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Apostila Módulo04
Apostila Módulo04
O Manejo de
Exodontias Mais
Complexas
SUMÁRIO
DENTES RETIDOS ................................................................................................03
QUANDO REMOVER, QUANDO NÃO REMOVER E POR QUE
REALIZAR A REMOÇÃO DE DENTES RETIDOS? ..........................................03
COMO REALIZAR A REMOÇÃO CIRÚRGICA DE UM
TERCEIRO MOLAR RETIDO? ...........................................................................05
INCISÃO ......................................................................................................05
DESCOLAMENTO MUCOPERIOSTAL .................................................07
OSTECTOMIA ............................................................................................08
ODONTOSSECÇÃO ..................................................................................11
CUIDADOS COM A FERIDA OPERATÓRIA E SUTURA ...................14
FATORES RELACIONADOS À DIFICULDADE DO PROCEDIMENTO ........15
DENTES SUPRANUMERÁRIOS ........................................................................18
COMO REALIZAR O EXAME DO DENTE SUPRANUMERÁRIO? ...............18
LOCALIZAÇÃO DO DENTE E SUAS ESPECIFICIDADES ..............................20
COMO REALIZAR A REMOÇÃO CIRÚRGICA DE UM DENTE
SUPRANUMERÁRIO RETIDO? .........................................................................21
DENTES COM DESTRUIÇÕES CORONÁRIAS, DILACERAÇÕES
APICAIS E ANQUILOSES ....................................................................................24
DESTRUIÇÕES CORONÁRIAS .........................................................................24
DILACERAÇÕES APICAIS ..................................................................................25
DENTES ANQUILOSADOS ...............................................................................25
TÉCNICA OPERATÓRIA .....................................................................................26
O QUE FAZER EM CASO DE FRATURA DE RAIZ? ........................................30
EXODONTIAS MÚLTIPLAS ...............................................................................33
ROTEIRO CIRÚRGICO .......................................................................................35
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PROXIMIDADE COM ESTRUTURAS ANATÔMICAS
IMPORTANTES .....................................................................................................38
NERVO ALVEOLAR INFERIOR .........................................................................39
NERVO LINGUAL ...............................................................................................39
FORAME MENTONIANO .................................................................................40
SEIO MAXILAR ...................................................................................................40
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DENTES RETIDOS
Dentes retidos, são aqueles que, ao chegar a época de erupção, não irrompem,
podendo manter ou não comunicação com a cavidade bucal.
Dentre todos dentes, os que se apresentam retidos com maior frequência são:
2) Caninos superiores;
3
* Crianças e idosos possuem contraindicação relativa para a remoção de dentes retidos.
No caso de pacientes jovens, os dentes retidos, por vezes, ainda não apresentaram
formação radicular adequada para sua remoção e, por isso, caso não haja nenhuma
complicação associada, a indicação é aguardar a formação de pelo menos 1/3 de raiz
dentária.
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COMO REALIZAR A REMOÇÃO CIRÚRGICA DE UM TERCEIRO MOLAR
RETIDO?
Nesta etapa, o conteúdo está organizado por meio de fluxograma. Sendo este
dividido essencialmente em terceiro molar parcialmente retido e terceiro molar
retido.
INCISÃO
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Figura 1 - Incisão envelope.
Dentes inferiores:
DICA DE ABORDAGEM
PARA TERCEIROS MOLARES
PARCIALMENTE RETIDOS:
Dentes inferiores:
DICA DE ABORDAGEM PARA
TERCEIROS MOLARES RETIDOS:
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Terceiro molar parcialmente retido Terceiro molar retido
Descolamento mucoperiostal
DESCOLAMENTO MUCOPERIOSTAL
Retalho rebatido
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Terceiro molar parcialmente retido Terceiro molar retido
Descolamento mucoperiostal
Ostectomia
OSTECTOMIA
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Figura 4 – Ostectomia e luxação para terceiros molares inferiores.
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Para dentes superiores, a ostectomia é menos comum que nos dentes inferiores,
assim como é menos comum em dentes parcialmente retidos do que em retidos.
Por isso, após o descolamento mucoperiostal, se a coroa dentária já estiver
exposta, poderemos iniciar a luxação dentária sem a realização de ostectomia.
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Terceiro molar parcialmente retido Terceiro molar retido
Descolamento mucoperiostal
Ostectomia
Odontossecção
ODONTOSSECÇÃO
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Figura 8 – Odontossecção em dentes com retenção mesial ou vertical.
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Figura 10 – Odontossecção em dentes com retenção distal.
É o dente mais difícil de remover. Depois que osso suficiente é removido dos
lados vestíbulo-oclusal e distal do dente, a coroa é seccionada das raízes. Se
as raízes estão fusionadas, uma alavanca pode ser usada para elevar o dente
no espaço previamente ocupado pela coroa. Se as raízes são divergentes,
elas em geral são seccionadas em dois pedaços e individualmente removidas.
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Terceiro molar parcialmente retido Terceiro molar retido
Descolamento mucoperiostal
Ostectomia
Odontossecção
Luxação dentária
Remoção dentária
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Figura 11 – Sutura.
Uma pinça hemostática mosquito pode ser utilizada para
remover remanescentes do folículo dentário (que deverá
ser encaminhado para exame histopatológico).
Quando o dente está totalmente envolvido por osso, geralmente é mais difícil de
removê-lo do que quando a retenção é em tecido mole.
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A retenção com inclinação para mesial é geralmente a mais fácil de remover.
O dente mais difícil de ser removido é aquele retido com inclinação distal,
pois esta exige maior remoção óssea devido ao fato do dente estar voltado
para o ramo mandibular.
2) Idade do paciente
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No paciente jovem, as raízes estão geralmente com formação incompleta.
Com frequência, há um amplo espaço pericoronário formado pelo folículo do
dente, que propicia maior acesso para a remoção do dente sem necessidade
de ostectomia.
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DENTES SUPRANUMERÁRIOS
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Deve-se palpar a região vestibular e a região palatina/lingual e observar se há
algum aumento de volume em algumas das corticais.
Fonte: Arquivo dos autores (2020). Fonte: Prado, Pinto e Salim (2004).
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LOCALIZAÇÃO DO DENTE E SUAS ESPECIFICIDADES
Porção anterior da maxila: são extraídos quando metade a dois terços das raízes
dos incisivos centrais são formados, o que torna mais fácil identificar as raízes dos
incisivos normais e identificar o dente anormal. Estes dentes são quase sempre
encontrados no palato e devem ser abordados na direção palatina para a remoção.
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COMO REALIZAR A REMOÇÃO CIRÚRGICA DE UM DENTE
SUPRANUMERÁRIO RETIDO?
1) Anestesia local
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Figura 20 – Incisão e descolamento mucoperiostal por vestibular em
região de pré-molares inferiores.
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4) Odontossecção: caso a ostectomia não seja suficiente para permitir a luxação
e posterior remoção do dente, deve-se realizar a odontossecção. Esta poderá ser
no sentido longitudinal do dente (dividindo-o em porção mesial e distal) ou no
sentido horizontal (dividindo-o em porção coronária e radicular). É importante
lembrar que a odontossecção só poderá ser realizada após o dente possuir o
mínimo de mobilidade durante a luxação.
Assim como citado nos dentes retidos, nesta etapa realizamos inspeção do
alvéolo, remoção de tecido pericoronário remanescente, regularização de bordos
ósseos, irrigação e sutura.
Figura 31 – Sutura.
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DENTES COM DESTRUIÇÕES CORONÁRIAS,
DILACERAÇÕES APICAIS E ANQUILOSES
DESTRUIÇÕES CORONÁRIAS
Embora o dente seja abraçado pelo fórceps principalmente pela raiz, uma parte
da força é aplicada à coroa. Tais pressões podem produzir fratura da coroa dos
dentes que possuem cárie extensa ou grandes restaurações. Ao contrário do que
pode parecer, a extração aberta, que não é um procedimento necessariamente
difícil, poderá evitar a necessidade de força excessiva e resultar em uma extração
mais fácil e mais rápida.
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DILACERAÇÕES APICAIS
DENTES ANQUILOSADOS
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Figura 34 – Segundo molar decíduo anquilosado.
TÉCNICA OPERATÓRIA
DENTES MONORRADICULARES:
2) Ostectomia
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Figura 36 – Ostectomia.
3) Odontossecção
DENTES POLIRRADICULARES:
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1) Retalho envelope e descolamento mucoperiostal
Pode ser que nesta etapa, apenas com a exposição do dente subgengival, já seja
possível introduzir a alavanca e realizar o movimento de luxação.
2) Ostectomia
3) Odontossecção
Divisão das raízes para que seja possível extraí-las de maneira individual.
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Figura 38 – Odontossecção longitudinal no sentido mesiodistal de pré-
molares.
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O QUE FAZER EM CASO DE FRATURA DE RAIZ?
Caso ocorra fratura do terço apical (3 a 4 mm) da raiz durante uma extração
fechada, as primeiras tentativas devem ser extrair o ápice pela técnica fechada
(não realizando retalho mucoperiostal e remoção de osso).
- As técnicas fechadas são mais úteis quando o dente estiver bem luxado e com
mobilidade antes de ocorrer a fratura do ápice.
1º PASSO: o alvéolo deve ser irrigado com vigor e a sucção deve ser feita com
pequena ponta aspiradora, pois pequenos fragmentos dentários luxados podem,
ocasionalmente, ser removidos do alvéolo pela irrigação.
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2º PASSO: se a técnica de irrigação-sucção não surtir efeito, deve-se movimentar
cuidadosamente o ápice luxado para fora do alvéolo com um sindesmótomo,
enxada apical ou alavanca menor.
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- Se a remoção da raiz põe em risco estruturas importantes, como
nervo alveolar inferior;
- Se as tentativas de remoção da raiz residual puderem deslocá-la para
dentro dos espaços teciduais ou para dentro do seio maxilar.
Devem existir três condições para que uma raiz seja deixada no processo
alveolar:
3) O dente envolvido deve estar livre de infecção e não deve apresentar áreas
radiolúcidas ao redor do ápice radicular.
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EXODONTIAS MÚLTIPLAS
Os dentes maxilares devem, em geral, ser extraídos antes por vários motivos:
- A técnica anestésica infiltrativa tem início mais rápido, mas também desaparece
mais rapidamente; isso significa que o cirurgião-dentista pode iniciar o
procedimento cirúrgico logo após aplicar a injeção, e que a cirurgia não deve ser
atrasada, pois a anestesia profunda se perde mais rapidamente na maxila.
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DENTES POSTERIORES ANTES DOS ANTERIORES
Caninos e 1ºs molares são os dois mais difíceis de ser removidos e devem
ser extraídos por último.
RESUMO
A fim de resumir o que foi discutido, imagine a situação de todos os dentes dos
quadrantes esquerdos maxilar e mandibular terem extração indicada. Neste caso,
o recomendado seria:
4) Canino maxilar;
8) Canino inferior.
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ROTEIRO CIRÚRGICO
2º PASSO: Os dentes são luxados com uma alavanca e removidos com alavancas
ou fórceps. Se a remoção de qualquer um dos dentes exigir força excessiva, o
cirurgião-dentista deve remover pequena quantidade de osso vestibular para
evitar fratura e perda óssea.
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Se uma prótese total está planejada ou existam interferências ósseas, a pinça
goiva/alveolótomo é usada para removê-las e uma lima para osso é utilizada para
alisar as espículas ósseas cortantes.
4º PASSO: A área deve ser abundantemente irrigada com soro fisiológico estéril
ou água destilada.
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5º PASSO: O tecido mole é examinado para verificar se existe excesso de tecido
de granulação ou de tecido gengival. Se existir, estes devem ser removido.
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PROXIMIDADE COM ESTRUTURAS
ANATÔMICAS IMPORTANTES
O vídeo “Proximidade dos dentes com estruturas importantes” mostra uma série
de radiografias ilustrando esta relação e o cuidado que devemos ter ao analisarmos
estes exames complementares.
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NERVO ALVEOLAR INFERIOR
Caso haja algum dano, a alteração de sensibilidade da região inervada por este
nervo geralmente é breve (duração de somente poucos dias), mas pode se estender
por semanas ou meses. E, em casos raros, pode ser permanente.
NERVO LINGUAL
A incisão não deve continuar posteriormente em linha reta, pois a mandíbula desvia-
se lateralmente. Uma incisão que se estende de modo reto, e, posteriormente,
cai fora do osso e dentro do espaço sublingual, podendo causar dano ao nervo
lingual. Portanto, a incisão no espaço retromolar para o acesso do 3ºMI, deve ser
deslocada no sentido vestibular.
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Figura 47 – Nervo lingual e sua relação com terceiro molar inferior.
FORAME MENTONIANO
SEIO MAXILAR
Se apenas uma fina camada de osso existir entre o seio e as raízes dos dentes
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molares, se o seio maxilar for amplamente pneumatizado e se as raízes do dente
a ser extraído forem amplamente divergentes, o potencial de perfuração do seio
maxilar durante a extração aumenta. Nesse caso, o planejamento cirúrgico pode
ser alterado para uma técnica de cirurgia aberta, com a divisão das raízes do
molar maxilar antes da extração.
41
REFERÊNCIAS
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MILORO, M. et al. (orgs.). Princípios de cirurgia bucomaxilofacial de Peterson. 3 ed.
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HUPP, J. R. Princípios da exodontia de rotina. In.: HUPP, J. R.; ELLIS III, E.; TUCKER,
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42
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cirurgia dentoalveolar. Porto Alegre: Artes médicas, 2014a. Cap 6, p. 65-79.
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Técnica anestésica, exodontia e cirurgia dentoalveolar. Porto Alegre: Artes médicas,
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TUCKER, M.R. Cirurgia pré-protética. In.: HUPP, J. R.; ELLIS III, E.; TUCKER, M.R.
(orgs.). Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea. 6 ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2015. Cap 12, p. 190-223
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Taíse Simonetti
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