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Almanaque Tribal

CDC - UFF
Grupo de Pesquisa Currículo, Docência e Cultura

EDITORIAL
Querides CeDeCistas, o Almanaque Tribal
em sua 13º edição traz em sua capa a razão
de nossos encontros e desta revista: docentes
e discentes de nosso grupo. Por isso, este
Almanaque é dividido em dois momentos: o
primeiro com material inédito, compartilha
uma homenagem ao nosso querido professor
José Roberto, poesia, fotografias natalinas,
nossos amados pets e imagens diversas, além
de uma mônada, narrativas e uma
homenagem ao Dia da Consciência Negra.
No segundo momento, contamos com a
rememoração de nossos 12 Almanaques, bem
como de publicações selecionadas que nos
trazem a alegria de fazer parte desse projeto
e do CDC!
Boa imersão! Adriana Afonso
Bruno Venancio
Hosana Ramôa
Jéssica Mercês
Julia Dionísio
Luisa Machado
Maira Figueiredo
Maria Claudia ( Kakau)
Vinicius Cavalcanti

SUMÁRIO
HOMENAGEM
Beto Fininho, presente!

POESIA
35 Primavera-Verão

HOMENAGEM
Você é rara, bela, fera, às vezes Deus exagera!

ATUALIDADES
Está chegando o natal
Fotografias
Aquarelas
Mônada
Construindo memórias
Pets CDC
Vacinades
Um grito por consciência 20 de Novembro:
Dia da Consciência Negra de 1971 a 2021
Recomendação
Receita

REMEMORANDO NOSSOS ALMANAQUES


MÚSICA
Súplica
Beto Fininho,
presente!

O Dia Nacional do Samba é comemorado em 2 de


dezembro e queremos nos lembrar de um dos membros do
CDC que nos deixou há dois meses. Ao Beto Fininho, nosso
querido professor José Roberto da Rocha Bernardo, sambista
de primeira, deixamos nossa homenagem. Como tão bem
falou Dinah Terra na abertura do Seminário Discente, quando
se comemorava os 50 anos de nosso PPGEd-UFF, colocamos
o chapéu da Portela para homenageá-lo neste dia, dia que
nos traz tantas lembranças de sua paixão pelo samba, algo
que você misturava com vida, amigos, alegria e estudo. Por
essa sua vida e o que deixou para nós, continuamos
acreditando na arte e na alegria.

Beto Fininho, tiramos o chapéu por você!


35 PRIMAVERA-VERÃO
Everardo

Andrade

Entre o fim do inverno e o começo da primavera me


envolvi em duas leituras curiosamente
complementares. Uma falava do sistema das
desigualdades múltiplas e das paixões tristes - a
cólera, o ressentimento, a indignação -, a outra tratava
de um contraponto Guarani ao Antropoceno e da
alegria como abertura cosmopolítica para bons
encontros. Esta falava das trocas entre diferentes
espécies e seres que povoam o cosmos,
compartilhadas por um dispositivo de escuta
etnográfica, e aquela tratava de um mundo em que as
desigualdades crescem, se multiplicam e
individualizam, comprometendo o pacto social e a
democracia, numa chave sociológica. Ambas otimistas,
cada uma a sua maneira, ambas à espera de um
tempo novo, na crença de que os indivíduos são com
frequência ativos e generosos ou no anúncio do verão,
fonte de força e promessa de cura xamânica.

05/10/2021

(Do livro “Poemas a partir de hoje”)


Você é rara, bela, fera,


às vezes Deus exagera!

o ano acaba. espalho os últimos trezentos e sessenta


e cinco dias na minha frente no tapete da sala de casa.

este aqui é o mês em que decidi largar tudo que não


influenciasse profundamente os meus sonhos. o dia em que
me recusei a ser a vítima. esta é a semana em que dormi
na grama. na primavera eu torci o pescoço da insegurança.
deixei a sua gentileza de lado. derrubei o calendário. aqui
a semana em que dancei com tanta empolgação que meu
coração aprendeu a flutuar de novo. o verão em que tirei todos
os espelhos da parede. eu não precisava mais me ver para me
sentir vista. tirei o peso do meu cabelo com o pente.

dobro os dias bons e ponho todos no bolso de trás da calça


só por segurança. acendo um fósforo. queimo tudo que seja
supérfluo. o calor do fogo aquece meus dedos do pé. pego
um copo de água morna para me limpar inteira para janeiro.
estou chegando. mais forte e mais inteligente rumo ao novo.

Rupi Kaur (O que o sol faz com as flores).


Verso do título: Às vezes Deus exagera


Música de Milton Nascimento, álbum Pietá
Atualidades
Está chegando o natal...

Decoração de Juliana Godói

Decoração de Hosana Ramôa


Decoração de Maura Ventura

Decoração de Adriana Afonso


Aquarela de Hosana Ramôa

Nico - Fotografias de Ana Carolina Oliveira


Fotografias
Contrastes - Bruno Venancio
É tempo de pitanga - Julia Dionísio
Novo xodó - Hosana Ramôa
Aquarelas
Mariana Azul - Juliana Godói
Holly - Juliana Godói
Vasos e flores - Hosana Ramôa
Mônada
Juliana Godói de M. P. Alvarenga

Esta é uma das dimensões adotadas em minha


prática. E, à medida que essa discussão é um
compromisso diário com a luta e com narrativas outras
nas escolas. Na ocasião, era professora da etapa da
educação infantil e trabalhava no terceiro período da
escola municipal Patrícia Lourival Acioli, em Itaboraí. Em
2014, eu havia realizada uma formação sobre
diferenças, debate LGBT, sigla adotada na época, e
gênero, momento muito importante no qual conheci
vários debates importantes que eu não havia me
aprofundado.
Foi lá que assisti pela primeira vez, o perigo da
história única da Chimamanda, e comecei a me engajar
com as discussões antirracistas em minha sala.
Comecei a observar os estudantes, a forma como
conversamos, o que eles entendiam sobre suas origens.
Fiz um exercício popular na internet com a
problematização com bonecas pretas e bonecas
brancas, fizemos desfile de penteados afro, e percebi o
quanto preconceito das crianças estavam atrelados ao
posicionamento dos próprios pais.
Em 2015, eu havia acabado de ingressar no
mestrado. Echegou à minha sala de aula um novo
estudante, seu nome era Vitório Zumbi. Sua mãe era
uma das responsáveis pela secretaria de educação,
que muito me ensinou e me ensina. Esta luta contra o
racismo e o preconceito, a marca mais importante
para mim foi deste pequeno zumbi, que associava seu
nome ao zumbi da cultura pop. Me fazer professora,
me fez assumir esse compromisso com ele e com a
ancestralidade da cultura preta.
Todo dia aprendo um pouco mais lembrando do
Vitório se assumindo Zumbi, e como foi importante
para o grupo. As colegas diziam: “Vitório você é um
guerreiro!”. E aprendemos juntar a lutar. Luta eu, luta
ele, lutamos todos. Vitorio, zum, zum zumbi, como a
escritora Sonia Rosa o retratou.
Vitório tanto me ensinou, me mostrou o meu ser
professor em uma ocasião curiosa. Andando pelo
centro de Itaboraí ele viu um grande quadro do
Chaplin e gritou para a mãe: Mãe, precisamos mandar
uma foto para a tia JU. Ela me ensinou que ele faz
filmes mudos. Mas ela gosta de filmes velhos.
Tenho essa lembrança. Em nossa caminhada, quem
passa deixa um pouco de si e leva um pouco de nós...
marcas que contam de nós... e a certeza que a
conjugação do verbo lutar deve ser diária.
Construindo Memórias
José Marcos de Assis Couto Júnior

Michael Pollak (1989), em “Memória, esquecimento e


silêncio”, nos apresenta definições para a memória
individual e a memória coletiva. Ambas seriam constituídas
através de uma série de disputas, apagamentos,
silenciamentos e de movimentos baseados na busca pelo
pertencimento. Assim, ao abordamos a memória coletiva,
temos como alicerce a presença de elementos que,
também em disputa e de forma transitória, se encontrariam
por meio de determinados componentes que as agregam
em uma comunidade. As duas imagens apresentadas da
escola Municipal Professora Ivone Nunes Ferreira, na
Comunidade João Paulo II, em Senador Camará, são
separadas por cinco anos no tempo (Junho de 2016 e
Novembro de 2021), mas parecem ilustrar universos
paralelos.
De um lado, vemos a reafirmação do descaso do
Estado com pessoas que tiveram a tragédia e/ou a mão
pesada da “sociedade política” sobre seus corpos. Sujeitos
durante sete anos viram diariamente, na frente de suas
casas, um canteiro de obras no lugar de uma escola,
prometida desde 2012. Do outro lado a construção de uma
cultura sustentável, que busca através da educação
alimentar e de práticas ligadas ao trato da terra como
modo de vida, formar uma identidade para uma
comunidade escolar em particular e um território como um
todo.
Se por mágica, por capricho dos deuses, ou
simplesmente como fruto de nossa imaginação pudéssemos
sobrepor as imagens no tempo, pelo vão hoje inexistente
por conta das paredes erguidas veríamos as crianças. Pelo
vão veríamos os alfaces, veríamos parte da quadra e os
canteiros, em resumo veríamos a potência da educação,
tendo um vislumbre do seu impacto sobre o território onde
a escola se encontra.
O produto desta sobreposição está nas identidades, nas
memórias e nas narrativas dos sujeitos que ali continuam
vivendo. É a educação reconfigurando e construindo
memórias.

PETS
CDC <3

Nico de Ana Killua e Pipoca de


Carolina Kakau

Vlad de Jéssica Frida de Jéssica

Holly de Juliana Jorge Ben Jor de


Godói Juliana Godói
PETS
C DC <3

Luna de Anna Negão e Lola de


Gibson Maira

Milton de Júlia
Kirara de Hosana Dionísio

Inhame de Júlia Pretinha de Júlia


Dionísio Dionísio
PE T S
CDC < 3

Maradona de Luisa Maia de Martha e


família

Jon Snow e Arya Matilda de Maura


de Carine Valiente

Pérola Valente de Aves do jardim de


Rodrigo Velasco Dinah Terra
PETS
CDC <3

Chapatín de Daniel Jujuba de Daniel


Ganzarolli Ganzarolli

Frida de Elysiane Lila de Elysiane

Marie de Elysiane Luna de Elysiane


PETS
C DC <3

Nina de João Hulk de Glauco


Augusto Figueiredo

Dominique de Francisco de
Glauco Figueiredo Vinícius Melo

Princesa de Cássia Charles de Cássia


Barbosa Barbosa
PETS
C DC <3

Pituca de Farret Raposo e Cora de


Cristóbal

Jorginho e
Doralice de Fábio
Anna Gibson

Para além da
imunização, a
vacina traz
doses de
esperança!
#VivaoSUS

Ramôa
Jéssica Mercês Hosana

Maira Fig
ueira
Kakau

Para além da
imunização, a
vacina traz
doses de
Carine esperança!
Valiente #VivaoSUS

Júlia
Dionísio
Barbosa
Cássia
Maura

Para além da
imunização, a
vacina traz
doses de
esperança!
Adriana #VivaoSUS

Ana Caro
lina
Rodrigo
Velasco
Sandra Selles

Para além da
imunização, a
vacina traz
doses de
esperança!
Marcus #VivaoSUS
Francisc
Velasqu o
ez

BRUNO VE
NANCIO
Um professor de artes e a
filha dele, de 24 anos,
desenvolveram um projeto
para empoderar e
aumentar a autoestima de
alunos negros, no Distrito
Federal. As imagens do
projeto "Um grito por
consciência" fazem parte
de uma homenagem ao
Dia da Consciência Negra.
A notícia foi publicada no
site g1 no dia 19/11/2021.

Leia na íntegra:
encurtador.com.br/cinrG
20 de Novembro:
Dia da Consciência Negra
de 1971 a 2021
Julia Dionísio

Ainda causa inquietação, aos mais cínicos ou


desinformados, a comemoração do 20 de novembro como
a data da Consciência Negra, tendo sido instituído
nacionalmente o 13 de maio com este fim.
A data da abolição em maio de 1888, como
argumentam diversas entidades do Movimento Negro, não
é uma data representativa, pois consiste na concessão
tardia (pela caneta da princesa Isabel) de uma liberdade
comedida, sem planos de integração ou políticas concretas
que garantissem o justo reconhecimento da população
negra – liberada da escravização desumanizadora
diretamente para a condição de exclusão que ainda a
persegue, tudo com a devida anuência do Estado brasileiro.
O racismo é estrutural e implacável desse jeito, ainda mais
com o auxílio deselegante do mito da democracia racial.
Mas isso não significa que a estrutura de exploração
escravista, que perdurou por aqui até o século XIX, fosse
indefectível, como comprovam diversos registros
historiográficos sobre a resistência das/os escravizadas/os.
Os quilombos, abrigo das/os que ousaram abandonar a
exploração e a violência da vida cativa, representam, até
hoje, verdadeiros espaços de resistência territorial e cultural
dos povos negros.
O quilombo dos Palmares é um brilhante exemplo
dos históricos movimentos de resistência que
incendiavam o Brasil colônia. Zumbi e Dandara, suas
figuras de liderança, atualmente são consideradas/os
heróis nacionais e símbolos da luta antirracista. A
celebração do 20 de novembro é mais um movimento de
resistência, pois contesta uma narrativa de passividade a
respeito da abolição – que não foi concedida por uma
decisão unilateral, mas conquistada, à duras penas, pelas
mãos daquelas/es resistiram. Por meio de manifestações
individuais ou coletivas, no calor da guerra, das fugas ou
na quietude do suicídio, o desejo pela libertação era
avassalador.
No início da década de 1970, Oliveira Silveira,
Antônio Carlos Côrtes, Ilmo da Silva, Vilmar Nunes, Jorge
Antônio dos Santos (Jorge Xangô) e Luiz Paulo Assis Santos
fundaram, com outras/os conhecidas/os e amigas/os, na
cidade de Porto Alegre, o Grupo Palmares, com o intuito
de estudar e discutir arte, teatro e literatura atravessados
pelos debates raciais da época. Em 1971, inspirados pela
história de Palmares e Zumbi, retratada no livro de
Ernesto Ennes “As Guerras nos Palmares”, publicado em
1938, o grupo realizou um Ato Evocativo à Resistência
Negra no Clube Social Negro “Marcílio Dias”. O evento
representou um contraponto ao dia da abolição e
procurou valorizar a memória de Zumbi por meio da
homenagem ao dia de sua morte, 20 de novembro de
1695.

Em 1978, o Movimento Negro Unificado (MNU), que


dialogava com Grupo Palmares e contava com ramificações
em diversos estados, aderiu à celebração e passou a
promover manifestações em todo o país. Esta
movimentação culminou na Marcha Zumbi – 300 Anos, em
1995, que reuniu 30.000 pessoas em Brasília, pautando a
ausência de políticas públicas direcionadas à população
negra.
O dia 20 de novembro entrou para o calendário
escolar em 2003, por meio da Lei 10.639 de 2003
(ampliada pela 11.645 em 2008). Em 2011, foi instituído o
Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra pela Lei
12.519. Apesar destas determinações, a data ainda não é
tratada como feriado nacional, cabendo aos estados e
municípios essa decisão.
Nesses 50 anos de Consciência Negra, é possível
identificar inegáveis conquistas, em especial no que se
refere à educação – como a legislação para ações
afirmativas de 2012 e a já mencionada Lei 10.639/2003,
que buscam subverter o sistema de inequidade racial por
meio da garantia do acesso democrático à educação e da
valorização das contribuições dos povos negros e
indígenas para a cultura e a história do país.
No último ano, as crises sanitária e socioeconômica
que corroem o país demonstraram, da maneira mais cruel,
a letalidade dos projetos políticos de exclusão, sobretudo
no que se refere à população negra, que historicamente
compõe o maior contingente de vulnerabilizados do país.
Os desafios continuam enormes.

Assim, como nos ensinam a história de Zumbi e


Dandara dos Palmares (e de tantas/os outras/os que as/os
antecederam e sucederam) devemos cultivar a convicção
inabalável de que a resistência e a luta coletiva são o
caminho para dias melhores.

Referências:

20 de Novembro: Três motivos para o dia da consciência


negra. Por Felipe Silva Alves, publicado em 20 de
novembro de 2020. Disponível em:
https://www.geledes.org.br/20-de-novembro-tres-motivos-
para-o-dia-da-consciencia-negra/

50 Anos do 20 de Novembro: Oliveira Silveira, presente!


Por Sátira Machado. Disponível em:
https://www.ufrgs.br/oliveirasilveira/20-de-novembro/

Recomendação
Julia Dionísio

“As vêzes eu ia ao espêlho. Fitava o meu rôsto negro e os


meus dentes nivios. Achava o meu rôsto bonito! A minha côr
preta. E ficava alegre de ser preta. Pensava o melhor
presente que Deus deu-me. A minha pele escura.”
Carolina Maria de Jesus

Carolina Maria de Jesus é uma das escritoras


brasileiras mais traduzidas. Seu livro mais famoso, ‘Quarto
de Despejo: memórias de uma favelada’, foi traduzido para o
inglês, o espanhol, o alemão, o turco e o japonês, dentre
outros tantos idiomas. Apesar deste sucesso, que ocorreu
principalmente durante a década de 1960, a autora
confessou em entrevistas que aquela não era sua obra
preferida, nem a que melhor lhe representava.
Os diários que manteve durante toda a vida não
tinham como propósito os olhos do público, eram uma
forma de extravasar emoções pessoais e ao mesmo tempo
exercitar o seu maior divertimento – a leitura e a escrita. A
imagem de sofrimento, tristeza e abandono, explorada à
exaustão nas propagandas sobre ‘Quarto de Despejo’
representam um único ângulo da vida de Carolina, aquele
em que levava os olhos baixos e os cabelos cobertos.
A exposição ‘Carolina Maria de Jesus: um Brasil para
os brasileiros’, do Instituto Moreira Salles, na cidade de São
Paulo, procura retratar outros ângulos de Carolina. Sem de
forma alguma ofuscar ou negar a importância de suas
memórias para a compreensão de um Brasil até então
invisível e mudo. A curadoria da exposição tratou de lançar
luz ao conjunto da obra desta primorosa e multifacetada
autora – que escreveu peças teatrais, contos, romances,
poesias, canções e sambas, muitos ainda inéditos no país.
São imagens, gravações, escritos e entrevistas que
mostram uma Carolina sorridente, altiva e senhora de si,
que respondia sem rodeios às críticas machistas e racistas à
sua vida afetiva, familiar e maternidade. Uma Carolina
impetuosa e orgulhosa de suas marcas, que muito tinha a
dizer aos cânones da literatura brasileira e a oferecer à
cultura deste país. Infelizmente, à época, ela não encontrou
acolhimento para tanto. Cabe-nos agora o reencontro com
o encantamento que foi (e ainda é) Carolina Maria de Jesus.
Fica aqui minha recomendação, para quem passar por São
Paulo até janeiro ou quiser anotar na agenda para os meses
seguintes, no Rio – a exposição Carolina Maria de Jesus: um
Brasil para os brasileiros.

Mais informações na página do IMS:


https://ims.com.br/exposicao/carolina-maria-de-jesus-ims-
paulista/
Imagem de uma das instalações que abrem a exposição
no Instituto Moreira Salles, em São Paulo/SP.

LASANHA Receita
DE LEGUMES
INGREDIENTES
- 1 PCT. de massa para lasanha
* PARA O MOLHO:
- 2 cebolas grandes picadas;
- 5 dentes de alho picados (Se você colocar dentes
de alho em número par, você estraga a receita);
- 2 folhas de louro;
- 4 latas de tomate pelado ou 4 garrafas de passata;
- Sal a gosto;
- Azeite;
- 1 taça de vinho branco ou tinto.
* PARA O RECHEIO:
- 1 abobrinha lavada, mas não descascada;
- 1 cebola picada em 16 partes (vá cortando no meio, no meio... e você vai chegar lá);
- 1 cenoura;
- 3 dentes de alho cortados em 4 partes
- ½ pimentão vermelho picadinho;
- ½ pimentão amarelo picadinho;
- 2 tomates picados grosseiramente ou vários tomatinhos cortados ao meio;
- 1 talo de alho poró cortado em rodelas;
- 1 ramo de alecrim (Não, não serve o de saquinho);
- 1 ½ xícara de parmesão ralado (compra o queijinho e rala na hora. Parece que não,mas
faz diferença);
- 2 xícaras de queijo provolone ralado.
LASANHA
DE LEGUMES
MODO DE FAZER:
Divida a abobrinha em 4 partes de comprido.
Depois vá cortando essas partes em pedaços de 1 dedinho de grossura. Coloque os
pedaços de abobrinha picada de molho numa bacia com água e 1 colher de sopa de sal.
Pique a cenoura menor que a abobrinha e reserve. Corte os outros legumes como
descrito nos ingredientes. Escorra a abobrinha e pré-aqueça o forno a 200°c ou
230°c se seu forno for mais lentinho.
Unte uma assadeira com azeite, coloque o ramo de alecrim no meio e rode para
besuntar o ramo (assim o alecrim não queima ao assar). Deixe o alecrim no meio e
espalhe todos os legumes na forma. Tempere com sal e pimenta se você gostar, regue
mais azeite e asse por 30 minutos ou até você conseguir enfiar o garfo em uma
cenoura.
Enquanto assa, vamos ao molho. Numa panelona, coloque a cebola picada, as
folhas de louro e 4 pitadas de sal ( o sal faz a cebola chorar) e leve ao fogo médio.
Espalhe a cebola no fundo da panela e deixe dar uma queimadinha (sabe quando a
cebola deixa marquinha dourada no fundo da panela?). Regue azeite (tipo 2 colheres
de azeite) e continue refogando até a cebola ficar dourada. Abra um buraco no meio
da cebola, coloque o alho picado e regue mais azeite.
Quando tudo estiver dourado delícia, acrescente as latas de molho de tomate
pelado e mexa. Sirva a taça de vinho e beba enquanto segue mexendo o molho. Prove o
molho, acerte o sal e, se estiver ácido, coloque 1 pitada de açúcar.
O tomate vai soltar água e você vai continuar mexendo para essa água ir secando.
Continue mexendo enquanto o molho respinga no fogão, no chão, nas paredes, na
sua roupa.... mas você não vai se importar porque já estará inebriade pelo vinho.
Com molho e legumes prontos, abaixe o fogo para 180°c. Pegue um refratário 35x25,
coloque um pouquinho de molho no fundo, coloque massa, um pouco de legumes e
um pouco dos queijos ralados. Coloque mais molho, mais massa, mais legumes, mais
queijos, mais molho...
Vá intercalando até acabar a massa, finalize com molho e os queijos ralados.
Leve ao forno até gratinar o queijo.
Rememorando nossos
Almanaques
Almanaque 1

Almanaque 2

Almanaque 3

Almanaque 4

Almanaque 4
Almanaque 6

Almanaque 5 Almanaque 7

Almanaque 8
Almanaque 10

Almanaque 9

Almanaque 11

Almanaque 12
Música
enviada por Simone Salomão

Súplica

O corpo a morte leva


A voz some na brisa
A dor sobe pras trevas
O nome a obra imortaliza
A morte benze o espírito
A brisa traz a música
Que na vida é sempre a luz mais forte
Ilumina a gente além da morte
Vem a mim, oh, música
Vem no ar
Ouve de onde estás a minha súplica
Que eu bem sei talvez não seja a única
Vem a mim, oh, música
Vem secar do povo as lágrimas
Que todos já sofrem demais
E ajuda o mundo a viver em paz

Samba de João Nogueira

Para um 2022 de muitos abraços!


Feliz festas!

#foraBozo

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