Você está na página 1de 204

,

DESENHO TECNICO
E MECÂNICO
Sumário

DESENHO TÉCNICO- CONFORME NBR 10647 ........................................................... 06

APLICAÇÃO DE LINHAS, TIPOS E LARGURAS CONFORME - NBR 8403 ................ 09

FOLHA DE DESENHO- LEIAUTE E DIMENSÕES CONF. NBR 10068 ........................ 14

APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO CONF. NBR 10582 ......... 19

DOBRAMENTO DE CÓPIA DE DESENHO TÉCNICO CONF. NBR 13142 ................... 24

EXECUÇÃO DE CARACTER P/ ESCRITA EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 8402 ...... 27

PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRES. EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 10067 .............. 29

REPRESENTAÇÃO DE HACHURAS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 12298 ............ 47

COTAGEM EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 10126 ....................................................... 52

EMPREGO DE ESCALAS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 8196 ................................ 69

INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIES CONF. NBR 8404 ................................ :. 70

NOÇÕES DE TOLERÂNCIA CONF. NBR 6158 .............................................................. 83

TOLERÂNCIAS GERAIS DIMENS. LINEARES E ANGULARES CONF. NBR 6371 .... 95

SÍMBOLOS DE TOLERÂNCIAS GEOMÉTRICAS CONF. NBR 14699 .......................... 98

SÍMBOLOS DE SOLDAGEM ......................................................................................... 101

ELEMENTOS DE MÁQUINAS (GLOSSÁRI0) .............................................................. 106

REPRESENTAÇÃO DE PARTES ROSCADAS CONF. NBR 8993 .............................. 107

PORCA E PARAFUS0 ................................................................................................... 112

ARRUELAS E DISPOSITIVOS DE SEGURANÇA ........................................................ 116

REPRESENTAÇÃO DE MOLAS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 11145 .................. 117

REPRESENTAÇÃO DE ENGRENAGEM EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 11534 ..... 123

ENGRENAGEM E CREMALHEIRA ............................................................................... 130


ENGRENAGEM CILÍNDRICA DE DENTES RETOS ..................................................... 131

ENGRENAGEM CILÍNDRICA DE DENTES HELICOIDAIS .......................................... 132

ENGRENAGEM CÔNICA ............................................................................................... 135

COROA E PARAFUSO SEM-FIM ........................•......................................................... 137

ROLAMENTOS ............................................................................................................... 138

CHAVETAS ..................................................................................................................... 144

ENGRAXADEIRAS ......................................................................................................... 145

PINOS E CONTRA-PINOS ............................................................................................. 146

REBITES ......................................................................................................................... 147

ELABORAÇÃO DA LISTA DE ÍTENS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 13272 .......... 149

REFERÊNCIA A ÍTENS EM DES. TÉCNICO CONF. NBR 13273 ................................ 151

DESENHOS DE CONJUNT0 ......................................................................................... 153

ESTRUTURA METÀLICA .............................................................................................. 160

PLANIFICAÇÃO- DESENVOLVIMENTO DE CHAPAS ............................................... 174

DESENHO DE CARROCERIA ....................................................................................... 181

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................. 204

-
-
- Apresentação

"Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento".
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI , maior rede privada de educação profissional do país, sabe disso, e,


consciente do seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito da
competência: "formar o profissional com responsabilidade no processo
- produtivo, com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos
técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e
consciência da necessidade de educação continuada".

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área


tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz
necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da
conexão de suas escolas à rede mundial de informações - internet - é tão
importante quanto zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e
laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre os
diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada!

/

\
' \'
,__ Desenho técnico e mecânico I Curso Técnico de Mecânica

,.._ Desenho Técnico Conforme NBR 10647

--
Esta norma define os termos empregados em desenho técnico.

Definições

1- Quanto ao aspecto geométrico

1.1- Desenho projetivo


'--
Desenho resultante de projeções do objeto sobre um ou mais planos que fazem
coincidir com o próprio desenho, compreendendo:

a) Vistas ortográficas:

- Figuras resultantes de projeções ortogonais do objeto, sobre planos


convenientemente escolhidos, de modo a representar, com exatidão, a forma do
mesmo com seus detalhes;

b) Perspectivas:

- Figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre um único plano, com


a 'finalidade de permitir uma percepção mais fácil da forma do objeto.

1.2- Desenho não projetivo

Desenho não subordinado à correspondência, por meio de projeção, entre as


figuras que constituem e o que é por ele representado, compreendendo larga
variedade de representações gráficas, tais como:

a) Diagramas;

b) Esquemas;

c) Ábacos ou nomogramas;

d) Fluxogramas;

e) Organogramas;

f) Gráficos.

1.2.1 - Diagrama

Desenho no qual valores funcionais são representados em um sistema de


coordenadas.

1
1.2.2 - Esquema

Figura que representa não a forma dos objetos, mas as suas relações e funções.

1.2.3 - Ábaco ou nomograma

Gráfico com curvas apropriadas, mediante o qual se podem obter as soluções de


uma equação determinada pelo simples traçado de uma ou mais retas.

1.2.4 - Fluxograma

Representação gráfica de uma seqüência de operações.

1.2.5 - Organograma

Quadro geométrico que representa os níveis hierárquicos de uma organização, ou


de um serviço, e que indica os arranjos e as inter-relações de suas unidades
constitutivas.

1.2.6- Gráfico

Representado por desenho ou figuras geométricas. É um conjunto finito de pontos


e de segmentos de linhas que unem pontos distintos.

2 - Quanto ao grau de elaboração

2.1- Esboço

Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios iniciais de elaboração


de um projeto, podendo, entretanto, servir ainda à representação de elementos
existentes ou à execução de obras.

2.2- Desenho preliminar

Representação gráfica empregada nos estágios intermediários da elaboração do


projeto sujeita ainda a alterações e que corresponde ao anteprojeto.

2.3- Croqui

Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado normalmente à mão


livre e contendo todas as informações necessárias à sua finalidade.

2.4 - Desenho definitivo

Desenho integrante da solução final do projeto, contendo os elementos


necessários à sua compreensão.

2
,._
.._ 3 - Quanto ao grau de pormenorização
r.__
....-- 3.1- Desenho de componente

Desenho de um ou vários componentes representados separadamente .

.._ 3.2- Desenho de conjunto

Desenho mostrando reunidos componentes, que se associam para formar um


todo.
'- 3.3- Detalhe

Vista geralmente ampliada do componente ou parte de um todo complexo.

_I
4 - Quanto ao material empregado

Desenho executado com lápis, tinta, giz, carvão ou outro material adequado.

5 - Quanto à técnica de execução

Desenho executado manualmente (à mão livre ou com instrumento) ou à


máquina.

6 - Quanto ao modo de obtenção

6.1 - Original

Desenho matriz que serve para reprodução.

6.2 - Reprodução

Desenho obtido, a partir do original, por qualquer processo, compreendendo:

a) Cópia - reprodução na mesma escala do original;

b) Ampliação - reprodução maior que o original;

c) Redução- reprodução menor que o original.

3
v'

Aplicação de Linhas em Desenhos - Tipos de Linhas


Larguras das Linhas -Conforme· NBR 8403

Esta norma fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em


desenhos técnicos e documentos semelhantes.

1- Condições gerais

1.1 - Largura das linhas

Corresponde ao escalonamento >12 , conforme os formatos de papel para


desenhos técnicos. Isto permite que na redução e reampliação por microfilmagem
ou outro processo de reprodução, para formato de papel dentro do
escalonamento --J2, se obtenham novamente as larguras de linhas originais, desde
que executadas com canetas técnicas e instrumentos normalizados.

2- Condições específicas

2.1- Largura de linhas

a) A relação entre as larguras de linhas larga e estreita não deve ser inferior a 2.

b) As larguras das linhas devem ser escolhidas, conforme o tipo, dimensão,


escala e densidade de linhas no desenho, de acordo com o seguinte
escalonamento: O, 13; 0,18; 0,25; 0,35; 0,50; 0,70; 1,00; 1,40 e 2,00 mm.

Obs.: As larguras de traço 0,13 e 0,18 mm são utilizadas para originais em que
a sua reprodução se faz em escala natural. Não é recomendado para
reproduções que pelo seu processo necessite de redução.

c) Para diferentes vistas de uma peça, desenhada na mesma escala, as larguras


das linhas devem ser conservadas.

2.2- Espaçamento entre linhas

O espaçamento mínimo entre linhas paralelas (inclusive a representação de


hachuras) não deve ser menor do que duas vezes a largura da linha mais larga,
entretanto recomenda-se que esta distância não seja menor do que 0,70 mm.

2.3- Código de cores em canetas técnicas

As canetas devem ser identificadas com cores de acordo com as larguras das
linhas, conforme segue abaixo:

a) 0,13 mm - lilás; b) 0,18 mm -vermelha; c) 0,25 mm - branca;


d) 0,35 mm- amarela; e) 0,50 mm - marrom; f) 0,70 mm - azul;
g) 1,00 mm -laranja; h) 1,40 mm - verde; i) 2,00 mm - cinza.

4
,.._
~ .-
2 4 T"IPOS de rmh as
~

Aplicação Geral
Linha
L.- Denominação
(Figs. 1a, 1b e outras)
A 1 contornos visíveis
A Contínua larga
A2 arestas visíveis

81 linhas de interseção imaginárias


82 Linhas de cotas
83 linhas auxiliares
84 linhas de chamadas
B Contínua estreita
85 hachuras
86 contornos de seções rebatidas na
própria vista
87 linhas de centros curtas

c ----- Contínua estreita a mão livre <Al


C1 limites de vistas ou cortes parciais ou
interrompidas se o limite não coincidir com
linhas traço e ponto
Contínua estreita em ziguezague
~ (A) 01 esta linha destina-se a desenhos
D confeccionados por máquinas

E- -- • Tracejada larga (A)


E1 contornos não visíveis

E2 arestas não visíveis

F1 contornos não visíveis


Tracejada estreita <Al
F- - - - F2 arestas não visíveis

G1 linhas de centro

G - · - · -·- Traço e ponto estreita G2 linhas de simetrias

G3 trajetórias
Traço e ponto estreita, larga nas
H r--
_ __ _j extremidades e na mudança de H1 planos de cortes
direção

J- • - - • Traço e ponto largo


J1 indicação das linhas ou superfícies
com indicação especial
K1 contornos de peças adjacentes

K2 posição limite de peças móveis

K3 linhas de centro de gravidade


K- ·· - · ·- Traço dois pontos estreita
K4 cantos antes da conformação

KS detalhes situados antes do plano de


corte
<Al Se existirem duas alternativas em um mesmo desenho, só deve ser aplicada uma opção.
Nota: Se forem usados tipos de linhas diferentes, os seus significados devem ser explicados no
respectivo desenho ou por meio de referência às normas específicas correspondentes.

5
Fig. 1a

Fig. 1b
Fig. 1c

Fig. 1d

6
-
(
1-

1-
·~

J-
f-I-- - 1-· - ·
1- ..t
v

Fig. 1e

_ _))

Fig. 1f

2.5· Ordem de prioridade de linhas coincidentes

Se ocorrer coincidência de duas ou mais linhas de diferentes tipos, devem ser


observados os seguintes aspectos, em ordem de prioridade (Fig. 2):

A- A
Fig. 2
a) Arestas e contornos visíveis (linha contínua larga, tipo de linha A);

7
b) Arestas e contornos não visíveis (linha tracejada, tipo de linha E ou F);

c) Superfícies de cortes e seções (traço e ponto estreitos, larga nas


extremidades e na mudança de direção; tipo de linha H); J

d) linhas de centro (traço e ponto estreita, tipo de linha G);

e) linhas de centro de gravidade (traço e dois pontos, tipo de linha K);

f) linhas de cota e auxiliar (linha contínua estreita, tipo de linha B).·

2.6- Terminação das linhas de chamadas

As linhas de chamadas devem terminar:

a) sem símbolo, se elas conduzem a uma linha de cota (Fig. 3);

Fig. 3

b) com um ponto, se termina dentro do objeto representado (Fig. 4 );

Fig. 4

c) com uma seta, se ela conduz e ou contorna a aresta do objeto representado

(Fig. 5).

8
,._
L.-

..._
...- Folha de Desenho - Leiaute e Dimensões
Conforme NBR 10068

Esta norma padroniza as características dimensionais das folhas em branco e


pré-impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos.

Esta Norma apresenta também leiaute da folha do desenho técnico com vistas a:

a) Posição e dimensão da legenda;


b) Margem e quadro;
c) Marcas de centro;
d) Escala métrica de referência;
e) Sistema de referência por malhas;
f) Marcas de corte.

Estas prescrições se aplicam aos originais, devendo ser seguidas também às


cópias.

Formatos

Seleção e designação de formatos

O original deve ser executado em menor formato possível , desde que não
prejudique a sua clareza.

A escolha do formato no tamanho original e sua reprodução são feitas nas séries
mostradas em formatos da série "A".

As folhas de desenhos podem ser utilizadas tanto na posição horizontal (Fig. 1)


como na vertical (Fig. 2).

Fig. 1 Fig. 2

9
Formatos da série "A"

O formato da folha recortada da série "A" é considerado principal (Tabela 1).

Tabela 1- Formatos da série "A"


Desi na ão Dimensões
----------~~~~~~----------~----------~~~~~---------- '.~
AO 841 x 1189
A1 594 X 841
A2 420 X 594
A3 297 X 420
A4 210 X 297
O formato básico para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m e de
lados medindo 841 mm x 1189 mm, isto é, guardando entre si a mesma relação
que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal x/y = 1/2 (Fig. 3).
X

~
+i"'Form. Básico AO
Áreo:lm 2
'fz.Jt./2
Jt:84i
y:.11 89

y -1
Fig. 3

Deste formato básico, designado por AO (A zero), deriva-se a série ·"A" pé la


bipartição ou pela duplicação sucessiva (Figs. 4 e 5).
y
,-
~

A2
N
..
.....

,. ,., ..,
< < ..
~
y
_:

~~
A~

Y/2 Y/4 Y/8 Y/8


..
,.

,_ Form. AO

Fig. 4 Fig. 5
Formato especial

Sendo necessário formato fora dos padrões estabelecidos, recomenda-se a


escolha dos formatos de tal maneira que a largura ou o comprimento corresponda
ao múltiplo ou submúltiplo ao do formato padrão.

Nota: Nas dimensões das folhas pré-impressas, quando não recortadas, deve
haver um excesso de 1O mm nos quatro lados.

10
~
~
..._ Legenda

L..- A posição da legenda deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma que
contenha a identificação do desenho (número de registro, título, origem, etc.);
deve estar situado no canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas
horizontalmente como verticalmente.

A direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho. Por


conveniência, o número de registro do desenho pode estar repetido em lugar de
destaque, conforme a necessidade do usuário.

A legenda deve -ter 178 mm de comprimento, nos formatos A4, A3 e A2, e 175
mm dos formatos A1 e AO.

Margem e quadro

Margens são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. O quadro limita o
espaço para o desenho (Fig. 6).
Espaço poro
desenho
Margem

Limite do papel

Fig. 6

As margens esquerda e direita, bem como as larguras das linhas, devem ter as
dimensões constantes na tabela 2.

Tabela 2- Largura das linhas e das margens


Margem Largura da linha do quadrado
Formato
Esquerda Direita Conforme a NBR 8403
AO 25 10 1,4
A1 . 25 10 1,O
A2 25 7 0,7
A3 25 7 0,5
A4 25 7 0,5

A margem esquerda serve para ser perfurada e utilizada no arquivamento.

11
)

Marcas de centro

Nas folhas de formatos de série "A" devem ser executadas quatro marcas de
centros. Estas marcas devem ser localizadas no final das duas linhas de simetria
(horizontal e vertical) à folha (Fig. 7).

Fig. 7

Os formatos fora de padrões, para serem microfilmados, requerem marcas


adicionais de acordo com as técnicas de microfilmagem.

Escala métrica de referência

As folhas de desenho podem ter impressa uma escala métrica de referência sem
os números, com comprimento de 100 mm no mínimo e em intervalos de 1O mm
(Fig. 8).

- -
f
I' I I I I I I I I I

Fig. 8

A escala métrica de referência deve estar embaixo, disposta simetricamente em


relação à marca de centro, na margem e junto ao quadro, com largura de 5 mm
no máximo. Deve ser executada com traço de 0,5 mm de largura no mínimo e
deve ser repetida em cada seção do desenho.

Sistema de referência por malhas

Permite a fácil localização de detalhes nos desenhos, edições, modificações, etc.

Devem ser executadas com traço de 0,5 mm de largura no mínimo, começando


do contorno interno da folha recortada e estendendo-se aproximadamente 0,5
mm, além do quadro. A tolerância da posição de± 0,5 mm deve ser observada
para as marcas (Fig. 9).

O número de divisões deve ser determinado pela complexidade do desenho e


deve ser par.

12
O comprimento de qualquer. lado do retângulo da malha deve ter mais de 25 mm
e no máximo 75 mm, e deve ser executado com traços contínuos de 0 ,5 mm de
largura no mínimo.

Os retângulos das malhas devem ser designados por letras maiúsculas ao longo
de uma margem e os numerais ao longo de outra margem.

Os numerais devem iniciar no canto da folha oposto à legenda no sentido da


esquerda para direita e devem ser repetidos no lado correspondente (Fig. 9).

1 I 2 I 3 I 4 I 5 L 6
I

A A

1- -
6 e

1- -r-

c c

~
r-

o o

, I 2 I 3
I
I 4 I 5 l 6

Fig. 9

As letras e os numerais devem estar localizados nas margens, centralizados no


espaço disponível, e as letras escritas em maiúsculo.

Se o número das divisões exceder o número de letras do alfabeto, as letras de


referência devem ser repetidas (exemplo: AA, BB, etc).

Marcas de corte

Estas marcas servem para guiar o corte da folha de cópias e são executadas na
forma de um triângulo retângulo isósceles com 10 mm de lado (Fig. 10), ou com
dois pequenos traços de 2 mm de largura em cada canto (Fig. 11 ).

Fig: 10 Fig. 11

13
Apresentação da Folha Para Desenho Técnico
Conforme NBR 10582

Esta norma fixa as condições exigíveis para a localização e disposição do espaço


para desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e respectivos
conteúdos, nas folhas de desenhos técnicos.

A folha para desenho deve conter:

a) Espaço para desenho;


b) Espaço para texto;
c) Espaço para legenda (Figs. 1 e 2)

Espay_o poro desenho Espaço poro desenho

Espaço poro teltto


Espo~o poro texto
_1 I I L

Le enda I Legenda

Fig. 1 Fig. 2

Espaço para desenho

Os desenhos são dispostos na ordem horizontal e vertical.


O desenho principal, se houver, é colocado acima e à esquerda, no espaço
para desenho.
Os desenhos são executados, se possível, levando em consideração o
dobramento das cópias do padrão de desenho, conforme formato A4. ·

Espaço para texto

Todas as informações necessanas ao entendimento do conteúdo do


espaço para desenho são colocados no espaço para texto e escritas
conforme normalização de caracteres (NBR 8402);

O espaço para texto é colocado a direita ou na margem inferior do padrão


de desenho;

Quando o espaço para texto é colocado na margem inferior, a altura varia


conforme a natureza do serviço;

A largura de espaço para texto é igual a da legenda ou no mínimo 100 mm ;

O espaço para texto é separado em colunas com larguras apropriadas de


forma que possível, leve em consideração o dobramento da cópia do
padrão de desenho, conforme formato A4 (Fig. 3);

14
_.l _A
" "

I I 1 Plont o de situoçõo
l J
Legen do
ILI _Ll _j

~o de revisão
Fig. 3

O espaço para texto (Figs 3, 4 e 5) deve conter as seguintes informações:

- Explon oçõo Expl o noção

lnstru çõo lnstr uçõo

.
Refer encios Refe rêncios
.&..,.. i'

I - II
Planto de situação

~.,. li ...1 Tóbu o de revisão


?'
J
Tóbuo de revisão I I
Plonta de si f uoçõo

Legen do Le_ge nda

Fig. 4 Fig. 5

a) Explanação;

b) Instrução;

c) Referência;

d) Localização da planta de situação;

e) Tábua de revisão.

15
,_.J

a) Explanação

Informações necessárias a leitura de desenho tais como:

Símbolos especiais; ~

-
../
Designação; ·.

Abreviaturas;

Tipos de dimensões.

b) Instruções

Informações necessárias a execução do desenho. Quando são feitos vários são


feitas próximas a cada desenho e as instruções gerais são feitas no espaço para
texto, tais como:

Lista de material;

Estado de superfície;

Local de montagem;

Número de peças.

c) Referências

Informações referentes a outros desenhos e/ou outros documentos.

d) Localização de planta de situação

A planta de situação é localizada de forma que permaneça visível depois de


dobrada a cópia do desenho conforme padrão A4 e, inclui os seguintes dados:

Planta esquemática com marcação da área construída, parte da construção etc.:


a seta norte é indicada (Fig. 6);

Fig. 6

Planta esquemática da construção com marc~ção de área, etc. (Fig. 7).

16
Fig. 7

e) Tábua de revisão

A tábua de revisão é usada para registrar a correção alterada e/ou acréscimo feito
no desenho depois dele ter sido aprovado pela primeira vez. A disposição da
tábua de revisão e as dimensões em mm é conforme Fig. 8 e, as informações
contidas na tábua de revisão são as seguintes:

v~.-+- Desig . Ref. Descrição Ver i f. Doto

T-j. ~iOO ~I
Fig. 8

Designação da revisão (n. 0 ou letra que determina a seqüência da revisão);

Referência da malha;

Informação do assunto da revisão;

Assinatura do responsável pela revisão;

Data da revisão.

Legenda

A legenda é usada para informação, indicação e identificação do desenho


e deve ser traçada conforme a NBR 10068.

As informações contidas na legenda são as seguintes:

a) Designação da firma;
b) Projetista, desenhista ou outro, responsável pelo conteúdo do desenho;

17
'
..J

' '
c) Local, data e assinatura;

d) Nome e localização do projeto;

e) Conteúdo do desenho;
........
f) Escala;

g) Número do desenho;

h) Designação da revisão;

i) Indicação do método de projeção;

j) Unidade utilizada no desenho conforme NBR 10126.

- A legenda pode, além disso, ser provida de informações essenciais ao


projeto e desenho em questão.

O número do desenho e da revisão são colocados juntos e abaixo, no


canto direito do padrão de desenho.

18
Dobramento de Cópia de Desenho Técnico
Conforme NBR 13142

Esta norma fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópias de padrão


de desenho técnico.

O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos AO, A 1, A2 e


A3 deve ser o formato A4.

As cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda.

O dobramento deve ser feito a partir do lado direito, em dobras verticais, de


acordo com as medidas indicadas nas figuras anexas.

O dobramento deve ser feito em dobras horizontais de acordo com as medidas


indicadas nas figuras anexas.

Quando as cópias de desenho formatos AO, A 1 e A2 tiverem que ser


perfuradas para arquivamento, deve ser dobrado, para trás, o canto superior
esquerdo, conforme figuras anexas.

Para formatos maiores que o formato AO e formatos especiais, o dobramento


deve ser tal que ao final esteja no padrão do formato A4.

A figura a seguir mostra um exemplo de cópia de padrão formato AO, dobrada.

Cópia dobrada de padrlo formato AO

19
Dobra do Formato A3 (297 x 420 mm)

; 1
/.... I ..
;_..-~"" I ' .... (
I ,...._
I O>
N
I
I

Dobra do Formato A2 (420 x 594 mm)


i

/t'::

/
~::-:-::~/

I
I
I
I
I
I
I
,..._ I
cn
N c
I
'
J
t
1; <--'],'\\)/
,----·--- / '
t- · //

Dobra do Formato A1 (594 x 841 mm)


L
20
r
I I
I I
I
I

I
I
I
I ~
J "

J
cn
N

Dobra do Formato AO (841 x 1189 mm)

" " . . :r . . . .

I
I
I
~

I
I
I
I
I
I
1
I
I
I I
I I
I I
I
I I
I I I

L '
~
---~-
~'J '
I
I
t
_, T . .
1 :~
1-\Ç} / ,€~ 'as -l "ro~/ -

21
,;
Execução de Caractere Para Escrita em Desenho Técnico
C.onforme NBR 8402

Esta norma fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos


técnicos e documentos semelhantes.

As principais exigências na escrita em desenhos técnicos são: .

a) Legibilidade;

b) Uniformidade;

c) Adequação à microfilmagem e a outros processos de reprodução.

Os caracteres devem ser claramente distinguíveis entre si , para evitar


qualquer troca ou algum desvio mínimo da forma ideal.

Para a microfilmagem e outros processos de reprodução é necessário que a


distância entre caracteres corresponda, no mínimo, à duas vezes a largura da
linha, conforme figura 1 e tabela. Sendo que no caso de larguras de linha
diferentes, a dis.tância deve corresponder à da linha mais larga.

Figura 1 • Características da forma de escrita

Para facilitar a escrita, deve ser aplicada a mesma largura de linha para letras
maiúsculas e minúsculas.

Os caracteres devem ser escritos de forma que as linhas se cruzem ou se


toquem, aproximadamente, em ângulo reto.

A altura h possui razão 2 correspondente à razão dos formatos de papel para


desenho técnico.

A altura h das letras maiúsculas deve ser tomada como base para o
dimensionamento.

As alturas h e c não devem ser menores do que 2,5 mm. Na aplicação


simultânea de letras maiúsculas e minúsculas, a altura h não deve ser menor
que 3,5 mm.

22
- A escrita pode ser vertical ou inclinada, em um ângulo de 15° para a direita em
relação à vertical.

Ta be Ia - proporçoes e d"1mensoes d e sam


. b O IOS _g_ra' f ICOS
Características Relação Dimensões (mm)
Altura das letras
h (10/10)h 2,5 3,5 5 7 10 14 20
maiúsculas
Altura das letras
minúsculas
c (7/10)h - 2,5 3,5 5 7 10 14
Distância mínima entre
caracteres(A) a (2/10)h 0,5 0,7 1 1,4 2 2,8 4
Distância mínima entre
b (14/1O)h 3,5 5 7 10 14 20 28
linhas de base
Distância mínima entre
e (6/1O)h 1,5 2,1 3 4,2 6 8,4 12
palavras
Largura da linha d (1/1O)h 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
(A) Para melhorar o efeito visual , a distância entre dois caracteres pode ser
reduzida pela metade, como por exemplo: LA, TV ou LT, neste caso a distância
corresponde à largura da linha "d".

Exemplos de escrita

ABCDEFGHIJKLMNOP
QRSTUVWXYZ
abcdefghijklmnopqrst
uvwxyz
0
[{!?:; '' -=+x:. /o&)]0
0123456789
Acentos e outros caracteres não exemplificados devem ser executados com base
nos princípios estabelecidos na norma NBR 8402.

Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico

23
Conforme NBR 10067

Esta Norma fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico.

1 - Método de projeção ortográfica

1.1 -1° diedro

O símbolo deste método é representado na Fig. 1.

Fig. 1

1.2 - 3° diedro

O símbolo deste método é representado na Fig. 2.

Fig. 2

2 - Cor de representação do desenho técnico

O desenho técnico é representado na cor preta. Se outras cores forem


necessárias para melhor esclarecimento do desenho, o seu significado deve ser
mencionado em legenda.

24
.._ 3 -Denominação das vistas

L.- Os nomes das vistas indicadas na Fig. 3 são os seguintes:

~ a) Vista frontal (a);


.._ b) Vista superior (b);
c) Vista lateral esquerda (c);
d) Vista lateral direita (d);
e) Vista inferior (e);
f) Vista posterior (f);

~b

Fig. 3

25
4 - Posição relativa das vistas no 1° diedro

Fixando a vista frontal (A) conforme a Fig. 4, as posições relativas das outras
vistas são as seguintes:

a) Vista superior (8 ), posicionada abaixo;


b) Vista lateral esquerda (C), posicionada à direita;
c) Vista lateral direita (0 ), posicionada à esquerda;
d) Vista inferior (E), posicionada acima;
e) Vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a
conveniência.

T
~---f

E I
I

--
o A c
--
B

Fig. 4

26
~
~ 5 - Posição relativa das vistas no 3° diedro

L.- Fixando a vista frontal ·(A) conforme a Fig. 5, as posições relativas das outras
vistas são as seguintes:
~
a) Vista superior (8), posicionada acima;
~ b) Vista lateral esquerda (C), posicionada à esquerda;
c) Vista lateral direita (D), posicionada à direita;
d) Vista inferior (E), posicionada abaixo;
e) Vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a
conveniência.

F c A D

I
E I
~ ---J
I

Fig. 5

6- Escolha das vistas

6.1 - Vista principal

A vista mais importante de uma peça deve ser utilizada como vista frontal ou
principal. Geralmente esta vista representa a peça na sua posição de utilização.

27
6.2 - Outras vistas

Quando outras vistas forem necessanas, inclusive cortes e/ou seções, elas
devem ser selecionadas conforme os seguintes critérios:
a) Usar o menor número de vistas possível;
b) Evitar repetição de detalhes; '-'
c) Evitar linhas tracejadas desnecessárias.

7 - Determinação do número de vistas

Devem ser executadas tantas vistas quantas forem necessárias à caracterização


da forma da peça, sendo preferíveis vistas, cortes ou seções ao emprego de
grande quantidade de linhas tracejadas.

8 - Vistas éspeciais

8.1 - Vista fora de posição

Não sendo possível ou conveniente representar uma ou mais vistas na posição


d~terminada pelo método de projeção, pode-se localiza-las em outras posições,
cóm exceção da vista principal (Fig. 6).

c
... -- d

8 E

._f

o c F

Fig. 6

28
~
r....
..._ 8.2 -Vista auxiliar

,_,__
~

..._
São projeções parciais, representadas em planos auxiliares para evitar
deformações e facilitar a interpretação (Fig. 7).

Fig. 7
8.3 - Elementos repetitivos

A representação de detalhes repetitivos pode ser simplificada (Figs. 8 e 9).

Fig. 8 Fig. 9

8.4 - Detalhes ampliados

Quando a escala utilizada não permite demonstrar detalhe ou cotagem de uma


parte da peça, este é circundado com linha estreita contínua, e designado com
letra maiúscula. O detalhe correspondente é desenhado em escala ampliada e
identificada (Fig. 10).

A (5: 1)
Fig. 10
8.5 - Linhas de interseção

29
As linhas de interseção são traçadas nas vistas com linhas contínuas estreitas,
não atingindo o contorno (Fig. 11 ).

Fig. 11

Pode-se, ainda usar a representação simplificada nos seguintes casos:

a) De dois cilindros, as curvas de interseção são substituídas pelas retas (Figs. 12


e 13);

.
-+-
F-{ti·-·i
Fig. 12 Fig. 13

b) De um cilindro e um prisma retangular, os deslocamentos das retas de


interseção são omitidos (Fig. 14 ).

I
I
. t_

--+- ~
I
Fig. 14
8.6- Representação convencional de extremidades de eixos com seção quadrada
e furos quadrados ou retangulares

30
,.._
~

..._
As diagonais, traçadas com linhas continuas estreita, caracterizam superfícies
'-- planas na extremidade de eixo e são utilizadas nas faces laterais de um prisma,

r -
..._
tronco de pirâmide ou um rebaixo (Figs. 15 e 16).

Fig. 15 Fig. 16

Para indicar um furo passante quadrado ou retangular, na parte plana de uma


vista, sem auxílio das seções adicionais, utilizam-se diagonais traçadas em linhas
contínuas estreitas (Fig. 17).

Fig. 17
8.7- Vistas de peças simétricas

As peças simétricas podem ser representadas por uma parte do todo. As linhas
de simetria são identificadas com dois traços estreitos, curtos e paralelos,
traçados perpendicularmente nas extremidades da linha de simetria (Fig. 18).

Fig. 18
As peças simétricas podem ser representadas :

31
'-
a) Pela metade, quando a linha de simetria dividir a vista em duas partes iguais
(Fig. 19);

Fig. 19

b) Pela quarta parte, quando as linhas de simetrias dividirem a vista em quatro


partes iguais (Fig. 20).

--++------- .

Fig. 20
~{tr
Outro processo consiste em traçar as linhas da peça simétrica um pouco além da
linha de simetria. Neste caso, os traços curtos paralelos devem ser omitidos (Fig.
21 ).

Fig. 21
8.8 - Partes adjacentes

32
,._
~

.._ A peça adjacente é desenhada por meio de linha estreita-traço-dois pontos. A


peça adjacente não deve encobrir a peça desenhada em linha larga, mas pode
'-- ser encoberta por ela. Estando em corte, as peças adjacentes não devem ser
hachuradas (Fig. 22).
r....
.._
Fig. 22
8.9 - Contorno desenvolvido

Quando houver necessidade de desenhar o contorno desenvolvido de uma peça,


este deve ser traçado por meio de linha estreita-traço-dois pontos (Fig. 23).

- r_ _ 5)
-E·- ·CJ ::::r
Fig. 23

8.1O - Vistas de peças encurtadas

Na peça longa são representadas somente as partes da peça que contém


detalhes. Os limites das partes retidas são traçados com linhas estreitas (Figs. 24
e 25).

Fig. 24 Fig. 25

33
Nas peças cônicas e inclinadas, a representação deve ser conforme as Figs. 26 e
27.

"'\

- r- --- -- --

- --I

Fig. 26 Fig. 27

9 - Cortes e seções

9.1 - Hachuras

Os cortes ou seções são evidenciados através de hachuras, conforme a NBR


12298.

9.2 - Generalidades

A disposição dos cortes ou seções segue a mesma disposição das vistas.

Quando a localização de um plano de corte for clara, não há necessidade de


indicação da sua posição e identificação (Fig. 28).

Fig. 28

34
Quando a localização não for clara, ou quando for necessário distinguir entre
vários planos de corte, a posição do plano de corte deve ser indicada por meio de
linha estreita-traço-ponto, larga nas extremidades e na mudança de direção. O
plano de corte deve ser identificado por letra maiúscula e o sentido de observação
por meio de setas (Figs. 29 e 30).

A-A A- A

- ···~
!-• .L. ·- -· --
·- - -

Fig. 29 Fig. 30

A designação do corte correspondente é feita nas proximidades do corte (Figs. 31


e 32).

Fig. 31

35
J '

Nos cortes, no sentido longitudinal, não são hachurados:

a) Dentes de engrenagem;

b) Parafusos;

c) Porcas; \

d) Eixos;

e) Raios de roda;

f) Nervuras;

g) Pinos;

h) Arruelas;

i) Contra pinos;

j) Rebites;

k) Chavetas;

I) Volantes;

m) Manípulos.

9.3 - Corte total

A peça é cortada em toda a sua extensão por um plano de corte (Fig. 31 ).

Numa peça com parte de revolução, contendo elementos simetricamente


distribuídos (furos ou nervuras radiais) sem que passem por um plano de corte,
faz-se uma rotação no elemento até coincidir com o respectivo plano de corte e
rebate-se, sem fazer nenhuma menção especial (Fig. 32).

\ 9.4 - Meio - corte


A-A

Fig. 32

36
'--
~
~
A metade da representação da peça é mostrada em corte, permanecendo a outra
'-- metade em vista. Este tipo de corte é peculiar às peças simétricas (Figs. 33 e 34 ).

~
~

Fig. 33 Fig. 34

9.5 - Corte parcial

Apenas uma parte da peça é cortada para focalizar um detalhe, delimitando-se


por uma linha contínua estreita à mão livre ou por uma linha estreita em zigue-
zague (Figs. 35 e 36).

Fig. 35 Fig. 36

37
9.6 • Corte em 'desvio

A peça é cortada em toda a sua extensão por mais de um plano de corte,


dependendo da sua forma particular e dos detalhes a serem mostrados (Figs. 30,
37 e 38).

A- A

Fig. 37 Fig. 38

9.7 ·Seções rebatidas dentro ou fora da vista

O contorno da seção dentro da própria vista é traçado com linha contínua estreita
(Fig. 39).

Fig. 39

38
O contorno da seção deslocada é traçado com linha contínua larga. A seção
deslocada pode ser posicionada:

a) Próxima à vista e ligada a ela por meio de linha estreita-traço-ponto (Fig. 40);

.' - Fig. 40

b) Numa posição diferente, neste caso, é identificada de maneira convencional


(Fig. 41 ).

Fig. 41

39
As seções podem ser sucessivas como nos exemplos mostrados nas Figs. 42, 43
e 44.

A -1 B ·I c •I o .. 1

C D
A .. , 8 -1 •I - -·....1 A-A 8-B c-e o-o
Fig. 42

.. , ... ,
I
•I
r
~~
I
...__
r . -t
L

1"- · - - -
1-1-
J

'

•I

Fig. 43

y '
A-A 8-8 c- e
Fig. 44

40
L.-
~
.._ /
9.8 • Proporções e dimensões dos símbolos

L.- Os símbolos são mostrados conforme as Figs. 45 (1° diedro) e 46 (3° diedro) e a
Tabela.

Fig. 45 Fig. 46

Tabela- Dimensões
Unid.: mm
h 3,5 5 7 10 14 20
d(1 }
0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
H 7 10 14 20 28 40
( 1}
d =Largura da hnha

41


r ~
Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras
em Desenho Técnico - Conforme ·NBR 12298

Esta Norma fixa as condições exigíveis para representação de áreas de corte em


/
desenho técnico.

Hachuras

Hachuras são Linhas ou figuras com o objetivo de representar tipos de materiais


em áreas de corte em desenho técnico.

Na representação geral, de qualquer material, deve ser usada a hachura


mostrada na Fig. 1.

Fig. 1

As hachuras devem ser traçadas com linhas estreitas, inclinadas a 45° em relação
às linhas principais do contorno ou eixos de simetria (Figs. 2, 3 e 4 ).

Fig. 2 Fig. 3
I
Fig. 4

As hachuras, em uma mesma peça, são feitas sempre numa mesma direção (Fig.
5).

Fig. 5

O detalhe desenhado separadamente de sua vista deve ser hachurado na mesma


direção.

42
L.-
r-
..._ As hachuras, nos desenhos de conjunto, em peças adjacentes, devem ser feitas
em direções opostas ou espaçamentos diferentes (Fig. 6).
L.-
2 3
..._
_,
1

5 4
Fig. 6

As hachuras, em uma mesma peça composta (soldada, rebitada , remanchada ou


colada), são feitas em direções diferentes (Figs. 7 e 8).

Fig. 7 Fig. 8

As hachuras em peça composta, quando representada em desenho de conjunto,


devem ser feitas numa mesma direção, como numa peça simples (Fig. 9).

Fig. 9

43
As hachuras devem ser espaçadas em função da superfície a ser hachurada.

O espaçamento mínimo para as hachuras é de 0,7 mm, conforme a NBR 8403.

As hachuras, em área de corte de corte muito grande, podem ser limitadas à


vizinhança do contorno, deixando a parte central em branco (Fig. 1O).

Fig. 10

As hachuras têm sempre a mesma direção, mesmo quando o corte de uma peça
é executado por vários planos de corte paralelos (Fig. 11 ).

~-

Fig. 11

44
L..-
r-
.._
~
Quando houver necessidade de representar dois elementos alinhados, manter a
mesma direção das hachuras, porém com linhas desencontradas (Fig. 12).
L.-

-é--·- tA
A dj !)
.....

Fig. 12

As hachuras devem ser interrompidas quando da necessidade de se inscrever na


área hachura (Fig. 13).

Fig. 13

As hachuras podem ser omitidas em seções de peças de espessuras finas. Neste


caso, a seção deve ser enegrecida.

No desenho do conjunto, peças adjacentes devem ter um espaçamento em


branco de no mínimo O, 7 mm (Fig. 14).

,•
.JL
Fig. 14

45
'
As hachuras podem ser utilizadas, em alguns casos, para indicar o tipo do
material .

As hachuras específicas, conforme o material, são mostradas na Tabela.

Outras hachuras podem ser utilizadas, desde que identificadas.

Hachura Material

Elast6meroa, vidroe ce-


rtmica e rochM

Concreto

Liquido

Madeira

46
~
rw.-
,._
~
Cotagem em Desenho Técnico
Conforme NBR 10126
'-- Esta norma fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em todos os
desenhos técnicos. ·

Quando necessário, devem ser consultadas outras normas técnicas de áreas


específicas.

1- Cotagem

Cotagem é a representação gráfica no desenho da característica do elemento,


através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa unidade de medida.

1.1- Funcional

Essencial para a função do objeto ou local (Fig. 1).

F F
NF
,...
~

f- . ..!=:. ~ -- - ·- ~ ~1 ~
)-
..........
~
NF
NF
~
AUX

Fig. 1

1.2- Não Funcional

Não essencial para funcionamento do objeto (NF na Fig. 1).

1.3- Auxiliar

Dada somente para informação. A cotagem auxiliar não influi nas operações de
produção ou inspeção; é derivada de outros valores apresentados no desenho ou
em documentos e nela não se aplica tolerância (AUX na Fig. 1 ).

1.4- Elemento

Uma das partes características de um objeto, tal como uma superfície plana, uma
superfície cilíndrica, um ressalto, um filete de rosca-, uma ranhura, um contorno
etc.

47
\

1.5- Produto acabado

Objeto completamente pronto para montagem ou serviço, sendo uma


configuração executada conforme desenho. Um produto acabado pode também
ser uma etapa pronta para posterior processamento (por exemplo: um produto
fundido ou forjado).

2- Aplicação

Toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente, clara e


completamente, deve ser representada diretamente no desenho.

A cotagem deve ser localizada na vista ou corte que represente mais


claramente o elemento.

Desenhos de detalhes devem usar a mesma unidade (por exemplo, milímetro)


para todas as cotas sem o emprego do símbolo. Se for necessário, para evitar
mau entendimento, o símbolo da unidade predominante para um determinado
desenho deve ser incluído na legenda. Onde outras unidades devem ser
empregadas como parte na especificação do desenho (por exemplo, N.m.
para torque ou kPA para pressão), o símbolo da unidade apropriada deve ser
indicado com o valor.

Cotar somente o necessário para descrever o objeto ou produto acabado.


Nenhum elemento do objeto ou produto acabado deve ser definido por mais
de uma cota.

Exceções podem ser feitas:

a) Onde for necessário a cotagem de um estágio intermediário da produção


(por exemplo: o tamanho do elemento antes da cementação e
acabamento);

b) Onde a adição de uma cota auxiliar for vantajosa.

Não especificar os processos de fabricação ou os métodos de inspeção,


exceto quando forem indispensáveis para assegurar o bom funcionamento ou
intercambiabilidade.

A cotagem funcional deve ser escrita diretamente no desenho (Fig. 2)

- ·-·--·- ---·-
25±0,0& 15±0.01

Fig. 2

48
Ocasionalmente a cotagem funcional escrita indiretamente é justificada ou
necessária. A Fig. 3 mostra o efeito da cotagem funcional escrita indiretamente,
aceitável, mantendo os requisitos dimens-ie.nais estabelecidos na Fig. 2.

-1-·- -·- -·- 1--· - -r-·- - · - · - · -1-

25±0,005 15:tC>,Of

40!0,005 40±0,05

Fig. 3

A cotagem não funcional deve ser localizada de fora mais conveniente para a
produção e inspeção.

3- Método de execução

3.1- Elementos de cotagem

Incluem a linha auxiliar, linha de cota, limite da linha de cota e a cota. Os vários
elementos da cotagem são mostrados nas Figs. 4 e 5.

3.2- Linhas auxiliares e cotas

São desenhadas como linhas estreitas contínuas, conforme mostrado nas


Figs. 4 e 5.

..,____~'"""~L.----~-~1r-IVLiohO au.ma•
~ ~ ~~o
o

Fig. 4

49
-1 \_
Linho de coto
~imites do linho do coto
(troço obl i quo l

Fig. 5

Linha auxiliar deve ser prolongada ligeiramente além da respectiva linha de


cota (Figs. 4 e 5). Um pequeno espaço deve ser deixado entre a linha de
contorno e linha auxiliar.

Linhas auxiliares devem ser perpendiculares ao elemento dimensionado,


entretanto se necessário, pode ser desenhado obliquamente a este,
(aproximadamente 60°), porém paralelas entre si (Fig. 6).

Fig. 6

A construção da interseção de linhas auxiliares deve ser feita com o


prolongamento desta além do ponto de interseção (Fig. 7).

Fig. 7

Linhas auxiliares e cota, sempre que possível , não devem cruzar com outras
linhas (Fig. 8).

Fig. 8

50
~
r -
.._ - A linha de cota não deve ser interrompida, mesmo que o elemento o seja (Fig.

,__
9).
L.-

~
bd Fig. 9

O cruzamento das linhas de cota e auxiliares devem ser evitados, porém, se


isso ocorrer, as linhas não devem ser interrompidas no ponto de cruzamento.

- A linha de centro e a linha de contorno, não devem ser usadas como linhas de
cota, porém, podem ser usadas como linha auxiliar (Fig. 10). A linha de centro,
quando usada como linha auxiliar deve continuar como linha de centro até a
linha de contorno do objeto.

16 18

JI 26 --
J

-$···~ 1~
co -
28
.i t2

Fig. 10

3.3- Limite da linha de cota

- A indicação dos limites da linha de cota é feita por meio de setas ou traços
oblíquos.

- As indicações são especificadas como segue:

a) A seta é desenhada com linhas curtas formando ângulos de 15°. A seta pode
ser aberta, ou fechada preenchida (Fig. 11 );

Fig. 11

b) O traço oblíquo é desenhado com uma linha curta e inclinado a 45° (Fig. 12);

Fig. 12

51
A indicação dos limites da linha de cota deve ter o mesmo tamanho num
mesmo desenho.

Somente uma forma da indicação dos limites da linha de cota deve ser usada
num mesmo desenho. Entretanto, quando o espaço for muito pequeno, outra
forma de indicação de limites pode ser utilizada (Fig. 24).

Quando houver espaço disponível, as setas de limitação da linha de cota


devem ser apresentadas entre os limites da linha de cota (Fig. 13). Quando o
espaço for limitado as setas de limitação da linha de cota, podem ser
apresentadas externamente no prolongamento da linha de cota, desenhado
com esta finalidade (Fig. 14).

I. .1. j ~--1tjt--.-~.
Fig. 13 Fig. 14

Somente uma seta de limitação da linha de cota é utilizada na cotagem de raio


(Fig. 15). Pode ser dentro ou fora do contorno, (ou linha auxiliar) dependendo
do elemento apresentado.

Fig. 15

3.4- Apresentação da cotagem

As cotas devem ser apresentadas em desenho em caracteres com tamanho


suficiente para garantir completa legibilidade, tanto no original como nas
reproduções efetuadas no microfilme. As cotas devem ser localizadas de tal modo
que elas não sejam cortadas ou separadas por qualquer outra linha.

52
~
~
.._
..-'
Existem dois métodos de cotagem, mas somente um deles deve ser utilizado num
mesmo desenho:

a) Método 1

- As cotas devem ser localizadas acima e paralelamente às suas linhas de cotas


e preferivelmente no centro (Fig. 16).

I 10 ~

Fig. 16

Exceção pode ser feita onde a cotagem sobreposta é utilizada (Fig. 34 ). As cotas
devem ser escritas de modo que possam ser lidas da base e/ou lado direito do
desenho. Cotas em linhas de cotas inclinadas devem ser seguidas como mostra a
Fig. 17.

Fig. 17

Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figs.
18 e 19.

Fig. 18 Fig. 19

53
_)

b) Método 2

As cotas devem ser lidas da base da folha de papel. As linhas de cotas devem
ser interrompidas, preferivelmente no meio, para inscrição da cota (Figs. 20 e
21 }:

f 30
~-~_j

Fig. 20 Fig. 21

Na cotagem angular podem ser seguidas uma das formas apresentadas nas Figs.
19 e 22.

i
• . ao•
~
Fig. 22

A localização das cotas freqüentemente necessita ser adaptada às várias


situações. Portanto, por exemplo, as cotas podem estar:

a) No centro submetido da linha de cota, quando a peça é desenhada em meia


peça (Fig. 23).

Fig. 23

54
b) Sobre o prolongamento da linha de cota, quando o espaço for limitado (Fig.
24);

1,5

6 2,5
8,5

Fig. 24

c) Sobre o prolongamento horizontal da linha de cota, quando o espaço não


permitir a localização com a interrupção da linha de cota não horizontal (Fig. 25).

Fig. 25

Cotas fora de escala (exceto onde a linha de interrupção for utilizada) deve ser
sublinhada com linha reta com a mesma largura da linha do algarismo (Fig. 26).

Fig. 26

55
4- Disposição e apresentação da cotagem

4.1- Disposição

A disposição da cota no desenho deve indicar claramente a finalidade do uso.


Geralmente é resultado da combinação de várias finalidades.

Os símbolos seguintes são usados com cotas para mostrar a identificação das
formas e melhorar a interpretação do desenho. Os símbolos de diâmetro e de
quadrado podem ser omitidos quando a forma for claramente indicada. Os
símbolos devem preceder à cota (Figs. 27 a 31 ).

0: Diâmetro 0 ESF: Diâmetro esférico

R: Raio R ESF: Raio esférico

: Quadrado

o
~
[J

Fig. 27 Fig. 28 Fig. 29

Fig. 30 Fig. 31

4.2- Cotagem em cadeia

Deve ser utilizada somente quando o possível acúmulo de tolerância não


comprometer a necessidade funcional das partes. (Fig. 32).

,..........,
ª
~

160 7'0 200 30

Fig. 32
4.3- Cotagem por elemento de referência

56
~
...._
Este método de cotagem é usado onde o número de cotas da mesma direção se
L.- relacionar a um elemento de referência.

~
...._ Cotagem por elemento de referência pode ser executada como cotagem em
paralelo ou cotagem aditiva .

Cotagem em paralelo é a localização de várias cotas simples paralelas uma às


outras e espaçadas suficientemente para escrever a cota (Figs. 33 e 34 ).

,
A
~-----------JAI~----------,-

J
150
420 o
640

Fig. 33 Fig. 34

Cotagem aditiva é uma simplificação da cotagem em paralelo e pode ser utilizada


onde há limitação de espaço e não haja problema de interpretação. A origem é
localizada num elemento de referência e as cotas são localizadas na extremidade
da linha auxiliar (Fig. 34 ).

Cotagem aditiva em duas direções pode ser utilizada quando for vantajoso.

Neste caso, a origem deve ser como mostra a Fig. 35.

160 -:~~ ----:;'<!M


~ ~
+-+-+- · - -- ·

120

90

o
o o
N

Fig. 35
o
!:
-
~

Quando os elementos estiverem próximos, quebramos as linhas auxiliares para


permitir a inscrição da cota no lugar apropriado, como mostra a Fig. 36.

57
~---------------T----40
. . - - - - - - -- 32
30

~----~.--------13
e
6

~---------~-------- o
Fig. 36

4.4- Cotagem por coordenadas

Pode ser mais prático reduzir-se a Tabela, como mostra a Fig. 37 do que a Fig.
35.

X y 4l
160 15,5
~
1 20
2 20 20 13,5

~
3 60 120 11

~~
4 60 60 13.5
5 100 90 26
6
7
y

~ 8
9

X 10

Fig. 37

Coordenadas para pontos de interseção em malhas nos desenhos de localização


são indicadas como mostra a Fig. 38.

X=O
+Y=fOO

Fig. 38

58
,.____
~

~
.......
Coordenadas para pontos arbitrários sem a malha, devem aparecer adjacentes a
cada ponto (Fig. 39) ou na forma de tabela (Fig. 40).
L..-

X y

1 10 20
2 80 40
3 70 80
4 20 60
X : iO
y ; a::>

Fig. 39 Fig. 40

4.5- Cotagem combinada

Cotagem simples, cotagem aditiva e cotagem por elemento comum podem ser
combinadas no desenho (Figs. 41 e 42).

o 20 50 90 1t0

I r
I
Fig. 41 Fig. 42

5- Indicações especiais

5.1- Cordas, arcos, ângulos e raios

As cotas de cordas, arcos e ângulos, devem ser como mostra a Fig. 43.

100

Fig. 43

Quando o centro do arco cair fora dos limites do espaço disponível, a linha de
cota do raio deve ser quebrada ou interrompida, conforme a necessidade de
localizar ou não o centro do arco (Fig. 15).

59
Quando o tamanho do raio for definido por outras cotas, ele deve ser indicado
pela linha de cota do raio com o símbolo R sem cota (Fig. 44 ).

'
-
ID

Fig. 44
5.2- Elementos eqüidistantes

Onde os elementos eqüidistantes ou elementos uniformemente distribuídos são


parte da especificação do desenho a cotagem pode ser simplificada.

Espaçamento linear pode ser cotado como mostra a Fig. 45. Se houver alguma
possibilidade de confusão, entre o comprimento do espaço e o número de
espaçamentos, um espaço deve ser cotado como mostra a Fig. 46.

15 J 5xf8 (90) I
Fig. 45

,...
-$·-EP=.. '"O-$--$--
. . :--
18 J
15 17xt8(306)

Fig. 46

Espaçamentos angulares de furos e outros elementos podem ser cotados como


mostra a Fig. 47.

Fig. 47

60
,.,__
L.-

~ Espaçamentos dos ângulos podem ser omitidos se não causarem dúvidas ou

,._
/

confusão (Fig. 48).


L.-

.._

Fig. 48

Espaçamentos circulares podem ser cotados indiretamente, dando o número de


elementos, como mostra a Fig. 49.

Fig. 49

5.3- Elementos repetidos

Se for possível definir a quantidade de elementos de mesmo tamanho e assim,


evitar repetir a mesma cota, eles podem ser cotados como mostram as Figs. 50 e
51.
I

ft- --t-+-+--+ ++
I I
I

Fig. 50

61
_)

Fig. 51
5.4- Chanfros e escareados

Chanfros devem ser cotados como mostra a Fig. 52. Nos chanfros de 45° a
cotagem pode ser simplificada, como mostram as Figs. 53 e 54.

-~ · -- · --

2 2x45°

Fíg. 52 Fig. 53 Fig. 54


\

Escareados são cotados conforme mostra a Fig. 55.

ou

35
Fig. 55
5.5- Outras indicações

Para evitar a repetição da mesma cota ou evitar chamadas longas, podem ser
utilizadas letras de referências, em conjunto com uma legenda ou nota (Fig. 56).

Fig. 56

62
,__
r .
·L . . -

.._
. Em objetos simétricos representados em meio corte (Fig. 57-a) ou meia vista (Fig .
57-b ), a linha de cota deve cruzar e se estender ligeiramente além do eixo de
'-- simetria.

Fig. 57-a Fig. 57-b

Normalmente não se cota em conjunto, porém, quando for cotado, o grupo de


cotas específico para cada objeto deve permanecer, tanto quanto possível,
separados (Fig. 58).

Fig. 58

Algumas vezes, é necessário cotar uma área ou comprimento limitado de uma


superfície, para indicar uma situação especial. Neste caso, a área ou o
comprimento e sua localização, são indicados por meio de linha, traço e ponto
larga, desenhada adjacente e paralela à face correspondente.

Quando esta exigênCia especial se referir a um elemento de revolução, a


indicação deve ser mostrada somente num lado (Fig. 59).

Fig. 59 Fig. 60
Quando a localização e a extensão da ex1gencia especial necessitar de
identificação, deve-se cotar aproximadamente, porém, quando o desenho mostrar
claramente a sua extensão, a cotagem não é necessária (Fig. 60).

63
Emprego de Escalas em Desenho Técnico ::
Conforme NBR 8196

Esta norma fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas


designações em desenhos técnicos.

A designação completa de uma escala deve consistir na palavra "ESCALA",


seguida da indicação da relação:

a) ESCALA 1:1, para escala natural;


b) ESCALA X: 1, para escala de ampliação (X>1 );
c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X>1 ).

O valor de "X" deve ser conforme a tabela 1.

A palavra "ESCALA" pode ser abreviada na forma "ESC".

A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho.

Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além
da escala geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou
vista a que se referem; na legenda, deve constar a escala geral.

As escalas usadas em desenho técnico são especificadas na tabela 1.

A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto


ou elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em todos os
casos, a escala selecionada deve ser suficiente para permitir uma interpretação
fácil e clara da informação representada. A escala e o tamanho do objeto ou
elemento em questão são parâmetros para a escolha do formato da folha de
desenho.

Tabela 1 -Escalas

Redução Natural Ampliação

1:2 2:1
1:5 1:1 5:1
1:10 10:1
NOTA - As escalas desta tabela podem ser reduzidas ou ampliadas à razão de 1O

64
'---
~
..._
~
Indicação do Estado de Superfícies em Desenho Técnico
Conforme NBR 8404
L...-
~ Esta norma fixa os símbolos e indicações complementares para identificação do
estado de superfície em desenhos técnicos.
~ Símbolo básico

O símbolo básico é constituído por duas linhas de comprimento desigual, e


inclinadas 60° com relação ao traço que representa a superfície considerada (Fig.
1). Este símbolo não significa nada isoladamente.

,_

Fig. 1

Quando a remoção de material é exigida, adicionar ao símbolo básico um traço


(Fig. 2).

Fig. 2

Quando a remoção de material não é permitida, adicionar ao símbolo básico um


círculo (Fig. 3).

Fig. 3
O símbolo da figu ra 3 pode também ser utilizado na indicação do estado de um
grau de fabricação, para mostrar que uma superfície deve permanecer como foi
obtida no estágio precedente de fabricação, independente do fato de que esta
superfície tenha sido obtida por remoção de material ou não.

Neste caso, o símbolo não deve levar nenhuma das indicações previstas à frente.

65
Se for necessana a indicação de características espec1a1s do estado de
superfície, à linha mais comprida do símbolo básico -deve ser acrescentado um
traço horizontal na extremidade superior (Fig. 4 ).

,
Fig.4
Indicação de Rugosidade da Superfície

O valor ou os va lores definindo a característica principal da rugosidade deve estar


colocado sobre os símbolos ~as figuras 1 e 2, como os indicados nas figs. 5 e 6.

Um estado de superfície que está indicado:

a) Como na figura 5 , significa que pode ser obtido por um processo de fabricação
qualquer;

Fig. 5
b) Como na figura 6, deve ser obtido por remoção de material.

Fig. 6

Se somente um valor de rugosidade for indicado, este representa o valor máximo


admitido.

Se for necessário estabelecer os limites máximos e mínimos da característica


principal da rugosidade, estes valores devem ser colocados um sobre o outro,
sendo o limite máximo o valor de cima e o limite mínimo o valor de baixo (Fig. 7).

Fig. 7
A característica principal da rugosidade Ra pode ser indicada pelos números de
classe de rugosidade correspondente conforme Tabela 1.

66

,...
,._
L.-

,._ T a beIa 1 - Caractens. f1cas de rugos1.dade Ra


L..- Classe de rugosidade
Desvio médio aritmético (Ra)
um
r- N 12
N 11
50
25
~ N 10 12,5
N 9 6,3
N 8 3,2
N 7 1,6
N 6 0,8
N 5 0,4
N 4 0,2
N 3 0,1
N 2 0,05
N 1 0,025

Indicação das Características Especiais do Estado da Superfície

Pode ser necessário, por razões funcionais, especificar exigências adicionais


referentes ao estado de superfície.

Se um processo específico de fabricação é exigido para o estado final de


superfície, este deve ser indicado em linguagem não abreviada sobre o traço
horizontal complementar do símbolo (Fig. 8),
FrM<Jdo

,
Fig. 8
Sobre o traço horizontal devem figurar também indicações relativas ao tratamento
ou ao revestimento.

Salvo indicação em contrário, o valor numérico da rugosidade se aplica ao estado


de superfície após tratamento ou revestimento. Se for necessário indicar o estado
das superfícies antes e após o tratamento, isto deve ser indicado por uma nota ou
como mostra o exemplo da Fig. 9.

Fig. 9

67
)

/
Se for necessário indicar o comprimento de amostragem, este deve ser indicado
no símbolo como mostra a Fig. 1O.

Fig. 10

Símbolos Para a Direção das Estrias

Se for necessário definir a direção das estrias, isto deve ser feito por um símbolo
adicional ao símbolo do estado de superfície (Fig. 11 ).

Fig. 11

A série de símbolos da Tabela 2 caracteriza as direções das estrias.

Indicação de Sobremetal Para Usinagem

Se for necessário indicar o valor do sobremetal para usinagem, este deve ser
escrito à esquerda do símbolo (Fig. 12).

~
~
Fig. 12

Este valor deve estar em consonância com o sistema de medidas utilizado para a
cotagem do desenho.

68

. /
,._
~

..._ Disposição das Indicações do Estado de Superfície no Símbolo

L..- Cada uma das indicações do estado . de superfície dispõe-se em relação ao


símbolo conforme figura 13.
~
.._ b

Fig. 13
Onde:

a =valor da rugosidade Ra, em Jlm, ou classe de rugosidade N 1 até N 12


b =método de fabricação, tratamento ou revestimento
c = comprimento de amostra, em mm
d =direção de estrias
-' e = sobremetal para usinagem, em mm
f = outros parâmetros de rugosidade (entre parênteses)

Indicação nos Des.e nhos

Os símbolos e inscrições devem estar orientados de maneira que possam ser


lidos tanto com o desenho na posição normal, como pelo lado direito (Fig. 14).

Fig.14
Se necessário o símbolo pode ser interligado com a superfície por meio de uma
linha de indicação (Fig. 15). ·

Fig. 15

A linha de indicação deve ser provida com uma seta na extremidade junto à
superfície. O vértice do símbolo ou da seta deve tocar pelo lado externo, o
contorno da peça ou uma linha de extensão como prolongamento do contorno.

Tabela 2 - Símbolos Para Direção das Estrias

69
Símbolo Interpretação
Perpendicular ao plano de proteção da vista sobre o qual o símbolo é
aplicado

Perpendicular ao plano de projeção da vista sobre o qual o símbolo é


aplicado

..L

Cruzadas em duas direções oblíquas em relação ao plano de projeção


da vista sobre o qual o símbolo é aplicado

X I s/. i

das

Muitas direções

Aproximadamente central em relação ao ponto médio da superfície ao


qual o símbolo é referido

Aproximadamente radial em relação ao ponto médio da superfície ao


qual o símbolo é referido.

Notas:
a) Se for necessário definir uma direção das estrias que não esteja claramente
definida por um destes símbolos, ela deve estar descrita no desenho por uma
nota adicional;

b) A direção das estrias é a direção predominante das irregularidades da


superfície, geralmente resultante do processo de fabricação utilizado.

70
,.._
~

~ Segundo a regra geral de cotagem, o símbolo deve ser indicado uma vez para
cada superfície, e se possível sobre a vista que leva a cota ou representa a
'-- superfície (Fig. 16).

r-
~

Fig. 16
Quando as indicações requeridas para todas as superfícies de uma peça forem as
mesmas, a indicação deve constar:

a) Junto à vista da peça (Fig. 17), próximo a legenda do desenho ou no lugar


previsto dentro da mesma, para os dados gerais; ou

Fig.17
b) Atrás do número da posição da peça (Fig. 18).

v
Fig.18

71

/
Quando o mesmo estado de superfície é exigido pela maioria das superfícies de
uma peça elas devem ser indicadas como mostrado, com os seguintes
acréscimos:

a) O estado das outras superfícies entre parênteses (Fig. 19); ou

Fig. 19
b) Um símbolo básico segundo figura 1 (entre parênteses) sem outras indicações
(Fig. 20).

Fig. 20

Símbolos definidos para estados que representam exceção em relação ao estado


geral de superfície, devem ser indicados nas respectivas superfícies.

A fim de evitar repetições de uma indicação complexa, ou onde o espaço for


limitado, uma representação simplificada pode ser usada.

Neste caso deverá constar o significado da representação próximo à peça, ou


dentro da legenda (Fig. 21 ).

Fig. 21
Se um mesmo estado de superfície for exigido para superfícies da peça um dos
símbolos segundo figuras 1, 2 e 3, pode ser indicado nestas superfícies, e seu

72
,.._
~

..._ significado explicado em outro local do desenho, como no exemplo das figuras 22,
23 e 24.
L.-
~
..._
Fig. 22 Fig. 23 Fig. 24

Indicações relativas à rugosidade , processos de fabricação ou sobremetal, só


devem ser feitas· quando são importantes para a função da peça, e tão somente
nas superfícies onde forem necessárias.

Proporções e Dimensões dos Símbolos

Para harmonizar as dimensões dos símbolos especificados nesta norma com


aqueles referentes a outras indicações no desenho (dimensões, tolerâncias, etc.),
devem ser observados os itens a seguir.

Os símbolos das figuras de 1 a 4 e os símbolos para as direções das estrias,


mostradas na tabela 2, devem ser indicados com uma linha de largura igual a
1/1 O da altura (h) das letras e algarismos utilizados na cotagem dos desenhos .em
questão.

Os algarismos e letras usados para indicações adicionais do estado de superfície


nos campos "a1, a 2 , b, c, (f), e" (Figs 13 e 35), devem ser inscritos com a mesma
largura de linha (d), altura (h) e tipo de escrita utilizada para a cotagem dos
desenhos em questão.

A diferença entre a largura da linha da escrita (d) e a do símbolo (d') pode ser
utilizada como forma de distinguir, mais claramente, as duas espécies de
inscrição.

O espaçamento mínimo entre símbolos e indicações não deve ser menor do que
duas vezes a largura da linha mais larga.

Recomenda-se que este espaçamento não seja menor do que 0,7 mm.

73
Proporções

O símbolo básico e seus complementos devem ser desenhados de acordo com "
as figuras 25 a 28.

Fig. 25 Fig. 26 Fig. 27 Fig. 28

Os símbolos para indicação da direção das estrias devem ser desenhados como
mostram as figuras 29 a 34.

0,2h ., I .. h ...1

.c
~ .c
=
l.'·•h. l
~~__[]f X3 { M
j
~ Jd_ I
0,7hl-- 0,7h 1
c~ ~:R
o N
o .. 0,5hl .. 0,6h

Fig. 29 Fig. 30 Fig. 31 Fig. 32 Fig. 33 Fig. 34

A forma dos símbolos das figuras 31 a 34 é a mesma das letras correspondentes.

As outras indicações adicionais ao símbolo devem ser colocadas como mostra a


figura 35.

c(f)

e d

Fig. 35

74
,.._
L-.

...._
....-- Para o significado das letras de identificação, que mostram a localização das
indicações do estado de superfície nos campos "a até f", ver figuras 7 a 13 .

Quando somente um valor de rugosidade for indicado, este deve estar situado no
campo a2.

Todas as alturas das escritas nos campos a 1 , a2, c (f), e, devem ser iguais a h.
Como a escrita no campo pode ser maiúscula, minúscula, ou ambas, a altura
neste campo pode ser maior que h, devido à existência de pernas em algumas
letras minúsculas, como g, j, p, q, y.

A inscrição do valor da rugosidade mostrado no campo a2 deve estar


aproximadamente, na mesma direção do campo "c" (comprimento de
amostragem).

Dimensões

A série de tamanhos a ser utilizada para os símbolos e indicações adicionais é


dada na Tabela 3.

Notas:
a) Na figura 25, para d', H1 e H2, ver tabela 3.

b) Na figura 28, o comprimento do traço horizontal do símbolo depende das


indicações adicionais.

c) Na fig. 30 para dimensão d', e na figura 29 para dimensão h, ver tabela 3.

Tabela 3 -Série de Tamanhos Para Símbolos

Dimensões em mm
Altura dos números e letras maiúsculas (h) 3,5 5 7 10 14 20
Largura da linha do símbolo (d') 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2
(A)
Largura da linha das letras (d)
Altura H1 5 l 7 I 10 14 20 28
Altura H2 10l 14 20
(A) A largura da linha (d) deve estar de acordo com a 1orma escnta utiliZada para a cotagem
28 40 56
os aesen 1os em questao, a
saber, d = (1/14)h para escrita vertical. ou d = (1/10)h para escrita inclinada.

75
Anexo- Quadro Sinótico

A.1 Símbolo Sem Indicação

Símbolo Significado

A.1 .1 v Símbolo básico. Só pode ser usado quando seu significado for
complementado por uma indicação
Caracterização de uma superfície usinada sem maiores
A.1.2
v' detalhes.
Caracteriza uma superfície na qual a remoção de material não
é permitida e indica que a superfície deve permanecer no
A.1.3
</ estado resultante de um processo de fabricação anterior,
mesmo se esta tiver sido obtida por usinagem ou outro
processo qualquer.

A.2 Símbolos com indicação da característica principal da rugosidade, Ra

Símbolo
A remoção do material é Significado
Facultativa Exigida Não permitida
Superfície com uma rugosidade de
A.2.1
to/~ V' ~-V' q'.q' um valor máximo
Ra = 3,2 J..Lm

e.3 ,. .., .. 8,3 Ne


Superfície com uma rugosidade de
um va lor
{+'ou~ :f.. VI
~-9'
A.2.2
Máximo Ra = 6,3 J..Lm e
Mínimo Ra = 1,6 J..Lm

1- A.3 símbolos com indicações complementares

Estes símbolos podem ser combinados entre si, ou em combinações com os


símbolos apropriados, dados em A.2.

Símbolo Significado

A.3.1 r Processo de fabricação: fresar

A.3.2
..r Comprimento de amostragem = 2,5 mm.

Direção das estrias: perpendiculares ao plano de projeção da


A.3.3
~ vista .

A.3.4 ../ Sobremetal para usinagem = 2 mm.

Indicação (entre parênteses) de um outro parâmetro de


A.3.5 ~) rugosidade diferente deRa por exemplo R1 = 0,4 J..Lm

A.4 Símbolos para indicações simplificadas

76

.....
Símbolo Significado

A.4.1
v Uma indicação complementar explica o significado do símbolo

Uma indicação complementar explica o significado dos


.___;
/
A.4.2 ~V' símbolos
'--"

'--"
Nota: Os valores de rugosidade indicados, o processo de fabricação, o
'--' comprimento de amostragem, a direção das estrias e o processo de usinagem
'--" são dados somente como exemplo.
'-.../

'-'

'--"

'--'

'-'

'--"

'--"
\..._..,

'--"

'-'

'--'
'--'
.'-

'--

'-
\._.,

\.....

'-

'-
'--

\..../

'--"

'-

'-

77
Noções de·Tolerância Conforme NBR 6158

Tolerância

Tolerância é a variação permitida na medida de uma peça durante sua usinagem.


Essa variação é permitida por existir sempre um erro que não se pode evitar,
motivado pela imperfeição dos instrumentos de medição, das máquinas e do
operador.

lntercambialidade

Para que não surjam dificuldades durante a montagem de peças é preciso que as
mesmas se ajustem perfeitamente bem nos seus lugares, sem retoque; elas
precisam, portanto, ser intercambiáveis.

lntercambialidade é então a propriedade que as peças produzidas em série ou em


cadeia têm de poder ser montadas sem retoque e ser substituídas entre si sem
prejuízo do seu funcionamento.

Sistema Internacional de Tolerância (Sistema ISO)

Esse sistema é constituído de uma série de princípios, regras e tabelas que


permite a escolha racional de tolerâncias para a produção econômica de peças
mecânicas intercambiáveis.

Para tornar mais fácil o entendimento desse sistema, seus principais pontos serão
a seguir estudados em detalhes.

Tolerância (T)

É a variação permitida na dimensão da peça, dada pela diferença entre as


dimensões máxima e mínima . A tolerância é um valor absoluto, sem sinal.

A unidade de tolerância adotada é o micrometro (milésimo de milímetro).

1-

-~ -~
- 1-- - ~:2 :2
o
o

Dimensão Máxima (D. max.)

É o valor máximo permitido na dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite superior
de tolerância.

Dimensão Mínima (D. min.)


É o valor mínimo permitido da dimensão efetiva da peça. Ela fixa o limite inferior
da tolerância.

Dimensão Efetiva (D. ef.)

..._ Dimensão efetiva ou real é o valor que se obtém medindo a peça.


J

-' Dimensão Nominal (D. nom.)

É apenas uma dimensão de base, pois, a medida efetiva da peça depende da


tolerância. É aquela que vem marcada no desenho, isto é, a cota da peça.

Afastamento Superior (ES,es)

É a diferença entre as dimensões máxima e nominal.

Afastamento Inferior (EI,ei)

É a diferença entre as dimensões mínima e nominal.

Convencionou-se considerar positivos os valores dos afastamentos que se


encontram sobre a linha zero e negativos aqueles situados abaixo da mesma.

'-

"'
·o IJ)
~ E
c
~ co :.;( <( .E; o
'"'li; E "õ
c - - - - r-- E E c
õ
1- o ·~ c:::i ci c:::i
Q) Q)
'O
o
o.
~
Q)
E "O
ü"' o
a.
E
co
ü

· -1-- - f----~

c ~
(J)
<( < - 1-- -- - f---8c E E
o o o

Campo de Tolerância

79
Conjunto dos valores compreendidos entre os afastamentos superior e inferior.
Corresponde também ao intervalo que vai da dimensão máxima à dimensão
mínima. '-

O sistema de tolerância ISO prevê a existência de 28 grupos representados por


letras do alfabeto latino, sendo as maiúsculas para furos (característica interna de
uma peça, incluindo também elementos não cilíndricos) e as minúsculas para
eixos (característica externa de uma peça, incluindo também elementos não
cilíndricos).

FUROS:
A - 8 - C-CD-D-E-EF-F-FG-G-H-J-JS-K-M-N-P-R-S-T-U-
V - X - Y - Z - ZA - ZB - ZC

EIXOS:
a - b - c - cd - d - e - ef - f - fg - g - h - j - js - k - m - n - p - r - s - t - u - v - x - y - z -
za- zb - zc

u
A

.
õ•
c ~
E .!:
o ...
~ o
-
.....
I:
:li
Q.

..:i i,..
o o

••
!z
~
a) Furos (elementos lmerno1)

.

·c;
.. o
c: >
-;:
E -;;

.....
o o
~
:li
Q.
linha zero •'
o o
~..2 õ
c:
I i eo
!! :1

Cll
c
o
:r 10
•c:
•e
õ
b) Eixo• (elem~ntoa ntemoa}

Representação esquemática das posições dos afastamentos fundamentais

80
Grau de Tolerância-padrão- IT (Qualidade de trabalho)

Qrupo de tolerância considerado como correspondente ao mesmo nível de


precisão para todas as dimensões nominais. Os graus de tolerância-padrão são
designados pelas letras IT e por um número, por exemplo IT7. Quando o grau de
tolerância é associado a um campo de tolerância para formar uma classe de
tolerância, as letras IT são omitidas, por exemplo h7.

Obs.: As letras do símbolo IT significam Internacional Tolerance.

O sistema prevê um total de 20 graus de tolerância-padrão, dos quais os graus


IT1 a IT18 são de uso geral. Os graus ITO e IT01 não são de uso geral e são
dados para fins de informação.
I
'--·

Grupos de Dimensões

O sistema de tolerância ISO foi estudado para a produção de peças mecânicas


intercambiáveis com dimensões compreendidas entre 1 e 3150 mm.

Para simplificar o sistema e facilitar a sua utilização prática esses valores foram
reunidos basicamente em 21 grupos de dimensões:

Grupos de Dimensões em Milímetros


até >3 >6 >10 >18 >30 >50 >80 >120 >180 >250
a a a a a a a a a a
3 6 10 18 30 50 80 120 180 250 3f5
>315 >400 >500 >630 >800 >1000 >1250 >1600 >2000 >2500
a a a a a a a a a a
400 500 630 800 1000 1250 1600 2000 2500 3150

Escolha da Qualidade

A escolha da qualidade depende do tipo de construção ou da função


desempenhada pelas peças.

Como regra geral pode-se dizer que:

As qualidades de 1 a 5, correspondem à mecânica extra-precisa, é reservada


particularmente para calibradores.

A qualidade 6, corresponde à mecânica muito precisa. É indicada para eixos das


máquinas ferramentas como: fresadoras , retificadoras, etc.

A qualidade 7, indica mecânica de precisão. É particularmente prevista para furos


que se ajustam com eixos de qualidade 6.

A qualidade 8, é de média precisão. Indicada para eixos que se ajustam com


qualidade 7. Presta-se também para a execução de peças de máquinas que não
exigem muita precisão nos ajustes.

81
'-
A qualidade 9, designa a mecânica corrente. É indicada para execução de certos
órgãos de máquinas industriais que se podem ajustar com folgas consideráveis.

As qualidades 1O e 11, indicam mecânica ordinária.


'I
As qualidades que vão de 12 a 18 são empregadas em mecânica grosseira.

Ajuste Mecânico

É o encaixe obtido entre duas peças de forma inversa (macho e fêmea), sem que,
entretanto, durante sua usinagem, uma tenha sido verificada com a outra.

É a relação resultante da diferença, antes da montagem, entre as dimensões dos


dois elementos a serem montados, os dois elementos em um ajuste têm em
comum a dimensão nominal.

Tipos de Ajustes

Os diferentes tipos de ajustes mecânicos dependem da função que a peça vai


desempenhar na máquina.

Ajuste com folga

Ajuste no qual sempre ocorre uma folga entre o furo e o eixo quando montados,
isto é, a dimensão mínima do furo é sempre maior ou, em caso extremo, igual à
dimensão máxima do eixo.

(U
· (U
E --
E .E
X
•(U E
E (U
C)
(U
C') o
o LL.
LL.

-./

82
,._
~

.._
~
Ajuste com interferência

L.- Ajuste no qual ocorre uma interferência entre o furo e o eixo quando montados,
isto é, a dimensão máxima do furo é sempre menor ou, em caso extremo, igual à
dimensão mínima do eixo.

(U
·u
c
CCI)
....
~
-Cl)

Ajuste incerto

Ajuste no qual pode ocorrer uma folga ou uma interferência entre o furo e o eixo
quando montados, dependendo das dimensões efetivas do furo e do eixo, isto é,
os campos de tolerância do furo e do eixo se sobrepõem parcialmente ou
totalmente.

ro ro ro
ro
E E E -
E ·x ·x
·x X
-ro -ro -ro
-ro E
E E E
ro ro
ro -~ 9
O) u o u
o c lL
c
<Q.l <Q.l
lL '"- '--
Q.) Q.)
't: 't:
Q.) Q.)
....... .......
c c

Sistemas de ajuste

Se na execução de uma máquina houvesse vários furos com a mesma dimensão,


nos quais os eixos devessem, alguns girar, outros deslizar e outros ficar presos,
todos os furos poderiam ser executados dentro da mesma tolerância, dando-se,
entretanto para os eixos tolerâncias diferentes de acordo com a função de cada
um.

A este sistema de ajuste se deu o nome de FURO BASE.

83
Sistema de Ajustes Furo-base

Sistema de ajustes no qual as folgas ou interferências exigidas são obtidas pela


associação de eixos de várias classes de tolerâncias, com furos de uma única
classe de tolerância. Também conhecido como furo padrão ou furo único.

Neste sistema a dimensão mínima do furo é idêntica à dimensão nominal, isto é, o


afastamento inferior é zero.

L.()
.,....
o_
o
o
~
Q)
u
X
w

O mesmo resultado poderia ser conseguido, executando-se todos os eixos com a


mesma tolerância e variando-se a tolerância dos furos também de acordo com
seus respectivos tipos de encaixes.

A este sistema de ajuste se deu o nome de EIXO BASE.

Sistema de Ajustes Eixo-base

Sistema de ajustes no qual as folgas ou interferências exigidas são obtidas pela


associação de furos de várias classes de tolerâncias com eixos de uma única
classe de tolerância. Também conhecido como eixo padrão ou eixo único.

Neste sistema a dimensão do eixo é idêntica à dimensão nominal, isto é, o


afastamento superior é zero.

Linha zero

l.[')
..-- L[)
Cl_ ..-- LO
~ ..--
Cl
Cl_ rrl
Cl Q
rrl Cl Cl
o
(f)
(f)
Q)
u
X
w

Indicação da Tolerância nos Desenhos

84
~

r-
~
--'
Para a indicação da tolerância nos desenhos, é importante reconhecer-se
L.- imediatamente quando se trata de furo ou eixo.

FUROS - peças fêmeas, medidas internas

EIXOS - peças machos, medidas externas

Há peças que podem ter partes que são machos e partes que são fêmeas.

Os desenhos das peças com indicação de tolerância deverão ser cotados do


modo seguinte: escreve-se a dimensão nominal seguida de uma letra que, como

85
vimos, indica o campo de tolerância adotado e um número que determina a
qualidade.

Para peças fêmeas a letra é maiúscula, para peças machos a letra é minúscula, e
pode variar conforme o tipo de ajuste desejado. ......1

'--

- íl -

o;,
i5' -·-·- · - · - · -
"'tSl

Nos desenhos de conjunto, onde as peças aparecem montadas a indicação da


tolerância poderá ser do seguinte modo:

!;;g
r--.
- · - I
o
('")
iS!

Uma outra forma de se indicar a tolerância é substituir os símbolos pelos


afastamentos em valores numéricos.

I()
<'I
o.
o o
ólC)

86
·--
,._ Questionário

..-- 1- O que é intercambialidade?

2- O que é tolerância?

3- O que é dimensão nominal?

4- O que é dimensão máxima e mínima?

- 5- Quantos campos de tolerância são previstos pela ISO? Como se distinguem


para furo e para eixo?

' 6-·0 sistema ISO adota quantas qualidades de trabalho?

7- Quais são os tipos de ajustes?

8- Procure na tabela os afastamentos, dadas as seguintes dimensões:

50 F7 35 J6

106 g6 42m6

55 K6 70 r6

TIPO EXEMPLO EXEMPLO


DE DE AJUSTES RECOMENDADOS DE
AJUSTE AJUSTE APLICAÇÃO

87
J

Peças cujo
funcionamento
H7-e7
necessitam de
LIVRE H6-e7 H8-e9 H11 -a11
folga por força de
H7-e8
dilatação, mau _)
Montagem à mão, com alinhamento, etc.
facilidade.

Peças que giram


H10-d10 ou deslizam com
ROTATIVO H6-f6 H7-f7 H8-f8 boa lubrificação.
H11 -d11 Ex.: eixos,
Montagem à mão, mancais, etc.
podendo girar sem
esforço.
Peças que
deslizam ou giram
H8-g8 H10-h10 com grande
DESLIZANTE H6-g5 H7-g6 precisão.
H8-h8 H11 -h11 Ex.: anéis de
Montagem à mão, com rolamentos,
leve pressão. corrediças, etc.

Encaixes fixos de
precisão, órgãos
DESLIZANTE H6-h5 H7-h6
lubrificados
JUSTO deslocáveis à mão.
Montagem à mão, Ex.: punções,
porém, necessitando guias, etc.
de algum esforço.
Órgãos que

--...
111
:I
ADERENTE
FORÇADO
LEVE
H6-j 5 H7-j6
necessitam de
freqüentes
desmontagens.
Ex.: polias,
o
C/) •111 Montagem com auxílio engrenagens,
<( o de martelo. rolamentos, etc.
><,111
- (,)I
u. 111
ti)- Órgãos possíveis
<( ~ de montagens e
o
w o
e FORÇADO H6-m5 H7-m6
desmontagens
D.u DURO sem deterioração
111 das peças.
E
-
:I Montagem com auxílio
de martelo pesado.
Ex.: pinos de guia

Peças impossíveis
À PRESSÃO de serem
desmontadas sem-
COM H6-p5 H7-p6
deterioração.
ESFORÇO Ex.: buchas à
Montagem com auxílio pressão, etc.
de balancim ou por
dilatação.

88
~ Ajustes recomendados - Sistema Furo Base H7

L.- Tolerâncias em milésimos de milímetros =1J.l


Dimensão
nominal Furo Eixo
mm
acim~

- de
-
Até

3
H7
+10
o
f7
-6
-16
g6
-2
-8
h6
o
j6
+4
k6
+6
o
m6
+8
+2
n6
+10
+4
r6
+16
+10
s6
+22
+14
-6 -2
3 6
+12 -10 -4 o +6 +9 +12 +16 +23 +27
o -22 -12 -8 -2 +1 +4 +8 +15 +19
6 10
+15 -13 -5 o +7 +10 +15 +19 +28 +32
o -28 -14 -9 -2 +1 +6 +10 +19 +23
10 18
+18 -16 -6 o +8 +12 +18 +23 +34 +39
o -34 -17 -11 -3 +1 +7 +12 +23 +28
18 30
+21 -20 t -7· ( o +9 +15 ~ +21 ' +28 +41 ' +48
o -41 -20 -13 -4 +2 . +8 +15 +28 +35
30 50
+25 ' -25 -9 o +11 +18 +25 +33 ~ +50 I +59
o -50 -25 -16 -5., . +2 +9 ' +17 li +34 +43
+60 +72
50 65 +30 -10 o +12 +21
'
+30 +39 +41 +53
-30
o -60 -29 -19 -7 +2 I +11 +20 +62 +78
65 80 +43 +59
+73 +93
80 100 +35 -36 -12 o +13 +25 +35 +45 +51 +71
100 120
o -71 -34 -22 -9 +3 +13 +23 +76 +101
+54 +79
+88 +11 7
120 140
+63 +92
140 160
+40 -43 -14 o +14 +28 +40 +52 +90 +125
o -83 -39 -25 -11 +3 +15 +27 +65 +100
+93 +133
160 180
+68 +108
+106 +1 51
180 200 +77 +122
200 225
+45 -50 -15 o +16 +33 +46 +60 +109 +159
o -96 -44 -29 -13 +4 +17 +31 +80 +130
+113 +169
225 250 +84 +140
+126 +190
250 280 +52 -56 -1 7 o +16 +36 +52 +66 +94 +158
280 315
o -108 -49 -32 -16 +4 +20 +34 +130 +202
+98 +1 70
+144 +226
315 355 +57 -62 -18 o +18 +40 +57 +73 +108 +190
355 400
o -119 -54 -36 -18 +4 +21 +37 +150 +244
+114 +208
+166 +272
400 450 +63 -68 -20 o +20 +45 +63 +80 +126 +232
450 500
o -131 -60 -40 -20 +5 +23 +40 +172 +292
+132 +252

89
'J

Tolerâncias Gerais de Dimensões Lineares e Angulares


Conforme NBR 6371

Esta norma tem por objetivo simplificar a execução de desenhos. Ela define
tolerâncias gerais de dimensões lineares e angulares em quatro graus de
precisão. Pela escolha de um grau de precisão deve ser respeitada a condição
normal de execução da fábrica.

As tolerâncias gerais segundo esta norma são aplicáveis para peças fabricadas
por usinagem ou por deformação, desde que, para determinados processos de
fabricação, não existam normas especiais de tolerâncias gerais ..

As tolerâncias gerais para dimensões lineares e angulares são válidas quando em


desenhos ou outros documentos (por exemplo: especificações de fornecimento)
for feita referência a esta norma.

Se tolerâncias gerais específicas estiverem definidas em outras normas, estas


devem ser indicadas nos respectivos documentos. Se em um documento
estiverem várias normas de tolerâncias gerais, deve ser válida para dimensões
lineares e angulares, em caso de dúvida, aquela que permite a maior tolerância ..

Para uma dimensão entre uma superfície bruta e uma superfície usinada em peça
bruta (por exemplo: fundido bruto ou forjado), para qual individualmente não
estiver indicada a tolerância, deve ser válida a respectiva tolerância geral definida
pela norma de peça bruta, desde que ela seja maior. Para uma dimensão entre
duas superfícies usinadas, vale fundamentalmente a tolerância geral , conforme
esta norma.

As tolerâncias gerais desta norma são válidas para:

-a) Dimensões lineares (por exemplo: dimensões internas, dimensões externas,


rebaixos, diâmetros, distâncias), ver tabela 1;

b) Dimensões de chanfros e raios, ver tabela 2;

c) Dimensões angulares, para ângulos indicados, bem como não indicados (por
exemplo: ângulo de 90° ou ângulos de polígonos regulares), ver tabela 3;

d) Dimensões lineares e angulares que resultam da usinagem de peças


montadas.

As tolerâncias gerais desta norma não são válidas para:

a) Dimensões lineares e angulares em que a tolerância está indicada em cada


caso;

b) Dimensões lineares e angulares para as quais, em desenhos ou outros


documentos correspondentes, estão citadas outras normas sobre tolerâncias
gerais;
c) Dimensões auxiliares entre parênteses;

90
,.._
~

..._
..-'
d) Dimensões teóricas emolduradas (dimensão de referência);
L.-
e) Dimensões angulares em divisões circulares;

f) Ângulos de 90° não indicados entre linhas que formam cruzes de centro (eixos
coordenados);

g) Dimensões lineares e angulares, resultantes da junção de peças.

Nas peças em que constam dimensões usinadas sem tolerâncias indicadas,


produzidas por processos ou materiais para os quais existam normas com
tolerâncias específicas, é necessário levar estas normas em consideração por
ocasião da cotagem do desenho. Neste caso recomenda-se observar as normas
brasileiras sobre a matéria.

Todas as dimensões cotadas em um desenho de uma peça devem, em princípio,


estar associadas a um valor de tolerância, que normalmente é indicado sobre a
linha de cota após a dimensão nominal. Sendo válidas as tolerâncias gerais
conforme esta norma, deve-se indicar no desenho, no local previsto para este fim ,
o grau de exatidão escolhido (f, m, g ou mg). Por exemplo: para o grau de
precisão média (m):

NBR 6371 m

Dimensões lineares

Conforme tabela 1

Tabela 1 - Afastamentos superiores e inferiores para dimensões lineares,


com exceção de raios e chanfros.
Unid.: mm
Dimensão nominal
Grau de
precisão >0,5 >3 >6 >400 >1000 >2000 >4000 >8000 >12000 >16000
>30 >120
até até até até até até até até até até
até 120 até 400
3 6 30 1000 2000 4000 8000 12000 16000 20000
f . . . .
± 0,05 ± 0,05 ± 0,1 ± 0,15 ± 0,2 ± 0,3 ± 0,5 ± 0,8
(fino)
m
± 0,1 ± 0,1 ±0,2 ± 0,3 ± 0,5 ± 0,8 ± 1,2 ±2 ±3 ±4 ±5 ±6
(médio)
g
± 0,15 ±0,2 ±0,5 ± 0,8 ± 1,2 ±2 ±3 ±4 ±5 ±6 ±7 ±8
(grosso)
mg
(Muito . ±0,5 ±1 ± 1,5 ±2 ±3 ±4 ±6 ±8 ± 10 ± 12 ± 12
grosso)
Nota: para dimensões mfenores a 0,5 mm, 1nd1car diretamente na dimensão
nominal.

91
Tabela 2 -Afastamentos para raios de concordância e chanfros
Unid.: mm
Grau Dimensão nominal
de
Precisão >0,5 até 3 >3 até 6 >6 até 30 >30 até 120 >120 até 400
f ,__ _
(fino)
± 0,2 ± 0,5 ±1 ±2 ±4
m
(médio)
g
(grosso)
± 0,2 ±1 ±2 ±4 ±8
mg
(muitogrosso}

Dimensões angulares

As tolerâncias gerais para dimensões angulares são válidas independentemente


das dimensões efetivas dos comprimentos, isto é, desvios angulares podem
ocorrer em peças com condições de máximo material. Os afastamentos
superiores e inferiores não limitam os desvios de forma de um ângulo formado por
abas ou superfícies.

Em peças com desvio de forma, serve como definição de ângulo a direção na


qual as duas abas do ângulo se tocam às retas ou planos, nas condições
mínimas. Para converter as dimensões angulares da tabela 3 em dimensões
lineares, aplicar os valores das tangentes desses ângulos, dados na tabela 4.

Tabela 3- Afastamentos (em graus e minutos) para dimensões angulares


Comprimento do lado menor do ângulo em referência
Grau (mm)
de
precisão >400
Até 10 >10 até 50 >50 até 120 >120 até 400

f
(fino)
± 10 ± 30' ±20' ± 10' ±5'
m
(médio)
g
± 1°30' ±50' ±25' ± 15' ± 10'
(Qrosso)
mg
± 30 ± 20 ± 10 ±30' ±20'
(muito grosso)

Ta b eIa 4 - Â ngu os e t angent es


Ângulos Tangentes Ângulos Tangentes
10' 0,0029 30' 0,0087

15' 0,0044 50' 0,0145

20' 0,0058 10 0,0175

25' 0,0073 1°30' 0,0262

92
,._
~

.._ Representação de Símbolos Aplicados a Tolerâncias


Geométricas - Proporções e Dimensões - Conf. NBR 14699
L.-
Requisitos Gerais

Os caracteres dos símbolos devem ter a mesma altura dos caracteres aplicados
na cotagem e outras indicações do desenho.

Os símbolos apresentados nesta norma são executados com linha contínua


estreita, na mesma altura dos caracteres utilizados na cotagem e outras
indicações do desenho.

Requisitos Específicos

As dimensões dos quadros devem ser conforme tabela 1 (ver figura 1).

Tabela 1 - Dimensões dos Quadros

Dimensões em mm
Denominações Dimensões recomendadas

Altura do quadro (H) 5 7 10 14 20 28 40

Altura do caracter (h) 2,5 3,5 5 7 10 14 20

Largura da linha (d) 0,25 0,35 0,5 0,7 1 1,4 2'

Fig. 1 - Proporções

93
\

Para o primeiro compartimento, as proporções devem ser conforme figura 2.

o o
<( Retit ude Planeza Circularidade
:E
0:::
o

f:/ " o
LL

Cilindricidade Perfil de linha Perfil de superfície


qualquer qualquer

o
1<(

li l_
~

o
~
z
-0:::
w
Paralelismo
'
Perpendicularidade
L
Inclinação

-$- @ /§j
I<(

-
~
C/)
o
c..
Posição Concentricidade Coaxialidade Simetria

o
1-
z
w
:E lj
i=
<(
tt1
'
Circular Total

Fig. 2 Características de forma, orientação, posição e batimento


/

94
~
(.)

czw
A A
l l
y

~
w
LL.
w
~ '
Elemento de referência (indiret o) Elemento de referência (indireto)

ti)
w

@ ®
(

~
o
c .
<
50
- --oc
(.)
LL.
Dimensão Condição de Tolerância
teoricamente máximo material projetada
:E correta

0,01 A
o
I<
l)l
<
-
(.)
. .J
Q.
<
I 100,02@ 1

1~1° 0,02 ®IA Isi


..
Fig. 3 Características de referência, mod1f1cadores e aplicaçao -
O segundo compartimento subseqüente, destinado ao formato do campo de
tolerância e seu respectivo valor deve ser construído conforme tabela 1, podendo
variar no comprimento, conforme espaço necessário para informação,
observando-se o proposto no item a seguir (ver figu ra 3).

O terceiro compartimento subseqüente, destinado ao elemento de referência ou


elementos, deve obedecer ao proposto para o primeiro compartimento (ver fig. 3).

O espaçamento entre os traços verticais dos compartimentos, bem como à.·


construção dos símbolos e a inserção dos caracteres, não devem ser inferiores a
duas veze~ a largura da linha.

95
Símbolos de Soldagem

Descrição da Soldagem nos Desenhos

Os símbolos de soldagem formam um método taquigráfico de transferir


informações dos delineadores aos fabricantes e operadores de solda. Algumas
poucas linhas podem transferir tanta informação quanto longos parágrafos.

A Sociedade Americana de Soldagem publicou um folheto - Símbolos Padrões de


Soldagem (AWS A2.0 - 58). O material aí contido indica ao delineador o exato
procedimento e padrões a serem seguidos, de modo que fabricantes e
operadores de solda podem ler e entender todas as informações necessárias para
produção do tipo correto de solda.

Os símbolos padrões AWS, para soldagem a arco e a gás, estão contidos na


tabela seguinte .

CHANFRO I EM~NOA

RETO
J v I BIZEL. I u J lrL..-\RE-v I FLAR~
BEVE'_ I ARESTA I ÂNGULO

I
li I 'V I v Iv ~ I
'\í
I Ir
I JL I IL
I I
FILETE BUJÃO O:J
RANHURA
IPONTOS a; )I SOLDA o.::
COSTURA AA.~ RE FOR CO
ISOLDAR \MAN-
,DO A JUNTA
R!V!:STI M~O

II
l ~ I C7
I ~'
I
~ ~ ç;;;;c;:;

S<X.DA DE SOLDA DE ! cot:TO~o

CONTORNO CAMPO ! E:SMERJLHACO cor:ve:xo

o Q
I - ~
I
Exemplos do uso dos símbolos

Cada símbolo apresentado nesta unidade deve ser estudado e comparado com o
desenho que mostra seu significado. Também deve ser comparado com a tabela
de símbolos.

Em cada uma das unidades que se sucedem , um símbolo relativo a um


determinado trabalho é mostrado juntamente com seu significado. O estudo de
cada um desses exemplos irá esclarecer o significado e uso dos símbolos de
solda.

96
,.._
~

.._ Os símbolos . da tabela são colocados no meio de uma linha de referência.


Quando o símbolo é colocado no lado inferior da linha de referência, a soldagem
L..- deve ser feita no lado onde a ponta em forma de flecha encosta, como na figura

r -
.._
abaixo.

LIN~t. r>~~ REFE~ÉNCIA

) 11

'
SIM BOLO SIGNIFICADO

Se o símbolo é colocado no lado superior da linha de referência, como na figura


abaixo, a soldagem deve ser feita no lado oposto ao que é tocado pela flecha da
linha.

SÍMBOLO SIGNIFICADO

A penetração e a fusão devem ser totais, a menos que uma medida seja indicada
r)O desenho, como é mostrado pela fração~ na figura.

'/ ·--~-;-i.,.-:11;------.~ _j_ =-1<:-

.-----~~-----,~ =-IN ~çp---!-


SÚ~BOi..O
t SIGNIFICADO

Para diferenciar entre abertura na raiz e profundidade de penetração, a abertura


na raiz por uma junta de topo reta aberta deve ser indicada colocando-se sua
medida, por exemplo 1/8", dentro do símbolo, ao invés de colocá-la em um dos
lados do símbolo, como no desenho precedente.

);>---~~~~~-----~
r-1 ---->o:-1------:
___,j
-~~
!..:.- .e.L' ASERTU?.t. NA RAIZ
SiM SOLO SIGNiFICADO

O ângulo das juntas biseladas e a abertura na raiz são mostradas na figura


abaixo. Se nenhuma abertura na raiz é indicada no símbolo, convenciona-se que

97
)

as chapas são dispostas em pleno contato, a menos que o fabricante tenha


padronizado uma abertura para todas as juntas de fogo.

~ 1-- ~· ABERTURA NA RAIZ

SIGNIFICADO

A parte anterior da linha de referência é freqüentemente usada por delineadores


para colocar especificações que não são mostradas por outros símbolos. Um
método de indicar o tipo de eletrodo a ser usado é mostrado na figura. Indica que
a soldagem de topo deve ser feita com um eletrodo E-6012, da classificação
AWS.

E-6~2'.------------------~
/ ~
r----~,-----,

O tamanho do eletrodo também pode ser indicado da seguinte maneira:

E-6 020~
6 />---rr-11-----..~ ESMERILHADO

I I
)'!i
SIMÇC·~ SIGNIFICADO

Na figura anterior, o eletrodo a ser usado é indicado como sendo do tipo E-6020 e
o 6 indica o tamanho do eletrodo em unidades iguais a 32 avos de polegada.
Nesse caso, é um eletrodo de 3/16". Temos ainda um símbolo que indica que a
solda deve ficar esmerilhada com a superfície da chapa.

Quando apenas um dos lados da junta for biselado, a flecha faz uma mudança
brusca na direção do lado a ser biselado, como segue:

)>--~F\ ----.r
Sr'MBO!..O S!\;NIFIC/,!)0

98
O tamanho dos cordões, em juntas de filete ou sobrepostas, é indicado da
seguinte forma:

.!.:'+-
1 41
~)·--------.,,

'-----~@71
~
,.
r---
'
SJMBOLO SIGNIFICADO 4

Em todas as soldagens de filete e sobrepostas, os dois lados da solda devem ser


iguais, a menos que outras medidas sejam especificadas.

Caso as soldagens devam ser intermitentes, o comprimento das soldas e o


espaçamento centro a centro são indicados como segue:

n
SÍMBOLO

-
SIGNIFICADO

Quando a soldagem deve ser intermitente, com os cordões alternando-se entre os


lados da junta, o símbolo é feito da seguinte maneira:

- ! "--
t

Ii ! J

s;~Nrrrc:..co

Soldagens de campo (qualquer soldagem que não é feita na oficina) são


indicadas colocando-se o símbolo de soldagem de campo no ponto de mudança
de direção da linha de referência, como segue:

s{MBOCO CE SOLDA DE CAMP~


Uma indicação do que a junta deve ser soldada em toda uma circunferência é
mostrada colocando-se o símbolo de solda de contorno, assim:

99
I I
I
I
I
I
. I
II SOL::>A
CIRCULAR
,•
SÚ«BOLO SIGNIFICADO

Símbolos diversos podem ser usados simultaneamente, quando necessário, da


seguinte maneira:

SIMBOLO SIGNIFICADO

100
( ( (

ELEMENTOS DE MÁQUI'NAS
(GLOSSÁRIO)
:;o
CD
"C
..,
CD . :3
(J)
CD
~ "'
:::s .
~ •

I(')
rosca orruelcl
-l»l
o
bucho
m
-
CD
o 3
o CD
:::s :::s
<
CD
:::s
o(J)
-
(')
c.
-·o CD
:::s ro590 do chaveio
I
<:honfro' espiga ei<O ronhurodo
I» 3:
I»•
.c
-c.
CD s:::
"'O :::s
-
I» I»
,, (J)
;:::s.
CD
(J)
:;o furo esccreodo mancai orelha pOro fuso Ali en
o(J)
n

c. ~<--.-~

(J) cubo

......
o /
...... porco r eboil<O saliência
..~
_,
em Desenho Técnico - Conforme NBR 8993

Esta norma fixa as condições exigíveis do método convencional de representação


simplificada de partes roscadas em desenhos técnicos.

Este método independe do tipo de rosca ao qual se aplica . O tipo de rosca e suas
dimensões devem ser especificados segundo as normas sobre partes roscadas
correspondentes. Por questão de uniformidade, a disposição relativa das vistas
nas figuras está de acordo com o método de projeção de primeiro diedro. Deve-se
entender que outros métodos de projeção podem ser igualmente utilizados, sem
prejuízo dos princípios estabelecidos nesta norma.

Representação Convencional

1· Roscas Visíveis

Para roscas visíveis , a crista do filete é representada por uma linha contínua larga
e a raiz da rosca por uma linha contínua estreita (Figs. 1, 2, 3 e 4 ).

Fig. 1

Fig. 2

Recomenda-se que o espaçamento entre as linhas, que representam o diâmetro


maior e o diâmetro menor da rosca, seja igual à profundidade real da rosca ;
porém, em todos os casos, este espaçamento não deve ser menor que:

a) O dobro da largura da linha contínua larga;

b) 0,7 mm;

c) Prevalece a maior dimensão, a) ou b).

102
~
~
~ 2- Roscas Invisíveis

L.- Para roscas invisíveis, a crista e a raiz são representadas por linhas tracejadas
estreita ou larga, porém somente um tipo num mesmo desenho (Figs. 3 e 4 ). Para
~
..._ o espaçamento entre as linhas tracejadas, prevalece o mesmo caso das roscas
visíveis .

-
f!]~
- o

Fig. 3 Fig. 4

3- Cortes de Partes Roscadas

Para partes roscadas mostradas em corte, as hachuras devem ser estendidas até
a linha da crista da rosca Wigs. 2, 3 e 4 ).

4- Vista de Topo da Rosca

Na vista de topo de uma rosca visível, a raiz deve ser representada por uma
circunferência parcial de linha contínua estreita, de comprimento de
aproximadamente 3/4 da circunferência (Figs. 1, 2 e 3).

Na vista de topo de uma rosca invisível, a raiz da rosca deve ser representada por
uma circunferência parcial de linha tracejada estreita ou larga, porém um só tipo
de linha num mesmo desenho, sendo a mesma de comprimento de
aproximadamente 3/4 da circunferência (Fig. 4 ).

Para espaço recomendado entre circunferências prevalece o caso previsto nas


roscas visíveis.

5- Limitações do Comprimento Útil da Rosca

O limite do comprimento útil da rosca é representado por uma linha contínua larga
ou por uma linha tracejada estreita ou larga, porém um só tipo de linha no mesmo
desenho, dependendo se o limite da rosca é visível ou encoberto. Essa linha
termina que define o diâmetro maior da rosca (Figs. 1, 2, 4 e 6).

103
6- Roscas Incompletas

Roscas incompletas ou a parte além do limite de comprimento útil da rosca não


são mostradas (Figs. 1, 2, 4 e 6), exceto onde representam uma necessidade
funcional (Fig. 5). ......../

Fig. 5

7- Partes Roscadas Montadas

As determinações anteriores são aplicáveis a montagem de partes roscadas .


Entretanto, partes roscadas externamente devem ser representadas cobri~do
partes roscadas internamente e não devem ser encobertas pelas mesmas (Figs. 5
e 6).

Fig. 6

Se, em montagens complexas, o método convencional não representar


claramente as roscas, pode-se substituí-lo pelo método mostrado na Fig. 7.
Recomenda-se mostrar a profundidade correta da rosca, porém não é necessário
desenhar o passo correto nem o perfil exato da rosca , Este método pode ser
utilizado para ilustrar publicações, etc.

Fig. 7

104
..
L..-
r-
.....
L.-
Tipos de Roscas

rosca whitworth
rosca mi!itrico rosca tiopezoídol

rosco dente de serro rosca de filête arredondada

Dados Principais de Uma Rosca

parafuso

I
~ --....
_j
~

..::... LEGEN)A

..
p
- passo

-
d
- Cl8rnetro indicativo do rosco

( di&netro externo do parafuso)

-
d,

• dt dl&netro inWno do porafwo

porca
o
- di&netro extemo da rosca da pewca

OI
- di8metro do furo da porco

o.
D

( , ~

105
"-"'
Representação da Rosca

Furo roscado possante Furo roscodo ce90

Rosca mftrico o duas en-


Rosco mttrico fina de d&n. trados de dKim. 24mm e
30mm e posso 1,5mm. posso 1,5mm.

10 ( 2•nt. )

106
PORCA E PARAFUSO

l'
'
-c;:J i
I

-o;
2d

As roscas e os parafusos sextavados são repre -


sentados com estas proporções.
Paro as dimensões reais, consultor os tabelas

k = t1po da rosca
Indicação do parafuso ' Parafuso kd x t d = diômetro do rosca
Ex .' Poraf. M 15 x 50 e= comprimento útil

107
l - tipo do pa'Of.-
k - tipo <*:1 roeca
PROPORÇOES DOS PARAFUSOS
lndieoçOO • P<lrof. lkd• t d•domefrodo....co
(•c-lmentolllif
E•.• P<lrof. cobeço ehoto MI0• 30

O,Z!Sd

..,..

"

c~ocllmrieo ~-ndo cabeço~co """-G' eoeoreoclo cabeço- c~compino


01101 01101

PARAFUSOS DE FIXAÇÃO
prioioneiro EXTREMIDADES INTERIORES DOS PARAFUSOS

6'~
~­ ltH
g it ~
~ 11 ~
PARAFUSOS F'ASSANTES PARA MAOEIRA AARAFUSOS PARA MADEIRA COM ROSCA SOE!ERBA

..... ~ lent~hO c®eço cholo c:ctbeÇo c8ntco eobeça oeJrtowodo cabeçoo1101 cabeça d>oto cobeçoquclltoclo
o cob~·-
co

f ( (
'
( ( (

y • tipo do porco
lndicoc;:ilo • Porco ykd k = tipo do rosca TIPOS DE PORCAS
Ex. ' Porco cego M20 d • diâmetro do rosca

com assento com assento chopéu


sextavado cônico esférico cego

...
~I
-ggp
-<$-
I>O<CO ~O ' h•d

porco normal ' h• O,Sd


I>O<COI- , h .. (0,4""0,6)d

com entohes com furo de com parafuso


radiais castelo fixoçõo de fixação QJOdroda

0, 3d
07d --

_rrfi .
. -

porco PftOdO ' h =1,4d porco PftOdO ' 1> =1,4d


pon:o nonnOI ' h • O,B d pon:o normal ' h • 0,8d
~
porco otto ' h =O,Bd
porco boi110 ' h "' O,Sd
.....
o
<.0
• *
(/)
<
u . ' o :

w
Q.
cn
w
cn
c(
(.)
0:::
~
o 1
....
Q. . .
w . ~
(/)
o
cn
:J
LL
<
o:
rt
c(
a..
11

110
~
z
c
0:
::J
CJ
UJ
U)
w
c
U)
o
>
-i=cn
o
a.
U)
cw I ~

U)
c.J
t
~

w
::J
0::
0::
., ~

"""""' ...:
11
'15

111
Representação de Molas em Desenho Técnico
Conforme N BR 11145

Esta norma fixa as condições exigíveis para a representação de molas metálicas


em desenho técnico mecânico.

As molas podem ter representação normal, em corte e simplificada.

Quando for grande a quantidade de espiras de uma mola, a representação desta


é feita com algumas espiras nas suas extremidades e com linhas traço ponto ..

As molas são representadas sem carga.

Molas de Compressão

Os tipos e suas respectivas representações encontram-se na Tabela 1.

Tabela 1- Molas de com ressão- Ti


Tipo
Normal Sim lificada

Helicoidal cilíndrica m m I · i
de seção circular

w
-m -m .

Helicoidal cilíndrica
I . i
~
de seção

~
retangular

Helicoidal cônica
de seção circular
m
i I
.

~.
Jda
,
, I
- ·--.

Helicoidal cônica
de seção
$ ~ I
Ih
11 i 11
$_
retangular

I .-t._l
11 2
Nota: As molas helicoidais cilíndricas, com arame em seção circular, à
compressão, podem ser especificadas em lista de material, contendo os seguintes
dados:

a) Diâmetro do arame;

..._ b) Diâmetro interno da mola;

c) Comprimento total;

d) Passo;

e) Número de espiras;

f) Assento em esquadro, quando for o caso.

Exemplo: Mola-arame 0 0,3, 0 i = 2,1 , comprimento = 30, p = 2, número de


espiras= 42 1/2, assento em esquadro esmerilado.

Molas de tração

Os tipos e suas respectivas representações encontram-se na Tabela 2.

Tabela 2 - Molas de tra


Tipo
Normal Sim lificada

Helicoidal cilíndrica
de seção circular

Helicoidal dupla
cônica de seção
circular

11 3
. '
Molas de torção

Os tipos e suas respectivas representações encontram-se na Tabela 3.

Tipo
Normal Sim lificada

Helicoidal cilíndrica
de seção circular
(enrolada à direita)

Molas-prato

Os tipos e suas respectivas representações encontram-se na Tabela 4.

Tabela 4- Molas-prato- Tipos e representaçoes


Re__Qresenté!_Ç_ão
Tipo
Normal Em corte Simplificada
.
.c-1»-
I

Mola-prato c:: I ............


I
rei' I .
Mola-prato múltipla
acoplada no
mesmo sentido
61 ==:...,
I

Mola-prato múltipla
acoplada em I ! !
sentidos i I I
alternados

114

...
,._
~

...... Molas espirais

'-- Os tipos e suas respectivas representações encontram-se na Tabela 5.

r--
..._ Tabela 5 - Molas espirais -Ti os e representa ões
Tipo
Normal

Mola espiral

Mola espiral (a
mola é enrolada
pela rotação da
caixa)

Feixe de molas

Os tipos e suas respectivas representações encontram-se na Tabela 6.

Tabela 6- Feixe de molas -Ti


Tipo
Normal lificada

Semi-elíptica

Semi-elíptica com olhais

Semi-elíptica com grampo


central

Semi-elíptica com olhais e


grampo central

115
Representação das molas.em desenhos de conjunto

As molas poderr ser representadas em desenhos de conjunto em corte, com


representação das metades das espiras situadas atrás (Fig. 1) sem (Fig. 2) ou em
representação simplificada (Fig. 3).

Fig. 1 Fig. 2 Fig. 3

116
~
~

UJ
c
..J
o
,. :E

-
117
,.

Representação de Engrenagem em Desenho Técnico


Conforme NBR 11534

Esta norma fixa as condições exigíveis para representação gráfica de


engrenagem em desenho técnico e documentos semelhantes.

Representação

Como princípio fundamental, uma engrenagem é representada (exceto na seção


axial) como uma peça sólida sem dentes, indicando-se apenas o diâmetro
primitivo com uma linha traço ponto estreita (Figs 1, 2 e 3).

Figura2

Figura1

Figura3

.. 118
L..-
~
,._ Dentes

'-- Se for necessário representar um ou mais dentes no desenho, representa-los com


linha contínua larga (Figs 4 e 5). Se necessário representar a direção e forma dos
dentes de uma engrenagem ou cremalheira em uma das vistas, usar linha
contínua estreita (Fig. 6 e tabela).

. r 1
·-\ilj
Figura4

FiguraS

Figura6
. tema de dentes
Ta beIa- s·1mbo Ios para o s1s
Sistema de dentes Símbolo

Helicoidal à direita
N
Helicoidal à esquerda ~
Dupla Helicoidal ~
(Espinha de peixe)
~

~
Espiral
=-::::
;;;.-----.;::

Nota: Se for representado um JOgo de engrenagens, a d1reçao - do dente deve ser


indicada em apenas uma engrenagem.

119
Raiz do dente

Como regra geral, não se representa a raiz do dente, exceto em seções ou cortes.
Contudo, se for necessário representa-la em uma vista , representa-la com linha
contínua estreita.

Desenhos de conjunto (pares de engrenagem)

As regras especificadas para representação de engrenagens em desenhos de


componentes são igualmente aplicáveis em desenhos de conjunto.

Nenhuma das duas engrenagens em um engrenamento tem primazia para


encobrir parte da outra (Fig. 7), exceto nos dois casos seguintes:

Figura 7

Se uma das engrenagens, localizada em frente da outra, efetivamente esconde a


parte desta (Figs. 8, 9 e 1O);

120

Figura 10
~
~
~ Se ambas as engrenagens são representadas em seção axial, uma das duas
escolhidas arbitrariamente assume a parte escondida da outra (Fig. 8).
'-- Nota: Nestes dois casos, contornos escondidos não precisam ser representados ,
~ se não forem essenciais à clareza do desenho (Figs. 8 e 9).

121
Engrenamento externo de engrenagens cilíndricas, conforme Fig. 11 .

Figura 11

Engrenamento interno de engrenagens cilíndricas, conforme Fig. 12.

Figura12

122
.
~
~
..._ Engrenamento de pinhão e cremalheira, conforme Fig. 13.

r:1l : I : ~
Engrenamento de engrenagens cônicas, com interseção de eixos em qualquer
ângulo, conforme Fig. 14.

.
/1<:::
.
I
~ .

Figura 14

123
Engrenamento com coroa e parafusos sem fim e seção transversal, conf. Fig. 15.

Figwa15

Engrenagem de corrente, conforme Fig. 16.

Figura 16

124
~
w
:I:
_J
\0
I
~
I
2
I <(
E • •
:E
w
a:
o
w
:E
w
C)
<(
z
w
a:
C)
z
w

125
ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES RETOS
120

~ ~
ii .....

lt- 28
• • zo•

m• 4
z, •IZ -
• • 20.

!16
!.-

DADOS
módulo m • 4 número de dentes do ponhOo z, • 12 do coroo z 1 = 28 e• 20"

_..
N
O>

( Í ( ( 1 ( (_
( (

ENGRENAGENS CILÍNDRICAS DE DENTES HELICOIDAIS

chZ
10
(()
O) ~,'?l
~

o~

• - 15·
(1 - 18 °
hÓI. - .

m• 4
I, • I,
• - 15·
11- 18°
hÓl dW.

DADOS

m • 4 z, ~ 15 z1 • 26 ônqulo de lneinoçõo do dente ~ • 15 • 8ngulo de press<lo 9 ~ 15•

1\.)
......,
'-- '

cn
<C
z
oC)
o
1-
0:::
o
cn
o
-><w
w o
c ~
cn
-<(
c
~

o- I
o
.-.J
1>98'68----- - - - · - - !

w i .

:r: •
cn !l

z ••
w
C) ~
<( •
ii
z
w
.c
o•
'f
0::: •
C) ci..
z
w ....ct •
.
w
.c
oI{)
i
"'7 ·-----:8
"""'
•9·i;li~ · · ·- ··· · -··- · - -
'
<:ti:.
l--- ----:::
8-:-:
!>9'6010·····················--
Cl)
(\1

H
.::
~ -+-+-- -
!!?
..
~! (L - ..:.. ,.,,,_ _

li ,..,
O!
. 01>0

E
980

128
', .

.......
~
~
-'

UJ
o
UJ
0::
w
>
w
0::
UJ
o
-><w
w
c
UJ
<( •
-o
c ~ ;;
;;
N


(.)
.-.J
'
• !I ~ ..

w
I I I
E,;«( f
:r:
UJ
z
w
C)
<(
z
w
0::
C)
z
w

;;;
I

~
I

a~I
Q .
I

129
~
f
g

~

: ~ !

N § •
- • o
~ s 1

11 ! 1i
o
oO')
<
~
-z
o
cQ
o
C/)
z
w
(!)
<
z
w
o:=
(!)
z
w

130
I
/{ \
\
\
''
o IO.w
&I) v-
li 11
...... EN
<(
C/)
<(

-
o
z
<O
o
C/)
z
w
(!)
<(
z
w
a::
(!)
z
w
"' -~
•. ~ !
I
e

~
.
~ :1, !
•e .' .,

I
I I
:

,..,_; r i
"''
~~/
1 ~~ I .
-~

.1 5?f
• "''
J__j ."'
....
...'

_ , _!

_l

131
~'
C\J
•\l) ;§
C'-. H
11
C\i dl.-
o_f:IJ
('() -o
n
0:
-o

:E
-
LL
I

:i
w
cn
ocn
::)
LL
<(
~
<(
D..
w
<( L oi"e
o
~
o
o
; "'c>,ç...,, I
. ~-f8L'll.l--··· · · -··---~
/

11
e ,.;


o
"' "' "' -
I
~
...
ID

- ,-
~.c
"
-;;
i
;

.L

132

..
Tipos de Rolamentos

1- Rolamentos Fixos de Uma Carreira de Esferas

O rolamento fixo de uma carreira de esferas tem pistas profundas, sem orifício
para a entrada das esferas. Graças à profundidade das pistas, ao tamanho das
esferas e ao íntimo contato entre as esferas e as pistas, possui, esse rolamento,
grande capacidade de carga, inclusive no sentido axial. É por isso muito
adequado para resistir a cargas de todas as direções. Sua construção lhe permite
suportar consideráveis cargas axiais, mesmo a velocidades muito elevadas.

2- Rolamentos de Rolos Cilíndricos

Os rolos do rolamento de rolos cilíndricos são guiados por rebordos em um dos


anéis. O outro anel não tem rebordos. Esta execução apresenta a vantagem de
permitir que o eixo se desloque axialmente dentro de certos limites, em relação à
caixa. Os rolamentos com rebordos nos dois anéis podem fixar axialmente o eixo,
sempre que as forças sejam muito reduzidas. A desmontagem é muito fácil,
mesmo que ambos os anéis estejam montados com ajuste forte . Este rolamento é
adequado para cargas relativamente grandes e pode também suportar altas
velocidades.

133
3- Rolamentos Autocompensadores de Esferas

O rolamento autocompensador de esferas tem duas carreiras de esferas e uma


pista esférica comum no anel externo. Graças à esfericidade da pista, o rolamento
é autocompensador, o que o torna insensível a ligeiros desalinhamentos do eixo I
provenientes de montagem defeituosa, esforços sobre o eixo, desnível das
fundações, etc. Pelo mesmo motivo, o rolamento não pode ocasionar flexões no
eixo, o que é de grande importância quando se trata de aplicações em que se
requer alta velocidade e exatidão.

4- Rolamentos Autocompensadores de Rolos

O rolamento autocompensador de rolos tem duas carreiras de rolos e uma pista


esférica comum no anel externo, característica à qual deve sua propriedade de
alinhamento automático. O número e o tamanho de seus rolos e a exatidão com
que estes são guiados, conferem a esse rolamento uma capacidade de carga
muito grande. O de tipo largo também pode suportar cargas axiais consideráveis,
provenientes de qualquer direção.

5- Rolamentos de Contato Angular

134
,...
&...-

..._
O rolamento de contato angular de uma carreira de esferas tem as pistas
~ dispostas de forma que a pressão exercida pelas esferas está dirigida em ângulo
agudo com respeito ao eixo. Em conseqüência desta ·disposição, o rolamento é
especialmente apropriado para resistir a uma grande carga axial, devendo-se
monta-lo contraposto a outro rolamento que possa receber a carga axial existente
em sentido contrário. Este rolamento não é desarmável.

6- Rolamentos de Contato Angular de Duas Carreiras de Esferas

O rolamento de contato angular de duas carreiras de esferas tem as pistas de


maneira que as linhas de pressão formadas pelas duas carreiras de esferas se
dirigem a dois pontos do eixo relativamente distantes entre si. Ao contrário de
outros tipos de rolamento, este tem carga prévia, que lhe permite reduzir, entre
pequenos limites, os movimentos axiais do eixo, mesmo sob cargas de direção
variável. Por sua construção, este rolamento é apropriado para órgãos giratórios
de máquinas que requerem dois apoios, porém nos quais se dispõe de espaço
para um só rolamento.

7- Rolamentos de Rolos Cônicos

135
O rolamento de rolos cônicos, graças à posição oblíqua dos rolos e da pista, é
especialmente adequado para resistir a cargas radiais e axiais. Para os casos em
que a carga axial é muito importante, há uma série de rolamentos cujo ângulo é
muito aberto. Este rolamento deve ser montado contraposto a outro capaz de
suportar os esforços axiais em sentido contrário. O rolamento é desarmável; o
anel interno com seus rolos e o anel externo armam-se cada um separadamente.

8- Rolamentos Axiais de Esferas de Escora Simples

O rolamento axial de esferas de escora simples consta de uma carreira de esferas


entre duas plac.as, uma das quais, a placa móvel, é de assento plano, enquanto
que a outra, a placa fixa, pode ter assento plano ou esférico. Neste último caso, o
rolamento se apóia em uma contraplaca. Os rolamentos com assento plano
deveriam, sem dúvida, ser preferidos para a maioria das aplicações, porém, os de
assento esférico são muito úteis em certos casos, para compensar pequenas
inexatidões de fabricação das caixas. O rolamento destina-se a suportar carga
axial em uma só direção.

136
'•

9- Rolamentos Axiais de Esferas de Escora Dupla

O rolamento axial de esferas de escora dupla tem duas carreiras de esferas, uma
para cada direção de carga, e três placas fixas iguais às do rolamento de escora
simples, podendo ser de assento plano ou esférico. O rolamento destina-se a ·
resistir a cargas axiais de direção variável.

10- Rolamentos Axiais Autocompensadores de Rolos

O rolamento axial autocompensador de rolos tem uma carreira de rolos em


posição oblíqua, os quais, guiados por um ressalto da placa móvel, giram sobre a
superfície esférica da placa fixa. Em conseqüência, o rolamento possui
capacidade de carga muito grande e alinhamento automático perfeito. Graças à
execução especial da superfície de apoio dos rolos no ressalto de guia, os· rolos
giram separados do ressa lto por uma fina camada de óleo. O rolamento pode, por
. isso, girar a grande velocidade, mesmo suportando elevada carga.
Contrariamente aos outros rolamentos axiais, este pode, também, resistir a
cargas radiais.

137
\/

11- Rolamentos de agulhas ·

Os rolamentos de agulhas, indicados para suportar esforços radiais intensos, são


de pequena espessura, possibilitando, assim, o emprego de assentos mais leves
e de dimensões reduzidas; apresentam alta rigidez, o que permite que suportem
maiores cargas com muito menor desgaste; funcionam silenciosamente, mesmo
quando são submetidos a regimes de altas rotações.

!
._ __s!

;. \
c_ _ 3 ; ·

'..~
.
. · ,. \ .h'. ':=
·,'·, , /

138
( r ( ( \
'

Cho~to Lf'IQueta ov
CHAVET AS E LINGUETAS
Oimensok dos rasgos
t uniOO fOI"ÇodO) chove to OISIIIO'I,.

As dimensões se e'SCOihem em função do diâmetro do eixo d


' .: -:" ~ b

$
~
·I· ~~- i .-:·,'~- ~
-~
. Oba.• As chowtos n!lo se representem cortados em sentido longitudinal.

lndiC~ões: chawto encaixado com cobeço b • h x f


Cl.bo er~

lrobohom os

fOCO$ A e8 (indin)
--.amao
for.es, C eO {pordelo$)
m ~
d'loveto encaixada fixo b x h x f ~·e:z-;s.,
dire,ao do golpe paro rnontor
dfreç!lo do golpe paro ~ntar 1 - . .
f• .
•,
• -f

UNIÕES COM CHAVETAS EJ


Chaveia enconcodo móvel ChaveiO encoutoda fn,o Choveto plano Choveto côncow

. ~·. - _- _:___- -· ·,···.


- liiiiiiit ~
-~
-- ,~· ·--- r@ -------~
; ~---- ~
- . / -~· w ', ~
~~ -<j 3 -- - I l Et::=::::l> . --
-- c::=::::3

ba Cno-veto enco.xodo com cob6Ço Oloveto Plano com cobeço Chaveio côncovo c:om çobe~MO Ct"H)wtO$ tOtt(JtnOO•s

-@) ~ . ® -~:~: --
~ ~ ~ . -.
~- ~In
i . \ .
--+ ·--m ---, n a:::=::J-··
~
UNIÕES COM LINGUETAS UNIÃO COM CHAVETA MEIA LUA

L II"''QVeiO <fe O)UtiM fiiiiO L tnQueto oe or..1rte f i1110 Cttoveta ôesJil-On1e Chaveto OHiilOnM ChoW!IO me•o-luo. omel"tÇO"'I
<e•trem•dc:Jdes r•1ot) ( eatremidodes redondos) ( ex.trel"''tidOdes redondo) ( e.ctrttTMCJOCies rotos) ou WOOQRLJFF
liiiiiiJ

~ ~
~-
~~ ~
T~ · _ .
~:v·
: .. '. I t: '" Jiím ~ -~~~ ~~
·,
·. / -~~
_..
~ . _....,__
c=::J
-~
w
<O
tI li · - · - ..)
....
{

PINOS E CONTRA- PINOS


PINOS CL ÍNDRtCOS

e l
com I ou 3 sulcos

+--. .;j.l t

{3 = 2o• -4:s• - so• cf.. ""75• -:-90 •


t.
Comprimentos t normois , 8-9-10-12 ... 22- 25-28 - 30-3!5 .. 150-160 ... 320
lndicoçõo de \11'1 pino d lt J(
t t, E~templos • Pino cll . sem cabeça 65x95x70
P ino c11 com cabeça 10x35x31,5

PINOS C6NICOS

1---- t
___t_- t ~---··l
~ ~·;gll ~(~ 'Y1f c~o. -----a---.1 v ~ ...[ -fF- i I ~

O diC!metro indicativo do p ino cenlco é o menor.


~---- 3-
Compr imentos I normais • 4- 6 ... 32- 36-40-45 .. . 1!50-165- 180-200-230-260
tndi caçGo de 111"1 pino c6oico ' Pino c6nico dxt Ex.• Pino c6oico 4x35

PINO ELÁSTICO
CONTRA-PINO

~ t ... lndicaçl!lo de um contra-pino


T.,,.,~t _ ~ Contra-pino dxt
------ ..
i
t -~~ d = di&netro do f"o
F-----rr •
Moteriol · oço Material • outro metal ndicoçGo • Pno el6stíco dx t
~

~
~
Obs., nõo se cortem rebites em sentido fonQitudinol
REBITES
o o c<
O(

~ ~

cabeça cabeça cabeça cabeça


redondo tronco-c8nico escareado escoreoda
o plana avalizado
0=1,8d 0-1,6 d
h =0,7d h-0.5d h= 0 ,6d
c-d
R= 0,9d h- 0,65d d~ I .;. 8 - t i . = 90" R-2.;.2,5d
.o O trecho a i c1Undr1'c:o d- 10-i-13 -t~..-75"
O trecho b i levemente
d= 16-'- 19 -t~..-60"
cônico d=24-i-40- tl..-45"

"
d•- l,ld

......
~
1\.)

I ( \ I' , ( Jl (
\.
( ( ( ( ( ( ( \

,
SIMBOLOS DE REBITES

Olometro do ....,.. (mm) 10 12 (14) MS (18) 20 22 24 'n :50 (:53) 345 1


Olametro dO furo ( mm l

8,4 11 13 e 17 19 21 23 25 28 SI 34 37
lll
Cobeçca redondoa de I •
amboa oa lodoa
'::+-
t
-+- t
.-$- -~ M$ S7-$-
Cabeça a-tor lll~
!ll ~ 4-
embutido t t
4})\ ~ ~ ~~ ~ 5~
15
... , I ..
"õ~
•+ • -+-• ••• • * *
Cobeço Inferior
....z embutido
>
ãu
UI
IA
~ Ambaa ca cabeçoa
"o/ ~ + + 15 ~
• - + ~ -~ 54~ ,~
~ '{$)
embuttdal
o
.<t>- -$- ..<f} <;>
..J
UI
o
+
... * * n. • ..
.! Albllar na montavem
....--JC --i!-
.,. ·~ ~~ 54~ n~
UI I I -ff ~ ~ -~
1$
F..-or na ,_,ogem
• m~
·~~ I f ~ ~ 54* 3?* ~ ~ --- -
*• •* •*
.. * ~-~
ANi 11 ..cato 1 5 oa elmbaloa conwnc:lonall -llo
*
X t~• 5!14"• 7/16"

~· com dl&nelros ~Quais ex. flwaa 1 para


eac:doa- - - N -Ilo dl&netroe!Qul* oa
cabaços doa rebíiH.

Evitar OS' valor" entre porintes...

~ I ~ I

Co<te AB
8
...... Cobee;o-
,...,........,.,,
~~ Cobe!;O embutido
~
w
.....

Elaboração da Lista de Itens em Desenho Técnico


Conforme NBR 13272 '-·

Esta norma fixa as condições exigidas para a elaboração de lista de itens em


desenho.

Os contornos externos da lista de itens devem ser em linha, continua larga.

As colunas e os registros dos itens devem ser separados entre si por linha
continua estreita.

Os registros dos itens devem ser em letras, preferencialmente maiúsculas,


executadas à mão livre, normógrafo ou por qualquer outro meio apropriado.

Posição

A lista de itens pode ser incluída no desenho ou constituir um documento


separado.

Quando incluída no desenho, a lista de itens deve ser posicionada na mesma


direção de leitura do desenho, podendo ficar junta à legenda.

Quando a lista de itens constituir um documento separado, este deve ser


identificado pelo mesmo número do desenho do qual foi gerado. Para distinguir os
dois documentos, recomenda-se que o número da lista de itens seja precedido
por "lista de itens" ou expressão similar. O formato deve ser selecionado conforme
a NBR 10068.

Colunas

A lista de itens deve ser disposta em colunas, para permitir que informações
sejam registradas sob os seguintes títulos (a ordem é opcional):

a) Número de referência do item;

b) Denominação;

c) Quantidade;

d) Referência;

e) Material.

A coluna "número de referência do item" deve conter a referência ao item, da


mesma forma como é ilustrada na NBR 13273.

A coluna "denominação" deve conter a designação do item. Abreviações que não


prejudiquem a clareza podem ser usadas. Se for um item normalizado, deve ser
usada sua designação normalizada, de acordo com a norma correspondente.

144
A coluna "quantidade" deve conter a quantidade total do item necessária para um
conjunto completo.

A coluna "referência" deve ser usada para identificar itens que não estão
completamente representados no desenho que gerou a lista, como peças
representadas em outros desenhos, elementos normalizados ou peças
compradas. Conforme o caso nesta coluna são fornecidos também o número de
outro desenho, a norma correspondente, o código ou informação similar.

A coluna "material" deve conter o tipo e a qualidade do material a ser usado. Se


for um material normalizado, deve ser fornecida sua designação normalizada.

Mais colunas podem ser acrescidas, se necessário, para atender aos requisitos
específicos, por exemplo:

a) Número de estoque;

b) Unidade de medida;

c) Condições de fornecimento;

d) Observações.

Registro dos Itens

O registro dos itens deve ser feito horizontalmente nas colunas. A seqüência deve
ser a mesma dos números de referência ao item. Quando as referências ao item
forem feitas no desenho, a seqüência deve ser de baixo para cima, com a
legenda imediatamente abaixo. Quando a lista de itens constituir um documento
separado, a seqüência deve ser de cima para baixo, com os títulos da legenda
acima .

.....
--

145
''-

Referência a Itens em Desenho Técnico conforme NBR 13273

Esta norma fixa as condições exigidas para a referência a itens em desenho


técnico.

As referências a item devem ser assinaladas em ordem seqüencial , para cada


peça mostrada no desenho.

Cada subconjunto completo, incorporado ao conjunto principal mostrado no


desenho, pode ser identificado por apenas uma referência a item.

A seqüência para numerar os itens deve ser de acordo com:

a) A ordem de montagem;

b) A importância das peças (subconjuntos, peças principais, peças menos


importantes, etc.);

c) A disposição no desenho (sentido horário), conforme a figura 1.

4 5 6 7 8

Figura 1

A informação necessária aos itens deve ser mostrada na lista de itens.

As referências a item devem ser feitas por algarismos arábicos, podendo ser
adicionadas letras maiúsculas.

As referências a item devem distinguir-se das demais indicações no desenho. Por ~


exemplo:

a) Usando caracteres maiores, com o dobro da altura usada para a cotagem, e


indicações similares;

146
b) Circunscrevendo os caracteres (Fig. 2). Neste caso, as circunferências devem
ser do mesmo diâmetro e desenhadas com linhas contínuas estreitas;

Flgura2

c) Combinando as condições de a) e b).

As referências a item devem ser posicionadas externamente aos contornos do


item. Cada referência deve estar conectada ao seu item por uma linha de
chamada (Figs. 2, 3 e 4 ).

Figura 3 Figura 4

A linha de chamada pode ser omitida, se a relação entre o item e sua referência
for evidente.

As linhas de chamada não devem se interseccionar. Devem ser tão curtas quanto
possível e traçadas em ângulo à referência a item. No caso de referências a item
circundadas à linha de chamada, deve ser direcionada ao centro do círculo.

Por questões de clareza e legibilidade do desenho, as referências a item devem


ser dispostas em colunas verticais e/ou fileiras horizontais (Fig. 1).

As referências correlacionadas a item podem ser mostradas pela mesma linha de


chamada (Fig. 1, itens 8 a 11 ). ·

As referências a itens idênticos devem ser mostradas apenas uma vez, desde que
não haja risco de ambigüidade.

147
Desenhos de Conjunto
.
•'-

.....
J

o ~m.
e~ ·
. ;
-r
~~

c '
z<(
:E
o
o
w
c
<(
o
z
~
..J
<(

148
( ,. I ( { { (
~

Cip MORSA DE BANCADA


7J
I
I
4

.->----------0
0---

j'

@
&

;~~; -- + + I I Atoo N81020 .,.~....,.

Ploco t -"'• N81020 12ae1zo


fi~ f-;.;;;;;,;-----·~- 2-_-...~mo_!·~~;;
12 ~... ,<) " •co H81020 ••*"
1~ . ~~· i 2 _~oN8102Óil4hM
~ COrro · -• --. ,.,..,....23C)aHal"
9 Cofpo ' 1 F••• fi.;Nfõ* •eeat:24••22
8 MOt'<ll...... ; I Aco N8 K)2Q 8al8aÍÀ
PC~'« cob C:lll\d • Aço NliiOtO .,;;,.:";6···-----'
~~~~~-- -~- -~ N8104:>0•te,p• ,4-:s
' Arr~ 2. '-'• NB 1040 • '"
~4 ·; ;;;td. ·~'4··· , ~ Aço ~--~o ·2~~·e-· ··
3 e~ Ac• e)•22
i hso ··-~ .l ,&ç~~~Õ2o .,a~, •..······-
E~ 2 ! 4io,...,t020•~•9
__.... Ntl OC:NOtWNAÇót$ lo..dl'll j MAT[ftiAL E" ()IJICNSÔE:S
~
c.o

·.

..J
<(
::J
z
<(
:E
~
-cw
~
::J
u.

' .•
,

........ ~
_

150
L.-
~
~
~
r-
~

/
B

27 Parafuso cabeça redonda 4 Aço 0 1/8" x 3/ 16"


26 Caixa de proteção 2 Chapa preta BG # 20
25 Capa da base do punho 2 Chapa preta BG # 20
24 Pino do punho 1 Aço ABNT 1020
23 Punho da manivela 1 Madeira
22 Manivela 1 Aço fund ido 3525 AF
21 Parafuso de fixação 1 M5 X 10
20 Coroa cilíndrica 1 Aço ABNT 1030
19 Pinhão cilindrico 1 Aço ABNT 1030
18 Pino de fixação das engrenagem 3 Aço03x22
17 Coroa cônica 1 Aço ABNT 1030
16 Pinhão cônico 1 Aço ABNT 1030
15 Eixo 1 Aço ABNT 1020
14 Pino de expulsão 1 Aço ABNT 1020

- 13
12
11
10
9
8
Mola
Castanha
Capa do mandril
Porca reguladora
Rolamento axial
Punho fixo
3
3
1
1
1
1
Aço ABN T 5150
Aço ABNT 1020 cementado e temperado
Aço ABNT 1020
Aço ABNT 1020
SKF 51100
Madeira
7 Parafuso sem cabeça do punho fixo 1 Aço 0 5/16" x 40 mm
6 Eixo superior 1 Aço ABNT 1020 0 10 x 70
5 Eixo inferior 1 Aço ABNT 1020 0 10 x 70
4 Chassi 1 Aço fundido 3525 AF
3 Haste do encosto 1 Aço ABNT 101 0 0 12 x 125
2 Parafuso de fixação do encosto 1 Aço 0 3/16" X 3/8"
1 Encosto 1 Aço fundido 3525 A F
N.• DENOMINACOES QT. MATERIAL E DIMENSOES

151
..-: @

- ..- ... ~
~~~--JFr.-
_-_=_-.-
. -----~t
- ~_b
;~-
r ____L_-=-1--1-+-r : iL-7T
~· il -+'-''l",il~ ~ -~
: 1 -z-t" J. ~

~I
&Cf
@
~ i - • •-j. l

il_-~---- ·---+~
u I
-· ~

® ®
." .. ®
.:
11
E :: ®

~ ta ~!fi-
~
...----..,.,
, u (
...

LY.L.._ _ . .
. :


I~I
• t .. . . •
~.+-1-ó-' - ~I ~I
E ~ .
li
~
.
s~
I I
:
I. e

~ $.
-~ - - - +- I
or•
®
~- _... - ---- -- ----~

11

152
.__
~
_,

a
~

~
.._ w o
c 1-
z
.
.

..JUJ
<
(J ~
z <
< ..J
o
~ 0:::

-
o
-
153
__
~
.,.,..,.../ /

--------®
--------®

)D --®

r---·r-· ---...--- ...


6 Guarnição 2 Feltro 0~3x040x~,!5

Rolam. outocomp.
!5 I SKF 1209 K + H 209
com buct>o da fi •.
····"--- -··
4 Porco se..t 2 Ml2
- -
3 Poraf. eab. quod. 2 M12xl00
---1--- I
1-- -
2 Tampa I Ferro fundido l
-
I Corpo I Ferro fundido

Item Oenoml naç~s Qt Material e Dimensões


L .... ..
.....
(]1
~

~ ( I ( ( (
( '·
...
,jf
o

..
~
I

~ &I
~
-,L

J: <C
-\<Co...1
~~ 1-

\
~\
UJ
'\\ :E
\
\
<C
'
\ a:
..\
\
~ ::l
~ 1-
\\
:J
...a::
\ \

\\

-· f, .w+
~

'.!
·,f
tn
UJ

j
,

·..
'··,\
-

155
-...I
.....

-
ELEVADOR
TRANSPORTADOR

156
lo li '
lo

I! o
"
~i
t
~~ i
o
~o\ 2 o\

li
!I ..
'a t'= lu
! •
ti
t! ~~ • f d
j
-

111 Ipi
N . .. .. - "I"\
- H

,, i s
.J.! .I!.. .I~.. i I
.. l
~
" - I

N--·frot- • NN •

!
:' l!l
~ i ã §
i ..' .. p v'~~I:

,• I
'.... . - . .. . .. .. - ..
o ~ ! i; u:

.l "I 1
J!I 11 !Ii
ti illi Jl! llil
•• :;; I l!;X;~ ::1;; 11

157
o
cw
<Ct-
Zz
ow
-a::
O a:::
<Co
wo
...I
o a:::
o:: o
l-C..

158
..
. .. I
!'L
2 ;

1. li !

!fi h
.. . . . . .. I
IH
.
•I
I J
J J .l a

~ I .5: I 'i
.d. .J .t .l .J I t I • • t

; .'; .à~
I
!
I iI
I I
• Ih!
~ ~~
.'
\.. tt 'f t t
.. . . .H : ru- .
: :

f• t1 I
I I 1ili f !
~

I!
! ! !t l!! : 9 •
o '
I
I

: ! i
~
Ê
.;
i
! f
:i •
. ,~ h
8 i
'f~. : 'f l f J! 818 H
I I

. . . .-
. . l

1I
.d dd!
: c:
'I
I!
;; 8 ••

....-

159
160
~
I

.._
yo

21 Pino com cabeça 1 0 10 X 25 X 20 42 Distanciador 3 Aço 1030


20 Orelha 1 Aço 1020 41 Corrente de elo comp. . d - 9,5 t = 24,3
19 Bucha 1 Bronze SAE 660 40 Sem-fim 1 Aço 1040
18 Porca sextavada 2 W1 '' 39 Mancai 1 Aço 3525 AF
17 Distanciador 1 Aço 1030 38 Corrente de elo comp. . d=5 t- 18,5
16 Polia 1 Ferro fundido 37 Polia 1 Ferro fundido
15 Lateral 2 Aco 1020 BG 3-0 36 Chaveta 1 6 x 6 x40
14 Arruela lisa 2 0 10mm 35 Porca 1 M20 X 1,5
13 Cupilha 4 0 1/8" X 5/8" 34 Arruela 1 Latão
12 Pino com cabeça 1 010 X 45 X 38 33 Bucha 1 Bronze SAE 660
11 Catraca 1 Bronze SAE 660 32 Proteção 1 Aço 1020 BG 6
10 Proteção 2 Aço 1020 BG 6 31 Cu pilha 10 0 1/8" X 1.3/8"
9 Parafuso cab. sextavada 4 W 1/2" X 5/8" 30 Porca sextavada 10 w 1/2"
8 Arruela lisa 26 01/2" 29 Arruela lisa 4 01 "
7 Parafuso cab. sextavada 8 W 1/2" X 1.3/16" 28 Cupílha 2 0 3/16" X 2.3/8"
6 Bucha 2 Bronze SAE 660 27 Eixo 1 Aço 1040
5 Eixo 1 Aco 1040 26 Tranqueta 1 Aço 1040
4 Coroa 1 Aco 3525 AF 25 Mola 1 Aço 1050
3 Distanciador 1 Aço 1030 24 Parafuso de fixação 1 W 5/8" X 1.5/8"
2 Lateral 2 Aço 1020 BG 3-0 23 Porca sextavada 1 W5/8"
1 Gancho 2 Aço forjado 1030 22 Mancai 1 Aço 3525AF
N.o Denominações Qt. Material e dimensões N.o Denominações Qt. Material e dimensões

161
w
c
c
-oc
(J

..J
w
>
LIJ
c
0::
....o
:::;)
c
w
0::

!
f
I
f

\ .tI ,' !I
í
I'

\ í / I i
\

Gé 8080

162
l ( l ( { ( ( ( ( ( ( r { r 1

0-__
FERRAMENTA DE DOBRA
_______--@

I() Mott'iz I A~;o ACC rell f lcodo e Ien-e>

9 ao .. lnfer101" I F erro fund1do

8 """of de f endo 4 0 3132" •4

7 Encosto I Cl'lopo p-elo • 16


'
6 Porofuso Affen 4 #10•13
~ f- - - - .. - ··-- --·· --- -
~ Pvnçi!o I Aço ACC r•ll ftcodo e lemt>
1-- f-· ----
4 Coluna 2 Aço NB 1020 014 •68
1-- t- ·-· . -
3 80. . supei"IOr' I F'et'ro fund~do

2 ~fueo Atlen 4 #10•13


Produto ·--·-
I E.Pqo I Aço NB 1020
......
N.• Denominações Quant. Material e dimensões
O>
w
~ .._
f
~-
...
.,, ~®
0..

' !!:

I>

®
N
2"' f
·~
ao
811
~ ~
~
H I>

I>
=
... 1 O)
e!

I I> i!

'I
1

164
--

~ --~ ··-
. .,..,..

-
165
0• - --·

166
'-

~

'- ...
-

I j
._I
"'
,__...,...__
'I
I

167
...

-
..
.J

~-..

..
c

....

168
~ I ( ( { \.

DESENVOLVIMENTO EMENDAS E ARREMATES

.. t==:>
- Q)
I"'-'
ARREMATE COM ARAME ARREMATE COM 0011RA ARREMia"E COM DOeRA
SM'LES DUPLA I~
o
Q)
PRISMA CILINDRO
~ =r-- ---::::8=r- I ~o·
EMENDA PUNA DE EN· EMENDA SUPERPOSTA EMENDA SUPERPOSTA I
CAIXE SOl.DADA RE81TltoDA cCD
-- --;;7
---'7
..,~---""'
/
__.)
cn
CD
:::::s
'----- _ L _L <
~ o
PIRÂMIDE CONE
EME"'DA lEIANTADA EME- lEVAHl'liOA EME-DE COTOVELO
-S.
REBITADA ES'lliMPADA 3
CD
:::::s
INTERSECÇÃO o
-
=- ____.,___ c.
CD
EMENDA DE ENCAIXE EME"'DA OE DUl'LO EH-
~
EME"'DA DE CAiflO DE C')
EM S CAIXE ENCAIXE :r
Q)
"'C
Q)
,cn

..... PRISMAS CILINOAOS


r r EMENDAS PARA AB€RTURAS lATERAIS
l
O> CONES
CD

...
-....../

\ __.,

~ .,J -J

.."' .-

~
u
~
·- - ·- -

~ ..
u


~

00

..._

0~--------------------~~
::1-------------f ..
~~-----------~"'
O>l--------------1 ..

o
"'
... u

..
o 'C

~ o
- - -- --
~ ::

!
O!

·- -- -·····--···-
"'

170
-... -...
._

~
~
...J

~
j:!
w
a:
w
fJ)
<f
(Il
w
o
~...J
~
~
(~
a:
n:
w
o
o
u
z
o
~

171
....._,

\
-
~v
~?!
.._

101
.,
-Q, l

I
\
~\

d'-'1:

I
I
I
I
-
OI
I
\;

I
\
\
'

i
I
I

I
:! /
/
'õ /
(.) /
/

~-~--.,. /

172
l.,. : . -
r -
.._
L.-
r-
.._
..
.,o
.__ .,I!..
:I
a
j ~
'5
.,..
o

-..
:;
u
:;;
..e-
c:
'- ..
IL
o
"'.....
u
~
""" ~
@

""' :t

--

G>
...
a ...
@ ~~ v~
I
T

"/~

173
174
175
'

Desenho de Carroceria

As Retículas no Desenho de Carroceria

Comparação Entre a Representação do Desenho de Carroceria e a do


Desenho Mecânico

Os auto-veículos são formados por duas partes distintas:

- Aquela inerente aos órgãos mecânicos, constituídos pelo motor e pela


transmissão do movimento, e aquela composta pela carcaça, ou seja, toda a
parte constituída pela chapa interna e externa do veículo.

Na fase de projeto do veículo, executam-se os desenhos relativos à carroceria


e aos órgãos mecânicos.

Estes, mesmo apresentando semelhanças, são executados com métodos e


critérios diversos.

176
L.-
~
~ Retiremos das duas figuras os pormenores A (capô dianteiro) da carcaça e 8 do
motor (parafuso com cabeça hexagonal).
'--
~ I
~

ts.J.~
~·J1J:~ ~ w 11

Parafuso Hexagonal

Capô Dianteiro

Observando-se os dois desenhos, nota-se que o pormenor mecânico 8 é


inteiramente cotado em relação a eixos e planos de referência paralelos e
perpendiculares entre si; enquanto que o pormenor de carroceria A não é porque
é formando por perfis curvos e, portanto, não referíveis um em relação ao outro.

Conceito de Retícula

Tendo se que representar graficamente um simples objeto de uso comum, por


exemplo, um isqueiro com superfície com perfil curvo, surgem dificuldades em
relação ao método a adotar para desenhá-lo e cotá-lo, pois acaba sendo
impreciso ou mesmo impossível cotar tais perfis, seguindo-se os critérios
adotados no desenho mecânico.

Para superar estas dificuldades, adota-se o seguinte esquema:

177
Imagina-se subdividir o objeto em exame em planos colocados a uma distância
constante e perpendiculares entre si.

As linhas formadas pela projeção de tais planos denominados retículas .

Observando-se isqueiro na direção das setas A - B - C, executamos a sua


representação nas três vistas.

Torna-se evidente, por exemplo, como na vista A é possível cotar o perfil direito
do pormenor relação a uma retícula.

I I ,.a~ --
A Jc iJ L ,St~
,...f c
~'I
~,.

~,

~~

--
B I~ A...
1\.\ q7
''
.l. 1/
Apliquemos o mesmo procedimento a uma carcaça completa .

178
,._
~

~
-
~
~
~

.. ..
E .t ....... .l ... A F
r , ~"""
~
P" IJ "rHJl ~
l 't '+.
~
I"""
~
Ir\
17
I
h' Jl
)/

1/'\...
IJ
~
-f
-'
J

.....-- -
" "
.JI

; I •
. .

.•

, !. ! '- t
~ f/
_l
\\\
_1
,
l
-
_!
.-111

\11.
~
~
.111 I .,..-- ~
p

Pela figura acima, pode-se notar como é possível definir os perfis curvos da
carcaça em relação às retículas.

No desenho de carroceria, as projeções nos três planos ortogonais são


geralmente definidas:

- Vista em elevação (E);

179
Vista frontal (F);

Planta (P).

Pelo sistema adotado na apresentação da figura precedente, pode-se reexaminar


e cotar o pormenor do capô móvel dianteiro visto anteriormente.

),. ...
l _,_.,-l -:tJ
M.....,..Íl~
.:~
1 '\..
~
t

7
l - .
~~ J \ ·I
...1.. -

1 I "-lJ
111" I
1-
~

'----
.

....
- \

Posições e Indicações das Retículas

Retícula Zero

Depois de se terem denominado retículas as vanas retas que subdividem a


carcaça, foram estabelecidas normas aptas a fixar a posição das próprias
retículas nas três vistas.

Tal posição é estabelecida por uma retícula de referências em cada vista , à qual
todas as outras se referem.
Esta retícula é chamada retícula O (zero).

As retículas distinguem-se das outras linhas, porque são indicadas num extremo
com um círculo numerado que indica a sua posição no desenho em relação às
retículas de referência.

Disposição das Retículas O

180
,._
~

~
o o
L.- ••
r -
...._

Considerando, na figura, os projetos do veículo nos três planos, estabeleceu-se


que:

Na vista em planta, uma retícula de referência (*) coincide com o eixo de


mediania do veículo.

Na vista lateral (em elevação), uma retícula O de referência(**) coincide com o


eixo das rodas dianteiras.

Na terceira vista, uma retícula O de referência (***)situa-se ao longo do plano


do pavimento.

Nota: o que foi dito é válido para a fase de projeto; freqüentemente , porém, por
exigências de espaço ou de posicionamento dos órgãos mecânicos, pode ser
oportuno:

181
\ .../

.-

Te r a retícula O da vista lateral deslocada em relação ao eixo das rodas


dianteiras.

Ou a retícula O da terceira vista descolada em relação ao plano do pavimento.

Além disso, enquanto que, para as retículas que se encontram à direita das O, não
há nenhuma outra indicação, para aquelas que se encontram a esquerda, é
colocado um sinal negativo ao lado da letra.

x oe tlvos

-
j

Seções

182
L.-

........
~

L.-
O conceito de seção é análogo àquele do desenho mecânico; a única diferença
substancial é a representação gráfica.

Sec. A· A

•• i 11
:1 I 11
11 I 11
11
li
I II II
' I

Sec. R- 8

r ~]

j
\
\t
\

As seções no desenho de carroceria não são representadas com segmentos


inclinados a 45°; isto acontece porque, dada a exigüidade da espessura da chapa,
basta representar no seu interior uma linha mais carregada em baixo e à direita
(em baixo nos perfis horizontais; à direita nos perfis verticais ou inclinados).

183
r---

Para definir ulteriormente a posição em que se encontra a linha mais carregada


no perfil secionado, podemos dizer que:

Iluminando o pormenor secionado com uma faixa de luz proveniente da sua


esquerda, com um ângulo de orientação inclinado de 45°, a parte da
espessura da chapa que ficará branca será aquela que recebe diretamente a
faixa de luz.

- ./~
·' ~I
.~ ;tJ"' p I
r
,.. :f
7 ;
/, ;
J.i I

I /
,f /

.)/
v

Quando a espessura da chapa supera os 2 mm, o interior das seções é feito com
o traço a 45°.

Sec.C -C

_J

184
Também no desenho de carroceria, como no desenho mecânico, no caso de a
seção passar sobre um furo, um entalhe, ou um corte de qualquer tipo, o interior
da parte vazia nunca é indicado com a linha de seção.

Se c. A- A

No desenho acima, vemos uma seção sobre furos feitos sobre o plano da chapa;
no caso em que o furo deva ser executado com uma dobra (aleta) interna, será
representado do seguinte modo:

200

I
I

I
'

-- +--"'
o o
~

185
Terminologia '
/
No desenho de carroceria são usados alguns vocábulos especiais que facilitam a
sua leitura.

See. A- A

Unbu polltos B

Unp ppn191 8

Linhas dos Pontos (Linha Teórica dos Pontos)

É geralmente representada por uma linha traço e ponto, assinalada por um letra
maiúscula: (X- Y- Z ... )

Na figura acima foram indicadas com as letras B e O.

Esta linha pode ser gerada pela interseção teórica do prolongamento de dois
perfis concordados.

É representada seja no desenho tomando em exima, seja no desenho dos


pormenores que serão acoplados ao mesmo com ou sem folga radial constante.

186

,r-
,._
~

.......
'--

- ..
V)

.E

-
N
><
....co
-
><o
o 11
l$ ""'co te ~
-
-I..,,
;..
&!
l.

187
Ponto Teórico

Uma outra particularidade do desenho de carroceria é o Ponto teórico, o qual


geralmente é formado pela interseção do prolongamento de dois perfis; é indicado
com a mesma letra maiúscula de linha dos pontos que se encontra; esse é
representado nas seções.

SeçioD-D Escala 1:1

Ponto B

--------------------~------~~

Detallle K

Escala l : 5

l
@

188

- L
Constante Radial

Geralmente todos os perfis de acoplamento são paralelos entre si. Tal paralelismo
é indicado pelo termo constante radial (abreviação: const. rad.).

Com o mesmo termo são indicados todos os perfis formados por linhas paralelas
entre si: aletas, nervuras, linhas dos pontos, etc.

A indicação de const. rad. pode ser feita nas seções, referindo-a ao ponto teórico
que pertença à linha dos pontos que se quer cotar.

Ses!oD·L
B

POIIto D'
15 coalt. rad.

Unbl pontot R · D'


<40 CODSt. rad.

- -;--- -

Quando um perfil paralelo a um outro por um certo comprimento se afasta


gradualmente do mesmo por exigências de folga, acoplamento ou montagem, há ,
no desenho, a indicação da variação.

200
Detalhe K

Folga entre

' . "o~q
<I I
l (, , .
l I (/,
I
• ,.'Pnto 2 tallitnte

~~~:t=:~~~:-...:;;;;;...--~ . Do ponto <I ao ponto 2,


a folgll entre capô e
Ponto 4 lateral vall"ll proporci-
onalmente dt 3 a 4.

189
Concordância

No desenho de carroceria usa-se freqüentemente o termo a concordância, que


indica a linha de união entre dois perfis.

ConconiAncia
ConcordA nela ConeordAnc:la

Concordar significa unir duas linhas através de uma outra que seja tangente às
primeiras, de modo a formar um único perfil uniforme.

190
L.- '·

r -
..._ Exemplos Para a Leitura do Desenho de Carroceria

L..- Para se poder identificar as cotas que indicam as dimensões dos pormenores nos
desenhos de carroceria, é necessário lembrar de que modo se representam as
~
..._ retículas nas três vistas .

1- As retículas da vista em elevação (retícula 800) transformam-se em


perfis curvos indicados com linha traço e ponto em terceira vista e, por
projeção, ficam verticais também em planta.

2- As retículas verticais da terceira vista (retícula O} transformam-se em


perfis curvos indicados com linha traço e ponto em elevação e, por
projeção, em retas horizontais ( retículas O) em planta.

191
Pontos de Referência Para Construção e Montagem

Controle e Medição da Carcaça e de Seus Componentes

A finalidade dos pontos de referência (furos e superfícies) é a de possibilitar um


posicionamento correto dos componentes ou da carcaça completa, durante as
várias fases de construção, montagem e controle dimensional (seja em produção
ou nos vários setores de testes).

Os pontos de referência subdividem-se em:

1- Primários

2- Complementares

3- Auxiliares

No caso de escolha entre dois ou mais pontos de referência possíveis, será


preferencialmente escolhido:

Do lado direito

O mais baixo

O anterior

No caso de a referência ser um furo , obtido de um elemento de chapa estampada,


o seu eixo deve ser paralelo à direção de estampagem.

Pontos de Referência Primários

São três os pontos de referência primários materializados na parte inferior da


carcaça (furos e superfícies), dois na parte dianteira e um na parte traseira,
relacionados com o sistema de referência tridimensional do desenho de
carroceria. (Esses são definidos pelos projetistas, com o emprego de várias
tecnologias).

Podem ser utilizados para a medição da carcaça completa, que é posicionada no


sistema de referência tridimensional por meio destes três pontos.

Além disso, podem ser utilizados para definir a relação existente entre o plano de
apoio (terra ou base de referência) e o veículo com diferentes cargas.

192

.1"
)( )(
+ +

Cl
CJ

Cl
Cl
CJ

193

1'--../
' -·

São identificáveis no desenho pelo seguinte símbolo:

·-Ec:
""

Na carcaça se materializam com três tipos de furos em função da espessura da


chapa, e precisamente:

- Furo Tipo A

Furo à face, a ser utilizado em chapas de espessuras > 1 ,5 mm.

+0,25
o= 25 o
Q Q
01 = 45 mín. (diâmetro externo
da área de apoio)

. Rebarba admitida na fase de


.~ saída do punção: máx. 0,5 mm

waa I rzzzz4

194
~ -Furo Tipo B

L.- Furo à face, reforçado com pequena chapa soldada a ser utilizado em chapas de
'--' espessuras::; 1,5 mm.


, •

-
o o
+ 0,25
_,
._ ___________ ·~~,

I
O= 25 O

01 = 45 mín. (diâmetro externo da


~ área de apoio)

A área de apoio deve ser isenta


de soldagens

Rebarba máxima admitida na


fase de saída do punção: 0,5 mm

-Furo Tipo C

Furo com rebordo, a ser utilizado em chapas de espessuras ::; 1,5 mm.

.*" •
' O= 25
+0,30
o
o Q 01 = 45 mín. (diâmetro externo
da área de apoio)

• h= 2 mín .

O peso total do veículo deve poder recair sobre qualquer um dos pontos
primários.

As superfícies utilizadas para a feitura dos pontos de referência primários devem


ser sempre planas e horizontais.

195
Além disso, o símbolo deve ser completado com indicação das letras X e/ou Y
e/ou Z que vinculam a posição do ponto em relação ao sistema de referência
tridimensional.

Exemplo de designação de um ponto de referência primário vinculado,


relacionado aos eixos X e Z:

o
N
N
o
o

.....
.o

o
c..
·-....

Pontos Complementares de Referência

Estão sempre relacionados com o sistema de referência tridimensional e têm a


finalidade de possibilitar um correto posicionamento do componente ao final de
sua construção, montagem e controle dimensional.

Os pontos devem ser escolhidos com o objetivo principal de permitir controles


durante as várias fases de produção de modo que se possa verificar se o
pormenor é apto à passagem a uma fase de trabalho sucessiva (Emprego de
calibres de controle). As zonas a serem controladas com este objetivo são
aquelas nas quais o componente será unido a outros elementos nas operações
sucessivas.

São identificáveis no desenho pelo seguinte símbolo:

c
E
"'

196

,L ._
O símbolo deve ser completado com as letras X e/ou Y e/ou Z que vinculam a
posição do ponto em relação ao sistema de referência tridimensional.

Exemplo de designação de um ponto de referência complementar vinculado em


relação aos eixos Y e Z:

A identificação dos pontos de referências primários, complementares e auxiliares


deverá ser indicada com os símbolos anteriormente indicados e as cotas que se
referem à retícula deverão ser indicadas num quadrado como no exemplo abaixo.

~\.
X../
- ...... -

~ (
.
I
oj
I

~~ ~I
- ...:• \
19 i
t-I I
\..1:/ I
<!
I
I
@) o
.2- )
t-

(
\
_f .)
rm ' "'
N

(
\
)

J_
- - ......... ......

197
ESQUEMA PARA CONTROlE DO FUNDO DA CARROCERIA

A. Furo de refer6ncia do
aperto autom6tico
B. Fixações do motor.
C. Flxeçlo anterior da
travessa de suspensio
O. Fixaçlo posterior da
travessa de suspensão
E. Furo prim6rio
F. FIXIÇio do ~ilhode
fixeçlo do emortecedor
G. Fõtaçio Weriordo radelb
H. Furos de centragem
da suspendo
I. Fixaçlo da suspensão
posterior
L. Fixaçlo da suspensão
anterior
M. Fixeçjo do seiVofreio
N. Fixaçlo do depósito
O. Fixaçlo da panela
P. RxaçAo da~ tablier
e da c:oUla de direçio

<O
(X)

( (
.( (
~ '
Referências Bibl iográficas

- Desenhista de Máquinas - PRO-TEC - 1976

- Apostila Carroceria Marea- FIAT Automóveis S/A- 1998

- Apostila Desenho de Carroceria - SENAI - 2000

- Normas Técnicas ABNT

. ,)

"-'

199

Você também pode gostar