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acima referido até serem obtidos 3 valores que não difiram da respectiva média de
mais de 5%.
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b) Após a compactação, rasa-se o material na altura exata do molde e retira-se do
material excedente da moldagem uma amostra representativa com cerca de 100g
para determinar a umidade.
c) Compactam-se outros corpos-de-prova com teores crescentes de umidade, tantas
vezes quantas necessárias para caracterizar a curva de compactação.
d) Colocam-se os corpos-de-prova imersos em água durante quatro dias.
e) A penetração dos corpos-de-prova é feita numa prensa (Figura 9), a uma velocidade
constante de 0,05 pol/min.
f) Traça-se a curva pressão-penetração conforme é mostrado na Figura 10. Caso exista
um ponto de inflexão, traça-se uma tangente à curva nesse ponto até que ela
intercepte o eixo das abcissas; a curva corrigida será então essa tangente mais a
porção convexa da curva original, considerada a origem mudada para o ponto em que
a tangente corta o eixo das abcissas. Seja c a distância desse ponto à origem dos
eixos. Soma-se às abcissas dos pontos correspondentes as penetrações de 0,1 e 0,2
polegadas a distâncias c. Com isso obtêm-se, na curva traçada, os valores
correspondentes das novas ordenadas, que representam os valores das pressões
corrigidas para as penetrações referidas.
g) O índice de suporte Califórnia (CBR), em percentagem, para cada corpo-de-prova é
obtido pela fórmula:
CBR = pressão calculada ou pressão corrigida
pressão padrão
Adota-se para o índice CBR o maior dos valores obtidos nas penetrações de 0,1 e 0,2
polegadas.
h) Para o cálculo do Índice de Suporte Califórnia (CBR) final, registram-se de
preferência, na mesma folha em que se representa a curva de compactação, usando
a mesma escala das umidades de moldagem, sobre o eixo das ordenadas, os valores
dos índices do Suporte Califórnia (CBR) obtidos, correspondentes aos valores das
umidades que serviram para a construção da curva de compactação. O valor da
ordenada desta curva, correspondente à umidade ótima já verificada, mostra o índice
de Suporte Califórnia (Figura 11).
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Anel Dinamométrico
Calibrado
Macaco
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P'2
P
2
P'1 c
PRESSÃO kg/c m²
P1
c 01 02 03 04 05
P/ " penetração/pol
P1 P2 pressões corrigidas para 01" e 02" P1 P'2 pressões corrigidas para 01" e 02"
CBR
UMIDADE ÓTIMA
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d) para um dado solo e para um dado teor de umidade h, quanto maior for o esforço de
compactação, tanto maior será o γs obtido (Figura 13);
e) há uma chamada linha de ótimos, que é o lugar geométrico dos vértices das curvas
obtidas com diferentes esforços de compactação; a linha de ótimos separa os
chamados ramos secos e ramos úmidos das curvas de compactação (Figura 13);
f) para um dado solo, a massa específica aparente seca máxima varia linearmente com
o logaritmo de energia de compactação.
Há dois valores de γs de um solo que tem sentido físico bem definido:
a) a massa específica aparente seca no estado solto, que é a obtida sem exercer
nenhum esforço de compactação sobre o solo, sendo um limite inferior de γs;
b) a massa específica aparente seca máxima de um solo compactado até a eliminação
dos vazios e que se confunde com a massa específica dos grãos (γg), sendo um limite
superior de γs, inatingível.
γs
curva de saturação
γs.máx.
h ot h
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γs
curva de saturação
linha de
ótimos
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Não se deve perder de vista que as condições de rolamento de um pavimento ou o
desempenho de sua superfície, durante a vida de serviço, dependem muito de uma
compactação bem executada durante a construção, sendo de todo interesse, pois, uma
boa compacidade inicial, sobre a qual o tráfego, em si mesmo não terá muito efeito. Este
objetivo não pode, no entanto, obviamente, ser alcançado de um modo absoluto, e
variações acidentais no teor de umidade, no próprio solo e no emprego do equipamento
de compactação, conduzem a variações na compacidade, na estabilidade e na umidade
finais dos materiais.
Pode-se dizer que, de modo quase geral, com um aumento de compacidade, há um
aumento de resistência a cisalhamento, e uma diminuição da deformabilidade. Muitas
vezes, no entanto, em casos especiais (como no caso de solos expansivos), é inútil uma
compacidade inicial muito elevada, que não se manterá em serviço.
a) Ensaio de Compactação (DNER - ME 129/94)
O ensaio original para determinação da umidade ótima e da massa específica
aparente seca máxima de um solo é o ensaio de Proctor, proposto em 1933, pelo
engenheiro americano que lhe deu o nome. Este ensaio, hoje em dia conhecido como
ensaio normal de Proctor (ou AASHTO Standard), padronizado pelo DNER, consiste
em compactar uma amostra dentro de um recipiente cilíndrico, com
aproximadamente 1000 cm3, em três camadas sucessivas, sob a ação de 25 golpes
de um soquete, pesando 2,5 kg, caindo de 30 cm de altura.
O ensaio é repetido para diferentes teores de umidade, determinando-se, para cada
um deles, a massa específica aparente seca. Com valores obtidos traça-se a curva
γs = f (h), onde se obterá o ponto correspondente a γs.máx e hot.
Para o traçado da curva é conveniente a determinação de uns cinco pontos,
procurando-se fazer com que dois deles se encontrem no ramo seco, um próximo a
umidade ótima e os outros dois no ramo úmido.
A energia de compactação desse ensaio é de aproximadamente 6 kg x cm/cm3.
Evidentemente, se o esforço de compactação for outro, obter-se-ão valores diferentes
para γs.máx e hot. O ensaio é, pois, convencional. Proctor estudou-o para os casos
práticos da época. Atualmente, tendo em vista o maior peso dos equipamentos de
compactação, tornou-se necessário alterar as condições do ensaio, para manter a
indispensável correlação com o esforço de compactação no campo. Surgiu, assim, o
ensaio modificado de Proctor ou AASHTO modificado. Nesta nova modalidade de
ensaio, embora a amostra seja compactada no mesmo molde, isto é feito, no entanto,
em cinco camadas, sob a ação de 25 golpes de um peso de 4,5 kg, caindo de 45 cm
de altura. A energia específica de compactação é, para este ensaio, da ordem de 25
kg x cm/cm3.
Posteriormente, alguns órgãos rodoviários adotaram em seus ensaios uma energia de
compactação intermediária as dos ensaios de Proctor, normal e modificado.
b) Compactação no Campo
Os princípios gerais que regem a compactação no campo, são semelhantes aos de
laboratórios, no entanto, entre outras coisas, podem ser assinaladas:
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• não há, necessariamente, igualdade entre as energias de compactação no campo
e no laboratório, conduzindo a um mesmo γs para um dado teor de umidade e isto
se deve, principalmente, às diferenças de confinamento do solo, no campo (em
camadas) e no laboratório (no interior de um cilindro);
• os equipamentos de compactação conduzem a linhas de ótimos, diferentes das de
laboratório, podendo estar mais ou menos próximas das linhas de saturação;
• como está implícito no item acima, podem ser diferentes os teores de umidade, h,
de campo e de laboratório, para um mesmo γs de um mesmo material;
• são diferentes as estruturas conferidas ao solo no campo e em laboratório, o que
repercute diretamente na estabilidade alcançada.
Pode-se definir a energia ou esforço de compactação no campo (especialmente no
caso de equipamento rebocado), como o produto da força exercida na barra de tração
pelo caminho percorrido, dividido pelo volume de solo compactado; esta força, que
corresponde a uma resistência ao rolamento, diminui, no entanto à medida que o solo
se densifica e é uma das maneiras indiretas de se constatar o fim da eficiência do
equipamento no aumento da densidade do solo, isto é, a inutilidade, do ponto de vista
prático, de se aumentar o número de passadas.
Do ponto de vista da simplicidade, é comum considerar-se, apenas, que, para um
dado equipamento, a energia ou esforço de compactação é diretamente proporcional
ao número de passadas e inversamente proporcional à espessura da camada
compactada. Para variar o esforço de compactação no campo, o engenheiro pode
atuar:
• no número de passadas, devendo lembrar-se, naturalmente, que γ s cresce
linearmente com o logaritmo do número de passadas;
• na espessura da camada compactada; Porter afirma que o esforço necessário
para obter-se um determinado γ s varia na razão direta do quadrado desta
espessura e, assim, por exemplo para uma espessura de 20 cm, o número de
passadas n é quatro vezes o necessário para uma espessura de 10 cm [n =
(20/10)2];
• mudando as características do equipamento: peso total, pressão de contato ou o
próprio tipo de equipamento.
A energia de compactação no campo pode ser aplicada, como em laboratório, de três
maneiras diferentes, citadas na ordem decrescente da duração das tensões impostas:
• pressão;
• impacto;
• vibração.
Pode-se dizer, também que o equipamento de compactação é dividido em duas
grandes categorias:
• rolos estáticos, compreendendo os rolos lisos de rodas de aço, de pneumáticos e
os rolos pé-de-carneiro;
• rolos vibratórios;
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γs
3 5
4
1
2
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compactado com o mesmo equipamento e nas mesmas condições, exigiu 35 minutos
de operação, no caso de a camada subjacente ser um pedregulho bem graduado e,
65 minutos, no caso de um material siltoso.
Considerando os equipamentos de compactação e as camadas compactadas, a
eficiência de compactação na superfície depende da pressão de contato; sendo
constante a pressão de contato, quando há um acréscimo de carga total do
equipamento, há um aumento da área de contato e se dilatam os bulbos de pressões
transmitidas a várias profundidades. Sob o eixo de carga, a uma profundidade z, tem-
se:
⎡ z3 ⎤
σz = q ⎢1- 2 2 ⎥
⎣ (a + z ) ⎦
em que:
σz = pressão transmitida à profundidade z;
a = raio da área circular equivalente de carga;
q = pressão de contato.
Tomando σz como medida da eficiência de compactação, ela cresce com a quando z
é constante; inversamente, σz sendo tomado como constante, z cresce com a.
Haverá, então, sempre um gradiente vertical de compactação, sendo as camadas
inferiores menos compactadas que as camadas superiores. Esta afirmativa não é
válida para certos equipamentos onde se desenvolvem cisalhamentos parasitas, que
descompactam as camadas superiores.
d) Controle da Compactação (DNER – ME 092/94)
Para comprovar se a compactação está sendo feita devidamente, deve-se determinar
sistematicamente a umidade e a massa específica aparente do material.
Para esse controle pode ser utilizado o speedy na determinação da umidade (DNER
ME 052/94), e processo do frasco de areia na determinação da massa específica
(DNER ME 092/94).
Chama-se grau de compactação, ao quociente resultante da divisão da massa
específica obtida no campo, pela massa específica máxima obtida no laboratório.
γ s (campo)
Gc = x 100
γ s.max (laboratório)
Não sendo atingida a compactação desejada, a qual não deverá ser inferior a
determinado valor do grau de compactação (fixada pela especificação adotada), o
material será revolvido e recompactado.
Conquanto o grau de compactação Gc, seja de uso generalizado, algumas instituições
preferem adotar a chamada razão de compactação (Mc Dowell), definida por:
γ s − γ s.min
CR (%) = x 100
γ s.max − γ s.min
onde γs, γs.min e γs.max são as massas específicas secas, respectivamente:
alcançado no campo, mínimo (no estado solto) e máximo (estabelecido por um ensaio
de compactação).
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