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25/10/2016

DOENÇAS PÓS-COLHEITA

Marise C. Martins Parisi


APTA – Polo Centro Sul

11 de novembro de 2015

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DOENÇAS PÓS-COLHEITA

Doenças podem ser as principais causas de perdas


pós-colheita em produtos vegetais, podendo ocorrer
desde a colheita até o consumo do produto, nas
etapas de colheita, classificação, embalagem,
transporte, armazenamento, atacado, varejo e
consumo.

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TIPOS DE PERDAS PÓS-COLHEITA

As doenças pós-colheita podem causar três tipos de


perdas, segundo a extensão do dano (Henz, 2003):

1. “cosmética” ou superficial (alteração da aparência);

2. parcial (parte deteriorada pode ser descartada);

3. total (alteração da aparência, qualidade e


integridade).

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PERDAS COSMÉTICAS OU SUPERFICIAL

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PERDA PARCIAL

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PERDA TOTAL

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Tipos de perdas
Perdas superficial e parcial Perda total
(Qualitativas) (Quantitativas)

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Etapas de ocorrência dos danos pós-colheita

• Colheita: 4 -12%
• Casa de embalagem: 5 -15%
• Transporte: 2 - 8% 15 - 50%
• Comercialização: 3 - 10
• Consumo: 1 - 5%

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DOENÇAS PÓS-COLHEITA

 Agentes causais: fungos, bactérias e vírus

• Os fungos são responsáveis por 80 a 90 % do total de


perdas pós-colheita causadas por doenças.

• Frutos: mais infectados por fungos (pH menor de 4,5);


• Hortaliças: mais atacadas por bactérias (pH acima de 4,5).

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DOENÇAS PÓS-COLHEITA

 Os gêneros fúngicos mais associados com doenças


pós-colheita em frutos e hortaliças são: Alternaria,
Botrytis, Botryosphaeria, Colletotrichum, Diplodia,
Monilinia, Penicillium, Phomopsis, Rhizopus e
Sclerotinia, e os bacterianos, Pectobacterium e
Pseudomonas (Lima et al., 2006).

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DOENÇAS PÓS-COLHEITA

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DOENÇAS PÓS-COLHEITA

 Podem ter sua origem antes, durante ou após a colheita.

 Podem ser classificadas em:


- de pós-colheita típicas;
- quiescentes ou latentes.

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Doenças pós-colheita típicas


• Infecção em fruto maduro, geralmente via ferimentos.
• Sintomas observados em pouco tempo.

Penicillium Penicillium

Levedura Rhizopus

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Doenças quiescentes ou latentes


• Infecção em flor ou fruto jovem, com ou sem ferimento.
• Sintomas manifestam com determinado estádio de maturação.

Botrytis Colletotrichum

Guignardia Monilinia

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CONTROLE DAS DOENÇAS PÓS-COLHEITA

 Controle pré-colheita e na colheita.

 Controle pós-colheita.

“Toda tecnologia pós-colheita não é capaz


de melhorar a qualidade do produto, mas
visa conservá-la!”

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CONTROLE PRÉ-COLHEITA

As boas práticas agrícolas são indispensáveis para a


obtenção de uma matéria-prima de qualidade.

• Eliminação de fontes de inóculo (remoção e


destruição de material vegetal doente;
• uso de espaçamento adequado;
• uso de adubação equilibrada;
• sistema de irrigação adequado;
• controle químico pré-colheita.

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CONTROLE NA COLHEITA
• Planejamento da colheita (considerar previsão de chuva);

• colheita do produto no estádio de maturação ideal;

• colheita cuidadosa do produto, evitando danos mecânicos;

• limpeza e sanitização dos equipamentos e instrumentos


utilizados na colheita e no manuseio;

• uso de embalagens adequadas (normalmente caixas


plásticas), limpas, desinfetadas, empilhadas de forma a não
estar em contato com o solo e transportadas o mais rápido
possível para o processamento.

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CONTROLE NA COLHEITA

• Cuidados na colheita de pêssegos: uso de luvas.

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CONTROLE NA COLHEITA
• Uso de embalagens de colheita adequadas.

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CONTROLE NA COLHEITA (CAMPO)


Incidência* de injúrias pós-colheita em morangos colhidos em diferentes
recipientes nas safras 2008 a 2010. Total de seis levantamentos.

Recipiente de colheita Frutos Injúrias (%)


(no.)
Doenças Danos mecânicos

Cesta de madeira 724 54,01 b 18,09 ns

Cesta plástica 1580 34,43 a 16,33 ns

Cumbuca plástica de base trapezoidal 1568 31,63 a 14,73 ns

Cumbuca plástica de base reta 1824 33,11 a 17,93 ns

* Incidências seguidas pela mesma letra na coluna não diferem estatisticamente entre si pelo
teste de comparações múltiplas, segundo Zar (1999) (p=0,05). ns = não significativo.
Parisi, 2010. Dados não publicados.

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Controle pós-colheita

 Métodos culturais (cuidados nas operações


realizadas na casa de embalagem e nas etapas
subseqüentes)
 Métodos físicos (temperatura, gases e radiação)
 Métodos químicos
 Métodos biológicos
 Métodos alternativos

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CONTROLE CULTURAL

• Transporte cuidadoso do produto do local de colheita


até a casa de embalagem.
• seleção rigorosa dos produtos por grau de
maturação, tamanho, forma, e remoção dos produtos
injuriados.

• Limpeza dos equipamentos usados na classificação e


no armazenamento e da casa de embalagens.

• Condições adequadas de armazenamento.

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CONTROLE CULTURAL
• Redução de danos mecânicos nas diferentes etapas.

danos mecânicos: porta de entrada patógenos

• Retirada de produtos com


podridões (repasse).

• Trocas periódicas da água do pré-resfriamento e da


lavagem e/ou adição de sanitizantes.
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CONTROLE CULTURAL
• Revestimento do contentor com “saco-bolha”.

• Higienização da mesa classificadora.

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CONTROLE CULTURAL
• Melhoria na recepção dos frutos na esteira de
classificação (recobrimento almofadado).

2003 2005

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CONTROLE FÍSICO (Temperatura)


Termoterapia

Imersão de frutos em água aquecida (50 a 55ºC) por 10 min:


método padrão para controle pós-colheita de várias doenças.

 ponto térmico letal da maioria dos microrganismos


fitopatogênicos situa-se na faixa de 45 a 60 ºC.

 Mecanismo mais provável da morte em altas temperaturas:


desnaturação de proteínas e enzimas, importantes para o
metabolismo celular.

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CONTROLE FÍSICO (Temperatura)


Termoterapia
• Água quente: imersão ou pulverização
• Vapor aquecido
• Ar seco aquecido

* Normalmente: temperaturas de 50 a 55 oC.

Mamão: 47 - 49 oC /20 min (imersão)


42 oC /30 min + 49 oC /20 min - EUA

Manga: 50 oC /10 min ou 55 oC /5 min


46,1 oC /70 a 90 min - EUA

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CONTROLE FÍSICO (Temperatura) -


Refrigeração

Método físico mais antigo.

• Abacaxi - 10 oC
• Manga - 12 oC
• Banana - 14 oC
• Mamão - 10 oC
• Uva - 0-3 oC

As baixas temperaturas não destroem os patógenos,


retardam ou inibem o crescimento e as atividades.
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Pinta preta em goiabas “Kumagai” submetidas ou não a


refrigeração e inoculadas com Guignardia psidii

Sem refrigeração Com refrigeração

Fonte: Ferreira, A.F.G. (2006)

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Produto Tempo de conservação Benefício


Abacate 10 semanas médio
Banana 05 semanas alto
Caqui 10 semanas alto
Figo 02 semanas médio
Kiwi 08 meses alto
Limão 03 meses médio
Maçã 10 meses alto
Melão Cantaloupe 02 a 03 semanas médio
Morango 02 a 03 semanas alto
Pêra 08 meses alto
Pêssego/nectarina 06 semanas médio
Aspargo - médio
Brócolis - médio
Cebola/Alho 06 meses médio
Milho Doce 06 semanas médio
Repolho 04 meses médio
Tomate 03 semanas médio
Fonte: Brackmann, A. (2007)
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CONTROLE FÍSICO –
Atmosfera modificada e controlada

Atmosfera controlada (AC) = adição ou remoção de


gases da atmosfera de maneira controlada.
Níveis de O2: 1 a 3% e CO2 : 2 a 20%.

Atmosfera modificada (AM) = modificação da


atmosfera causada pela própria respiração do vegetal,
com aumento de CO2 e diminuição de O2.

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Atmosfera modificada
A B C G

D E F

Antracnose em goiabas “Kumagai” acondicionadas em


diferentes embalagens A – PD 900, B – PEBD 0,06, C –
PEBD 0,15, D – PP 0,6, E – PVC 17µ, F – PEAD e G -
Controle, nove dias após a inoculação.
Fonte: Soares, A.R. (2005)
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CONTROLE FÍSICO - Irradiação


 Método onde os alimentos, embalados ou a granel, são
submetidos a uma quantidade controlada de radiação
ionizante, por um período predeterminado.

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CONTROLE FÍSICO - Irradiação


 Reduz perdas causadas por:
- brotamento;
- maturação e envelhecimento;
- microrganismos e pragas.

 As radiações ionizantes usadas são os raios gama (emitidos


por Co60 e o Ce 137), raios X ou feixe de elétrons.

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CONTROLE FÍSICO - Irradiação

 DECRETO Nº 72.718, de 29/08/1973 - Estabelece


normas gerais sobre irradiação de alimentos.

 No Brasil: Resolução RDC/Anvisa no 21, de 26/01/2001,


regulamento técnico para irradiação de alimentos
(revogou as portarias no 09/1985 e 3/1989).

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CONTROLE FÍSICO - Irradiação

 O controle de doenças pela irradiação depende da:


- Resistência dos patógenos à irradiação;
- máxima dose tolerada pelo produto.

 Recomenda-se doses de até 10 kGy.


• Retardamento do amadurecimento de frutas: < de 1 kGy
• Inibição brotação de raízes e tubérculos: 0,05 a 0,15 kGy
• Controle de insetos em grãos: 0,1 a 2 kGy.

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CONTROLE FÍSICO - Irradiação

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CONTROLE FÍSICO - Irradiação

Logotipo denominado radura é usado pra identificar o alimento


irradiado.

embalagem suscetível
à irradiação

fonte de irradiação

alimento

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CONTROLE FÍSICO - Irradiação


Efeito da irradiação no alimento

• Ionização, resultando em efeitos químicos e biológicos.

Efeito sobre a constituição dos alimentos

• Pode induzir a formação de produtos radiolíticos (glicose, ácido


fórmico, dióxido de carbono).
• Pouco interfere nos nutrientes.
• As vitaminas B1 e C são sensíveis.

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CONTROLE FÍSICO - Irradiação


Exemplos do aumento da vida útil dos alimentos

Fonte: http://www.cena.usp.br/irradiacao/irradiacaoalimentos.htm

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CONTROLE FÍSICO - Irradiação

Apesar da radiação de alimentos ter sido adotada


pelos organismos internacionais de especialistas na
matéria, tais como a Organização Mundial de Saúde
(OMS) e a Organização das Nações Unidas para a
Alimentação e a Agricultura (FAO), a nível europeu,
esta técnica tem tido dificuldades em ser aceita. O
problema parece residir na falta de informação sobre
o que é que a técnica envolve e sobre os benefícios
que pode trazer em termos de segurança alimentar.

Fonte: http://www.eufic.org/article/pt/tecnologia-alimentar/processamento-alimentar/artid/irradiacao-dos-alimentos/

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CONTROLE QUÍMICO

1) Controle químico pré-colheita

2) Controle químico pós-colheita


Produtos residuais
Produtos sistêmicos

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CONTROLE QUÍMICO – Produtos residuais

• cloreto de benzalcônio (Fegatex): café.

• dicloran (Botran 750): pêssego (carência de 1 dia).

• iprodione (Rovral WP): maçã (carência de 3 dias).

• procloraz (Sportak 450 CE): mamão (carência de 1

dia) e manga (carência de 2 dias).

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CONTROLE QUÍMICO –
Produtos sistêmicos

Imidazóis:

• imazalil (Magnate 500): banana, citros, maçã,

mamão, manga e melão (carência de 3 dias).

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CONTROLE QUÍMICO

Vantagens

• Eficiência.

Desvantagens

• Permanência de resíduos e/ou odor nos vegetais;


• surgimento de estirpes resistentes do patógeno;
• fitotoxidez.

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CONTROLE BIOLÓGICO

 Uso de microorganismos saprófitas antagonistas aos


patógenos pós-colheita (Barkai-Golan, 2001).

Década de 80: ênfase à pesquisa envolvendo o controle


biológico das doenças pós-colheita de frutos, devido:
• Restrições do consumidor ao uso de agroquímicos em pós-
colheita de frutas para consumo in natura;
• surgimento de estirpes dos patógenos resistentes aos
fungicidas;
• perda de eficiência dos fungicidas registrados;
• ausência de registros de novas moléculas de fungicidas;
• diminuição da quantidade de resíduos tolerados nas frutas e
derivados comercializados.

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CONTROLE BIOLÓGICO

A estratégia usada era selecionar organismos


antagonistas, principalmente epífitas nas frutas, para
proteger frutas temperadas e citros, avaliando-
se bactérias e leveduras.

• Inicialmente os alvos a serem protegidos eram as


doenças causadas por ferimentos (ex.: podridões
causadas por espécies de Penicillium, Rhizopus,
Mucor e Alternaria em frutas).

• Depois: seleção de antagonistas aos patógenos com


penetração direta.
(gêneros Botrytis, Colletotrichum e Botryodiplodia).

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CONTROLE BIOLÓGICO

Estratégias para uso do controle biológico

1) microflora benéfica existente na superfície dos vegetais;


2) introdução de antagonistas.

Mecanismos de biocontrole das doenças em pós-colheita

• competição por nutrientes e por sítio de infecção;


• parasitismo,
• produção de compostos inibidores voláteis e não voláteis
produzidos pelos antagonistas,
• indução de resistência.

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Produtos comerciais registrados para o biocontrole de patógenos pós-colheita

Produto/organismo Formulação Patógeno


Aspire Pó molhável Botrytis spp.
Candida oleophila I-182 Penicillium spp.
Bio-save 100, Bio-save 1000 Células congeladas Botrytis cinerea
Pseudomonas syringae ESC-10 concentradas Penicillium spp.
Pó molhável Mucor pyriformis
Geotrichum candidum
Bio-save 110 Células congeladas Botrytis cinerea
Pseudomonas syringae ESC-11 concentradas Penicillium spp.
Pó molhável Mucor pyriformis
Geotrichum candidum
Serenade Monilinia fructicola
Bacillus subtilis QWT713
Serenade Pó molhável fungos e bactérias
Bacillus subtilis QWT713
Ampelomyces quisqualis M-10 Grânulos dispersíveis Oidium
Blight Ban, A506TM Bactérias
Pseudomonas fluorescens
Trichodex Botrytis cinerea
Trichoderma harzianum Colletotrichum spp.
Fulvia fulva
Monilinia laxa
Plasmopara viticola
Pseudoperonospora
cubensis

Fonte: Sanhueza, R.M.V. & . Janisiewicz. W.J. (2006)


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CONTROLE BIOLÓGICO
Após quase 35 anos de pesquisas, se observa que
persistem alguns desafios:

a) a dificuldade para se obter antagonistas com


amplo número de alvos;
b) o desafio dos antagonistas se estabelecerem nas
condições de armazenagem dos frutos;
c) competição dessas tecnologias com o uso de
fungicidas;
d) Falta de efeito erradicante e curativo dos
antagonistas.

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CONTROLE BIOLÓGICO
A nova abordagem de pesquisa sobre biofungicidas
para frutas propõe assegurar uma proteção mais
eficiente com uso de aditivos constituídos por produtos
naturais que têm efeito fungicida e/ou de indução de
resistência: sais; indutores de resistência e/ou com
extratos de plantas. Eles podem complementar a ação
dos antagonistas e podem compor ou não a formulação.
O uso da nanotecnologia contribuirá para aumentar a
eficácia desses produtos. Essas táticas atuais mudam
o paradigma de biocontrole de seleção de um
antagonista para cada patógeno como estratégia da
pesquisa e centram os objetivos na diminuição dos
danos pela diminuição do progresso ou supressão de
parte do processo da doença.

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CONTROLE BIOLÓGICO
Vantagens
• seguro para homem, animais e ambiente
(antagonistas biodegradáveis)

Desvantagens
• sensibilidade dos antagonistas as condições
ambientais;
• eficácia limitada de biocontrole em situações onde
vários patógenos estão envolvidos; sob alta pressão
de doença.

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MÉTODOS ALTERNATIVOS

• Uso de produtos naturais (ex.: óleos essenciais);


• Biofungicidas não seletivos: bicarbonato de sódio
ou potássio, cloreto de cálcio;
• Ceras;
• 1-MCP;
• UVC,
• Etc.

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USO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

Crescimento de Neofusicoccum parvum de goiaba em meio BDA acrescido ou não de


diferentes concentrações de óleo essencial de eucalipto (Eucalyptus staigeriana), 4
dias após a repicagem, sob 28 oC e fotoperíodo de 12 h.
Concentrações de 0, 500, 1000 (parte superior), 1500, 2000 e 2500 ppm (parte inferior), da
esquerda para a direita.

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USO DE ÓLEOS ESSENCIAIS

7.00

6.00
Diâmetro da lesão (cm)

5.00

4.00

3.00

2.00

1.00

0.00
4 5 6 8
Dias após a inoculação

Testemunha com água Testemunha com água + espalhante Preventivo 1500 ppm
Preventivo 2000 ppm Preventivo 2500 ppm

Diâmetro (cm) da podridão apical em goiabas brancas “Kumagai”, sete dias após a
inoculação com Neofusiccocum ribis, tratadas preventivamente com diferentes
concentrações de óleo de eucalipto). Média de 15 frutos por tratamento.

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Severidade (cm) da pinta preta em goiabas “Kumagai” submetidas a diferentes


tratamentos e inoculadas com Guignardia psidii
Tratamentos Severidade (cm)
Cloreto de benzalcônio (0,5%) 2,32 A
Cloreto de cálcio (6%) 2,50 A
Hipoclorito de sódio (75%) 2,60 A
Prochloraz (7%) 0,00 B
Thiabendazole (6%) 2,80 A
Refrigeração (10ºC) 0,00 B
Testemunha inoculada 3,01 A
CV (%) 7,44
Médias transformadas em arco seno da raiz de x + 0,5, mas apresentadas na forma original.
Médias seguidas por letras diferentes diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade.

2 3 4

1 1. Testemunha, 2. cloreto de
benzalcônio, 3. cloreto de cálcio,
4. hipoclorito de sódio, 5.
thiabendazole, 6. prochloraz e 7.
refrigeração.

5
6 7
Fonte: Ferreira, A.F.G. (2008)
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APLICAÇÃO DE CERA
A B

ameixa

C D E

nectarina

Ameixas inoculadas com Rhizopus sp. e nectarinas com


Monilinia fructicola tratadas preventivamente com água (A,
C), cera a 4,5% (D) e cera a 9% (B e E)
Fonte: Gonçalves, F.P. (2005)

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Goiabas “Kumagai” recobertas com cera (A), glúten (B), glúten + cera (C) e
controle (D), nove dias após a inoculação com Colletotrichum gloeosporioides
Fonte: Soares, A.R. (2005)
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CONTROLE FÍSICO - Radiação

UV-C UV-B UV-A


 280 nm 280–320 nm 320-390 nm

• Efeito germicida
• Indução de resistência (produção de substâncias
tóxicas aos patógenos)

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CONTROLE FÍSICO – UVC

70 62,7 70
57 57,6

Severidade média (mm)


Severidade média (mm)

60 a 60
50 b b 50 41,7
36,7 38,3
40 40
a
30 30 a a
20 20
10 10
0 0
0 1,4 5,2 0 1,4 5,2
-2
Doses de UV-C (KJm )
Doses de UV-C (KJm -2)

Podridão parda em nectarinas sob diferentes doses de UV-C, aplicada


de forma protetora (A) ou curativa (B).
Colunas seguidas das mesmas letras não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5%.

Fonte: Gonçalves, F.P. (2005)

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://extranet.agricultura.gov.br/
agrofit_cons/principal_agrofit_cons

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OBRIGADA!
marise@apta.sp.gov.br
Fone: (0xx) (19) 34211478

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