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ARQUITETURA CRISTALINA
ARQUITETURA CRISTALINA
Considerações preliminares
Definições básicas em cristalografia
As redes espaciais de Bravais
Estruturas metálicas
Alotropia/Polimorfismo
Direções e planos cristalográficos
Projeção estereográfica
Rede recíproca
Monocristal e Policristal
Anisotropia
Direção [0001]
Plano de
átomos
(0001)
Fotografia de difração de raios-X Diagrama esquemático que ilustra Estrutura cristalina hexagonal
para um monocristal de magnésio. como são produzidos os pontos na compacta do magnésio. A simetria
A grande mancha no centro é fotografia. hexagonal está indicada pelo
oriunda do feixe incidente, que é padrão de pontos de difração que
paralelo a uma direção foi gerado.
cristalográfica [0001].
Fotografia de uma
roda de magnésio
– uma roda de
Fotografia de um monocristal de automóvel de
magnésio que foi fraturado ao longo baixo peso feita
de um plano (0001). A direção em magnésio.
perpendicular a esse plano é uma
direção [0001].
Líquido
PF
Sólido
Tempo Tempo
PF
Temperatura
Um sólido cristalino, ao passar para o estado líquido, adquire uma estrutura completamente diferente,
de tal sorte que as propriedades físicas assumem nas duas fases, cristalina e líquida, valores distintos.
Em consequência, ao contrário do que acontece nos vidros, durante o aquecimento de um sólido
cristalino verificam-se descontinuidades na variação dos valores daquelas propriedades. As
temperaturas a que se verificam tais descontinuidades correspondem a alterações estruturais da matéria,
isto é, a mudanças de estado.
Estado gasoso:
a) Em constante movimento, os átomos ou
moléculas não estão em contato.
b) O número de partículas por unidade de
volume e sua velocidade dependem da
temperatura e da pressão.
c) Desordem completa.
agitação térmica
Escalares
Propriedades
Físicas Contínuas
Direcionais
Descontínuas
Qualquer propriedade física exprime uma relação entre grandezas associadas, susceptíveis de
medição. A capacidade calorífica, por exemplo, exprime uma relação entre calor cedido a um
corpo e o aumento de temperatura do mesmo; a massa específica de uma substância traduz a
razão existente entre massa e volume de qualquer corpo dessa substância; a condutibilidade
térmica relaciona um gradiente de temperatura com fluxo de calor.
Nos dois primeiros exemplos, as grandezas a medir não envolvem qualquer ideia de direção. Tais
propriedades são expressas por grandezas escalares, isto é, simplesmente por um número. Estas
propriedades, em cuja definição não intervém a direção, dizem-se escalares.
No terceiro exemplo citado, relacionam-se duas grandezas orientadas, que exigem vetores para
que fiquem perfeitamente determinadas. Tais propriedades, em cuja definição intervém o
conceito de direção, designam-se por vetoriais ou direcionais. Essas propriedades, geralmente,
assumem valores diferentes, consoante a direção considerada, pelo que uma grandeza escalar não
basta para as definir.
Para visualizar o comportamento de uma substância relativamente a determinada propriedade
direcional, é usual definir, a partir de um ponto do espaço, vetores que, pela sua amplitude e
direção, indiquem os valores assumidos por essa propriedade nas diferentes direções. Os
extremos desses vetores definem uma superfície representativa. Assim, propriedades
direcionais representáveis por quadráticas (geralmente elipsóides) são chamadas de direcionais
contínuas. Quando, por outro lado, as propriedades se afastam da forma de quadrática e que no
seu limite se representam por um feixe descontínuo de reta ou de plano, as propriedades são
chamadas de direcionais descontínuas. Exemplos do primeiro caso: dilatação térmica,
propriedades ópticas, condutibilidade térmica e elétrica. Exemplos do segundo caso: resistência
mecânica, difração de raios-X, velocidade de crescimento de faces cristalinas.
Tipos estruturais da matéria – Noção de cristal
Um cristal é geralmente definido como um sólido com seus átomos, moléculas ou
íons arranjados em um reticulado (rede) periódico tridimensional.
Idealmente, o arranjo mais estável dos átomos em um cristal será aquele que
minimiza a energia livre (*) por unidade de volume ou, em outras palavras, aquele
que:
a) Preserva a neutralidade elétrica;
b) Satisfaz o caráter direcional das ligações covalentes;
c) Minimiza as repulsões íon-íon;
d) Agrupa os átomos o mais compactamente possível.
Quando átomos estão ligados quimicamente uns aos outros, eles possuem
separações bem definidas de equilíbrio, que são determinadas por condições que
minimizem a energia total do sistema. Desta forma, em um sólido composto por
diversos átomos idênticos (ou por mais de um elemento) a energia é minimizada
somente quando cada átomo apresenta uma vizinhança idêntica.
Na construção de “edifícios” com uma energia interna mínima, quanto menor for a energia potencial de um tal
(*)
O cristal real pode se apresentar sob a forma de um poliedro, onde a sua forma e os ângulos
entre as faces bem definidas dependem das características da sua célula unitária.
Por outro lado, nem todos os sólidos são cristalinos. Alguns, como os vidros e as
resinas termorígidas são totalmente amorfos. Outros, como muitos termoplásticos
apresentam regiões cristalinas em uma matriz amorfa.
Os gases e a grande maioria dos líquidos não apresentam periodicidade nos seus
arranjos atômicos. Alguns líquidos, denominados cristais líquidos, apresentam
moléculas longas e pouco espessas que podem estar alinhadas paralelamente como
em um cristal.
Se num cristal, ao longo de uma dada direção, uma propriedade manifesta sempre
o mesmo valor, é porque as partículas materiais (átomos, íons ou moléculas) se
distribuem de maneira constante ao longo dessa direção. Mas, se noutra direção do
mesmo cristal aquela propriedade assume um valor diferente do anteriormente
verificado, é porque a distância constante entre as partículas nessa segunda direção
é diferente da que caracteriza a primeira.
O primeiro pesquisador que atentou para a relação entre a forma externa de um cristal e a
sua estrutura interna foi Johannes Kepler (1611). Em seu livro Strena Seu de Nive
Sexangula (talvez o primeiro tratado de cristalografia geométrica), ele especulou o motivo
pelo qual flocos de neve sempre possuem 6 lados, nunca 5 ou 7. Ele sugeriu que os flocos
seriam compostos por pequenos glóbulos de gelo e neve, que estariam empacotados e
criariam a estrutura de 6 lados.
Robert Hooke, no seu livro Micrographia publicado em 1665, generalizou essas ideias
para todos os cristais.
Esquema VII do livro de Hooke, mostrando cristais de uma peça de sílex (variedade do quartzo) fraturado.
Trabalhos pioneiros (2):
Figuras de Stensen, obtidas por seccionamento do prisma haxagonal, corrente nos cristais de quartzo.
Retículo, reticulado ou rede espacial : arranjo infinito de pontos no espaço, de tal sorte que
cada ponto tenha a mesma vizinhança.
Ponto (nó) do retículo: local onde se situam os átomos (ou íons ou moléculas).
Célula unitária: menor grupo de átomos portadores da simetria do cristal, e que quando
repetida em todas as direções desenvolve a rede cristalina. A célula define o tipo de rede.
Parâmetro da rede: é uma distância característica entre centros de dois átomos da rede. A
estrutura cristalina é definida por este parâmetro e pelo tipo da rede.
Direção cristalográfica: definida por todo segmento de reta que liga dois nós da rede.
Direções e planos de maior densidade atômica: direções e planos em que o espaço deixado
entre os átomos é mínimo. Nestas direções e planos é que a deformação plástica do cristal é
favorecida.
Distância interatômica mínima: menor distância entre dois átomos de uma determinada rede.
Número de átomos por célula: número de átomos que participa em cada célula. É calculado
contando-se o número de átomos de cada célula, e vendo em que proporção cada átomo
participa daquela célula. NA = Ni + Nf/2 + Nv/8 (Ni = interior; Nf = faces; Nv = vértices)
Ao olhar para certos elementos decorativos, como paredes recobertas de azulejo ou forradas
de papel, ou o desenho de alguns tecidos estampados, sobressai a harmonia do desenho
global, como resultado da distribuição regular dos elementos geométricos, ou figuras, que
os compõem. Esse sentimento de harmonia, de apaziguamento visual, é a expressão da
percepção, mesmo que inconsciente, de uma regularidade no esquema de repetição dos
elementos que compõem o desenho, ou seja, da simetria deste.
A existência de simetria pode ser usada como uma forma para classificação dos
cristais.
Repetição de um motivo num espaço
a duas dimensões.
(a) construção assimétrica.
(b) construção simétrica.
Exemplo de um edifício simétrico limitado: o tetraedro, sólido cujas faces são triângulos equiláteros.
Por conveniência, as 32 classes são agrupadas em 7 sistemas, conhecidos pelos seguintes nomes:
² Cúbico (5 classes possíveis)
² Tetragonal (7)
² Ortorrômbico (3)
² Monoclínico (3)
² Triclínico (2)
² Trigonal (5)
² Hexagonal (7)
Sistemas Cristalinos.
Exemplo de operadores de simetria de um cubo. Existem 3 eixos quaternários, 4 eixos
ternários e 6 eixos binários. Existem 3 espelhos {100} e 6 espelhos {110} (somente dois
são mostrados). O grau n de rotação de um eixo de simetria se refere a uma rotação de
(360/n)o que traz o sólido para uma posição coincidente ao original.
Os sete sistemas de simetria cristalinas, com operações relevantes.
As Redes Espaciais de Bravais
A presença, em muitas espécies minerais, de formas com simetria inferior à de paralelepípedo, sempre
embaraçou Haüy. Efetivamente, já que uma forma cristalográfica reproduz necessariamente a simetria
da molécula integrante, esta não tem naqueles minerais a simetria de paralelepípedo, e o seu
empilhamento não poderia, geralmente, preencher totalmente o espaço.
Esta dificuldade foi eliminada pela teoria que Auguste Bravais apresentou em 1848-1850, e que por
algum tempo substituiu a de Haüy.
Esta teoria pouco difere da de Haüy. A sua originalidade não reside no esquema de distribuição
periódica dos poliedros, mas na ideia de cristal aberto, onde as unidades estruturais estão separadas por
vazios. Bravais, como se vê, para caracterizar a estrutura cristalina dissociou-a em duas entidades
distintas: o motivo e o ritmo. Foi isso que lhe permitiu resolver a dificuldade acima referida.
O modo de distribuição das moléculas, embora implícito na teoria de Haüy, é geralmente designado por
“rede de Bravais”, dado o claro desenvolvimento matemático que Bravais lhe deu.
Operadores
de simetria Sistemas Redes de
(8) cristalinos Bravais
(7) (14)
Combinação entre
operadores de simetria
(interpenetração de redes)
Grupos
pontuais
(32) Grupos
espaciais
(230)
Os diferentes tamanhos e formas das células podem ser descritos
em termos dos parâmetros lineares e dos parâmetros angulares.
Parâmetros lineares: a ,b , c
Parâmetros angulares: a , b , g
Segundo Bravais, os pontos do reticulado podem estar arranjados de 14 maneiras diferentes
– redes de Bravais, envolvendo 7 sistemas diferentes – sistemas de Bravais.
Parâmetros lineares e parâmetros angulares dos 7 sistemas de Bravais.
Tabela Periódica com identificação das estruturas cristalinas adotadas pelos diversos elementos, na
temperatura ambiente. Cada elemento possui uma estrutura em função de sua distribuição eletrônica e
da natureza de suas ligações. McMahon e Graham (1992).
Arranjo de átomos em uma célula unitária
2a
Close-packed directions:
R length = 4R = 3 a
a
atoms volume
4
unit cell 2 p ( 3a/4 ) 3
3 atom
APF =
volume
a3
unit cell
Sítios intersticiais
atoms volume
4
unit cell 4 p ( 2a/4 ) 3
3 atom
APF =
volume
a3
unit cell
Exercício de fixação 2
Sítios intersticiais
• Projeção 3D • Projeção 2D
CCC CFC HC
d aÖ3/2 aÖ2/2 a
N 2 4 6
NC 8 12 12
a: parâmetro da rede
d: distância interatômica mínima
R: raio atômico
N: número de átomos por célula
NC: número de coordenação
APF: fator de empilhamento atômico
Interstícios octaédricos
e tetraédricos no Fe-a
/Fe-d e Fe-g.
Características das posições intersticiais no Fe-a e no Fe-g.
nm
Fe-α Fe-γ
nA
r =
VC NA
• Ex: Cr (CCC)
A = 52.00 g/mol
R = 0.125 nm
n=2
R
a a = 4R/ 3 = 0.2887 nm
atoms
g
unit cell 2 52.00 rteórica = 7.18 g/cm3
mol
r= rreal = 7.19 g/cm3
a 3 6.023 x 1023
volume atoms
unit cell mol
Exercício de fixação 3
Classes de Densidade de Materiais
Em geral Graphite/
Metals/ Composites/
rmetais > rcerâmicos > rpolímeros Alloys
Ceramics/
Semicond
Polymers
fibers
30
Por que? 20 Platinum *GFRE, CFRE, & AFRE are Glass,
Gold, W
Tantalum Carbon, & Aramid Fiber-Reinforced
Metais têm... Epoxy composites (values based on
60% volume fraction of aligned fibers
• empilhamento denso 10 Silver, Mo in an epoxy matrix).
Cu,Ni
(ligação metálica) Steels
Tin, Zinc
Zirconia
• em geral alto peso atômico 5
Titanium
4 Al oxide
Diamond
Si nitride
Cerâmicos têm... 3
Aluminum Glass -soda Glass fibers
Concrete
• empilhamento menos denso 2 Silicon PTFE GFRE*
Carbon fibers
Magnesium G raphite CFRE *
• em geral elementos mais leves Silicone
PVC Aramid fibers
PET AFRE *
1 PC
HDPE, PS
Polímeros têm... PP, LDPE
Compósitos têm...
• valores intermediários
Empilhamento de planos
compactos para as estruturas
CFC e HC
Existem duas
Estrutura Ordem de Compacidade
possibilidades de
empilhamento
construção do
HC ...ABABAB... 74% empilhamento
CFC ...ABCABC... 74%
Empilhamento HC
Empilhamento CFC
Modos de empilhamento compacto. Os planos compactos
são planos {111}.
(a) Empilhamento ABAB, hexagonal compacto.
(b) Empilhamento ABCABC, cúbico de faces centradas.
Alotropia/Polimorfismo
Diagrama Fe-C
Alguns metais alotrópicos.
Os cientistas já estão imaginando várias aplicações para os nanotubos – desde fibras de alta
resistência mecânica para materiais compósitos até como substitutos dos atuais chips de
silício usados em computadores.
Três configurações distintas
para as paredes de nanotubos
de carbono:
a) Armchair = lado pontudo do
hexágono perpendicular ao
eixo do cilindro;
b) Zig-zag = lado pontudo do
hexágono paralelo ao eixo
do cilindro
c) Chiral = hexágonos
inclinados, enrolamento tipo
helicoidal.
Imagem com resolução atômica de um
nanotubo de carbono, gerada usando
um microscópio de tunelamento.
Notação cristalográfica:
z
111 Coordenadas puntuais para o
c centro da célula unitária são:
a/2, b/2, c/2 ½½½
000
y Coordenadas puntuais para um
a b
vértice da célula unitária são:
x • 111
z 2c
•
Translação: múltiplos inteiros dos
• • parâmetros da célula à
b y posições idênticas em outra
célula unitária.
b
Exercício de fixação 4
Exercício de fixação 5
Índices de Miller: direções cristalográficas
Algoritmo:
1. Vetor reposicionado (se necessário) para
z passar na origem.
2. Leitura das projeções do vetor em cada um
dos três eixos, medidas em termos dos
parâmetros a, b e c da célula unitária.
3. Ajustes para redução aos menores números
y inteiros.
4. Apresentação dos três índices dentro de
x colchetes, sem separação por vírgulas: [uvw]
# atoms
2 atoms
a LD = = 3,5
nm
length 2a
Índices de Miller: planos cristalográficos
Algoritmo:
a) Índices negativos são representados por uma barra superior, por exemplo
(012).
d) Uma família de planos, por exemplo (111), (111), (111), (111), (111), (111),
(111) e (111), é representada por {111}.
e) Planos de uma zona são planos não paralelos contendo uma reta comum,
denominada eixo da zona. Se o eixo da zona tem índices [uvw], o plano (hkl)
pertencente a esta zona deve satisfazer a relação: hu + kv + lw = 0.
f) Se dois planos, (h1 k1 l1) e (h2 k2 l2), pertencem à uma zona de eixo [uvw],
então valem as relações: u = k1l2 − k2l1; v = l1h2 − l2h1 e w = h1k2 − h2k1.
Índices de Miller para planos cristalográficos.
Índices de Miller para planos cristalográficos.
Índices de Miller para planos cristalográficos.
Se duas direções não paralelas [u1v1w1] e [u2v2w2] pertencem ao plano (hkl), a normal [uvw] ao plano é
definida por:
[uvw] = [u1v1w1] Ä [u2v2w2] = (hkl)
Índices de Miller para planos cristalográficos.
(100) 4 3
a= R
3
2a atoms in plane
atoms above plane
t
atoms below plane
uni
eat
3
rep
h= a
2D 2
2
æ 4 3 ö 16 3 2
area = 2 ah = 3 a = 3 çç
2
R÷
÷ = R
atoms è 3 ø 3
2D repeat unit 1
atoms = atoms
Planar Density = = 7.0 0.70 x 1019
2
nm m2
area 16 3 2
R
2D repeat unit 3
Índices de Miller-Bravais: direções cristalográficas
Neste sistema, três eixos (a1, a2 e a3) estão contidos no plano basal e
fazem ângulos de 120° entre si. O quarto eixo (z ou c) é
perpendicular ao plano basal.
Eg
s máx =
a0
MET-158
Escorregamento
Aplicação de cristalografia: deformação plástica de planos mais
densos em
direções mais
Deformação Plástica (Permanente) densas.
(para baixas temperaturas, i.e. T < Tmelt/3)
• Ensaio de tração simples: elástico+plástico
para elevadas tensões
tensão de engenharia, s
inicialmente
elástico
permanente (plástico)
após remoção da carga
ep deformação de engenharia, e
deformação plástica
MET-158
Sistema cúbico, plano (101) e duas direções <111> contidas neste plano, linha de visão [100].
Sistema cúbico, planos de uma zona cujo eixo da zona é a direção [111]. Os três planos (110) que
pertencem a esta zona são ilustrados na figura.
Planos {112} e {123} que têm a direção [111] como seu eixo de zona.
Projeção estereográfica da zona contendo os 12 planos mostrados nas figuras anteriores. Somente os
polos dos planos são plotados. Note que todos os polos planares situam-se no plano (111).
Projeção estereográfica e rede de Wulff.
Projeção estereográfica padrão [100] para o sistema cúbico.
Projeção estereográfica padrão [100] para o sistema cúbico.
Projeção estereográfica padrão [111] para o sistema cúbico.
Projeção estereográfica [001] para Representação das direções
o sistema cúbico. cristalográficas e dos polos
(normais aos planos) para a
estrutura cúbica.
Projeção estereográfica cúbica [001].
Algumas projeções estereográficas cúbicas padrão.
Na projeção estereográfica a simetria cristalina pode ser vista claramente.
Assim, no sistema cúbico, um triângulo [001], [011] e [111] é suficiente
para designar uma orientação cristalográfica.
Para materiais policristalinos um conjunto de polos pode ser plotado para cada grão
individual, para produzir uma figura de polo.
Admite-se um cristal CFC com eixo de tração no ponto P do triângulo padrão. O sistema de
deslizamento a ser solicitado será o que apresentar o maior fator de SCHMID.
Fator de SCHMID = M =
t ys
= sen c cos l
s ys
Rede Recíproca
Uma rede recíproca define-se, traçando-se a partir de um ponto tomado como origem,
normais a três famílias de planos reticulares conjugados. Ao longo de cada direção assim
definida, sucedem-se nós distanciados de: * K
nhkl =
d hkl
onde K é chamada de constante da rede recíproca, tomada habitualmente como a unidade e
dhkl é o espaçamento dos planos reticulares (hkl) normais à direção considerada.
Representação das redes recíprocas
cúbicas.
a) Rede recíproca de uma rede CS: rede
também CS, que compreende nós,
cujos índices são quaisquer números
inteiros.
b) Rede recíproca de uma rede CCC:
rede CFC, cujos nós têm índices que
são números inteiros de soma par.
c) Rede recíproca de uma rede CFC:
rede CCC cujos nós têm índices de
mesma paridade.
MET-155
Monocristal e Policristal
Comparação entre os arranjos atômicos no estado líquido e
no estado sólido de um cristal.
Solidificação de monocristais
Refino zonal
Forno Czochralski
Forno Bridgman-Stockbarger
Cristais como blocos de construção
Fotografia de uma granada monocristalina,
encontrada em Tongbei, Província de Fujian, China.
Austenita
Ferrita
Policristal polifásico
Aço ferrita-martensita
Policristal polifásico
Perlita
Bainita
~ 8 cm Solidificação de um
lingote de chumbo.
fluxo de
calor
“Casca” de grãos
Grãos colunares em equiaxiais devido ao
áreas com menor rápido resfriamento
resfriamento (maior DT) próximo
das paredes.
Refino de grão - realizado para tornar os grãos menores, mais uniformes, equiaxiais.
Anisotrópico
1 mm
Isotrópico
• Placa de Nb-Hf-W com solda por feixe de elétrons.
• Cada "grão" é um monocristal.
• Se os grãos são orientados aleatoriamente,
as propriedades do material não são direcionais.
• Tamanhos de grãos típicos estão na faixa de 1 nm a 2 cm
(i.e., de poucas a milhões de camadas atômicas).
Exemplo de um material na forma monocristalina e policristalina
Paleta de turbina fabricada (a) por fundição convencional, (b) por solidificação direcional
e (c) para obtenção de monocristal.
Anisotropia
Amorfo
Isotropia: uma propriedade do sólido
será isotrópica se o seu valor for
independente da direção de medição.
Exemplos:
a) Índice de refração do vidro
b) Módulo de Young do vidro
Cristalino
sólido será anisotrópica se o seu valor
for dependente da direção de
medição.
Exemplos:
a) Birrefringência de certos cristais
transparentes
b) Módulo de Young de monocristais
A anisotropia geralmente desaparece
na escala do policristal.
Monocristais X Policristais
• Monocristais E (diagonal) = 273 GPa
-As propriedades variam com a
direção: anisotropia.
-Exemplo: o módulo de
elasticidade (E) no ferro CCC:
Varia
Varia
Varia
Não varia
Exemplo de Al-2024 Al-7475
propriedade anisotrópica
em policristais