Você está na página 1de 7

Escola Portuguesa de Luanda - Centro de Ensino de Língua Portuguesa

Português – 7.º ano - 2021/2022


Teste de avaliação - Unidade 2_ Texto Narrativo
Grupo I - LEITURA
Lê o texto. Em caso de necessidade, consulta a nota de vocabulário.

MAGNÌFICA SIMPLICIDADE

Seria impossível um médio ou


grande estúdio criar algo tão simples e
viciante como Fall Guys: Ultimate
Knockout, desenvolvido pela britânica
5 Mediatonic. Lançado no início de
agosto para a PlayStation 4 e
Windows, Fall Guys ganhou imensa
popularidade por ser uma das ofertas
do PlayStation Plus (serviço de
10 subscrição da PlayStation, obrigatório Fall Guys: Ultimate Knockout
para se jogar online, e que oferece,
pelo menos, dois jogos grátis mensais aos subscritores) e, claro, por ser verão, sobrar
tempo livre e ser uma battle royale1 que dá para consumir em doses rápidas e cuja
curva de aprendizagem é mínima. As circunstâncias tornaram Fall Guys um dos jogos
15 mais falados deste verão e o jogo mais descarregado de sempre no PlayStation Plus
no mês em que é oferecido. Sim, é um UAU!
Chega de números e razões secundárias. A criação da Mediatonic é tão boa
porque reproduz para o contexto de videojogo o divertimento de programas de
televisão como Nunca Digas Banzai, Wipeout ou American Ninja Warrior. As regras
20 são simples, o jogador entra numa competição que pode envolver até 60 jogadores.
Em cada etapa vários participantes são eliminados, até existir apenas um vencedor.
Normalmente, há um vencedor a cada 15 minutos, depois é começar de novo, com
novos adversários.
As etapas são escolhidas aleatoriamente e a maioria são de esforço individual,
25 embora também haja provas de equipa. Aprende-se muito rapidamente o que fazer
em cada etapa e, como não há um elevado número de níveis, ao fim de poucas horas
já se explorou tudo e sabe-se mais ou menos o que fazer. É aí que se torna
complicado: chega a altura de se ficar realmente bom a jogar Fall Guys. Contudo, a
recompensa nunca está no ganhar, mas em ver como estas criaturas, que parecem
feitas de comida fofa, se atropelam umas às outras para sobreviverem aos desafios.
Ganhar é apenas uma cerejinha no topo de um delicioso bolo.

Revista Sábado, 17 de setembro de 2020 (texto adaptado).

VOCABULÁRIO:
1
battle royale: jogo eletrónico de sobrevivência que mistura elementos de exploração,
sobrevivência e procura de equipamentos.

Página 1
1. Para cada item, escolhe a opção que completa corretamente as afirmações que se
seguem, de acordo com o texto.

1.1. Os grandes ou médios estúdios de produção de jogos

(A) não criam jogos que sejam simples.


(B) procuram criar jogos que sejam jogados em equipa.
(C) copiam jogos dos estúdios pequenos.
(D) preferem criar jogos impossíveis de vencer.

1.2. O jogo Fall Guys

(A) é gratuito, estando disponível para qualquer pessoa na internet.


(B) é gratuito, se for subscritor de um pacote de jogos na internet.
(C) é pago, existindo uma versão que não precisa de internet.
(D) é pago para quem quiser aceder às batalhas na internet.

1.3. Pelas suas características, Fall Guys é um jogo de sobrevivência

(A) que exige muita prática para se aprender a jogar.


(B) que se aprende com alguma facilidade por ser simples.
(C) que exige muitas horas para vencer os níveis mais difíceis.
(D) que é difícil por ter níveis mais complexos.

2. Assinala todos os aspetos que no texto são tratados relativamente ao jogo Fall
Guys.

(A) Tempo de duração


(B) Grau de dificuldade
(C) Programa(s) inspirador(es)
(D) Dicas para ganhar
(E) Regras do jogo
(F) Avaliação do jogo
(G) Jogos semelhantes

Página 2
Grupo II - EDUCAÇÃO LITERÁRIA

Lê o conto popular O retrato da princesa. Em caso de necessidade, consulta as


notas de vocabulário.

O retrato da princesa

Era uma vez um príncipe que não achava mulher que lhe agradasse. Um dia foi a
uma feira e viu lá o retrato de uma menina tão lindo, tão lindo que mal pode
imaginar-se; perguntando de quem era, responderam-lhe que era da princesa de tal,
mas ele custou-lhe a crer que houvesse uma dama tão formosa.
5 Logo que chegou ao palácio disse a el-rei seu pai que só casaria com a princesa
de quem vira o retrato. Tratou-se do casamento, que foi feito por procuração 1 e o
príncipe antes de levar a noiva para o palácio, quis vê-la sem ser conhecido;
disfarçou-se e foi a umas cavalhadas2 que houve por aquela ocasião e a que a
princesa iria assistir. Quando a princesa chegou com a sua companhia, o príncipe
10 perguntou qual das damas era ela e disseram-lhe que a noiva era uma muito feia
que ia à frente; ele ficou sem pinga de sangue e quando chegou o dia da noiva ir
para a sua companhia, não a quis ver. Todas as noites quando se ia deitar apagava
a luz e levantava-se antes de amanhecer para não lhe ver a cara. Andava a princesa
por isso muito triste, mas não se queixava a ninguém.
15 Um dia em que ela estava no jardim foi uma pobre pedir-lhe esmola e disse-lhe:
“Eu bem sei a causa da vossa tristeza; mas posso dar-vos remédio, se quiserdes
aceitar os meus conselhos.” A princesa disse que sim e a pobre no outro dia voltou
ao jardim e disse à princesa que fosse com ela a um sítio onde o príncipe tinha uma
quinta. Chegados que foram ao portão, a pobre mandou dizer ao príncipe se lhe
20 dava licença para passear na quinta com uma filha que andava muito doente e a
quem os médicos mandavam tomar ares. O príncipe deu licença e quis ver a doente,
mas ficou maravilhado quando viu que a doente tinha a cara exata do retrato da
feira.
A princesa voltou no dia seguinte e por conselho da pobre pediu ao príncipe um
25 copo de água de uma fonte de neve, pois talvez lhe desse saúde. O príncipe
mandou vir um rico copo que encheu de água e lhe ofereceu; mas ela, quando lhe ia
a pegar, deixou-o cair e feriu um pé no vidro. O príncipe ficou muito aflito por ela se
ter ferido, pois já estava muito apaixonado; mas a princesa disse que não era nada,
que o pior era ter quebrado o copo; pediu mil desculpas e foi-se embora encostada à
30 velha.
Quando o príncipe à noite se foi deitar ainda com piores modos para a princesa, e
tendo--lhe tocado num pé, ela disse:

“Ai meu pé ferido,


Em fonte de neve,

Página 3
35 Em copo de vidro.”

O príncipe, julgando que ela dizia aquilo por saber o que se tinha passado na
quinta, disse que não se importasse com o que ele fazia; mas ela continuou a repetir
as mesmas palavras, até que ele acendeu a luz e viu que a princesa era a doente da
quinta. Ela então disse-lhe que a dama feia que ele tinha visto nas cavalhadas era
uma aia sua e que o tinham enganado, pois o retrato que estava na feira era
realmente dela. O príncipe ficou muito contente, não tendo chegado nunca a saber
que fora a velha quem tinha quebrado o encanto que fazia feia a princesa.

(Coimbra)
Adolfo Coelho, Contos Populares Portugueses (texto com grafia atualizada e
adaptado).
VOCABULÁRIO:
1
procuração: ato em que a pessoa se faz representar por outra; 2 cavalhadas: festa
típica dos torneios medievais, onde os nobres mostravam a sua destreza e valentia.

1. Associa cada uma das passagens do conto, na coluna A, à palavra que caracteriza
o príncipe no início da ação, na coluna B.

Coluna A Coluna B
A. “não achava mulher que lhe agradasse” (l. 1) 1. Curioso
B. “viu lá o retrato de uma menina tão lindo, tão 2. Simples
lindo que mal pode imaginar-se” (l. 2/3) 3. Exigente
C. “ele custou-lhe a crer que houvesse uma 4. Fascinado
dama tão formosa” (ll. 4) 5. Ignorante
D. “quis vê-la sem ser conhecido” (l. 7) 6. Desconfiado

2. Explica, por palavras tuas, a intenção da metáfora “ficou sem pinga de sangue”
(l. 11), que se refere ao príncipe.

3. Quando a princesa foi viver com o príncipe, ele não a quis ver.
Transcreve do texto a passagem que justifica esta atitude do príncipe

4. A resolução do problema da princesa acontece em vários momentos.


Ordena de 1 a 6 esses momentos, de acordo com a sequência pela qual são
narrados.
O primeiro momento encontra-se assinalado.

(A) A menina feriu um pé após ter partido o copo.


(B) A pobre levou a menina para a quinta.
(C) O príncipe reconheceu a mulher como a menina doente.
(D) O príncipe reconheceu a menina como a figura do retrato.
1 (E) Uma pobre ofereceu ajuda à princesa.
(F) O príncipe autorizou a menina doente a passear na quinta.

Página 4
5. Que recurso expressivo está presente no excerto “pediu mil desculpas”(l.29)

6. Assinala a opção que completa corretamente cada uma das afirmações (6.1 e 6.2).

6.1. A expressão “tomar ares” (l. 21), que significa passear num local com ar puro,
está relacionada com

(A) a doença que a pobre diz que a menina que a acompanha tem.
(B) a doença que a pobre que acompanha a menina diz ter.
(C) as doenças que o príncipe cura na sua quinta.
(D) o elogio que a pobre faz à quinta do príncipe.

6.2. A expressão “não era nada” (l. 28) significa que

(A) a princesa não se tinha ferido.


(B) a princesa se tinha ferido do nada.
(C) a ferida tinha alguma gravidade.
(D) a ferida da princesa não era grave.

7. A princesa nunca contou ao príncipe que tinha sido efetivamente feia devido a um
encantamento e que este foi quebrado.
Concordas com a decisão da princesa? Justifica a tua resposta.

Grupo III - GRAMÁTICA

1. Expande as seguintes frases, acrescentando-lhes orações introduzidas por


determinantes relativos, conforme o exemplo apresentado.

Exemplo: No mês passado, li um romance.


No mês passado, li um romance cuja personagem principal era um príncipe.
A. A cantora recebeu um prémio.
B. Os alunos estão todos nesta sala.
C. Eu gosto muito de chá de camomila.

2. Reescreve as frases apresentadas, integrando o advérbio relativo indicado e


iniciando cada uma delas da forma sugerida. Faz as alterações necessárias.

A. A pobre resolveu o problema da princesa de uma forma astuta. (como)

Página 5
A forma…
B. Ele vive numa casa bonita mas distante da escola. (onde)
A casa…
C. Os contos são escritos de uma forma simples. (como)
A forma…

3. Cria frases complexas, unindo as frases simples abaixo com as


conjunções/locuções conjuncionais apresentadas. Faz as alterações
necessárias.

A. Eu tomo conta da Maria. Podes ir à festa. (para que)


B. Usa essa colher de plástico. No final, recicla-a. (desde que)
C. Vamos de autocarro para a escola. Vamos à boleia com o Luís. (ou…ou)

4. Classifica as orações coordenadas sublinhadas em cada frase.

A. A princesa era muito bonita, mas o príncipe não quis acreditar.


B. O príncipe viu o retrato da princesa e apaixonou-se por ela.
C. O príncipe casaria coma princesa do retrato ou não casaria com ninguém.

5. Classifica as orações subordinadas destacadas nas frases seguintes:

A. “Quando a princesa chegou com a sua companhia, o príncipe perguntou


qual das damas era ela (…)”

B. “(…) mas posso dar-vos remédio, se quiserdes aceitar os meus conselhos.”

C. “(…)o retrato que estava na feira era realmente dela.”

6. Indica a função sintática dos elementos sublinhados nas frases.

A. “A velha pediu ao príncipe para passear no seu jardim.”

B. “O príncipe ficou muito contente.”

C. “ (…)o príncipe tinha uma quinta.”

Grupo IV - ESCRITA

A sociedade dá muita importância à aparência física das pessoas.


Do teu ponto de vista, a aparência física é importante para se construir uma
relação?

Página 6
Escreve um texto de opinião bem estruturado, com um mínimo de 160 e um
máximo de 260 palavras, em que defendas o teu ponto de vista.

O teu texto deve integrar:


– a apresentação do teu ponto de vista sobre a importância da aparência numa
relação;
– a explicitação de duas razões que justifiquem o teu ponto de vista;
– uma conclusão adequada.
Bom Trabalho!
A professora, Ana Quelhas Rodrigues

Página 7

Você também pode gostar