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2015
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SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – ENGENHARIA ECONÔMICA
FÓRMULAS
LISTAS DE EXERCÍCIOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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CAPÍTULO 1 – ENGENHARIA ECONÔMICA
Os estudos sobre engenharia econômica iniciaram nos Estados Unidos em 1887, quando Arthur
Wellington publicou seu livro "The Economic Theory of Railway Location", texto que
sintetizava análise de viabilidade econômica para ferrovias.
Por definição, a engenharia econômica corresponde à área do conhecimento cujo
objeto é a decisão sobre alternativas financeiras de investimentos. A engenharia
econômica é importante para todos que precisam decidir sobre propostas tecnicamente corretas,
e seus fundamentos podem ser utilizados tanto para empresas privadas como estatais.
Todo o fundamento da engenharia econômica se baseia na matemática financeira, que se
preocupa com o valor do dinheiro no tempo. Para que qualquer alternativa seja considerada
num processo de decisão há que se estudar a sua viabilidade e, deste modo, responder aos
seguintes questionamentos:
Qual o incremento de riqueza que uma alternativa propiciará sendo realizada?
Qual o tempo de retorno do capital inicialmente aplicado?
Qual a máxima taxa de desconto possível de ser adotada e o projeto permanecer viável?
Qual a taxa de rentabilidade adotada em proposta de investimento?
Para fazer um estudo econômico adequado alguns princípios básicos devem ser considerados,
sendo os seguintes:
a) devem haver alternativas de investimentos. É infrutífero calcular se é vantajoso comprar um
carro à vista se não há condições de conseguir dinheiro para tal;
b) as alternativas devem ser expressas em dinheiro;
c) só as diferenças entre as alternativas são relevantes. Numa análise para decidir sobre o tipo
de motor a comprar não interessa sobre o consumo dos mesmos se forem idênticos;
Neste curso, a atenção especial será sobre os critérios econômicos, ou seja, a principal questão
que será abordada é quanto a rentabilidade dos investimentos.
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CAPÍTULO 2 – MATEMÁTICA FINANCEIRA
Por definição, a Matemática Financeira corresponde à área da matemática que descreve as
relações entre o binômio tempo e dinheiro necessárias a amparar o calculo de decisões
financeiras. Ela se preocupa com o valor do dinheiro no tempo. E pode-se iniciar o estudo sobre
o tema com a seguinte frase:
“Não se soma ou subtrai quantias em dinheiro que não estejam na mesma data”
Embora esta afirmativa, seja básica e simples, é absolutamente incrível como a maioria das
pessoas esquece ou ignora esta premissa. E para reforçar, todas as ofertas veiculadas em jornais
reforçam a maneira errada de se tratar o assunto. Por exemplo, uma TV que à vista é vendida
por R$1.299,00 ou em 10 prestações de R$136,74, acrescenta-se a seguinte informação ou
desinformação: total a prazo R$1.367,37. O que se verifica que soma-se os valores em datas
diferentes, desrespeitando o princípio básico, citado acima, e induzindo a se calcular juros de
forma errada. Esta questão será melhor discutida em item deste capítulo.
Uma palavra que é fundamental nos estudos sobre matemática financeira é JUROS. Juros
compõe a base dos mercados de capital modernos. Dependendo se você está emprestando ou
tomando emprestado, poderá ser entendido como um retorno de um recurso (empréstimo) ou o
custo de capital (solicitação de empréstimo), ou seja, é o pagamento pela oportunidade de poder
dispor de um capital durante determinado tempo. A propósito estamos muito acostumados com
"juros" lembrem-se dos seguintes casos:
1. Compras à crédito;
2. Cheque especial;
3. Prestação da casa própria;
4. Desconto de duplicata;
5. Vendas à prazo;
6. Financiamentos de automóveis;
7. Empréstimos.
Como se pode ver o termo é muito familiar se lembrarmos do nosso dia a dia. Podemos até não
nos importar com a questão, mas a pergunta que se faz é: o quanto pagamos por não
considerarmos adequadamente a questão? E concluindo, nota-se a correspondência entre os
termos " juros" e "tempo", que estão intimamente associados.
Numa negociação envolvendo operação financeira, alguns parâmetros devem ser estabelecidos:
A taxa de juros referente ao período da operação;
O prazo de carência;
O sistema de remuneração do capital.
A remuneração de um capital pode ser efetuada sob dois sistemas que diferem conforme a
incidência dos juros sobre o capital: o dos juros simples e o dos juros compostos.
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2.1 - JUROS SIMPLES
É o sistema de remuneração de capital sob a matemática de juros quando somente o valor
principal, ou seja, o capital inicial rende juros durante o tempo que foi negociado o
financiamento. O valor destes juros pode ser calculado pela seguinte fórmula:
J=P×i×n
Onde:
P = principal
J = juros
i = taxa de juros
n = número de períodos
O valor que se tem depois do período de capitalização, chamado de valor futuro (F), pode ser
calculado por:
F=P+J
F=P+P×i×n
F = P × (1 + i × n)
A fórmula acima é pouco utilizada, porque na maioria dos cálculos em matemática financeira
usam-se juros compostos que será discutido a seguir.
Obs.: A taxa i tem que ser expressa na mesma medida de tempo de n, ou seja, a taxa de juros ao
mês para n meses.
Para um melhor entendimento do significado da palavra juros, observe a Figura 2.1 a seguir.
Cada um dos fatores de produção é remunerado de alguma forma.
Remuneração
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JUROS: “É a quantia paga pelo uso do dinheiro emprestado ou como remuneração do
capital empregado em atividades produtivas”
Exercícios:
a) Para um capital de R$ 10.000,00 colocado a 20% a.a. durante 3 anos, qual o valor
futuro para os casos de considerarmos juros simples?
b) Calcular os juros simples produzidos por R$ 40.000,00, aplicados à taxa de 36% a.a.,
durante 125 dias.
d) Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$ 3.500,00 de juros
em 75 dias?
e) Por quanto tempo um capital de R$ 11.500,00 foi aplicado para que rendesse R$
1.725,00 de juros simples, sabendo-se que a taxa de juros de mercado é de 4,5%
a.m.?
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2.2 - JUROS COMPOSTOS
Os juros compostos são aqueles em que o juro do período é incorporado ao principal ou capital,
constituindo um novo capital a cada mês, passando assim a também render juros no próximo
período. Pode-se deduzir a expressão da seguinte maneira:
No primeiro período:
F1 = P + P . i = P . (1 + i)
No segundo período:
F2 = F1 + F1 . i = F1 . ( 1 + i) = P . (1 + i).(1 + i) = P . (1 + i)²
No terceiro período:
Se generalizarmos para um número de períodos igual a n, tem-se a expressão geral para cálculo
de juros compostos, dada por:
F = P × (1 + i)n
A fórmula acima é muito utilizada, e através dela pode-se constatar que para o primeiro período
o juros simples é igual aos juros compostos.
EXEMPLO - Para um capital de R$ 100.000,00 colocado a 20% a.a. durante 3 anos, qual o
valor futuro para os casos de considerarmos juros simples e juros compostos?
Exercícios:
b) João quer comprar um carro novo daqui a 20 meses (n). Se o preço máximo a ser
desembolsado for de R$ 22.000,00 (F) quanto (P) ele deverá depositar hoje num fundo
de investimentos que se espera render 1,5% ao mês ( i ) ?
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c) Aplicando R$ 10.000,00 em um Banco que paga 25% ao ano, quanto uma pessoa terá
acumulado ao final de 5 anos?
d) Qual a melhor alternativa para quem tem condições de aplicar dinheiro a 30% ao ano:
receber R$ 100.000,00 hoje ou R$ 400.000,00 daqui a 5 anos?
e) Calcular o valor dos juros e o montante final (valor futuro) a ser pago de um
empréstimo de R$ 60.000,00 obtido em um banco à taxa de juros compostos de 7% ao
mês por um período de 8 meses.
A engenharia econômica vai trabalhar com gráficos do tipo da figura 2.2, assim como os
fundamentos da matemática financeira.
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2.4 - RELAÇÕES DE EQUIVALÊNCIA
As relações de equivalência permitem a obtenção de fluxos de caixa que se equivalem
no tempo.
Para calcular as relações uma ferramenta que é muito utilizada é a tabela financeira.
F = P . (1 + i)n
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Para achar P a partir de F, o princípio é o mesmo apresentado no caso anterior. A
expressão analítica é:
P = F/(1 + i)n
P = F . (P/F,i,n)
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EXEMPLO 2.4 - Achar o valor do fluxo caixa abaixo no período 4 a uma taxa de 5%
a. p.
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2.4.2 - Relações entre A e P
Esta é uma relação entre uma Série Uniforme e o valor Presente. Pode-se definir uma
série uniforme de pagamentos como uma sucessão de recebimentos, desembolsos ou
prestações, de mesmo valor, representados por A, divididos regularmente num período
de tempo.
Esta relação de equivalência pode ser entendida pela a observação da figura 2.4 a
seguir.
Nota-se que o termo que multiplica A é o somatório dos termos de uma PG, com
número limitado de elementos, de razão (1+ i) -1. A soma dos termos pode ser
calculada pela seguinte expressão:
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O termo (P/A, i, n), que é chamado de valor presente de uma série uniforme, é
encontrado nas tabelas financeiras e é igual a:
EXEMPLO 2.8 - Calcular na data zero a equivalência para os fluxos de caixa. Para o
item A, a taxa de juros é de 15% e para B igual 20%
A)
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B)
Nota-se que o termo que multiplica A é o somatório dos termos de uma PG, semelhante
a relação entre P e A vista antes, com número limitado de elementos, de razão (1+ i)1.
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A soma dos termos calculada pela fórmula de somatório dos termos de uma PG finita
leva a seguinte expressão:
F = A (F /A, i, n)
O termo (F/A, i, n), que é chamado de fator de acumulação de capital de uma série
uniforme, é encontrado nas tabelas financeiras e é igual a:
EXEMPLO 2.9 - Quanto deve-se depositar anualmente numa conta a prazo fixo que
paga juros de 12% ao ano, para se ter R$ 500.000,00 daqui a 14 anos?
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2.4.4 - Séries Gradiente
Séries Gradientes ou Séries em Gradiente são séries de pagamentos cujos termos
crescem em progressão aritmética de razão G, sendo que o primeiro termo também é
igual a G e ocorre no segundo período. As séries gradiente possuem a forma
esquemática apresentada na figura 2.6. Nota-se que para a utilização das tabelas
financeiras elas necessariamente precisam ter as formas apresentadas na figura. Esta
série é utilizada, algumas vezes, para se estimar gastos com manutenção. Principalmente
em equipamentos mecânicos, que com o passar do tempo, normalmente necessitam de
maiores desembolsos da empresa, para mantê-los funcionando adequadamente.
Da mesma forma das relações apresentadas nos outros itens, a série gradiente pode ser
transformada em valor presente, valor futuro ou série uniforme, que podem ter estas
relações de equivalência representadas por:
P = G (P/G, i, n)
A = G (A/G, i, n)
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Para utilizar estas relações é necessária a consulta às tabelas financeiras. Não serão aqui
mostradas as relações analíticas, que como nos casos anteriores também existem.
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2.5 - SÉRIES PERPÉTUAS
Estas séries também chamadas infinita ou custo capitalizado, tem estes nomes devido a
possuírem um grande número de períodos. Este é um fato comum em aposentadorias,
mensalidades, obras públicas, etc... O valor presente da série uniforme infinita é:
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2.6 - TAXA EFETIVA, NOMINAL E EQUIVALENTE
Taxa efetiva de juros é aquela em que a unidade de tempo da taxa coincide com a
unidade do período de capitalização. Como exemplo pode-se pensar 140 % ao ano com
capitalização anual (incorpora os juros ao capital), esta é uma taxa efetiva pois, há
coincidência entre as unidades de tempo da taxa e o período de capitalização. Outro
exemplo de taxa efetiva é 10% ao mês com capitalização mensal, que da mesma
maneira é uma taxa efetiva.
A taxa efetiva é que tem de ser utilizada na maioria dos cálculos em matemática
financeira e engenharia econômica, por isto tem de estar muito claro seu significado e a
equivalência entre ela e outras maneiras de se apresentar taxas de juros.
Vejamos primeiramente a equivalência entre duas taxas efetivas:
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A taxa nominal, ao contrário da efetiva, a unidade de tempo da taxa é diferente do
tempo do período de capitalização. Como exemplo, pode-se pensar nos seguintes casos,
120% ao ano com capitalização mensal ou 15% ao mês com capitalização anual. É
preciso tomar cuidado com o uso deste tipo de taxa em cálculos, freqüentemente ela é
imprópria para o uso, e então é necessário convertê-la para uma efetiva correspondente.
Existe confusão quanto a esta taxa, e muitas vezes são usadas para mascarar realmente
qual a taxa de juros que esta envolvida no empreendimento. Para converter taxa nominal
em efetiva pode-se utilizar o seguinte raciocínio:
Com a expressão acima se pode converter uma taxa nominal em uma efetiva.
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Um cuidado importante quanto a estas taxas apresentadas, é o entendimento do conceito
que esta por trás de cada uma. Na literatura existente e no próprio mercado financeiro
existem diferenças quanto à nomenclatura. O que é necessário estar certo na hora de se
fazer um cálculo é se o tempo da taxa coincide com seu período de capitalização.
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EXEMPLO 2.16 - Qual a taxa efetiva anual e a taxa equivalente a 15% ao ano
capitalizados trimestralmente?
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CAPÍTULO 3 - ANÁLISE DE ALTERNATIVAS DE INVESTIMENTOS
3.1 – GENERALIDADES
Após a classificação dos projetos tecnicamente corretos é imprescindível que a escolha
considere aspectos econômicos. E é a engenharia econômica que fornece os critérios de
decisão, para a escolha entre as alternativas de investimento.
Infelizmente, nem todos os métodos utilizados são baseados em conceitos corretos. Por
esta razão é muito importante ter cuidado com uso de alguns destes métodos, e
principalmente, conhecer suas limitações.
Um dos métodos, que é muito utilizado, e que possui limitações do ponto de vista
conceitual é o PAY-BACK ou método do tempo de recuperação do investimento. O
método do PAY-BACK consiste simplesmente na determinação do número de períodos
necessários para recuperar o capital investido, ignorando as consequências além do
período de recuperação e o valor do dinheiro no tempo. Normalmente é recomendado
que este método seja usado como critério de desempate, se for necessário após o
emprego de um dos métodos exatos.
Será estudado três métodos de avaliação, que convenientemente aplicados dão o mesmo
resultado e formam a base da engenharia econômica. Estes métodos são exatos e não
apresentam os problemas observados, por exemplo, no PAY-BACK. Os métodos são:
A TMA é a taxa a partir da qual o investidor considera que está obtendo ganhos
financeiros.
Existem grandes controvérsias quanto a como calcular esta taxa. Alguns autores
afirmam que a taxa de juros a ser usada pela engenharia econômica é a taxa de juros
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equivalente à maior rentabilidade das aplicações correntes e de pouco risco. Uma
proposta de investimento, para ser atrativa, deve render, no mínimo, esta taxa de juros.
Outro enfoque dado a TMA é a de que deve ser o custo de capital investido na proposta
em questão, ou ainda, o custo de capital da empresa mais o risco envolvido em cada
alternativa de investimento. Naturalmente, haverá disposição de investir se a expectativa
de ganhos, já deduzido o valor do investimento, for superior ao custo de capital. Por
custo de capital, entende-se a média ponderada dos custos das diversas fontes de
recursos utilizadas no projeto em questão.
Entre vários projetos de investimento, o mais atrativo é aquele que tem maior Valor
Presente Líquido.
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Figura 3.1 - valor presente
Sendo a TMA para a empresa igual a 8% ao ano, qual das alternativas deve ser
preferida pela gerência?
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3.3.2 - Método do valor anual (VA)
Este método caracteriza-se pela transformação de todos os fluxos de caixa do projeto
considerado, numa série uniforme de pagamentos, indicando desta forma o valor do
benefício líquido, por período, oferecido pela alternativa de investimento. É também
chamado de valor anual uniforme. A idéia do método é mostrada na figura 3.2.
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3.3.3 - Método da Taxa Interna de Retorno (TIR)
Por definição, a taxa interna de retorno de um projeto é a taxa de juros para a qual o
valor presente das receitas torna-se igual aos desembolsos. Isto significa dizer que a TIR
é aquela que torna nulo o valor presente líquido do projeto. Pode ainda ser entendida
como a taxa de remuneração do capital.
A TIR deve ser comparada com a TMA para a conclusão a respeito da aceitação ou não
do projeto. Uma TIR maior que a TMA indica projeto atrativo. Se a TIR é menor que a
TMA, o projeto analisado passa a não ser mais interessante.
Da solução do exemplo 3.3 cabe uma reflexão. Através da análise pura dos resultados
qual a melhor opção? Vamos colocar os resultados do VP, VA e TIR, na tabela a seguir.
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3.3.4 - Análise Incremental para o método da Taxa Interna de Retorno
No caso de alternativas de investimento mutuamente exclusivas deve-se examinar a taxa
de retorno obtida no acréscimo de investimento de uma em relação à outra. Sempre que
esta taxa for superior à TMA, o acréscimo é vantajoso, isto faz com que a proposta
escolhida não seja necessariamente a de maior taxa de retorno. Entretanto, para proceder
a análise incremental deve-se certificar de que as propostas tenham TIR maior que a
TMA.
A solução válida para este problema requer que todas as consequências das alternativas
sejam levadas para um horizonte de planejamento comum. Supõe-se, por exemplo, que
se admita a alternativa mais curta poder ser substituído ao fim de seis anos por outra
idêntica.
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EXEMPLO 3.5 - Uma certa operação pode ser executada satisfatoriamente tanto pela
máquina X como pela máquina Y. Os dados pertinentes às duas alternativas são os
seguintes:
Comparar as alternativas, pelo método do valor presente, supondo uma taxa mínima de
atratividade de 12% ao ano.
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EXEMPLO 3.6 - Suponha que uma ou mais das propostas apresentadas na tabela a
seguir podem ser aceitas porque não são tecnicamente equivalentes, isto é, cada uma
desempenha função diferente.
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Considerando-se a TMA da empresa igual a 8% ao ano, verificar a viabilidade da
proposição, levando-se em conta que a vida econômica estimada para os
equipamentos foi de cincos anos com valor residual nulo.
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3) Uma construtora está considerando a compra de duas escavadeiras, a GIANT e a
TROJAN. Ambas tem capacidade requerida, mas a GIANT é considerada mais
maciça que a TROJAN e acredita-se que terá vida mais longa. As estimativas dos
aspectos que serão influenciados pela escolha são as seguintes:
A máquina TROJAN requererá uma revisão custando $ 5.000 ao final do segundo ano.
A máquina GIANT requererá uma revisão custando $ 4.000 ao final do terceiro ano.
Compare os valores presente usando uma TMA de 15% ao ano.
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4) Resolver o problema anterior pelo critério do valor anual uniforme.
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5) Planeja-se construir um edifício de 3 andares. É esperado que alguns anos mais tarde,
mais 3 andares deverão ser construídos. Dois projetos foram feitos:
Projeto B: projeto para 6 andares, mas serão construídos somente 3, por enquanto. O
custo inicial deste projeto é de $490.000.
Com o projeto A serão gastos $500.000 para aumentar mais 3 andares numa data futura.
Os custos de manutenção serão $1.000 por ano mais baratos no projeto B que no projeto
A, durante 60 anos. Outras despesas anuais, inclusive seguro, serão as mesmas para os
dois projetos.
Com taxas de descontos de 3% ao ano, qual a data do aumento de mais 3 andares que
justifica a escolha do projeto B?
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6) Uma empresa está considerando dois planos alternativos para a construção de um
muro ao redor de sua nova fábrica. Uma cerca como um "galinheiro" de aço
galvanizado requer um custo inicial de $ 35.000 e custos anuais estimados de
manutenção de $300. A vida esperada é de 25 anos. Uma parede de concreto requer um
custo inicial de apenas $ 40.000, mas necessitará reparos pequenos a cada 5 anos a um
custo de $ 1.000 e reparos maiores a cada 10 anos a um custo de $ 5.000.
Supondo-se uma taxa de juros de 10% ao ano, e uma vida perpétua, determinar:
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7) Os projetos X e Y são duas propostas mutuamente exclusivas. O projeto X requer
um investimento presente de $ 250.000. As receitas anuais estimadas para 25 anos são
de $ 88.000.
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CAPÍTULO 4a – DEPRECIAÇÃO DO ATIVO IMOBILIZADO
ATIVO IMOBILIZADO
Valor de compra
Gastos com transporte do Bem
Prêmio de seguro pelo transporte
Gastos com a instalação
Gastos necessários à transferência do Bem.
Os bens que compõem o Imobilizado podem ser, quanto à existência, de dois tipos:
Bens tangíveis
Bens intangíveis
Os bens tangíveis são aqueles que existem fisicamente, que podem ser vistos, tocados e
sentidos. As principais contas que agrupam os bens tangíveis são:
Terrenos
Edificações
Máquinas e Equipamentos
Veículos
Móveis e Utensílios
Ferramentas
Os bens intangíveis são aqueles que existem, mas não podem ser vistos ou
tocados. Representam direitos assegurados à companhia proprietária, ou seja, esta
detém sua posse jurídica. Os principais tipos de bens intangíveis são:
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Patentes
Marcas de Indústria e de Comércio
Direitos de uso de processo (Know-How)
Direitos de Publicação
Direitos de Exploração e Extração
CONTABILIDADE DA DEPRECIAÇÃO
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BAIXA DO ATIVO IMOBILIZADO
Se o bem for vendido, o resultado contábil da baixa (lucro ou prejuízo) será a diferença
entre seu valor pelo qual o bem for vendido e seu valor contábil, que por sua vez é o
custo original menos a depreciação acumulada.
Se o seu valor contábil for nulo, no caso de já estar totalmente depreciado, o valor da
venda será o lucro da transação.
Uma firma A que compre um equipamento usado de uma firma B iniciará o processo de
depreciação sobre este equipamento (baseando-se no valor da transação), mesmo que
este equipamento já tenha sido totalmente depreciado na contabilidade da firma B.
Vemos, pois, como podem surgir vantagens para firmas de um mesmo grupo, mas que
sejam pessoas jurídicas independentes, ao transacionarem equipamentos usados entre sí.
NO BALANÇO PATRIMONIAL:
Na Demonstração de Resultados
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Métodos de Depreciação
Há vários métodos de depreciação, entre os quais, cumpre mencionar:
Método Linear
Soma dos Dígitos
Método Exponencial
Máquinas / hora
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Atualmente, são as seguintes as taxas limites de depreciação anual, fixadas pela
Instrução Normativa 162, de 31/12/1998, da Secretaria da Receita federal (tabela
resumida):
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Estas taxas são as cargas máximas de depreciação anual, permitidas pelo governo.
Obedecidos estes limites, a legislação brasileira permite que qualquer método de
depreciação seja utilizado. Entretanto, a necessidade de se observar limites permitidos
pelo governo conduz a uma depreciação mais demorada se forem utilizados outros
métodos que não o da depreciação linear.
Outro aspecto a ser considerado é a escolha da data a partir da qual o bem passa a ser
depreciado: normalmente deve ser depreciado a partir da data de entrada em
funcionamento. Se for adquirido para uso posterior, a depreciação não deverá ser
computada durante o período de inatividade, salvo se houver possibilidade de erosão,
obsolescência ou existência de outro fator que determine o imediato início de
depreciação.
Para bens usados a taxa de depreciação será fixada tendo em vista o maior dos seguintes
prazos:
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DEPRECIAÇÃO ACELERADA
Desde que comprovada a atividade operacional dos equipamentos fixos em mais
de um turno de trabalho (8 hs/dia), poderá ser aplicado um coeficiente de aceleração
sobre a taxa de depreciação normal, visando reduzir a vida contábil do ativo. As normas
fiscais que regulam a depreciação acelerada estão contidas no artigo 312, decreto nº
3.000 de 26/03/1999.
Ver mais sobre depreciação no decreto 3000 de 1999 no site da Secretaria da Receita
Federal: http://www.receita.fazenda.gov.br
C. Qual o lucro ou prejuízo contábil se o trator for vendido por $ 70.000,00 no terceiro
ano de utilização?
E. Caso o trator fosse utilizado em 2 turnos, qual o seu valor contábil no segundo ano?
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Método da Soma dos Dígitos
O método da soma dos dígitos considera uma carga de depreciação anual maior
nos anos iniciais decrescendo à medida que avança a vida contábil do Ativo Fixo.
Para uma vida contábil de, por exemplo, cinco anos, a soma dos dígitos (SD) é igual a:
1 + 2 + 3 + 4 + 5 = 15
Genericamente:
SD = N (N + 1) / 2
Método Exponencial
Este método também considera uma carga de depreciação decrescente.
O valor contábil do bem pode ser determinado para um ano genérico n a partir
da fórmula:
Cn = C0 (1 – T)n
T = 1 - (R/Co)(1/N)
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EXEMPLO: Para o caso do exemplo anterior, assumindo-se uma taxa de depreciação
exponencial de 30 %, pede-se:
C. Determinar a taxa de depreciação exponencial que deveria ser utilizada para que se
tenha, ao final de quatro anos de vida, o valor residual de $ 100.000,00.
TMH = C0 / P.O.
EXEMPLO
Determinada máquina custa $ 400.000,00 e estima-se que possa funcionar 20.000 horas
com operação normal. Quais são as quotas de depreciação para os quatro primeiros anos
se a utilização da máquina nesse período for a seguinte:
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2. Suponha um edifício com custo inicial de R$ 3.000.000,00, sendo que o valor do
terreno incluído é de R$ 200.000,00.
Determinar:
b) a vida contábil;
quinto ano.
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CAPÍTULO 4b – INFLUÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA
O imposto de renda incide sobre o lucro tributável da empresa que, por sua vez,
é influenciado por procedimentos da contabilidade da depreciação, que visam assegurar
condições para a reposição dos ativos fixos da empresa, quando isto se tornar necessário
à continuidade das operações. Por esta razão, a legislação tributária permite às empresas
deduzirem de seu lucro anual a correspondente carga de depreciação para fins de
cálculo do imposto de renda.
Nem sempre o lucro contábil é igual ao lucro tributável, ou seja, aquele sobre o
qual incide a alíquota do imposto de renda. Apurado o resultado contábil, a este deverão
ser feitos alguns ajustes, chamados de inclusões ou exclusões.
EXEMPLO
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c) Qual o VPL do investimento após os impostos se o equipamento operar em condições
que lhe permita taxa máxima de depreciação de 40%. Avalie a variação da rentabilidade
devido à alteração da taxa máxima de depreciação.
SOLUÇÃO
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Se a alternativa citada faz parte de uma empresa que apresenta lucro, o lucro
tributável negativo da alternativa de investimento pode ser considerada como um
abatimento no lucro tributável da empresa como um todo, reduzindo o imposto de renda
a pagar. Esta redução do imposto de renda deve ser encarada como uma vantagem
fiscal, e deve ser somada ao fluxo após o imposto de renda.
EXEMPLO
SOLUÇÃO
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Caso de Propostas que somente apresentam custos
Quando não há meios de quantificar monetariamente as receitas (ou as reduções
de custos) proporcionadas por um investimento que é necessário à empresa, a decisão se
fará através da análise de menor custo.
Mesmo nestes casos o imposto de renda deverá ser considerado, pois no caso da
aceitação do projeto, as despesas da empresa se elevarão, diminuindo o lucro tributável
e, consequentemente o imposto de renda da empresa como um todo.
EXEMPLO
Dois sistemas de ar condicionado estão sendo estudados para instalação nos escritórios
de certa empresa. São os seguintes os parâmetros estimados para cada uma das
alternativas:
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SOLUÇÃO
Considerações adicionais
Uma fórmula geral para o cálculo do valor presente, considerando o efeito do imposto
de renda e a depreciação, pode ser extraída da seguinte demonstração:
Sendo:
A fórmula geral do valor presente, após o imposto de renda será dada por:
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Onde o terceiro termo do lado direito da equação representa o valor presente da
economia proporcionada pela dedução da depreciação do lucro antes do imposto de
renda.
PROBLEMAS
Problema 1
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O valor do aluguel já inclui os custos de operação e manutenção.
Pergunta-se:
Problema 2
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Problema 3
Problema 4
Para uma determinada tarefa, posso comprara duas máquinas diferentes. Uma
PIF ou uma PAF, com o mesmo desempenho técnico.
Máquina PIF:
Máquina PAF:
Calcular o ponto de equilíbrio quanto ao número de horas anuais de uso das máquinas.
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Problema 5
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CAPÍTULO 5 - FINANCIAMENTOS
5.1 - AMORTIZAÇÃO DE DÍVIDAS
Além disso, os juros no período k são calculados sobre o saldo devedor anterior:
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Nota-se, portanto, que quanto menor o saldo devedor menores serão os juros e,
como as prestações são constantes no sistema Price, a amortização crescerá com o
tempo.
A prestação p é calculada da seguinte forma:
pk = p = P* (A/P; i; n)
EXEMPLO 5.1
Montar o quadro de amortização para um financiamento de R$1.000,00, a juros
de 36% aa com capitalização mensal, com prazo de 4 meses, amortizável pelo sistema
Price em 4 prestações mensais. Calcular também o saldo devedor, imediatamente após a
segunda prestação, sem o uso da tabela.
Solução:
58
B) SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO CONSTANTE (SAC)
EXEMPLO 5.2
Elaborar a tabela financeira pelo sitema SAC para o financiamento do exemplo
anterior. Calcular também, o saldo devedor após a segunda prestação.
Solução:
59
E o saldo devedor após o segundo pagamento, sem utilização da tabela, pode
ser calculado assim:
O PERIODO DE CARÊNCIA
60
5.2 Exercícios Propostos
5.2.1. Para uma dívida de R$ 50.000,00, uma taxa de juros de 10% ao período e um
plano de 5 prestações construa um quadro de amortizações pelo sistema:
a) PRICE
b) SAC
61
5.2.2. Considere uma dívida de $100.000,00 a ser resgatada em 25 prestações com 4%
de juros. Depois de quantas prestações o valor da prestação do sistema PRICE
passa a ser superior à do sistema SAC.
62
CAPÍTULO 6 - ANÁLISE DE SENSIBILIDADE
Até o momento, as análises de investimento efetuadas partiram do princípio
que todas as previsões se efetivariam. Na realidade, os fluxos de caixa foram elaborados
a partir da projeção de valores mais prováveis.
Sabe-se, entretanto, que por melhor que tenha sido elaborada a previsão, o
fluxo de caixa não será exatamente aquele imaginado inicialmente. A incerteza sempre
estará presente.
63
A intenção é observar quão sensíveis são os valores como Valor presente, Taxa
interna de retorno, Valor anual, etc., a partir da variação de parâmetros de entrada como
vida útil, custos, receitas, quantidade vendida, preços, investimentos, taxas de
descontos, etc.
EXEMPLO 6.1
Solução:
64
EXEMPLO 6.2
Solução:
1. Atratividade do projeto
65
3. Cálculo do preço mínimo de venda:
EXEMPLO 6.3
66
CAPÍTULO 7 - ANÁLISE DA VIABILIDADE ECONÔMICA DE UM
PROJETO INDUSTRIAL
Uma das etapas mais importantes na elaboração de um projeto industrial é a
análise de sua viabilidade econômica e financeira.
Para um perfeito entendimento dos quadros que serão apresentados e, para que a
classificação dos itens seja adequada, deve-se conhecer a terminologia usual da área de
custos:
Gasto: conceito amplo que significa sacrifício financeiro de uma maneira geral. O
sacrifício é representado por entrega ou promessa de entrega de dinheiro ou outros
ativos. Engloba, portanto, investimento, custo, despesa e perda.
Despesa: Gasto relativo a bem ou serviço consumidos para obtenção de receitas. Ex:
salários da administração geral, depreciação de ativos fora da produção, comissão de
vendedores. O custo de produção torna-se despesa quando o produto é vendido, mas
costuma-se chamá-lo de custo do produto vendido.
Perda: gasto com bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária. Não é
um sacrifício feito com a intenção de obtenção de receitas. Ex: valor dos danos
provocados por incêndios ou enchentes, obsoletismo de estoques, gasto com mão de
obra durante uma greve, refugos anormais, unidades defeituosas.
67
7.1. INVESTIMENTO
O investimento pode ser classificado da seguinte forma:
a) Fixo
b) Giro
O investimento fixo é composto por equipamentos, terrenos, construções
civis, instalações industriais, móveis, etc.
- Mão-de-Obra Indireta
- Manutenção
- Seguros
- Demanda de Energia Elétrica
- Despesas de Aluguel relativas à fabricação
68
7.3. DESPESAS GERAIS
As Despesas Gerais são aquelas que, mesmo importantes para a operação, não
fazem parte da fabricação de um produto. Podem, também, ser classificadas em fixas e
variáveis.
- Despesas Administrativas
69
7.5. RECEITAS
Para efeito de análise econômica de projetos considera-se apenas as Receitas
Operacionais, ou seja, o produto da quantidade produzida pelo preço.
70
7.7. RENTABILIDADE DO EMPREENDIMENTO E DO
ACIONISTA
A taxa interna de retorno do empreendimento considera o capital total investido
no projeto, como se fosse utilizado apenas capital próprio, ou seja, obtêm-se a
rentabilidade total do investimento. Por outro lado pode-se também calcular a
rentabilidade do acionista ou do capital próprio investido.
7.8. APLICAÇÃO
Determine as taxas internas de retorno do empreendimento e do acionista de
um projeto de uma fábrica de cimento que apresenta as seguintes características:
- Preço: $ 10.000/ton.
71
- Valor residual do investimento fixo: $ 200.000
72
7.9. EXERCÍCIO PROPOSTO
1) Do estudo de mercado:
- Tipos de produto: A e B
- Preços Unitários: A: $ 20
B: $ 25
2) Da engenharia:
3) Tamanho:
B: 10 mil unidades
73
74
Quadro do Fluxo Financeiro do Empreendimento Quadro do Fluxo Financeiro do
Empreendimento Quadro do Fluxo Financeiro do Empreendimento
75
Quadro do Fluxo Financeiro do Empreendimento
Em $ 1.000
76
7.9. EXERCÍCIO PROPOSTO
Em um estudo de implantação de um projeto industrial, chegou-se aos seguintes
dados:
1) Do estudo de mercado:
- Tipos de produto : A e B
- Preços Unitários : A: $ 20
B: $ 25
2) Da engenharia:
3) Tamanho:
B: 10 mil unidades
77
7) Subsídios para a determinação do capital de giro:
NECESSIDADES:
b) Estoques:
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c) Financiamento das vendas: 30 dias (prazo médio de recebimento) calculados
sobre o custo global. (Supondo que toda venda seja financiada)
COBERTURA
a) Crédito de fornecedores :
Em $ 1.000
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Quadro do Fluxo Financeiro do Acionista
Em $ 1.000
1. Programa de vendas
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82
83
Fórmulas
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Primeira Lista de Exercícios
1- Qual o valor dos juros simples produzidos por R$40.000,00, aplicados à taxa de
36% a.a. , durante 125 dias. Resp: R$ 5.000,00
3- Qual o capital que aplicado a juros simples de 1,2% a.m. rende R$3.500,00 de
juros em 75 dias? Resp: R$ 116.666,67
4- Por quanto tempo um capital de R$11.500,00 foi aplicado para que rendesse
R$1.725,00 de juros simples, sabendo-se que a taxa de juros de mercado é de
4,5% a.m.? Resp: 3 meses e 10 dias
7- Que capital aplicado a taxa de juros simples de 3% ao bimestre (3% a.b.), por
um prazo de 75 dias, proporcionou um montante de R$650.000,00? Resp.: R$
626.506,02
8- Em quanto tempo um capital aplicado a juros simples de 36% a.a. dobra o seu
valor? Resp: 2,78 meses
11- A Log Imobiliária quer saber quanto pagará de valor futuro de uma dívida
contraída no valor de R$ 750.000,00 a taxa de juros compostos de 15% ao ano
por um período de 9 meses? Resp: 832.884,24
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14- Para conseguir receber R$ 12.700,00 por ano, durante 8 anos, quanto deverei
depositar numa conta que paga juros de 14% ao ano? Resp: R$ 58.914,03
16- Qual foi o prazo de uma operação na qual um valor de R$ 98.000,00 produziu
um montante final de R$ 237.400,00 a taxa de juros compostos de 6% ao mês?
Resp: 15,18 m
17- A taxa de juros de uma aplicação de renda fixa é de 18% a.a. com capitalização
mensal. Portanto, é uma taxa nominal. Achar a taxa efetiva correspondente. iE =
19,56%
19- Calcular o valor presente do fluxo de caixa a uma taxa de juros de 9% ao ano.
20- Calcular o valor do fluxo abaixo na data zero considerando uma taxa de juros de
13¨% ao ano?
VP= R$ 429,50
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Segunda Lista de exercícios
1) Uma construtora está considerando a compra de duas escavadeiras, a GIANT e a
TROJAN. Ambas tem capacidade requerida, mas a GIANT é considerada mais
maciça que a TROJAN e acredita-se que terá vida mais longa. As estimativas dos
aspectos que serão influenciados pela escolha são as seguintes:
2) A corporação X deve decidir se vai introduzir uma nova linha de produto. O produto
novo terá custos de introdução, custos operacionais e fluxos de caixa entrantes
durante seis anos. Este projeto terá uma saída de caixa (t=0) imediata de R$125.000
(que pode incluir as máquinas, equipamentos e custos de treinamento de
empregados). Outras saídas de caixa são esperadas do 1º ao 6º ano no valor de
R$25.000 por ano. Para pagar os custos com a manutenção das máquinas está
previsto, a partir do 2º ano, pagamentos consecutivos e acumulativos no valor de R$
750,00. As entradas de caixa, espera-se que sejam de R$60.000 por ano com mais
R$ 8.000,00 no 6º ano, referente a venda de alguns equipamentos. Considerando
uma TMA de 12% ao ano, descreva graficamente o fluxo de caixa, calcule o valor
do negócio, o VPL e a TIR e informe se o projeto é viável.
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Depreciação Lucro Fluxo depois do
Períodos Fluxo antes IR Valor Contabil IR
Anual tributável Imposto de Renda
d) Qual o valor do VPL (valor presente líquido) e da TIR, após o imposto de renda?
e) Pelo método do valor anual, qual é o resultado desta proposta após o imposto de
renda?
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e) Pelo método do valor anual, qual é o resultado desta proposta após o imposto
de renda?
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
1. AVILA, Antonio Victorino. Matemática financeira e engenharia econômica /
Antonio ”Programa de Educação Tutorial da Engenharia Civil – UFSC”, 2013.
10. NEVES, César das. Análise de Investimentos. Rio de Janeiro, Zahar Editora,
1982.
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