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De acordo com Aníbal Quijano, o eurocentrismo considera a existência de

raças superiores (branca) e raças inferiores (as demais) e um perspectiva temporal que
coloca a Europa (capitalista) no centro e no auge da história, quer dizer, os povos que
não haviam atingido o nível de desenvolvimento econômico e cultural do europeu
eram povos atrasados, daí o entrosamento inevitável entre a hierarquia das "raças" e
também do tempo histórico. É portanto, uma visão de mundo que surge (ou se
desenvolve) em uma determinado tempo histórico associado a outros elementos
(capitalismo, colonialidade do poder, raça) sem os quais não iria adquirir um sentido
epistemológico e político.

Segundo Frantz Fanon, existe um “sujeito colonizador” responsável por uma


redefinição da história do povo colonizado e da maneira como esse povo compreende
a sua própria história. Assim, não basta dominar o presente e o futuro do país
submetido, é necessário, igualmente deturpar o seu passado, distorcer e desfigurar a
sua história, de modo que o colonizado se convença de sua inferioridade.

Finalmente, recorrendo à Nildo Ouriques e Waldir Rampinelli, discutiremos a


maneira pela qual as ciências latino-americanas, em especial as humanas se vinculam
subordinadamente ao pensamento europeu, acarretando o silenciamento de
importantes estudos e intelectuais brasileiros e latino-americanos que discutiam a
questão nacional e se propunham a pensar as realidades locais de maneira a romper
com o colonialismo vigente na academia.

Produto do PROGRAMA DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO-THEOTONIO DOS SANTOS


Organização: IFHT-UERJ!
Produção: NTO UERJ

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