico
orientado por um profissional da área de treinamento físico apresentaram maior adesão
quando comparados a eles mesmos quando os treinamentos não foram orientados por
profissionais (FIRTH, JOSEPH; CARNEY; FRENCH; et al., 2016).
Outros estudos conduzidos com pacientes com esquizofrenia mostraram que considerar
as intervenções que atendem a preferência pessoal do paciente aumentam a adesão a prática
de atividade física (KIMHY et al., 2015, 2016). Estudo de revisão identificou que a falta de
um companheiro durante o treinamento diminui a adesão e interesse na prática de atividade
física entre pacientes com transtornos mentais (FIRTH, J. et al., 2016).
Neste contexto, o apoio familiar no tratamento de indivíduos no PEP é fundamental
uma vez que o aparecimento desse transtorno é frequente no final da adolescência e início da
fase adulta, período em que os filhos ainda estão sobre os cuidados dos pais (CLAXTON;
ONWUMERE; FORNELLS-AMBROJO, 2017).
Estudo longitudinal que investigou pacientes no PEP e apoio social mostrou que o
envolvimento do familiar no tratamento do paciente estava relacionado a taxas menores de
recaídas e reinternações hospitalares (NORMAN et al. 2005). Outro estudo sobre o apoio
familiar no tratamento de pacientes no PEP mostrou que pacientes com maior apoio familiar,
nesta fase, apresentaram menor incidência de morte por causas não naturais em relação aos
pacientes com menor apoio familiar no PEP. O suicídio foi a maior causa de morte não
natural em ambos os casos (REVIER et al., 2015). Além disso, o apoio familiar melhora o
envolvimento dos pacientes com o tratamento da doença (STOWKOWY et al., 2012).
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Embora o apoio familiar no tratamento de pacientes no PEP tenha reduzido a mortalidade por
causas não naturais, o mesmo não é observado em relação à mortalidade por causas naturais
(REVIER et al., 2015).
Por outro lado, devido a relevância da família no tratamento do paciente no PEP pode
ocorrer a sobrecarga familiar (STANLEY; BALAKRISHNAN; ILANGOVAN, 2017). O
termo sobrecarga familiar, refere-se ao impacto causado nos familiares pela convivência com
o paciente, sobretudo em relação aos aspectos emocionais e econômicos (HANSEN et al.,
2014).

A sobrecarga familiar divide-se em duas categorias: objetiva e subjetiva. A objetiva


está relacionada às demandas concretas, tais como o excesso de tarefas, o aumento nos gastos
financeiros, privação de atividades destinadas ao lazer, alterações na saúde física e mental do
cuidador, entre outras. A subjetiva refere-se ao universo dos sentimentos, dentre eles
destacam-se os sentimentos de culpa, frustração, impotência, desamparo entre outros
(HANSEN et al., 2014; KATE et al., 2013). A sobrecarga familiar tem como uma de suas
consequências o alto nível de estresse emocional, culminando com a piora da qualidade de
vida do familiar (STANLEY; BALAKRISHNAN; ILANGOVAN, 2017).

Estudos sobre cuidadores de pessoas com doenças crônicas, tais como câncer,
demência e Doença de Alzheimer, mostraram que a atividade física melhora a qualidade de
vida dos cuidadores (LAMBERT et al., 2016; LOI et al., 2014; NORTHOUSE et al., 2011).
Embora, o foco no tratamento precoce do PEP, seja o paciente, o tratamento também deve
envolver o cuidado ao familiar (SAGUT; ÇETINKAYA DUMAN, 2016).

Embora as evidências mostrem que o exercício físico seja fundamental para o melhor
prognostico do paciente (STUBBS et al., 2017; VANCAMPFORT; DE HERT; et al., 2016),
um programa de treinamento físico pode ter alto custo para o paciente, uma vez que para
realizá-lo deve-se considerar o deslocamento do domicilio até os centros de referência ou
serviços de saúde (BRUINS et al., 2014; FIRTH, JOSEPH; CARNEY; FRENCH; et al.,
2016). Além disso, para obtenção de resultados satisfatórios na saúde mental e física dos
pacientes são recomendados 90 minutos semanais de exercício físico moderado a vigoroso,
divididos em duas ou três sessões de treinamento semanais (FIRTH, J et al., 2015). Essa
recomendação tem repercussões nos custos do tratamento, devido a necessidade de
deslocamento do paciente várias vezes durante o tratamento. Assim, a implementação de
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programas de treinamento com baixo custo aos pacientes no PEP são considerados, ainda, um
desafio para os profissionais de saúde.
No entanto, alguns pesquisadores tem incentivado a elaboração de protocolos de
treinamento auto gerenciados no domicilio, com a finalidade de auferir benefícios a saúde
dos envolvidos, tanto em pacientes no PEP (GATES et al., 2015; KILLACKEY et al., 2011),
quanto em pacientes com comorbidades (GAUTHIER et al., 2018; SUTTANON et al., 2012;
TAYLOR et al., 2017). Dentre os protocolos de treinamento auto gerenciados destaca-se a
inserção do suporte telefônico que oferece apoio e estímulo aos envolvidos em um programa
de treinamento (GAUTHIER et al., 2018; SUTTANON et al., 2012; TAYLOR et al., 2017;
ZANETTI, 2013)
Diante do exposto, ao considerar as repercussões positivas da prática do exercício
físico para o tratamento de pacientes na fase inicial da psicose; a escassez de estudos sobre o
apoio familiar para a prática da atividade física e a importância da atividade física para os
familiares, propomos a presente investigação.

3.2 OBJETIVO GERAL


Avaliar o efeito de um Programa de treinamento aeróbio auto gerenciado no domicilio
para pacientes no PEP e seus familiares

3.2.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


Caracterizar os pacientes no PEP e seus familiares segundo as variáveis
sociodemográficas;
Comparar as variáveis antropométricas, fisiológicas e relacionada a qualidade de vida
em saúde dos pacientes antes e após a implementação do Programa de Atividade Física auto
gerenciado no domicilio;
Comparar os sintomas negativos, positivos e o funcionamento global dos pacientes
antes e após a implementação do Programa de Atividade Física auto gerenciado no domicilio;
Comparar a sobrecarga do familiar e qualidade de vida dos familiares antes e após a
implementação do Programa de Atividade Física auto gerenciado no domicilio.

3.3 METÓDO

3.3.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO


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Será realizado um ensaio clinico randomizado, seguindo as diretrizes do CONSORT


(Consolidated Standarts of Reporting Trials). Um primeiro pesquisador será responsável
pelo recrutamento e avaliações, um segundo pesquisador realizará a randomização e alocação
oculta , o terceiro pesquisador será o responsável pela a intervenção, enquanto um quarto
pesquisador será o responsável por tabular e processar os dados coletados. A randomização
será realizada no programa Excel, com ocultação em envelopes opacos, lacrados e numerados
sequencialmente. Após a avaliação inicial, os participantes serão aleatoriamente designados
para um dos dois grupos experimentais, Grupo I: de intervenção tradicional com
antipsicóticos e treinamento aeróbio auto gerido no domicilio para os pacientes no PEP e seus
familiares; Grupo II: grupo controle com pacientes realizando somente a intervenção
tradicional com antipsicóticos . Será utilizada a randomização estratificada, os participantes
serão estratificados em estratos de capacidade aeróbia dos pacientes no PEP. Tal estratégia
será utilizada para proporcionar melhor equilíbrio nas covariáveis (FERREIRA; PATINO,
2016).

3.3.2 LOCAL DO ESTUDO


Será realizado no ambulatório de Primeiro Episódio Psicótico do Hospital das
Clinicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo
(APEP/HCFMRP-USP). O APEP instituiu-se como uma unidade ambulatorial para
atendimento especializado de pacientes no primeiro episódio psicótico. Atualmente, são
acompanhados no APEP aproximadamente três casos novos por semana e 15 retornos todas
às terças-feiras. O tratamento no referido ambulatório é ofertado aos pacientes com idade
superior a 12 anos, residentes em um dos 26 municípios da DRS XIII de Ribeirão Preto-SP e
pela demanda de pacientes com sintomas psicóticos. O atendimento é realizado por médicos
contratados, médicos residentes da psiquiatria, supervisores, psicólogo e enfermeiro.

3.3.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO


Será composta por pacientes diagnosticados com transtornos psicóticos de acordo
com o DSM V que fazem seguimento no APEP e seus familiares.

3.3.4 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO PARA OS PACIENTES


Idade entre 18 e 35 anos, com diagnostico de transtornos psicóticos de acordo com o
DSM V há no máximo cinco anos; fazer acompanhamento no APEP durante as doze semanas
da intervenção; ter pelo menos um familiar voluntário para participar do estudo.
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3.3.5 CRITÉRIO DE INCLUSÃO DOS FAMILIARES


Maior de 18 anos e conviver com o paciente diariamente há mais de seis meses.

3.3.6 CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO DOS PACIENTES E FAMILIARES


Mulheres grávidas ou lactantes; receber alta do APEP durante o programa de
intervenção; ter algum problema de saúde que tenha como contra indicação a prática de
exercício físico, para tal será utilizado o questionário de prontidão para atividade física
(PAR-Q), assim, caso algum participante responder pelo menos uma resposta positiva no
referido questionário o mesmo será excluído do estudo (ANDREAZZI et al., 2016); além
disso, os participantes que não acertarem ao menos três perguntas da avaliação cognitiva
relacionada à avaliação da capacidade discriminatória, psíquica e mental no tempo e espaço.
Essa avaliação foi realizada por meio de quatro perguntas preestabelecidas e adaptadas do
estudo de Pfeiffer (1975), sendo elas: 1) Qual é o seu nome completo? 2) Qual é a sua data de
nascimento 3) Em que dia da semana nós estamos? 4) Qual é o nome do local onde nós
estamos neste momento? Os dados foram verificados por meio de um documento de
identificação.

3.3.7 PROCEDIMENTOS DE COLETA DE DADOS


3.3.7.1 RECRUTAMENTO
Para o recrutamento da população será realizada uma analise no banco de dados dos
pacientes da APEP e todos aqueles que atenderem os critérios de inclusão do estudo serão
convidados a participar do Programa de Atividade Física auto gerenciado no domicilio. Após
o aceite dos pacientes e de seus familiares, será realizada uma palestra motivacional para
esclarecimentos quanto ao tipo e natureza do estudo e os benefícios do exercício físico para
pacientes no PEP e familiares e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

3.3.7.2 AVALIAÇÃO INICIAL


Na etapa denominada avaliação inicial será realizada uma reunião com os
participantes. Nessa reunião será abordado a importância do exercício físico no tratamento de
sua doença e como a presença do familiar pode favorecer o tratamento aos pacientes no PEP.
Ainda nessa etapa serão avaliados os dados referentes as variáveis clínicas, antropométricas;
fisiológicas; de qualidade de vida relacionada a saúde (nos pacientes no PEP e nos
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familiares); Sintomas negativos e positivos; e funcionamento global (nos pacientes no PEP) e


sobrecarga familiar (nos familiares) (Figura 1).

3.3.7.3 INTERVENÇÃO:
Programa de treinamento auto gerenciado no domicilio: consistirá na realização de
um treinamento de predominância aeróbio, durante doze semanas com frequência de três
vezes na semana, e duração diária de 45 minutos. O treinamento inicial será em intensidade
leve, posteriormente será adotada uma intensidade moderada e ao término do período de
treinamento será adotada intensidade vigorosa, tal estratégia de progressão de intensidade de
treino será visando uma melhor adaptação ao treino (BOSQUET; LÉGER; LEGROS, 2002;
CHALFOUN et al., 2015; TURNER, 2011), e além de atender as recomendações para
pacientes no PEP (FIRTH, JOSEPH; CARNEY; ELLIOTT; et al., 2016; FIRTH, JOSEPH;
CARNEY; FRENCH; et al., 2016)
Assim, para atender a progressão de carga, o treinamento proposto será distribuído nas
seguintes etapas:
Etapa 1: será desenvolvida na primeira e segunda semana de treinamento e consta de
dez minutos de aquecimento na intensidade da Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) entre 1
e 2 na escala de BORG C10 (BORG, 1982) adaptada por Foster et al. (2001). Em seguida,
será proposta uma caminhada de trinta minutos, com velocidade constante na intensidade de
PSE entre 3 e 4 na escala de BORG C10, e para finalização será proposta uma volta calma,
em ritmo lento durante cinco minutos na intensidade de PSE entre 1 e 2 na escala de BORG
C10 adaptado de Gauthier et al. (2018).
Etapa 2: será desenvolvida na terceira e quarta semana de treinamento e propõe cinco
minutos de aquecimento em intensidade de PSE entre 1 e 2 na escala de BORG C10.
Posteriormente será realizado uma caminhada de trinta e cinco minutos, com velocidade
constante na intensidade de PSE entre 3 e 4 na escala de BORG C10, finalizando com uma
volta em ritmo lento durante cinco minutos com a intensidade de PSE entre 1 e 2 da escala de
BORG C10.
Etapa 3: será desenvolvida na quinta e sexta semana de treinamento e consta de cinco
minutos de aquecimento em intensidade da PSE entre 1 e 2 da escala de BORG C10,
posteriormente será realizado uma corrida durante cinco minutos em intensidade 5 a 6 da PSE
da escala de BORG C10, seguida de uma caminhada de trinta minutos, com velocidade
constante, mantendo a intensidade da PSE entre 3 a 4, finalizando com uma volta a calma em
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ritmo lento durante cinco minutos com a intensidade da PSE de 1 a 2 da escala de BORG
C10.
Etapa 4: será desenvolvida na sétima e oitava semana de treinamento e consta de
cinco minutos de aquecimento em intensidade da PSE de 1 a 2 na escala de BORG C10,
posteriormente será realizado uma corrida durante cinco minutos em intensidade da PSE de 5
a 6 na escala de BORG C10 , seguido de uma caminhada de vinte e cinco minutos em
intensidade da PSE de 3 a 4 na escala de BORG C10, posteriormente mais cinco minutos de
corrida em intensidade da PSE de 5 a 6 na escala de BORG10, finalizando com uma volta a
calma de cinco minutos em intensidade da PSE de 1 a 2 na escala de BORG C10.
Etapa 5: será desenvolvida entre a nona e décima semana de treinamento e consta de
cinco minutos de aquecimento em intensidade da PSE de 3 a 4 na escala da BORG C10,
posteriormente será realizado uma corrida de dez minutos em intensidade da PSE de 5 a 6 na
escala de BORG C10, seguida de uma caminhada de quinze minutos em uma intensidade da
PSE de 3 a 4 da escala de BORG C10, posteriormente será realizado uma corrida durante dez
minutos em intensidade da PSE de 5 a 6 da escala de BORG C10, finalizando com uma volta
a calma em durante cinco minutos em intensidade da PSE de 1 a 2 da escala de BORG C10.
Etapa 6: será desenvolvida entre a décima primeira e décima segunda semana de
treinamento e consta de cinco minutos de aquecimento em intensidade da PSE de 2 a 3 na
escala da BORG C10, posteriormente será realizado uma corrida de vinte minutos em
intensidade da PSE de 5 a 6 na escala de BORG C10, seguida de uma caminhada de quinze
minutos em uma intensidade da PSE de 3 a 4 da escala de BORG C10, finalizando com uma
volta a calma em durante cinco minutos em intensidade da PSE de 1 a 2 da escala de BORG
C10.
Para a realização de cada etapa proposta será entregue ao paciente um folheto
informativo contendo como deverá realizar cada sessão de treinamento (Apêndice A). O
protocolo será desenvolvido com embasamento em estudos prévios com enfoque na
progressão de carga (BOSQUET; LÉGER; LEGROS, 2002).
Para estimar a intensidade do treino os pacientes e os familiares usarão durante todo o
treinamento um pedômetro digital, e a estimativa de intensidade será realizada usando o
pressuposto que o tempo de atividade será igual durante todo o período de treinamento, e com
o passar das semanas de treinamento é esperado um maior deslocamento dos pacientes em
virtude de uma maior intensidade de treino.
Durante todo o período de treinamento os participantes serão motivados a
confeccionar um diário recordatório com as informações de dia e horário e tempo de
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treinamento realizado. Também, será realizado um contato telefônico semanalmente, para os


pacientes envolvidos. As ligações terão duração de aproximadamente 20 minutos e serão
fundamentadas no modelo de intervenção breve, baseado no modelo de Feedback,
Responsability, Advice, Menu os Option, Empathy e Self-efficacy denominado FRAMES,
proposto por Miller e Sanches (1994) e adaptado por Zanetti (2013) conforme descrito a
seguir:
1) Devolutiva (Feedback) - Nesta etapa, o pesquisador forneceu aos pacientes os
resultados obtidos nas avaliações iniciais.
2) Responsabilidade (Responsability) - Será dado ênfase à responsabilidade pessoal do
paciente pela mudança de comportamento.
3) Aconselhamento (Advice) - Serão oferecidas orientações claras ao paciente, com
vistas a mudança de comportamento. As discussões sobre possíveis metas para o programa de
treinamento. As discussões sobre possíveis metas para o incremento à maior pratica de
atividade física no cotidiano. Nos contatos telefônicos serão reforçados as ideias sobre a
importância da participação regular durante todo o período de treinamento.
4) Menu de opções (Menu of Options) - A identificação dos problemas relacionados a
falta de adesão ao protocolo de treinamento será realizada nessa etapa. Será oferecida
estratégias para melhorar a adesão com o objetivo de mudança de comportamento.
5) Empatia (Empathy) - A empatia do profissional é um forte determinante para
motivação e mudança.
6) Auto-eficácia (Self-efficacy) - Nesta etapa, o pesquisador estimulará a
autoconfiança do paciente, favorecendo sua capacidade de incrementar o protocolo de
treinamento.
Cada etapa será englobada mensagens de fortalecimento de melhorias para a saúde
durante o contato telefônico. Cada ligação será baseada em um conteúdo adaptado de Zanetti
(2013), conforme Tabela 1.

Tabela 1 - Mensagens de saúde implementar durante os contatos telefônicos


CONTATO MENSAGEM DE SAÚDE
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TELEFÔNICO
-Discussão dos resultados das avaliações iniciais
-Conhecimento dos benefícios do treinamento na saúde do paciente

-Mudança de comportamento e responsabilidade do paciente
-Discussão sobre o treinamento da próxima semana
-Revisão das metas estabelecidas na semana anterior
-Identificação das emoções após o início do treinamento
2º -
-Identificações das barreiras encontradas na semana anterior
-Discussão de metas do treinamento para a próxima semana
-Revisão das metas estabelecidas na semana anterior
-Importância da hidratação adequada durante a pratica do treinamento

-Identificações das barreiras encontradas na semana anterior
-Discussão de metas do treinamento para a próxima semana
-Revisão das metas estabelecidas na semana anterior
-Importância da roupa adequada durante a pratica do treinamento

-Identificações das barreiras encontradas na semana anterior
-Discussão de metas do treinamento para a próxima semana
-Revisão das metas estabelecidas na semana anterior
-Importância do calçado adequado durante a pratica do treinamento

-Identificações das barreiras encontradas na semana anterior
-Discussão de metas do treinamento para a próxima semana
-Revisão das metas estabelecidas na semana anterior
-Importância da regularidade durante a pratica do treinamento

-Identificações das barreiras encontradas na semana anterior
-Discussão de metas do treinamento para a próxima semana
-Revisão das metas estabelecidas na semana anterior
-Discussão dos benefícios percebidos com a rotina de treinos

-Identificações das barreiras encontradas na semana anterior
-Discussão de metas do treinamento para a próxima semana
-Revisão das metas estabelecidas na semana anterior
-Feedbacks dos assuntos abordados nas semanas anteriores

-Identificações das barreiras encontradas na semana anterior
-Discussão de metas do treinamento para a próxima semana
-Revisão das metas estabelecidas na semana anterior
9º Ao 11º -Identificações das barreiras encontradas na semana anterior
-Discussão de metas do treinamento para a próxima semana
-Revisão das metas estabelecidas na semana anterior
-Discussão dos benefícios percebidos com a rotina de treinos
12º
-Identificações das barreiras encontradas durante o programa
-Finalização do acompanhamento telefônico
Em relação as ligações, serão realizadas três tentativas de ligações com o paciente por
semana, caso não seja possível em nenhuma das três tentativas, o contato será feito com o
familiar. Caso algum paciente não atenda as ligações em 80% das semanas estabelecidas, o
mesmo será excluído do estudo. Para realizar as ligações, será utilizado um telefone, um
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gravador telefônico monolinha (PCTEL®) e um computador com software compatível ao


produto. No contato o pesquisador poderá esclarecer possíveis dúvidas quanto ao Programa.
Além disso, caso o paciente deixar de realizar uma ou mais sessão de treinamento na semana,
o pesquisador utilizará de estratégias de motivação, para aumentar o envolvimento do
paciente ao Programa, por meio de abordagem motivacional, reforçando importância do
programa como coadjuvante ao tratamento.

3.3.7.4 AVALIAÇÃO FINAL


Após o término do treinamento os participantes serão convidados a participar de
entrevista e das avaliações das variáveis. Nessa etapa serão avaliados os dados referentes as
variáveis clínicas, antropométricas; fisiológicas; de qualidade de vida relacionada a saúde
(nos pacientes no PEP e nos familiares); Sintomas negativos e positivos; e funcionamento
global (nos pacientes no PEP) e sobrecarga familiar (nos familiares) (Figura 1).

Figura 1- Desenho experimental

3.3.8 VARIÁVEIS DO ESTUDO E INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE DADOS

3.3.8.1 VARIÁVEIS SOCIODEMOGRÁFICAS DOS PACIENTES NO PEP E DOS


FAMILIARES
Para obtenção dos dados sociodemograficos serão utilizados dois questionários, sendo
um para os pacientes e outro para os familiares, contendo as variáveis sexo, idade (em anos
completos calculado a partir da data de nascimento), escolaridade (em anos de estudo
completos, referido pela pessoa), estado civil, renda familiar (em salários mínimos) e renda
per capita.
17

3.3.8.2 VARIÁVEIS CLÍNICAS DOS PACIENTES NO PEP E DOS FAMILIARES


Serão consideradas a data do primeiro contato com o serviço de saúde devido a
sintomas psicóticos(será considerada a data da primeira internação/consulta registrada no
prontuário de saúde); período de psicose não tratada (será considerado o período entre a data
de inicio da psicose e a busca por tratamento devido aos sintomas psicóticos) diagnóstico
médico do paciente(será considerado o registro do diagnóstico médico no prontuário de saúde
de acordo com DSM V); medicamentos utilizados (será considerado aquele registrado em
prontuário de saúde e confirmado pelo paciente e ou familiar) e Consumo de substâncias
psicoativas: serão consideradas aquelas registradas em prontuário de saúde e confirmado
pelo paciente e ou familiar.

3.3.8.3 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA DOS PACIENTES NO PEP E FAMILIARES


A estatura será verificado com o participante com o peso igualmente distribuído nas
duas pernas, braços relaxados, paralelos ao corpo, e palma da mão voltada para a coxa. Será
solicitado ao participante que realize uma inspiração máxima com a posição da cabeça neutra
e olhar fixo à frente; subir na balança trajando short (homens) e short e top (mulheres) e
descalço, com o peso igualmente distribuído nas duas pernas. A circunferência abdominal
será verificada com o participante na posição ortostática com os pés unidos e os braços
cruzados na altura dos ombros. Será utilizada e posicionada uma fita métrica na
circunferência abdominal a dois centímetros acima da cicatriz umbilical.

3.3.8.4 VARIÁVEIS FISIOLÓGICAS DOS PACIENTES NO PEP E FAMILIARES


Frequência cardíaca (FCrep) e Pressão arterial de repouso e (PArep) : serão
verificados com os participantes em decúbito dorsal, em posição anatômica durante dez
minutos com um cardiofrequencímentro, esfigmomanômetro e estetoscópio. Será utilizada a
média dos cinco minutos finais para cálculo da FCrep. Já a PArep será AVALIAÇÃOda ao
término dos dez minutos de repouso.
Capacidade Aeróbia : será realizar o teste de caminhada de seis minutos (CRAPO et
al., 2002). Esse teste permite estimar a capacidade aeróbica. O teste será realizado em uma
pista de atletismo com distância conhecida, onde após o comando do pesquisador os
participantes deverão caminhar a maior distância em menor tempo possível, sem correr ou
trotar. O descanso ao longo do teste será autorizado, porém o participante deverá retornar a
caminhada, tão breve conseguir. Durante o teste os participantes utilizarão um
18

cardiofrequencímentro para mensuração da frequência cardíaca. Será considerada como


frequência cardíaca média, a média dos batimentos registrados durante o teste.

3.3.8.5 QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA À SAÚDE DOS PACIENTES NO PEP E


DOS FAMILIARES
Para obtenção dos dados sobre a qualidade de vida em saúde será utilizado o
WHOQOL-BREEF. O módulo WHOQOL-BREF é constituído por 26 questões (sendo que as
questões de números 1 e 2 refere-se a qualidade de vida geral). Além dessas duas questões, o
instrumento tem 24 facetas as quais compõem quatro domínios: Físico, Psicológico, Relações
Sociais e Meio Ambiente (FLEK 2000). As respostas seguem uma escala de Likert (de 1 a 5,
quanto maior a pontuação melhor a qualidade de vida relacionada a saúde).

3.3.8.6 SINTOMAS NEGATIVOS E POSITIVOS DOS PACIENTES NO PEP


Para obtenção dos sintomas negativos e positivos será utilizada a Positive and
Negative Syndrome Scale (PANSS). Essa escala foi elaborada para ampliar a fidedignidade
dos instrumentos utilizados em estudos com abordagem fenomenológica sobre
esquizofrenia, sendo traduzido e adaptado para o português por Vessoni 1993. A
discriminação de sintomas negativos e sintomas positivos permite especificar em qual grupo
de sintomas os dados são derivados evitando associá-los à gravidade global da doença. Essa é
a única escala que permite identificar qual a predominância relativa entre o grupo dos
sintomas positivos e negativos. Cada um dos seus itens tem forte correlação com o escore
total da escala, o que mostra a elevada confiabilidade interna entre os seus itens. Quanto
maior a pontuação obtida , mais sintomáticos encontram-se os pacientes.

3.3.8.7 FUNCIONAMENTO GLOBAL DOS PACIENTES NO PEP


Para avaliação do funcionamento global dos pacientes será utilizada a Escala de
Performance Social e Pessoal - Global Assessment of Functioning (GAF). A GAF
corresponde ao Eixo V do DSM-IV-TR.. Essa escala contem quatro áreas principais:
Atividades socialmente úteis, incluindo trabalho e estudo; Relacionamentos pessoais e sociais;
Autocuidado, e Comportamentos inconvenientes e agressivos. Os níveis de funcionamento em
outras áreas devem ser considerados para ajustar a pontuação dentro do nível decimal (por
exemplo entre 31 e 40). O risco de suicídio não está incluído na escala.O intervalo de tempo
recomendado é o último mês, mas outros intervalos podem ser especificados, especialmente
se o paciente está em uma crise ou acabou de superá-la. Ocasional é definido como ocorrendo
19

três ou mais vezes no período de referência, ou ocorrendo menos que três vezes, porém em
circunstâncias e/ou com tal história prévia que o pesquisador está convencido de que há um
risco de recorrência no futuro próximo (isto é, nos próximos seis meses). Se o comportamento
agressivo está presente ocasionalmente, a pontuação pode ser diminuída de um grau, por
exemplo, de grave para acentuada. Em síntese, essa escala permite avaliar o funcionamento
global de pacientes quanto à presença de sintomas de transtorno psíquico, funcionamento
social, ocupacional ou escolar, relações interpessoais, comportamento, capacidade de
autocuidado, risco de agressão ou suicídio, pensamento e capacidade de julgamento. A
pontuação da escala varia de 0 a 100, onde zero é o pior grau e 100 o melhor grau de
funcionamento (APA, 2013). De 100 a 71 pontos a pontuação indica apenas dificuldades
leves, de 70 a 31 há incapacidades evidentes de grau variado e abaixo de 30 o funcionamento
da pessoa é tão ruim que é necessário suporte ou supervisão intensiva.

3.3.8.8 SOBRECARGA DO FAMILIAR


Para obtenção dos dados sobre a sobrecarga do familiar será utilizado o Inventário de
Sobrecarga do Cuidador (ZBI) desenvolvida por Zarit & Zarit 1987. Esse inventário foi
traduzido para o português por Scazufca (2002). Em 2004, Taub e colaboradores avaliaram
sua confiabilidade em familiares de pacientes com demência. Esses estudos mostraram que a
versão brasileira do Inventário de Sobrecarga do Cuidador é um instrumento padronizado,
válido e confiável para ser utilizado como uma medida da sobrecarga dos cuidadores. Esse
Inventario reflete a percepção do cuidador quanto à saúde, vida pessoal e social, situação
financeira, bem-estar pessoal e de relações interpessoais, desse modo será aplicado nos
familiares e é composto por 22 questões, sendo que as respostas variam em uma escala
ordinal de nunca (0) a quase sempre (4). Na última questão os escores são: nem um pouco (0),
um pouco (1), moderadamente (3), muito (3), extremamente (4). O escore global varia entre
zero e 88 e quanto maior o escore maior a percepção de sobrecarga. A classificação segue os
escores: ausência de sobrecarga (escores inferiores a 21), sobrecarga moderada a leve (escores
entre 21 e 40), sobrecarga moderada a severa (escores entre 41 a 60), sobrecarga intensa
(escores superiores a 61) (ZARIT, 1987).

3.3.9 ASPECTOS ÉTICOS


O projeto será encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa da Escola de
Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Ressalta-se que este estudo
está de acordo ao que preceitua a nova Resolução 466 de 12 de dezembro de 2012, atendendo
20

às exigências éticas e científicas fundamentais da pesquisa envolvendo seres humanos, visto


que a partir de 13 de junho de 2013, as novas normas regulamentadoras estavam vigentes em
todo território nacional (BRASIL, 2012).

3.3.10 ANÁLISE ESTATÍSTICA


Inicialmente será construído um banco de dados. Os dados AVALIAÇÃOdos serão,
primeiramente, organizados e digitados e submetidos à dupla validação no programa
Microsoft Excel (Microsoft Co, USA). Logo após, os dados serão importados para o
programa Statistical Package for Social Science (SPSS) para Windows módulo base e exact
test versão 17.0, onde serão submetidos à análise estatística. Os resultados serão descritos por
meio de média e desvios padrão (DP) para as variáveis quantitativas. O nível de significância
estatística adotado será de 5% (p<0,05). No caso de distribuição normal das respostas, o teste
ANOVA com medidas repetidas será utilizado. Caso contrário, os testes não-paramétricos
MannWhitney e Wilcoxon serão utilizados.

3.4 REFERÊNCIAS

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25

APENDICE

Etapa 1: Na primeira e segunda semana de treinamento você deverá realizar dez


minutos de aquecimento na intensidade de Percepção Subjetiva de Esforço (PSE) entre
1(muito, muito fácil) e 2 (fácil) na escala de BORG C10, posteriormente você deverá realizar
uma caminhada de trinta minutos, com velocidade constante na intensidade de PSE entre 3
(moderado) e 4 (um pouco difícil) na escala de BORG C10, e para finalização você deverá
realizar uma volta calma, em ritmo lento durante cinco minutos na intensidade de PSE entre 1
e 2 na escala de BORG C10.
ETAPA 1 (1º E 2º SEMANA DE TREINAMENTO)
TEMPO EXERCÍCIO ESCALA DE BORG
10 MIN AQUECIMENTO 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)
30 MIN CAMINHADA 3 (MODERADO) E 4 ( UM POUCO DIFÍCIL)
5 MIN VOLTA Á CALMA 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)

Etapa 2: Na terceira e quarta semana você deverá realizar cinco minutos de


aquecimento em intensidade de PSE entre 1 e 2 na escala de BORG C10, posteriormente
você deverá realizar uma caminhada de trinta e cinco minutos, com velocidade constante na
intensidade de PSE entre 3 e 4 na escala de BORG C10. Para finalizar você realizará uma
volta á calma em ritmo lento durante cinco minutos com a intensidade de PSE entre 1 e 2 da
escala de BORG C10.
ETAPA 2 (3º E 4º SEMANA DE TREINAMENTO)
TEMPO EXERCÍCIO ESCALA DE BORG
5 MIN AQUECIMENTO 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)
35 MIN CAMINHADA 3 (MODERADO) E 4 ( UM POUCO DIFÍCIL)
5 MIN VOLTA Á CALMA 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)

Etapa 3: Na quinta e sexta semana de treinamento, você deverá realizar um


aquecimento de cinco minutos em intensidade da PSE entre 1 e 2 da escala de BORG C10.
Posteriormente você deverá realizar uma corrida durante cinco minutos em intensidade 5
(difícil) a 6 (entre difícil e muito difícil) da PSE da escala de BORG C10, em seguida você
realizará uma caminhada de trinta minutos, com velocidade constante, mantendo a intensidade
da PSE entre 3 a 4. Para finalizar você realizará uma volta a calma em ritmo lento durante
cinco minutos com a intensidade da PSE de 1 a 2 da escala de BORG C10.
26

ETAPA 3 (5º E 6º SEMANA DE TREINAMENTO)


TEMPO EXERCÍCIO ESCALA DE BORG
5 MIN AQUECIMENTO 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)
5 MIN CORRIDA 5 (DÍFICIL) E 6 (ENTRE DIFÍCIL E MUITO DÍFICIL)
30 MIN CAMINHADA 3 (MODERADO) E 4 ( UM POUCO DIFÍCIL)
5 MIN VOLTA Á CALMA 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)

Etapa 4: Na sétima e oitava semana de treinamento você deverá realizar cinco minutos
de aquecimento em intensidade da PSE de 1 a 2 na escala de BORG C10. Posteriormente
você deverá realizar uma corrida durante cinco minutos em intensidade da PSE de 5 a 6 na escala de
BORG C10. Em seguida você deverá realizar uma caminhada de vinte e cinco minutos em intensidade
da PSE de 3 a 4 na escala de BORG C10. Posteriormente você realizara mais cinco minutos de corrida
em intensidade da PSE de 5 a 6 na escala de BORG10. No final, você realizará uma volta a calma de
cinco minutos em intensidade da PSE de 1 a 2 na escala de BORG C10.

ETAPA 4 (7º E 8º SEMANA DE TREINAMENTO)


TEMPO EXERCÍCIO ESCALA DE BORG
5 MIN AQUECIMENTO 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)
5 MIN CORRIDA 5 (DÍFICIL) E 6 (ENTRE DIFÍCIL E MUITO DÍFICIL)
25 MIN CAMINHADA 3 (MODERADO) E 4 ( UM POUCO DIFÍCIL)
5 MIN CORRIDA 5 (DÍFICIL) E 6 (ENTRE DIFÍCIL E MUITO DÍFICIL)
5 MIN VOLTA Á CALMA 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)

Etapa 5: Na nona e décima semana de treinamento você deverá realizar cinco minutos
de aquecimento em intensidade da PSE de 3 a 4 na escala da BORG C10. Posteriormente
você deverá realizar uma corrida de dez minutos em intensidade da PSE de 5 a 6 na escala de
BORG C10. Em seguida você deverá realizar mais uma caminhada de quinze minutos em
uma intensidade da PSE de 3 a 4 da escala de BORG C10. Posteriormente você realizará uma
corrida durante dez minutos em intensidade da PSE de 5 a 6 da escala de BORG C10. Para
finalizar você realizará uma volta a calma durante cinco minutos em intensidade da PSE de 1
a 2 da escala de BORG C10.
27

ETAPA 5 (8º E 9º SEMANA DE TREINAMENTO)


TEMPO EXERCÍCIO ESCALA DE BORG
5 MIN AQUECIMENTO 3 (MODERADO) E 4 ( UM POUCO DIFÍCIL)
10 MIN CORRIDA 5 (DÍFICIL) E 6 (ENTRE DIFÍCIL E MUITO DÍFICIL)
15 MIN CAMINHADA 3 (MODERADO) E 4 ( UM POUCO DIFÍCIL)
10 MIN CORRIDA 5 (DÍFICIL) E 6 (ENTRE DIFÍCIL E MUITO DÍFICIL)
5 MIN VOLTA Á CALMA 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)

Etapa 6: Na décima primeira e décima segunda semana de treinamento você deverá


realizar cinco minutos de aquecimento em intensidade da PSE de 3 a 4 na escala da BORG
C10. Em seguida você realizará uma corrida de vinte minutos em intensidade da PSE de 5 a 6 na
escala de BORG C10. Posteriormente você realizará mais uma caminhada de quinze minutos em uma
intensidade da PSE de 3 a 4 da escala de BORG C10. Para finalizar você deverá realizar uma volta a
calma em durante cinco minutos em intensidade da PSE de 1 a 2 da escala de BORG C10.

ETAPA 6 (11º E 12º SEMANA DE TREINAMENTO)


TEMPO EXERCÍCIO ESCALA DE BORG
5 MIN AQUECIMENTO 3 (MODERADO) E 4 ( UM POUCO DIFÍCIL)
20 MIN CORRIDA 5 (DÍFICIL) E 6 (ENTRE DIFÍCIL E MUITO DÍFICIL)
15 MIN CAMINHADA 3 (MODERADO) E 4 ( UM POUCO DIFÍCIL)
5 MIN VOLTA Á CALMA 1 (MUITO, MUITO FÁCIL) E 2 (FÁCIL)
28

Para auxiliar você durante o treinamento, segue a escala da PSE.


29

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

ATIVIDADES Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
2017
Revisão Bibliográfica                   X  X X
Encaminhamento ao Comitê
                   X X X
de Ética
2018
Revisão Bibliográfica X X X                  
Encaminhamento ao Comitê
X X                    
de Ética
Disciplinas X X X X X X X X X X X X
Preparo para AVALIAÇÃO
            X X X X X X
de Dados
Manutenção do campo para
                  X X X
AVALIAÇÃO de dados
Atualização da Revisão
              X X X X X
Bibliográfica e do Projeto
2019
Disciplinas X X X X X X X X X X X X
Atualização da Revisão
              X X X X X
Bibliográfica e do Projeto
Teste piloto X X X                  
AVALIAÇÃO de Dados          X X X X X X X X 
Organização e digitação dos
                    X
Dados
Construção do Banco de
                      X
Dados
2020
                         
AVALIAÇÃO de Dados   X X X X X X      
Organização e digitação dos
X X  X                  
Dados
Construção do Banco de
X X X X                 
Dados
Análise dos dados       X X X            
Atualização da Revisão
X X X X X              
Bibliográfica e do Projeto
Redação Final           X X X X X    
Encaminhamento do
                    X  
manuscrito para publicação
Defesa da Tese                       X

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