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EFEITOS DO TREINAMENTO FÍSICO COM EXERGAMES SOBRE VARIÁVEIS

FISIOLÓGICAS E PSICOBIOLÓGICAS RELACIONADAS À SAÚDE

21
INSTITUIÇÃO PROPONENTE:

Faculdade de Educação Física e Dança da Universidade Federal de Goiás

EQUIPE:

Universidade Federal de Goiás:

- Coordenador do projeto: Claudio Andre Barbosa de Lira, Laboratório de Avaliação do


Movimento Humano, Faculdade de Educação Física e Dança, Universidade Federal de
Goiás. http://lattes.cnpq.br/3289964716112944.

- Vice coordenador do projeto: Ricardo Borges Viana, Laboratório de Avaliação do


Movimento Humano, Faculdade de Educação Física e Dança, Universidade Federal de
Goiás. http://lattes.cnpq.br/5907695308629566.

- Vice coordenador do projeto: Wellington Fernando da Silva, Laboratório de Avaliação do


Movimento Humano, Faculdade de Educação Física e Dança, Universidade Federal de
Goiás. http://lattes.cnpq.br/4781640478633476.

- Wellington Fernando da Silva, Laboratório de Avaliação do Movimento Humano,


Faculdade de Educação Física e Dança, Universidade Federal de Goiás.
http://lattes.cnpq.br/4781640478633476.

Universidade Federal de São Paulo:

- Marília dos Santos Andrade, Departamento de Fisiologia, Escola Paulista de


Medicina/Universidade Federal de São Paulo. http://lattes.cnpq.br/8618739762906389.

Universidade Federal do Espírito Santo:

- Rodrigo Luiz Vancini, Centro de Educação Física e Desportos, Universidade Federal do


Espírito Santo. http://lattes.cnpq.br/6238454162158032.

Goiânia
2020
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SUMÁRIO

TABELAS, FIGURAS, APÊNDICES E ANEXOS


1 INTRODUÇÃO
1.1 Transtornos de ansiedade
1.1.1 Ansiedade e o exercício físico
1.2 Exergames
1.2.1 Exergames e ansiedade
2 OBJETIVOS
2.1 Objetivo geral
2.2 Objetivos específicos
3 HIPÓTESE
4 MÉTODOS
4.1 Aspectos éticos
4.2 Participantes
4.3 Delineamento experimental
4.4 Procedimentos experimentais
4.4.1 Anamnese – PAR-Q
4.4.2 Antropometria e avaliação da composição corporal
4.4.3 Teste de exercício cardiorespiratório
4.4.4 Avaliações dos níveis de ansiedade
4.4.5 Avaliações dos níveis de depressão
4.4.6 Frequência cardíaca
4.5 Protocolo de exercício físico
4.5.1 Sessão de treinamento com exergame
4.5.2 Grupo controle
4.6 Avaliação do consumo alimentar
4.7 Análise estatística
5 RECURSOS NECESSÁRIO
6 INFRAESTRUTURA
7 CRONOGRAMA
REFERÊNCIAS
APÊNDICES
ANEXOS
TABELAS, FIGURAS, APÊNDICES E ANEXOS

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Protocolo de treinamento Sports Athlete.


Tabela 2 - Orçamento detalhado da pesquisa.
Tabela 3 - Cronograma do primeiro ano da pesquisa referente aos anos 2021/2022.
Tabela 4 - Cronograma do segundo ano da pesquisa referente aos anos 2022/2023.
Tabela 5 - Cronograma do terceiro ano da pesquisa referente aos anos 2023/2024.
Tabela 6 - Cronograma do quarto ano da pesquisa referente aos anos 2024/2025.

LISTA DE FIGURA

Figura 1 – Delineamento Experimental do Estudo.

LISTA DE APÊNDICES

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO


APÊNDICE B - FICHA DE TESTE DE EXERCÍCIO CARDIORRESPIRATÓRIO
APÊNDICE C – FICHA DE ANOTAÇÕES DA SESSÃO DE TREINAMENTO COM
EXERGAME

ANEXOS

ANEXO A – PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA


ANEXO B - PARECER DO REGISTRO BRASILEIRO DE ENSAIOS CLÍNICOS
ANEXO C - G*POWER
ANEXO D - QUESTIONÁRIO DE PRONTIDÃO PARA ATIVIDADE FÍSICA (PAR-Q)
ANEXO E - INVENTÁRIO DE ANSIEDADE – IDATE-ESTADO
ANEXO F - INVENTÁRIO DE ANSIEDADE – IDATE-TRAÇO
ANEXO G - INVENTÁRIO DE DEPRESSÃO – BECK
ANEXO H - PROTOCOLO DE TREINAMENTO SPORTS ATHLETE
1INTRODUÇÃO

1.1 Transtornos de ansiedade

Estudos epidemiológicos mostram que milhões de pessoas apresentam algum tipo de


transtorno de saúde mental e que este número vem aumentando progressivamente,
principalmente nos países em desenvolvimento (VOS et al., 2016; WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2017). Especificamente com relação aos transtornos de ansiedade, a
Organização Mundial de Saúde (2017) revelou que estes transtornos afetavam
aproximadamente 264 milhões de pessoas em todo o mundo, apresentando um aumento de
14,9% em comparação com 2005 (VOS et al., 2016; WORLD HEALTH ORGANIZATION,
2017). Especificamente no Brasil, 9,3% da população apresentou transtornos de ansiedade e
isso representou o maior percentual de casos de transtorno de ansiedade entre todos os países
do mundo (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017).
Apesar da prevalência de transtornos de ansiedade ser maior em mulheres, os homens
também são acometidos por transtornos de ansiedade (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2017). De fato, quando observa-se a prevalência de transtornos de
ansiedade na região das Américas, essa prevalência entre homens e mulheres apresenta um
aumento no percentual quando comparada com as demais regiões (África, Europa,
Mediterrâneo oriental, sudeste Asiático e Pacífico ocidental). Esses dados são alarmantes e
como consequência ocorreu um aumento de 14,8% em comparação com 2005 dos anos
vividos com incapacidade (Years Lived with Disability) atribuídos aos transtornos de
ansiedade.
Quando se analisa quais são as principais causas de incapacidade no mundo, em 2015,
os transtornos de ansiedade se apresentavam entre as dez principais, ocupando a nona posição,
ficando atrás de cervicalgia e lombalgia, doenças do sistema sensorial, transtornos
depressivos, anemia por deficiência de ferro, doenças de pele, diabetes, enxaqueca e outros
distúrbios musculoesqueléticos (VOS et al., 2016).
De acordo com a Classificação Internacional das Doenças (CID), sistema que ajuda a
promover uma classificação e codificação das doenças e as suas amplas variedades de sinais,
sintomas entre outros (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2018), os transtornos de
ansiedade estão situados em uma subárea denominada ansiedade ou distúrbios relacionados ao
medo e incluem condições clínicas como o transtorno de ansiedade generalizada, a síndrome
do pânico, a agorafobia, a fobia específica, o transtorno de ansiedade social, o transtorno de
ansiedade de separação e o mutismo seletivo (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2018).
Outro documento utilizado para conceituar e classificar os transtornos de ansiedade é o
Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (Diagnostic and Statistical Manual
of Mental Disorders - DSM), criado pela Associação Americana de Psiquiatria (American
Psychiatric Association - APA), sendo considerado o mais importante para o diagnóstico e a
classificação de transtornos mentais (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
De acordo com o DSM, atualmente na versão nº5, os transtornos de ansiedade podem
incluir o transtorno de ansiedade de separação, o mutismo seletivo, a fobia específica, o
transtorno de ansiedade social, o transtorno de pânico, a agorafobia, o transtorno de ansiedade
generalizada, o transtorno de ansiedade devido à outra condição médica, outro transtorno de
ansiedade especificado e o transtorno de ansiedade não especificado (AMERICAN
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).
De maneira geral, a ansiedade é uma reação natural do nosso corpo ao stress (RANG
et al., 2004). Portanto, é importante ressaltar que nem sempre a ansiedade é uma doença
(AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014). O que se torna alarmante é o excesso
desse sentimento, no qual apresenta um quadro caracterizado por um estado emocional
transitório que envolve conflitos psicológicos e sentimentos desagradáveis de tensão, angústia
e sofrimento (RANG et al., 2004). Entre os sintomas da ansiedade estão os sintomas
cognitivos (medos, baixa concentração, confusão e distração), fisiológicos (tensão muscular,
aumento da frequência cardíaca e náusea), comportamentais (inquietação, agitação e
dificuldade em falar) e sintomas afetivos (impaciência e frustação) (RANG et al., 2004). Com
relação às formas de tratamento, os transtornos de ansiedade podem ser tratados por meio de
terapias farmacológicas e não farmacológicas (ANDRADE; DE LIRA, 2016; RANG et al.,
2004).
Os tratamentos farmacológicos para transtornos de ansiedade tornaram-se mais
toleráveis, disponíveis e numerosos nos últimos tempos entre os principais grupos de
fármacos ansiolíticos, podemos destacar: os benzodiazepínicos, os antidepressivos tricíclicos,
os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, os inibidores seletivos da recaptação de
serotonina e noradrenalina e β-bloqueadores (RANG et al., 2004).
A ação ansiolítica dos benzodiazepínicos (diazepam, lorazepam, bromazepam, entre
outros) é decorrente de sua ligação com receptores próprios (receptores benzodiazepínicos ou
ômega) localizados no complexo receptor benzodiazepínicos/receptor ácido gama-
aminobutírico (GABA)/canal de cloreto, facilitando a ação do GABA e, consequentemente, a
hiperpolarização celular pelo aumento do influxo de cloreto (RANG et al., 2004). Na ausência
do GABA, os benzodiazepínicos produzem efeitos pequenos ou quase nulos sobre a
capacidade de condução de cloreto (ANDRADE; DE LIRA, 2016; RANG et al., 2004).
Existem duas hipóteses para o mecanismo de ação, ambas decorrentes de sua ação
como agonista parcial dos receptores 5-HT1A que é um subtipo de receptor de serotonina
endógenos (5-HT) que se une aos neurotransmissores de serotonina endógenos (RANG et al.,
2004). A primeira hipótese é a atuação nos receptores pré-sinápticos somatodendríticos (auto-
receptores), diminuindo a frequência de disparos do neurônio serotonérgico pré-sináptico e a
segunda atuação como agonista parcial nos receptores pós-sinápticos, competindo com a 5-
HT por esses receptores e, consequentemente, reduzindo sua ação (RANG et al., 2004).
Os antidepressivos da classe dos tricíclicos (amitriptilina entre outros), são usados
ocasionalmente para tratar transtornos de ansiedade (RANG et al., 2004). Essas drogas atuam
no nível pré-sináptico, pois inibem a recaptação de monoaminas, principalmente serotonina e
norepinefrina (RANG et al., 2004). Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina
(exemplos: paroxetina e fluvoxamina) e os inibidores seletivos da recaptação de serotonina e
noradrenalina (exemplos: venlafaxina e milnaciprano) apresentam resultados positivos em
relação à redução dos transtornos de ansiedade (RANG et al., 2004).
As terapias não-farmacológicas como psicoterapias (métodos de terapias cognitivas e
comportamentais) (ANDRADE; DE LIRA, 2016) e os exercícios físicos (ANDERSON;
SHIVAKUMAR, 2013) são estratégias que também podem contribuir para a redução dos
níveis de ansiedade. A seguir, discutiremos os efeitos do exercício físico sobre os transtornos
de ansiedade.

1.1.1 Ansiedade e o exercício físico

A relação entre os efeitos benéficos do exercício físico e os transtornos de ansiedade


são apontados em diversos estudos que abordam os benefícios psicológicos desta modalidade
como, por exemplo, treinamento de força e aeróbio (ENSARI et al., 2015; GORDON et al.,
2017). De fato, o exercício físico é uma importante ferramenta terapêutica não
medicamentosa para o tratamento dos transtornos de ansiedade (ANDERSON;
SHIVAKUMAR, 2013).
Algumas hipóteses fisiológicas foram levantadas para explicar os efeitos dos
exercícios físicos na redução dos níveis de ansiedade. A primeira hipótese é a das
monoaminas, em especial a noradrenalina e a serotonina. Esses neurotransmissores
apresentam uma possível adaptação neuronal induzida pelos exercícios físicos (ANDERSON;
SHIVAKUMAR, 2013). O neurotransmissor noradrenalina apresenta um mecanismo protetor
contra o stress, sendo essa proteção atribuída à expressão da galanina no locus coeruleus ou
cerúleo (ANDERSON; SHIVAKUMAR, 2013). A galanina hiperpolariza os neurônios
noradrenérgicos e inibe o disparo neuronal do locus coeruleus, levando à supressão da
liberação de noradrenalina (ANDERSON; SHIVAKUMAR, 2013. O exercício físico melhora
as adaptações neurais contra estímulos prejudiciais associados ao stress, pois reduz os níveis
de noradrenalina para áreas alvo, por exemplo, no córtex frontal no qual limita o
comportamento da ansiedade (ANDERSON; SHIVAKUMAR, 2013).
A segunda hipótese é do aumento dos níveis de fator neurotrófico derivado do cérebro
(Brain derived neurotrophic fator [BDNF]). Assim, comportamentos ansiosos induzidos pelo
estresse estão possivelmente relacionados com a diminuição dos níveis dos fatores BDNF,
especialmente no hipocampo (ANDERSON; SHIVAKUMAR, 2013). Portanto, o exercício
físico contribui para o aumento dos níveis do BDNF no hipocampo, aumentando os níveis de
serotonina (ANDERSON; SHIVAKUMAR, 2013; ANDRADE; DE LIRA, 2016).
Em relação aos benefícios do exercício físico na redução dos níveis de ansiedade a
literatura mostra efeitos positivos dos protocolos de treinamento crônico e intervenções
agudas de treinamento (ENSARI et al., 2015; GORDON et al., 2017; VIANA et al., 2020).
Por exemplo, Gordon et al. (2017) observaram redução dos níveis de ansiedade em protocolos
de treinamento de força que foram realizados de 2 a 5 vezes por semana por um período de 11
semanas em população clínica e saudável. Em relação aos benefícios do exercício físico em
intervenções agudas Ensari et al. (2015) observaram uma redução dos níveis de ansiedade em
uma população clínica e saudável que realizaram intervenções de 10 até 60 minutos. Diante
do exposto, observa-se que o exercício físico pode apresentar um papel relevante no
tratamento dos transtornos de ansiedade (ENSARI et al., 2015; GORDON et al., 2017).
Frente a isso, nas últimas décadas, surgiram diversas modalidades alternativas de
exercício físico com o intuito de atrair a população e, consequentemente, diminuir os níveis
de ansiedade (ENSARI et al., 2015; GORDON et al., 2017; VIANA et al., 2020). Dentre estas
modalidades alternativas, os jogos eletrônicos ativos, conhecidos como exergames, surgiram
como uma possível ferramenta interessante capaz de estimular os participantes a se engajarem
em um programa de atividade física regular.

1.2 Exergames

Os videogames, por muitos anos, foram vistos como uma atividade em comportamento
sedentário, muitas vezes associados ao sobrepeso e obesidade (VIANA et al., 2020).
Entretanto, uma nova geração de videogames ativos surgiu permitindo que os jogos nestes
consoles fossem ativos fisicamente, esta geração de videogames é conhecida como exergames
(VIANA et al., 2020).
A literatura apresenta diversas maneiras para designar essa interação ativa entre os
jogadores e o videogame, tais como: exergames, exergaming, active vídeo game, physical
gaming, virtual reality game, exercise game, digital exercise, entre outras (VIANA et al.,
2020). No presente estudo será adotada a expressão exergames pelo fato de ser a mais
utilizada pela literatura.
Resumidamente, esses equipamentos permitem a realização de exercício físico por
meio da interação dos jogadores com sensores de movimentos (por exemplo, Kinect®)
presentes em alguns videogames (VIANA et al., 2020). De fato, esses equipamentos se
apresentam como uma possível estratégia capaz de estimular os participantes a se engajarem
em programas de exercício regular e consequentemente diminuir níveis de ansiedade sem sair
de casa (VIANA et al., 2020).
Estudos prévios indicam que a prática de exercício físico com a utilização dos diversos
protocolos com os exergames proporcionam intensidade suficiente para atender às
recomendações do American College of Sports Medicine para exercícios físicos de
intensidade moderada (ANDRADE; DE LIRA, 2016; VIANA et al., 2020).
Amiúde, os exergames são caracterizados por serem atividades aeróbias, que
promovem um aumento no gasto energético e no consumo de oxigênio ( V̇ O2) durante o jogo,
influenciando o balanço energético diário do participante (VIANA et al., 2020). As pesquisas
envolvendo os exergames investigaram os efeitos dessas intervenções sobre as respostas
cardiovasculares, gasto energético e ansiedade (VIANA et al., 2020). Entretanto, pelo menos
do que é do nosso conhecimento, menos se sabe sobre o binômio exergames e ansiedade
(VIANA et al., 2020).

1.2.1 Exergames e ansiedade

Como mencionado anteriormente, a maioria dos estudos de intervenção em saúde que


empregam exergames se concentraram em outras características e não nos aspectos
biopsicobiológicos como os níveis de ansiedade. Os efeitos biopsicobiológicos, além de
efeitos fisiológicos, podem servir como um indicador da eficácia dos exergames, uma vez que
os efeitos psicológicos da prática de exercícios físicos com exergames se apresentam como
uma possível ferramenta para prevenção dos transtornos de ansiedade (VIANA et al., 2020).
Apesar dos avanços na compreensão dos efeitos fisiológicos dos exergames as
evidências sobre os efeitos dos exergames nos transtornos de ansiedade são contraditórias
(VIANA et al., 2020). Por exemplo, Viana et al. (2020) observaram redução dos níveis de
ansiedade em população clínica e saudável que utilizaram os diversos protocolos de
exergames, embora os exergames tenham proporcionado uma redução significante nos níveis
de ansiedade em diferentes populações, esses resultados não foram superiores quando
comparado com o grupo controle, ou seja, sem a realização de exercício físico.
Considerando o aumento dos transtornos de ansiedade no Brasil e grande parte da
população não se interessar nas modalidades de treinamentos tradicionais, existe
possivelmente uma grande chance do aumento da prevalência e desenvolvimentos de
transtornos de ansiedade e depressão na população masculina e feminina (WORLD HEALTH
ORGANIZATION, 2017). Apesar da prevalência de transtornos de ansiedade ser maior em
mulheres, os homens também são acometidos por transtornos de ansiedade e depressão
(WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017). Além do mais, quando comparado com a
média mundial, a prevalência de ansiedade e depressão em homens e mulheres na região das
Américas apresenta um percentual maior em comparação com a média mundial (WORLD
HEALTH ORGANIZATION, 2017). Pelo menos do que é do nosso conhecimento, poucos
estudos avaliaram os efeitos crônicos de um protocolo de treinamento com exergames sobre
as referidas variáveis da ansiedade e depressão. Portanto, essa lacuna merece elucidação é a
comparação entre os efeitos crônicos dos exergames com um protocolo controle nesta
população.

2 OBJETIVOS

2.1 Objetivo geral

- Comparar os efeitos de um treinamento de oito semanas realizado com exercício físico


no exergame sobre as variáveis psicobiológicas.
-
2.2 Objetivos específicos

- Avaliar o nível de ansiedade, depressão e raiva em fisiculturistas pré-competição.


-
- Avaliar o nível de ansiedade em fisiculturistas.
- Avaliar o nível de depressão em fisiculturistas.
- Avaliar o nível de raiva em fisiculturistas.
- Avaliar o nível de afetividade dos fisiculturistas.
-
-
-
- Avaliar o nível de ansiedade, depressão e raiva em pessoas presentes no campeonato
de fisiculturismo que não estão competindo.
- Comparar as diferenças de ansiedade, depressão e raiva entre os sexos de
fisiculturistas pré competição.
- Comparar as diferenças de ansiedade, depressão e raiva entre os sexos de pessoas
presentes no campeonato que não estão competindo.
- Comparar as diferenças de ansiedade, depressão e raiva entre os fisiculturistas em pré
competição e as pessoas presentes no campeonato que não estão competindo.

3 HIPÓTESE

H0: Não haverá diferença na ansiedade-estado, depressão raiva e afetividade após a fase pré-
competição nos atletas
HÁ: Haverá diferença na ansiedade-estado, depressão raiva e afetividade após a fase pré-
competição nos atletas

Nossa hipótese básica é que o durante o período de pré-competição de campeonatos de


fisiculturismo, ocorra uma estado de raiva e um estado de ansiedade elevado nos
competidores em relação as pessoas que não estão competindo. Possivelmente, devido ao
processo de restrição calórico, utilização de recursos hormonais que elevam os índices de
raiva e ansiedade e ao protocolo extenuante de treinamento de musculação e aeróbio.

4 MÉTODOS

4.1 Aspectos éticos

Os procedimentos experimentais do estudo foram aprovados pelo Comitê de Ética em


Pesquisa da Universidade Federal de Goiás, parecer CAAE: 89043718.4.0000.5083 (ANEXO
A) e Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC) identificador primário: RBR-8wrtq9
(ANEXO B) e seguirão as diretrizes da resolução n° 466/2012 do Conselho Nacional de
Saúde para procedimentos envolvendo seres humanos e os princípios éticos descritos na
Declaração de Helsinque.Todos os procedimentos experimentais desse estudo serão
submetidos ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás e Registro
Brasileiro de Ensaios Clínicos (ReBEC). Os participantes receberão instruções prévias acerca
dos objetivos, benefícios e riscos inerentes aos protocolos experimentais do estudo, além de
garantia de sigilo de sua identificação e resultados. Os participantes que concordarem em
participar do estudo assinarão o termo de consentimento livre e esclarecido (APÊNDICE – 1).
Todos os procedimentos estão de acordo com as diretrizes da resolução n° 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde para procedimentos envolvendo seres humanos e os princípios
éticos descritos na Declaração de Helsinque.

4.2 Participantes

Os participantes serão recrutados entre os competidores e competidoras dos


campeonatos de fisiculturismo chancelado pela National Physique Committee (NPC),
principalmente os que são promovidos pela Goiás Fitness e Fisiculturismo (GOFF) por meio
de abordagem direta aos personagens durante o momento anterior ao dia da competição, o dia
da pesagem. Sendo que, o público não competidor que será como base para a comparação do
presente estudo serão recrutados no mesmo ambiente.
O tamanho da amostra foi calculado utilizado o programa estatístico G*Power
version 3.1.9.7; Frans Faul, University of Kiel, Germany). Para tanto, foram utilizados os
dados obtidos por Hale e Raglin (2002) que avaliaram a ansiedade em 42 participantes
universitários com idade média de 21,8±45 anos submetidos a um protocolo de
treinamento aeróbio com supervisão de um profissional durante 8 semanas. Neste
contexto, serão necessários 24 participantes para atingir um poder estatístico de 0,95 e
um valor de p 0,05 com uma effect size “médio” (0,06) (ANEXO C).
Os seguintes critérios de inclusão serão adotados: I) ter idade superior à 18; II) Estar
presente na modalidade esportiva por pelo menos 12 meses; III) ser do sexo feminino. Os
seguintes critérios de exclusão serão adotados: I) Uso contínuo de medicamentos ansiolíticos;
II) consumo de drogas psicotrópicas.

4.3 Delineamento experimental

Os participantes selecionados deverão assinar o Termo de consentimento livre e


esclarecido (APÊNDICE A) e serão submetidos a avaliação de transtornos de humor
(ansiedade e depressão). Na visita única será realizado a antropometria, avaliação da
composição corporal, aplicação dos questionários de ansiedade e depressão e o questionário
de raiva. Os participantes do grupo não competidores serão submetidos às mesmas
avaliações. A Figura 1 apresenta de modo simplificado a delineamento experimental do
estudo.
Figura 1– Delineamento Experimental do Estudo.
TCLE: Termo de consentimento livre e esclarecido; PAR-Q: Questionário de prontidão para atividade física;
IDATE-T: Inventário de ansiedade traço. IDATE-E: Inventário de ansiedade estado. TECR: Teste de exercício
cardiorrespiratório; *Ordem determinada por sorteio.

4.4 Procedimentos experimentais

4.4.1 Anamnese – PAR-Q (Quero utilizar questionário socioeconômico.)

A anamnese será realizada através do Physical Activity Readiness Questionnaire ou


Questionário de Prontidão para Atividade Física (PAR-Q) (ANEXO D). Este questionário é
sugerido como padrão mínimo de avaliação pré-participação a um programa de exercício.
Resumidamente, este questionário tem por objetivo identificar indivíduos que precisam de
liberação médica para realizar um teste de esforço máximo ou para ingressar em um programa
de exercícios. Quando detectado por meio do questionário algum risco, o participante será
excluído da amostra e orientado a procurar um médico antes de iniciar qualquer atividade
física.

4.4.2 Antropometria e avaliação da composição corporal

A massa corporal será medida por meio de uma balança eletrônica/digital com
resolução de 50 gramas (peso mínimo 5kg – máximo 150 kg) (Omron, HN-289, EUA). Sendo
mensurada com o indivíduo descalço e com o mínimo de roupas possíveis, de costas para a
balança, com o corpo ereto e cabeça no plano de Frankfurt (FONTOURA; FORMENTIN;
ABECH, 2008).
A estatura será medida por meio de um estadiômetro com campo de medição de até
200 cm (Caumaq, Brasil). Essa medida será realizada com o avaliador descalço e em posição
ortostática, inspirando profundamente, prendendo a respiração e olhando para o plano de
Frankfurt (FONTOURA; FORMENTIN; ABECH, 2008). A medida das circunferências, será
realizada com uma trena metálica antropométrica (Sanny®, Brasil) com escala de graduação a
cada milímetro. Esse equipamento será aplicado levemente na superfície cutânea de maneira
que fique justa, porém, não apertada, evitando a compressão da pele (FONTOURA;
FORMENTIN; ABECH, 2008). As seguintes circunferências serão medidas: pescoço, ombro,
tórax, cintura, abdômen, quadril, braço relaxado e flexionado (contraído), antebraço, coxa
(proximal, medial e distal) e panturrilha conforme recomendações de Fontoura et al. (2008).
Neste sentido, com os dados antropométricos, será calculado o índice de massa corporal por
meio da seguinte fórmula:

IMC = MC (kg) / Estatura (metros²)


, onde MC é a massa corporal.

Para a determinação da composição corporal dos indivíduos será adotado o método de


somatória de dobras cutâneas. Com relação à somatória das dobras cutâneas, serão avaliadas
as seguintes dobras: bíceps, tríceps, axilar média, subescapular, supraíliaca, abdômen, peitoral
e coxa medial. Para tanto, um único avaliador, com experiência na técnica, será o responsável
pelas medidas. Será utilizado um plicômetro científico da marca Sanny®, com precisão de
0,5mm. A partir dos valores mensurados será estimada a densidade corporal (DC), utilizando-
se a seguinte equação: DC= 1,1765 - 0,0744 x log10 (Σ Dobra cutânea subescapular +Dobra
cutânea triceptal + Dobra cutânea suprailíaca + Dobra cutânea biceptal) (equação para o
gênero masculino) (FONTOURA; FORMENTIN; ABECH, 2008).
Posteriormente, para conversão da DC em %GC será utilizado a equação %G= [1.112-
0.00043499 x (Σ Dobra cutânea subescapular + Dobra cutânea axilar média + Dobra cutânea
triceptal + Dobra cutânea supraíliaca + Dobra cutânea abdominal + Dobra cutânea peitoral +
Dobra cutânea coxa medial) + 0.00000055 x (Σ Dobra cutânea axilar média + Dobra cutânea
triceptal + Dobra cutânea subescapular + Dobra cutânea supraíliaca + Dobra cutânea
abdominal + Dobra cutânea peitoral + Dobra cutânea coxa medial) 2 - 0.00028826 x (idade)]
(FONTOURA; FORMENTIN; ABECH, 2008).

4.4.4 Avaliações dos níveis de ansiedade

Os níveis de ansiedade serão avaliados por meio do IDATE- E e IDATE- T traduzido


e validado para o português brasileiro (BIAGGIO; NATALICIO, 1979). Trata-se de um
instrumento de autopreenchimento, dividido em duas partes, sendo que o IDATE-E (ANEXO
E) avalia como o indivíduo se sente no “momento” e o IDATE-T (ANEXO F) avalia como o
indivíduo geralmente se sente (BIAGGIO; NATALICIO, 1979).
Cada uma das partes do IDATE -E e IDATE-T possuem 20 itens que englobam
sintomas e atitudes inerentes à ansiedade. Para o IDATE-E, cada item será avaliado em uma
escala Likert de quatro pontos (1 a 4), onde 1 se refere a “absolutamente não”, 2 a “um
pouco”, 3 a “bastante” e 4 “a muitíssimo” e para o IDATE-T, cada item também será avaliado
por meio de uma escala Likert de quatro pontos (1 a 4), onde 1 se refere a “quase nunca”, 2 a
“às vezes”, 3 a “frequentemente” e 4 a “quase sempre” (BIAGGIO; NATALICIO, 1979).
A pontuação de cada uma das partes do IDATE varia de um mínimo de 20 a um
máximo de 80 (BIAGGIO; NATALICIO, 1979). Uma pontuação de 20 a ≤ 30, variando de 31
a 49 e ≥ 50, indicará leve, intermediário e alto nível de ansiedade, respectivamente
(BIAGGIO; NATALICIO, 1979). Escolhemos o inventário de ansiedade (IDATE-E e
IDATE-T) devido à sua fácil aplicação, baixo custo e aceitação pela comunidade científica
(BIAGGIO; NATALICIO, 1979). Esse instrumento apresenta coeficientes de consistência
interna da ansiedade traço e estado classificados como “bom”, apresentando um alfa de
Cronbach de 0,93 e 0,87, respectivamente.

4.4.5 Avaliações dos níveis de depressão

Para avaliação da depressão será utilizado o inventário de depressão de Beck (ANEXO


G). O questionário évalidado para a língua portuguesa por Gorenstein & Andrade (1998) e
consiste em um questionário com 21 itens, relacionados a sintomas e atitudes característicos
de depressão, onde a intensidade varia de 0 a 3 e a pontuação varia de 0 a 63 pontos. Tais
itens se referem a componentes cognitivos, afetivos, comportamentais e somáticos da
depressão. A pontuação total permitirá a classificação da depressão em níveis onde:
pontuação de 0 a 13, nenhuma depressão, pontuação de 14 a 19, depressão leve, pontuação de
20 a 28, depressão moderada e pontuação de 29 a 63, depressão grave.

4.4.7. Avaliação da raiva

Para avaliar a raiva, há um questionário já validado e traduzido para o Brasil, o Inventário de


Expressão de Raiva Estado-Traço (traduzido do inglês, State-Trait Anger Expression
Inventory - STAXI) (DE AZEVEDO et al., 2010). Trata-se de um questionário composto por
44 itens, com seis escalas e duas subescalas: estado de raiva, com dez itens, medindo a
intensidade da raiva em um determinado momento; traço de raiva, com dez itens, medindo as
características individuais da vivência de raiva, esta possui duas subescalas, temperamento
raivoso, com quatro itens, mede apropensão para vivenciar a raiva e a reação de raiva, com
quatro itens, que mede características individuais para expressar raiva quando criticado ou
tratada de maneira injusta; raiva para dentro, com oito itens que mede o quanto o indivíduo
suprime a raiva; raiva para fora, com oito itens, mede o quanto o indivíduo expressa a raiva
em relação as outras pessoas; expressão de raiva, baseada nas respostas de 24 itens das escalas
raiva para dentro, raiva para fora; e controle de raiva, que fornece um índice geral da raiva
expressada, sem levar em conta a direção desta expressão. O cálculo de cada uma destas
escalas é feito com somatório de diferentes itens.

Este inventário já foi usado para avaliar níveis de raiva e exercício físico, bem como efeito do
exercício na raiva (HASSMÉN; KOIVULA; UUTELA, 2000; THOM et al., 2019).

4.5.2 Grupo não competição

Os participantes do não competição serão expostos ao mesmos testes de avaliação de


maneira idêntica.

4.7 Análise estatística

A normalidade dos dados será testada pelo teste de Shapiro - Wilk, para analisar quais
variáveis apresentam uma distribuição normal e não normal. Será realizado uma análise de
variância de medida repetida com dois fatores internos (ANOVA de duas vias de medidas
repetidas) (tempo [pré x pós-sessão] x condição [Sessão de treinamento com exergame x
grupo controle]) para comparar os níveis de ansiedade. O teste de Q de Cochran será utilizado
para comparar as proporções de participantes com níveis de ansiedade leve, intermediário e
alto antes e após a sessão de treinamento com exergame. Outra análise de variância de medida
repetida com dois fatores internos será utilizada no tempo [pré x pós-sessão] x condição
[Sessão de treinamento com exergame x grupo controle]) para comparar os níveis de
depressão. O teste de Q de Cochran será utilizado para comparar as proporções de
participantes com níveis de depressão leve, moderada e grave antes e após a sessão de
treinamento com exergame. Quando necessário, o Post Hoc de Sidak será usado para localizar
diferenças entre médias.
As variáveis que apresentarem uma distribuição normal (p≥ 0,05) serão analisadas
pelo teste “t” de Student para comparar as médias e desvio padrão. Para as variáveis que não
apresentarem uma distribuição normal (p< 0,05) serão analisadas pelo teste Wilcoxon para
comparar as medianas e intervalo interquartil. Um nível de significância adotado será de 5%
para todos os testes estatísticos. Todos os dados serão analisados por meio do Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0 (IBM Corp., Armonk, NY, EUA). O
programa G* Power (version 3.1.2; Frans Faul, Universityof Kiel, Germany) será utilizado
para determinar o effect size ƒ de Cohen para as ANOVAs (tempo x condição). Assim, o
effect size ƒ de Cohen será convertido para d de Cohen através da equação d = ƒ x 2.
O d de Cohen para o teste t de Student será calculado através da equação:
d= Δ/(SD Δ / √ 2 x (1−r )). Assim, Δ, SDΔ e r representam a diferença média, desvio padrão da
diferença média e coeficiente de correlação. Os valores de d são classificados como “trivial”
(d < 0,2), “baixo” (0,2 ≤ d < 0,5)”, “moderado” (0,5 ≤ d < 0,8) e “largo” (d ≥ 0,8).
O effect size para o teste de Wilcoxon será calculado através da equação: r B=Z / √ N .
Assim, rB, Z e N representam a correlação rank-biserial, escore Z e tamanho da amostra. O rB
é classificado com base no coeficiente de correlação de Spearman com uma classificação
varia de “trivial” (rB < 0,10), “baixo” (0,10 ≤ rB < 0,30)”, “moderado” (0,30 ≤ rB < 0,50) e
“largo” (rB ≥ 0,50). Todos os dados serão apresentados como médias ± desvio padrão ou
mediana [intervalo interquartil], Delta (Δ), frequências absolutas, frequências relativas.

5 RECURSOS NECESSÁRIO

A tabela 2 apresenta de modo simplificado a organização do orçamento que será


utilizado na pesquisa.

Tabela 2- Orçamento detalhado da pesquisa.


Materiais* Valor Quantidade Valor Total
Unitário
Resma de papel A4 R$ 16,90 4 R$ 67,60
Canetas esferográficas (caixa) R$ 29,90 1 R$ 29,90
Álcool 70 – 1litro R$ 4,90 5 R$ 24,50
Papel Toalha – 1000 folhas R$ 9,98 4 R$ 39,92
Luvas de procedimentos latex (100 unidades) R$ 47,03 3 R$ 141,09
Água Sanitária – 5 litros R$ 26,00 3 R$ 78,00
Despesas com transporte dos pesquisadores aos locais - - R$ 2.400,00
de coleta**
Despesas referente a alimentação pesquisadores*** R$ 8,02 640 R$ 5.132,80
Orçamento total R$ 7.913,81****
*Orçamento referente a 11 de outubro de 2020. **Referente a R$ 50,00 de combustível mês.***Restaurante
Universitário (Referente a 8 meses letivos por ano com média de 20 dias letivos por mês). ****Materiais a
serem custeados com recursos dos próprios pesquisadores e/ou por recursos provenientes da aprovação do
projeto por agências de fomento à pesquisa.

6 INFRAESTRUTURA

O Laboratório dispõem dos seguintes equipamentos para a realização do projeto:


Balança eletrônica/digital com resolução de 50 gramas (peso mínimo 5kg – máximo 150 kg)
(Omron, HN-289, EUA), Console Xbox 360 Kinect®, televisor - Marca LG, modelo: 42LD650
- Full Hd 42, estadiômetro com campo de medição: até 200 cm (Caumaq, Brasil), esteira
(modelo ATL, Inbramed), impressora multifuncional para impressão dos questionários e dos
termos de consentimento livre e esclarecido, mobiliário de escritório, laptop, polar modelo
RS800, sistema metabólico (VO2000, MedGraphics) e profissionais especializados para
contribuir no presente projeto.

7 CRONOGRAMA

A presente pesquisa será realizada em um período de quatro anos e como já possui a


aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Goiás e Registro
Brasileiro de Ensaios Clínicos, a data de início prevista é 1 de março de 2021. As tabelas 3, 4,
5 e 6 apresentam de modo simplificado a organização do cronograma da pesquisa referente a
março de 2021 a março de 2025.

Tabela 3 - Cronograma do primeiro ano da pesquisa referente aos anos 2021/2022.


1º ano da pesquisa
Etapas Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Atualização bibliográfica X X X X X X X X X X X X
Padronização dos X X X X X
procedimentos
experimentais
Coleta de dados X X X X X X X
Tabulação e análise dos X X X X X X X
dados

Tabela 4- Cronograma do segundo ano da pesquisa referente aos anos 2022/2023.


2º ano da pesquisa
Etapas Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Atualização bibliográfica X X X X X X X X X X X X
Coleta de Dados X X X X X X X X X X X
Tabulação e análise dos X X X X X X X X X X X
dados
Redação do manuscrito a X X X X
ser submetido à publicação

Tabela 5 - Cronograma do terceiro ano da pesquisa referente aos anos 2023/2024.


3º ano da pesquisa
Etapas Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Atualização bibliográfica X X X X X X X X X X X X
Redação do manuscrito a X X X X X X X X X X X X
ser submetido à publicação
Qualificação da tese X
Apresentação parcial dos X* X**
resultados em congresso
*Congresso de Pesquisa, Ensino e Extensão – CONPEEX e Simpósio Internacional de Ciências do Esporte –
CELAFISCS. **Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde.

Tabela 6 - Cronograma do quarto ano da pesquisa referente aos anos 2024/2025.


4º ano da pesquisa
Etapas Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Atualização bibliográfica X X X X X X X X X X X X
Redação do manuscrito a X X X X X X X X
ser submetido à publicação
Submissão à publicação X*
Defesa da tese X
*Submissão para Games for Health Journal.

REFERÊNCIAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de


transtornos mentais [recurso eletrônico]: DSM-5. tradução: Maria Inês Corrêa
Nascimento., et al.; revisão técnica: Aristides Volpato Cordioli., et al. - Porto Alegre: Artmed,
2014.

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Frontiers in Psychiatry, v. 4, n. 27, p. 1–4, 2013.

ANDRADE, M. S.; DE LIRA, C. A. B. Fisiologia do Exercício. 1a ed. Barueri, SP.: Manole,


2016.

BIAGGIO; NATALICIO. Manual para o inventário de ansiedade Traço-Estado


(IDATE). Rio de Janeiro: [s.n.].

ENSARI, I. et al. Meta-analysis of acute exercise effects on state anxiety: an update of


randomized controlled trials over the past 25 years. Depression and Anxiety, v. 32, n. 8, p.
624–634, 2015.

FONTOURA, A. S.; FORMENTIN, C. M.; ABECH, E. A. Guia prático de avaliação física.


1. ed. São Paulo: Phorte, 2008.

GORDON, B. R. et al. The effects of resistance exercise training on anxiety: A meta -


analysis and meta - regression analysis of randomized controlled trials. Sports Medicine, v.
47, n. 12, p. 2521–2532, 2017.

GORENSTEIN, C.; ANDRADE, L. Inventário de depressão de Beck: propriedades


psicométricas da versão em português. Revista de Psiquiatria Clínica, v. 25, n. December
2015, p. 245–250, 1998.

HALE, B. S.; RAGLIN, J. S. State anxiety responses to acute resistance training and step
aerobic exercise across 8-weeks of training. Journal of Sports Medicine and Physical
Fitness, v. 42, n. 1, p. 108–112, 2002.

RANG, H. P. et al. Famacologia. trad. da 5 ed. Rio de Janeiro: [s.n.].

VIANA, R. B. et al. The effects of exergames on anxiety levels: A systematic review and
meta‐analysis. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, v. 00, 2020.

VOS, T. et al. Global, regional, and national incidence, prevalence, and years lived with
disability for 310 diseases and injuries, 1990–2015: a systematic analysis for the global
burden of disease study 2015. The Lancet, v. 388, n. 10053, 8 out. 2016.

WAGENER, T. L. et al. Psychological effects of dance-based group exergaming in obese


adolescents. Pediatric Obesity, v. 7, n. 5, 2012.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Depression and other common mental disorders:


global health estimates.Geneva: World Health Organization; 2017. Licence: CC BY-NC-SA
3.0 IGO, 2017.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. The ICD-11 classification of mental and


behavioural disorders - mortality and morbidity statistics. Disponível em:
<https://icd.who.int/browse11/l-m/en>. Acesso em: 10 dez. 2019.

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