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na casa de Loba
Em que pese as instituições modernas agindo, o que temos visto é que o sexo
comercial deu lugar à uma verdadeira indústria. Cabe ressaltar que por “mercado do
sexo” compreende-se uma diversidade de serviços sexuais, e as gramáticas sociais,
moedas e tipos de transações são tão distintas, que chegam, cada uma delas, a constituir
mercados diferenciados e singulares. Prostituição, striptease, produções pornográficas e
busca de apoio econômico por parte de pessoas de camadas populares, marcada pela
mercantilização da sexualidade e sensualidade, são alguns, entre outros, da
multiplicidade de práticas do mercado do sexo que operam horizontes normativos e
regras sociais diferentes.
OBJETIVO ESPECÍFICO
Assim sendo, interessa pensar nesse momento quais valores estão em jogo no
processo de legitimação, significação e dominação na conservação ou subversão das
estruturas presentes no estudo e possíveis de serem captadas tanto nos termos de Pierre
Bourdieu e Anthony Giddens, localizadas em tempo e espaço determinados, assim
como as práticas que tem sido realizadas cotidianamente nesse campo e como são
experenciadas pela massagista Loba e seus familiares, visando as diferenças
materializadas em tempo e espaço delimitados, a fim de ilustrar como estereótipos que
prevalecem nos discursos mais recorrentes sobre o mercado do sexo em nada contribui
para o avanço do conhecimento sobre a sociedade e os fenômenos sociais, assim como
desafiar perspectivas atrás de uma compreensão mais abrangente dos fenômenos
pesquisados, trazendo exemplos desestabilizadores de crenças enraízadas nos
mecanismos de reprodução social e padrões reproduzidos através das regras instituídas.
OBJETIVO GERAL
Outro aspecto que este estudo pretende abordar para ampliar o estudo, articulado
com o objetivo principal de compreender estrutura/agência no campo estipulado, são
ações econômicas que trabalhadoras sexuais tem apresentado.
METODOLOGIA
Até o momento houve uma aproximação preliminar do local onde Loba reside e
trabalha e há garantia de acesso para a realização do campo de pesquisa.
REFERENCIAL TEÓRICO
Para Giddens (1989), a estrutura está conecta à prática dos indivíduos que agem
amparados no elemento significativo estrutural, dotado de legitimidade pela própria
adoção das normas que regem as ações. O constrangimento cultural, em relação a
agentes situados na estrutura, deriva do caráter objetivo das propriedades estruturais, ou
seja, é aquele que provém da contextualidade da ação e não pode ser modificado pelo
agente individual.
Sobre a professora Thays Wolfarth Mossi, docente deste PPG, observa-se que a
mesma tem estudado as temáticas trabalho, justiça, moral, reconhecimento,
envelhecimento, padrões estéticos e sindicatos. São fenômenos que ao longo da
pesquisa aparecerão como questões por vezes problemáticas e demonstram
convergência com as pesquisas da docente.