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Crescimento e renovação celular

Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

GRUPO I
Documento 1 - Estrutura molecular dos ácidos nucleicos
Pretendemos sugerir uma nova estrutura para o sal de ácido desoxirribonucleico
(DNA) com interesse biológico considerável. Pauling e Corey, que apresentaram já
uma estrutura para esta molécula, cederam-nos gentilmente alguns dos seus
manuscritos, ainda antes de publicarem. O modelo que estes autores propõem
baseia-se em três cadeias entrelaçadas, com os fosfatos voltados para o eixo da
molécula e as bases nas suas extremidades. Esta não é, na nossa opinião, uma
estrutura satisfatória por dois motivos:
(1) Acreditamos que o material analisado por difração de raios X é o sal e não o ácido
livre. Sem a presença dos iões H+ não fica claro quais são as forças que mantêm essa
estrutura íntegra, principalmente devido à elevada concentração de cargas negativas
(fosfatos) no eixo da molécula, que tenderiam a repelir-se.
(2) Algumas das distâncias (interações intermoleculares) de Van der Waals parecem
ser muito pequenas.
Queremos apresentar uma estrutura radicalmente diferente para o ácido
desoxirribonucleico. Esta estrutura possui duas cadeias helicoidais enroladas em
torno de um mesmo eixo (figura 1). Utilizámos os pressupostos químicos habituais. A
nova característica desta estrutura está relacionada com a forma como as duas
cadeias se mantêm juntas pelas bases púricas e pirimídicas. Determinou-se
experimentalmente a relação entre as quantidades destas bases nitrogenadas
complementares.
Estamos muito gratos ao Dr. Jerry Donohue pelo aconselhamento constante e pelas suas críticas, nomeadamente em relação às
distâncias interatómicas. Sentimo-nos também estimulados pelo conhecimento dos trabalhos experimentais e das ideias ainda
não publicadas de M. H. F. Wilkins, R. E. Franklin e colaboradores do King's College, em Londres. Um de nós (J. M. Watson)
possui financiamento através de uma bolsa da Fundação Nacional para a paralisia infantil.
Baseado em J. Watson e F. Crick, Nature, 1953

Documento 2 - Construindo um modelo estrutural para o DNA


Nos anos 50, os investigadores estiveram empenhados na descoberta de uma estrutura
tridimensional do DNA. Entre os cientistas envolvidos destacam-se os trabalhos de Linus Pauling, do
Instituto de Tecnologia da Califórnia, e Maurice Wilkins e Rosalind Franklin, do King's College, em
Londres.
A célebre parceria que resolveu o enigma da estrutura do DNA começou logo após a viagem de
Watson para a Universidade de Cambridge, onde Crick estudava a estrutura das proteínas com a
técnica de cristalografia de raios X. Enquanto visitava o laboratório de Wilkins, Watson observou
uma imagem de difração de raios X de DNA produzida pela talentosa colega de Wilkins, Rosalind
Franklin, permitindo descrever e confirmar o modelo de DNA de dupla hélice (figura 2).

1. Tornou-se evidente para Watson e Crick, após a conclusão do seu modelo, que a molécula de DNA poderia transportar uma
vasta quantidade de informação hereditária de acordo com
(A) a sequência de bases nitrogenadas.
(B) os pares complementares de bases nitrogenadas.
(C) os diferentes açúcares de cinco carbonos.
(D) as ligações químicas da molécula de DNA.

2. Numa possível análise à composição nucleotídica do DNA, qual dos seguintes resultados seria de esperar?
(A) A = C (C) A + G = C + T
(B) A = G e C = T (D) G + C = T + A

3. Os monómeros dos ácidos nucleicos são denominados _____ e têm na sua constituição três componentes: um grupo
fosfato, uma _____ e uma base nitrogenada.
(A) nucleósidos … ribose (C) nucleótidos … desoxirribose
(B) nucleósidos … pentose (D) nucleótidos … pentose

4. Que tipo de ligação química se pode encontrar entre os pares de bases da dupla hélice do DNA?
(A) Pontes de hidrogénio. (C) Ligações covalentes.
(B) Ligações iónicas. (D) Ligações fosfodiéster.
5. O facto de a dupla hélice de DNA apresentar um diâmetro uniforme pode ser explicado por uma das seguintes razões:
(A) Os nucleótidos de citosina emparelham com os nucleótidos de adenina.
(B) As bases púricas emparelham com as bases pirimídicas.
(C) As moléculas de desoxirribose emparelham com as moléculas de ribose.
(D) Os nucleótidos ligam-se aos nucleósidos.

6. A análise de uma amostra de DNA revelou uma percentagem de cerca de 38% de citosina. Qual é a percentagem
aproximada de nucleótidos de timina nesta amostra?
(A) 12 % (C) 31%
(B) 24% (D) 38%

7. Qual das seguintes características do DNA é possível determinar através de fotografias obtidas por difração de raios X?
(A) A taxa de replicação.
(B) A frequência de nucleótidos de adenina e de timina.
(C) A sequência de nucleótidos.
(D) O diâmetro da hélice confirma o modelo em dupla hélice.

8. Relativamente às cadeias que constituem a molécula de DNA, qual é o significado da expressão "antiparalelas"?
(A) O emparelhamento das bases nitrogenadas cria um espaçamento desigual entre as duas cadeias de DNA.
(B) Uma cadeia contém apenas bases púricas e a outra bases pirimídicas.
(C) As cadeias foram construídas em sentidos opostos.
(D) Uma cadeia está carregada positivamente e a outra negativamente.

9. Watson e Crick sugerem, em relação ao DNA, que "Esta estrutura possui duas cadeias helicoidais enroladas em torno de um
mesmo eixo. Utilizámos os pressupostos químicos habituais.". Na formação de cada monómero intervêm reações de
condensação.
Descreva a estrutura desta biomolécula e apresente três diferenças em relação ao RNA.

GRUPO II - As experiências de Hershey e Chase


Apesar de o DNA ser conhecido desde 1869, vários cientistas acreditavam que, pelo facto de o DNA apresentar uma estrutura
mais simples do que as proteínas, estas seriam as moléculas portadoras da informação genética.
Alfred Hershey e Martha Chase recorreram a técnicas de marcação radioativa de proteínas e de DNA com enxofre ( 35S) e fósforo
(32P), respetivamente. Recorreram a bactérias da espécie Escherichia coli e bacteriófagos que as infetavam, reprogramando-as
para produzirem novos bacteriófagos (figura 3).
1. De acordo com as experiências de Alfred Hershey e Martha Chase descritas no documento, apresente o objetivo que esteve
na base da realização destes trabalhos.

2. Relativamente às biomoléculas estudadas, as experiências realizadas permitem verificar que


(A) o DNA e as proteínas virais permaneceram no meio extracelular.
(B) o DNA viral marcado com 32P entrou para o meio intracelular e o DNA não marcado permaneceu no meio extracelular.
(C) o DNA viral não radioativo entrou para o meio intracelular e o DNA radioativo permaneceu no meio extracelular.
(D) apenas o DNA foi transferido para o interior das bactérias.

3. As biomoléculas que integram as cápsulas dos bacteriófagos são compostos ______ cujos monómeros apresentam
sempre dois grupos funcionais: ______.
(A) quaternários ... carboxilo e amina (C) quaternários ... carbonil e carboxil
(B) ternários ... carboxilo e amina (D) ternários ... carbonil e carboxil

4. A partir da análise dos resultados das experiências realizadas, pode concluir-se que, para a produção de novos vírus,
(A) são necessários quer o DNA virai quer as proteínas virais.
(B) é o DNA viral, e não as proteínas virais, que contém a informação necessária.
(C) são necessárias proteínas virais e não o DNA viral.
(D) é necessário apenas o DNA das bactérias.

5. Em ambas as situações da figura 3, as novas cápsulas virais produzidas pelas bactérias radioatividade, pois são utilizados
aminoácidos presentes nas bactérias ______ radioativamente.
(A) apresentam ... marcados
(B) apresentam ... não marcados
(C) não apresentam ... marcados
(D) não apresentam ... não marcados

6. Ao marcarem radioativamente as proteínas e o DNA virais, Hershey e Chase puderam


(A) analisar o trajeto destas duas biomoléculas.
(B) analisar o decaimento radioativo dos isótopos utilizados.
(C) detetar a presença de radioatividade nos novos vírus formados.
(D) inibir a ação dos vírus, controlando a infeção bacteriana.

7. De acordo com os resultados registados, pode afirmar-se que, uma vez no interior da bactéria, _____ assume(m) o
comando da célula, que passa a produzir _____ dos novos vírus.
(A) as proteínas virais ... DNA viral que irá constituir o núcleo
(B) as proteínas virais ... as proteínas que irão constituir a cápsula
(C) o DNA viral ... DNA viral que irá constituir o núcleo
(D) o DNA viral ... as proteínas que irão constituir a cápsula

8. No processo de síntese proteica em E. coli,


(A) após o processamento do material genético para remoção dos intrões, este migra até ao citoplasma.
(B) a DNA polimerase liga-se à extremidade 3' da cadeia-molde.
(C) todas as fases ocorrem no mesmo local da célula.
(D) as moléculas de tRNA e de rRNA são menos estáveis do que as moléculas de mRNA.

9. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A o respetivo termo ou expressão da coluna B que a identifica.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Vários codões podem codificar o mesmo aminoácido. (1) rRNA
(b) Tipo de RNA mais abundante na célula. (2) Codão
(c) Leitura simultânea de uma molécula de mRNA por um grupo de ribossomas. (3) mRNA
(d) Grupo de três desoxirribonucleótidos que permite codificar um aminoácido. (4) Polirribossoma
(e) Segmento de DNA de um gene eucariótico que, após transcrição, sobrevive ao processo (5) Redundância
de excisão. (6) Codogene
(7) Não ambiguidade
(8) Exão

10. Admita que seriam as proteínas as moléculas responsáveis pela informação genética. De que forma os resultados desta
experiência teriam sido diferentes?
GRUPO III
Documento 1
Em 1958, Matthew Meselson e Franklin Stahl demonstraram o mecanismo de replicação a partir do estudo de células de
Escherichia coli que cultivaram num meio enriquecido com o isótopo pesado de nitrogénio 15N, em vez do habitual 14N. As
bactérias cresceram durante várias gerações no meio com o isótopo pesado, tendo procedido, posteriormente, à extração e
centrifugação do DNA, para estudo da sua densidade.

Documento 2
Reiji Okazaki foi um biólogo molecular japonês conhecido pela investigação sobre os mecanismos envolvidos na replicação do
DNA. Juntamente com a sua esposa, Tsuneko Okazaki, descobriram, em 1968, a forma como ocorre a replicação da cadeia
atrasada (do inglês lagging strand), mediante fragmentos de DNA, atualmente designados por fragmentos de Okazaki.

1. Meselson e Stahl cultivaram bactérias durante várias gerações num meio contendo 15N, transferindo-as, posteriormente,
para um meio de cultura normal ( 14N), tendo sido monitorizada a densidade das moléculas de DNA ao longo das gerações
seguintes.
Os resultados obtidos, após a transferência das bactérias para um meio contendo nitrogénio normal, estão expressos nas
afirmações que se seguem.
Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Na primeira geração, cada molécula de DNA tem duas cadeias, cada uma com 14,5N.
II. Na segunda geração, obtêm-se 50% de bactérias com moléculas de DNA de densidade intermédia e 50% de bactérias com
moléculas de DNA 14N.
III. Na terceira geração, 75% das bactérias serão 15N14N e 25% apresentarão apenas DNA 14N.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; l é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

2. Na formação de cada nucleótido, estabelecem-se ligações entre o grupo fosfato e o carbono ______ da pentose e entre o
carbono ______ da pentose e a base nitrogenada.
(A) 2' ... 5' (C) 5' ... 1’
(B) 3' ... 5' (D) 5' ... 3'
3. Na formação das cadeias polinucleotídicas intervêm reações de _____ em que cada novo nucleótido se liga pelo grupo
fosfato ao carbono ______ da pentose do último nucleótido da cadeia, repetindo-se o processo na direção 5' - 3'.
(A) condensação ... 3' (C) hidrólise ... 3'
(B) condensação ... 5' (D) hidrólise ... 5'

4. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas à replicação do DNA, o respetivo termo ou expressão
da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna I Coluna II
(a) Padrão de replicação confirmado pelas experiências de Meselson e Stahl. (1) DNA polimerase I
(b) Enzima que remove os nucleótidos do primer de RNA, adicionando desoxirribonucleótidos (2) DNA polimerase III
equivalentes à extremidade 3' dos fragmentos de Okazaki. (3) Helicase
(c) Enzima que separa as cadeias de DNA durante a replicação. (4) Primase
(d) Cadeia sintetizada na mesma direção em que a replicação se desenvolve. (5) Dispersivo
(e) Cadeia sintetizada na direção oposta ao sentido em que a replicação se desenvolve. (6) Conservativo
(7) Semiconservativo
(8) Cadeia descontínua
(9) Cadeia contínua
(10) Ligase

5. Qual dos seguintes arranjos descreve melhor a estrutura dos fragmentos de Okazaki?
(A) primase, polimerase, ligase. (C) 5' - RNA, 3' - DNA.
(B) 3' - RNA, 5' - DNA. (D) DNA polimerase I, DNA polimerase II.

6. A enzima ______ catalisa o alongamento da cadeia de DNA na direção ______.


(A) primase ... 5' - 3' (C) DNA polimerase I ... 5' - 3'
(B) DNA ligase ... 3' - 5' (D) DNA polimerase III ... 5' - 3'

7. Colocaram-se bactérias em crescimento num meio contendo nucleótidos marcados radioativamente. Após isolamento e
centrifugação do DNA das bactérias, foram identificados dois grupos. Um deles inclui fragmentos de DNA com milhares ou
mesmo milhões de nucleótidos, enquanto o outro inclui fragmentos mais pequenos com centenas a milhares de nucleótidos.
Estes dois grupos de fragmentos representam, respetivamente,
(A) cadeias contínuas e fragmentos de Okazaki.
(B) cadeias descontínuas e fragmentos de Okazaki.
(C) fragmentos de Okazaki e primers de RNA.
(D) cadeias contínuas e iniciadores de RNA.

8. Ao contrário dos procariontes, que apresentam um cromossoma circular sem extremidades, os cromossomas dos
eucariontes apresentam um DNA com uma estrutura linear, pelo que a maquinaria envolvida na replicação do DNA não
consegue completar a extremidade 5' das cadeias-filhas de DNA.
Dá-se o nome de telómeros às extremidades do DNA dos cromossomas das células eucarióticas. A enzima telomerase previne
o encurtamento dos telómeros nas sucessivas divisões celulares,
fenómeno que pode estar relacionado com o envelhecimento de certos tecidos e mesmo com o envelhecimento de um
organismo. Esta enzima, inativa na maioria das células somáticas, é particularmente importante em células reprodutivas ou
em células tumorais, já que atém de prevenir o encurtamento dos telómeros também ativa genes que fazem com que as
células se dividam indefinidamente.
Apresente uma explicação para o facto de não ser possível completar as extremidades das moléculas-filhas de DNA, mesmo
tendo como referência os fragmentos de Okazaki, e em que medida o estudo dos mecanismos de inativação da enzima
telomerase podem contribuir para o tratamento de casos de cancro.

Grupo IV - Editar genes


Sistema derivado das bactérias atua nas células humanas para corrigir defeitos genéticos
Um grupo de investigadores chineses foi o primeiro a injetar numa pessoa células que contêm genes editados usando a
revolucionária técnica CRISPR-Cas9.
O sistema CRISPR (do inglês clustered regularly interspaced short palindromic repeats), ou seja, repetições palindrómicas curtas
agrupadas e regularmente interespaçadas, é uma ferramenta de edição do genoma que consiste em dois componentes: curtos
fragmentos de RNA que resultaram da transcrição do locus CRISPR, com capacidade de desempenhar o reconhecimento de um
DNA exógeno específico e atuar como um guia de modo a orientar a nuclease Cas9, que corta o DNA nesse local (figura 5).
Assinalar, cortar e inserir o gene saudável... Os investigadores recolheram células imunológicas de sangue e, através desta
técnica, desativaram um gene responsável pela produção da proteína PD-1, que normalmente bloqueia a resposta imune de
uma célula, permitindo a proliferação de células cancerígenas. As células assim editadas podem então combater e eliminar o
cancro. A equipa pretende tratar um total de dez pessoas.
Paralelamente, outros trabalhos têm sido conduzidos com embriões. Graças a esta técnica e à sequenciação genética, os
cientistas conseguem eliminar do embrião cerca de 4000 doenças hereditárias, por exemplo, a fibrose quística (uma doença
causada por uma mutação no braço longo do cromossoma 7 que codifica uma proteína transmembranar reguladora do
transporte iónico, conduzindo à formação de quistos no interior do pâncreas e à acumulação de muco espesso - mucoviscidose -
em vários órgãos, como os pulmões e os intestinos) ou a talassemia (que afeta a produção de hemoglobina, resultando em
sintomas de anemia). Torna-se possível também introduzir nos embriões a resistência ao HIV. Foram efetuados estudos em 86
zigotos 48 horas após a fecundação, até o embrião apresentar oito células. Destes, 71 embriões sobreviveram e em 54 destes o
estudo incidiu sobre o gene HBB, responsável pela síntese de uma subunidade da hemoglobina. Em metade dos embriões, a
aplicação da técnica permitiu a correção do gene.
Os estudos conduzidos foram muito controversos pelo facto de envolverem embriões humanos e, por exemplo, nos casos em
que se acrescenta imunidade ao HIV, constitui um aperfeiçoamento e não uma terapia génica.
Baseado em doi: 10.1038/nature.2016.20988

1. Nos estudos realizados, a variável independente e a variável dependente são, respetivamente,


(A) a alteração da informação do DNA e a manipulação do RNA.
(B) a enzima Cas9 e a manipulação do RNA.
(C) a sequência de bases do RNA e a correção de uma anomalia genética.
(D) a manipulação do RNA e os cortes do DNA bacteriano.

2. Os zigotos referidos no estudo dividem-se por ______, originando células que, em relação aos seus progenitores,
apresentam um cariótipo ______.
(A) mitose ... igual
(B) mitose ... diferente
(C) meiose ... igual
(D) meiose ... diferente

3. A proteína PD-1, ao ligar-se aos linfócitos, ______ a destruição das células tumorais, e a sua síntese a partir de um gene
implica ______.
(A) permite ... o reconhecimento direto dos seus monómeros pelo mRNA
(B) permite ... que a sequência nucleotídica do DNA correspondente seja convertida no respetivo RNA de transferência
(C) inibe ... que cada codão, por intermédio do anticodão, codifique para o monómero respetivo
(D) inibe ... a sua replicação durante a fase S do ciclo celular

4. Qual das seguintes moléculas resulta diretamente da transcrição?


(A) rRNA.
(B) Nuclease Cas9.
(C) Hemoglobina.
(D) Gene HBB.

5. Qual das seguintes moléculas resulta da tradução?


(A) Aminoácidos que constituem a hemoglobina. (C) mRNA.
(B) Nuclease Cas9. (D) tRNA.
6. Se as proteínas fossem constituídas apenas por 12 tipos de aminoácidos diferentes, qual seria o menor tamanho possível
para um codão baseado num sistema genético de 4 nucleótidos diferentes?
(A) 1. (C) 3.
(B) 2. (D) 12.

7. A diferença/semelhança entre o açúcar que constitui o DNA e o que constitui o RNA refere-se ao facto de
(A) existirem seis carbonos no DNA e cinco no RNA.
(B) poderem ambos formar uma molécula em dupla hélice.
(C) apresentarem ambos um anel de cinco carbonos e átomos de azoto.
(D) existir menos um átomo de oxigénio no DNA.

8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas à síntese proteica, o respetivo termo ou expressão da
coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Codão correspondente ao tripleto de DNA 5' AGT 3'. (1) Replicação
(b) Etapa que se segue à transcrição na síntese da enzima Cas9. (2) 3' UCA 5'
(c) Proteína que catalisa a adição de ribonucleótidos à extremidade 3' da cadeia polidesoxirribonucleica. (3) Tradução
(d) Vários codões podem codificar o mesmo aminoácido. (4) AUG
(e) Codão de iniciação. (5) RNA polimerase
(6) Redundância
(7) 5' UCA 3'
(8) Processamento
(9) DNA polimerase
(10) Ambiguidade
(11) UGA

9. As afirmações seguintes dizem respeito às moléculas envolvidas na síntese proteica. Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. Os codões constituem os segmentos codificantes de um filamento de DNA de uma célula eucariótica.
II. Uma vez transcrito, o mRNA de uma célula eucariótica é sujeito a uma série de modificações que incluem a excisão dos
intrões.
III. Os aminoácidos são moléculas resultantes da síntese proteica.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(C) II é verdadeira; I e III são falsas.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

10. Ordene as letras de A a E, relativas à talassemia, de modo a reconstituir a sequência dos processos que conduzem a uma
situação de anemia.
(A) Transcrição dos genes responsáveis pela síntese da hemoglobina.
(B) Síntese de várias cadeias peptídicas lineares.
(C) Mutação génica no gene HBB.
(D) Obtenção de hemácias com problemas estruturais.
(E) Processamento de uma molécula de cadeia simples.

11. O RNA é um polímero de nucleótidos, geralmente em cadeia simples, que pode, por vezes, ser dobrado, como o que
acontece com o tRNA e com o rRNA.
O gráfico em baixo representa os níveis de RNA estimados numa célula eucariótica de um mamífero, de acordo com a sua
massa total. As moléculas de rRNA e de tRNA são as que se apresentam em maior quantidade, de acordo com a sua massa.
Explique, tendo em conta a estrutura do rRNA, tRNA e mRNA, a menor quantidade de mRNA nessas células.
GRUPO V - Ciclo celular
Todas as células surgem a partir da divisão de células preexistentes. Na maioria dos seres multicelulares originam-se a partir de
divisões sucessivas de uma única célula, o zigoto. A divisão celular constitui a base do crescimento dos seres vivos, estando
presente na reprodução quer sexuada quer assexuada, e contribui, igualmente, para a transmissão das características
hereditárias ao longo das gerações. A mitose, assegura que cada célula-filha receba um conjunto completo de informação
genética, distribuindo os cromossomas e o seu conteúdo em DNA para a continuidade das gerações celulares.
À medida que o ser vivo cresce, as células somáticas diferenciam-se e assumem funções e aparência diversas de acordo com a
expressão dos genes, apesar de uma grande maioria permanecer inativa ao longo da vida dessas células.

1. Nos seres vivos pluricelulares, a mitose é um processo que tem como principal função
(A) o movimento das células. (C) a produção de energia.
(B) a produção de gâmetas. (D) o crescimento.

2. Na mitose,
(A) a partir de uma célula haploide, originam-se duas células diploides.
(B) a partir de uma célula haploide, originam-se duas células haploides.
(C) a partir de uma célula diploide, originam-se duas células haploides.
(D) a partir de uma célula haploide, originam-se quatro células haploides.

3. As afirmações seguintes dizem respeito ao processo de divisão celular. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. A mitose consiste em duas divisões sucessivas.
II. A mitose é um processo de divisão reducional.
III. Na mitose, a seguir à metáfase, ocorre a clivagem dos centrómeros.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas.
(C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

4. A vinblastina é um quimioterápico ao qual se recorre no tratamento de doentes com cancro. Esta substância impede a
formação de microtúbulos, podendo concluir-se que a sua interferência no processo de multiplicação celular ocorre na
(A) condensação dos cromossomas.
(B) descondensação dos cromossomas.
(C) duplicação dos cromossomas.
(D) migração dos cromossomas.

5. Analise os eventos que se seguem na coluna A e faça-os corresponder a cada uma das opções da coluna B, relativas às etapas
do ciclo celular evidenciadas na figura 7. Note que alguns números da coluna B podem ter mais do que uma correspondência.
Coluna A Coluna B
(a) Desaparecimento da membrana nuclear. (1) A
(b) Migração dos cromossomas para os polos da célula. (2) B
(c) Replicação semiconservativa do DNA. (3) C
(d) Máximo encurtamento dos cromossomas e alinhamento na placa equatorial. (4) D
(e) Reaparecimento da membrana nuclear. (5) E
(f) Fase mais longa da mitose.

6. Coloque por ordem cronológica as etapas do ciclo celular representadas nos esquemas da figura 7.

7. Se uma dada célula em metáfase apresenta 8 cromossomas, quantos cromossomas existirão durante a anáfase?
(A) 8.
(B) 4.
(C) 16.
(D) Nenhuma das anteriores.
8. A seguir à mitose, ocorre, geralmente, a citocinese. Se uma célula completar a mitose, mas não a citocinese, o resultado
será
(A) um núcleo de grandes dimensões.
(B) dois núcleos anormais de reduzidas dimensões.
(C) dois núcleos.
(D) dois núcleos, mas com metade da quantidade de DNA.

9. Atendendo aos acontecimentos que ocorrem durante a fase mitótica, apresente diferenças relativamente à citocinese em
células eucarióticas animais e vegetais.

10. Os nucleótidos podem ser marcados radioativamente antes de serem incorporados em novas cadeias de DNA, permitindo
assim que sejam seguidos. Num conjunto de experiências realizadas por uma equipa de investigadores, decidiu-se utilizar
nucleótidos de timina radioativa, os quais foram introduzidos em momentos específicos numa cultura de células humanas.
Indica qual das seguintes questões-problema poderá estar na origem deste procedimento experimental.
(A) Quantas células por hora são produzidas pela cultura?
(B) Quanto tempo demora a fase S no ciclo celular?
(C) Qual é a quantidade de DNA que é sintetizada por cada ciclo celular?
(D) Em que momento é que as fibras do fuso acromático se ligam aos cromossomas?

11. A mesma equipa de investigadores recorreu ao mesmo procedimento para analisar a incorporação de nucleótidos
radioativos numa cultura de glóbulos brancos e constatou que, na presença de um agente patogénico, a taxa de incorporação
de nucleótidos radioativos aumenta significativamente.
Podem assim concluir que
(A) a presença do agente patogénico contaminou a experiência, pelo que não podemos confiar nos resultados.
(B) a infeção provoca uma maior divisão dos leucócitos.
(C) a infeção provoca uma maior divisão das culturas celulares em geral.
(D) a infeção leva a que os glóbulos brancos ultrapassem algumas das etapas do ciclo celular.

12. Em alguns dos momentos do ciclo celular espera-se que ocorra uma maior atividade de síntese de RNA mensageiro.
Refira a etapa principal em que esta situação ocorre, descrevendo os principais acontecimentos.

GRUPO VI - Medicina regenerativa e impressora 3D


Bioengenheiros norte-americanos, da Wake Forest University, desenvolveram uma impressora 3D de tecidos orgânicos
utilizando células estaminais e polímeros. A impressora é capaz de fabricar, de forma estável, ossos, cartilagens e músculos
humanos. O uso da impressora 3D demonstra o seu potencial para reparar defeitos usando a própria engenharia de tecidos do
paciente.
O formato correto de construção do tecido visado é alcançado através de um sistema integrado de impressão de órgãos e
tecidos que consiste: (i) na representação da imagem a partir de dados clínicos num modelo computacional anatómico; (ii) na
interpretação do modelo e sua tradução pela impressora 3D, através de um programa que controla os movimentos da
impressora, que dispersa as células para locais específicos, gerando as formas do órgão.
Para demonstrar a invenção, a equipa de investigação já imprimiu uma
mandíbula humana e uma orelha humana em tamanho real, isto é, a orelha
apresentou cartilagem e vasos sanguíneos que abastecem as regiões exteriores e
sem circulação nas regiões internas (tal como em cartilagem humana). Ambas as
estruturas foram implantadas em ratos vivos, não sofrendo rejeição.
Posteriormente, estes tecidos ganharam vasos sanguíneos e tornaram-se parte
dos animais. Isto é, com tempo, a parte do polímero é eventualmente dissolvida e
naturalmente substituída por tecidos orgânicos.
A impressão 3D ainda não está suficientemente testada para estudos clínicos com
humanos, mas o seu uso estará para breve. Sendo necessário explorar outras
abordagens, um dos princípios básicos da bioimpressão envolve a capacidade de
idêntica reprodução das células e dos componentes extracelulares.

1. Na maior parte do ciclo celular, os cromossomas humanos são constituídos por


(A) um filamento de cromatina.
(B) dois cromatídios.
(C) dois filamentos de cromatina.
(D) um centrómero.

2. A fase mitótica compreende


(A) a mitose e a citocinese. (C) a prófase, a metáfase, a anáfase e a telófase.
(B) a interfase, a mitose e a citocinese. (D) a interfase e a mitose.
3. Antes de ocorrer interfase, as células humanas são
(A) diploides com 46 cromossomas com um cromatídio.
(B) diploides com 46 cromossomas com dois cromatídios.
(C) haploides com 46 cromossomas com um cromatídio.
(D) haploides com 46 cromossomas com um cromatídio.

4. Nesta fase da mitose ocorre a rutura do centrómero e a formação de cromossomas só com um cromatídio:
(A) prófase.
(B) metáfase.
(C) anáfase.
(D) telófase.

5. As células tumorais têm


(A) baixa taxa de divisão, tal como os neurónios.
(B) elevada taxa de divisão, tal como os neurónios.
(C) elevada taxa de divisão, ao contrário das hemácias, dos neurónios e das células musculares.
(D) baixa taxa de divisão, tal como as células do fígado.

6. As afirmações seguintes dizem respeito à medicina regenerativa e à impressão 3D em células humanas. Selecione a opção
que as avalia corretamente.
I. A ocorrência de mitose origina sempre células geneticamente iguais.
II. A mutação pode ocorrer na bioimpressão devido ao crossing-over.
III. A regeneração tecidular pela bioimpressão depende diretamente da meiose e da manutenção do caráter haploide das
células.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; l é falsa.

7. Faça corresponder a cada uma das descrições da coluna A o termo da coluna B que identifica a respetiva fase do ciclo
celular humano.
Coluna A Coluna B
(a) Inicia-se com células diploides (2n). (1) Prófase
(b) Estrangulamento do citoplasma na zona equatorial. (2) Metáfase
(c) Ascensão polar dos cromossomas. (3) Anáfase
(d) Replicação de DNA. (4) Telófase
(e) O fuso acromático degenera. (5) Interfase
(f) Formação da placa equatorial. (6) Citocinese

8. No caso de implante de tecido humano obtido por bioimpressão 3D, a rejeição é uma ameaça possível. Com base no texto,
explique de que modo esta técnica diminui o risco de rejeição.
Reprodução
GRUPO I - Porque somos diferentes dos nossos pais?
De certeza que já lhe disseram que é parecido com o seu pai ou com a sua mãe, em relação a determinadas características.
Todos sabemos que os descendentes de uma geração se assemelham muito mais com os pais do que com qualquer outro indiví-
duo sem parentesco. A transmissão de características hereditárias não significa, contudo, que os filhos sejam cópias idênticas
dos pais ou de eventuais irmãos.
Para além das características hereditárias que nos tornam semelhantes aos nossos pais, também
existem muitas diferenças. Os mecanismos biológicos que contribuem para esta variabilidade
intrigaram os biólogos até ao desenvolvimento da genética, no século XX.

1. O esquema da figura 1 refere-se a uma célula com ___ pares de cromossomas e ____ cromatídios.
(A) 6 ... 12 (C) 3 ... 12
(B) 6 ... 6 (D) 3 ... 24

2. O esquema da figura 1 refere-se a uma célula com 2n = _____ cromossomas.


(A) 3 (C) 12
(B) 6 (D) 24

3. Se o conteúdo de DNA de uma célula diploide durante a fase G1 do ciclo celular é y, durante a metáfase da meiose I será de
_____ e na metáfase II será de _____.
(A) y/2 ... y/4 (C) y … y
(B) y … y/2 (D) 2y … y

4. Quantas moléculas de DNA estão representadas no esquema da figura 1?

5. Analise as designações que se seguem na coluna A e relacione-as com cada uma das opções da coluna B, correspondentes à
legenda da figura 1. Note que alguns números da coluna B podem ter mais do que uma correspondência.
Coluna A Coluna B
(a) Centrómero (1) A
(b) Cromatídios não irmãos (2) B
(c) Cromatídios-irmãos (3) C
(d) Par de cromossomas homólogos (4) D
(e) Cromossoma duplicado

6. A meiose é um tipo de divisão celular na qual uma célula


(A) diploide origina outra célula diploide. (C) diploide origina quatro células haploides.
(B) diploide origina duas células haploides. (D) haploide origina quatro células haploides.

7. A meiose II é semelhante à mitose porque


(A) os cromatídios-irmãos separam-se durante a anáfase. (C) as células-filhas são diploides.
(B) o DNA replica-se antes da divisão. (D) os cromossomas homólogos fazem sinapse.

8. As afirmações seguintes dizem respeito ao processo de divisão celular. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. A mitose consiste em duas divisões sucessivas.
II. Na divisão II da meiose, as células resultantes apresentam a mesma quantidade de DNA da célula que lhes deu origem.
III. Na divisão I da meiose ocorre a separação dos cromossomas homólogos.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) III é verdadeira; I e II são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

9. O ser humano apresenta 46 cromossomas nas suas células somáticas. No núcleo de um espermatozoide normal são
esperados:
(A) 23 cromossomas duplicados e 46 moléculas de DNA. (C) 46 cromossomas duplicados e 92 moléculas de DNA.
(B) 23 cromossomas simples e 23 moléculas de DNA. (D) 46 cromossomas simples e 46 moléculas de DNA.

10. Na síndroma de Down, também conhecida por trissomia 21, o indivíduo apresenta três cópias do mesmo cromossoma, em
vez de apenas duas. Que tipo de erros durante a meiose podem conduzir a esta anomalia genética?
(A) Não disjunção dos cromatídios-irmãos do cromossoma 21 durante a anáfase II da meiose paterna ou materna.
(B) Não separação do par 21 dos cromatídios-irmãos durante a anáfase I, originando uma célula com um cromossoma a mais e
outra com um cromossoma a menos.
(C) Paragem da divisão celular em telófase II.
(D) Junção dos cromossomas do par 21 durante a metáfase I.
11. Os produtos resultantes logo após a meiose no ser humano e no polipódio são
(A) gâmetas e esporos, respetivamente. (C) gâmetas e zigotos, respetivamente.
(B) esporos e gâmetas, respetivamente. (D) ambos gâmetas.

12. A fecundação e a meiose alternam durante os ciclos de vida sexuados. Nos seres humanos, por exemplo, os ovários e os
testículos produzem gâmetas haploides. Nas plantas, por exemplo no polipódio, anterídios e arquegónios produzem,
igualmente, gâmetas haploides.
Compare os ciclos de vida dos animais com os das plantas, mencionando semelhanças e diferenças.

13. A variabilidade genética é a matéria-prima da evolução. Para além das mutações, que introduzem novidade genética, a
variabilidade genética produzida nos indivíduos com reprodução sexuada constitui um aspeto importante em termos
evolutivos.
Indique e explique três aspetos que contribuem para esta enorme variabilidade genética.

GRUPO II
O dragão-de-komodo, Varanus komodoensis, é a maior espécie de lagarto existente na
Terra e é endémica da Indonésia. Estes répteis encontram-se sob ameaça devido à
diminuição do número de populações selvagens da espécie que, além do declínio acentuado
no número de indivíduos, vão ficando mais fragmentadas. Existem, por isso, várias
instituições que cooperam num programa internacional de criação em cativeiro de dragões-
de-komodo.
Em 2006, Watts e seus colaboradores deram a conhecer ao mundo dois casos isolados de
duas fêmeas em cativeiro que fizeram a postura de vários ovos sem terem qualquer con-
tacto com machos da espécie. Os ovos que não eram viáveis acabaram por ser analisados e,
através da técnica de DNA fingerprinting, concluiu-se que os mesmos teriam sido gerados a
partir do material genético da progenitora, sem que ocorresse fecundação (partenogénese).
A descendência era constituída exclusivamente por machos.

O sistema que determina o sexo destes répteis é o sistema ZW, por oposição ao sistema humano XY. As fêmeas de V.
komodoensis são ZW, enquanto os machos são ZZ. A combinação WW não permite a formação de um embrião viável.
Uma destas fêmeas foi depois cruzada com um macho, tendo produzido descendência (machos e fêmeas), pelo que foi possível
concluir que a partenogénese é uma estratégia reprodutiva facultativa para esta espécie.

1. O dragão-de-komodo é uma espécie que se pode reproduzir sexuada e assexuadamente, com 2n = 40 cromossomas. Os
descendentes resultantes de reprodução assexuada serão _____ e os descendentes originados por reprodução sexuada serão
_____.
(A) diploides haploides (C) haploides diploides
(B) diploides diploides (D) haploides haploides
2. A geração de dragões-de-komodo originada por partenogénese
(A) será constituída por clones da progenitora.
(B) terá genótipo igual à progenitora.
(C) teve todo o seu material genético doado pela progenitora.
(D) tem apenas metade do material genético e metade do número de cromossomas da progenitora.

3. Ao estabelecer um paralelo entre o processo partenogénico das fêmeas de V. komodoensis e o processo meiótico, pode
concluir-se que a formação do _____ corresponde à _____.
(A) primeiro corpo polar ... prófase II da meiose (C) primeiro corpo polar ... etapa reducional da meiose
(B) segundo corpo polar ... etapa reducional da meiose (D) segundo corpo polar ... prófase II da meiose

4. Se as condições forem ideais, nos dragões-de-komodo os gâmetas formam-se por


(A) mitose, sendo o seu ciclo de vida diplonte. (C) mitose, sendo o seu ciclo de vida haplodiplonte.
(B) meiose, sendo o seu ciclo de vida haplonte. (D) meiose, sendo o seu ciclo de vida diplonte.

5. Durante o desenvolvimento embrionário de V. komodoensis ocorre diferenciação celular, processo que


(A) envolve a regulação da transcrição de genes.
(B) origina a alteração do genoma nas células especializadas.
(C) implica a síntese de proteínas semelhantes em células com diferentes genomas.
(D) origina células totipotentes, cujo grau de diferenciação é máximo.

6. As afirmações seguintes dizem respeito ao processo reprodutivo de diferentes seres vivos. Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. A ocorrência de meiose origina sempre gâmetas.
II. A produção de esporos é sempre realizada através de meiose.
III. Na reprodução sexuada, a fecundação contribui sempre para o aumento da variabilidade genética.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

7. Faça corresponder a cada uma das descrições da coluna A o termo da coluna B que identifica a respetiva fase da meiose.
Coluna A Coluna B
(a) Os cromossomas homólogos migram para polos opostos da célula. (1) Prófase I
(b) Clivagem dos centrómeros e cada cromatídio passa a constituir um cromossoma (2) Metáfase I
independente. (3) Anáfase I
(c) Os pares de cromossomas homólogos encontram-se alinhados, formando a (4) Telófase I
placa equatorial. (5) Prófase II
(d) Trocas recíprocas de segmentos de cromatídios nos pontos de quiasma. (6) Metáfase II
(e) Os cromossomas atingem os polos da célula. Inicia-se a reorganização de quatro (7) Anáfase II
invólucros nucleares. (8) Telófase II

8. Com base nas informações fornecidas, explique de que forma a adaptação reprodutiva descrita no texto poderá ser
vantajosa para Varanus komodoensis.

Grupo III
Os ascomicetos são uma categoria de fungos produtores de esporos microscópicos. Estes esporos são produzidos no interior de
umas células alongadas (sacos) conhecidas como asci, que se situam numa estrutura maior — o asco. À medida que os esporos
maturam no asco, aumenta a pressão no seu interior até ocorrer a sua rutura, resultando na libertação rápida dos esporos.
Os fungos Penicillium, amplamente conhecidos pelas suas aplicações farmacêuticas e ao nível da indústria alimentar, são
exemplos de ascomicetos.
1. No ciclo de vida dos ascomicetos predomina a
(A) diplofase e a meiose é pós-zigótica. (C) diplofase e a meiose é pré-gamética.
(B) haplofase e a meiose é pós-zigótica. (D) haplofase e a meiose é pré-gamética.

2. No ciclo de vida dos ascomicetos verifica-se que


(A) o asco e os ascósporos apresentam diferente ploidia.
(B) a germinação dos ascósporos depende da ocorrência de divisões nucleares equacionais.
(C) a germinação dos ascósporos é responsável pela alternância de fases nucleares.
(D) os ascósporos produzidos são geneticamente idênticos.

3. Uma população de fungos ascomicetos terá maior capacidade de adaptação a possíveis alterações do meio durante a fase
______ do ciclo de vida e a produção de ascósporos ocorre quando as condições ambientais são _____.
(A) sexuada ... favoráveis (C) assexuada ... favoráveis
(B) sexuada ... desfavoráveis (D) assexuada ... desfavoráveis

4. As letras Y e Z representam, respetivamente, fenómenos de


(A) mitose e meiose. (C) cariogamia e meiose.
(B) meiose e mitose. (D) meiose e cariogamia.

5. Durante o ciclo de vida de ascomicetos, o processo que origina variabilidade genética da descendência através de
fenómenos de crossing-over ocorre na formação de _____, que posteriormente originam entidades pluricelulares _____.
(A) ascósporos diploides (C) gâmetas diploides
(B) ascósporos haploides (D) gâmetas haploides

6. Os fungos alimentam-se por _____, sendo a digestão _____.


(A) absorção ... intracorporal e extracelular. (C) ingestão ... extracorporal e extracelular.
(B) absorção ... extracorporal e extracelular. (D) Ingestão extracorporal e intracelular.

7. As micorrizas são associações simbióticas entre plantas (riza = raiz) e fungos (myco). Existem vários tipos de micorrizas,
sendo as mais comuns ectomicorrizas, nas quais o fungo se instala maioritariamente no exterior e nos espaços intercelulares
da raiz e endomicorrizas, em que o fungo invade o interior das células da raiz.
Avalie as vantagens desta associação para ambos os organismos envolvidos.

GRUPO IV - Inseto australiano combate invasão em Portugal


Pela primeira vez foi usado um inseto para controlar uma planta invasora na Europa. Uma minúscula vespa australiana da
espécie Trichilogaster acaciaelongifoliae foi trazida para travar a proliferação da acácia-de-espigas (Acacia longifolia) no litoral
português (figura 5). É um caso inédito que está a obter bons resultados.

O ser humano tem este talento de migrar e de se "espalhar" por todos os continentes. As plantas também. A maior parte é
transportada pelo ser humano. São cada vez mais raros os locais onde predominam espécies nativas: carvalhos, azinheiras,
sobreiros são bem portugueses; os jacarandás e as acácias não são plantas exóticas. Os jacarandás não prosperam muito mais
para lá da beleza que lhe reconhecem. Com os jacintos-de-água ou com as acácias acontece uma adaptação incrível e as
espécies exóticas rapidamente se tornam em invasoras, ameaçando os ecossistemas e a biodiversidade.
O inseto foi libertado pela primeira vez há um ano, na Europa continental (há duas libertações recentes, anteriores a 2015, no
Reino Unido). Esta é uma investigação que dura há uma dúzia de anos e que se demorou na autorização das autoridades
ambientais para a libertação do inseto. Os adultos da vespa emergem da acácia principalmente durante a primavera e o verão,
começando imediatamente a oviposição. Trata-se de uma espécie partenogénica (em que a maioria dos indivíduos adultos que
emerge das galhas são fêmeas e conseguem fazer a oviposição - nas gemas florais ou vegetativas, quando estas ainda são muito
pequenas - sem nunca encontrarem um macho). A postura dos ovos que conduz à formação das galhas (também conhecidas
como bugalhos) ocorre nas gemas florais antes da floração e depois das vagens (figura 6). Os ovos permanecem adormecidos
até ao final do inverno, momento em que eclodem e se começam a desenvolver galhas multiloculares. Cada larva ocupa uma
câmara discreta onde completa o seu desenvolvimento. A maioria das câmaras contém fêmeas que resultaram da fusão do
oócito II com um núcleo polar, no final da meiose, mas machos ocasionais podem também desenvolver-se em câmaras menores
na periferia das galhas.
A oviposição favorece a formação das galhas em vez das flores, pois abortam o desenvolvimento das
gemas, não ocorrendo a floração. Sem flor não há fruto e sem fruto não há semente, impedindo,
portanto, o potencial invasor da acácia-de-espigas.
As galhas representam uma reação da árvore contra a invasão, atuando como sumidouros de
nutrientes, o que acaba por atrasar o desenvolvimento da planta.

1. As vespas são animais


(A) gonocóricos e formam ovos com um cariótipo distinto dos seus progenitores.
(B) hermafroditas e formam ovos com o mesmo cariótipo dos seus progenitores.
(C) gonocóricos e formam ovos com o mesmo cariótipo dos seus progenitores.
(D) hermafroditas e formam ovos com um cariótipo distinto dos seus progenitores.

2. Nas vespas, a superfície respiratória assegura


(A) a difusão indireta de gases, através do sangue circulante.
(B) a difusão direta dos gases, cuja permuta com o exterior ocorre através dos espiráculos.
(C) uma reduzida taxa metabólica, por difusão direta dos gases.
(D) uma elevada taxa metabólica, por difusão indireta dos gases.

3. A maioria das câmaras contém fêmeas, que são indivíduos _____, tendo resultado de reprodução _____.
(A) haploides sexuada (C) diploides sexuada
(B) haploides ... assexuada (D) diploides ... assexuada

4. No ciclo de vida da vespa Trichilogoster acaciaelongifoliae verificam-se fenómenos de recombinação genética durante
____, sendo a meiose _____.
(A) o desenvolvimento dos vários estádios larvares … pré-gamética
(B) o desenvolvimento do ovo ... pós-zigótica
(C) a formação do oócito II e de três núcleos polares ... pré-gamética
(D) a formação de gâmetas … pós-zigótica

5. Tal como na vespa, no ciclo de vida da acácia verifica-se alternância de _____, sendo a meiose _____.
(A) fases nucleares pré-espórica (C) gerações ... pré-espórica
(B) fases nucleares ... pré-gamética (D) gerações ... pré-gamética

6. Ordene as letras de A a E, relativas ao ciclo de vida da acácia-de-espigas, uma angiospérmica (planta com flor), culminando
com a formação das vagens com sementes.
(A) Crescimento e diferenciação de células embrionárias diploides com a formação do esporófito.
(B) Diferenciação de gâmetas: oosfera e grãos de pólen.
(C) Recombinação genética em células diploides.
(D) Dupla fecundação com formação de uma entidade diploide e outra triploide.
(E) Formação de células haploides por meiose.

7. No ciclo de vida da acácia-de-espigas, qual das seguintes opções descreve o processo que conduz diretamente à formação
de gâmetas?
(A) Meiose do esporófito. (C) Mitose do esporófito.
(B) Meiose do gametófito. (D) Mitose do gametófito.

8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas a ciclos de vida, o respetivo termo ou expressão da
coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Estratégia de reprodução das vespas que corresponde a um processo (1) Partenogénese
rápido e com reduzido dispêndio de energia. (2) Reprodução sexuada
(b) Tipo de ciclo de vida da vespa Trichilogaster ocacioelongifoliae. (3) Prófase II
(c) Tipo de ciclo de vida da acácia-de-espigas. (4) Diplonte
(d) Formação de tétradas cromatídicas ou díadas cromossómicas. (5) Haplonte
(e) Segregação dos cromatídios. (6) Haplodiplonte
(7) Anáfase I
(8) Prófase I
(9) Anáfase II
(10) Metáfase I
9. Classifique em verdadeira (V) ou falsa (F) cada uma das afirmações seguintes, que dizem respeito à meiose e aos ciclos de
vida.
(A) O genoma refere-se ao conjunto de cromossomas cujas características são próprias de uma espécie.
(B) O mesmo gene desempenha a mesma função em diferentes células.
(C) A reprodução assexuada resulta numa descendência idêntica, a não ser que ocorra uma mutação.
(D) Na mitose, a prófase é, geralmente, a etapa do ciclo celular em que, normalmente, os cromossomas são fotografados.
(E) Uma espécie com um número de cromossomas 2n = 16 apresenta 32 cromossomas por célula.
(F) Todos os ciclos de vida apresentam em comum meiose, formação de gâmetas e fecundação.
(G) Nos animais, a meiose resulta na produção de gâmetas e a fecundação, na formação do zigoto.
(H) Após a telófase l, o arranjo cromossómico de cada célula é haploide, sendo a divisão I da meiose equacional.

10. Na África do Sul, a vespa dispersou-se eficazmente por locais de acácias, quer de regiões costeiras quer do interior. No
entanto, informação sobre a sua capacidade de dispersão natural está, em grande parte, ausente. As vespas fêmeas que não
encontram hospedeiro morrem dentro de três dias.
Explique, atendendo ao tipo de reprodução das vespas, por que razão a reprodução com intervenção de machos é mais
vantajosa para assegurar a sua sobrevivência e a sua capacidade de dispersão natural por outras florestas de acácias.
Evolução biológica
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I
A multicelularidade evoluiu em diversas linhagens eucarióticas, resultando no aparecimento de plantas, fungos e animais. Este
processo envolve a adesão célula a célula, o aumento da comunicação e da cooperação célula a célula e, por fim, a
especialização celular. Em alguns casos, pode ainda existir uma transição entre uma multicelularidade "simples" para uma
multicelularidade mais complexa.

Para que um agregado de células funcione como um organismo individualizado, é necessário um alinhamento genético das
células de forma a prevenir conflitos entre elas. O aumento de similaridade entre as mesmas favorecerá a sua colaboração. Os
organismos verdadeiramente multicelulares são capazes de produzir entidades semelhantes a si que herdam o seu material
genético (t ;w 2), restaurando o ciclo.

1. A multicelularidade surge como resposta à necessidade de as células


(A) crescerem, garantindo taxas metabólicas baixas.
(B) aumentarem de volume, mantendo elevada a superfície de contacto com o meio.
(C) amplificarem a produção de metabolitos essenciais.
(D) compartimentarem o espaço intracelular para tornar cada organelo especializado e mais eficiente.

2. A alga Volvox constitui ______ formado por células biflageladas _____.


(A) um ser colonial ... com elevado grau de especialização
(B) um ser pluricelular ... com elevado grau de especialização
(C) um ser colonial ... cujo grau de diferenciação é reduzido
(D) um ser pluricelular ... cujo grau de diferenciação é elevado

3. Segundo o modelo endossimbiótico, os cloroplastos e as mitocôndrias formaram-se, respetivamente, a partir de


(A) procariontes fotossintéticos e procariontes aeróbios. (C) procariontes quimiossintéticos e procariontes anaeróbios.
(B) procariontes fotossintéticos e procariontes anaeróbios. (D) procariontes quimiossintéticos e procariontes aeróbios.

4. A multicelularidade traduziu-se num aumento _____, devido à existência de _____, que conduziu a uma gestão mais
eficiente da energia metabólica.
(A) da capacidade de adaptação ao ambiente ... um elevado número de interligações celulares
(B) do volume celular ... uma maior área de contacto com o exterior
(C) da capacidade de adaptação ao ambiente ... células com o mesmo conteúdo genético
(D) do volume celular ... diferenciação celular
5. A espirogira é uma alga filamentosa e, por isso, _____, característica que é partilhada com alguns membros da família
_____.
(A) colonial ... Chlorophyceae (C) colonial ... Trebouxiophyceae
(B) multicelular Chlorodendrales (D) multicelular Ulvophyceae

6. O ciclo de vida representado pelo esquema B recorre à _____ como processo de formação de gâmetas e, no esquema D, há
formação de gâmetas por _____.
(A) mitose ... mitose (C) mitose ... meiose
(B) meiose … meiose (D) meiose ... mitose

7. Na figura 2, o ciclo de vida em que não ocorrem fenómenos de fecundação está representado pela letra
(A) A. (C) C.
(B) B. (D) D.

8. O ciclo de vida da figura 2 representado pela letra A é


(A) haplodiplonte, com meiose pós-zigótica. (C) haplodiplonte, com meiose pré-espórica.
(B) haploide, com meiose pós-zigótica. (D) haploide, com meiose pré-espórica.

9. A evolução de clorófitas e streptófitas deu-se no sentido de


(A) aumento de volume celular com redução das taxas metabólicas.
(B) aumento da complexidade dos organismos com surgimento de organismos multicelulares.
(C) diminuição do volume celular e das superfícies de trocas com o meio.
(D) diminuição da complexidade dos organismos.

10. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas ao aparecimento de células eucarióticas, o modelo
que melhor a explica e que consta da coluna B.
Coluna A Coluna B
(a) Células procarióticas fagocitaram células de menores dimensões. (1) Modelo autogénico
(b) Prolongamentos da membrana citoplasmática deslocaram-se para o interior do citoplasma, (2) Modelo endossimbiótico
originando compartimentos.
(c) Todo o DNA presente nas células tem uma origem comum.
(d) Nas células eucarióticas de um ser humano existe DNA nuclear e DNA mitocondrial.

11. A difusão consiste na forma mais simples de as células realizarem trocas com o meio e de comunicarem entre si. No
entanto, com o aparecimento da multicelularidade e com o aumento progressivo da complexidade dos organismos, a difusão
simples torna-se insuficiente para assegurar o bom funcionamento do organismo.
Explique, sucintamente, as implicações que a multicelularidade teve no processo evolutivo e de que forma contribuiu para
um aumento do grau de complexidade dos organismos.

Grupo II - O Homem da Atlântida


O Homem da Atlântida foi uma série americana exibida nos anos 80 do século XX que teve grande êxito em Portugal junto do
público mais jovem. O ator principal encarnava o suposto último sobrevivente da Atlântida. Apresentava guelras para respirar
debaixo de água e membranas entre os dedos das mãos e dos pés, que lhe conferiam a capacidade para nadar em águas
profundas. Possuía também uma visão especial para as profundezas do oceano, permitindo-lhe sobreviver em ambiente
marinho.
A Atlântida é uma ilha lendária que se terá afundado no oceano num único dia de infortúnio. A possível existência da Atlântida é
ainda atualmente discutida, sendo normalmente rejeitada. A sua localização é alvo de controvérsia, tendo sido apresentadas
várias possibilidades, como, por exemplo, sobre a dorsal médio-atlântica ou sobre a superfície da Antártida. Contudo, é uma
referência para todas e quaisquer suposições sobre civilizações pré-históricas perdidas.

1. Segundo o Lamarckismo, a justificação das membranas interdigitais nos homens da Atlântida seria explicada
(A) devido à lei do uso e desuso.
(B) devido à Lei da transferência de caracteres adquiridos.
(C) devido à lei do uso e desuso e à lei da transferência de caracteres adquiridos.
(D) por alterações somáticas.

2. O Lamarckismo é uma teoria


(A) evolucionista que admite a geração espontânea.
(B) evolucionista que nega a geração espontânea.
(C) fixista que admite a geração espontânea.
(D) fixista que nega a geração espontânea.
3. Para Darwin, a presença de guelras nos homens da Atlântida seria explicada
(A) pelo facto de os seres mais aptos a viverem nesse ambiente terem sofrido alterações somáticas devido ao uso das guelras.
(B) pela existência de variabilidade intraespecífica e devido à sobrevivência dos seres que as possuíam por seleção natural.
(C) pelo facto de os seres que não possuíam guelras terem sofrido evolução ao longo dos tempos, que levou ao seu
desenvolvimento.
(D) porque as guelras eram a única forma de conseguirem respirar em ambiente marinho.

4. A visão especial para as profundezas do oceano dos supostos homens da Atlântida seria explicada por Darwin por
(A) reprodução diferencial dos mais aptos.
(B) surgimento de mutações que favorecem a visão em meio marinho.
(C) seleção artificial que favoreceu a visão especial.
(D) uso da visão em meio marinho.

5. As membranas interdigitais dos homens da Atlântida são estruturas _____ às dos anfíbios, flamingos, patos, gaivotas e
outros seres com capacidade natatória e terão resultado de uma evolução _____ de seres inseridos em _____ similares.
(A) homólogas ... convergente ... ambientes (C) homólogas ... divergente ... nichos ecológicos
(B) análogas ... convergente ... ambientes (D) análogas ... divergente ... nichos ecológicos

6. Darwinismo foi fortemente influenciado pelo contexto religioso e pelo desenvolvimento da


(A) Biologia. (C) Ecologia.
(B) Paleontologia. (D) Mineralogia.

7. O náutilo é um organismo que representa uma Linhagem única, sobrevivente de uma longa época passada, razão por que
representa um fóssil
(A) de transição. (C) de idade.
(B) vivo. (D) de fácies.

8. Se a localização da Atlântida tivesse sido sobre a dorsal médio-atlântica, então o vulcanismo-tipo desse local seria
(A) intermédio explosivo. (C) misto efusivo.
(B) ácido explosivo. (D) básico efusivo.

9. Foram já encontrados fósseis de tubarões e outros animais marinhos na cordilheira do Atlas, em Marrocos. Explique a
presença de fósseis marinhos em lugares de grande altitude segundo uma abordagem fixista e segundo a teoria evolucionista.

Grupo III
Os primatas são uma ordem de mamíferos que engloba o ser humano, chimpanzés, gorilas, orangotangos, gibões, macacos e
ainda outros animais menos conhecidos, como os lémures, os társios e os lóris.
Contudo, entre os primatas, há estruturas bem distintas. Por exemplo, o pé dos humanos
é muito diferente do pé dos outros primatas. Nos outros primatas, o pé está adaptado à
vida nas árvores e, por isso, o dedo grande é oponível (como o das mãos) para poder
agarrar os troncos. No caso do ser humano, o dedo grande do pé não é oponível, porque
somos bípedes e a sua função é ajudar na propulsão do pé. O facto de sermos bípedes,
aliado à posição vertical que o ser humano adquiriu ao caminhar, para além de explicar o
posicionamento do dedo do pé, também justifica que a pélvis seja diferente nos humanos
e restantes primatas.
Quase todos os primatas têm cauda. A exceção são os hominoides (ser humano,
chimpanzé), que têm apenas uma reminiscência da cauda, o cóccix, no extremo inferior da
coluna vertebral. Apesar de este não servir a sua função original, é ainda um ponto de
fixação para vários músculos pélvicos (razão pela qual não desapareceu totalmente).
Em termos evolutivos, primeiro ocorreu a perda da cauda nos hominoides (círculo
vermelho na figura 4 e só bastante mais tarde é que o dedo grande do pé deixou de ser
oponível nos hominídeos (círculo lilás na figura 4).
A ontogenia e a filogenia são utilizadas para estudar a evolução das espécies. A ontogenia
refere-se ao estudo das origens e do desenvolvimento embrionário de um organismo. A
filogenia estuda as relações evolutivas entre grupos de organismos com base em dados
morfológicos e moleculares.

1. Os pés dos seres humanos e os dos restantes primatas são estruturas


(A) homólogas. (C) vestigiais.
(B) análogas. (D) convergentes.

2. As diferenças anatómicas entre os pés dos primatas devem-se à evolução


(A) divergente. (C) análoga.
(B) convergente. (D) homóloga.

3. Serão raras as estruturas _____ entre o Homem e os outros primatas, porque a ____ entre estas espécies é muito
recente, não tendo ocorrido tempo para uma evolução _____.
(A) homólogas ... divergência ... convergente (C) análogas ... divergência ... convergente
(B) homólogas ... convergência ... divergente (D) análogas ... convergência ... divergente

4. Os nossos ancestrais conseguiam mover as orelhas para a direção da fonte do som, mas, atualmente, os músculos das
orelhas já não são controláveis, razão por que são uma estrutura
(A) homóloga. (C) vestigial.
(B) análoga. (D) divergente.

5. De acordo com a figura 4, os ancestrais dos hominoides perderam a cauda


(A) no Mesozoico. (C) no Neogénico.
(B) no Paleozoico. (D) no Quaternário.

6. De acordo com a figura 4, os ancestrais dos seres humanos deixaram de ter o dedo grande do pé oponível
(A) no Paleozoico. (C) no Terciário.
(B) no Cenozoico. (D) no Quaternário.

7. As afirmações seguintes dizem respeito ao processo evolutivo dos seres vivos. Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. Quanto mais afastados filogeneticamente estiverem dois organismos, menor será o número de etapas ontogénicas comuns.
II. Organismos filogeneticamente mais próximos possuem maior semelhança nas proteínas e menor no DNA, fator que os
caracteriza.
III. Por evolução convergente, espécies que vivem em ambientes semelhantes adquirem estruturas que desempenham a mesma
função.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

8. Explique, à luz da perspetiva neodarwinista, por que motivo a variabilidade genética numa população é um pré-requisito
para a evolução.
Grupo IV - Coelhos da ilha de Porto Santo
Darwin, na sua obra de 1868 intitulada A variação dos animais e das plantas sob domesticação apresenta uma explicação para a
presença de coelhos na ilha de Porto Santo. Assim, em 1418 ou 1419, Bartolomeu Perestrelo levaria a bordo do barco uma
coelha domesticada prenha, que daria à luz uma ninhada durante a viagem. As suas crias foram libertadas na ilha. Estes animais
multiplicaram-se tão rapidamente que se tornaram uma praga, sendo uma das razões para o abandono da ilha pelos colonos.

Darwin examinou sete exemplares destes coelhos-bravos de Porto Santo, que,


apesar de apanhados em diferentes períodos, eram muito parecidos entre si,
mas muito diferentes dos coelhos-bravos ingleses (a biodiversidade dos coelhos
estudados por Darwin pode ser observada na Galeria da Biodiversidade, no
Porto - figura 7). Mas seriam os coelhos de Porto Santo uma nova espécie ou
apenas uma subespécie?
Se a história dos coelhos do Porto Santo não fosse conhecida, a maioria dos
naturalistas, ao observar as suas características particulares (o seu tamanho
muito reduzido, a sua cor avermelhada na parte superior do corpo e cinzenta
por baixo, sem cauda nem orelhas e com extremidades pretas), tê-los-iam
classificado como uma espécie distinta.

Estudos genéticos (figura 8) recentes conduzidos pelo Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, com
cientistas de outros países, provam que, afinal, a coelha-mãe era uma coelha-selvagem de Portugal continental não
domesticada. A espécie domesticada só chegaria a Portugal anos depois (figura 9).
Outros registos históricos sugerem que a domesticação ocorreu ainda mais cedo (por volta do ano 600) nos mosteiros da
Provença, no Sul de França, no entanto, os estudos realizados demonstram o contrário (figura 9).
A transformação de um animal selvagem num animal doméstico resulta da modificação de uma diversidade de genes ao nível do
cérebro e do sistema nervoso que influenciam de forma incontornável o comportamento.
Baseado em C. Darwin, The variation of animais and plants under domestication, 1868. doi: 10.1126/science.1253714

1. Segundo Darwin, os coelhos de Porto Santo são descendentes de uma coelha ____ proveniente da Península Ibérica, onde
predominam coelhos _____.
(A) domesticada ... domesticados
(B) domesticada... selvagens
(C) selvagem ... domesticados
(D) selvagem ... selvagens

2. Apresenta uma possível justificação para o facto de os coelhos se terem multiplicado rapidamente na ilha de Porto Santo.
3. Sem conhecerem a história de Porto Santo, a maioria dos naturalistas consideraria os coelhos uma espécie, no entanto,
novas descobertas
(A) nova ... concordam
(B) nova ... discordam
(C) mesma ... concordam
(D) mesma ... discordam

4. Os estudos posteriores para o estabelecimento das relações filogenéticas foram realizados com recurso à _____ e ____ a
ideia de Darwin sobre a coelha-mãe domesticada.
(A) bioquímica ... refutam
(B) biogeografia ... apoiam
(C) genética ... refutam
(D) citologia ... apoiam

5. De acordo com os estudos realizados, o coelho domesticado terá surgido _____, na região _____.
(A) há 2 milhões de anos ... da Península Ibérica
(B) há 2 milhões de anos ... do Sul de França
(C) entre os séculos XIV e XV ... da Península Ibérica
(D) entre os séculos XIV e XV ... do Sul de França

6. As orelhas do coelho de Porto Santo e as orelhas dos coelhos-bravos da Península Ibérica podem ser consideradas órgãos
(A) homólogos, por apresentarem a mesma estrutura.
(B) homólogos, por exercerem a mesma função.
(C) análogos, por apresentarem a mesma estrutura.
(D) análogos, por exercerem a mesma função.

7. A evolução da população de coelhos na ilha de Porto Santo a partir de coelhos da Península Ibérica pode ser comparável
com o mecanismo de evolução por
(A) mutações.
(B) deriva genética.
(C) seleção natural.
(D) fluxo genético.

8. No Sul da Europa, os coelhos apresentam um processo evolutivo


(A) divergente, por pressões seletivas idênticas.
(B) convergente, por pressões seletivas idênticas.
(C) convergente, por pressões seletivas diferentes.
(D) divergente, por pressões seletivas diferentes.

9. Oryctolagus cuniculus cuniculus e Oryctolagus cuniculus algirus pertencem _____ e Oryctolagus diz respeito ao _____.
(A) à mesma espécie ... nome do género
(B) à mesma espécie ... nome da família
(C) ao mesmo género ... restritivo específico
(D) à mesma família ... restritivo subespecífico

10. Numa perspetiva Darwinista, qual das seguintes afirmações pode ser rejeitada?
(A) As alterações ambientais têm um papel muito importante na evolução.
(B) A unidade evolutiva mais pequena é o organismo.
(C) Os indivíduos podem adquirir novas características à medida que respondem a novas situações ambientais.
(D) As populações naturais tendem a produzir uma descendência superior àquela que o ambiente é capaz de suportar.

11. Qual das seguintes afirmações representa a unidade mais simples que a seleção natural pode alterar?
(A) frequência genética de uma espécie.
(B) frequência genética de uma população.
(C) genoma de um indivíduo.
(D) fenótipo de um indivíduo.

12. Analise os dados da figura 8 e indique, justificando, quais são as populações de coelhos que terão maior capacidade de
sobrevivência perante um ambiente em mudança.
Unidade 8
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I
Ao longo da história dos seres vivos, os processos evolutivos
geram novas características que são então herdadas pelas
gerações subsequentes. Cada vez que uma nova característica
surge numa linhagem, vemos a origem de uma nova homologia.
Essa homologia é transmitida a todas as linhagens descendentes,
a menos que seja posteriormente perdida. O padrão formado pela
partilha de homologias entre as espécies fornece evidências da
descendência comum dos organismos e permite reconstruir uma
história evolutiva ramificada (figura 1). Os ramos da árvore
organizam essas espécies segundo uma hierarquia.

Baseado em Hickman et. al, Integrated Principies Of Zoology, 2001

1. Estruturas homólogas são estruturas presentes em diferentes


organismos e que têm
(A) a mesma origem embriológica mas organização estrutural
diferente, desempenhando funções idênticas.
(B) origem embriológica distinta, desempenhando funções
idênticas.
(C) a mesma origem embriológica e o mesmo plano de
organização, desempenhando diferentes funções.
(D) origem embriológica distinta, desempenhando diferentes
funções.

2. As estruturas homólogas comuns ao género Rheo e ao género Dromaius estão assinaladas com os números
(A) 1, 2, 3 e 4. (C) 5, 6, 7 e 9.
(B) 4, 5 e 6. (D) 7, 8 e 9.

3. O sistema de classificação presente na figura 1 é um sistema


(A) prático e horizontal (C) prático e natural
(B) racional e natural (D) racional e vertical

4. Pode afirmar-se que no esqueleto de um Casuarius poderemos encontrar a(s) estrutura(s) homóloga(s)
(A) 1, 2, 3, 4, 6, 10. (C) 6, 10.
(B) 6, 9, 10. (D) 6.

5. Todos os indivíduos presentes na figura 1 têm em comum os taxa


(A) família e género. (C) reino, filo e classe.
(B) reino e filo. (D) classe, família e género.

6. As afirmações seguintes dizem respeito aos sistemas de classificação. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. A designação dos grupos superiores à espécie tem carácter binominal.
II. O reino é a unidade básica de classificação e representa um grupo natural constituído por indivíduos que partilham um
elevado número de estruturas homólogas.
III. Dois seres vivos são tanto mais próximos quanto maior for o número de taxa comum.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas.
(C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

7. Atualmente, as estruturas taxonómicas baseiam-se nos conceitos da


cladística, distribuindo os taxa numa árvore filogenética. Se um taxon inclui
todos os descendentes de uma forma ancestral, é designado por taxon
monofilético. Quando o inverso acontece, o taxon é designado por parafilético.
Os taxa que incluem diversas formas ancestrais são designados por polifiléticos.
Tendo em conta a figura 2, classifique o grupo dos répteis e das aves
(monofilético, parafilético e polifilético) e, seguidamente, explicite a utilidade
dos sistemas de classificação, considerando o exemplo apresentado.
Grupo II
Em 1969, Whittaker propôs um sistema de classificação em cinco reinos
(figura 3), no qual os fungos passam a constituir um reino independente.
Os cincos reinos - Plantae, Fungi, Animalia, Protista e Monera - agrupavam
os organismos vivos de acordo com os dados paleontológicos, mas
também englobavam já algumas das descobertas mais recentes nos
campos da Bioquímica.
Alguns anos mais tarde, contudo, Carl Woese e George Fox viriam a
sugerir um novo tipo de classificação, a classificação em domínios, com
base numa análise molecular detalhada, fundamentada na comparação da
sequência de RNA ribossómico de várias espécies.
Material e resultados:
1 - Utilizou-se o RNA da subunidade menor do ribossoma (16S para os
procariotas e 18S para os eucariotas).
2 - Os RNA provenientes de diferentes organismos foram depois
degradados pela T1 RNase e os fragmentos resultantes dessa digestão
foram separados por ação de um campo elétrico (eletroforese).
3 - Compararam-se os oligonucleótidos obtidos para cada espécie utilizada
(representativas dos diferentes reinos) e estabeleceram-se coeficientes de
semelhança entre as mesmas. Os resultados publicados no trabalho de
Woese e Fox (1977) apresentam-se compilados na tabela 1.

Tabela 1 - Coeficiente de associação entre membros representativos dos diferentes reinos.


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13
Sacchoromyces cerevisiae, 185 - 0,29 0,33 0,05 0,06 0,08 0,09 0,11 0,08 0,11 0,11 0,08 0,08
Lemna minor, 185 0,29 - 0,36 0,10 0,05 0,06 0,10 0,09 0,11 0,10 0,10 0,13 0,07
Célula animal, 18S 0,33 0,36 - 0,06 0,06 0,07 0,07 0,09 0,06 0,10 0,10 0,09 0,07
Escherichia coli 0,05 0,10 0,06 - 0,24 0,25 0,28 0,26 0,21 0,11 0,12 0,07 0,12
Chlorobium vibrioforme 0,06 0,05 0,06 0,24 - 0,22 0,22 0,20 0,19 0,06 0,07 0,06 0,09
Bacillus firmus 0,08 0,06 0,07 0,25 0,22 - 0,34 0,26 0,20 0,11 0,13 0,06 0,12
Corynebacterium diphtheriae 0,09 0,10 0,07 0,28 0,22 0,34 - 0,23 0,21 0,12 0,12 0,09 0,10
Aphanocapea 6714 0,11 0,09 0,09 0,26 0,20 0,26 0,23 - 0,31 0,11 0,11 0,10 0,10
Cloroplasto (Lemna) 0,08 0,11 0,06 0,21 0,19 0,20 0,21 0,31 - 0,14 0,12 0,10 0,12
Methanobacterium thermoautotrophicum 0,11 0,10 0,10 0,11 0,06 0,11 0,12 0,11 0,14 - 0,51 0,25 0,30
M. ruminantium, estirpe M-1 0,11 0,10 0,10 0,12 0,07 0,13 0,12 0,11 0,12 051 - 0,25 0,24
Methanobacterium sp., estirpe JR-1 0,08 0,13 0,09 0,07 0,06 0,06 0,09 0,10 0,10 0,25 0,25 - 0,32
Methanosarcina barkeri 0,08 0,07 0,07 0,12 0,09 0,12 0,10 0,10 0,12 0,30 0,24 0,32 -

Pela análise de resultados, foi possível evidenciar a existência de três linhagens evolutivas distintas, a que Woese chamou
"domínios", resultando na criação de uma "árvore evolutiva" que é hoje amplamente conhecida e utilizada (figura 4).

Baseado em Whittaker, Science, 1969; Woese e Fox, Proc. Natl. Acad. Sci., 1977
1. No estudo realizado por Woese e Fox, foi possível observar que
(A) Lemna minor é evolutivamente próxima de Bacillus firmus.
(B) cloroplastos de Lemna minor têm rRNA muito semelhante ao rRNA de Lemna minor.
(C) Escherichia coli tem elevada proximidade filogenética com Bacillus firmus.
(D) Methanosarcina barkeri poderá ser incluída no mesmo domínio que Bacillus firmus.

2. Pela análise do estudo de Woese e Fox pode concluir-se que


(A) Methanosarcina barkeri integra o domínio Archaea.
(B) Escherichia coli integra o domínio Archaea.
(C) Methanobacterium thermoautotrophicum integra o domínio Bacteria.
(D) Saccharomyces cerevisiae integra o domínio Bacteria.
3. O estudo evidenciou que S. cerevisiae pertence
(A) ao mesmo domínio que Lemna minor. (C) ao mesmo domínio que E. coli.
(B) a um domínio diferente do domínio da célula animal. (D) ao mesmo domínio da célula animal e E. coli.

4. Segundo Whittaker, as bactérias pertencem ao reino _____, enquanto na classificação por domínios estas poderão
encontrar-se _____.
(A) Protista ... apenas no domínio Bacteria. (C) Protista ... no domínio Bacteria e no domínio Archaea.
(B) Monera ... no domínio Archaea e no domínio Bacteria. (D) Monera ... em qualquer um dos três domínios.

5. Pelo sistema de classificação de Whittaker, só existem seres produtores


(A) no reino Plantae. (C) nos reinos Plantae e Protista.
(B) nos reinos Plantae e Fungi. (D) nos reinos Plantae, Protista e Monera.

6. No sistema de classificação em reinos, todos os organismos pertencentes ao reino Fungi são


(A) heterotróficos e macroconsumidores. (C) heterotróficos por absorção e multicelulares.
(B) heterotróficos por absorção e eucarióticos. (D) heterotróficos com presença de parede celular.

7. Explique em que medida os dados apresentados na tabela 1 suportam a teoria endossimbiótica.

8. No estudo apresentado, Woese e Fox escolheram o RNA ribossómico como biomolécula para a análise das relações
filogenéticas entre diferentes reinos.
Sugira uma explicação para o facto, referindo as vantagens associadas à utilização do RNA ribossómico no referido estudo.

Grupo III
As espécies modernas de felídeos descendem de processos relativamente recentes de divergência e especiação 11 milhões de
anos). No sentido de aferir a história evolutiva destes animais, realizou-se uma análise molecular detalhada para descobrir os
fenómenos de divergência para todas as espécies de felinos atualmente existentes. Esta análise incidiu sobre o DNA
autossómico, DNA do cromossoma X, DNA do cromossoma Y e segmentos de genes mitocondriais (22 789 pares de bases), que
definiram oito linhagens principais de felinos que terão tido origem em, pelo menos, 10 migrações intercontinentais facilitadas
pelas variações do nível médio das águas do mar.

Baseado em Johnson et al., Science, 2006; doi: 10.1126/science.1122277


1. Felis catus, Felis margarita e Acinonyx jubatus pertencem à família Felidae. As afirmações seguintes dizem respeito à sua
taxonomia.
I. Felis catus e Felis margarita pertencem à mesma espécie.
II. Felis margarita e Acinonyx jubatus pertencem à mesma classe.
III. Felis catus e Acinonyx jubatus têm maior número de taxa em comum do que Felis margarita e Acinonyx jubatus.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e II são verdadeiras; III é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) III é verdadeira; I e II são falsas.
2. Segundo o sistema de classificação de Whittaker modificado, um ser vivo é incluído inequivocamente no reino Animal se
for
(A) eucarionte e se se alimentar por ingestão. (C) eucarionte e heterotrófico.
(B) multicelular e se se alimentar por ingestão. (D) multicelular e heterotrófico.

3. O ancestral assinalado com a letra A é


(A) exclusivo de Felis chaus. (C) apenas comum a Felis chaus, Felis nigripes e Felis margarita.
(B) comum a todo o género Felis. (D) exclusivo de Felis nigripes.

4. Os ancestrais assinalados com as letras B e D


(A) deram origem a diferentes famílias. (C) têm C como ancestral comum.
(B) são comuns a um mesmo género. (D) não têm qualquer taxa em comum.

5. A análise da figura 5 permite afirmar que


(A) as espécies Leopardus pardalis e Caracal serval apresentam um ancestral comum mais recente do que as espécies Felis
catus e Acinonyx jubatus.
(B) a espécie Lynx pardinus partilha mais informação genética com a espécie L. tigrinus do que com a espécie Caracal caracal.
(C) a espécie Neofelis nebulosa partilha mais informação genética com a espécie Prionodon linsang do que com a espécie
Panthera leo.
(D) as espécies P. tigris e L. tigrinus apresentam um ancestral comum mais recente do que as espécies Otocolobus manul e P.
planiceps.

6. As bifurcações da figura 5 representam


(A) a ocorrência de fenómenos de especiação. (C) o aparecimento de um novo taxon.
(B) a possibilidade de convergência num grupo filogenético. (D) extinções em massa ocorridas durante a história evolutiva.

7. A figura corresponde a um sistema de classificação


(A) vertical e fenético. (C) horizontal e fenético.
(B) vertical e filogenético. (D) horizontal e filogenético.

8. Explique de que forma as migrações e as variações do nível médio do mar poderão estar na origem do aparecimento de
novas espécies (especiação).

Grupo IV - Filogenia e biogeografia dos sapos-parteiros, Alytes spp.


Na atualidade estão descritas cinco espécies de sapos-parteiros (Alytes spp.), distribuídas essencialmente pela região
mediterrânica ocidental (figura 6), que apresentam características morfológicas e genéticas distintas. Vários estudos têm sido
levados a cabo com base em dados morfológicos, imunológicos e genéticos para reconstruir a sua biogeografia histórica.

1 Máxima parcimónia é um método utilizado em filogenia computacional para estimar filogenias. De acordo com este método, a árvore filogenética preferida é
aquela que requer a menor mudança evolutiva para explicar alguns dados observados.
2 Bootstrap é uma técnica utilizada para avaliar o grau de confiança das filogenias reconstruídas.
3 Máxima verosimilhança é um método para estimar os parâmetros de um modelo estatístico, sem necessidade de estudar uma dada característica em todos os

animais.

A análise filogenética do género incidiu, numa primeira etapa, na sequenciação parcial de dois genes mitocondriais e no estudo
da variação morfológica de caracteres osteológicos de amostras representativas de todas as espécies e subespécies do género
Alytes.
Os resultados parecem, assim, ser congruentes com o reconhecimento de três subgéneros no seio do género Alytes:
1. Alytes, que inclui apenas o sapo-parteiro-comum (A. obstetricans);
2. Ammoryctis, constituído pelo sapo-parteiro-ibérico (A. cisternasii);
3. Baleaphryne, que engloba as espécies A. dickhilleni, A. maurus e A. muletensis.
Baseado em M. Gonçalves, História Evolutiva dos Sapos-Parteiros (Alytes spp.) na Península Ibérica, 2007
1. Os resultados obtidos neste trabalho mostram a existência de uma diferenciação relativamente ____ entre A. cisternasii e
as restantes espécies do género e de um grupo-irmão entre _____ e A. dickhilleni.
(A) elevada ... A. muletensis (C) baixa ... A. muletensis
(B) elevada ... A. cisternasii (D) baixa ... A. cisternasii

2. A classificação apresentada para o género Alytes é


(A) racional e filogenética. (C) prática e natural.
(B) racional e natural. (D) prática e filogenética.

3. Alytes obstetricans e Alytes cistemasii são sapos que pertencem ______ e _____.
(A) ao mesmo género ... à mesma espécie (C) à mesma espécie ... ao mesmo reino
(B) ao mesmo género ... à mesma família (D) à mesma espécie ... à mesma ordem

4. Na designação científica do sapo-parteiro,


(A) Alytes corresponde ao género e obstetricans, à espécie.
(B) Alytes corresponde ao género e cisternasi, ao epíteto subespecífico.
(C) Alytes cisternasii corresponde à espécie.
(D) Alytes obstetricans corresponde à espécie.

5. Os sapos dos grupos taxonómicos Alytes obstetricans e Alytes cisternasi pertencem à mesma _____ apresentando esses
organismos _____ diversidade de características do que os incluídos no fito Chordata.
(A) espécie ... maior (C) ordem ... maior
(B) espécie ... menor (D) ordem ... menor

6. A análise das sequências cyt-b e 16S permite a construção da árvore filogenética da figura 7 com base em argumentos
______ e a representação da filogenia pode basear-se em caracteres ______.
(A) citológicos ... homólogos que resultam de pressões seletivas diferentes
(B) citológicos ... análogos que resultam de pressões seletivas semelhantes
(C) bioquímicos ... homólogos que resultam de pressões seletivas diferentes
(D) bioquímicos ... análogos que resultam de pressões seletivas semelhantes

7. Qual dos exemplos que se segue irá, provavelmente, garantir que duas espécies relativamente próximas persistam como
espécies diferentes?
(A) Colonização de novos habitats. (C) Evolução convergente.
(B) Isolamento reprodutivo entre si. (D) Hibridização.

8. A especiação
(A) ocorre a um ritmo tão lento que dificilmente conseguimos assistir ao surgimento de uma nova espécie.
(B) ocorre apenas pela acumulação de mudanças genéticas em vastas extensões de tempo.
(C) pode envolver alterações referentes a um único gene.
(D) ocorre a um ritmo uniforme em todos os taxa.

9. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A o respetivo termo ou expressão da coluna B que a identifica.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Fenómeno evolutivo que origina uma população com um fundo genético mais reduzido. (1) Efeito fundador
(b) Seleção que favorece os indivíduos com características que se encontram em ambos os (2) Indivíduo
extremos de distribuição. (3) Ambiente
(c) Unidade evolutiva segundo Darwin. (4) Especiação simpátrica
(d) Unidade evolutiva segundo Lamarck. (5) População
(e) Agente ativo de acordo com a perspetiva darwinista. (6) Gene
(7) Seleção natural disruptiva
(8) Espécie
(9) Mutações

10. Uma árvore filogenética


(A) permite recuar no tempo até à origem da vida na Terra.
(B) tem na base o ancestral comum a todos os taxa referidos na árvore.
(C) ilustra a evolução genética que ocorreu no início da história da Terra.
(D) apresenta sempre poucas ramificações.

11. Explique, tendo por base os resultados, por que razão esta análise não permitiu esclarecer a posição filogenética de A. o.
olmogovorii.
Geologia, problemas e materiais do quotidiano
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I
Documento 1
Amontoados de areia maltratados e frágeis constituem um importante património
nacional, não só pela fauna e flora que neles habitam mas também do ponto de
vista geomorfológico, como um sistema importante de preservação costeira.
O mar, à semelhança de outros agentes erosivos, exerce importantes ações
erosivas, transporte e sedimentação (figura I). A ação erosiva do mar sobre a costa
depende, entre outros fatores, da dureza das rochas, da inclinação das camadas e
do grau de fraturação das rochas. À medida que a costa se vai desmoronando,
ocorre o consequente recuo da mesma e forma-se uma zona de fraco declive - a
plataforma de abrasão marinha.
As causas deste fenómeno têm motivado diversos trabalhos de investigação e
preocupações das populações ribeirinhas e de grupos com interesses relacionados
com os recursos naturais costeiros.
Documento 2
O sistema Cávado-Rabagão-Homem é composto por várias barragens implantadas
nesses mesmos percursos fluviais para aproveitamentos hidroelétricos: Paradela,
Salamonde, Caniçada, Alto Cávado, Alto Rabagão (figura 2), Venda Nova, Vilarinho
das Furnas e Penide.

1. A expressão "amontoados de areia maltratados e frágeis" refere-se a formas


de ______ denominadas ______ que ajudam a impedir o avanço das águas do
mar para o interior dos continentes.
(A) erosão ... praias (C) erosão ... dunas
(B) deposição ... praias (D) deposição ...
dunas

2. A bacia hidrográfica do rio Cávado, cuja foz está situada em Esposende, refere-
se
(A) a toda a área drenada pelo rio Cávado e pelos seus afluentes.
(B) ao conjunto de todos os tributários que desaguam no rio Cávado.
(C) ao curso de água definido pelo rio Cávado.
(D) às albufeiras das barragens do rio Cávado, zonas de grande acumulação de água.

3. Ao ocorrer um recuo da tinha de costa, a sequência estratigráfica materializada pelo avanço do mar é formada por
sedimentos
(A) litorais, fluviais e lagunares. (C) fluviais, lagunares e litorais.
(B) Litorais, lagunares e fluviais. (D) fluviais, litorais e lagunares.

4. Os depósitos gerados em ambiente eólico são _______ calibrados, arredondados e _______.


(A) bem ... baços (C) mal ... baços
(B) bem ... brilhantes (D) mal ... brilhantes

5. No rio Cávado, de montante para jusante,


(A) o perfil longitudinal torna-se mais acentuado e o perfil transversal torna-se mais extenso.
(B) o perfil longitudinal torna-se menos acentuado e o perfil transversal torna-se mais extenso.
(C) o perfil longitudinal torna-se mais acentuado e o perfil transversal torna-se menos extenso.
(D) o perfil longitudinal torna-se menos acentuado e o perfil transversal torna-se menos extenso.

6. Ordene as letras de A a F, de modo a reconstituir a sequência de fenómenos que caracterizam as áreas X e Y, após a construção
da barragem do Alto Cávado, iniciando pela letra A.
(A) Alargamento do perfil transversal do rio com formação de uma albufeira.
(B) A velocidade da corrente do rio Cávado diminui na interface com a albufeira.
(C) Deposição de sedimentos, criando um perfil com menor declive.
(D) Reinício da ação erosiva vertical.
(E) Redução brusca da competência do rio.
(F) Transporte de materiais de grandes dimensões, angulares e mal calibrados.
7. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas a medidas de prevenção dos efeitos causados pelo
avanço do mar, o respetivo termo ou expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Obra de engenharia transversal à linha de costa. (1) Paredão
(b) Obra de engenharia longitudinal à linha de costa e aderente à mesma. (2) Dique
(c) Obra paralela à costa e destacada da mesma. (3) Molhes
(d) Longas paredes construídas na entrada dos portos para quebrar a ondulação e permitir o (4) Restinga
abrigo das embarcações. (5) Plataforma de abrasão
(e) Depósitos de rochas que visam diminuir a atividade abrasiva das ondas. (6) Quebra-mar
(7) Enrocamento
(8) Esporão

8. “À medida que a costa se vai desmoronando, ocorre o consequente recuo da mesma e forma-se uma zona de fraco declive -
a plataforma de abrasão marinha."
A erosão costeira pode estar relacionada com múltiplos fatores. Embora alguns desses fatores possam ser considerados
naturais, outros são consequência direta ou indireta das atividades antrópicas.
Explique de que modo o contexto tectónico, as variações do nível médio das águas do mar, a quantidade de sedimentos
fornecidos ao litoral e as atividades antropogénicas contribuem para modelar as zonas costeiras.

Grupo II
O arquipélago da Madeira, localizado no oceano Atlântico, compreende as ilhas da Madeira, Porto Santo, Desertas e Selvagens. A
ilha da Madeira, a maior ilha do arquipélago, terá resultado de processos de vulcanismo, com a sucessiva acumulação de material
explosivo e efusivo. No que se refere à geologia local, a ilha pode ser dividida em três unidades principais: a unidade basal
(Miocénico superior a Pliocénico), que consiste maioritariamente em brechas vulcânicas e depósitos piroclásticos; a unidade
média (Pliocénico a Pleistocénico), composta essencialmente por lavas basálticas alcalinas; e a unidade superior (Pleistocénico a
Holocénico), que compreende principalmente cones constituídos por escória vulcânica e lavas vulcânicas.

Em fevereiro de 2010, chuvas intensas desencadearam numerosos movimentos de massa ao longo das vertentes, um pouco por
toda a ilha. Alguns dias após o intenso evento de precipitação, iniciou-se um levantamento de dados que incidiu no mapeamento
e descrição dos diversos movimentos de vertente ocorridos em 120 locais da ilha.
O estudo realizado incidiu, entre outros fatores, na avaliação da influência do tipo de litologia existente nos locais, do tipo de
cobertura do solo e da altitude/elevação, encontrando-se os resultados sumarizados na figura 4.
1. No estudo desenvolvido após os deslizamentos de vertente, o tipo de litologia e altitude constituem _______ e o _______
representa a variável de resposta.
(A) variáveis independentes ... tipo de cobertura
(B) variáveis dependentes ... número de ocorrências
(C) variáveis independentes ... número de ocorrências
(D) variáveis dependentes ... tipo de cobertura

2. No caso estudado, a água atuou como fator _____, tendo diretamente _______ a fricção entre grãos.
(A) desencadeante ... aumentado
(B) condicionante ... aumentado
(C) condicionante ... reduzido
(D) desencadeante ... reduzido

3. Para que ocorra movimento de massa ao longo de uma vertente, é necessário que
(A) o atrito seja superior à componente normal da força gravítica.
(B) as forças de resistência sejam superiores à componente normal da força gravítica.
(C) a componente normal da força gravítica seja superior à componente tangencial da força gravítica.
(D) as forças de resistência sejam inferiores à componente tangencial da força gravítica.

4. Pelo estudo conduzido, pode concluir-se que


(A) as altitudes elevadas desencadeiam movimentos de massa, por aumentarem a instabilidade das vertentes.
(B) as unidades litológicas que contêm depósitos piroclásticos apresentam maior estabilidade do que as unidades litológicas
compostas por escoadas lávicas.
(C) a cobertura urbanizada é muito suscetível à ocorrência de movimentos de massa, devido à fraca drenagem.
(D) a conversão de florestas em campos agrícolas contribui para a ocorrência de movimentos de massa ao Longo das vertentes.

5. Se estudos geotectónicos revelarem um elevado potencial de ocorrência de movimentos em massa num dado local, poderá
ser adotada como medida preventiva
(A) a estabilização dos materiais geológicos que possam constituir perigo, através de pregagens.
(B) a remoção da cobertura vegetal para diminuir a carga sobrejacente à vertente.
(C) a remoção de material na base do talude.
(D) a manutenção dos solos à máxima saturação de água para proporcionar maior coesão entre as partículas.
6. Ordene as letras de A a F, relativas aos processos que culminam na ocorrência de deslizamentos de massa.
(A) Rutura dos materiais.
(B) Aumento da instabilidade da vertente pela ação conjunta de dois fatores.
(C) Desflorestação para utilização de matérias-primas nas indústrias.
(D) Saturação dos materiais da vertente.
(E) Precipitação intensa num curto espaço de tempo.
(F) A razão FR/CT (força de resistência/componente tangencial gravítica) atinge um valor menor que 1.

7. Faça corresponder a cada uma das designações da coluna A o respetivo termo da coluna B que as classifica relativamente à
sua intervenção nos movimentos de vertente.
Coluna A Coluna B
(a) Contexto geológico (1) Fator desencadeante
(b) Precipitação (2) Fator condicionante
(c) Atividade sísmica
(d) Gravidade
(e) Inclinação do terreno
(f) Variações de temperatura
(g) Vegetação
(h) Atividade vulcânica.

8. O tipo de fitologia de um dado local influencia a ocorrência de movimentos de vertente, principalmente quando existe uma
densa rede de diáclases no maciço rochoso.
Explique de que forma a existência de diáclases pode facilitar a ocorrência de movimentos de massa ao longo de uma vertente.

Grupo III
As rochas ígneas resultam da cristalização do magma. Apesar de todas resultarem de processos de magmatismo, existe uma
grande diversidade de rochas ígneas, sendo estas agrupadas em "famílias", como esquematiza a figura 5.

1. O granito e o riólito são rochas ______, dado o predomínio de minerais como ______.
(A) leucocratas ... feldspato potássico e plagióclases cálcicas
(B) melanocratas ... piroxenas e biotite
(C) leucocratas ... quartzo e plagióclases sódicas
(D) melanocratas ... olivina e anfíbolas

2. Se um granito se tiver formado há, aproximadamente, 320 M.a., tempo que corresponde a duas semividas do isótopo-pai X,
será de esperar que este contenha, atualmente,
(A) 75% da quantidade inicial de X. (C) 25% da quantidade inicial de X.
(B) 50% da quantidade inicial de X. (D) 12,5% da quantidade inicial de X.
3. Se um basalto possuir cristais de olivina visíveis a olho nu, poderá inferir-se que o magma
(A) consolidou a baixa velocidade. (C) consolidou em diferentes momentos.
(B) consolidou a grande profundidade. (D) consolidou a elevada temperatura.

4. Se uma rocha apresentar coloração escura e textura fanerítica, pode inferir-se que o magma cristalizou
(A) rapidamente, tendo ocorrido, principalmente, formação de minerais ferromagnesianos.
(B) lentamente, formando-se, essencialmente, minerais com elevado ponto de fusão.
(C) lentamente, formando-se, essencialmente, minerais com baixo ponto de fusão.
(D) rapidamente, tendo ocorrido, principalmente, formação de minerais silicatados.

5. O basalto, relativamente ao peridotito, apresenta, geralmente,


(A) menor ponto de fusão e menor percentagem de olivina na sua constituição.
(B) maior ponto de fusão e maior percentagem de plagióclase cálcica ria sua constituição.
(C) menor ponto de fusão e menor percentagem de anfíbola na sua constituição.
(D) maior ponto de fusão e menor percentagem de piroxena na sua constituição.

6. As afirmações seguintes dizem respeito aos processos de magmatismo. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. As soluções hidrotermais podem preencher fendas e diáclases, originando filões.
II. Um magma basáltico pode diferenciar-se num magma riolítico.
III. O quartzo, por se formar a temperaturas mais baixas, é um mineral pouco resistente à erosão.
(A) I. é verdadeira; II e III são falsas.
(B) I. e II. são verdadeiras; III é falsa.
(C) II. e III. são verdadeiras; I é falsa.
(D) II é verdadeira; I e III são falsas.

7. No grupo das plagióclases, a albite e a oligóclase são minerais isomorfos, pois


(A) apresentam a mesma composição química, mas estrutura cristalina diferente.
(B) possuem composição química distinta, mas estrutura cristalina idêntica.
(C) apresentam composição química e estrutura cristalina idênticas, mas cor diferente.
(D) possuem a mesma estrutura cristalina, mas dureza diferente.

8. A olivina e a piroxena contêm, frequentemente, ferro na sua composição. A alteração _____ destes minerais provoca a
passagem de Fe2+ a Fe3+ , o que constitui um processo de meteorização que ocorre por _____.
(A) física ... oxidação (C) química ... oxidação
(B) física ... hidrólise (D) química ... hidrólise

9. O basalto, apesar de ser quimicamente e mineralogicamente semelhante ao gabro, é uma rocha muito mais abundante,
principalmente na crusta terrestre. Da mesma forma, apesar da similaridade mineralógica entre granitos e riólitos, os granitos
apresentam mais expressividade na crusta terrestre do que os riólitos.
Explique, tendo em consideração as condições de formação das referidas rochas, as diferenças encontradas entre a abundância
relativa de basaltos e gabros e entre granitos e riólitos, na crusta terrestre.

Grupo IV
A jazida fossilífera de Cacela (figura 6) localiza-se na extremidade nascente do Parque Natural da Ria Formosa (PNRF). Aqui afloram
rochas sedimentares de idade tortoniana (Miocénico superior), ocorrendo uma grande diversidade de fósseis de moluscos bivalves
e gastrópodes em excelente estado de conservação.
A riqueza e a diversidade das associações presentes, sobretudo
de invertebrados, o excelente estado de preservação dos
fósseis que aqui se encontram, a existência de vestígios de
coloração em alguns exemplares e a forma como muitos se
encontram preservados em posição de vida fazem desta jazida
um local a preservar e a proteger, dado o património
paleontológico aí existente.
O Miocénico superior está particularmente bem representado
no Algarve. A formação de Cacela (figura 7) contém
conglomerados de base, arenitos de grão fino e arenitos ricos
em carbonatos, apresentando uma grande abundância de
moluscos, peixes, ostracodes, foraminíferos e plâncton com
estruturas calcárias.
1. Vestígios de organismos como bivalves, gastrópodes e foraminíferos são comummente encontrados no registo fóssil, pois
são organismos
(A) que habitam em meio marinho, o que facilita o processo de fossilização.
(B) de pequenas dimensões, o que facilita a sua retenção nos sedimentos.
(C) que habitam em meio lacustre, um meio propício à sedimentação necessária para que ocorra fossilização.
(D) com estruturas calcárias muito resistentes e facilmente preservadas.

2. A ______ consiste num processo de fossilização em que os constituintes das partes esqueléticas são substituídos por
substâncias transportadas em solução nas águas e que acabam por precipitar.
(A) conservação
(B) mumificação
(C) moldagem
(D) mineralização

3. A reconstituição de paleoambientes é possível segundo o Princípio


(A) do Atualismo.
(B) da Identidade Paleontológica.
(C) da Continuidade Lateral.
(D) da Inclusão.

4. Na formação de idade miocénica de Caceia, a deposição mais _____ da unidade de conglomerados permite inferir que houve
______ da energia do agente transportador.
(A) antiga ... aumento
(B) recente ... aumento
(C) antiga ... diminuição
(D) recente ... diminuição

5. De acordo com a figura 7,


(A) a transição Triásico-Miocénico é feita de forma progressiva.
(B) a formação de Caceia possui apenas rochas detríticas, contendo sedimentos com a mesma granulometria desde a base até ao
topo.
(C) existe uma descontinuidade entre os arenitos de base e a sequência do Miocénico.
(D) os arenitos mais recentes apresentam grande conteúdo fossilífero.

6. Durante a diagénese dos arenitos, os depósitos sedimentares experimentam, sequencialmente,


(A) desidratação, cimentação, compactação.
(B) compactação, desidratação, cimentação.
(C) cimentação, compactação, desidratação.
(D) desidratação, compactação, cimentação.

7. Tendo em conta o conteúdo fossilífero das litologias encontradas na formação de Caceia, reconstitua, de forma sumária, o
ambiente em que se terá formado esta série de estratos.
8. Faça corresponder a cada uma das imagens da coluna A, relativas a estruturas presentes nas rochas sedimentares e/ou
fossilizadas, o respetivo termo ou expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(1) Somatofóssil
(2) Fenda de dessecação
(3) Ovos fossilizados
(4) Marcas de gotas de chuva
(5) Pegadas de animais
(6) Pistas de reptação
(7) Coprólitos
(8) Marcas de ondulação

9. As afirmações seguintes dizem respeito às rochas sedimentares e aos processos de fossilização. Selecione a opção que as
avalia corretamente.
I. Os fósseis de idade correspondem a fósseis de curta longevidade, mas grande dispersão estratigráfica.
II. Se após a formação de uma primeira série de estratos ocorrerem fenómenos tectónicos que causem a perda da horizontalidade
dessa série, existirá uma discordância angular entre a primeira série de estratos e a que se depositar posteriormente.
III. As partes moles dos organismos nunca são fossilizadas.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) III é verdadeira; 1 e II são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

Grupo V
Documento 1 - Há petróleo em Portugal?
O petróleo é um recurso natural energético de elevado valor económico e essencial para a petroquímica. Não havendo, ainda,
produção de petróleo em Portugal, as empresas concessionárias têm desenvolvido a sua atividade apenas no âmbito da prospeção
e pesquisa de petróleo (figura 8).
Na fase inicial são realizados estudos de prospeção e pesquisa, mediante estudos geológicos e geofísicos que envolvem quer
trabalho de gabinete quer trabalho de campo. Só após estes estudos é que as empresas podem definir áreas mais restritas para a
aquisição de dados geofísicos (por exemplo, aquisição sísmica 2D/3D, gravimetria e magnetometria), operações realizadas quer
em terra (onshore) quer no mar (offshore).
A aquisição sísmica 2D (custo menos elevado e menos complexa) permite obter informações acerca do subsolo (quase como uma
radiografia), através da reflexão de ondas sonoras emitidas por fontes sísmicas e recebidas por hidrofones (mar) e geofones
(terra).
A aquisição 3D (custo mais elevado e mais complexa) permite mais detalhes do que a aquisição 2D, resultando na visualização de
estruturas mais precisas e em três dimensões (como uma ecografia). A seguir à fase de prospeção, segue-se a fase de pesquisa,
recorrendo a métodos diretos.
O Governo ignorou uma petição com 42 000 assinaturas contra as intenções da indústria petrolífera, autorizando o primeiro furo
ao largo de Aljezur. Os trabalhos avançaram, tendo sido cancelada apenas a licença ao empresário Sousa Cintra.
Baseado em ENMC, Entidade Nacional para o Mercado de Combustíveis; http://www.publico.pt

Documento 2 - O carvão na bacia carbonífera do Douro (BCD)


A bacia do Douro representa o afloramento mais extenso do Carbonífero em Portugal, desde São Pedro Fins (este do Porto) até
Janarde (este de Arouca), ao longo de uma estreita faixa com cerca de 50 km de comprimento e raramente ultrapassando os 500
m de largura (figura 9). Apenas numa parte da bacia do Douro, designada por "bacia carbonífera do Douro", foram reconhecidas
e exploradas camadas com carvões, os quais foram classificados e caracterizados, em pormenor, por Lemos de Sousa.

Quadro 1. Carvões portugueses: qualidade - parâmetros relativos ao grau de incarbonização e à categoria (Baseado em Pinto de Jesus, 2001)
Classificação
Bacias/Minas Localização IS0117604
Huaa1% MV2% CF3%
4,7 3,42 97,85
S. Pedro da Cova 4,3 3,56 97,31
2,9 3,40 97,38
Paleozoico
3,8 2,13 98,12 Antracite A
Carbonífero
4,8 2,38 98,26
Douro
Pejão 4,0 2,54 99,00
4,2 2,05 98,42
Buçaco 7,5 33,30 66,93
Carvão betuminoso
Santa Susana 2,0 19,70 81,77
1 HUaa (%) - humidade da amostra para análise, em percentagem de massa, calculada na base "seco ao ar" (NP 3539:1987).
2 MV (%) - teor em matérias voláteis, em percentagem de massa, calculado na base "seco sem cinzas" (NP 3539:1987).
3 CF (%) - teor em carbono fixo, em percentagem de massa, calculado na base "seco sem material mineral", determinado por diferença (NP
3539:1987).
4 Classificação ISO dos carvões.

1. O petróleo é um recurso natural energético _____, podendo encontrar-se acumulado na ______.


(A) não renovável ... rocha-armazém, formação porosa e permeável
(B) não renovável ... rocha-armazém, formação pouco porosa e impermeável
(C) renovável ... rocha-mãe, formação porosa e permeável
(D) renovável ... rocha-mãe, formação porosa e impermeável
2. Os estudos geofísicos baseados em dados sísmicos e gravimétricos constituem métodos de estudo estando estes últimos
relacionados com a deteção de variações de
(A) diretos ... densidade (C) indiretos ... densidade
(B) diretos ... magnetismo (D) indiretos ... magnetismo

3. O petróleo é considerado um combustível fóssil de origem ____ e a sua deteção corresponde a anomalias gravimétricas ____
(A) quimiogénica ... positivas (C) quimiogénica ... negativas
(B) biogénica ... positivas (D) biogénica ... negativas

4. Ordene as letras de A a F de modo a reconstituir a sequência cronológica dos acontecimentos que terão permitido a
acumulação de hidrocarbonetos em Portugal.
(A) Acumulação de matéria orgânica em mares pouco profundos.
(B) Migração dos hidrocarbonetos.
(C) Retenção dos hidrocarbonetos.
(D) Deposição de argilas e de outros sedimentos.
(E) Subsidência com aumento da pressão e da temperatura.
(F) Criação de um ambiente anaeróbio.

5. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas às formações das armadilhas petrolíferas, o respetivo
termo ou expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Estruturas geológicas (dobras, falhas, domos salinos) favoráveis à acumulação de petróleo, (1) Conglomerado
impedindo a sua migração até à superfície. (2) Arenito
(b) Acumulação de petróleo em grandes quantidades. (3) Granito
(c) Formação geológica onde ocorre todo o processo evolutivo que transforma os detritos orgânicos (4) Rocha-mãe
em hidrocarbonetos. (5) Rocha-cobertura
(d) Rocha porosa e permeável que recebe e armazena o petróleo que migra da rocha-mãe. (6) incarbonização
(e) Formação geológica impermeável que impede a migração e a dispersão do petróleo até à (7) Armadilha petrolífera
superfície. (8) Jazigo petrolífero

6. Na figura 9 é possível observar a instalação de diversos granitoides, resultantes de atividade magmática intrusiva. Estas zonas
são caracterizadas peta existência de antracite.
Explique a formação deste tipo de carvão, associado à ocorrência de fenómenos de magmatismo.

7. O carvão das minas do Pejão, em relação ao das minas do Buçaco, apresenta um grau de incarbonização ______e um maior
poder calorífico, ardendo _______.
(A) superior ... facilmente (C) inferior ... facilmente
(B) superior ... dificilmente (D) inferior ... dificilmente

8. As afirmações seguintes dizem respeito aos carvões estudados na BCD. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Ao longo da evolução do carvão verifica-se uma diminuição relativa da quantidade de carbono.
II. O carvão de São Pedro da Cova é mais evoluído do que o carvão do Buçaco.
III. A incarbonização é acompanhada por uma redução do teor de água da rocha.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

9. Ao longo do SCDB, formou-se, no Carbonífero, uma bacia sedimentar continental, nas margens da qual se desenvolveu uma
importante flora.
Explique a formação de carvão nesta bacia, apresentando uma reconstituição cronológica da formação dos carvões.

Grupo VI
A serra da Estrela é um local com um vasto património natural e cultural, tendo sido classificada de Parque Natural em 1976. A
topografia geral desta montanha denuncia uma origem tectónica, guardando os testemunhos geomorfológicos da última
glaciação, que contrastam claramente com os traços da morfologia granítica das áreas não glaciadas.
Os sedimentos terrígenos, resultantes da erosão de continentes então existentes, foram-se depositando, em meio marinho, em
camadas alternadas de sedimentos argilosos muito finos e sedimentos de composição arenosa e argilosa, tendo, por diagénese e
metamorfismo, dado origem, respetivamente, às rochas xistentas e aos grauvaques que formam o complexo xistograuváquico
(atualmente mais conhecido como supergrupo dúrico-beirão).
Há 380 M.a., iniciou-se uma fase de movimentos compressivos, que principiou a orogenia hercínica. Estas forças compressivas
afetaram os sedimentos marinhos depositados anteriormente, provocando dobras de plano axial subvertical, com orientação NO-
SE.
Durante o Carbónico, há 330 M.a., começou uma nova fase compressiva que originou novos dobramentos com a mesma
orientação da fase anterior, instalando-se, simultaneamente e em profundidade, a grande massa de granitos que constituem a
serra da Estrela. Estes não se instalaram num único impulso, mas ao longo de um período relativamente longo. No final da orogenia
hercínica, há 240 M.a., ocorreu intensa fraturação das rochas formadas.
No Miocénico superior, há 10 M.a., iniciaram-se os movimentos de subida dos blocos que formam a serra. Este fenómeno deu
origem à elevação da montanha, por movimento em sistemas de falhas paralelas, o que originou blocos diferencialmente
desnivelados, provocando o efeito de escadaria característico da serra da Estrela. Este efeito é observável no bloco-diagrama da
serra da Estrela (figura 10). Baseado em http://www.prof2000.pt/users/geologia/geologia.htm

Fonte: Guia Geológico e Geomorfológico do PNSE. Lisboa: LNEG; IGOT; ICNF, 199.
1. As forças tectónicas ______ que originaram as dobras referidas no texto atuaram segundo a direção ______.
(A) convergentes ... NO-SE (C) convergentes ... NE-SO
(B) divergentes ... NO-SE (D) divergentes ... NE-SO

2. O sistema de falhas da figura 10 é um ______, em que há _______.


(A) sistema de falhas inversas ... subida do teto em relação ao muro
(B) sistema de falhas normais ... subida do teto em relação ao muro
(C) sistema de falhas normais ... descida do teto em relação ao muro
(D) sistema de falhas inversas ... descida do teto em relação ao muro

3. O perfil geológico da serra da Estrela é predominantemente de origem _____, tendo a instalação dos _______ ocorrido na
______ fase de deformação hercínica.
(A) magmática ... metassedimentos ... primeira (C) magmática ... granitos ... última
(B) metamórfica ... metassedimentos ... última (D) metamórfica ... granitos ... primeira

4. Durante a ______ fase de deformação hercínica, poderá ter ocorrido ______, devido à instalação de magmas graníticos.
(A) primeira ... metamorfismo de contacto (C) última ... metamorfismo regional
(B) primeira ... metamorfismo regional (D) última ... metamorfismo de contacto

5. O riólito, comparativamente ao granito, é uma rocha formada a partir


(A) de um magma de composição idêntica que arrefeceu mais lentamente.
(B) de um magma de composição distinta que arrefeceu a um ritmo semelhante.
(C) de um magma de composição idêntica que arrefeceu mais rapidamente.
(D) de um magma de composição distinta que arrefeceu mais rapidamente.

6. A biotite é riscada pela calcite e risca o gesso. Atendendo à escala de Mohs, podemos afirmar que a biotite tem
(A) dureza superior à calcite, mas inferior ao gesso. (C) dureza inferior à calcite e ao gesso.
(B) dureza superior ao gesso e inferior à calcite. (D) dureza superior à calcite e ao gesso.

7. Ordene as letras de A a F de forma a traduzir sequencialmente o processo de formação da serra da Estrela.


(A) Início da orogenia hercínica com ocorrência de metamorfismo regional.
(B) Ocorrência de metamorfismo de contacto.
(C) Acumulação de sedimentos variados, em ambiente marinho, que deram posteriormente origem aos metassedimentos do CXG.
(D) Movimentos compressivos relacionados com a orogenia alpina provocam o movimento de blocos.
(E) Fraturação tardi-hercínica.
(F) Instalação dos granitoides na fase final de deformação.
8. Faça corresponder a cada uma das descrições de rochas, expressas na coluna A, a respetiva designação, que consta da coluna
B.
Coluna A Coluna B
(a) Rocha metamórfica resultante do metamorfismo de contacto com rochas argilosas. É constituída (1) Arenito
essencialmente por minerais muito aluminosos, além de feldspatos, quartzo e micas. (2) Carvão
(b) Rocha plutónica, de textura granular, constituída por cerca de 25 a 55% de minerais máficos. (3) Diorito
(c) Rocha metamórfica formada por camadas escuras de minerais ferromagnesianos, como micas e (4) Gabro
anfíbolas, e camadas claras de cor branca, cinzenta ou rosa, constituídas por quartzo e feldspatos. (5) Gnaisse
(d) Rocha sedimentar constituída por detritos vegetais mais ou menos alterados e por uma matéria (6) Corneana
intersticial, homogénea. (7) Basalto
(e) Rocha vulcânica de cor escura e textura afanítica, rica em ferro e magnésio. ) (8) Calcário

9. Foram colhidas, em quatro regiões diferentes, as amostras A, B, C e D de granitos quimicamente semelhantes que terão
sofrido alguma alteração. Os resultados, em percentagem, encontram-se na tabela 1.
Tabela 1.
Amostra
A B C D
Minerais
Quartzo 43 40 49 43
Feldspatos 52 45 32 3
Biotite 4 4 1 -
Outros 1 11 18 54

Compare as amostras A, B, C e D quanto ao grau de alteração, justificando convenientemente.

Grupo VII
O estudo do ciclo das rochas permite compreender a génese de novas rochas a partir de rochas preexistentes. Estas rochas mais
antigas podem pertencer a qualquer grupo de rochas (ígneas, metamórficas ou sedimentares). Por ação de calor, temperatura ou
pressão originam-se rochas metamórficas a partir de rochas diversas. Portugal caracteriza-se por apresentar rochas resultantes
quer de metamorfismo de contacto quer regional.
As rochas podem ser observadas em secção polida no microscópio petrográfico,
instrumento utilizado na observação de rochas e minerais a um máximo de
ampliação de 400 x. Este facto permite a identificação de minerais de pequenas
dimensões e a observação dos contactos entre os diferentes minerais, permitindo
estimar a percentagem de minerais numa dada rocha.
A figura 11 apresenta um mapa com um corpo ígneo e a figura 12 representa duas
secções polidas de rochas (rocha A e rocha B).

1. O corpo ígneo da figura 11 pode descrever-se como


(A) uma intrusão. (C) um dique.
(B) uma extrusão. (D) um veio hidrotermal.

2. A rocha A pode ser um


(A) granito (C) basalto.
(B) gabro. (D) xisto.

3. A rocha B apresenta
(A) reação positiva ao ácido clorídrico. (C) orientação aleatória dos cristais.
(B) fragmentação dística. (D) foliação conferida pela orientação das micas.

4. A rocha B pertence ao grupo das rochas


(A) magmáticas extrusivas. (C) sedimentares
(B) metamórficas. (D) ígneas intrusivas.
5. A rocha B pode ser um
(A) mármore (C) xisto.
(B) arenito. (D) granito.

6. A granada presente na rocha B resultou de


(A) uma elevada temperatura que levou à fusão do material. (C) recristalização por aumento de temperatura.
(B) cristalização fracionada. (D) uma precipitação devido a evaporação.

7. Qual das rochas pode ser encontrada no centro do corpo ígneo?


(A) A rocha A. (C) Ambas.
(B) A rocha B. (D) Nenhuma.

8. Em que zona(s) da figura 11 é mais provável encontrar mármore?


(A) Na zona a. (C) Nas zonas a e c.
(B) Na zona b (D) Nas zonas c e d.

9. O metamorfismo representado na figura 11 é classificado de


(A) ultrametamorfismo. (C) metamorfismo de contacto.
(B) metamorfismo regional. (D) dinamometamorfismo.

10. Na figura 11, se medíssemos o tamanho dos cristais encontrados em rochas da secção X-Y do corpo ígneo, em que zona (X
ou Y) teriam maiores dimensões?
Explique por que razão a dimensão dos cristais varia com a distância ao centro do corpo ígneo.

Grupo VIII
A Somincor — Sociedade Mineira de Neves Corvo, S.A. é uma empresa mineira que explora atualmente o jazigo de cobre e zinco
de Neves Corvo, um dos maiores e mais ricos à escala mundial. A extração de enxofre foi muito importante até aos finais da década
de 50 do século XX para o fabrico de ácido sulfúrico. O jazigo situa-se nos concelhos de Castro Verde e Almodôvar, no Baixo
Alentejo. A anomalia gravimétrica de parte do jazigo foi identificada em 1971, no setor da Faixa Piritosa Ibérica (FPI) (figura 13).

A área correspondente à atual FPI era, no Devónico superior, um mar relativamente pouco profundo, com pelo menos 200 km de
largura. Há 350 milhões de anos (final do Devónico), a crosta continental desta região começou a sofrer distensão, provocando o
aparecimento de falhas profundas, originando horsts (elevações) e grabens (depressões) que permitiram a ascensão de magmas
de origem mantélica e também a fusão de materiais da crusta, surgindo numerosos aparelhos vulcânicos (figura 14). As depressões
formaram bacias no fundo do mar que foram sendo preenchidas por sedimentos finos (essencialmente xistos negros), intercalados
com produtos resultantes do vulcanismo, que terão originado importantes jazigos de sulfuretos maciços polimetálicos associados
aos flancos de cones vulcânicos, na forma de pirites, mas também de calcopirites, blendas, galenas e cassiterites.
Mais tarde ocorreu uma mudança nas condições geodinâmicas, caracterizada por uma inversão tectónica induzida por colisões da
zona Sul portuguesa, a sul, e da zona Ossa-Morena, a norte. Movimentos orogénicos posteriores elevaram o fundo do mar.
As megaestruturas da FPI formam extensos anticlinais cujas dobras maiores são acompanhadas de dobras secundárias de diversas
dimensões e mergulhos com falhas de cavalgamento associadas. As estruturas anticlinais e sinclinais variam de dobras apertadas
a abertas, direitas, assimétricas, tombadas e são acompanhadas de xistosidade de plano axial bem desenvolvida.
A mina de Neves-Corvo iniciou a sua atividade em 1988 e apresenta extensos recursos e reservas de cobre e de zinco, tendo uma
vida útil estimada até 2021 para a exploração de cobre e até 2029 para a exploração de zinco. Atualmente extrai minérios de cobre
(Cu) e zinco (Zn), produzindo por ano cerca de 60 000 toneladas de Cu e 30 000 de Zn.
Um dos principais problemas relacionados com o impacto dos resíduos do tratamento do cobre surge durante o processo de
extração. A atividade mineira ocorre a uma velocidade muito superior às dos processos geológicos, alterando os ciclos
biogeoquímicos. Neves-Corvo é um projeto mineiro marcado por uma elevada tecnologia de produção de concentrados de metais
e apontado como um exemplo na atividade extrativa que respeita as normas ambientais mais exigentes. A maioria das restantes
minas da FPI encontra-se atualmente numa situação de abandono, quase todas sem estruturas adequadas que minimizem o
impacto ambiental, sobretudo ao nível da rede hidrográfica.
A barragem de Cerro do Lobo (barragem de rejeitados) destina-se à deposição dos rejeitados resultantes do processo de
tratamento dos minérios efetuado nas lavarias de metais. Trata-se de um aterro que permite a deposição subaquática dos
resíduos, prevenindo a sua exposição ao ar e minimizando a oxidação dos sólidos e a libertação de poeiras para a atmosfera. Esta
solução para armazenamento de rejeitados da mina inclui também a possibilidade de divisão da albufeira em setores e a secagem
da água por setor. Os setores secos são cobertos por material impermeável e por terra vegetal e povoados com espécies
características da zona, integrando paisagisticamente o espaço recuperado na área envolvente.

A oxidação e a dissolução de sulfuretos, como a pirite (Fe2S), constituem a principal fonte de acidez das águas de escorrência das
escombreiras, as quais atingem facilmente valores de pH inferiores a 2. Todo o processo pode ser intensificado pela presença de
algumas espécies de bactérias do género Thiobacillus que obtêm energia para a produção de compostos orgânicos, oxidando o
ferro ou o enxofre.
Baseado em Código de Ética Empresarial, BCSD Portugal; Neves-Corvo, summary report, lundin mining

1. Os jazigos minerais que atualmente são explorados nas minas de Neves-Corvo foram formados durante um regime tectónico
______ e associados a um domínio geológico constituído por rochas de origem ______.
(A) distensivo ... metamórfica (C) compressivo ... metamórfica
(B) distensivo ... vulcanossedimentar (D) compressivo ... vulcanossedimentar
2. Na formação das dobras maiores da FPI, o material tem um comportamento ______, originando deformações cujo núcleo da
dobra é constituído por rochas mais ______.
(A) dúctil ... antigas (C) frágil ... antigas
(B) dúctil ... recentes (D) frágil ... recentes

3. Identifique o tipo de metamorfismo associado à formação das dobras maiores da FPI.

4. As dobras e as falhas que afetaram a FPI resultaram da atuação de regimes tectónicos


(A) compressivos e distensivos, respetivamente. (C) compressivos.
(B) distensivos e compressivos, respetivamente. (D) distensivos.

5. Nas escombreiras são depositados minerais que


(A) integram a ganga, que no momento não têm interesse económico.
(B) têm valor económico na atualidade, constituindo a ganga.
(C) fazem parte do minério extraído, com vista ao tratamento e comercialização.
(D) integram os minerais da mina sem interesse económico.

6. A pirite pode facilmente ser distinguida do ouro, pelo facto de apresentar ______ de cor ______.
(A) brilho ... negra (C) risca ... negra
(B) brilho ... dourada (D) risca ... dourada

7. Ordene as letras de A a E de modo a reconstituir a sequência dos fenómenos que caracterizam o desenvolvimento dos jazigos
minerais atualmente conhecidos.
(A) Regime tectónico distensivo.
(B) Regime tectónico compressivo.
(C) Ocorrência de vulcanismo submarino com formação de depósitos metálicos intercalados por sedimentos finos.
(D) Exposição aérea e exploração mineira.
(E) Fratura dos materiais rochosos, originando falhas.

8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas a medidas de prevenção dos efeitos causados pelo
avanço do mar, o respetivo termo ou expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Concentração de partes não aproveitáveis de minérios. (1) Reserva
(b) Mineral ou agregado de minerais ricos em determinados elementos químicos, que são economicamente e (2) Recursos
tecnologicamente viáveis para extração. (3) Ganga
(c) Unidade de cálculo da abundância de um elemento na crosta terrestre, expressa normalmente em ppm. (4) Clarke
(d) Formação geológica em que a concentração de um ou mais elementos é superior ao clarke correspondente. (5) Minério
(e) Parte de recursos identificados ou por identificar a partir da qual minerais úteis ou valiosos poderiam ser recuperados (6) Mina
de uma forma economicamente rentável no presente ou cuja extração poderá vir a ser rentável no futuro. (7) Escombreira
(8) Jazigo mineral

9. Da atividade mineira resulta a produção de minerais sem aproveitamento económico que são acumulados, no caso de Neves-
Corvo, no interior da barragem de rejeitados mas, noutros casos, em escombreiras a céu aberto.
Explique o impacto negativo destas escombreiras para a região.

Grupo IX - Dinâmica fluvial


Após vários anos de experiências e análise de dados, os geólogos encontraram uma relação matemática entre o fluxo de um rio e
o tamanho das partículas que este consegue transportar. Estas descobertas foram resumidas no diagrama de Hjulström (figura
16). No diagrama é possível identificar três domínios: erosão, transporte e sedimentação, em função da velocidade e das
dimensões das partículas.
1. As afirmações seguintes dizem respeito à análise do diagrama da figura 16. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. De acordo com a análise do diagrama, as argilas, por serem as de menores dimensões, são aquelas que requerem menor
velocidade de erosão.
II. As argilas são as últimas a depositarem-se, pois a velocidade do fluxo terá de estar próxima de zero.
III. As argilas oferecem uma considerável resistência à fricção e, portanto, somente são erodidas para velocidades superiores.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) III é verdadeira; I e II são falsas.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) II e III são verdadeiras; I é falsa.

2. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relacionadas com os sistemas fluviais, o respetivo termo ou
expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Área drenada pelo rio e os seus tributários. (1) Aluviões
(b) Linha imaginária que une os pontos mais baixos do rio, desde a nascente até à foz. (2) Perfil transversal
(c) Depósito de sedimentos geralmente mal calibrados formado por um sistema fluvial no leito e nas margens, (3) Perfil longitudinal
incluindo planícies de inundação (onde apresentam maior granosseleção) e deltas. (4) Rede hidrográfica
(d) Cone formado por um depósito de material detrítico, mal calibrado e pouco trabalhado, que se forma no sopé (5) Bacia hidrográfica
das montanhas. (6) Terraços fluviais
(e) Antigas planícies de inundação que foram abandonadas e que se encontram a um nível superior ao do atual rio. (7) Deltas
(8) Leques aluvionares

3. Explique a diferença entre carga e competência de um rio.

4. De acordo com a análise da figura 16, descreva a relação entre a velocidade do fluxo, o tamanho das partículas e o transporte.

5. Para uma velocidade do fluxo de 1 cm/s, predominam fenómenos de


(A) sedimentação. (C) transporte.
(B) erosão. (D) Todos os anteriores.

6. Após a sedimentação, os sedimentos sofrem ______, podendo originar rochas detríticas consolidadas que se vão depositando
ao longo do rio, de montante para jusante, pela seguinte ordem
(A) sedimentogénese ... A, B e C (C) diagénese ... A, B e C
(B) sedimentogénese ... C, B e A (D) diagénese ... C, B e A

7. Ao contrário dos depósitos gerados no ambiente assinalado na figura 16 pela letra C, os depósitos gerados em ambiente
glacial são _____ calibrados, sendo os efeitos da meteorização química ______.
(A) mal ... insignificantes (C) bem ... insignificantes
(B) mal ... significativos (D) bem ... significativos

8. As rochas formadas no ponto A são _____ calibradas, apresentando _____ permeabilidade.


(A) mal ... maior (C) bem ... maior
(B) mal ... menor (D) bem ... menor

9. Na fase inicial ou de juventude de um rio, no curso superior, os vales são ____ e o perfil longitudinal apresenta um declive___.
(A) estreitos e profundos ... acentuado (C) largos e pouco profundos ... acentuado
(B) estreitos e profundos ... suave (D) largos e pouco profundos ... suave

10. Na fase de velhice de um rio, no curso inferior, os vales são _____ e o perfil longitudinal apresenta um declive _____.
(A) estreitos e profundos ... acentuado (C) largos e pouco profundos ... acentuado
(B) estreitos e profundos ... suave (D) largos e pouco profundos ... suave

11. A ação combinada da ____ conduz à fragmentação de uma rocha em fragmentos, ____, que irão constituir os _____.
(A) meteorização e erosão... os clastos ou detritos... sedimentos (C) transporte e deposição... os clastos ou detritos... sedimentos
(B) meteorização e erosão... sedimentos... clastos ou detritos (D) transporte e deposição... sedimentos... clastos ou detritos

12. As transgressões marinhas são processos geológicos em que o nível do mar sobe em
relação à linha de costa, ultrapassando o território onde se encontrava anteriormente a
faixa litoral. Esta situação está relacionada com o aumento da temperatura média global
do planeta (períodos interglaciários), provocando a expansão térmica dos oceanos e a
fusão das massas de gelo, o que origina um maior volume de água.
Com base na análise da figura 17, explique em que medida este fenómeno influencia a
deposição dos materiais argilosos, referindo-se à forma como estes são transportados
pelo rio.
Grupo X
Foi realizado o trabalho experimental, referido na figura 18, para averiguar a porosidade e a permeabilidade de solos argilosos e
arenosos. Analise com atenção o V de Gowin antes de responder às questões.

A figura 19 refere-se a uma zona onde estão a realizar-se furos para verificar se há reservas de água. Os aquíferos são fontes de
água subterrânea que constituem cerca de 31% das reservas terrestres de água doce.

1. Relativamente à figura 18, os registos em 1) e 2) seriam, respetivamente,


(A) 1) O solo arenoso é mais poroso e mais permeável; 2) A grande porosidade do solo argiloso deve-se a poros de pequenas
dimensões que dificultam a percolação da água.
(B) 1) O solo arenoso é menos poroso mas mais permeável; 2) A grande porosidade do solo argiloso deve-se a poros de pequenas
dimensões que facilitam a percolação da água.
(C) 1) O solo arenoso é menos poroso; 2) O solo argiloso é mais permeável.
(D) 1) O solo arenoso é menos poroso mas mais permeável; 2) A grande porosidade do solo argiloso deve-se a poros de pequenas
dimensões que dificultam a percolação da água.

2. Relativamente à figura 18, as conclusões em 1) e 2) seriam, respetivamente,


(A) 1) No solo arenoso, a água drena facilmente; 2) No solo argiloso, a água não drena ou drena com maior dificuldade.
(B) 1) No solo arenoso, a água drena dificilmente; 2) No solo argiloso, a água drena facilmente.
(C) 1) e 2) a água drena facilmente porque ambos têm porosidade.
(D) 1) e 2) a água drena dificilmente porque ambos têm porosidade.
3. juízo de valor que foi abordado no trabalho experimental da figura 18 pode ser descrito como:
(A) A porosidade implica permeabilidade.
(B) A permeabilidade existe sempre em rochas sedimentares porosas, como argila e arenito.
(C) Todas as rochas permeáveis são porosas, mas nem todas as rochas porosas são permeáveis.
(D) Os solos argilosos são bons aquíferos.

4. Um aquífero é
(A) uma área geológica onde se realizam poços e furos artesianos para captar água abaixo do nível freático.
(B) uma formação geológica que possui água doce em poros e/ou fissuras.
(C) uma formação geológica que armazena água doce ou salgada, que pode ser capturada para consumo doméstico.
(D) uma formação geológica que possui sempre uma rocha permeável no topo.

5. Refira-se à sustentabilidade dos aquíferos se estiverem perto de zonas costeiras, agrícolas ou industriais.

6. O conglomerado dolomítico pode ser uma boa zona de aeração,


(A) porque é uma rocha sedimentar que retém água.
(B) por ser poroso e impermeável, retendo a água.
(C) porque é poroso e permeável, com espaços vazios insaturados de água.
(D) por ser frágil e ter poros de pequeníssimas dimensões.

7. É possível a existência de um aquífero no solo arenoso, porque é uma área


(A) porosa. (C) permeável.
(B) fértil. (D) perto de um rio.

8. A diferença entre furo artesiano ou simplesmente poço refere-se ao facto de, num poço,
(A) a cavidade perfurada ir até ao nível freático, dependendo da sua profundidade e do regime de chuvas, podendo ter água
permanente ou sem periodicidade.
(B) funcionar o princípio dos vasos comunicantes, portanto, a água da chuva penetra pela rocha permeável, preenchendo os
espaços vazios.
(C) As alíneas A e B estão corretas.
(D) As alíneas A e B estão incorretas.

9. O substrato rochoso que existiria por baixo do possível aquífero da figura 19 teria de ser
(A) granito não fissurado. (C) marga altamente permeável.
(B) gnaisse fissurado. (D) arenito permeável.

10. Para controlo do trabalho experimental da figura 19,


(A) utilizou-se a coluna com argila.
(B) utilizou-se a coluna com areias.
(C) utilizaram-se as duas colunas
(D) não se utilizou nenhuma das colunas.

11. Assinale a opção que traduz a história geológica da área representada na figura 19
(A) conglomerado dolomítico, discordância, solo arenoso.
(B) solo arenoso, erosão, conglomerado dolomítico
(C) rio, solo arenoso, conglomerado dolomítico
(D) conglomerado dolomítico, solo arenoso, erosão.

Grupo XI

Documento 1 - Wegener e a deriva continental: existiriam continentes submersos?


Nascido em 1880, em Berlim, Wegener doutorou-se em 1950 em Astronomia e, mais tarde, completou os seus estudos em
Meteorologia. Realizou várias expedições à Gronelândia, tendo falecido com 50 anos, na sua terceira expedição, realizada em
novembro de 1930.
O seu primeiro livro sobre a deriva continental teve quatro edições (1915, 1920, 1922, 1929), tendo as duas últimas sido traduzidas
para inglês, facto que favoreceu a disseminação dos seus argumentos a favor de um mobilismo terrestre impulsionado por uma
deriva dos continentes. Apesar das várias evidências referidas, a comunidade científica não aceitou a sua hipótese. Só na década
de 60 os cientistas começaram a elaborar a tectónica de placas, tendo os trabalhos de Wegener sido fundamentais.
Um dos seus argumentos consistia na mudança da latitude da Gronelândia para oeste a uma taxa de 20 m por ano. Atuais
medições, recorrendo a lasers, demonstram deslocações de apenas 1 cm por ano. Tal precisão na medição seria impossível no
tempo de Wegener.
Outra das evidências mais referidas no seu livro de 1929 é a semelhança de linhas conti-
nentais (figura 20). Wegener leu e observou num artigo científico, escrito em 1927 por
du Toit, que a linha de costa da América do Sul encaixava, como uma peça de um puzzle,
com a linha da costa de África.
Esta observação levanta de imediato duas hipóteses: (i) terão os continentes fraturado
e posteriormente derivado? ou (ii) teria existido um continente, agora submerso, entre
a atual África e América do Sul?
Embora Wegener tenha concluído, nomeadamente pela observação de outras
evidências, que a semelhança encontrada teria sido o resultado de uma fraturação
seguida de deriva, não será de todo surpreendente que um continente submerso possa
existir algures no nosso planeta.
Motivados por este pressuposto, são vários os geofísicos internacionais que, na
atualidade, realizam estudos em zonas submersas.
E se os cientistas encontrassem um continente submerso?

Documento 2 - Zealândia: um continente submerso


A descoberta deste continente oculto (figura 21) é o desfecho de 20 anos de
investigação. Bruce Luyendyk, geofísico norte-americano, foi o primeiro a aplicar-lhe o
nome de Zealândia, em 1995, mas esta designação ainda não é devidamente
reconhecida por alguns cientistas internacionais.

A ser confirmada, a Zealândia será o sétimo e o mais pequeno continente de todos. Segundo os cientistas, esse território fez parte
do supercontinente Gondwana, do qual faziam também parte a Antártida, África, Madagáscar, América do Sul, Índia, Seicheles,
Nova Zelândia, Nova Caledónia, Nova Guiné e Austrália. O Gondwana fez parte da Pangeia e formou-se no Jurássico, começando
a derivar há cerca de 200 milhões de anos
Apesar de a Zealândia ter grande parte das suas terras submersas, isso não deverá ser impedimento para que seja considerada
um novo continente, já que tem uma altitude elevada em relação à crosta oceânica, assim como possui os três tipos de rochas
(magmáticas, metamórficas e sedimentares). Este novo continente distingue-se por ter uma crosta mais espessa e menos densa
do que a oceânica.
O facto de este novo continente, que se encontra submerso do lado sudoeste do Pacífico, não estar fragmentado torna-o algo útil
e estimulante na exploração da crosta continental. Ao que tudo indica é rico em combustíveis fósseis e minério, pelo que poderá
ter um potencial elevado valor económico a ser brevemente explorado.
Baseado em https://www.noticiasaominuto.com/mundo/743482/ descoberto-um-novo-continente-chama-se-zealandia-e-e-especial;
http://observador.pt/2017/02/17/existe-um-novo-continente-e-esta-submerso-chama-se-zelandia/

1. Um dos seguintes estudos não serviu de suporte para a deriva continental:


(A) estudos de paleoclimas. (C) estudos paleontológicos.
(B) estudos isostáticos. (D) estudos geomagnéticos.

2. A explicação do motor da deriva continental apresentada por Wegener foi _____ e _____.
(A) uma força centrípeta resultante do movimento de rotação da Terra ... a força de atração exercida pelo Sol e pela Lua
(B) uma força centrífuga resultante do movimento de rotação da Terra ... a força de atração exercida pelo Sol e pela Lua
(C) uma força resultante do campo magnético nos poios ... a força de atração exercida pelo Sol e pela Lua
(D) uma resultante da astenosfera ... a força de atração exercida pelo Sol e pela Lua

3. A não aceitação da deriva continental como teoria explicativa do mobilismo terrestre deveu-se
(A) à incorreção de algumas das evidências de Wegener.
(B) ao número reduzido de evidências apresentadas.
(C) ao carácter inconclusivo das razões das forças impulsionadoras.
(D) ao facto de Wegener ter referido a deriva dos continentes e não das placas tectónicas.
4. Um dos argumentos que poderia levar Wegener a excluir a hipótese da existência de continentes submersos seria
(A) a impossibilidade de esta explicação justificar todas as evidências encontradas.
(B) a impossibilidade, pela teoria da isostasia, de um continente afundar.
(C) nunca ter encontrado vestígios de um continente submerso.
(D) a força atrativa dos poios ser demasiado forte para que os continentes sejam imersos.

5. Na época, Wegener não tinha conhecimento de que


(A) na astenosfera, existiam correntes de convecção. (C) o clima mais frio se encontra nos polos.
(B) o clima se tinha alterado ao Longo dos anos na superfície da Terra. (D) a Lua exercia uma atração sobre a Terra.

6. Ordene as letras de A a F de modo a reconstituir a sequência de fenómenos que ocorrem num rifte, iniciando pela letra A.
A. Magma peridotítico.
B. Saída de lava por ambos os lados da dorsal.
C. Início da ascensão do magma em direção à superfície.
D. Contaminação do magma por elementos com algum teor em sílica.
E. Formação de pillow-lavas.
F. Erupção de um magma basáltico.

7. Faça corresponder a cada um dos termos/afirmações da coluna A a respetiva hipótese/teoria da coluna B que neles se
fundamentou.
Coluna A Coluna B
(a) Correntes de convecção (1) Deriva continental
(b) Mudança de longitude da Gronelândia (2) Tectónica de placas
(c) Bandas magnéticas
(d) Placa
(e) Rotação da Terra
(f) Zonas de Benioff

8. Qual é a alínea que não se refere a um combustível fóssil?


(A) Antracite. (C) Petróleo.
(B) Gás de xisto. (D) Gás vulcânico.

9. Os jazigos de minério portugueses são, essencialmente,


(A) material radioativo. (C) minerais metálicos.
(B) recursos energéticos. (D) formações ferríferas.

10. Fundamentando-se nos dois documentos apresentados, refira-se à instabilidade da verdade científica, referindo três
argumentos que apoiem a sua resposta.

Grupo XII
Situado no Norte do país, o concelho de Paredes integra-se numa região com grande relevância paisagística: o Vale do Sousa.
Paredes é um concelho do distrito do Porto, região Norte e sub-região do Tâmega, com cerca de 157 km2 de área e 86 854
habitantes (CENSOS 2011), subdividido em 24 freguesias.
O concelho de Paredes localiza-se na Zona Centro Ibérica (ZCI) e apresenta unidades metassedimentares do Silúrico e rochas de
origem ígnea associadas à fase de deformação hercínica. As rochas ígneas são as que apresentam maior representatividade neste
contexto, e, com menor expressividade, existem rochas metassedimentares que fazem parte de uma grande estrutura, o anticlinal
de Valongo.
As minas de ouro de Castromil (figura 22) localizam-se a cerca de 20 km a oriente da cidade do Porto, a norte do rio Sousa e da
linha de caminho de ferro do Douro, pertencendo à freguesia de Sobreira, concelho de Paredes, distrito do Porto.
No local ocorrem rochas metassedimentares, como xistos negros e cinzentos e grauvaques. Para além das rochas
metassedimentares, ocorrem também rochas ígneas, como granitos e aplitos, em que os primeiros apresentam maior
expressividade. O granito é porfiroide, de grão bastante grosseiro de duas minas, com
predominância da biotite. As rochas graníticas aflorantes contactam com os
metassedimentos através de uma falha de orientação NW-SE com movimento inverso,
ao longo da qual se instalou posteriormente o aplito.
Inicialmente, terá ocorrido a instalação dos granitoides, com intrusão nas rochas
metassedimentares (nomeadamente nos grauvaques), o que levou à alteração dos
grauvaques e à consequente formação de corneanas que, no local, passam gradualmente
a xistos mosqueados.
Os granitos e aplitos que ocorrem na zona em estudo apresentam, frequentemente,
mineralizações de pirite e arsenopirite, mineralizações essas que permitiram a formação
dos depósitos de ouro presentes em Castromil.
1. O anticlinal de Valongo, tal como o nome indica, é uma estrutura em anticlinal que tem no núcleo as formações rochosas
mais ____, tendo sido formada pela ação de forças ____.
(A) antigas ... compressivas (C) recentes ... distensivas
(B) recentes ... compressivas (D) antigas ... distensivas

2. O aplito é uma rocha ígnea, de cor clara, com uma textura fina. Relativamente ao granito referido no texto, o aplito arrefeceu
mais _____, incorporando, essencialmente, minerais _____.
(A) lentamente ferromagnesianos (C) lentamente ... félsicos
(B) rapidamente ... félsicos (D) rapidamente ... ferromagnesianos

3. A pirite e o quartzo pertencem, respetivamente, ao grupo dos


(A) sulfuretos e ao grupo dos silicatos. (C) carbonatos e ao grupo dos sulfuretos.
(B) silicatos e ao grupo dos sulfuretos. (D) carbonatos e ao grupo dos silicatos.

4. As rochas graníticas aflorantes em Castromil contactam com os metassedimentos através de uma falha de orientação NW-
SE com movimento inverso, que se gerou, por ação das forças
(A) compressivas, em regime frágil. (C) distensivas, em regime frágil.
(B) compressivas, em regime dúctil. (D) distensivas, em regime dúctil.

5. Durante o processo de formação de rochas metamórficas,


(A) os minerais constituintes das rochas adquirem uma orientação preferencial devido à ação de tensões litostáticas.
(B) as condições termodinâmicas mantêm-se semelhantes às existentes aquando da formação dos protólitos.
(C) ocorrem processos de fusão que levam à recristalização de novos minerais.
(D) atuam fatores como o calor, os fluidos circulantes e o tempo.

6. Em Castromil, além da ocorrência de ouro, existe também caulino, uma rocha de grande interesse económico. O caulino é
uma rocha
(A) metamórfica resultante de metamorfismo de contacto.
(B) ígnea essencialmente composta por quartzo.
(C) sedimentar essencialmente constituída por argilas.
(D) sedimentar quimiogénica, essencialmente constituída por argilas.

7. As corneanas referidas no texto ter-se-ão formado


(A) do calor da instalação magmática.
(B) da tensão provocada pela instalação magmática
(C) da tectónica associada à deformação hercínica.
(D) como resultado do preenchimento de diáclases por fluidos hidrotermais.

8. Se os granitos de Castromil sofrerem meteorização química por ação de águas acidificadas, é provável que ocorra
(A) hidratação da caulinite. (C) hidrólise dos feldspatos.
(B) dissolução da caulinite. (D) oxidação dos feldspatos.

9. Os granitos, em relação aos basaltos, apresentam


(A) menor ponto de fusão, devido à presença de minerais hidratados.
(B) maior ponto de fusão, devido à presença de água.
(C) menor ponto de fusão, devido à baixa percentagem de sílica.
(D) maior ponto de fusão, devido à baixa percentagem de sílica.

10. Faça corresponder a cada uma das designações que constam da coluna A o respetivo grupo da coluna B no qual estão
inseridas.
Coluna A Coluna B
(a) Travertino (1) Rocha sedimentar
(b) Quartzito (2) Rocha magmática
(c) Mármore (3) Rocha metamórfica
(d) Calcite (4) Mineral
(e) Micaxisto
(f) Andesito
(g) Argilito
(h) Distena
11. Os minerais-índice são importantes ferramentas na identificação dos ambientes e condições de metamorfismo.
Explique em que consistem estes minerais e qual a sua importância para a reconstituição das condições de formação de uma
dada rocha.
Teste de avaliação global 1
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I - Fetos gigantes em Valongo


Culcita macrocarpa é uma espécie muito rara, confinada a uma população, com uma área de
ocupação mínima. Atualmente, existem populações residuais nos fojos (zona de explorações
mineiras da época de ocupação romana), onde não são afetados pelo fogo (figura 1). Em Portugal,
além de Valongo, ocorre também nas ilhas. Trata-se de um feto com frondes grandes, de 30 a
200 cm, raramente atingindo os 300 cm. Ocorre em locais rochosos e sombrios.
A família deste feto é constituída apenas por um único género e duas espécies. Tratam-se de
plantas vasculares com uma alternância de gerações bem vincada.
Baseado em ICNB
1. O feto presente na figura 1 é a entidade mais desenvolvida da geração _____, sendo a
fecundação ____ da água.
(A) esporófita ... dependente (C) esporófita ... independente
(B) gametófita ... dependente (D) gametófita ... independente

2. O ciclo de vida de Culcita macrocarpa é ____, com _____.


(A) diplonte meiose pré-gamética (C) haplodiplonte meiose pré-gamética
(B) diplonte meiose pré-espórica (D) haplodiplonte meiose pré-espórica

3. Os esporos são células geneticamente _____, e o esporófito _____ pares de cromossomas homólogos.
(A) idênticas ... não apresenta (C) idênticas ... apresenta
(B) distintas ... apresenta (D) distintas ... não apresenta

4. Na fase haploide do ciclo de vida do feto,


(A) o esporófito contém os esporângios que irão sofrer meiose e originar gâmetas.
(B) os gametófitos de reduzidas dimensões sofrem meiose.
(C) os gametófitos produzem gâmetas por divisões mitóticas.
(D) o esporófito contém gametófitos que irão sofrer meiose e originar gâmetas.

5. Neste ciclo de vida, a(s) entidade(s) mais representativa(s),


(A) o esporófito de grandes dimensões, é nutricionalmente dependente do gametófito.
(B) o gametófito de pequenas dimensões, é nutricionalmente dependente do esporófito.
(C) o esporófito de pequenas dimensões, é nutricionalmente dependente do gametófito.
(D) o esporófito e o gametófito, são nutricionalmente independentes.

6. Culcita macrocarpa e Culcita coniifolia


(A) possuem o mesmo restritivo específico, mas dizem respeito a espécies diferentes.
(B) pertencem ao mesmo género, mas dizem respeito a espécies diferentes.
(C) pertence à mesma família, mas a géneros e espécies distintas.
(D) pertencem à mesma família e à mesma comunidade, mas a géneros e espécies distintas.

7. Pela classificação de Whittaker, o reino Plantae é caracterizado pela presença exclusiva de


(A) organismos quimio e fotoautotróficos com elevado nível de diferenciação celular.
(B) organismos fotoautotróficos com elevado nível de diferenciação celular.
(C) organismos autotróficos, eucariontes e microconsumidores.
(D) entidades unicelulares e multicelulares fotoautotróficas.

8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas à reprodução nas plantas, o respetivo termo da coluna
B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Célula reprodutora feminina produzida nos gametângios. (1) Gametófito
(b) Estrutura onde estão presentes os órgãos essenciais que produzem células (2) Esporófito
reprodutoras sexuadas. (3) Arquegónio
(c) Estrutura pluricelular onde se forma o gâmeta feminino. (4) Anterídio
(5) Oosfera
(6) Anterozoide

9. No ciclo de vida dos fetos de Valongo, após a formação do zigoto, desenvolve-se uma plântula que se alimenta a partir do
gametófito, dando origem, depois, ao esporófito maduro.
Mencione uma característica evidenciada no ciclo de vida dos fetos de Valongo que traduza maiores potencialidades evolutivas.
Grupo II - Um distúrbio genético com implicações evolutivas
A doença herdada mais comum entre pessoas descendentes de africanos é a anemia falciforme, que afeta um em cada 400 afro-
americanos. A anemia falciforme é causada pela substituição de um único aminoácido na hemoglobina dos glóbulos vermelhos.
Nos indivíduos portadores de ambos os genes alelos para a anemia falciforme, todos as células terão o formato de foice
(anormais). Esta situação ocorre, por exemplo, se o conteúdo em oxigénio do sangue de um indivíduo afetado for baixo (em altas
altitudes ou sob esforço físico, por exemplo), em que a hemoglobina se agrega em longas fibras que deformam as células
vermelhas (figura 2).

As células em formato de foice podem formar coágulos e obstruir pequenos vasos sanguíneos, muitas vezes levando a outros
sintomas pelo corpo, incluindo enfraquecimento físico, dores, lesões em diversos órgãos ou até mesmo a paralisia. Transfusões
regulares de sangue podem evitar os danos cerebrais em crianças com anemia falciforme e novos medicamentos podem ajudar a
prevenir ou a tratar outros problemas, mas, atualmente, não existe cura. Para que o indivíduo manifeste a doença na sua
totalidade, deverá ter os dois cromossomas do par de homólogos n.º 11 afetados (condição de homozigotia). Caso um
cromossoma esteja afetado e o outro não (condição de heterozigotia), será produzida quer hemoglobina normal quer anormal,
pelo que a formação de células falciformes também ocorre em níveis menores, mas não em quantidade suficiente para causar a
doença. Estes indivíduos são saudáveis, mas podem sofrer de alguns sintomas da doença, caso sejam submetidos a períodos
prolongados com pouco oxigénio.
Em regiões onde a malária é comum (figura 4), verifica-se uma tendência para a prevalência do alelo da anemia falciforme. A
malária é uma doença causada pelo organismo Plasmodium vivax, o qual é introduzido no ser humano através dos insetos do
género Anopheles. Este parasita permanece parte do seu ciclo de vida no interior dos glóbulos vermelhos.
Na figura 3 é apresentada uma parte do código genético.

1. A mutação no gene que codifica a hemoglobina conduz a uma alteração na sequência de


(A) ribonucleótidos sintetizada aquando da tradução.
(B) ribonucleótidos sintetizada aquando da transcrição.
(C) desoxirribonucleótidos sintetizada aquando da tradução.
(D) desoxirribonucleótidos sintetizada aquando do processamento.

2. A anemia falciforme afeta a atividade de células _____ e é consequência de uma alteração de monómeros constituintes de
compostos _____.
(A) germinativas ... ternários. (C) somáticas ... ternários.
(B) germinativas ... quaternários. (D) somáticas ... quaternários.

3. Num determinado indivíduo ocorreu uma mutação no mesmo tripleto representado na figura 2, mas, neste caso, silenciosa.
Uma explicação para esta situação pode estar relacionada com a ocorrência da mutação no _____ nucleótido, substituindo
____.
(A) primeiro ... uma guanina por uma adenina (C) terceiro ... uma guanina por uma adenina
(B) primeiro ... uma adenina por uma guanina (D) terceiro ... uma citosina por uma timina

4. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas à reprodução nas plantas, o respetivo termo da coluna
B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Ligação entre nucleótidos de uma determinada cadeia polinucleotídica. (1) Gene
(b) Ligação existente entre uma base púrica e uma base pirimídica da cadeia complementar. (2) Aminoácido
(c) Monómero da hemoglobina. (3) Ligação fosfodiéster
(d) Segmento de DNA que conduz à expressão da hemoglobina. (4) Ligação hidrogénio
(e) Versões alternativas de um gene num par de cromossomas homólogos. (5) Alelos
(6) Histonas
(7) mRNA
(8) Mutação

5. Nos indivíduos em que apenas uma parte dos glóbulos vermelhos é normal, a _____ resulta na formação de _____.
(A) mitose ... 25% de gâmetas normais e 75% de gâmetas mutantes
(B) mitose ... 50% de gâmetas normais e 50% de gâmetas mutantes
(C) meiose ... 25% de gâmetas normais e 75% de gâmetas mutantes
(D) meiose ... 50% de gâmetas normais e 50% de gâmetas mutantes

6. As mutações génicas mais frequentes ocorrem durante a _____, processo que _____ a divisão celular e que assegura a
manutenção do património genético.
(A) replicação semiconservativa ... antecede (C) transcrição ... antecede
(B) replicação semiconservativa ... sucede (D) transcrição... sucede

7. Durante a replicação do gene da hemoglobina, o cromossoma 11 encontra-se _____. No ciclo celular, este processo ocorre
na _____.
(A) condensado ... fase S (C) condensado ... metáfase
(B) descondensado ... metáfase (D) descondensado ... fase S

8. Considere as seguintes afirmações relativas à síntese de hemoglobina.


I. No gene mutante descrito na figura 2, devido à substituição de uma timina por uma adenina, A + C/T + G > 1.
II. No processo de síntese proteica, os ribossomas ligam-se à extremidade 5' da molécula de mRNA.
III. O tRNA que transporta o aminoácido valina pode apresentar o anticodão GUU.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

9. Ordene as letras de A a E de modo a reconstituir a sequência cronológica das consequências que decorrem da anemia
falciforme.
A. Remoção de sequências não codificastes.
B. Mutação génica por substituição.
C. Bloqueio parcial da fosforilação oxidativa.
D. Ligação da RNA polimerase ao cromossoma 11, iniciando a transcrição do gene da hemoglobina.
E. O complexo de Golgi segrega hemoglobina.

10. A malária é uma doença provocada por um parasita que nos glóbulos vermelhos experimenta uma série de ciclos
reprodutivos. A doença apresenta sintomas mais reduzidos nos indivíduos heterozigóticos, isto é, portadores do par de
cromossomas 11 da variante mutante e selvagem do ateio implicado na síntese de hemoglobina.
10.1. Numa perspetiva Neodarwinista, explique quais serão os indivíduos favorecidos pela seleção natural numa região típica da
malária, referindo-se ao facto de serem portadores apenas de genes mutantes, apenas de genes selvagens ou de ambos.
10.2. Numa região livre de malária, os indivíduos heterozigóticos seriam selecionados ou não?

Grupo III
Embora em amostra de mão seja, por vezes, possível observar, à vista desarmada, alguns aspetos dos cristais e da sua orientação,
nem sempre é possível uma correta descrição da rocha apenas com uma observação a olho nu. A descrição pormenorizada que
nos permite identificar as rochas, assim como as eventuais condições da sua formação, implica sempre uma observação de secção
polida ao microscópio petrográfico.
Mesmo em rochas sedimentares é possível observar o tipo de fragmentos que as constituem (grosseiros, arredondados...) e o tipo
de matriz que os envolve. Nas rochas magmáticas, a textura descreve a cristalinidade das rochas assim como a dimensão e a forma
dos cristais e as relações entre os seus constituintes. Nas rochas metamórficas, as texturas desenvolvem-se em função do
crescimento dos minerais e da deformação, que, normalmente, gera uma orientação preferencial.
A figura 5 representa as superfícies polidas de três rochas (rocha A, B e C), cada uma pertencente a um grupo distinto. As condições
de pressão, temperatura e profundidade em que as rochas se formam influenciam a textura das rochas. Assim, a observação de
secções polidas permite deduzir o grupo de rochas a que pertence uma dada amostra e, por vezes, atribuir mesmo uma designação
à rocha em estudo.

A figura 6 apresenta um mapa geológico com rochas pertencentes aos três grupos de rochas (ígneas, sedimentares e
metamórficas). As rochas A, B e C foram encontradas. As rochas A e B têm 95% de carbonato de cálcio na sua composição.

1. A rocha A da figura 5 é, provavelmente,


(A) granito, pois é uma rocha ígnea intrusiva.
(B) xisto argiloso, pois é uma rocha sedimentar com foliação.
(C) mármore, pois é uma rocha metamórfica onde se observa textura recristalizada.
(D) calcário, pois é sedimentar e apresenta uma matriz com carbonato de cálcio e fósseis.

2. A rocha C é, provavelmente,
(A) gabro, pois é uma rocha ígnea intrusiva.
(B) xisto argiloso, pois é uma rocha sedimentar com foliação.
(C) mármore, pois é uma rocha metamórfica em que se observa textura recristalizada.
(D) calcário, pois é sedimentar e apresenta uma matriz com carbonato de cálcio.

3. A rocha B apresenta textura


(A) amorfa. (C) agranular.
(B) vítrea. (D) cristalina.

4. A rocha A foi, provavelmente, encontrada na(s) seguinte(s) zona(s) da figura 6:


(A) b. (C) c.
(B) a e b. (D) d.
5. As rochas B e C foram, provavelmente, encontradas, respetivamente, nas seguintes zonas da figura 6:
(A) a e g. (C) c e d
(B) b e c. (D) e e f.
6. O arenito, ao sofrer adaptações metamórficas, mineralógicas e texturais, origina
(A) micaxisto com grande quantidade de micas. (C) quartzito com cristais de quartzo.
(B) mármore com cristais de calcite. (D) gnaisse com bandado de minerais com coloração distinta.

7. é uma rocha magmática extrusiva que tem o diorito como equivalente plutónico e surge em zonas de colisão de placas
(A) riólito ... continental-continental (C) basalto ... oceânica-oceânica
(B) andesito continental-oceânica (D) sienito continental-oceânica

8. Ordene as letras de A a E de modo a indicar a sequência de rochas que resulta de um metamorfismo regional crescente na
série argilosa.
A. Xisto argiloso
B. Argilito
C. Micaxisto
D. Gnaisse
E. Ardósia

9. As afirmações seguintes dizem respeito às propriedades dos minerais. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Têm uma composição química passível de ser expressa por uma fórmula química.
II. As superfícies de clivagem correspondem a superfícies de fraqueza da estrutura cristalina dos minerais.
III. Usando a escala de Mohs, o traço de um mineral é expresso pelo lugar que ocuparia na escala se dela fizesse parte.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

10. Descreva o tipo de metamorfismo observado na figura 6, referindo os principais agentes.

Grupo IV
Norman Bowen, petrólogo americano, estudou o comportamento dos magmas, especificamente os processos de fusão das rochas
e a consequente cristalização dos minerais. Este investigador reduzia as rochas magmáticas a pó e, posteriormente, aquecia este
pó a elevadas temperaturas, obtendo magmas artificiais por processos de arrefecimento que lhe permitiam observar a sequência
de cristalização dos minerais. A série de Bowen é a designação atribuída a duas sequências que descrevem a ordem de cristalização
dos minerais do grupo dos minerais ferromagnesianos (sequência descontínua) e do grupo das plagióclases (sequência contínua)
e a sua convergência num tronco comum que refere a cristalização dos minerais até ao mineral que solidifica a menor temperatura
(quartzo). Este tronco comum refere-se à cristalização tardia até ao esgotamento do magma residual.
A análise de fotografias de secções polidas de rochas à luz da série de Bowen permite retirar conclusões sobre as condições de
formação da rocha e da composição química do magma.
A figura 7 apresenta a série de Bowen. A figura 8 permite observar o esquema de uma secção polida da rocha ígnea A.
1. A rocha A é, provavelmente,
(A) granito, pois é uma rocha ígnea intrusiva.
(B) riólito, dada a sua composição mineralógica.
(C) um gabro, pela composição rica em magnésio e ferro.
(D) um dolerito, pela presença de quartzo.

2. A análise da figura 7 indica que a olivina cristaliza para valores de temperatura entre
(A) 1310 °C e 1175 °C. (C) inferiores a 110 °C.
(B) 500 °C e 1400 °C. (D) superiores a 1400 °C.

3. A olivina de alta temperatura (fosterite) é _____ e a olivina de baixa temperatura (faialite) é _____.
(A) muito pobre em sílica ... muito rica em cálcio
(B) muito rica em ferro ... muito pobre em magnésio
(C) muito rica em magnésio ... muito rica em ferro
(D) muito rica em cálcio ... muito rica em ferro

4. O mineral X da rocha A deve ser


(A) piroxena, atendendo à sequência de cristalização.
(B) biotite, dado ser este um mineral máfico.
(C) quartzo, dado que existe sempre sílica num magma.
(D) plagióclase cálcica, que tem temperaturas de cristalização próximas da olivina.

5. De acordo com a série de Bowen, a plagióclase que cristaliza a temperaturas mais baixas é a
(A) anortite.
(B) labradorite.
(C) andesina.
(D) albite.

6. A plagióclase representada na rocha A deve ser a


(A) anortite.
(B) augite.
(C) ortóclase.
(D) albite.

7. Qual dos minerais da série de Bowen resiste mais à meteorização?


(A) O quartzo.
(B) A olivina.
(C) A anortite.
(D) A albite.

8. Ordene as letras de A a D de modo a indicar a sequência de cristalização dos minerais da rocha A, começando pelo mineral
mais recente.
A. Plagióclase 40% Ca-60% Na
B. Olivina
C. Albite
D. Anfíbola rica em magnésio

9. Que evidências podemos retirar da figura 7 que justifiquem a presença de olivina em camadas perto da base de algumas
intrusões.
Teste de avaliação global 2
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I - Inativação do cromossoma X e os gatos tricolores


As fêmeas de mamíferos, incluindo seres humanos, herdam dois cromossomas X. Produzirão estas fêmeas o dobro das proteínas
codificadas pelos genes ligados ao cromossoma X, comparativamente a um macho?
Nas fêmeas, um cromossoma X torna-se inativo durante o desenvolvimento embrionário. Por isso, as células das fêmeas e dos
machos têm a mesma quantidade da maioria dos genes ligados a este cromossoma. O cromossoma X inativo em cada célula das
fêmeas condensa na forma de um corpúsculo (designado por corpúsculo de Barr) e a maioria dos seus genes não é expressa.
Durante a gametogénese, os cromossomas dos corpúsculos de Barr são reativados nas células que originam os oócitos (gâmetas
femininos).
A geneticista britânica Mary Lyon demonstrou que a seleção do cromossoma X que formará um corpúsculo de Barr ocorre de
forma aleatória e independente em cada célula embrionária presente no momento da inativação do X.

Como consequência, as fêmeas apresentam um mosaico de dois tipos de células: umas com o X paterno ativo e outras com o X
materno ativo. Assim, se uma fêmea possui dois alelos diferentes para a cor do pelo no cromossoma X, cerca de metade das
suas células expressarão esse alelo, enquanto as outras expressarão o alelo alternativo. Na figura1 pode observar-se uma fêmea
tricolor resultante da formação destes mosaicos. Refira-se que gatos malhados ou cálicos apresentam também áreas brancas
determinadas ainda por outro gene.
Baseado em K. Mason et al., Biology, McGraw-Hill, 2017
1. As células totipotentes são capazes ____ e podem ser encontradas ____.
(A) de gerar a maioria dos tecidos do animal ... no zigoto
(B) de gerar a maioria dos tecidos do animal ... no zigoto e no recém-nascido
(C) de originar todos os tipos de células e tecidos do animal adulto ... no zigoto
(D) de originar todos os tipos de células e tecidos do animal adulto ... no zigoto e no recém-nascido

2. O gato doméstico apresenta 38 cromossomas nas suas células somáticas. No núcleo de um oócito normal de uma gata
serão esperados
(A) 19 cromossomas simples e 19 moléculas de DNA.
(B) 19 cromossomas duplicados e 38 moléculas de DNA.
(C) 38 cromossomas simples e 38 moléculas de DNA.
(D) 19 cromossomas duplicados e 19 moléculas de DNA.

3. Ordene as expressões identificadas pelas letras de A a E, de modo a reconstituir a sequência cronológica de acontecimentos
que permitem o desenvolvimento do mosaicismo na pelagem dos gatos, iniciando a sequência pela formação de gâmetas.
Note que uma das afirmações está errada, pelo que deve excluí-la da sua resposta.
A. Citocinese centrífuga por meio de fusão de vesículas do complexo de Golgi.
B. Ocorrência de fecundação entre gâmetas com alelos diferentes para a cor do pelo.
C. Ativação dos corpúsculos de Barr.
D. Inativação de um dos cromossomas X e expressão genética.
E. Citocinese centrípeta por estrangulação do citoplasma.
F. Formação de gâmetas com o cromossoma X ativo.

4. No ciclo de vida dos gatos, a meiose é ______, tratando-se de um ciclo de vida


(A) pós-zigótica … haplonte (C) pré-gamética … diplonte
(B) pré-espórica … haplodiplonte (D) pré-gamética … haplonte
5. Nas células somáticas das gatas, os cromossomas X estão _____ e nos gâmetas formados estão ______.
(A) inativos ... inativos (C) inativos ... nuns casos ativos, noutros inativos
(B) um ativo e outro inativo ... ativos (D) ativos … ativos

6. A expressão genética que resulta na produção de pelo de diversas cores decorre da


(A) tradução da informação contida nos intrões. (C) tradução da informação contida nos exões.
(B) transcrição da informação contida nos intrões. (D) transcrição da informação contida nos exões.

7. A cor da pelagem depende da presença de feomelanina (pigmentos amarelos a vermelhos) e de eumelanina (pigmentos
castanhos a pretos). A produção desses pigmentos requer a presença de aminoácidos de tirosina e fenilalanina. A síntese de
proteínas que conferem a cor ao pelo
(A) depende da replicação semiconservativa do DNA.
(B) implica a presença de ribossomas e de tRNA.
(C) implica a transcrição seguida imediatamente da tradução do mRNA.
(D) só ocorre após a síntese de aminoácidos.

8. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas à síntese de proteínas do pelo, o respetivo termo ou
expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Sequência de três nucleótidos complementar dos transcritos de DNA. (1) mRNA
(b) Cadeia polinucleotídica simples resultante do processo de transcrição que contém informação (2) DNA
para a síntese proteica. (3) Codão
(c) Polimerização dos aminoácidos ao nível dos ribossomas associados ao retículo endoplasmático. (4) Anticodão
(d) Polímero de ribonucleótidos com um local específico de ligação de um aminoácido. (5) Tradução
(e) Vários codões podem codificar o mesmo aminoácido. (6) Transcrição
(7) tRNA
(8) Degenerescência
(9) Ambiguidade
(10) Especificidade

9. Uma das moléculas que contém a informação para a síntese das proteínas do pelo dos gatos apresentava a sequência
nucleotídica 3' UCA GGA UCC 5'. A molécula a partir da qual ocorreu a sua síntese apresentava a sequência de nucleótidos
(A) 3' AGT CCT AGG 5' (C) 5' AGT CCT AGG 3'
(B) 3' AGU CCU AGG 5' (D) 5' AGU CCU AGG 3'

10. Por vezes ocorrem erros na meiose durante a formação de gâmetas. A probabilidade de surgirem gatos machos com
pelagem tricolor é muito rara (1/3000).
Explique, do ponto de vista cromossómico, o que deverá ocorrer para o surgimento de um gato macho cálico, caso surjam
erros na primeira ou na segunda divisões da meiose.

Grupo II - Plasmodium: organismo causador da malária

A malária é uma doença grave, comum e difícil de controlar, sobretudo em países tropicais e subtropicais. Existem quatro
espécies de Plasmodium capazes de infetar o ser humano. Embora cada espécie produza um quadro clínico específico, todas
apresentam ciclos de vida similares nos seus hospedeiros.
O parasita é injetado no ser humano através de uma picada por mosquitos do género Anopheles. O mosquito injeta uma
secreção salivar anticoagulante, veículo para os esporozoítos atingirem a corrente sanguínea. Pela circulação, atingem o fígado,
instalando-se nas células hepáticas. Nelas, o núcleo dos esporozoítos divide-se várias vezes, originando dezenas de milhares de
merozoítos, libertados para o meio extracelular quando ocorre a rutura do hepatócito. Os merozoítos libertados entram nas
hemácias, onde experimentam uma série de ciclos reprodutivos. Quando penetram nas hemácias, tornam-se trofozoítos,
alimentando-se da hemoglobina. Os trofozoítos multiplicam-se dentro da hemácia, produzindo 6 a 36 merozoítos, que,
dependendo da espécie, rompem a hemácia para depois infetar novas células vermelhas.
Quando os glóbulos vermelhos rompem, libertam-se produtos do metabolismo do parasita para a circulação do paciente, o que
resulta em calafrios e febre, característicos da malária.
Após alguns ciclos nas hemácias, a infeção de novas células por alguns dos merozoítos resulta na produção de micro e
macrogametócitos, em vez de uma nova geração de merozoítos.
Ao picar um indivíduo doente, o inseto ingere sangue contendo gametócitos, que, no estômago do mosquito, originam gâmetas
masculinos e femininos, ocorrendo a fecundação com a formação de vários zigotos.
Na parede do estômago, e por divisões múltiplas, produzem-se centenas de esporozoítos que migram para as glândulas
salivares, de onde poderão ser transmitidos a indivíduos saudáveis.
1. No ciclo de vida do protozoário causador da malária, X representa o ciclo _____ e Y representa o ciclo _____.
(A) sexuado … sexuado (C) sexuado ... assexuado
(B) assexuado ... assexuado (D) assexuado ... sexuado

2. No ciclo X, a meiose é _____, tratando-se de um ciclo de vida _____.


(A) pós-zigótica haplonte (C) pré-gamética diplonte
(B) pré-espórica haplodiplonte (D) pré-gamética haplonte

3. Relativamente ao ciclo de vida do parasita representado,


(A) a fase diploide ocorre no ser humano.
(B) os merozoítos que ocorrem no fígado resultantes dos esporozoítos são geneticamente diferentes.
(C) meiose e fecundação são responsáveis pela alternância de gerações.
(D) o processo de divisão dos merozoítos envolve fenómenos de recombinação génica.

4. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas ao ciclo de vida do Plasmodium, o respetivo termo ou
expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Processo de reprodução assexuada do Plasmodium no interior do fígado. (1) Mosquito Anopheles
(b) Ocorrem fenómenos de recombinação génica, responsáveis pela variabilidade genética do (2) Mitose
parasita. (3) Esporulação
(c) Hospedeiro onde o parasita existe apenas no estado haploide. (4) Meiose
(d) Ciclo de vida do Plasmodium. (5) Diplonte
(e) Processo de reprodução assexuada do parasita no ser humano. (6) Esquizogonia
(7) Haplonte
(8) Haplodiplonte
(9) Multiplicação vegetativa
(10) Ser humano

5. Os mosquitos do género Anopheles, tais como outros insetos, apresentam um eficiente mecanismo de transporte de
oxigénio, porque _____ e o fluido circulante transporta _____.
(A) as superfícies respiratórias são finas, húmidas e intensamente vascularizadas ... gases e nutrientes
(B) as superfícies respiratórias são finas, húmidas e intensamente vascularizadas ... apenas nutrientes
(C) as células contactam diretamente com as superfícies respiratórias ... apenas nutrientes
(D) a sua difusão através da hemolinfa assegura o metabolismo celular ... apenas nutrientes

6. A hemolinfa do mosquito, no seu trajeto pelo corpo, circula


(A) parcialmente dentro de vasos e os esporozoítos que aí circulam são formas haploides.
(B) permanentemente dentro de vasos e os esporozoítos que aí circulam são formas haploides.
(C) parcialmente dentro de vasos e os esporozoítos que aí circulam são formas diploides.
(D) permanentemente dentro de vasos e os esporozoítos que aí circulam são formas diploides.
7. As células da parede do estômago infetadas pelos oocistos são
(A) indiferenciadas, sendo expresso todo o seu genoma.
(B) indiferenciadas, sendo expressa apenas uma parte do seu genoma.
(C) diferenciadas, sendo expresso todo o seu genoma.
(D) diferenciadas, sendo expressa apenas uma parte do seu genoma.

8. Os mosquitos do género Anopheles pertencem ao reino _____ e o parasita do género Plasmodium pertence ao reino _____.
(A) Protista … Animalia (C) Animalia … Animalia
(B) Animalia … Protista (D) Monera … Animalia

9. Referindo-se ao tipo de reprodução que ocorre na formação de esporozoítos, merozoítos e gametócitos, as diferenças
morfológicas são causadas por genomas diferentes ou por diferenças na expressão génica?

Grupo III - Incêndios trazem outros riscos


Após extensas áreas ardidas recentemente em Portugal, o melhor agora é estar quieto. Cortem-se as árvores que estão em
perigo de cair, usem-se troncos para fazer de minibarreiras nas encostas para conter as enxurradas e espere-se pela primavera.
Nessa altura, a vida rebentará.
O eucalipto irá recuperar e os pinheiros, se estiverem em idade adulta, terão armazenado sementes que depois germinarão. As
nativas estão também habituadas ao fogo — que sempre fez parte dos ecossistemas mediterrânicos. Mas há um perigo imenso
à espreita: as espécies exóticas, isto é, as acácias (mimosas) e as háqueas. Adoram fogo, competem com as espécies nativas,
ganham sempre e são difíceis de erradicar.
"Com alguns troncos vão-se fazendo sucessivas barreiras pelas encostas abaixo para evitar a perda de solo e criar mini-
habitats.", alerta Francisco Moreira, o investigador do Instituto Superior de Agronomia e do CIBIO do Porto.
Joaquim Sande Silva, da Escola Superior Agrária de Coimbra, também sublinha a importância de a primeira prioridade ser o
controlo da erosão, evitando os escoamentos superficiais que contaminam as águas e geram enxurradas.
Em termos geológicos, a área de Pedrógão Grande incorpora, principalmente, o complexo xisto-grauváquico, mas surgem
também alguns afloramentos graníticos que quebram a hegemonia do xisto. O Município de Pedrógão Grande pertence
exclusivamente à bacia hidrográfica do Zêzere, que na superfície capta cursos de água de menor dimensão.
Baseado em Público, 24 de outubro de 2017

1. A colocação de troncos para fazer de minibarreiras nas encostas, para conter as enxurradas, pode evitar os movimentos em
massa que
(A) ocorrem quando a força de gravidade supera as forças de resistência dos materiais que se encontram nas vertentes.
(B) têm como agente único as águas das chuvas.
(C) surgem apenas em estratos de origem sedimentar, facilmente desagregados.
(D) resultam da ação da água nas diáclases.

2. Os incêndios provocam a desflorestação, aumentando os movimentos em massa,


(A) porque, devido às enxurradas do inverno, os materiais de um solo húmido passam a ter um ângulo de repouso inferior aos
solos secos.
(B) porque, devido às enxurradas, a porosidade dos solos aumenta e este flui, deslizando mais facilmente.
(C) que têm como único agente o efeito da gravidade.
(D) porque a desagregação e erosão do solo é maior, tornando as vertentes mais suscetíveis aos deslizamentos.

3. Após os incêndios há a necessidade de evitar os escoamentos superficiais que contaminam as águas dos aquíferos, que, se
estiverem limitados por duas camadas impermeáveis, denominam-se
(A) aquíferos livres. (C) aquiclusos.
(B) aquíferos confinados. (D) aquíferos impermeáveis.

4. Considerando que o solo da zona ardida é de origem granítica, podemos referir que a rocha-mãe que o originou é
(A) magmática plutónica, sendo a equivalente vulcânica o riólito. (C) metamórfica regional, resultante de alterações do xisto.
(B) magmática vulcânica, sendo a equivalente plutónica o gabro. (D) sedimentar, resultante da diagénese do xisto-grauvaque.

5. O granito é considerado uma rocha


(A) máfica de alta densidade. (C) félsica de baixa densidade.
(B) félsica de alta densidade. (D) máfica de alta densidade.

6. Pedrógão Grande pertence, exclusivamente, à bacia hidrográfica do Zêzere, que corresponde


(A) à malha definida pelo Zêzere e pelos rios tributários.
(B) ao percurso do Zêzere, da nascente até à foz.
(C) a uma área drenada que pode individualizar-se em sub-bacias correspondentes a rios afluentes.
(D) a canais de grande largura que drenam água até à linha de água.
7. Os balastros correspondem a sedimentos transportados pelo rio e
(A) são sedimentos com dimensões superiores a 2 mm que formam cascalheiras.
(B) são partículas que sofrem saltação da nascente até à foz.
(C) são pouco rolados devido, essencialmente, ao transporte por arrastamento.
(D) resultam de processos de saltação após transporte por suspensão.

8. As afirmações seguintes dizem respeito à ocupação antrópica e problemas nos ecossistemas. Selecione a opção que as
avalia corretamente.
I. Os impactes antrópicos revelam-se ao nível dos incêndios, que causam a desflorestação e aumentam o efeito de estufa.
II. As alterações climáticas são o resultado, também, da ocupação antrópica.
III. As acácias e as háqueas são espécies exóticas invasoras que proliferam sem controlo e são uma ameaça para as espécies
nativas.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é falsa; I e III são verdadeiras. (D) I, II e III são verdadeiras.

9. Faça corresponder as letras da coluna A a um número da coluna B. Use os números apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Rocha metamórfica resultante de recristalização do calcário. (1) gabro
(b) Rocha sedimentar formada pela cimentação de grãos de areia. (2) xisto
(c) Equivalente plutónico do basalto. (3) mármore
(d) Rocha plutónica de composição semelhante ao andesito. (4) arenito
(5) sienito

10. Indique quatro consequências nos ecossistemas resultantes dos incêndios, sintetizando cada uma delas.

Grupo IV
Os aquíferos são formações rochosas que permitem a circulação de água em
quantidade. Os aquíferos podem ser classificados de acordo com a
permeabilidade das camadas rochosas que os limitam. Este fator também
condiciona a resiliência dos aquíferos para a contaminação e a respetiva
recuperação. Observe a figura 4 e retire as informações necessárias para
responder às questões, sabendo que em B existe um aquífero confinado.

1. As camadas rochosas A e C são impermeáveis se


(A) A for granito não fissurado e C for arenito.
(B) B for uma zona saturada de água e D um aquífero livre.
(C) B for um aquífero livre.
(D) forem ambas formações cársticas com diáclases.

2. Se a formação C for argilosa, então em D encontramos


(A) um aquífero suspenso. (C) uma zona de aeração.
(B) uma zona saturada de água. (D) a franja capilar.

3. Se realizarmos a abertura de um poço em F, este será


(A) um poço seco, em que a pressão hidrostática é superior à atmosférica.
(B) um furo artesiano, cuja saída de água é controlada pela diferença entre o nível hidrostático e o nível topográfico.
(C) um poço seco, em que a pressão hidrostática é inferior à atmosférica.
(D) um furo artesiano, em que a pressão hidrostática é igual à pressão atmosférica.

4. Em H encontramos
(A) o nível hidrostático. (C) o limite inferior da zona de saturação.
(B) a franja capilar. (D) o limite superior da zona de aeração.

5. São zonas de recarga, a(s) zona(s)


(A) E e G. (C) C.
(B) D e G. (D) E.

6. Qual dos aquíferos, B ou D, se for contaminado, terá maior dificuldade em recuperar?


(A) O D, por estar mais perto da superfície e ser alvo de maior poluição.
(B) O B, mais profundo com contaminação mais lenta e, consequentemente, também maior dificuldade em recuperar.
(C) O B, por ter uma zona de recarga maior.
(D) O D, por ter uma zona de recarga com área maior.
7. O aquífero D é um aquífero
(A) livre. (C) com o nível freático constante.
(B) confinado. (D) depositado em terreno argiloso.

8. Faça corresponder a cada uma das expressões da coluna A, referentes a aquíferos, a respetiva designação da coluna B.
Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Granito não poroso. (1) Nascente
(b) Zona subterrânea saturada de água. (2) Camada aquífera
(c) Poço com saída de água sem bombeamento. (3) Substrato impermeável
(d) Parâmetro de poluição física de um aquífero. (4) Furo artesiano repuxante
(e) Zona de contacto do nível freático com o exterior. (5) Variações de temperatura
(f) Arenito

9. Se na zona G da figura 4 se realizasse o cultivo de carácter intensivo de produtos vegetais, seria provável que o aquífero B
fosse contaminado.
Refira-se à origem da poluição referida e indique duas substâncias que geram essa poluição com frequência. Indique, ainda,
três substâncias tóxicas que são, geralmente, lançadas na água com esses produtos.
Exame final 1
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I
As algas vermelhas (divisão Rhodophyta) são um dos grupos mais antigos de algas eucarióticas. As Rhodophytas constituem um
dos maiores filos de algas, sendo maioritariamente composto por organismos marinhos multicelulares. Este grupo caracteriza-se
pela presença de células eucarióticas não flageladas, sem centríolos, com cloroplastos que não possuem tilacoides empilhados e,
ainda, que utilizam a ficobilina como pigmento acessório, o que confere a estas algas a coloração vermelha.

As algas verdes, membros da divisão Chlorophyta, contêm os mesmos pigmentos fotossintéticos que estão presentes nas
plantas vasculares (clorofilas a e b, carotenos e xantofilas). As algas verdes variam em forma e tamanho, incluindo organismos
unicelulares, coloniais e filamentosos. São um grupo tradicionalmente conhecido, partilhando um mesmo ancestral comum com
as plantas terrestres. As sequências de DNA do núcleo e dos organelos e as características ultraestruturais (em particular a
transferência de genes do cloroplasto para o núcleo) sustentam fortemente a ideia da monofilia para a origem deste grupo. Este
dado terá, provavelmente, perdido as ficobilinas (que estão presentes nas cianobactérias e nas algas vermelhas), mas terá, por
outro lado, adquirido clorofila b (para além da já presente clorofila a).
A linha evolutiva termina nas plantas terrestres vasculares que possuem tecidos lignificados para a condução de água e minerais
e um tecido não lignificado especializado em conduzir produtos da fotossíntese.
Baseado em Lobbar & Wynne, The Biology of Seaweeds, 1981.
1. No ciclo de vida das Rhodophytas, a meiose ocorre imediatamente
(A) antes da formação dos tetrásporos. (C) antes da formação dos gâmetas.
(B) antes da formação dos carpósporos. (D) após a formação do zigoto.

2. As algas vermelhas apresentam um ciclo de vida


(A) diplonte, sendo os gâmetas haploides. (C) haplodiplonte, sendo os tetrásporos haploides.
(B) diplonte, sendo os tetrásporos diploides. (D) haplodiplonte, sendo os carpósporos haploides.

3. O gametófito das algas vermelhas constitui uma entidade _____, em que os gâmetas são gerados por _____.
(A) diploide ... divisões mitóticas (C) haploide ... divisões mitóticas
(B) diploide ... divisões meióticas (D) haploide ... divisões meióticas

4. Se numa espécie de Rhodophytas com 2n = 40 não ocorrer disjunção de um dos pares de cromossomas homólogos durante
a anáfase I da meiose, obter-se-ão, como produto final da meiose,
(A) 4 células com 2n + 1 cromossomas.
(B) 2 células com n + 1 cromossomas e 2 células com n - 1 cromossomas.
(C) 2 células com n cromossomas, 1 célula com n + 1 cromossomas e outra com n - 1 cromossomas.
(D) 4 células com n + 1 cromossomas.

5. As evidências moleculares que atestam a ancestralidade comum de plantas e algas verdes constituem
(A) argumentos paleontológicos. (C) argumentos de anatomia comparada.
(B) argumentos bioquímicos. (D) argumentos citológicos.
6. Nas plantas terrestres, durante a fotossíntese,
(A) ocorre a fixação do carbono no ciclo de Calvin, que se realiza ao nível da membrana dos tilacoides.
(B) a energia conservada na forma de ATP e NADPH na fase fotoquímica é depois usada no ciclo de Calvin.
(C) ocorre redução da molécula de água para regenerar o estado inicial da clorofila do centro de reação.
(D) a cadeia transportadora de eletrões e a formação de ATP são dois processos que ocorrem de forma independente.

7. Nas algas verdes e nas plantas terrestres, durante a fase fotoquímica da fotossíntese, ocorre
(A) redução do pigmento fotossintético. (C) uma cadeia de reações redox.
(B) oxidação do NADPH. (D) fotofosforilação oxidativa.

8. Segundo a hipótese da tensão-adesão-coesão, nas plantas vasculares, o movimento de seiva bruta ocorre
(A) por diminuição da pressão osmótica nos vasos xilémicos foliares.
(B) devido ao transporte ativo de sais ao nível da raiz.
(C) por criação de um défice de água no xilema da raiz.
(D) por carregamento de água no xilema vinda do floema.

9. Nas plantas vasculares, durante o processo de respiração, ocorre


(A) oxidação do piruvato, sendo produzida acetilcoenzima A.
(B) oxidação do piruvato, sendo produzido ácido tático.
(C) oxidação de uma molécula com 4 carbonos, libertando-se O2.
(D) oxidação de uma molécula de 4 carbonos, com gasto de energia.

10. No ciclo de vida das algas vermelhas é possível identificar a existência de três gerações distintas, existindo apenas
alternância entre duas fases nucleares.
Explique de que modo estão evidenciadas no ciclo de vida apresentado a existência de três gerações e a alternância de fases
nucleares.

Grupo II - Bombas que salvam vidas


Há equipamentos concebidos para acompanhar e ajudar um coração a bombear sangue, como o HeartMate 3, que foi usado na
cirurgia realizada no Hospital de Santa Marta, em Lisboa. Mas também já existem corações artificiais que podem substituir por
completo o nosso.
O HeartMate 3 é, como o nome indica, um parceiro do coração, um motor auxiliar que ajuda este órgão a manter o fluxo de
sangue contínuo. Esta segunda-feira, 6 de março de 2017, foi, pela primeira vez em Portugal, implantado um dispositivo deste
tipo num doente. Porém, os corações artificiais existem e noutros países já houve experiências com dispositivos que
substituíram por completo o coração num doente.
O implante chama-se HeartMate 3 (figura 2) e é a terceira geração destes aparelhos. Trata-se de uma "bomba de levitação
magnética que aspira o sangue do ventrículo esquerdo do coração e injeta-o na aorta". Os ensaios clínicos do primeiro modelo
começaram no início dos anos 90, nos Estados Unidos. De acordo com José Fragata, já se fizeram cerca de 1200 implantes do
HeartMate 3 e já há doentes a viverem com estes dispositivos há 11 anos. Transportado por um saco ao tiracolo, o HeartMate 3
tem baterias para que funcione e custa mais de 100 mil euros.
O HeartMate 3 foi desenhado para restaurar o fluxo de sangue, ajudando pacientes com problemas cardíacos a respirarem
melhor, a sentirem-se menos cansados e com mais energia, melhorando o funcionamento dos órgãos e sendo capazes de
realizar as suas tarefas normais.
Métodos
A equipa dedicada ao desenvolvimento desta nova geração do HeartMate selecionou aleatoriamente alguns pacientes com
insuficiência cardíaca avançada para receberem a nova bomba de fluxo contínuo. Nos pacientes foi monitorizada a
sobrevivência, considerando o risco de AVC ou a necessidade de nova intervenção cirúrgica para substituição ou remoção, seis
meses após o implante.
Dos 294 pacientes, em 152 foi instalada uma bomba de fluxo contínuo (HeartMate 3) e nos restantes (142) foi instalada uma
bomba axial (HeartMate 2) (Tabela 1).
Tabela 1. Descrição dos pacientes
Caraterísticas HeartMate 3 (N=152) HeartMate 2 (N=142)
Idade - anos
Média 60,3 ± 12,3 58,9 ± 12,0
Mediana (intervalo) 64,0 (19-81) 61,0 (24-78)
Indivíduos do sexo masculino - n.° (%) 121 (79,6) 114 (80,3)
Raça ou grupo étnico - n.° (%)
Brancos 104 (68,4) 107 (75,4)
Negros 37 (24,3) 24 (16,9)
Asiáticos 2 (1,3) 1 (0,7)
Nativos do Havai ou das Ilhas do Pacífico 0 2 (1,4)
Outros 8 (5,3) 8 (5,6)
Não descrita 1 (0,7) 0
Superfície corporal - m2 2,1 ± 0,3 2,1 ± 0,3
Isquemia cardíaca; enfarte do miocárdio - n.° (%) 68 (44,7) 72 (50,7)
Histórico de AVC - n.° (%) 12 (7,9) 14 (9,9)

Resultados
Não se verificaram diferenças significativas entre os grupos no que diz respeito à taxa de sobrevivência ou à ocorrência de
acidente vascular cerebral incapacitante, mas a necessidade de intervenção cirúrgica pelo mau funcionamento da bomba foi
mais frequente na geração anterior deste equipamento. A suspeita de ocorrência de trombose foi verificada em mais pacientes
do grupo com a bomba axial (HeartMate 2) e em nenhum paciente com o HeartMate 3. Os investigadores acompanharam a taxa
de sucesso dos dois grupos ao longo de seis meses (figura 3).

Baseado em Público e Diário de Notícias, março de 2017; doi: 10.1056/NEJMoa 1610426


1. No estudo experimental apresentado, uma variável independente pode ser
(A) o tipo de bomba aplicada nos pacientes. (C) a ocorrência de AVC.
(B) a taxa de sobrevivência. (D) a ocorrência de tromboses.

2. A monitorização da necessidade de nova intervenção cirúrgica após os implantes destas duas tecnologias corresponde a
um(a)
(A) constante. (C) variável dependente.
(B) variável independente. (D) grupo de controlo.

3. De acordo com os resultados apresentados no gráfico da figura 3, o equipamento com menor taxa de sucesso é o
(A) HeartMate 2, porque ocorreram mais AVC.
(B) HeartMate 2, porque a percentagem de sobreviventes é inferior.
(C) HeartMate 3, porque ocorreram mais AVC.
(D) HeartMate 3, porque a percentagem de sobreviventes é inferior.
4. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relacionadas com o sistema de transporte nos animais, o
respetivo termo ou expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Permite a ligação funcional entre os capilares sanguíneos e as células. (1) Válvula cardíaca
(b) Impede o retorno do sangue para os ventrículos. (2) Artérias
(c) Vasos sanguíneos onde o sangue flui com menor velocidade. (3) Linfa intersticial
(d) Vasos sanguíneos onde o sangue flui com menor pressão. (4) Sistema circulatório aberto
(e) Impede a mistura de sangue arterial com sangue venoso, ao nível do ventrículo.
(5) Circulação dupla e completa
(6) Veias
(7) Capilares
(8) Sistema circulatório fechado

5. No HeartMate 3 circula sangue _____, sendo um parceiro do coração na circulação _____.


(A) arterial ... sistémica (C) venoso ... sistémica
(B) arterial ... pulmonar (D) venoso ... pulmonar

6. Uma das condições que contribuíram para a maior fiabilidade dos resultados foi o facto de
(A) terem sido constituídos dois grupos aleatórios com um considerável número de pacientes.
(B) se ter analisado o risco de vida dos pacientes.
(C) se terem constituído grupos semelhantes.
(D) Nenhuma das anteriores.

7. Os pacientes, após o tratamento, apresentam uma circulação


(A) incompleta, verificando-se uma reduzida oxigenação de todas as suas células.
(B) incompleta, verificando-se uma elevada oxigenação de todas as suas células.
(C) completa, verificando-se uma reduzida oxigenação de todas as suas células.
(D) completa, verificando-se uma elevada oxigenação de todas as suas células.

8. Qual dos seguintes sistemas respiratórios não se encontra intimamente relacionado com a circulação sanguínea?
(A) Pulmões, nos vertebrados. (C) Traqueias, nos insetos.
(B) Brânquias, nos peixes. (D) Tegumento, nas minhocas.

9. Durante o desenvolvimento embrionário do ser humano, o coração de um feto normal apresenta um orifício entre as
aurículas esquerda e direita, que vai fechando com o desenvolvimento.
Em alguns casos, este orifício não fecha completamente antes do nascimento.
Caso esta situação não seja corrigida cirurgicamente, explique em que medida a quantidade de oxigénio na circulação
sistémica é afetada e apresente extensões desta condição no que se refere à taxa metabólica dos tecidos.

Grupo III
A exploração a céu aberto refere-se a um método de extração de rochas ou minerais numa escavação superficial, diferenciando-
se da mineração subterrânea. É comum quando os jazigos minerais se encontram perto da superfície.
Observe a figura 4 que representa uma secção transversal de uma exploração a céu aberto de um jazigo mineral.

1. Indique a possível designação da rocha A, sabendo que é uma rocha de grão fino com fissilidade.
(A) Calcário. (C) Conglomerado.
(B) Xisto argiloso. (D) Brecha.

2. O ambiente de formação mais propício à deposição da rocha A foi


(A) fluvial. (C) dunar.
(B) marinho. (D) glaciar.
3. O agente de transporte mais provável do tilito é o
(A) rio. (C) mar.
(B) vento. (D) glaciar.

4. A figura 4 mostra o envolvimento de uma falha na formação do jazigo mineral. A falha é do tipo
(A) normal. (C) cavalgaste.
(B) inversa. (D) transformante.

5. As forças tectónicas envolvidas na formação da falha da figura 4 são, quase sempre,


(A) distensivas. (C) compressivas.
(B) destrutivas. (D) de cisalhamento.

6. Sabendo que são necessárias 50 000 toneladas de material extraído para se obter 1000 toneladas de minério metálico, a
percentagem de minério metálico no depósito é de
(A) 2%. (C) 25%.
(B) 4%. (D) 50%.

7. Considera-se minério
(A) o mineral economicamente rentável. (C) o mineral com valores de ppm superiores ao clarke.
(B) a ganga. (D) os minerais de minério e a ganga.

8. Ordene as letras de A a G de modo a reconstituir a sequência de processos envolvidos na formação da secção da figura 4.
A. Formação do arenito. E. Deposição do tilito.
B. Formação do estrato calcário. F. Ocorrência de uma falha.
C. Formação do estrato com a rocha A. G. Veio hidrotermal com minério.
D. Formação de uma superfície de descontinuidade.

9. Descreva a evidência da figura 4 que comprova que o local da secção mudou de latitude.

10. Se a zona do calcário representado na figura 4 estivesse inserida numa auréola de metamorfismo, era de esperar a
formação de
(A) mármore por recristalização dos minerais de calcite. (C) xisto, formado maioritariamente por micas.
(B) quartzito com recristalização de minerais de quartzo. (D) gnaisse com foliação.

Grupo IV - A ilha que terá sido continente


Ontologicamente não existe uma separação entre os conceitos de ilha e continente, pois ambos podem, efetivamente,
encontrar-se rodeados de água por todos os lados. Assim, o critério foi estabelecido por convenção: até à dimensão geográfica
da Gronelândia considera-se uma ilha; maior que essa dimensão passa a designar-se por continente.
As ilhas vulcânicas, tal como o nome indica, tiveram origem em erupções vulcânicas que alimentaram um cone submerso até
este ficar emerso. Porém, há ilhas que se formam de forma diferente.
Devido a um episódio de adelgaçamento e estiramento crustal, um sistema de falhas intracontinentais, profundas, que atingem
toda a crusta, está a dar origem a uma ilha de grande dimensão que corresponde a toda a área que por norma se designa por
"Corno de África".
Estas falhas (de movimentação complexa com componentes verticais e horizontais), associadas a grabens, inicialmente
formando lagos hipersalinos, com atividade hidrotermal muito intensa, serão posteriormente invadidas pela água do oceano,
separando, assim, esta ilha do resto do continente africano.
Estando previsto que a sua área ultrapasse os 2000 km2, terá dimensões muito próximas da maior ilha do mundo.
Nesta região do grande vale do rifte encontram-se muitos fósseis dos nossos antepassados hominíneos (figura 5). Os fósseis de
Lucy, provavelmente o nosso antecessor mais próximo até hoje encontrado, foram descobertos em 1974 em Hagar, na Etiópia.
Lucy apresentava posição ereta, mas braços mais longos e pernas mais curtas do que os seres humanos atuais. Pertencente à
espécie Australopithecus afarensis, apresenta uma idade de 3,2 milhões de anos. Considerada a avó da Humanidade, poderá ter
morrido por queda de uma árvore.

1. As forças tectónicas que provocam a abertura de riftes continentais são


(A) compressivas, associadas a um estiramento crustal intenso e adelgaçamento da crosta.
(B) de cisalhamento, associadas a um estiramento crustal intenso e adelgaçamento da crosta.
(C) distensivas, associadas a um estiramento crustal intenso e adelgaçamento da crosta.
(D) verticais, associadas a um estiramento crustal intenso e adelgaçamento da crosta

2. Considerando que os riftes intracontinentais estão associados à formação de grabens, que tipo de falhas se gera?
(A) Essencialmente falhas inversas. (C) Quase sempre, falhas transformantes.
(B) No geral, falhas de tipo normal. (D) Muitas vezes, falhas horizontais.

3. Que placa tectónica se encontra no presente processo de fragmentação referido no texto?


(A) A placa Indiana, por se Localizar no oceano índico.
(B) A placa Euro-Asiática, que provocou a fragmentação e abertura do rifte.
(C) A placa da Arábica, mais especificamente a zona junto ao oceano Índico.
(D) A placa Africana, mais especificamente o bordo Leste desta placa, no seu contacto com o oceano Índico.

4. Que tipo de rochas dominantes se formam como resultado da atividade tectónica na zona?
(A) Rochas tectonometamórficas hidrotermais, algum vulcanismo e abundante sedimentação.
(B) Rochas sedimentares evaporíticas e ausência de vulcanismo.
(C) Rochas vulcânicas ricas em sílica, sedimentares evaporativas e ausência de metamorfismo.
(D) Somente rochas sedimentares que permitiram a fossilização de antepassados hominíneos.

5. As ilhas vulcânicas dos Açores


(A) localizam-se na junção tripla dos Açores, sendo um dos ramos a dorsal médio-oceânica.
(B) devem a sua origem a movimentos tectónicos no banco de Gorringe, que se localiza na placa Norte-Americana.
(C) apesar do seu enquadramento geotectónico, não apresentam importante atividade vulcânica e sísmica.
(D) localizam-se num enquadramento geotectónico complexo, mas nunca tiveram erupções submarinas.

6. Considerando que o volume da Terra permanece constante, em que ambientes geotectónicos se compensa a acreção de
material litosférico aqui registada?
(A) Em zonas de limites conservativos, onde as placas deslizam entre si sem formação nem destruição de litosfera.
(B) Em zonas de subducção e ao longo dos eixos orogénicos colisionais, onde o material é subductado, criando rochas
tectonometamórficas de alta pressão, e sobe, erigindo os topos das cadeias de montanhas.
(C) Em zonas de limites construtivos, criando rochas tectonometamórficas de alta pressão que sobem, erigindo os topos das
cadeias de montanhas.
(D) Em zonas de limites destrutivos e ao longo dos eixos orogénicos colisionais, onde o material emerge, criando rochas
tectonometamórficas de alta pressão, e sobe, erigindo os topos das cadeias de montanhas.

7. No rifte médio-atlântico ocorre


(A) vulcanismo explosivo com formação de pillow-lavas.
(B) vulcanismo intermédio que origina frequentemente pillow-lavas.
(C) vulcanismo básico que origina frequentemente pillow-lavas.
(D) vulcanismo efusivo com escoadas de lava.

8. Nos limites tectónicos divergentes podem ocorrer falhas ______, cujo movimento relativo dos blocos é horizontal.
(A) inversas (C) transformantes
(B) normais (D) verticais

9. As afirmações seguintes dizem respeito à tectónica de placas e a estudos de anatomia comparada. Selecione a opção que
as avalia corretamente.
I. Os grabens são depressões de origem tectónica com falhas paralelas ou quase paralelas.
II. O vulcanismo intracontinental e intercontinental é sempre caracterizado por emissões submarinas, explosivas e básicas.
III. Estruturas homólogas entre o fóssil Lucy e o homem demonstram uma evolução divergente e origem embrionária comum.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) I e III são verdadeiras; II é falsa.
(B) II é verdadeira; I e III são falsas. (D) I e II são verdadeiras; III é falsa.

10. Explique a razão mais provável para o aparecimento de muitos fósseis de hominíneos no vale do rifte.
Exame final 2
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, selecione a opção correta.

Grupo I - Vida é trabalho


As células vivas necessitam de energia a partir de fontes externas para realizarem as mais diversas tarefas - por exemplo, síntese
de polímeros, transporte de substâncias através de membranas, movimento e reprodução.
A impala obtém energia para as suas células alimentando-se através de plantas; outros animais alimentam-se de outros
organismos que, por sua vez, se alimentam de plantas.
A energia armazenada nas moléculas orgânicas dos alimentos vem fundamentalmente do Sol. A energia flui para o interior de
um ecossistema a partir da luz solar e é libertada sob a forma de calor. Por outro lado, os elementos químicos essenciais para a
vida são reciclados. A fotossíntese produz oxigénio e moléculas orgânicas utilizadas pelas mitocôndrias dos eucariontes como
combustível para a respiração celular. A respiração decompõe esse combustível, produzindo ATP. Os produtos resultantes da
respiração aeróbia constituem as matérias-primas para a fotossíntese.

1. Catabolismo está para o anabolismo assim como a _____ está para a _____.
(A) reação exotérmica reação espontânea (C) reação espontânea ... reação endotérmica
(B) reação exotérmica reação endotérmica (D) reação espontânea ... reação exotérmica

2. Os elementos químicos essenciais para a vida são reciclados. Nos ecossistemas, ao longo das cadeias alimentares, os fluxos
de matéria e de energia são, respetivamente, _____ e _____.
(A) cíclico ... unidirecional (C) cíclico ... cíclico
(B) unidirecional ... cíclico (D) unidirecional … unidirecional

3. Relativamente à respiração aeróbia, qual das seguintes afirmações descreve os resultados desta reação?
(A) O2 é oxidado e C6H1206 é reduzido. (C) C6H12O6 é oxidado e O2 é reduzido.
(B) C6H12O6 é reduzido e CO2 é oxidado. (D) O2 é reduzido e CO2 é oxidado.

4. A glicólise ocorre na(o) _____ e é uma etapa _____.


(A) matriz mitocondrial ... exclusiva da respiração aeróbia
(B) membrana externa da mitocôndria ... exclusiva da fermentação
(C) membrana interna da mitocôndria ... comum à respiração e à fermentação
(D) citoplasma ... cujo saldo energético é de 2 moléculas de ATP

5. O oxigénio consumido durante a respiração celular está envolvido diretamente no(a) ______ e, ao contrário da
fermentação, os produtos finais resultantes são _____ em energia potencial.
(A) ciclo do ácido cítrico ... ricos (C) glicólise ... pobres
(B) cadeia transportadora de eletrões ... pobres (D) cadeia transportadora de eletrões ... ricos

6. Por cada molécula de glicose metabolizada durante a respiração aeróbia, qual é o número total de moléculas de NADH e de
FADH2 produzidas?
(A) 4 (C) 10
(B) 6 (D) 12

7. Faça corresponder a cada uma das afirmações da coluna A, relativas a processos de obtenção de energia pelos seres vivos,
o respetivo termo ou expressão da coluna B que a identifica. Utilize cada letra e cada número apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Degradação incompleta de substâncias orgânicas, originando produtos ricos em energia (1) Glicogénio
potencial. (2) Respiração aeróbia
(b) Processo que ocorre nas células eucarióticas, independente da presença de oxigénio. (3) Ciclo de Krebs
(c) Polímero de monossacarídeos com função de reserva nos animais. (4) Fermentação
(d) Último aceitados de eletrões na respiração aeróbia. (5) Amido
(e) Produção de compostos orgânicos a partir de compostos inorgânicos, com libertação de (6) Glicólise
oxigénio. (7) NAD+
(8) Cadeia respiratória
(9) O2
(10) Fotossíntese

8. Numa cadeia alimentar, quanto à fonte de carbono e ao modo de obtenção de energia, as plantas classificam-se,
respetivamente, em seres
(A) autotróficos e fotossintéticos. (C) fotossintéticos e autotróficos.
(B) heterotróficos e quimiossintéticos. (D) quimiossintéticos e heterotróficos.
9. Ordene as letras de A a F de modo a reconstituir a sequência cronológica das etapas relacionadas com a atividade
metabólica das plantas. Note que uma das afirmações está errada, pelo que deve excluí-la da sua resposta.
A. Produção de energia metabólica nas células da raiz. E. Oxidação catabólica da glicose nas células da raiz.
B. Produção de compostos orgânicos nos cloroplastos. F. Fluxo de compostos orgânicos do xilema do caule para
C. Transporte ativo de solutos para o interior da raiz. o xilema da raiz.
D. Fluxo de açúcares nos tecidos liberinos até à raiz.

10. As afirmações seguintes dizem respeito às etapas da respiração aeróbia. Selecione a opção que as avalia corretamente.
I. Na cadeia respiratória ocorre um fluxo de eletrões, como resultado da oxidação de transportadores, até ao aceitador final de
oxigénio, verificando-se a síntese de ATP.
II. Durante a respiração aeróbia, a acetil-CoA acumula-se na mitocôndria, no espaço intermembranar.
III. No ciclo de Krebs, por cada molécula de piruvato oxidada, resultam 4 moléculas de CO 2.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é falsa; I e III são verdadeiras. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

11. A concentração de CO2 atmosférico afeta a produtividade das plantas?


Com base na questão-problema, formule uma hipótese e apresente um desenho experimental que lhe permita testar a
hipótese. Na resposta deverá igualmente referir o grupo de controlo, constantes e variáveis independente e dependente.

Grupo II - Plantas "farejadoras" de bombas


Não precisam de cabos, nem de pilhas, nem de eletricidade. Tal como os seres humanos, as plantas reagem a diversos estímulos
ambientais: luz, humidade, temperatura, toque e elementos químicos como o azoto (N) e o fosfato (P). As plantas respondem
continuamente ao ambiente, 365 dias por ano, 24 horas por dia, e algumas não são lentas... A dioneia, por exemplo, é uma
planta insetívora suficientemente rápida para apanhar uma mosca (figura 2).
June Medford e a sua equipa da Universidade do Colorado trabalham num cenário de filme de ficção científica: um aeroporto
equipado com uma floresta de plantas detetoras de bombas que podem 'farejar' potenciais terroristas. As plantas de June não
conseguem apanhar moscas, mas são capazes de detetar vestígios de explosivos químicos através de recetores microscópicos
existentes à superfície das suas folhas, caules e raízes (figura 3). Tratam-se de pequenas proteínas que têm a capacidade de se
ligarem a compostos feitos pelo ser humano, como partículas de explosivos que flutuam pelo ar.

Desenho experimental e resultados


Os investigadores descobriram uma sequência de DNA que promove nas plantas o crescimento destes recetores, por
modificação genética da planta. Essa sequência é inserida nas plantas de June de uma forma tão fácil como dar um mergulho às
plantas. Basta colocar a parte aérea de um vaso de plantas numa solução com bactérias (ex. Agrobacterium tumefaciens) e
agitar suavemente. June e colaboradores inseriram o novo gene nas bactérias, as quais se encarregam de o transferir para o
DNA das plantas. As sementes destas plantas serão depois cultivadas em placas de Petri e as jovens plantas resultantes serão
capazes de "farejar" bombas.

Figura 4 Indução da expressão do gene repórter GUS nas células do mesófilo de Arabidopsis na presença (+) e na ausência (-) de
explosivos (TNT).
Grupos experimentais:
A: ausência de recetores de TNT;
B: ausência de HK;
C: ausência de proteínas promotoras da transcrição;
D: circuito completo.
Quando as plantas sentinelas transgénicas entram em contacto com moléculas de explosivos que se ligam aos recetores das
células, desencadeia-se uma série de reações em cascata através de sinais de histidina quinase (HK). As HK são enzimas
multifuncionais, transmembranares, que, na presença de um sinal, transferem um grupo fosfato do ATP para um resíduo de
histidina e deste para um grupo aspartato, originando aspartil fosfato. Este desencadeia a ativação de genes que conduzem a
uma resposta visual rápida: a perda da cor verde, fazendo com que as plantas se tornem brancas.
Este circuito de deteção foi estudado na planta Arabidopsis thaliana (figura 3). Para terem a certeza dos componentes
envolvidos nesta sequência de reações, os investigadores estudaram vários grupos de Arabidopsis transgénicas (figura 4).
Baseado em doi: 10.1371/journal.pone.0016292; doi: 10.1111/j.1467-7652.2006.00205.x

1. As afirmações seguintes dizem respeito ao estudo realizado em plantas de Arabidopsis. Selecione a opção que as avalia
corretamente.
I. Considerando apenas os grupos A e B na presença de TNT, a remoção da HK constitui uma variável independente.
II. No estudo realizado, a presença ou ausência de TNT constitui uma variável dependente.
III. A ocorrência da transcrição do DNA do gene repórter constitui uma variável dependente.
(A) I é verdadeira; II e III são falsas. (C) II e III são verdadeiras; I é falsa.
(B) II é falsa; I e III são verdadeiras. (D) I e III são verdadeiras; II é falsa.

2. Formule uma questão-problema que poderá ter estado na base do estudo realizado.

3. Considerando o estudo dos componentes químicos implicados na indução da expressão do gene GUS sob o efeito do TNT,
indique o(s) grupo(s) de controlo desta experiência.

4. No grupo experimental D, é expectável que na presença de TNT as células _____ venham a apresentar uma cor _____.
(A) das folhas ... branca (C) das folhas ... verde
(B) do caule ... branca (D) do caule ... verde

5. Analisando os resultados do estudo realizado, na ausência de TNT, a presença de um circuito completo, _____ a expressão
do gene GUS, e a síntese das enzimas a partir deste implica _____.
(A) influencia ... o reconhecimento direto dos seus monómeros pelo mRNA.
(B) não influencia ... a tradução do mRNA por intervenção dos ribossomas.
(C) influencia ... que cada codão, por intermédio do anticodão, codifique para o monómero respetivo.
(D) não influencia ... primeiro o processamento do pré-mRNA para depois ocorrer a tradução do mRNA.

6. A membrana celular das células de Arabidopsis possui proteínas


(A) periféricas que interagem com outros compostos no interior das células, interferindo na expressão do gene GUS.
(B) transmembranares que participam em transportes não mediados, interferindo na expressão do gene GUS.
(C) intrínsecas que interferem diretamente com a expressão do gene GUS.
(D) Integradas que, por meio de sinais químicos, interferem na expressão do gene GUS.

7. Ordene as letras de A a F, relativas à planta Arabidopsis, de modo a reconstituir a sequência dos processos que conduzem a
uma resposta visual da planta à presença de TNT.
A. Presença de partículas de TNT no ar. D. Desfosforilação do ATP.
B. Reconhecimento do sinal externo ao nível dos recetores E. Transferência de genes para o genoma de Arabidopsis.
da membrana. F. Transferência de fósforo para o aspartato.
C. Transcrição do gene GUS.

8. A introdução de novos genes em Arabidopsis com recurso a Agrobacterium tumefaciens só foi possível
(A) devido a diferenças na composição da molécula de DNA.
(B) devido à universalidade da molécula de DNA.
(C) porque ambos os seres vivos são formados por célula procarióticas.
(D) porque o código genético é redundante.

9. O processo que se segue à transcrição dos genes introduzidos em Agrobacterium tumefaciens


(A) ocorre no núcleo e inclui a remoção dos intrões.
(B) ocorre no núcleo e inclui a excisão de regiões codificantes.
(C) consiste na migração de RNA mensageiro do núcleo para o citoplasma.
(D) ocorre no citoplasma, com a polimerização de uma cadeia peptídica.

10. A dioneia é suficientemente rápida para apanhar uma mosca. Esta planta insetívora pode ser considerada um ser _____
que complementa a sua nutrição com uma fonte complementar de azoto que obtém a partir de compostos _____ das suas
presas.
(A) heterotrófico ... quaternários (C) autotrófico ... quaternários
(B) heterotrófico ... ternários (D) autotrófico ... ternários
11. Nas plantas, a fase não dependente diretamente da luz ocorre no _____ dos cloroplastos e a redução do oxigénio a par da
síntese de ATP ocorre durante a _____.
(A) estroma ... etapa fotoquímica (C) tilacoides fosforilação oxidativa
(B) estroma ... cadeia respiratória (D) tilacoides ... etapa química

12. Estímulos externos, tais como a presença de explosivos, ativam circuitos nas plantas transgénicas referidas no estudo
apresentado, induzindo uma alteração de cor que pode ser rapidamente detetada pelo público em geral. A alteração de cor
nestes biorradares pode também ocorrer por causas naturais, consequência da senescência das plantas.
Tendo em conta as causas apresentadas para a mudança de cor, apresente argumentos que permitam aceitar que a mudança
de cor provocada pelos explosivos não se deve a causas naturais.

Grupo III - Serra da Boa Viagem


Esta serra descreve uma estrutura monoclinal com uma sequência inclinada para sul, com orientação aproximada ESE-WNW. A
norte, a extensa linha de costa contacta com a serra da Boa Viagem através de uma falha subvertical. A linha de costa apresenta
uma configuração retilínea e bem definida (figura 5).
As litologias que afloram na região podem ter idades compreendidas entre o Jurássico Médio e o Cretácico. Litologicamente,
encontramos, ao longo da extensa serra, calcários da base do Jurássico, margas com elevada percentagem de argila e calcários
margosos, alternados com níveis mais negros. Por vezes, nos calcários, surge fraturação concordante com a falha subvertical
principal que limita a costa da serra a norte (figura 6).
Do ponto de vista paleontológico, observam-se, nesta área, numerosos fósseis de bivalves, turritelas, Skolithos e amonites.

1. A litologia que surge na área da serra da Boa Viagem é tipicamente constituída por
(A) rochas sedimentares, que cobrem 75% da superfície terrestre.
(B) rochas sedimentares detríticas, que têm pouca expressão volumétrica.
(C) rochas resultantes de meteorização física e química, ligeiramente metamorfizadas.
(D) rochas sedimentares e metamórficas de baixo e médio grau.

2. As rochas argilosas caracterizam-se por ser


(A) porosas e permeáveis. (C) não porosas e permeáveis.
(B) porosas e impermeáveis. (D) não porosas e impermeáveis.

3. Em regiões ricas em água, as camadas argilosas, sobrepostas por estratos arenosos, podem originar
(A) aquíferos livres. (C) aquíferos confinados.
(B) aquíferos cativos. (D) aquíferos contaminados.

4. As amonites encontradas em rochas sedimentares são consideradas.


(A) bons fósseis de fácies de ambientes fluviais. (C) bons fósseis de idades do Mesozoico.
(B) bons fósseis de fáceis do Mesozoico. (D) bons fósseis de idade do Cenozoico.

5. Faça corresponder um número da coluna B a uma afirmação da coluna A. Use os números apenas uma vez.
Coluna A Coluna B
(a) Dobras com as rochas mais recentes no núcleo. (1) Antiforma
(b) Dobras com abertura voltada para baixo. (2) Sinforma
(c) Dobras com as rochas mais antigas no núcleo. (3) Monoclinal
(d) Dobras com abertura dirigida para cima. (4) Sinclinal
(5) Anticlinal
6. Segundo o princípio da identidade paleontológica, se encontrarmos na área referida no texto estratos com a mesma
variedade de espécies de amonites, então os estratos
(A) terão a mesma idade relativa.
(B) terão idades crescentes na direção ESE-WNW, de acordo com a orientação a serra da Boa Viagem.
(C) terão a mesma idade absoluta.
(D) ter-se-ão formado em ambiente marinho de elevada temperatura.

7. A falha subvertical referida no texto forma-se quase sempre em regimes


(A) de deformação frágil. (C) apenas de distensão.
(B) de deformação dúctil. (D) apenas compressivos.

8. A falha normal difere da falha inversa porque,


(A) a primeira, ocorre em regime frágil e, a segunda, em regime dúctil.
(B) na primeira, o teto desce em relação ao muro.
(C) na primeira, a infeção provoca uma maior divisão das culturas celulares em geral.
(D) a primeira, ocorre em regime dúctil e, a segunda, em regime frágil.

9. Sendo o calcário uma rocha, geralmente, de grão muito fino, como podemos explicar o aparecimento de aquíferos em
modelados cársicos?

10. O texto refere o aparecimento de níveis mais negros nos calcários. Explique a possível origem desta coloração.

Grupo IV - Megatsunami pode atingir vários continentes


La Palma é a ilha do arquipélago das Canárias onde atualmente há maior atividade vulcânica (figura 7).
O vulcão Cumbre Vieja tem reconhecida atividade desde 1470, tendo a última erupção ocorrido em 1971. O vulcão está sob
monitorização constante, dada a existência de múltiplas falhas na ilha que lhe serve de suporte, o que levará, no caso de haver
uma erupção, à ocorrência de uma catástrofe provocada pelo colapso da ilha no oceano.

Este possível fenómeno foi referido pela British Broadcasting Corporation (BBC2Channel) num documentário sobre
megatsunamis, mas já anteriormente cientistas tinham referido a hipótese de, num futuro indeterminado, a metade ocidental
do Cumbre Vieja (cerca de 500 km2, com uma massa de cerca de 1,5 x 1015 kg) colapsar catastroficamente, provocando um
enorme deslizamento gravitacional, e afundar no oceano Atlântico. Estudos com modelos computacionais indicam que a onda
resultante pode atingir uma amplitude acima dos 600 m e deslocar-se a cerca de 1000 km/h, podendo inundar cerca de 25 km
dos continentes afetados (a costa leste do continente americano, a costa oeste africana e o litoral ocidental europeu).
As preocupações e o medo nas populações têm aumentado nas últimas horas, devido a uma série de pequenos sismos
detetados na ilha de La Palma. Na realidade, mais de 40 pequenos abalos foram recentemente monitorizados com origem no
Cumbre Vieja.
O professor Iain Stewart, da Universidade de Plymouth, reafirmou que as pessoas não deveriam temer a devastação de uma
megatsunami, pois, desde o inicio da civilização, tal nunca aconteceu.
Baseado em The Sun, 27 de outubro de 2017
1. O arquipélago das Canárias localiza-se na
(A) placa Africana, tal como todas as ilhas dos Açores.
(B) placa Euro-Asiática, tal como a ilha da Madeira.
(C) placa Africana, tal como as ilhas de Cabo Verde.
(D) placa Americana, em contacto com o rifle que origina os abalos sísmicos.
2. O vulcanismo intraplaca de La Palma resulta, provavelmente, de
(A) um ponto quente que acompanha o deslocamento este-oeste da placa continental.
(B) um ponto quente que acompanha o deslocamento norte-sul da placa continental.
(C) um ponto quente que acompanha o deslocamento oeste-este da placa continental.
(D) um ponto quente que acompanha o deslocamento sul-norte da placa continental.

3. A ilha de La Palma é mais ____ que a ilha de Lanzarote e Fuerteventura, que são as mais ____ do arquipélago.
(A) nova ... velhas (C) recente ... novas
(B) velha ... novas. (D) antiga ... recentes

4. Faça corresponder o número da coluna B a uma afirmação da coluna A. Use os números apenas uma vez.
COLUNA A COLUNA B
(a) Rocha que corresponde à componente extrusiva do granito. (1) Riólito
(b) Plutónica intrusiva de cor escura com textura fanerítica. (2) Andesito
(c) Rocha ígnea mantélica ultramáfica, composta, sobretudo, por olivinas (3) Peridotito
associadas a outros silicatos. (4) Gabro
(d) Rocha vulcânica, de composição intermédia, com textura afanítica. (5) Traquito

5. As areias de las Palmas são escuras devido à erosão de rochas


(A) félsicas, ricas em ferro e magnésio. (C) básicas, ricas em ferro e magnésio.
(B) félsicas, ricas em sílica. (D) básicas, ricas em sílica.

6. O termo tsunami, que em japonês significa "onda de porto", corresponde


(A) a ondas de mar resultantes de sismos com epicentro profundo em zona continental.
(B) a ondas geradas em regiões oceânicas devido a sismos de forte magnitude, erupções vulcânicas ou movimentos de massa
submarinos.
(C) a ondas de grande amplitude que podem surgir devido a um sismo com epicentro na crosta oceânica ou na crosta
continental.
(D) a ondas geradas em epicentros continentais de sismos de forte magnitude ou por erupções vulcânicas e movimentos de
massa.

7. As ondas P caracterizam-se por serem ondas _____, enquanto as ondas _____ são as superficiais, de maior velocidade.
(A) transversais ... R (C) transversais ... L
(B) longitudinais ... L (D) longitudinais ... R

8. A zona de sombra das ondas P corresponde _____ e encontra-se, em relação ao epicentro e em função do ângulo
epicentral, entre _____.
(A) a uma zona da superfície da Terra onde não se registam ondas indiretas ... os 103° e os 142°
(B) a uma zona da superfície da Terra onde não se registam ondas diretas ... os 103° e os 142°
(C) a uma zona da superfície da Terra onde não se registam ondas diretas ... os 11500 km e os 14000 km de distância ao
epicentro
(D) a uma zona da superfície da Terra onde não se registam ondas indiretas ... os 11500 km e os 14000 km de distância ao
epicentro

9. O grau 9 na escala de Richter quantifica a _____, _____ haver de grau _____.


(A) magnitude ... não podendo .... mais intenso (C) magnitude ... podendo ... superior
(B) intensidade ... podendo .... superior (D) intensidade ... sem ... mais intenso

10. Algum vulcanismo de La Palma tem tendência a originar riólitos. Neste sentido, podemos prever que as erupções que lhe
deram origem eram
(A) efusivas com lava viscosa.
(B) explosivas com lava viscosa.
(C) efusivas com lava efusiva.
(D) explosivas com lava efusiva.

11. O arquipélago das Canárias é extremamente quente e desértico.


Indica a possibilidade de sobrevivência de uma espécie exótica ectotérmica, indicando a importância das condições da
geosfera na preservação da vida na biosfera.
Soluções - Biologia
Unidade 5: Crescimento e renovação celular
Grupo I
1. (A). É a sequência de bases nitrogenadas (A, T, C e G), que integram os nucleótidos, que determina a informação genética da molécula de DNA. As diferentes
combinações destas bases - que chegam a mais de 3 biliões em cada célula - asseguram a variabilidade dos seres vivos.
2. (C). No caso do DNA, a citosina é complementar da guanina e a timina emparelha com a adenina (base púrica com base pirimídica). Desta situação decorre
uma quantidade de citosina idêntica à de guanina e, da mesma forma, de adenina e timina.
3. (D). Os monómeros dos ácidos nucleicos designam-se por nucleótidos e destes fazem parte um grupo fosfato, uma base nitrogenada e um açúcar do grupo
das pentoses.
4. (A). A molécula de DNA forma uma dupla hélice, sendo constituída por duas cadeias polinucleotídicas, cujos nucleótidos de uma cadeia se ligam entre si por
ligações fosfodiéster e através das bases nitrogenadas complementares de cada cadeia por pontes de hidrogénio.
5. (B). Na dupla hélice do DNA, a base A forma duas pontes de hidrogénio com uma base T da cadeia complementar e a base G forma três pontes de hidrogénio
com uma C da cadeia oposta. Ocorrem sempre o emparelhamento de uma base de anel duplo (púrica) com uma base de anel simples (pirimídica). Os pares de
bases A - T e C - G têm o mesmo comprimento e ocupam o mesmo espaço no interior da dupla hélice. Por este motivo, a molécula do DNA apresenta um
diâmetro uniforme.
6. (A). De acordo com a regra de Erwin Chargaff, numa amostra de DNA podemos encontrar quantidades idênticas de nucleótidos, cujas bases constituintes
sejam complementares (timina e adenina, por um lado, e citosina e guanina, por outro). Nesse sentido, sendo a percentagem de citosina de 38%, a quantidade
de adenina será igualmente 38%. O par de bases nitrogenadas citosina-guanina representa, portanto, 24% da constituição desta amostra de DNA, 12% de
citosina e 12% de guanina.
7. (D). A difração de raios X é uma técnica que permite obter conclusões sobre a estrutura do DNA, tendo sido importante pelo facto de ter indicado que o DNA
é uma molécula que apresenta uma estrutura helicoidal, mas não permite fazer o reconhecimento dos tipos de nucleótidos que constituem cada cadeia.
8. (C). O termo cadeia "antiparalela" está relacionado com a síntese das cadeias de DNA em sentidos opostos. Na extremidade de cada cadeia existe uma ligação
livre de carbono que pode estar no quinto ou no terceiro carbono do açúcar (pentose). Deste modo, à extremidade 3' de uma cadeia corresponde a extremidade
5' da outra. Quando uma cadeia está em formação, cada novo nucleótido liga-se pelo grupo fosfato ao carbono 3' da pentose do último nucleótido da cadeia,
repetindo-se o processo no sentido 5' à 3'. A outra cadeia de DNA será construída no sentido inverso, mas sempre de 5' para 3'.
9. O ácido desoxirribonucleico (DNA) é um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e
funcionamento de todos os seres vivos e alguns vírus, transmitindo as características hereditárias de cada ser vivo. Os segmentos de DNA que contêm a
informação genética designam-se por genes. O DNA apresenta-se tipicamente como um par de cadeias polinucleotídicas antiparalelas, formando uma dupla
hélice. Os nucleótidos estão presentes em ambas as cadeias da dupla hélice, unidos com nucleótidos da mesma cadeia por ligações fosfodiéster e à cadeia
complementar por meio de pontes de hidrogénio formadas pelas suas bases.
Os nucleótidos são formados por um grupo fosfato, por uma pentose (desoxirribose) e por uma de quatro bases nitrogenadas - adenina (A), citosina (C), guanina
(G) e timina (T). O grupo fosfato liga-se ao carbono 5' da pentose e ao carbono 3' do nucleótido seguinte. A base azotada liga-se ao carbono 1' da pentose.
No RNA, o açúcar é uma ribose, é uma molécula de cadeia simples e, em vez da base nitrogenada de timina, possui uracilo (U).

Grupo II
1. A experiência teve como objetivo confirmar qual das moléculas, DNA ou proteínas, desempenha um papel importante como material genético, procurando
perceber qual das duas entrava no interior das bactérias, levando-as a produzir novos bacteriófagos.
2. (D). Nas experiências realizadas, quer o DNA radioativo quer o não radioativo entraram para o interior das bactérias, num mecanismo de transferência genica
conhecido por transdução.
3. (A). As cápsulas dos bacteriófagos são proteínas, sendo, por isso, compostos quaternários (C, H, O e N). A estrutura geral dos aminoácidos envolve um grupo
amina e um grupo carboxilo, ambos ligados ao carbono o (o primeiro depois do grupo carboxilo). O carbono a também está ligado a um hidrogénio e a uma
cadeia lateral, que é representada pela letra R.
4. (B). De acordo com a experiência, as proteínas virais permanecem no exterior das bactérias. É o DNA que entra para o interior das bactérias e que contém a
informação genética para a produção dos compostos que constituem os vírus.
5. (D). As novas cápsulas virais produzidas pelas bactérias não apresentam radioatividade, uma vez que os aminoácidos presentes nas bactérias não apresentam
radioatividade. As proteínas virais radioativas permaneceram no exterior das bactérias e não participam na formação de novos vírus.
6. (A). A marcação radioativa das biomoléculas permite rastrear o seu trajeto.
7. (D). O DNA virai trata-se da molécula que contém a informação genética para a produção de novos vírus. Esta molécula assume, assim, o comando da
bactéria, obrigando-a a produzir as proteínas que fazem parte da cápsula dos vírus.
8. (C). Tratando-se de uma célula procariótica, uma vez que não apresenta núcleo, as etapas da síntese proteica transcrição e tradução - ocorrem no citoplasma.
9. (A) - (5); (B) - (1); (C) - (4); (D) - (6); (e) - (8).
10. Caso as proteínas fossem as moléculas responsáveis pela transmissão da informação genética, seria de esperar que a radioatividade fosse encontrada no
sedimento do lote 1, porque as proteínas teriam de entrar no interior das bactérias, programando-as com instruções genéticas. O DNA poderia desempenhar
um papel estrutural que permitisse a injeção das proteínas nas bactérias, permanecendo no exterior destas, e, por isso, não seria encontrada radioatividade no
sedimento do lote 2.

Grupo III
1. (B). I é falsa, pois na primeira geração cada molécula possui uma cadeia com 14N e outra com 15N. À medida que se replicam, as novas cadeias incorporam os
nucleótidos não radioativos na formação de uma nova cadeia de DNA. II é verdadeira, visto que 50% das bactérias apresentam DNA com densidade intermédia
devido à incorporação de 14N durante a replicação do DNA, pelo que uma das cadeias (parental) manterá o isótopo pesado e a outra (filha) o isótopo normal. As
restantes bactérias apresentarão apenas o isótopo normal no seu DNA, uma vez que a replicação ocorre a partir de nucleótidos livres com isótopo normal, a
partir de cadeia parental, também com DNA normal. III é falsa, porque 25% das bactérias apresentarão DNA 15N14N e 75% apresentarão o DNA 14N14N.
2. (C). De acordo com a estrutura molecular do nucleótido.
3. (A). Na formação de uma molécula de ácidos nucleicos, os novos nucleótidos são adicionados à extremidade 3'. Trata-se de uma reação anabólica ou de
condensação.
4. (A) - (7); (B) - (1); (C) - (3); (D) - (9); (e) - (8).
5. (C). Os fragmentos de Okazaki começam pela síntese de um iniciador de RNA, de 5' para 3', seguindo-se a adição de desoxirribonucleótidos à extremidade 3'
do iniciador.
6. (D). É a enzima DNA polimerase III que está envolvida na adição de desoxirribonucleótidos à extremidade 3' do iniciador de RNA, crescendo a cadeia de DNA
na direção 5' - 3'.
7. (A). As cadeias contínuas de DNA podem apresentar um elevado número de nucleótidos no momento de replicação. Os fragmentos de Okazaki são mais
pequenos.
8. Esta situação ocorre pelo facto de a enzima DNA polimerase conseguir adicionar nucleótidos apenas à extremidade 3' de uma cadeia polinucleotídica já
existente. Mesmo com recurso aos fragmentos de Okazaki, assim que o iniciador de RNA adicionado à extremidade 3' da cadeia-molde for removido, não é
possível substituí-to com DNA, pelo facto de não existir uma extremidade 3' livre na cadeia-filha. Por este motivo, ciclos repetitivos de replicação conduzem ao
encurtamento das moléculas de DNA resultantes. No entanto, a enzima telomerase previne o encurtamento dos telómeros nas sucessivas divisões celulares,
impedindo o envelhecimento de certos tecidos. No caso de uma neoplasia maligna relacionada com uma proliferação celular anormal, a inativação da enzima
telomerase terá impacto nas extremidades teloméricas, isto é, a replicação do DNA deixa de ser perfeita, conduzindo ao envelhecimento celular e à terapia do
cancro.

Grupo IV
1. (C). É a sequência de bases da guia de RNA, programada pelos investigadores (variável independente), que irá determinar a possibilidade de corrigir uma dada
anomalia genética (variável dependente).
2. (A). Os zigotos dividem-se por mitose, seguida de diferenciação celular, de acordo com a expressão genética. Os descendentes apresentam um cariótipo (que
representa o número total de cromossomas de uma célula somática) igual ao dos progenitores. Contudo, o genótipo (constituição genética de uma célula) será
diferente.
3. (C). A proteína PD-1 bloqueia a resposta imune de uma célula, permitindo a proliferação das células tumorais. A síntese desta proteína envolve mecanismos
de transcrição e de tradução. Durante a tradução, os ribossomas estabelecem ligações peptídicas entre os aminoácidos que a constituem. Cada codão (mRNA) é
emparelhado com o respetivo anticodão (tRNA), de modo que sejam colocados os diferentes aminoácidos que irão constituir a proteína.
4. (A). A transcrição origina moléculas de RNA.
5. (B). A enzima Cas9, sendo uma proteína, é o resultado da tradução, etapa da síntese proteica que ocorre no citoplasma com a participação de RNA, de
Ribossomas e de aminoácidos.
6. (B). A combinação dos 4 nucleótidos, dois a dois, permite obter 16 combinações distintas de codões.
7. (D). A desoxirribose no C, não apresenta oxigénio.
8. (A) - (2); (B) - (3); (C) - (5); (D) - (6); (e) - (4).
9. (C). Os codões correspondem a filamentos de mRNA. No DNA são os exões que constituem segmentos codificantes de aminoácidos na síntese proteica. Estes
aminoácidos encontram-se livres no citoplasma das células, sendo provenientes do meio externo ou sintetizados através de outros compostos. Da síntese
proteica resultam proteínas.
10. C, A, E, B, D. É a mutação nos genes da hemoglobina que vai interferir com as sequências de nucleótidos do mRNA após a transcrição (molécula de cadeia
simples). Segue-se o processamento e a tradução da molécula de RNA, resultando na síntese de proteínas, que por serem anómalas provocam problemas
estruturais nas hemácias, conduzindo a uma situação de anemia.
11. Os tRNA e os rRNA são moléculas mais estáveis do que os mRNA, pelo facto de apresentarem regiões complementares que permitem o seu dobramento e o
estabelecimento de ligações por pontes de hidrogénio. As regiões de cadeia dupla (resultante do dobramento da cadeia simples) conferem à molécula de RNA
maior estabilidade. Sendo o mRNA uma molécula de cadeia simples, torna-se mais instável, sendo, por isso, mais facilmente degradado.

Grupo V
1. (D). A mitose tem como principal função o crescimento do organismo, ao permitir a proliferação celular.
2. (B). Sendo a mitose uma divisão equacional, as duas células-filhas resultantes são iguais entre si e à célula-mãe. Se se tratarem de células haploides, mantêm-
se haploides; caso se tratem de célula diploides, mantêm-se diploides.
3. (B). Na mitose ocorre uma divisão equacional, isto é, o número de cromossomas das células-filhas é igual ao da célula-mãe. Logo a seguir à metáfase, ocorre a
rotura dos centrómeros e os cromatídios-irmãos ascendem em direção aos poios da célula.
4. (D). Durante a divisão celular, os microtúbulos são importantes para a formação do fuso acromático. Através dele, os cromossomas migram para os poios da
célula. Assim, a aplicação da vinblastina impede a migração dos cromossomas e, frequentemente, a divisão da célula.
5. (A) - (1); (B) - (2); (C) - (4); (D) - (3); (e) - (5); (f) - (1).
6. D, A, C, B, E. A sequência refere-se às diferentes etapas do ciclo celular, o qual é composto pela interfase e pela fase mitótica. A fase mitótica compreende,
por sua vez, uma etapa de divisão do núcleo (ou cariocinese), designada por mitose, e uma etapa de divisão do citoplasma, designada por citocinese.
7. (C). Durante a anáfase ocorre a separação dos croma-tídios-irmãos, pelo que cada cromossoma com dois cromatídios em metáfase originará, após rotura do
centrómero, dois cromossomas, um em cada polo da célula.
8. (C). Ao não ocorrer a citocinese, significa que os citoplasmas não se dividiram. Por este motivo, a célula ficará binucleada.
9. A fase mitótica compreende genericamente dois acontecimentos importantes: mitose (divisão do núcleo) e citocinese (divisão do citoplasma e da membrana
plasmática). Nas células eucarióticas animais, a citocinese ocorre mediante a formação de um anel contráctil de microfilamentos proteicos que, ao contraírem,
vão puxando a membrana citoplasmática para dentro, provocando um estrangulamento que separa a célula-mãe em duas células-filhas. Na célula vegetal, a
existência de uma parede celular rígida impede a possibilidade de estrangulamento citoplasmático e da membrana. Deste modo, vesículas do complexo de Golgi
alinham-se na zona equatorial, fundindo-se e originando uma estrutura chamada fragmoplasto, que irá originar o sistema membranar das células-filhas. Segue-
se a deposição de fibrilas de celulose, que darão origem às paredes celulares.
10. (B). É durante a fase S que ocorre a replicação semiconservativa, processo que pode ser estudado através da adição de precursores radioativos, como a
timina radioativa. Quando é adicionada, por poucos minutos, timina radioativa ao meio, seguido de uma análise por radiografia, pode observar-se, ao
microscópio ótico, que células já em divisão mitótica não incorporarão a timidina radioativa, enquanto células na fase 5 da interfase, ao replicarem o seu DNA,
no momento da exposição à timina radioativa, produzem um registo radiográfico. Esta técnica permitirá, assim, perceber o comprimento da fase S no ciclo
celular.
11. (B). A infeção por um agente patogénico numa cultura de leucócitos promove a sua divisão intensa como forma de eliminar os agentes patogénicos. Por esse
motivo, ocorre uma maior incorporação de nucleótidos radioativos, sempre que cada célula atinge a fase 5 do ciclo celular, momento em que acontece a
replicação semiconservativa, com adição de nucleótidos para a síntese de duas moléculas-filhas de DNA.
12. A síntese de RNA mensageiro ocorre durante a interfase, sobretudo nas fases G1 e G2, que se caracterizam por um período de atividade biossintética,
traduzindo-se na formação de vários organelos e num grande crescimento celular.

Grupo VI
1. (A). Na maior parte do ciclo celular, os cromossomas só possuem um cromatídio, que é um filamento de cromatina.
2. (A). A fase mitótica é constituída pela mitose (com prófase, metáfase, anáfase e telófase) e pela citocinese, que corresponde à fase de divisão do citoplasma.
3. (A). O cariótipo humano é constituído por 46 cromossomas, metade dos quais herdados do pai e a outra metade herdada da mãe. As células humanas são,
por isso, diploides. Antes da interfase, cada cromossoma é constituído por uma molécula de DNA, existindo, por isso, 46 cromatídios. Durante a fase S da
interfase, os cromossomas duplicam-se, isto é, ocorre replicação semiconservativa, pelo que cada cromossoma passará a ter dois cromatídios (duas moléculas
de DNA).
4. (C). É durante a anáfase que os centrómeros sofrem rutura e que ocorre ascensão polar de cada cromatídio.
5. (C). As hemácias, neurónios e células musculares, à medida que envelhecem, perdem a capacidade de se dividirem, ao contrário das células tumorais, que se
multiplicam muito rapidamente por descontrolo dos mecanismos que gerem o ciclo celular.
6. (A). Na bioimpressão 3D ocorre a mitose, que assegura a manutenção da herança genética, não ocorrendo crossing-over, que é responsável pela variedade
genética ao nível da meiose.
7. (a) - (1); (b) - (6); (c) - (3); (d) - (5); (e) - (4); (f) - (2).
8. A rejeição de transplante ocorre quando o sistema imunitário do recetor destrói o tecido transplantado, pois a presença de tecido estranho no corpo
desencadeia uma resposta imune que resulta em reações à rejeição de transplante. Com exceção de gémeos idênticos, dois seres humanos não têm antigénios
teciduais idênticos. Esta é a razão pela qual o transplante de tecidos quase sempre gera uma resposta imune de rejeição e destruição do transplante. Só no caso
de gémeos verdadeiros, que possuem antigénios teciduais idênticos, o transplante quase nunca resulta em rejeição. A capacidade de as células estaminais se
diferenciarem em vários tipos de células permite que estas possam substituir células lesadas ou destruídas e regenerar tecidos danificados. Esta característica
justifica o interesse da utilização das células estaminais na medicina regenerativa. O recurso a polímeros, material biocompatível, veio auxiliar ainda mais este
ramo da medicina. No caso da bioimpressão 3D, sendo os tecidos produzidos com células do próprio indivíduo e polímeros biocompatíveis, assegura-se que o
mesmo tenha menores probabilidades de rejeição, constituindo esta uma mais-valia deste tipo de procedimento.

Unidade 6. Reprodução
Grupo I
1. (C). A figura evidencia um esquema de uma célula diploide, estando, por isso, presentes cromossomas herdados do progenitor masculino e do progenitor
feminino, e a ocorrência de pares de cromossomas homólogos é uma consequência da reprodução sexuada. Assim, os seis cromossomas presentes são, na
verdade, três conjuntos ou pares de cromossomas - um conjunto materno e outro paterno. Na figura, os cromossomas estão duplicados, isto é, apresentam,
cada um, dois cromatídios-irmãos fortemente associados ao longo de todo o seu comprimento e unidos centralmente pelo centrómero.
2. (B). O esquema da figura 1 refere-se a uma célula diploide (2n) com 6 cromossomas.
3. (D). Após a fase G1, durante a fase S da Interfase, ocorre a replicação semiconservativa do DNA, pelo que os cromossomas passarão a ter dois cromatídios,
isto é, o dobro da quantidade de DNA inicial. No final da meiose I, o número de cromossomas estará reduzido a metade, mas ainda apresenta dois cromatídios.
Na metáfase II, a quantidade de DNA será, portanto, y.
4. Os cromossomas representados na figura estão duplicados, o que significa que cada um apresenta dois cromatídios-irmãos. Cada cromatídio é formado por
uma molécula de DNA. Como estão presentes seis cromossomas (12 cromatídios), teremos, portanto, 12 moléculas de DNA.
5. (a) - (3); (b) - (2); (c) - (1); (d) - (4); (e) - (1).
6. (C). A meiose apresenta duas divisões, a divisão I (reducional) e a divisão II (equacional). No final das duas divisões resultarão quatro células haploides, devido
à redução do número de cromossomas para metade que ocorre durante a primeira divisão.
7. (A). A meiose II e a mitose são ambas divisões equacionais, pois o número de cromossomas mantém-se. Em ambas as divisões ocorre a separação dos
cromatídios-irmãos durante a anáfase. A mitose é precedida de interfase, durante a qual ocorre a replicação semiconservativa do DNA na fase S. Na meiose não
ocorre replicação do DNA entre a divisão I e a divisão II. Na mitose, as células-filhas poderão ser haploides ou diploides; no final da meiose II resultam quatro
células haploides. Os cromossomas estabelecem contacto físico (sinapse) nos pontos de quiasma, onde poderá ocorrer crossing-over, durante a prófase I da
meiose.
8. (B). A mitose, ao contrário da meiose, apresenta apenas uma divisão. Em ambas as divisões da meiose ocorre uma redução da quantidade de DNA para
metade.
9. (B). No final da meiose formam-se quatro células com metade do número de cromossomas da célula-mãe. Durante a primeira divisão da meiose ocorre uma
redução cromática ou cromossómica, pelo que as duas células resultantes apresentarão 23 cromossomas, cada um com dois cromatídios. Na segunda divisão da
meiose ocorre uma redução cromatídica que resulta da separação e distribuição dos cromatídios pelas células resultantes, como é o caso do espermatozoide.
10. (A). Durante a anáfase II, a não disjunção dos cromatídios numa das células leva a que um dos gâmetas tenha dois cromossomas 21 e o outro terá o
cromossoma 21 ausente. A fusão de um gâmeta com dois cromossomas 21 com um oócito com um cromossoma 21 resulta num zigoto com três cromossomas
21 (trissomia). A trissomia 21 pode também dever-se a uma não separação dos cromossomas homólogos do par 21 durante a anáfase I, pelo que, no final, dois
dos gâmetas terão dois cromossomas 21 e os outros dois terão o cromossoma 21 ausente.
11. (A). No ser humano, a meiose é pré-gamética, originando gâmetas, e no polipódio a meiose é pré-espórica, originando esporos.
12. Os animais e as plantas, como o polipódio, reproduzem-se sexuadamente, alternando a meiose com a fecundação. Ambos produzem gâmetas haploides que,
por fecundação, se fundem, originando uma célula diploide, denominada zigoto. O zigoto divide-se mitoticamente, formando um organismo multicelular
diploide. Nos animais, as células haploides resultantes de meiose pré-gamética, denominadas gâmetas, não sofrem mitose, enquanto nas plantas, as células
haploides resultantes da meiose (meiose pré-espórica) sofrem mitose, originando um organismo multicelular haploide, denominado gametófito. Este organismo
apresenta gametângios masculinos (anterídios) e gametângios femininos (arquegónios), os quais produzem gâmetas haploides por mitose.
13. Durante a reprodução sexuada, contribuem para a variabilidade genética: o crossing-over, que ocorre durante a prófase I da meiose, a segregação
independente dos cromossomas homólogos, durante a meiose 1, e a fusão aleatória dos gâmetas, durante a fecundação.
Durante o crossing-over, ocorrem trocas de segmentos de DNA entre cromatídios não irmãos num determinado par de cromossomas homólogos. Assim, cada
cromossoma não será exclusivamente materno ou paterno. Durante a metáfase I, cada par de cromossomas homólogos alinha-se no plano equatorial,
independentemente dos outros pares, pelo que as células-filhas irão herdar aleatoriamente o cromossoma materno ou o cromossoma paterno. A fusão
aleatória de gâmetas durante a fecundação permite um enorme número de combinações possíveis entre gâmetas, contribuindo, igualmente, para assegurar a
variabilidade genética.

Grupo II
1. (B). O cariótipo normal da espécie é 2n = 40 cromossomas. Assim, os descendentes resultantes de reprodução assexuada, ou seja, partenogénicos, terão o
mesmo número de cromossomas que a sua progenitora (40 cromossomas) sem que tenha ocorrido fecundação (ilustrado na figura 3). Os descendentes
originados por reprodução sexuada serão o resultado do cruzamento de um gâmeta feminino (formado por meiose e, por isso, constituído por 20 cromossomas)
com um gâmeta masculino (que é igualmente resultado de um processo meiótico e, por isso, apenas portador de metade da informação genética da espécie - 20
cromossomas). A geração-filha gerada por reprodução sexuada resulta da fusão de dois núcleos com 20 cromossomas e, por isso, terá 2n = 40 cromossomas.
2. (C). Os dragões-de-komodo originados por partenogénese têm material genético unicamente proveniente da progenitora (não ocorre fecundação), mas não
são clones da mesma, já que durante a produção dos gâmetas ocorre meiose e, consequentemente, fenómenos de crossing-over, que originam variabilidade
genética. Por outro lado, o genótipo será diferente, já que há uma duplicação dos cromossomas do oócito (que repõe a diploidia), o que leva a que a
descendência possua os cromossomas sexuais ZZ, enquanto a progenitora é ZW.
3. (C). O primeiro corpo polar forma-se por meiose quer no processo normal de formação de oócitos quer no processo partenogénico dos dragões-de-komodo.
O primeiro corpo polar forma-se durante a etapa reducional da meiose. A célula resultante sofre depois nova divisão, formando-se o segundo corpo polar.
4. (D). Em condições ideais, os dragões-de-komodo reproduzem-se sexuadamente de forma a garantirem o maior número de descendentes (poucos ovos se
tornam viáveis no processo partenogénico) e uma descendência mais variada (uma vez que, por partenogénese, apenas se desenvolverão machos). A
reprodução sexuada também aumenta a diversidade genética de uma população. Neste caso, sendo o dragão-de-komodo um animal diploide, os gâmetas
formam-se por meiose, ocorrendo depois fecundação para restaurar a diploidia, sendo, por isso, um ciclo de vida diplonte.
5. (A). A diferenciação celular é um processo através da qual células idênticas se especializam no sentido de desempenharem uma ou várias funções diferentes.
Esta especialização implica a inativação de alguns genes (que não são transcritos) e a ativação de outros que irão expressar-se. Não é alterado o genoma do
indivíduo, mas sim regulada a transcrição dos seus genes.
6. (C). Nos ciclos de vida, a meiose pode ser pré-gamética (originando gâmetas), pós-zigótica ou pré-espórica (dando origem a esporos). Alguns esporos, no
entanto, são produzidos assexuadamente por mitose (por exemplo, bolor do pão). Na reprodução sexuada, a fecundação contribui sempre para o aumento da
variabilidade genética, uma vez que há recombinação genética.
7. (a) - (3); (b) - (7); (c) - (2); (d) - (1); (e) - (8).
8. As fêmeas de dragão-de-komodo que vivem solitárias em jardins zoológicos encontram-se reprodutivamente isoladas. A possibilidade de se poderem
reproduzir assexuadamente permite que, apesar do isolamento reprodutivo, estas fêmeas possam originar descendência e, assim, dar continuidade à população
num dado local.
Por outro lado, o facto de se reproduzirem por partenogénese garante o nascimento de descendentes machos que, ao atingirem a maturidade sexual, poderão
acasalar com a fêmea progenitora, originando descendentes por reprodução sexuada e garantindo assim o aumento da variabilidade genética.

Grupo III
1. (B). Analisar a figura 4. Nota: Plasmogamia = fusão do citoplasma.
2. (B). No ciclo de vida de ascomicetos, os ascósporos são produzidos por meiose pós-zigótica (figura 4), ocorrendo, por isso, uma divisão reducional. Antes da
germinação dos ascósporos, ocorre ainda mitose para aumentar o número de ascósporos disponíveis. Na mitose, o número de cromossomas das células-filhas
mantém-se, sendo, por isso, uma divisão equacional.
3. (B). A reprodução sexuada aumenta a diversidade genética dos indivíduos e, quanto maior a diversidade genética de uma dada população, maior será a sua
probabilidade de sobrevivência. Assim, sob condições ambientais desfavoráveis, a maior variabilidade genética aumentará a possibilidade de sobrevivência dos
ascomicetos.
4. (C). No fenómeno Y observa-se a junção de dois núcleos (cariogamia), formando-se o zigoto. No fenómeno Z vemos o zigoto originar 4 núcleos, ou seja,
ocorreu meiose.
5. (B). Os ascósporos são originados por meiose e, por isso, são haploides. A germinação dos ascósporos originará um micélio, que é também haploide.
6. (B). Os fungos alimentam-se por absorção, sendo organismos heterotróficos. Segregam enzimas para o substrato que é digerido (fora do corpo e fora das
células), e só após a sua digestão é que são absorvidas as macromoléculas.
7. O termo simbiose pode ser definido como uma associação íntima entre dois ou mais organismos vivos, em que todos eles são beneficiados. No caso das
micorrizas, os parceiros desta associação são fungos que habitam no solo e nas raízes, ou outro órgão subterrâneo, da maioria das plantas. Neste caso particular,
as plantas melhoram a sua nutrição mineral, a absorção de água e a resistência a agentes patogénicos e os fungos, por sua vez, adquirem uma fonte de açúcares
constante.

Grupo IV
1. (C). As vespas apresentam dimorfismo sexual, sendo, por isso, animais gonocóricos. Os ovos apresentam o mesmo número de cromossomas (cariótipo) dos
seus progenitores.
2. (B). A superfície respiratória dos insetos são as traqueias, que comunicam com o exterior através dos espiráculos (pequenas aberturas na superfície do
exosqueleto) e conduzem o ar diretamente até às células e não através de um fluido intermediário (difusão direta).
3. (D). As fêmeas que se encontram no interior das galhas resultaram da fusão do oócito II (n) com um núcleo polar (n), sendo, por isso, diploides. Resultaram de
reprodução assexuada por partenogénese, pois não existe acasalamento com um parceiro do sexo oposto.
4. (C). A recombinação genética deve-se, por exemplo, à meiose, nomeadamente devido à ocorrência de crossing-over durante a prófase I. No final da meiose
formam-se quatro células haploides. No ciclo de vida da vespa descrita (organismo diploide), a meiose é pré-gamética.
5. (A). No ciclo de vida da vespa não se verifica alternância de gerações, pois existe apenas uma geração diploide. Na acácia existe uma geração esporófita e uma
geração gametófita. Em ambos os ciclos ocorre alternância de fases nucleares. No ciclo de vida da acácia, a meiose é pré-espórica, sendo o ciclo haplodiplonte.
6. A, C, E, B, D. As afirmações dizem respeito a algumas etapas do ciclo de vida de uma planta com flor. No esporófito (planta adulta) ocorre a formação de
esporos haploides por meiose (em que ocorre recombinação genética durante o crossing-over). Os esporos originam gametófitos que dão origem aos gâmetas
(oosfera e grão de pólen). A fecundação permite a fusão de um dos núcleos espermáticos do grão de pólen com a oosfera, resultando no ovo ou zigoto (2n), e a
fusão do segundo núcleo espermático com os dois núcleos polares do gametófito feminino, resultando na formação do endosperma (3n), um tecido que contém
reservas nutritivas.
7. (D). Durante a geração gametófita, no gametófito diferenciam-se gametângios, estruturas que contêm células que, por mitose, produzirão gâmetas.
8. (a) - (1); (b) - (4); (c) - (6); (d) - (8); (e) - (9).
9. (A) - F. O conjunto de cromossomas com características próprias de uma espécie designa-se por cariótipo.
(B) - F. Um determinado gene pode desempenhar funções diferentes em diferentes células.
(C) - V.
(D) - F. Os cromossomas são mais visíveis durante a metáfase, por atingirem a máxima condensação ou o máximo encurtamento.
(E) - F. Apresenta 16 cromossomas (oito pares de cromossomas homólogos) por cada célula somática (n = 8).
(F) - F. Na reprodução assexuada não ocorre meiose.
(G) - V.
(H) - F. A divisão I da meiose é reducional.
10. A introdução de machos poderá permitir a ocorrência de reprodução sexuada, situação que assegura um aumento da variabilidade genética e, portanto,
uma maior capacidade de sobrevivência em novos ambientes.
Uma vez que a vespa apresenta uma capacidade de sobrevivência baixa caso não encontre de imediato hospedeiros, os machos poderão ser importantes para a
persistência da população durante mais tempo, garantindo uma maior capacidade de dispersão natural por outras florestas de acácias.

Unidade 7: Evolução biológica


Grupo I
1. (B). Quando uma célula aumenta de tamanho, verifica-se que a razão entre a superfície e o volume diminui. Por isso, sempre que haja um aumento de volume
e um consequente aumento de metabolismo, a célula não terá um aumento equivalente na eficácia das trocas com o meio, uma vez que a área de superfície não
aumenta na mesma proporção do volume. Assim, a multicelularidade veio garantir um aumento de volume sem perda de área de superfície para trocas gasosas
com o exterior.
2. (C). Volvox é um organismo colonial com células flageladas. Apesar de estas células serem interdependentes e de estarem ligadas entre si, do ponto de vista
funcional não ocorreu diferenciação.
3. (A). O modelo endossimbiótico admite que a célula eucariótica resultou da incorporação de organismos procarióticos. Os cloroplastos ter-se-ão originado a
partir da captura de cianobactérias, enquanto as mitocôndrias terão resultado da incorporação de procariontes com eficiente capacidade respiratória.
4. (A). A multicelularidade traduz-se num aumento da capacidade de adaptação ao ambiente, uma vez que há maior colaboração entre células. Essa interligação
conduz a uma gestão mais eficiente da energia.
5. (D). As algas filamentosas são algas multicelulares cuja divisão celular ocorre sempre no mesmo sentido (crescendo, por isso, segundo uma mesma direção). A
família Ulvophyceae apresenta algas filamentosas, tal como a espirogira, e outras com ainda maior complexidade de tecidos (figura 1).
6. (D). O ciclo de vida representado por B (figura 2) é diplonte (com meiose pré-gamética). O ciclo de vida D da figura 2 é assexuado, em que a formação de
gâmetas ocorre por mitose.
7. (D). O ciclo de vida D da figura 2 é assexuado (não ocorre meiose nem fecundação).
8. (B). O ciclo de vida A representa um organismo haploide (a entidade multicelular tem n cromossomas) cuja meiose é pós-zigótica, tal como se observa na
figura 2.
9. (B). A evolução das divisões Chlorophyta e Streptophyta deu origem ao aparecimento de organismos multicelulares (o que implica um aumento da
complexidade e da eficiência das trocas com o meio).
10. (a) - (2); (b) - (1); (c) - (1); (d) - (2).
11. A difusão é a forma mais simples de comunicação entre células. A multicelularidade trouxe um aumento do volume dos organismos, garantindo uma elevada
área para a realização de trocas com o exterior.
A difusão célula a célula em organismos multicelulares de elevadas dimensões implicaria uma baixa velocidade de difusão e muitas perdas de energia
associadas, o que torna o processo lento e pouco eficiente.
Assim, os organismos começaram a desenvolver sistemas de transporte de forma a garantirem taxas de difusão altas e com a mesma eficiência, o que contribui
para o aumento do grau de complexidade dos organismos.
Grupo II
1. (C). O Lamarckismo baseia-se em duas leis: a) lei do uso e desuso - o uso de um órgão leva ao seu desenvolvimento e o desuso, ao seu atrofiamento ou
desaparecimento; b) lei da herança dos carateres adquiridos - todas as alterações resultantes da lei anterior são transmitidas à descendência.
2. (A). O Lamarckismo admite a geração espontânea para a origem das formas de vida mais simples que evoluíam para seres mais complexos, sendo o ambiente
a causa da variabilidade.
3. (B). Segundo Darwin, dentro de uma população existe variabilidade intraespecífica e, por seleção natural, os indivíduos que apresentam características
vantajosas em relação ao meio vão sobreviver.
4. (A). Os indivíduos mais aptos, ou seja, os que possuem características vantajosas em relação ao meio (neste caso uma visão especial), vão sobreviver,
reproduzir-se e transmitir as características aos descendentes (reprodução diferencial). Os indivíduos sem a visão especial seriam eliminados.
5. (B). Estruturas análogas são estruturas semelhantes em espécies diferentes e que possuem a mesma função. Resultaram de uma convergência evolutiva, mas
não possuem a mesma origem embriológica. O facto de terem evoluído para formas semelhantes e função idêntica resulta de se terem adaptado a ambientes
semelhantes.
6. (B). O desenvolvimento da Paleontologia permitiu descobrir uma elevada diversidade de espécies no registo fóssil, que auxiliou a encontrar a evidência de
uma seleção natural por sobrevivência dos mais aptos ao ambiente.
7. (B). Um fóssil vivo é o nome designado para classificar espécies não extintas que são extremamente parecidas com espécies identificadas em fósseis.
8. (D). Nas dorsais atlânticas, o vulcanismo é básico. São zonas de vulcanismo ativo, correspondente a um limite tectónico divergente, construtivo, onde ocorrem
forças tectónicas distensivas. Neste contexto, ascendem magmas ricos em minerais ferromagnesianos e pobres em sílica, responsáveis pelo carácter efusivo das
erupções vulcânicas.
9. O facto de terem sido encontrados fósseis marinhos muito acima do nível do mar é uma evidência de que esse local já foi coberto por água. Os evolucionistas
explicariam a sua existência recorrendo à teoria do uniformitarismo, que refere que os fenómenos da Terra ocorrem de forma lenta e gradual. Os fósseis
marinhos seriam vestígios de um ambiente diferente do atual. Já para um fixista, recorreria ao dilúvio e à arca de Noé para explicar que os fósseis marinhos se
encontravam num local, hoje, imerso. Assim, os fósseis seriam vestígios de seres que não sobreviveram ao dilúvio.

Grupo III
1. (A). O pé dos seres humanos e o dos restantes primatas são estruturas homólogas, porque são diferentes mas têm a mesma origem ontogenética e
filogenética.
2. (A). As diferenças anatómicas entre os pés dos primatas devem-se à evolução divergente, da qual resultam estruturas homólogas.
3. (C). Não existem estruturas análogas entre o ser humano e os outros primatas, porque a divergência entre estas espécies é muito recente, não tendo
decorrido tempo para uma evolução convergente.
4. (C). Os nossos ancestrais conseguiam mover as orelhas para a direção da fonte do som, mas, atualmente, os músculos das orelhas já não são controláveis,
razão pela qual são uma estrutura vestigial, isto é, apresentam um desenvolvimento muito reduzido, apesar de terem sido funcionais em espécies ancestrais.
5. (C). De acordo com a figura 4.
6. (B). De acordo com a figura 4.
7. (B). A opção II é falsa, porque organismos filogeneticamente mais próximos possuem maior semelhança nas proteínas e, consequentemente, também no
DNA.
8. De acordo com a perspetiva neodarwinista, a variabilidade genética é o resultado da ocorrência de mutações (fonte primária de variabilidade genética;
responsável pela novidade genética) e recombinações génicas que ocorrem durante a reprodução sexuada, ao nível da meiose (crossing-over) e da fecundação
(junção aleatória de gâmetas). No seio de uma população, as diferenças genéticas entre os indivíduos são fundamentais para a atuação da seleção natural. Sem
estas diferenças, as frequências dos genes seriam constantes ao longo do tempo, não permitindo, portanto, a evolução da população.

Grupo IV
1. (B). Darwin considera que os coelhos de Porto Santo são descendentes de uma coelha domesticada transportada por Bartolomeu Perestrelo, que terá tido
uma ninhada que depois foi libertada na ilha. Na Península Ibérica, os coelhos eram predominantemente selvagens.
2. Os coelhos multiplicaram-se rapidamente na ilha de Porto Santo, visto que a ilha não seria habitada por predadores de coelhos, o que levou a que estes se
tornassem rapidamente uma praga.
3. (B). A maioria dos naturalistas da época tenderia apenas a observar as características exteriores dos coelhos de Porto Santo, que, por apresentarem
características muito diferentes, poderiam ser confundidos com uma nova espécie. As novas descobertas refutam esta ideia, pois conhecem o contexto histórico
do surgimento destes animais na ilha.
4. (C). Os estudos mencionados incidiram no estudo de aspetos genéticos, por comparação do DNA das várias populações de coelhos, permitindo estabelecer
relações filogenéticas entre as diferentes populações. Estes estudos contrariaram as ideias de Darwin relativas ao facto de a coelha-mãe ser domesticada.
5. (D). Os estudos realizados, como se pode observar na figura 2, indicam que o coelho domesticado terá surgido por volta do século XI, no Sul de França.
6. (A). Tratam-se de estruturas homólogas, uma vez que apresentarão a mesma estrutura, tendo sido herdadas de um ancestral comum.
7. (B). A população de coelhos na ilha de Porto Santo resulta de apenas alguns indivíduos que lá foram deixados por Bartolomeu Perestrelo. Na ilha ainda não
existiam coelhos, pelo que o fundo genético que a nova população irá apresentar será mais reduzido, pois resulta apenas dos indivíduos lá libertados (efeito
fundador). O fundo genético ficará reduzido aos indivíduos sobreviventes, podendo ocorrer alteração do fenótipo dominante da população.
8. (D). No Sul da Europa, o processo de evolução é divergente, dada a existência de subespécies que resultaram de pressões seletivas distintas.
9. (A). A espécie é Oryctolagus cuniculus e o género é Oryctolagus.
10. (B). Segundo Darwin, a unidade evolutiva é a população.
11. (B). A seleção natural pode alterar a frequência genética de uma população de indivíduos, conjunto de indivíduos da mesma espécie que habitam num
determinado local.
12. As populações de coelhos com maior diversidade genética são as existentes na Península Ibérica. Estes indivíduos apresentarão, em determinados genes, um
maior número de variações de alelos para determinadas condições ambientais. Assim, será mais provável que sobrevivam para originarem descendentes
portadores desses alelos.
A capacidade de uma população sobreviver num ambiente em mudança depende da diversidade genética. Indivíduos com determinados alelos ou combinações
de alelos podem ter precisamente as características necessárias para sobreviverem e se reproduzirem sob novas condições.

Unidade 8: Sistemática dos seres vivos


Grupo I
1. (C). Estruturas homólogas são estruturas com origem semelhante, constituídas por ossos ou órgãos idênticos e posição relativa semelhante. Têm, no entanto,
diferenças ao nível do grau de desenvolvimento e ao número de ossos, desempenhando assim funções diferentes. Os ossos também apresentam rigidez
diferente.
2. (A). Consultar figura 1.
3. (D). Sistemas racionais utilizam características estruturais dos seres considerados. Sistemas verticais têm em conta a história evolutiva das espécies.
4. (A). Consultar figura 1.
5. (C). Os seres vivos são classificados em sete grupos hierárquicos — categorias taxonómicas ou taxa. Os seres representados na figura 1 fazem parte da classe
das Aves, mas pertencem a famílias e géneros distintos. Como fazem parte da mesma classe, os taxa superiores são também comuns (filo e reino).
6. (C). A nomenclatura binominal aplica-se apenas à espécie. A unidade básica da classificação é a espécie. Considerando o carácter hierárquico da classificação
taxonómica, quanto mais taxa em comum, mais próximos são os seres vivos. Se dois seres vivos pertencerem a grupos taxonómicos restritos (por exemplo
género), partilham um grande número de características e apresentam grande proximidade evolutiva.
7. Os répteis são um taxon parafilético, uma vez que não inclui todos os grupos que partilham um mesmo ancestral (excluem as aves). Apesar de o grupo dos
répteis ser parafilético, isto é, não ilustrar por completo o processo de evolução biológica, a sua utilidade prende-se com o facto de se agruparem animais cujas
características morfológicas são semelhantes. Os sistemas de classificação foram desenvolvidos pelo ser humano e consistem numa forma de organizar e
catalogar as espécies conhecidas. Assim, a sua grande utilidade prende-se com a organização e facilidade de reconhecer uma determinada espécie se a mesma
já tiver sido identificada.

Grupo II
1. (C). Pela análise da tabela 1 é possível constatar que Escherichia coli e Bacillus firmus apresentam um elevado coeficiente de similaridade, o que indica elevada
proximidade filogenética. Este coeficiente é mais alto do que para qualquer um dos restantes pares apresentados nas opções de resposta.
2. (A). Dos três domínios, o mais próximo de Eucarya parece ser o domínio Archaea (figura 4). Se analisarmos os coeficientes de similaridade/associação dos
Eucarya (S. cerevisiae, Lemna minor e célula animal), percebemos que estes estão mais próximos de M. thermoautotrophicum, M. ruminatium e Methanosarcina
barkeri do que do grupo das bactérias E. coli e Bacilius firmus. Logo, o grupo de M. thermoautotrophicum, M. ruminatium e M. barkeri pertencerão ao domínio
Archaea.
3. (A). Os coeficientes de associação de S. cerevisiae indicam maior similaridade com Lemna minor e a célula animal, o que indica que deverão pertencer ao
mesmo domínio. Para os restantes organismos, S. cerevisiae apresenta coeficientes muito baixos, ou seja, serão de outros domínios.
4. (B). Monera é o único reino de Whittaker que contém organismos procariotas. Segundo a classificação de Woese, as bactérias podem aparecer no domínio
Bacteria e Archaea (tal como é evidenciado pela tabela 1).
5. (D). Pelo sistema de classificação em cinco reinos, existem seres produtores nos reinos Plantae, Protista e Monera.
6. (B). O reino Fungi define-se pela existência de organismos heterotróficos por absorção (não existindo neste reino heterotróficos por ingestão) e eucarióticos.
A multicelularidade não é característica deste grupo, uma vez que as leveduras são fungos unicelulares incluídos neste reino.
7. Na tabela 1 é possível observar o coeficiente de similaridade de Lemna minor e de um cloroplasto extraído da mesma. É percetível que o cloroplasto de L.
minor tem maior similaridade genética com o grupo das bactérias (por exemplo, E. coli e Bacillus firmus) do que com a própria Lemna minor. Estes dados
suportam a teoria endossimbiótica de que as células eucarióticas (de L. minor) terão integrado células procarióticas no seu interior, que, neste caso, terão
originado os cloroplastos.
8. Para determinar relações evolutivas num grande espetro de sistemas vivos, é necessária a utilização de uma molécula com uma ampla distribuição. Neste
caso, a escolha de RNA ribossómico garante essa ampla distribuição (o que não se garantiria, por exemplo, ao nível de proteínas, já que grande parte das
proteínas já caracterizadas não são transversais aos diferentes grupos de organismos vivos).
Além da sua ampla distribuição, o rRNA tem a vantagem de já se encontrar isolado, de ser uma molécula de relativo pequeno tamanho e cuja sequência de
nucleótidos tende a sofrer menores mutações do que o DNA, o que facilita a reconstrução da história evolutiva.

Grupo III
1. (B). Os seres vivos são classificados em sete grupos hierárquicos, isto é, categorias taxonómicas ou taxa. A categoria mais abrangente é o reino, seguido do
filo, da classe, da ordem, da família, do género e, por fim, da espécie. De acordo com as regras básicas de nomenclatura binomial, o primeiro nome (escrito com
inicial maiúscula) corresponde ao género e o segundo nome é um restritivo/ epíteto específico (sem significado taxonómico), escrito em minúscula. Se o
primeiro nome de dois indivíduos for igual (caso do Felis catus e Felis margarita), então pertencem ao mesmo género. Se dois organismos têm um taxo muito
restrito em comum (por exemplo, género), então terão também em comum todos os taxa superiores (reino, filo, classe, ordem, família, género e espécie).
2. (B). O reino Animalia é caracterizado pela presença de organismos multicelulares e heterotróficos por ingestão. Existem eucariontes heterotróficos por
ingestão no reino Protista, pelo que a multicelularidade é determinante na caracterização deste reino.
3. (B). Analisar árvore filogenética.
4. (C). Analisar árvore filogenética.
5. (B). Analisar árvore filogenética.
6. (A). As bifurcações nas árvores filogenéticas representam fenómenos de especiação, isto é, de divergência genética com consequente aparecimento de novas
espécies.
7. (B). As classificações verticais refletem a história evolutiva dos seres vivos. As árvores que consideram as relações evolutivas e a proximidade entre os
diferentes grupos são árvores filogenéticas.
8. A especiação (aparecimento de novas espécies) surge como resultado do isolamento reprodutivo. Este isolamento pode ser alcançado por isolamento
geográfico, alteração de hábitos de acasalamento, alteração do ciclo reprodutivo, entre outros.
Durante os fenómenos de migração das populações, as variações do nível médio das águas do mar poderão ter levado ao isolamento geográfico das mesmas.
As populações assim isoladas diferenciaram-se genotípica e fenotipicamente, quer por estarem sujeitas a pressões seletivas diferentes quer por fatores
aleatórios, como a deriva genética. Após algum tempo, mesmo que as barreiras ao contacto entre as populações tenham desaparecido, os indivíduos que faziam
parte da mesma espécie voltarem a encontrar-se, agora, diversificados o suficiente para estarem reprodutivamente isolados e já não serem capazes de trocar
genes entre si.

Grupo IV
1. (A). A. cistemasii está evolutivamente mais afastada de todas as outras espécies. A. muletensis e A. dickhilieni apresentam uma forte proximidade filogenética,
tal como revelado nos estudos realizados.
2. (A). A classificação apresentada para o género Alytes traduz a posição das várias espécies em relação aos seus antepassados, atribuindo valor às relações
evolutivas e considerando o tempo um fator relevante.
3. (B). Não pertencem à mesma espécie pelo facto de o restritivo específico não ser o mesmo.
4. (D). A espécie do sapo-parteiro denomina-se Alytes obstetricans (nomenclatura binominal).
5. (D). Alytes obstetricans e Alytes cisternasii não pertencem à mesma espécie pelo facto de o restritivo específico ser diferente, mas pertencem ao mesmo
género e, consequentemente, ambos pertencem aos mesmos grupos taxonómicos hierarquicamente superiores. A ordem é um grupo taxonómico
hierarquicamente inferior ao filo, logo, apresenta menor diversidade.
6. (C). As análises incidiram sobre dois genes mitocondriais (argumentos bioquímicos) e a filogenia está associada a uma evolução divergente a partir de um
ancestral comum.
7. (B). O isolamento reprodutivo permite manter diferenças entre as duas espécies.
8. (C). A especiação pode ser provocada por alterações num único gene.
9. (a) - (1); (b) - (7); (c) - (5); (d) - (2); (e) - (3).
10. (B). Uma árvore filogenética é uma representação gráfica que apresenta as relações evolutivas entre várias espécies ou entidades que têm um ancestral
comum.
11. Tendo por base os resultados do estudo realizado a A. o. almogavorii, se, por um lado, as análises de máxima parcimónia (MP) incluíram este taxon dentro
de A. obstetricans, por outro, as análises de máxima verosimilhança (ML) indicam que o ancestral comum deu origem a três dados: i) A. mourus + A. muletensis +
A. dickhilleni; ii) A. o. almogavorii; e iii) as restantes subespécies de A. obstetricans. No entanto, ambas as análises sugerem que A. o. olmogavorii terá tido uma
história evolutiva longa e independente.
Geologia - Tema IV: Geologia, problemas e materiais do quotidiano
Grupo I
1. (D). As dunas são formas de deposição criadas a partir de processos eólicos que apresentam forte mutação devido à ação do vento ou de outros fatores
erosivos.
2. (A). A bacia hidrográfica refere-se a uma área topográfica cujas águas se dirigem para uma rede hidrográfica.
3. (C). Numa transgressão, à medida que o mar vai avançando, ocorre uma sequência normal, em que o tamanho do grão diminui da base para o topo, uma vez
que a energia do meio vai também diminuindo. O estrato mais antigo apresenta fácies continental, seguido de uma fácies de transição (lagunar). Por fim, no
estrato mais recente iremos encontrar fácies marinha. Numa sequência inversa (regressão marinha) sucede-se o contrário, com o aumento do tamanho do grão
da base para o topo.
4. (A). Os grãos que constituem as areias em ambiente dunar são leves (transportados pelo vento), muito bem calibrados (pois têm dimensões muito próximas)
e muito rolados. Apresentam pontuações e superfície baça, devido aos choques com outros grãos.
5. (B). Na fase inicial ou de juventude, no curso superior (parte mais inclinada, onde o poder erosivo e de transporte de materiais é muito intenso), os rios
correm, geralmente, entre montanhas, o declive dos terrenos é acentuado e a força das águas é muito significativa. Assim, o desgaste na vertical é acentuado e
os vales apresentam vertentes abruptas: são os vales em V fechado ou gargantas (estreitos e profundos). Para jusante, estes vales tornam-se cada vez mais
largos e menos profundos. No curso inferior (correspondente às zonas mais próximas da sua foz), a inclinação do terreno torna-se quase nula, com menos
erosão e transporte.
6. A, F, B, C, E, D.
7. (a) - (8); (b) - (1); (c) - (6); (d) - (3); (e) - (7).
8. O contexto tectónico da costa desempenha um papel importante para determinar se a costa apresenta encostas escarpadas ou superfícies mais aplanadas.
Numa margem ativa, as forças compressivas, ao comprimirem a crosta, levam à formação de montanhas. Numa margem passiva, o arrefecimento e o
afundamento da litosfera podem originar uma ampla planície costeira. As variações do nível médio global do mar relacionam-se com a variabilidade
climatológica natural da Terra e com as perturbações induzidas pelas atividades humanas. Esta elevação do mar deve-se à expansão térmica do oceano, causada
pelo aumento de volume da água, induzido pelo aumento da temperatura atmosférica. Esta alteração tem consequências no litoral, dependendo das
características da costa, nomeadamente o grau de consolidação dos materiais rochosos, da existência de arribas, do pendor médio das praias, da presença de
cordões dunares, da frequência de temporais, etc. Os estuários, por exemplo, respondem à subida do nível do mar, reduzindo o contributo de sedimentos para a
plataforma, passando a receber sedimentos provenientes da deriva litoral.
A quantidade de sedimentos fornecidos ao litoral está maioritariamente relacionada com causas antrópicas, por exemplo, os aproveitamentos hidroelétricos e
hidroagrícolas (barragens), as florestações, as obras de regularização dos cursos de água, a extração de inertes dos rios, estuários, dunas e praias e as obras
portuárias e de engenharia costeira.

Grupo II
1. (C). A variável independente, neste caso, é a variável cujos efeitos se pretendem estudar (é a variável experimental). O número de ocorrências é a variável de
resposta ou a variável dependente (depende da variável independente).
2. (D). Os fatores desencadeantes são aqueles que promovem e propiciam a ocorrência de movimentos de massa ao longo de vertentes, sendo disso exemplo
fenómenos de precipitação intensa, atividade sísmica, entre outros. Os fatores condicionantes, por sua vez, são aqueles que influenciam o potencial risco de
ocorrência de deslizamentos, mas não são diretamente responsáveis pela sua ocorrência (por exemplo, tipologia do solo, fitologia, tipo de cobertura vegetal,
inclinação da vertente, entre outros).
3. (D). A força gravítica (FG) é a principal força responsável pelos deslizamentos associados às vertentes. Esta força pode ser decomposta na componente normal
da FG e na componente tangencial. É esta última que é diretamente responsável pelos movimentos de massa ao longo de vertentes. As forças que se opõem ao
movimento (atrito, coesão das partículas, entre outras) são designadas por forças de resistência. Quando a componente tangencial da força gravítica é superior
ao somatório das forças de resistência, ocorre movimento (deslizamento de vertente).
4. (D). Pela análise dos gráficos da figura 4, é percetível que as zonas com cobertura agrícola registaram um elevado número de ocorrências de deslizamentos de
massa, por oposição aos locais com cobertura florestal, onde o número de ocorrências é reduzido. Logo, a conversão de florestas em campos agrícolas aumenta
o risco de ocorrência de deslizamentos.
5. (A). As pregagens são frequentemente utilizadas como soluções de estabilização de taludes em maciços rochosos. As pregagens tradicionais são elementos
tipo varão de aço, instalados em furos sub-horizontais, que podem ter distribuição uniforme ou pontual, dependendo do volume de material a estabilizar,
diminuindo o risco de ocorrência de deslizamentos.
6. C, E, D, B, F, A.
7. (a) - (2); (b) - (1); (c) - (1); (d) - (1); (e) - (2); (f) - (1); (g) - (2); (h) - (1). Ver resposta à questão 2.
8. A existência de uma densa rede de diáclases facilita a infiltração de água no interior dos maciços rochosos. A infiltração da água no solo faz aumentar a
pressão nas formações superficiais da zona de vertente, promovendo a sua instabilidade. A contínua infiltração de água através das fissuras (diáclases) diminui a
coesão dos materiais, com contínuo aumento de pressão. Acaba por ocorrer perda de coesão dos materiais, resultando numa diminuição das forças de
resistência ao movimento. Ocorre, por fim, rutura dos materiais e consequente movimento de massa, sob ação da componente tangencial da força gravítica.

Grupo III
1. (C). As rochas de cor clara, com predominância de minerais de cores claras (minerais félsicos), como o quartzo, o feldspato e as plagióclases sódicas, são
denominadas leucocratas. Por oposição, se os minerais predominantes das rochas forem ferromagnesianos de cor mais escura (minerais máficos), as rochas
designam-se por melanocratas. Se a coloração for intermédia, as rochas denominam-se mesocratas.
2. (C). O tempo de semivida é o tempo necessário para desintegrar metade da massa do isótopo-pai (instável) em isótopo-filho (mais estável). Uma vez que o
isótopo X tem uma semivida de, aproximadamente, 320 M.a., então, esse intervalo de tempo corresponderá à redução para metade do teor do isótopo inicial
(50% de isótopo-pai/ 50% de isótopo-filho). O tempo de duas semividas corresponderá a uma segunda redução para metade da quantidade de isótopo-pai, pelo
que será de esperar que o granito possua 25% de isótopo-pai X e 75% de isótopo-filho.
3. (C). O tipo de textura referido, em que se observam num basalto (geralmente com textura afanítica) olivinas visíveis a olho nu, reflete dois tempos distintos de
cristalização. Num primeiro momento, ocorreu uma cristalização com arrefecimento lento do magma, formando os cristais de olivina. Num segundo momento,
por exemplo, devido às alterações das condições da câmara magmática, o magma arrefeceu mais rapidamente, formando-se cristais de pequenas dimensões
(que não são visíveis à vista desarmada).
4. (B). Nas rochas ígneas, a coloração escura é indicativa de predominância de minerais máficos, como é o caso dos minerais ferromagnesianos (olivina,
piroxena, anfíbola), que cristalizam a elevadas temperaturas e, por isso, apresentam elevado ponto de fusão. A textura fanerítica consiste na existência de
cristais desenvolvidos e visíveis à /vista desarmada, sendo característica de rochas intrusivas, cujo arrefecimento ocorreu lentamente, de forma a permitir o
maior desenvolvimento dos cristais.
5. (A). Pela observação da figura 5, é percetível que a família do basalto/gabro apresenta, relativamente ao peridotito, menor percentagem de olivina na sua
constituição. É também percetível que se forma a temperaturas inferiores às temperaturas de formação do peridotito, já que contém minerais com ponto de
fusão mais baixo (caso das anfíbolas). Desse modo, é possível concluir que o basalto se forma a temperaturas mais baixas do que o peridotito, tendo, por isso,
menor ponto de fusão.
6. (B). As últimas frações do magma, constituídas essencialmente por água, voláteis e substâncias residuais em solução, como sílica, plagióclases e feldspatos,
formam soluções hidrotermais que podem preencher fendas e diáclases, ocorrendo, posteriormente, cristalização dos materiais remanescentes, dando assim
origem aos filões.
Num processo de cristalização fracionada de um magma basáltico pode ocorrer cristalização de olivina, piroxena e plagióclases cálcicas que se separam do
restante magma, deixando-o empobrecido em minerais ferromagnesianos e, consequentemente, enriquecido em sílica e alumínio. Nestas condições, o magma
residual tem carácter riolítico, e, se as condições da câmara magmática se alterarem, poderão mesmo formar-se riólitos e granitos.
Segundo a série de Bowen, o quartzo é o último mineral a formar-se, sendo aquele com ponto de fusão mais baixo. Como este mineral é o que se forma em
condições mais próximas das da superfície, é também o mineral mais resistente à erosão.
7. (B). Minerais que, embora quimicamente diferentes, apresentem estrutura cristalina idêntica e morfologia externa semelhante designam-se por minerais
isomorfos.
8. (C). O ferro ferroso (Fe2+), por exemplo, presente nas piroxenas, quando em contacto com o oxigénio, reage com o mesmo, perdendo um eletrão e formando-
se ferro férrico (Fe3+). Este processo de perda de um eletrão designa-se por oxidação. O ião resultante, Fe3+, ao combinar-se com a água, precipita e forma óxidos
de ferro.
9. Os basaltos e gabros formam-se a partir de magmas pobres em sílica (cerca de 50% de sílica), com menor percentagem de água e voláteis dissolvidos e,
geralmente, a temperaturas mais elevadas do que as observadas para magmas riolíticos. Estes magmas basálticos apresentam maior fluidez, o que facilita a sua
ascensão na crusta. Nas zonas de rifle verifica-se a ascensão de magmas provenientes do manto, ocorrendo um arrefecimento rápido do magma e, por isso, a
formação de basaltos que constituem os fundos oceânicos. Dada a fluidez do magma, a sua ascensão na crusta tende a ser mais rápida, o que não propicia o
arrefecimento lento necessário para um maior desenvolvimento dos cristais, tal como acontece na formação de gabros, motivo que justifica a maior abundância
relativa dos basaltos em relação aos gabros, ainda que ambos possam ser provenientes de magmas com composição idêntica.
Os granitos e os riólitos, por outro lado, formam-se a partir de magmas já enriquecidos em sílica (cerca de 70% de sílica), tendo maior quantidade de água e
voláteis dissolvidos. A presença de água faz baixar o ponto de fusão, pelo que estes magmas têm temperaturas mais baixas, apresentando maior viscosidade. Os
magmas com maior viscosidade ascendem com maior dificuldade através da crusta, favorecendo um arrefecimento lento propício à formação de cristais bem
desenvolvidos, como é o caso dos cristais do granito. Dada a dificuldade destes magmas ascenderem na crusta, não são criadas as condições propícias à forma-
ção de riólitos (que resulta de um arrefecimento mais rápido do magma, com consequente formação de cristais menos desenvolvidos), o que justifica a maior
abundância relativa de granitos em relação aos riólitos.

Grupo IV
1. (D). De um modo geral, os organismos são completamente destruídos após a morte, processo designado por decomposição. Por vezes, os restos orgânicos
ficam rapidamente envolvidos num material protetor que os preserva do contacto com a atmosfera, da água do mar e da ação dos decompositores (geralmente
sedimentos de granulometria fina). Este processo é complexo e, normalmente, só as partes duras (troncos, conchas, carapaças, ossos e dentes) fossilizam, uma
vez que são mais resistentes.
2. (D). A mineralização é um processo de fossilização em que os materiais originais que compõem o ser vivo são substituídos por outros mais estáveis.
3. (A). O princípio das causas atuais defende que é possível explicar-se o passado a partir do que hoje se observa, ou seja, os processos que atuam na atualidade
em determinados fenómenos são idênticos aos processos que provocaram os mesmos efeitos no passado.
4. (C). Os conglomerados aparecem na base da formação de idade miocénica (mais antigo), tendo-se seguido a deposição dos restantes arenitos. Uma vez que
os conglomerados têm granulometria mais grosseira (grão de maiores dimensões) do que os arenitos, isso é indicativo de uma diminuição da energia do agente
transportador.
5. (C). Há uma descontinuidade entre a sequência do Triásico e a sequência do Miocénico (assinalada na figura com uma linha ondulada).
6. (B). À medida que vai ocorrendo sedimentação, novas camadas de detritos se vão sobrepondo, aumentando a pressão a que estão sujeitas as camadas
inferiores (compactação). Com o aumento da pressão, a água incluída nos interstícios dos materiais é expulsa e as partículas ficam mais próximas (desidratação).
Por fim, os espaços vazios entre as partículas pode ser preenchido por materiais de neoformação resultantes da precipitação de substâncias dissolvidas
(cimentação).
7. As espécies de bivalves e gastrópodes, bem como de foraminíferos, são típicas de águas quentes e pouco profundas. O conteúdo fossilífero desta série
sedimentar indica que a região de Cacela, no Miocénico superior, seria banhada por águas mais quentes do que as atuais, águas calmas e pouco profundas.
8. (a) - (8); (b) - (2); (c) - (5); (d) - (3).
9. (B). Os fósseis de idade têm curta longevidade (reduzida distribuição estratigráfica) e vasta distribuição geográfica. Se ocorrer perda da horizontalidade inicial
de um conjunto de estratos e, seguidamente, se depositar uma nova série estratigráfica, existirá uma discordância angular entre as duas séries. Se tiver apenas
ocorrido erosão entre a primeira série e a segunda, diz-se que há uma descontinuidade entre as duas séries. As partes moles dos organismos podem ser
fossilizadas através do processo de conservação, quando todo o organismo é rapidamente envolvido numa substância que o protege/conserva (âmbar, gelo,
petróleo, entre outras).

Grupo V
1. (A). O petróleo é um recurso energético não renovável, pelo facto de não se renovar à escala de tempo humana. Por isso, a velocidade do seu consumo é
superior à da sua regeneração. A rocha-armazém é uma das formações rochosas da armadilha petrolífera, sendo porosa e permeável, de modo a permitir a
migração e a acumulação de hidrocarbonetos.
2. (C). Os estudos baseados na sismologia e na gravimetria são considerados métodos de estudo indiretos, já que permitem conhecer o interior da Terra de uma
forma indireta. A gravimetria é a área da Geofísica que estuda as variações da aceleração de gravidade ponto a ponto sobre toda a superfície terrestre. Os
valores da aceleração da gravidade estão, em última análise, relacionados com as variações da densidade.
3. (D). O petróleo é um hidrocarboneto de origem biogénica, pelo facto de se formar a partir de matéria orgânica de origem aquática. Por apresentar uma
menor densidade, revela anomalias negativas.
4. A, D, F, E, B, C. A formação de petróleo tem início com a acumulação de restos de fitoplâncton e zooplâncton nos fundos marinhos, que, por estarem cobertos
por argilas e outros sedimentos, ficam em condições anaeróbias. À medida que a deposição de sedimentos ocorre, aumenta a subsidência e o grau de
compactação das diferentes camadas, conduzindo ao aumento da pressão e da temperatura. O efeito combinado destes dois fatores promove a transformação
dos restos de seres vivos em petróleo e gás natural, que migram da rocha-mãe para a rocha-armazém, ficando aí retidos.
5. (a) - (7); (b) - (8); (c) - (4); (d) - (2); (e) - (5).
6. A antracite é um tipo de carvão muito compacto e brilhante que apresenta a maior percentagem de carbono, a menor percentagem de materiais voláteis e
que liberta maior quantidade de calor quando queimado. A formação do carvão está relacionada com a atuação da pressão e da temperatura em restos de
plantas subtropicais e tropicais, sendo o magmatismo responsável, fundamentalmente, pelo aumento da temperatura, o que levou ao aumento do processo de
incarbonização e à diminuição da quantidade de água e de voláteis.
7. (B). A antracite, tipo de carvão explorado nas minas do Pejão, possui uma maior percentagem de carbono, apresentando, por isso, um grau de incarbonização
superior. No entanto, dificilmente arde, pois apresenta um teor inferior em voláteis e um grau de compactação superior.
8. (D). Com a evolução da génese do carvão ocorre um aumento do grau de incarbonização e, consequentemente, do teor em carbono. O carvão de São Pedro
da Cova apresenta um grau de incarbonização superior, sendo classificado de antracite pelo facto de apresentar uma menor percentagem de material volátil.
9. A flora que se desenvolveu nesta região durante o Carbonífero relaciona-se com a existência de um clima quente e húmido e de uma bacia sedimentar
lacustre pouco profunda. No fundo dos pântanos ocorreu acumulação de restos vegetais que foram sendo cobertos por sedimentos finos, impermeáveis, que
proporcionaram condições anaeróbias, redutoras, dificultando a decomposição dos restos vegetais.
À medida que continua a deposição de sedimentos, a sequência vai sofrendo afundimento ou subsidência, levando a um aumento da pressão e da temperatura.
Estas são as condições essenciais para que ocorra o processo de incarbonização, que conduz à perda de água e de voláteis e ao enriquecimento em carbono.
Grupo VI
1. (C). As dobras referidas no texto foram geradas em regime compressivo, isto é, com ação de forças convergentes. Como as dobras têm direção NO-SE, então
as forças que atuaram na sua formação são perpendiculares e, por isso, de direção NE-SO.
2. (A). Pela observação da figura 10, é possível identificar que o sistema de falhas paralelas é um sistema de falhas inversas, em que ocorre a subida do teto em
relação ao muro, segundo o plano de falha.
3. (C). O perfil geológico da serra da Estrela, que se pode identificar na figura 10, é predominantemente granítico, isto é, tem origem ígnea/magmática. A
instalação destes granitos ocorreu já numa fase mais tardia da deformação hercínica, tal como é referido no texto.
4. (D). Depois da instalação dos magmas que geraram os granitos, já na fase final de deformação hercínica, poderá ter ocorrido metamorfismo de contacto.
Antes de consolidar, o calor e os fluidos provenientes do magma podem provocar a alteração das rochas encaixantes.
5. (C). O riólito e o granito apresentam composição química e mineralógica semelhante, diferindo, essencialmente, no tamanho dos cristais que os compõem,
isto é, apresentam texturas diferentes. Assim, o riólito terá origem num magma de composição idêntica aos que originam os granitos, mas em que o tempo de
arrefecimento foi menor, isto é, ocorreu a um ritmo mais rápido sem permitir o desenvolvimento de cristais visíveis a olho nu.
6. (B). A dureza de um mineral pode ser aferida pela resistência que o mesmo oferece a ser riscado por outro mineral (ou por determinados materiais como o
vidro). Se a biotite é riscada pela calcite, significa que a sua dureza é inferior à da calcite. Como a biotite é capaz de riscar o gesso, então tem maior dureza do
que o gesso.
7. C, A, F, B, E, D. A sequência ilustra os momentos descritos no texto para a formação da serra da Estrela. Consultar o texto.
8. (a) - (6); (b) - (4); (c) - (5); (d) - (2); (e) - (7).
9. O granito é essencialmente constituído por quartzo, feldspato e micas (moscovite e biotite). Pela série de Bowen, a biotite é o mineral que cristalizará
primeiro, seguindo-se o feldspato e, por fim, o quartzo.
Como o quartzo é o último mineral a formar-se, sob condições mais próximas das encontradas à superfície, é também aquele que melhor resiste à meteorização
e erosão. Por oposição, a biotite, que se forma a maior profundidade e temperatura que o feldspato e o quartzo, tenderá a sofrer alteração mais rapidamente.
Assim, pela análise da tabela 1, pode concluir-se que a amostra D é aquela com maior grau de alteração, uma vez que possui menor percentagem de feldspato e
já toda a biotite terá sido alterada, e apresenta uma grande percentagem de "outros" minerais (54%), que devem ter resultado do processo de alteração. A
amostra A, por oposição, parece ser aquela que sofreu menor grau de alteração. A amostra C evidencia maior grau de alteração do que a amostra B (menor
percentagem de feldspatos e biotite e maior percentagem de outros minerais), ainda que com uma alteração muito inferior à da amostra D.

Grupo VII
1. (A) O corpo ígneo pode ser classificado de plutonito (ou batólito), ou seja, uma grande massa de rocha ígnea intrusiva.
2. (B) Pela dimensão e pelo estado de cristalização dos minerais, é uma rocha plutónica; pela composição química (especialmente presença de augite) e de
acordo com a série de Bowen, é uma rocha pobre em sílica. Assim, trata-se de um gabro.
3. (D) A rocha B apresenta uma foliação conferida pela orientação das micas, resultante, essencialmente, de uma recristalização com a influência de tensão
dirigida.
4. (B) A rocha B pertence ao grupo das rochas metamórficas, quer pela foliação característica quer pela presença de granada.
5. (C) A rocha B pode ser um xisto, pois apresenta foliação acentuada, formada, maioritariamente, por micas envolvendo outros cristais.
6. (C) A granada presente na rocha B resultou de recristalização, sendo um mineral estável para as condições do metamorfismo.
7. (A) A rocha A, por ser ígnea.
8. (A) Na zona a, por se encontrar dentro da auréola de metamorfismo e ser a zona onde previamente existia calcário.
9. (C) O metamorfismo de contacto é um metamorfismo local, em que a temperatura é o principal fator.
10. Os cristais encontrados nas rochas em Y teriam maiores dimensões do que os encontrados nas rochas em X, isto é, o tamanho dos cristais vai diminuindo à
medida que nos afastamos do centro do corpo ígneo. No centro do corpo ígneo, o arrefecimento é mais lento e os cristais desenvolvem-se bastante, ficando
com maiores dimensões. Com o afastamento do centro, o arrefecimento vai-se tornando cada vez mais rápido e os cristais apresentam menores dimensões.

Grupo VIII
1. (B). Os jazigos minerais formaram-se na sequência de um regime tectónico distensivo que provocou a ocorrência de falhas com consequente ascensão de
magmas, cujos produtos resultantes da atividade vulcânica foram sendo intercalados por sedimentos finos.
2. (A). A ocorrência dos dobramentos maiores no material rochoso está relacionada com um regime dúctil. As dobras maiores estão associadas a extensos
anticlinais, cujo núcleo da dobra é, do ponto de vista estratigráfico, o mais antigo.
3. Metamorfismo regional.
4. (A). As dobras ocorrem na sequência de forças compressivas e as falhas na sequência de forças distensivas.
5. (A). A ganga diz respeito aos minerais que não têm interesse económico. Já os minerais de mina são aqueles que possuem interesse económico.
6. (C). A risca é a cor do mineral quando reduzido a pó, obtido quando este é riscado contra uma placa de porcelana. A cor da risca da pirite (sulfureto de ferro) é
preta.
7. A, E, C, B, D.
8. (a) - (8); (b) - (5); (c) - (4); (d) - (6); (e) - (1).
9. As escombreiras são depósitos abandonados de material mineiro. Ao serem expostos à chuva, esta reage com os sulfuretos acumulados, conduzindo à
formação de ácidos. O aumento da escorrência na barragem conduz à formação de ácidos, com possível escorrência ou infiltração, levando à redução do pH das
águas dos aquíferos.

Grupo IX
1. (D). As argilas são as partículas de menores dimensões, razão pela qual apresentam uma grande força de coesão; por isso, a velocidade de erosão do fluxo
terá de ser superior (por exemplo em relação às areias).
2. (a) - (5); (b) - (3); (c) - (1); (d) - (8); (e) - (6).
3. A carga do rio corresponde à totalidade do material sólido transportado pelo rio num determinado momento; a competência de um rio relaciona-se com as
dimensões dos maiores detritos que o rio pode transportar.
4. De acordo com a análise da figura, podemos verificar que, em geral, quanto maior for a velocidade do rio, maior é o tamanho das partículas que este é capaz
de transportar. No entanto, se a velocidade do rio for superior à curva que descreve a velocidade de erosão, as rochas sofrem este fenómeno.
5. (A). A uma velocidade de 1 cm/s, a competência do fluxo diminui, promovendo, em consequência, a sedimentação dos detritos.
6. (C). Após a sedimentação, os sedimentos são compactados e enterrados sob camadas sucessivas, ocorrendo a desidratação e a cimentação por minerais que
se precipitam da solução, um conjunto de processos globalmente designado por diagénese. A montante predominam sedimentos com granulometrias
superiores (C) e a jusante, com granulometrias inferiores (A).
7. (A). Os depósitos dos ambientes glaciários, designados por tilitos, apresentam aspeto caótico e mal calibrado, evidenciando grandes blocos, que
frequentemente apresentam estrias na sua superfície provocadas pelo arrastamento sobre o fundo, sob a ação do gelo em movimento.
8. (B). A permeabilidade de uma rocha depende da porosidade, a qual, por sua vez, é condicionada pela calibração ou grau de seleção dos detritos. Pelo facto de
terem sofrido um transporte curto, no ponto A os detritos serão mal calibrados, apresentando-se, portanto, heterogéneos, com menos espaços entre eles e, por
isso, com menor porosidade e permeabilidade.
9. (A). Na fase inicial, os rios correm, geralmente, entre montanhas, o declive dos terrenos é acentuado e a força das águas é muito significativa. Assim, o
desgaste na vertical é acentuado e os vales apresentam vertentes abruptas.
10. (D). Na fase de maturidade, a inclinação diminui, as águas perdem força e a sua capacidade de transporte diminui. O desgaste faz-se, essencialmente, na
horizontal, alargando o leito do rio.
11. (A). A meteorização e a erosão provocam desgaste e remoção de materiais rochosos que constituem o leito de um rio. Quando depositam, originam
sedimentos (ainda não consolidados).
12. As argilas correspondem aos sedimentos formados por partículas de dimensões muito pequenas, pelo que a sedimentação destes detritos está normalmente
associada a águas mais ou menos paradas, por exemplo, lagos, lagunas, pântanos e certos meios marinhos. Na sequência de uma transgressão ocorre uma
salinização crescente das águas do estuário, pelo que a interação dos iões Na+ com as argilas provoca a sua agregação, reduzindo a força de repulsão
eletrostática e gerando flocos, com consequente aumento da sua velocidade de decantação.

Grupo X
1. (D). As conclusões são interpretações dos registos.
2. (A). Obter os registos.
3. (C). O juízo de valor cognitivo que a experiência permite elaborar refere-se à relação entre porosidade e permeabilidade. São enunciados baseados nas
conclusões.
4. (B). Por definição, um aquífero é uma formação geológica que possui água doce em poros e/ou fissuras.
5. A exploração de aquíferos em zonas costeiras fica condicionada pelo facto de a água do mar poder causar a salinização dos aquíferos, impedindo a sua
utilização. Quando ocorre salinização da água de um aquífero, é quase impossível recuperá-lo para exploração de água. Nas zonas agrícolas, a água dos aquíferos
pode ficar contaminada por pesticidas, fertilizantes ou outras substâncias tóxicas (nitratos, fosfatos e metais pesados) capazes de aumentar a produtividade dos
solos. Nas zonas industriais, a contaminação das águas subterrâneas pode resultar de produtos tóxicos que não sofrem qualquer tratamento antes de entrarem
em contacto com os solos ou diretamente com águas circulantes. Exemplos destes produtos podem ser metais pesados, produtos orgânicos, produtos químicos,
entre outros.
6. (C). Uma boa zona de aeração é definida como porosa e permeável, não retendo a água e tendo espaços vazios com ar. Estas características estão presentes
na maioria dos conglomerados.
7. (C). É possível a existência de um aquífero no solo arenoso, porque para reter a água é necessário porosidade e permeabilidade. Como todas as rochas
permeáveis são porosas (figura 19), basta referir a propriedade permeabilidade.
8. (A). Num poço, a cavidade perfurada vai até ao nível freático (coincide com o nível hidrostático) e, dependendo da sua profundidade e do regime de chuvas,
pode ter água permanente ou sem periodicidade. Num furo artesiano funciona o princípio dos vasos comunicantes, portanto, a água da chuva penetra pela
rocha permeável, preenchendo os vazios. O furo artesiano, para retirar água, tem de atingir o nível hidrostático.
9. (A). O substrato rochoso que existiria por baixo do possível aquífero da figura 20 teria de ser granito não fissurado, pois as restantes opções não indicam
rochas impermeáveis.
10. (D). Não existiu tubo de controlo porque, em ambos os tubos, se manipulou a variável independente (tipo de porosidade).
11. (B). De acordo com os princípios da Estratigrafia: princípio da sobreposição dos estratos.

Grupo XI
1. (D) A deriva continental foi uma hipótese apresentada por Alfred Wegener numa época em que ainda não se conhecia o campo geomagnético.
2. (B) A explicação do motor da deriva continental apresentada por Wegener foi uma força centrífuga resultante do movimento de rotação da Terra e a força de
atração exercida pelo Sol e pela Lua. Pela falta de consistência científica para o motor da deriva, a hipótese não foi aceite na comunidade científica.
3. (C) A não aceitação da deriva continental como teoria explicativa do mobilismo terrestre deveu-se ao carácter inconclusivo das razões das forças
impulsionadoras.
4. (A) Um dos argumentos de Wegener que o levou a excluir a hipótese da existência de continentes submersos foi a impossibilidade de esta explicação justificar
todas as evidências encontradas, enquanto a deriva dos continentes conseguia justificar todas as suas evidências.
5. (A) Na época, Wegener não tinha conhecimento, entre outros aspetos, da expansão dos fundos oceânicos e da estrutura interna da Terra.
6. A, C, D, F, B, E. A sequência refere-se à formação e ascensão de um magma, que originam uma erupção submarina.
7. Deriva continental: b, e. As restantes letras referem-se à tectónica de placas.
8. (D) O gás vulcânico não é um combustível fóssil, ao contrário do gás de xisto, que é uma matéria-prima mais barata e menos poluente do que outros
combustíveis fósseis.
9. (C) Os jazigos de minério portugueses são, essencialmente, de minerais metálicos, como, por exemplo, ouro, chumbo, ferro, estanho, entre outros.
10. A existência de continentes submersos não apoiou a deriva continental, mas foi encontrado um, na atualidade, na zona sudoeste do oceano Pacífico. A falta
de tecnologia na época de Wegener não permitiu que este identificasse um motor da deriva continental, mas os estudos do interior da Terra e da expansão dos
fundos oceânicos, especialmente, vieram confirmar a veracidade da hipótese colocada por Wegener. Wegener apresentou como uma das suas evidências a
mudança da latitude da Gronelândia para oeste a uma taxa de 20 m por ano. Estas medições estavam erradas, pois a tecnologia da época não permitia medições
muito precisas.

Grupo XII
1. (A). As dobras em anticlinal são formadas devido à ação de forças compressivas, normalmente associadas a tectónica compressiva, em que as formações mais
antigas se encontram no núcleo. À medida que nos afastamos do núcleo, as formações rochosas são mais recentes.
2. (B). O aplito é uma rocha leucocrata, rica em minerais félsicos, que lhe conferem a coloração mais clara. É uma rocha com uma textura fina, o que significa
que os cristais estão pouco desenvolvidos, quando comparados com o granito porfiroide da região de Castromil, indicando um arrefecimento mais rápido do
magma, relativamente ao processo de instalação dos magmas graníticos.
3. (A). A pirite é um sulfureto de ferro (FeS). O quartzo é um silicato (SiO2).
4. (A). As falhas são superfícies de fratura onde ocorreu o movimento relativo de dois blocos, sendo estas geradas em regime frágil (há rutura dos materiais). Nas
falhas inversas verifica-se uma subida do teto em relação ao muro. Estas falhas resultam da atuação de tensões compressivas, geralmente associadas à colisão
entre placas.
5. (D). Os processos de metamorfismo ocorrem quando as rochas preexistentes são sujeitas a novas condições termodinâmicas, distintas das registadas na
altura da sua formação. Em resposta às novas condições, as rochas iniciam um processo de alteração, sob ação de fatores como a tensão, o calor, a ação dos
fluidos circulantes e o tempo, até ser alcançado um novo estado de equilíbrio, sem que ocorra fusão dos materiais.
6. (C). O caulino é uma rocha sedimentar composta, essencialmente, por caulinite ou caulinite e haloisite (argilas), podendo ainda ter quartzo e feldspato (fração
não argilosa). O caulino utiliza-se, essencialmente, nas indústrias de cerâmica e na produção de tintas.
7. (A). No texto pode ler-se: "inicialmente, terá ocorrido a instalação dos granitoides, com intrusão nas rochas metassedimentares (nomeadamente nos
grauvaques); o que levou à alteração dos grauvaques e à consequente formação de corneanas", indicando um processo metamórfico desencadeado pelo calor
da instalação magmática dos granitos.
8. (C). Os feldspatos presentes nos granitos sofrem, frequentemente, hidrólise por ação de águas acidificadas, originando caulinite. Nesta reação, o ião H+
substitui o ião K+ do feldspato potássico, alterando a rede cristalina e dando origem ao novo mineral (caulinite). Este processo é muitas vezes denominado
caulinização.
9. (A). A presença de minerais hidratados como, por exemplo, as moscovite, fazem diminuir o ponto de fusão.
10 (a) - (1); (b) - (3); (c) - (3); (d) - (4); (e) - (3); (f) - (2); (g) - (1); (h) - (4).
11. Um mineral-índice é um mineral que apresenta condições de pressão, temperatura e profundidade muito específicas aquando da sua formação, isto é, tem
limites de estabilidade conhecidos e bem definidos. Assim, a presença de um destes minerais numa rocha metamórfica permite inferir das condições de
temperatura e pressão a que a mesma esteve sujeita aquando da sua formação.

Provas-modelo
Teste de avaliação global 1
Grupo I
1. (A). O feto constitui uma entidade multicelular desenvolvida, tendo função de esporófito. Este esporófito irá formar esporos por meiose, geneticamente
distintos. A fecundação ocorre entre anterozoides e oosferas, que resultam de mitoses ao nível do gametófito. Os anterozoides são flagelados, pelo que a
fecundação é dependente da água.
2. (D). O ciclo de Culcita macrocarpa é haplodiplonte, uma vez que possui duas fases diferenciadas com entidades multicelulares (fetos na geração esporófita,
gametófitos na geração gametófita). A geração esporófita apresenta um grau maior de desenvolvimento.
3. (B). Os esporos resultam de meiose, processo que aumenta a variabilidade genética, sendo, por isso, geneticamente distintos. O esporófito, formado por
mitoses sucessivas do zigoto, crescimento e diferenciação celular, é uma entidade diploide e, por isso, apresenta pares de cromossomas homólogos.
4. (C). Os gametófitos pertencem à fase haploide, tratando-se de entidades multicelulares: o gametófito feminino, designado por arquegónio, e o gametófito
masculino, designado por anterídio. Ambos os gametófitos produzem gâmetas (oosferas e anterozoides, respetivamente), recorrendo a divisões mitóticas.
5. (D). No ciclo de vida dos fetos, os gametófitos apresentam uma reduzida dimensão e os esporófitos são a geração dominante. Ambas são independentes do
ponto de vista trófico.
6. (B). Culcita macrocarpa e Culcita connifolia são duas espécies distintas. Pelas regras de nomenclatura binomial, o primeiro nome de uma espécie representa o
seu género e o segundo nome é o restritivo específico. Neste caso, ambas as espécies pertencem ao género Culcita.
7. (B). Na classificação de Whittaker, o reino Plantae é um reino exclusivamente eucariótico e multicelular, com elevado nível de diferenciação celular. Todos os
organismos deste reino são fotoautotróficos.
8. (a) - (5); (b) - (1); (c) - (3).
9. A conquista do meio terrestre pelas plantas implicou a sua adaptação ao ambiente mais seco. A característica evolutiva prende-se com o facto de o esporófito
(2n) ser mais desenvolvido que o gametófito (n). A planta adulta (esporófito), possuindo 2n cromossomas, tem uma maior capacidade de adaptação ao meio. A
redução progressiva da geração gametófita (n), em relação à esporófita (2n), é uma característica evolutiva.

Grupo II
1. (B). Para a codificação da hemoglobina, é necessário que ocorra a transcrição dos genes de DNA para uma molécula de mRNA, a qual, por sua vez, será
traduzida no citoplasma por intervenção dos ribossomas e de moléculas de tRNA transportadoras dos aminoácidos que integrarão a hemoglobina.
2. (D). A anemia falciforme é uma anomalia genética localizada no cromossoma 11 que afeta a atividade das hemácias (células somáticas). A hemoglobina é uma
proteína, sendo, por isso, constituída por aminoácidos (monómeros), os quais, na sua estrutura química, apresentam C, H, O e N (compostos quaternários).
3. (C). Uma mutação silenciosa ocorre quando a alteração genética provocada não introduz alterações nos aminoácidos codificados. Esta situação verifica-se,
sobretudo, quando a substituição se dá ao nível do terceiro nucleótido, já que o código genético é mais tolerante a oscilações na terceira base dos codões. De
acordo com a figura, o desoxirribonucleótidos normal na terceira posição é o de citosina, que é transcrito para guanina na molécula de mRNA. Podemos ver pelo
código genético que, se a citosina for substituída por uma timina, a transcrição originará uma adenina na molécula de mRNA. Em ambos os casos não se verifica-
rão efeitos negativos na estrutura da proteína, uma vez que a sequência de aminoácidos não fica alterada.
4. (a) - (3); (b) - (4); (c) - (2); (d) - (1); (e) - (5). os nucleótidos de uma determinada cadeia polinucleotídica então ligados entre si por ligações fosfodiéster, isto é,
entre o carbono 3 de um nucleótido e o carbono 5 do nucleótido seguinte por intermédio de fósforo (P). As bases azotadas complementares (ligadas ao carbono
1 da pentose) emparelham entre si por meio de pontes de hidrogénio. A hemoglobina é uma proteína, sendo, por isso, constituída por aminoácidos (os seus
monómeros). Os segmentos de DNA que contêm informação para a síntese de uma determinada proteína designam-se por genes. Num par de cromossomas
homólogos, os alelos representam variações alternativas de um gene para uma determinada característica.
5. (D). Os gâmetas, num indivíduo com reprodução sexuada, resultam da ocorrência de meiose. Assim, se num indivíduo apenas parte dos glóbulos vermelhos é
normal e a outra anormal, significa que este será heterozigótico para essa característica. Neste caso, no par de cromossomas 11, o cromossoma herdado de um
dos progenitores será mutante (M) e do outro progenitor será selvagem ou normal (N). Se considerarmos a representação M - alelo mutante e N - alelo normal,
durante a fase S, os cromossomas replicam, passando a ter dois cromatídios MM e NN. A meiose apresenta duas divisões: na primeira divisão (reducional), uma
célula irá herdar o cromossoma duplicado MM e a outra, o cromossoma NN; na segunda divisão (equacional), ocorrerá a separação dos cromatídios, originando
quatro células com a seguinte configuração: M; M; N; N. Assim, teremos: MN MMNN  M; M; N; N, ou seja, quatro gâmetas, 50% normais e 50% mutantes.
6. (A). Antes da divisão celular ocorre, na fase S, a replicação semiconservativa do material genético (DNA). As mutações génicas ocorrem ao nível do DNA.
7. (B). Durante a fase S, o material genético encontra-se descondensado; na metáfase, os cromossomas atingem o máximo encurtamento ou a máxima
condensação.
8. (B). Mesmo tendo ocorrido a mutação que conduz à anomalia genética da anemia falciforme, a razão existente entre as bases azotadas completares é a
mesma, isto é, A + C / T + G = 1. Os ribossomas iniciam o processo de tradução a partir da extremidade 5' da molécula de mRNA. Correspondentes aos codões
(mRNA) existem quatro anticodões possíveis (tRNA) para o aminoácido valina: CAC; CAU; CAG e CAA.
9. B, D, A, E, C. A sequência diz respeito às consequências da anemia falciforme decorrentes de uma mutação genica por substituição (B). O processo de síntese
proteica da hemoglobina anormal inicia-se com a transcrição do gene mutante, que consiste na ligação da enzima RNA polimerase ao DNA. Após a transcrição,
ocorre o processamento da molécula de pré-mRNA, que consiste na remoção dos intrões. Após a migração do filamento de mRNA para o citoplasma e
correspondente tradução, a proteína resultante sofre maturação no complexo de Golgi. A hemoglobina assim resultante, sobretudo em situações de menor
disponibilidade de oxigénio, pode conduzir a uma diminuição da taxa respiratória e da taxa metabólica, uma vez que o oxigénio é o último aceitados de eletrões
na respiração aeróbia, na cadeia transportadora de eletrões, na cadeia respiratória ou no processo de fosforilação oxidativa.
10
10.1. Numa região com maior incidência de malária, indivíduos portadores apenas de genes mutantes terão menos hipóteses de sobrevivência por causa da
mortalidade causada pela anemia falciforme. Da mesma forma, indivíduos portadores apenas de genes selvagens (não mutantes), ao serem infetados pelo
parasita da malária, podem não sobreviver, dada a degradação dos seus glóbulos vermelhos. Uma única cópia para o alelo da anemia falciforme reduzirá a
frequência e a severidade dos ataques de malária, pois a presença de eritrócitos falciformes resultará nula densidade menor do parasita e, por isso, em sintomas
de malária reduzidos. Sendo esta última a condição mais vantajosa, os indivíduos heterozigóticos estarão, portanto, mais aptos e, por isso, a seleção natural não
resultou, em termos evolutivos, no desaparecimento do alelo mutante da população.
10.2. Numa região livre de malária, os indivíduos heterozigóticos estarão em desvantagem comparativamente aos indivíduos portadores apenas de alelos
normais, os quais seriam os selecionados, pois não apresentarão quaisquer sintomas de malária nem de anemia falciforme.

Grupo III
1. (D). Porque é possível observar que é uma rocha sedimentar com clastos envolvidos por um cimento e sem apresentar foliação. O cimento com 95% de
carbonato de cálcio indica tratar-se do calcário. Tem fósseis.
2. (A). A rocha C é, provavelmente, um gabro, pois é uma rocha ígnea (sem cimento e sem foliação), dado que se observa que tem cristais bem desenvolvidos
(intrusiva).
3. (D). A rocha B apresenta textura cristalina, pois é constituída por um conjunto organizado de cristais.
4. (A). A rocha A foi, provavelmente, encontrada na zona b, pois é a zona fora da auréola de metamorfismo onde se encontra o calcário.
5. (A). As rochas B e C foram, provavelmente, encontradas, respetivamente, na zona da auréola de metamorfismo, onde previamente se encontrava o calcário, e
no corpo ígneo, único local onde há rocha ígnea.
6. (C). O arenito, ao sofrer adaptações metamórficas, mineralógicas e texturais, origina uma rocha metamórfica designada por quartzito, com cristais de quartzo.
7. (B). O andesito é uma rocha magmática extrusiva, que tem o diorito como equivalente plutónico e surge em zonas de colisão de placas oceânica-continental.
8. A sequência argilosa apresenta os seguintes minerais de metamorfismo, segundo um aumento crescente do grau de metamorfismo: B, A, E, C, D.
9. (D). Pois a escala de Mohs avalia a dureza e não o traço dos minerais.
10. O metamorfismo de contacto é um tipo de metamorfismo local que resulta da instalação de um magma no seio de rochas preexistentes. O agente de
metamorfismo principal é a temperatura, que é muito elevada, gerando uma auréola onde as rochas são metamorfizadas com recristalização de minerais. Com a
distância ao centro do corpo ígneo, a temperatura diminui e o arrefecimento é mais rápido, gerando rochas com cristais menos desenvolvidos. Os fluidos
emanados pelo magma são também um importante agente de metamorfismo de contacto, contribuindo para a recristalização. A fraca influência da tensão leva
a que as rochas resultantes deste tipo de metamorfismo não sejam foliadas.

Grupo IV
1. (C). O gabro é uma rocha máfica, intrusiva, com cristais bem desenvolvidos e que apresenta uma composição rica em magnésio e ferro.
2. (A). Pela observação dos dados da figura 7.
3. (C). Pela observação dos dados da figura 7.
4. (A). Atendendo à sequência de cristalização dos minerais da série descontínua da série de Bowen.
5. (D). De acordo com a série de Bowen, a plagióclase que cristaliza a temperaturas mais baixas é a plagióclase mais rica em sódio.
6. (A). A anortite, porque tem condições de cristalização semelhantes às da olivina, mineral bem desenvolvido na rocha A.
7. (A). O quartzo, porque foi o que cristalizou em condições de temperatura e pressão mais próximas do meio exterior.
8. A, D, C, B. A ordem corresponde à sequência de cristalização da série descontínua.
9. A olivina é o primeiro mineral a cristalizar a altas temperaturas. Sendo um mineral muito denso por ação da gravidade, deposita e sofre um arrefecimento
muito rápido. Pode posteriormente reagir com magma remanescente, mas mantém-se em níveis profundos de corpos ígneos.

Teste de avaliação global 2


Grupo I
1. (C). As células totipotentes são totalmente indiferenciadas e correspondem ao estádio com a máxima capacidade de diferenciação, pois é a partir delas que se
formam todos os outros tipos de células que compõem um ser humano adulto. O zigoto e as primeiras células provenientes do zigoto são totipotentes. No
recém-nascido podem ser encontradas células multipotentes e unipotentes.
2. (A). Um oócito resulta do processo de divisão meiótica, que apresenta duas divisões, a primeira das quais reducional e a segunda equacional. Numa situação
normal, tendo o gato 38 cromossomas, os gâmetas resultantes apresentam metade do número de cromossomas (19), cada um constituído apenas por um
cromatídio, que corresponde a uma molécula de DNA.
3. C, E, F, B, D. Para ocorrer a formação de gâmetas, os cromossomas dos corpúsculos de Barr em células diploides são reativados (C), seguindo-se a divisão das
células por meiose. Por se tratarem de células animais, a citocinese ocorre por estrangulamento do citoplasma (E) a partir de um anel contráctil que se forma na
zona equatorial, formado por filamentos de actina e miosina, que se contraem puxando a membrana para o interior da célula (citocinese centrípeta). Nas
plantas, a citocinese ocorre de dentro para fora (A). Da citocinese resultam quatro gâmetas haploides com um cromossoma X (F). A fecundação entre gâmetas
com alelos diferentes para a cor do pelo (B) origina um gato heterozigótico para esta característica localizada no cromossoma X. Na expressão desta
característica ocorre a inativação de um cromossoma X do par de homólogos e a expressão do outro cromossoma X, originando uma gata tricolor (D).
4. (C). Nos gatos, a meiose origina gâmetas (pré-gamética). Os gâmetas são unicelulares haploides e o adulto é multicelular diploide, tratando-se, por isso, de um
ciclo diplonte.
5. (B). Nas células somáticas, apenas um dos cromossomas X estará ativo; o cromossoma inativo condensa e origina o corpúsculo de Barr. Nos gâmetas
formados, ambos os cromossomas X se encontram ativos e terão um papel fundamental na definição do sexo dos descentes, no caso de ocorrer fecundação.
6. (C). A expressão genética relaciona-se com a síntese de proteínas a partir da informação contida no DNA. Os genes são transcritos para pré-mRNA, o qual,
durante o processamento, perde os intrões, permanecendo apenas os exões. A tradução dos exões resultará na síntese de uma proteína.
7. (B). Para que ocorra síntese proteica, é necessária a presença de ribossomas que traduzem a molécula de mRNA para o respetivo aminoácido, por intermédio
do tRNA (anticodão). Tratando-se de uma célula animal, a seguir à transcrição ocorre o processamento (remoção dos intrões) e só depois a tradução.
8. (a) — (4) Os transcritos de DNA são os codões (mRNA), os quais são complementares dos anticodões (tRNA). b) — (1) Do processo de transcrição a partir do
DNA, a enzima RNA polimerase sintetiza uma molécula de mRNA. (c) — (5) A E, síntese de uma proteína resulta do processo de tradução. (d) — (7) O tRNA
(polímero de ribonucleótidos) liga-se ao aminoácido na extremidade 3'. (e) — (8) Alguns aminoácidos podem ser codificados por vários codões. Esta caracte-
rística do código genético designa-se por redundância ou degenerescência.
9. (C). A molécula em causa resultou de uma sequência de DNA complementar e antiparalela.
10. A cor associada aos gatos cálico resulta da inativação do cromossoma X. A inativação deste cromossoma ocorre apenas em fêmeas, durante o
desenvolvimento embrionário. Para que surja um gato cálico, deveria ocorrer uma mutação cromossómica durante a gametogénese que conduzisse a uma
distribuição desigual dos cromossomas pelos gâmetas, especificamente do cromossoma X. Assim, uma não disjunção dos cromossomas durante a meiose 1
resultará em 100% de gâmetas anormais, 50% dos quais portadores de dois cromossomas X. Uma não disjunção cromatídica durante a meiose II resultará em
50% de gâmetas normais e 50% de gâmetas anormais (portadores de dois cromossomas X ou com ausência total do cromossoma X). A fecundação entre um
oócito com dois cromossomas X e um espermatozoide resultará num indivíduo trissómico com o padrão XXY. Esta situação é idêntica à síndroma de Klinefelter.
Neste cenário, durante o desenvolvimento do gato, algumas células expressarão um cromossoma X e outras o cromossoma X alternativo, resultando num
padrão tricolor, se o indivíduo for heterozigótico para esta característica.

Grupo II
1. (C). No ciclo X ocorre fecundação, logo reprodução sexuada. No ciclo Y ocorrem divisões sucessivas dos merozoítos por mitose, sem ocorrência de
fecundação, tratando-se, portanto, de reprodução assexuada.
2. (A). A meiose ocorre no ciclo sexuado do Plasmodium, no interior do mosquito Anopheles, logo a seguir à formação do zigoto (meiose pós-zigótica). No ciclo
de vida deste parasita, o zigoto é a única célula diploide; todas as outras são haploides, não existindo, por isso, alternância de gerações, e o ciclo de vida é
haplonte.
3. (B). A fase diploide do ciclo de vida deste parasita ocorre no mosquito Anopheles. Os merozoítos que ocorrem no fígado são geneticamente diferentes, pois
resultaram da meiose pós-zigótica de vários zigotos, fenómeno responsável pela introdução de variabilidade genética. Meiose e fecundação são responsáveis
pela alternância de fases nucleares. A divisão dos merozoítos ocorre por mitoses e não por meiose, fenómeno que introduz variabilidade genética.
4. (a) - (7) No interior do fígado, o parasita reproduz-se assexuadamente por divisões múltiplas, pluripartição ou esquizogonia. (b) - (4) Durante a meiose,
ocorrem fenómenos de crossing-over durante a prófase 1, bem como a disposição aleatória dos cromossomas homólogos no plano equatorial durante a
metáfase 1, fenómenos responsáveis pela variabilidade genética. (c) - (10) No ser humano ocorre a proliferação do parasita por mitoses sucessivas de células
haploides resultantes do processo de meiose que ocorreu no mosquito. (d) - (7) O ciclo de vida do parasita é haplonte com meiose pós-zigótica, existindo apenas
uma geração, que é haploide; a fase diploide está reduzida apenas ao zigoto. (e) - (2) A mitose é o tipo de divisão celular associada à reprodução assexuada.
5. (C). A superfície respiratória dos insetos são as traqueias, sendo a difusão dos gases realizada diretamente entre elas e as células. O sistema circulatório
(hemolinfa) transporta apenas nutrientes, não intervindo no transporte dos gases.
6. (A). O sistema circulatório dos insetos é aberto, pelo que a hemolinfa pode abandonar os vasos circulatórios e movimentar-se através de lacunas corporais.
7. (D). As células da parede do estômago têm já uma função determinada, sendo por isso diferenciadas. Apesar de manterem o código genético da primeira
célula (zigoto), a diferença está na ativação/inibição de grupos específicos e genes que determinarão a função de cada célula.
8. (B). Os mosquitos são seres eucariontes multicelulares com elevada diferenciação celular, pertencentes ao reino Animalia. O parasita é um ser eucarionte
unicelular, logo pertencente ao reino Protista.
9. Os merozoítos são produzidos por divisão celular (mitótica) assexuada de esporozoítos haploides; de modo similar, os gametócitos são produzidos por divisão
celular assexuada dos merozoítos. Os indivíduos nesses três estágios terão o mesmo conjunto de genes, devido à ocorrência de mitoses que originam células-
filhas geneticamente idênticas à célula-mãe. As diferenças morfológicas entre eles resultam de alterações na expressão genica, conduzindo à sua diferenciação.

Grupo III
1. (A). Os movimentos em massa resultantes de deslizamento de vertentes ocorrem quando a força de gravidade supera as forças de resistência dos materiais
que se encontram nas vertentes. Têm como fatores associados a fitologia, o teor em água, a inclinação e a estabilidade da vertente.
2. (D). Os incêndios provocam a desflorestação, facto que acelera a degradação dos solos por ausência de vegetação. Deste modo, os terrenos estão mais
desprotegidos da erosão e, por ação da gravidade, auxiliado pelos ventos ou pelas águas superficiais, as vertentes estão mais suscetíveis aos deslizamentos.
3. (B). Um aquífero confinado ou cativo está limitado por duas camadas impermeáveis. Um aquífero livre está limitado por uma camada inferior impermeável e
uma zona de aeração.
4. (A). O granito, rocha constituída por quartzo, feldspato e micas, é uma rocha magmática plutónica, com composição semelhante ao riólito, sua equivalente
vulcânica.
5. (C). Pela sua composição siliciosa e pobre em ferro e magnésio, o granito é uma rocha félsica de baixa densidade.
6. (C). Uma bacia hidrográfica de um curso de água é, por definição, o território e rios afluentes que formam sub-bacias e que drenam as águas para o rio
principal (neste caso o Zêzere).
7. (A). Por definição, os balastros são materiais transportados sob o fundo dos rios, têm dimensões superiores a 2 mm e formam cascalheiras. Podem também
ter origem nas praias rochosas com forte ondulação ou nos depósitos glaciários.
8. (D). As três afirmações estão corretas. Note-se que o texto caracteriza as acácias e as háqueas.
9. (a) - (3); (b) - (4); (c) - (1); (d) - (5).
10. Os incêndios podem contribuir para o eventual aquecimento global pela libertação de CO2, gás que contribui para o efeito de estufa. Ao nível da saúde
podem provocar problemas graves no sistema respiratório e outros, como, por exemplo, alergias e intoxicações causadas pelo fumo ou mesmo cancro.
Provocam a degradação dos solos peta erosão facilitada, devido à maior exposição aos agentes provocada pela ausência de cobertura vegetal. Podem aumentar
o assoreamento dos rios causado pelas enxurradas, que para aí levam a terra arrastada pelas chuvas.

Grupo IV
1. (B). Um aquífero confinado é uma zona saturada de água limitada por duas camadas impermeáveis. A água neste depósito subterrâneo está confinada a uma
pressão superior à da pressão atmosférica. Assim, quando se faz um furo artesiano, a água sobe à superfície sob a forma de repuxo. O aquífero livre tem na base
uma camada impermeável.
2. (B). Se a formação C for uma camada argilosa, é uma camada impermeável, permitindo a acumulação de água e originando um aquífero livre, isto é, uma zona
saturada de água.
3. (B). De acordo com a definição, B é um furo artesiano, cuja saída de água é controlada pela diferença de pressão hidrostática e atmosférica. A saída de água
ocorre por repuxo e sem bombeamento, se o nível hidrostático for superior ao nível topográfico.
4. (A). O nível freático ou hidrostático é o nome que se atribui à superfície que delimita a zona de aeração da zona de saturação de água de um aquífero. Abaixo
do nível hidrostático, todos os poros estão preenchidos por água.
5. (A). São zonas de recarga, as zonas onde ocorre infiltração de água que alimenta os aquíferos.
6. (B). A contaminação de aquíferos ocorre de diversas formas. Embora os aquíferos confinados estejam um pouco mais protegidos que os livres da
contaminação, são reservatórios onde também se torna mais difícil eliminar a contaminação e recuperar a pureza das águas.
7. (A). Um aquífero livre é uma aquífero limitado inferiormente por uma camada impermeável e superiormente por uma zona de aeração.
8. (a) - (3); (b) - (2), (c) - (4); (d) - (5); (e) - (1).
9. Ocorreria poluição de origem agrícola, sobretudo pelo lançamento para os solos de adubos e pesticidas. Essas substâncias têm, muitas vezes, nitratos,
fosfatos ou minerais pesados que são tóxicos para as águas subterrâneas, impedindo o seu consumo pelo ser humano. Note-se que as plantas não assimilam a
totalidade destes produtos, aumentando a probabilidade de estes serem arrastados pela água das chuvas para os aquíferos.

Exame final 1
Grupo I
1. (A). O ciclo de vida das algas vermelhas inclui três gerações distintas: a geração gametófita (n), a geração carposporófita, diploide mas de reduzidas
dimensões, dependente da geração gametófita, e a geração tetrasporófita, com uma entidade multicelular diploide bem desenvolvida (equivalente ao
gametófito). A meiose ocorre antes da formação dos tetrásporos (n), que depois, por mitoses sucessivas e diferenciação, irão originar o gametófito (n).
2. (C). O ciclo de vida das algas vermelhas é haplodiplonte, uma vez que possui duas entidades multicelulares bem desenvolvidas e que, neste caso, têm vida
livre, isto é, são independentes. Os carpósporos são diploides mas os tetrásporos formam-se por meiose, sendo, por isso, haploides.
3. (C). O gametófito resulta da germinação do tetrásporo (n), constituindo uma entidade multicelular haploide, que resultou de divisões mitóticas do tetrásporo.
4. (B). Se ocorrer um erro durante a anáfase I da meiose, isto é, se não ocorrer a disjunção de um dos pares de cromossomas homólogos, então, no final da
meiose 1, teremos duas células com um número de cromossomas distinto (uma terá um cromossoma a mais e outra terá um cromossoma a menos). Dessa
forma, na segunda fase da meiose, fase equacional, a célula com um cromossoma a mais originará duas células com n + 1 cromossomas e, por sua vez, a célula
que na fase reducional ficou com menos um cromossoma irá agora originar duas células com n - 1 cromossomas.
5. (B). A ancestralidade comum de plantas e algas é atestada pelas sequências de DNA do núcleo e dos organelos e mesmo de características ultraestruturais,
como a transferência de genes do cloroplasto para o núcleo. Estes dados têm carácter bioquímico.
6. (B). Durante o processo fotossintético, a energia luminosa é conservada através da formação de ATP e NADPH. Estes produtos da fase fotoquímica são depois
utilizados para a produção de compostos orgânicos no ciclo de Calvin e para a regeneração da primeira molécula que integra este ciclo (ribulose-1,5-difosfato). O
ciclo de Calvin ocorre no estroma dos cloroplastos.
7. (C). Durante a fase fotoquímica da fotossíntese ocorre oxidação da clorofila, que perde eletrões. Os eletrões são incorporados por outras moléculas presentes
na membrana dos tilacoides, desencadeando uma série de reações de oxidação-redução (redox), vulgarmente conhecida como "cadeia transportadora de
eletrões". Por fim, o NADP+ recebe eletrões, ficando reduzido. Neste processo há ainda produção de ATP acoplada à cadeia transportadora de eletrões, numa
reação que depende da luz, e, por isso, designa-se por fotofosforilação.
8. (C). A transpiração ao nível das folhas faz aumentar a pressão osmótica nos vasos xilémicos foliares. Esse aumento da pressão favorece a ascensão da coluna
de água que se encontra no xilema, criando um défice de água ao nível da raiz. Esse défice promove a captação de água do solo para a raiz, mantendo o
movimento de seiva bruta da raiz até às folhas.
9. (A). A respiração aeróbia inicia-se com a glicólise, formando-se piruvato. O piruvato é depois oxidado, produzindo-se acetilcoenzima A. Este molécula segue
depois para o ciclo de Krebs.
10. ciclo de vida apresenta três estruturas multicelulares que constituem as três gerações distintas. A geração gametófita (n) é uma entidade multicelular,
individualizada e bem desenvolvida, que, por mitose, origina gâmetas. Após ocorrer fecundação, desenvolve-se, acoplada ao gametófito, a primeira geração
diploide (geração carposporófita). Esta geração tem reduzidas dimensões e depende da geração gametófita. O carposporângio irá originar carpósporos que, ao
germinarem, dão início à terceira geração deste ciclo, a geração tetrasporófita. Esta geração é igualmente diploide e resulta de diversas divisões mitóticas do
carpósporo. Forma-se uma entidade multicelular diploide bem desenvolvida que é semelhante ao gametófito. O tetrasporófito irá, por meiose, originar
tetrásporos, que, ao germinarem, formam o gametófito multicelular. Estas três gerações estão evidenciadas não só pela presença de entidades multicelulares
mas também pela produção, em tempos distintos, de gâmetas, carpósporos e tetrásporos, entidades unicelulares que estão na base de cada uma das diferentes
gerações.
A alternância de fases nucleares está evidenciada pela ocorrência de fecundação (fusão de gâmetas com n cromossomas), e consequente formação do
carposporófito (com 2n cromossomas), e pela ocorrência de meiose ao nível do tetrasporófito (2n), com consequente formação de tetrásporos (n).

Grupo II
1. (A). A variável independente é aquela que é manipulada pelos investigadores. No estudo, foram constituídos dois grupos de pacientes com tecnologias
diferentes.
2. (C). A probabilidade da necessidade de uma nova intervenção cirúrgica (variável dependente) está relacionada com o tipo de bomba que foi implantada no
paciente (variável independente).
3. (B). A curva que diz respeito ao HeartMate 2 é mais acentuada do que a que diz respeito ao HeartMate 3. Em seis meses, morreram mais pessoas com a
tecnologia anterior do que com a tecnologia mais recente.
4. (A) - (3); (B) - (1); (C) - (7); (D) - (6); (e) - (5).
5. (A). Na metade esquerda do coração circula sangue arterial, o qual é impulsionado pelo ventrículo esquerdo para a artéria aorta, que depois distribui o
sangue por todo o corpo (circulação sistémica ou grande circulação).
6. (A). A escolha de grupos aleatórios e a repetição da implantação do dispositivo médico nos vários pacientes acrescentam fiabilidade ao estudo realizado.
7. (D). O ser humano apresenta uma circulação dupla e completa, garantindo uma oxigenação elevada dos tecidos, a qual é melhorada após a intervenção
cirúrgica.
8. (C). Os seres vivos cuja superfície respiratória são as traqueias realizam difusão direta de gases, pelo que o sangue apenas está essencialmente relacionado
com o transporte de nutrientes. Nestes seres vivos, o sistema de traqueias conduz o oxigénio do ar diretamente até às células.
9. O teor de oxigénio irá diminuir, uma vez que ocorrerá mistura de sangue venoso com sangue arterial. Deste modo, ao diminuir a quantidade de oxigénio
disponível para as células, a taxa respiratória irá igualmente diminuir, o que implicará uma menor taxa metabólica e, consequentemente, uma menor produção
de energia.

Grupo III
1. (B). O xisto argiloso apresenta foliação incipiente marcada pela orientação de minerais tabulares, normalmente micas. Por alguns autores é considerado ainda
como uma rocha sedimentar que resulta da cimentação do argi-lito e com fissilidade, isto é, com capacidade de fragmentação segundo os finos planos de
estratificação.
2. (B). O ambiente marinho facilita a formação do xisto argiloso, pois primeiro ocorre a deposição de sedimentos de argila, depois a sua compactação com
formação de argilito e, por fim, a cimentação deste último, originado o xisto argiloso. O ambiente fluvial apresenta maior hidrodinamismo do que o fundo do
mar.
3. (D). O tilito é uma rocha sedimentar constituída por clastos que foram transportados por um glaciar, sendo típicos das moreias.
4. (B). A falha é inversa, pois podemos observar a subida do teto em relação ao muro (note-se que o jazigo mineral se encontra a preencher a falha).
5. (C). As falhas inversas resultam (quase sempre) de forças compressivas.
6. (A). 1000 x 100 / 50000 = 2%
7. (D). O minério é um agregado de minerais em que, pelo menos um deles, tem um valor economicamente rentável.
8. B, A, C, F, G, D, E, recorrendo aos princípios da sobreposição de estratos e ao princípio da interseção.
9. Os calcários com coral do Carbonífero indicam que o local apresentava clima tropical, isto é, encontrava-se no equador, entre os trópicos. O Pérmico é
representado por arenitos desérticos que indicam uma deslocação da área para uma latitude desértica. Os tilitos, mais recentes e típicos de ambiente glaciar,
indicam que a zona representada na figura se deslocou para latitudes mais elevadas.
10. (A). O mármore pode resultar do metamorfismo de contacto do calcário, havendo recristalização dos minerais de calcite.

Grupo IV
1. (C). São as forças distensivas, associadas a um estiramento crustal intenso e adelgaçamento da crosta, que originam os rifles.
2. (B). No geral, as falhas que resultam de forças distensivas são falhas de tipo normal.
3. (D). A placa Africana, mais especificamente o bordo leste desta placa, no seu contacto com o oceano Índico, como se observa na figura.
4. (A). Rochas tectonometamórficas hidrotermais, algum vulcanismo e abundante sedimentação detrítica e evaporítica nos grandes lagos hipersalinos que se
formam nas zonas mais deprimidas do eixo do estiramento crustal.
5. (A). Localizam-se na junção tripla dos Açores e em forma de T, sendo um dos ramos a dorsal médio-oceânica. O banco de Gorringe localiza-se na placa Euro-
Asiática; o enquadramento geotectónico apresenta importante atividade vulcânica e sísmica e localiza-se num enquadramento geotectónico complexo, com
ocorrência frequente de erupções submarinas
6. (B). Em zonas de subducção e ao longo dos eixos orogénicos colisionais, onde o material é subductado, criando rochas tectonometamórficas de alta pressão, e
sobe, erigindo os topos das cadeias de montanhas.
7. (C). No rifle médio-atlântico, o vulcanismo é básico e origina, frequentemente, pillow-lavas, devido ao rápido arrefecimento por contacto com a água.
8. (C). Transformantes, dado que as outras não têm movimento horizontal dos blocos.
9. (C). Os grabens têm falhas normais paralelas ou quase; os órgãos homólogos denotam origem embrionária comum; os vulcanismos intracontinental e
intercontinental têm características distintas.
10. Em primeiro lugar, evidências científicas têm demonstrado que foi em África que ocorreu a divergência evolutiva entre gorilas, chimpanzés e humanos. Este
continente tinha condições ambientais propícias, que favoreciam o aparecimento de novas espécies de primatas, entre as quais as primeiras formas pré-
humanas.
Em segundo lugar, a ocorrência comum no grande vale do rifte durante o Plio-Plistocénico (3,5 a 2,9 M.a.) de ambientes lacustres e fluviodeltaicos favorecia a
deposição de sedimentos, aos quais se juntavam os cadáveres dos hominíneos, que eram para lá arrastados durante as cheias ou enxurradas. Iniciava-se, assim,
o processo de fossilização. Por outro lado, a atividade sísmica e vulcânica características do grande vale do rifte também criavam condições propícias ao rápido
sepultamento dos cadáveres e posterior preservação dos seus esqueletos, devido à emissão e deposição de partículas vulcanoclásticas finas (cinzas vulcânicas).
Estas cinzas vulcânicas eram também o substrato ideal para a preservação de pistas de deslocação destes hominíneos.
Por fim, devido a movimentações tectónicas atuais e à erosão, os esqueletos são desenterrados naturalmente, ficando expostos à superfície.

Exame final 2
Grupo I
1. (B). As reações catabólicas resultam na libertação de energia, tal como as exotérmicas resultam na libertação de calor. As reações anabólicas consomem
energia, tal como as endotérmicas consomem calor.
2. (A). Os seres vivos gastam energia nos seus processos vitais, pelo que nem toda a energia pode ser reaproveitada e transferida para o nível trófico seguinte.
Estima-se que apenas 1/10 da energia total adquirida através da alimentação é transferida para o nível trófico seguinte, não regressando aos produtores. Já
relativamente à matéria, o fluxo é cíclico, porque os seres vivos consumidores transformam a matéria orgânica em orgânica e os decompositores decompõem
matéria orgânica em inorgânica, a qual pode ser reaproveitada pelos produtores.
3. (C). A respiração aeróbia é uma via metabólica em que ocorre degradação completa da glicose e redução do oxigénio (último aceitador de eletrões ao nível da
cadeia transportadora de eletrões), conduzindo à libertação de água.
4. (D). A glicólise ocorre no citoplasma e é a primeira etapa da respiração aeróbia e da fermentação, que culmina na produção de duas moléculas de piruvato
por cada molécula de glicose, com produção de quatro moléculas de ATP e gasto de duas, resultando um saldo final de duas moléculas de ATP.
5. (B). O oxigénio é o último aceitador de eletrões na cadeia transportadora de eletrões. A respiração aeróbia é uma via metabólica de elevado rendimento
energético cujos produtos finais são o CO2 e a H2O e, portanto, pobres em energia potencial. Na fermentação, os produtos finais podem ser, por exemplo, o
etanol e o CO2 (fermentação alcoólica) e o lactato (fermentação tática). Os produtos da fermentação, por resultarem da degradação incompleta da glicose, são
ricos em energia potencial.
6. (D). Por cada molécula de glicose oxidada são produzidas 2 moléculas de FADH2 (ciclo de Krebs) e 10 moléculas de NADH + H+ (2 na glicólise, 2 na oxidação do
piruvato e 6 no ciclo de Krebs).
7. (a) - (4); (b) - (6); (c) - (1); (d) - (9); (e) - (10).
8. (A). As plantas são seres vivos produtores, isto é, produzem o seu próprio alimento (compostos orgânicos) a partir de carbono inorgânico. A fonte de energia
das plantas é a luz solar, captada num conjunto de reações que define a fotossíntese.
9. B, D, E, A, C. A atividade metabólica das plantas que lhes permite obtenção de energia está relacionada com a síntese de compostos orgânicos que ocorre ao
nível dos cloroplastos (B). Os compostos orgânicos são transferidos do mesófilo foliar para os tecidos condutores do floema ou líber, podendo ser conduzidos
até à raiz (D). Ao nível da raiz, a glicose é oxidada (respiração aeróbia), ocorrendo a produção de ATP (E), o qual é necessário para o transporte ativo (C). A
afirmação F está errada, uma vez que no xilema circula seiva bruta, formada por água e sais minerais.
10. (A). A acetil-CoA acumula-se na matriz mitocondrial e não no espaço intermembranar. No ciclo de Krebs, a oxidação resulta na libertação de duas moléculas
de CO2.
11. Uma hipótese possível poderia ser: O aumento da concentração de CO2 atmosférico provoca um aumento da produtividade das plantas.
Para testar a hipótese, cultivaram-se plantas sob condições controladas durante, por exemplo, 50 dias. As plantas foram sujeitas às mesmas condições de
temperatura, humidade e luminosidade. Plantas com o mesmo grau de desenvolvimento foram então distribuídas por três grupos (A, B e C). O grupo A foi
sujeito a concentrações normais (atmosféricas) de CO2 e os grupos B e C foram sujeitos a concentrações diferentes, superiores às do grupo A. Todas as outras
condições foram mantidas constantes. Ao fim de alguns dias procedeu-se à avaliação da massa das plantas, por exemplo, os valores de matéria seca, registando-
se os valores médios em cada grupo.
Grupo de controlo: grupo de plantas submetidas a concentrações de CO2 normais.
Constantes: grau de desenvolvimento das plantas, humidade, luminosidade e temperatura.
Variável independente: concentração de CO2
Variável dependente: massa das plantas

Grupo II
1. (D). Se considerarmos apenas os grupos A e B na presença de TNT, estamos apenas a variar uma condição - a presença ou ausência da HK (variável
independente). A presença ou ausência de TNT constitui uma variável independente ou experimental. A taxa de transcrição do DNA do gene GUS depende da
presença ou ausência de TNT e da presença dos vários componentes em estudo.
2. Por exemplo: Duais são os mecanismos responsáveis pela indução da expressão do gene GUS?
3. Nesta experiência existem quatro grupos de controlo que consistem nas plantas transgénicas com ausência de um componente químico ou com o circuito
completo, na ausência de TNT (barras brancas do gráfico).
4. (A). O estudo evidencia alterações ao nível das células do mesófilo (folhas), esperando-se que a cor verde, na presença de TNT, desapareça, ficando as plantas
brancas.
5. (C). A presença de um circuito completo induz um claro aumento da expressão genética do gene GUS. Este gene (DNA) contém informação para a síntese de
enzimas \(proteínas). Para que ocorra a síntese proteica, é necessário que cada codão (mRNA) seja descodificado pelos ribossomas, o que corresponderá a um
determinado aminoácido, ao emparelhar com o respetivo anticodão (tRNA).
6. (D). As proteínas intervenientes na expressão do gene GUS são transmembranares, isto é, atravessam a bicamada fosfolipídica de um lado ao outro,
interferindo de forma indireta, por meio de outros agentes, na indução da expressão genética.
7. E, A, B, D, F, C. A capacidade de resposta da planta Arabidopsis à presença de TNT depende, em primeiro lugar, da inserção de genes bacterianos nas suas
células (E). Perante a presença de um estímulo externo de TNT (A), as partículas de TNT ligam-se aos recetores da membrana de histidina quinase (B), que
transferem um grupo fosfato, por meio da desfosforilação do ATP (D), para um resíduo de histidina e deste para um grupo aspartato (F). No final ocorre a
indução da transcrição do gene GUS (C).
8. (B). A molécula de DNA está presente em todos os organismos vivos e apresenta composição química idêntica.
9. (D). Agrobacterium tumefaciens é uma bactéria, pelo que a síntese proteica ocorre no citoplasma e a seguir à transcrição não existe processamento nem
migração, processos característicos das células eucarióticas.
10. (C). A dioneia é uma planta, logo, trata-se de um ser vivo autotrófico que, por viver em solos geralmente pobres, recorre à captura de insetos como fonte
suplementar de azoto. Este composto está presente nas proteínas (compostos quaternários).
11. (B). A fase da fotossíntese não dependente da luz (ciclo de Calvin) ocorre no estroma dos cloroplastos. A redução do oxigénio e a síntese de ATP são
fenómenos característicos da última etapa da respiração aeróbia (fosforilação oxidativa), a qual ocorre nas mitocôndrias.
12. A mudança de cor induzida pela presença de explosivos ocorre em plantas de Arabidopsis modificadas geneticamente, por meio da inserção de genes a
partir de bactérias. Esta mudança de cor traduz-se no desaparecimento da cor verde, devido à degradação das clorofilas, e no surgimento da cor branca.
Nas folhas das plantas, além dos pigmentos de clorofila (verdes), existem outros pigmentos de cor diferente, tais como os carotenoides (vermelhos ou amarelos)
e as ficobilinas (vermelhas ou azuis). A cor destes pigmentos é observável, por exemplo, no outono, quando a redução da temperatura e da intensidade do sol
diminuem a produção de clorofila e, por isso, a cor verde desvanece, permitindo assim que se vejam outros pigmentos presentes nas folhas. Este processo de
envelhecimento natural das folhas, designado por senescência foliar, deve-se à deslocação de nutrientes para outras zonas da planta, ocorrendo a abscisão
foliar (queda das folhas).
O fenótipo branco sugere, portanto, que também outros pigmentos são perdidos, não estando, por isso, associado a causas naturais.

Grupo III
1. (A). O calcário, as argilas e as margas são rochas sedimentares. Estas rochas cobrem cerca de 75% da superfície terrestre.
2. (B). As rochas argilosas, de grão muito fino, caracterizam-se por serem porosas mas dificultarem a circulação de água, sendo, por isso, impermeáveis.
3. (A). Os aquíferos livres são áreas porosas e permeáveis onde a água circula facilmente, mas estão limitados inferiormente por uma camada impermeável.
4. (C). As amonites encontradas em rochas sedimentares são consideradas bons fósseis de idade do Mesozoico. As espécies de amonite que viveram nessa era
permitem datar estratos que se formaram especificamente em períodos desse tempo geológico.
5. (a) - (4); (b) - (1); (c) - (5); (d) - (2).
6. (A). Segundo o princípio da identidade paleontológica, estratos com a mesma variedade de espécies têm a mesma idade relativa (só seria absoluta caso fosse
determinada por métodos isotópicos).
7. (A). A falha subvertical referida no texto (e outras falhas) forma-se especificamente em regimes de deformação frágil (embora também possam surgir em
regimes dúcteis).
8. (B). A definição de falha normal refere que nesta o teto desce em relação ao muro.
9. Sendo o calcário uma rocha, geralmente, de grão muito fino, terá tendência a ser pouco permeável. Podemos explicar o aparecimento de aquíferos em
modelados cársicos devido à dissolução do calcário e à abertura de fendas, por exemplo diáclases, por onde a água pode circular e originar aquíferos.
10. Os níveis mais negros nos calcários são, provavelmente, o resultado de acumulação de matéria orgânica.

Grupo IV
1. (C). As ilhas dos Açores distribuem-se pelas placas Euro-Asiática, Africana e Americana. A ilha da Madeira encontra-se na placa Africana, tal como Cabo Verde
e o arquipélago das Canárias (ver figura que acompanha o texto).
2. (C). A formação das ilhas do arquipélago das Canárias acompanha a deslocação da placa Africana, ou seja, atendendo à localização do limite divergente do
rifte médio Atlântico, sabemos que o movimento da placa Africana se faz de oeste para este. O ponto quente estará fixo e a placa é que se movimenta.
3. (A). Atendendo ao facto de a formação das ilhas do arquipélago das Canárias acompanhar a deslocação da placa Africana (tendo em conta a Localização do
limite divergente do rifte médio Atlântico, o movimento faz-se de oeste para este), sabemos que as ilhas mais antigas são Lanzarote e Fuerteventura (mais a
este) e a mais recente é a que se encontra mais a oeste.
4. (a) - (1); (b) - (4); (c) - (3); (d) - (2).
5. (C). São as rochas básicas e ricas em ferro e magnésio (ver série de Bowen) as que apresentam cor escura.
6. (B). Um tsunami com epicentro no mar gera ondas em regiões oceânicas devido a sismos de forte magnitude, erupções vulcânicas ou movimentos de massa
submarinos.
7. (B). As ondas P, longitudinais e as de maior velocidade, só circulam no interior da Terra e em meios sólidos e líquidos. As ondas superficiais L e R têm sempre
menor velocidade que as ondas internas, sendo as L as ondas superficiais de maior velocidade.
8. (B). As ondas P, ao encontrarem a descontinuidade de Gutenberg, são refratadas aos 103°, emergindo novamente após a passagem do núcleo externo líquido,
ou seja, após os 142° em relação ao epicentro. Assim, definiu-se entre os 103° e os 142° a zona de sombra das ondas P - zona onde as ondas não são registadas
de forma direta pelos sismógrafos. Em termos de distância ao epicentro, esta zona corresponde (embora não seja um valor aceite por toda a comunidade
científica) à distância compreendida entre os 11 500 km e os 14 000 km.
9. (C). A escala de magnitude de Richter é uma escala logarítmica de base dez, podendo atingir valores superiores a 10, embora tal nunca tenha sido registado.
10. (B). O riólito é uma rocha félsica, ou seja, rica em sílica. O teor em sílica indica que a lava é expelida a uma temperatura próxima da sua temperatura de
solidificação e haverá dificuldade na libertação de gases. Estas características permitem classificar a lava de viscosa e a atividade vulcânica associada é
tipicamente explosiva, porque a lava tenderá a solidificar sobre a abertura vulcânica.
11. A ectotermia significa que o ganho de temperatura corporal do ser vivo ocorre através de fontes de calor externas e não por origem interna, como acontece
no ser humano. O calor presente no corpo do ser vivo provém do meio no qual o indivíduo se encontra. Estas fontes de calor são, geralmente, a radiação solar
que incide diretamente sobre o corpo ou a energia que é refletida pelas rochas e areias. Mesmo obtendo calor por meios externos, estes seres têm, geralmente,
temperatura corporal elevada, podendo ser mesmo superior aos 37° típicos do ser humano. Assim, a colocação de uma espécie exótica ectotérmica na ilha de
Las Palmas poderia ter êxito, pelo menos no que se refere a esta característica corporal, que seria bem-sucedida. Refira-se, contundo, que outras condições do
meio podem influenciar a sobrevivência da espécie, como, por exemplo, a existência de elevado número de predadores ou a inexistência de níveis tróficos
inferiores. A sobrevivência da espécie dependeria de múltiplos fatores bióticos e abióticos. Por outras palavras, as condições da geosfera influenciam não só a
possibilidade de vida na biosfera como a qualidade da mesma.

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