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7º Ano - Ensino Fundamental

Caderno do Professor
Volume 1 - 2018
Material C omplementar

Versão Preliminar
EXPEDIENTE
Governador do Estado de Goiás Superintendente de Desporto Educacional
Marconi Ferreira Perillo Júnior Maurício Roriz dos Santos

Secretária de Estado de Educação, Cultura e Esporte Superintendente de Gestão Pedagógica


Raquel Figueiredo Alessandri Teixeira Marcelo Jerônimo Rodrigues Araújo

Superintendente Executivo de Educação Superintendente de Inclusão


Marcos das Neves Márcia Rocha de Souza Antunes

Superintendente de Ensino Fundamental Superintendente de Segurança Escolar


Luciano Gomes de Lima e Colégio Militar
Cel. Júlio Cesar Mota Fernandes
Superintendente de Ensino Médio
João Batista Peres Júnior

Idealização Pedagógica
Marcos das Neves - Criação e Planejamento
Marcelo Jerônimo Rodrigues Araújo - Desenvolvimento e Coordenação Geral

ORGANIZADORES E COLABORADORES
Gerente de Estratégias e Material Pedagógico Revisoras
Wagner Alceu Dias Luzia Mara Marcelino
Maria Aparecida Costa
Língua Portuguesa Maria Soraia Borges
Ana Christina de P. Brandão Nelcimone Aparecida Gonçalves Camargo
Débora Cunha Freire
Dinete Andrade Soares Bitencourt Projeto Gráfico e Diagramação
Edinalva Filha de Lima Adolfo Montenegro
Edinalva Soares de Carvalho Oliveira Adriani Grün
Elizete Albina Ferreira Alexandra Rita Aparecida de Souza
Ialba Veloso Martins Climeny Ericson d’Oliveira
Lívia Aparecida da Silva Eduardo Souza da Costa
Marilda de Oliveira Rodovalho Karine Evangelista da Rocha

Matemática Colaboradores
Abadia de Lourdes da Cunha Ábia Vargas de Almeida Felicio
Alan Alves Ferreira Ana Paula de O. Rodrigues Marques
Alexsander Costa Sampaio Augusto Bragança Silva P. Rischiteli
Carlos Roberto Brandão Erislene Martins da Silveira
Cleo Augusto dos Santos Giselle Garcia de Oliveira
Deusite Pereira dos Santos Paula Apoliane de Pádua Soares Carvalho
Inácio de Araújo Machado Sarah Ramiro Ferreira
Marlene Aparecida da Silva Faria Valéria Marques de Oliveira
Expediente

Regina Alves Costa Fernandes Vanuse Batista Pires Ribeiro


Robespierre Cocker Gomes da Silva Wagner Alceu Dia
Silma Pereira do Nascimento

Coordenadora do Projeto
Giselle Garcia de Oliveira
APRESENTAÇÃO
Queridos professores, coordenadores pedagógicos, gestores e alunos,

Projeto inovador e genuinamente goiano, o Aprender+ está sendo ampliado em 2018 para todos
os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental à 3ª série do Ensino Médio. Lançado em fevereiro de
2017, o projeto foi totalmente elaborado pela equipe da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte
(Seduce) e integra o compromisso do Governo de Goiás de ter a excelência e a equidade como
pilares norteadores das políticas públicas do setor.
O Aprender+ é um material pedagógico complementar destinado ao uso de professores, alunos,
coordenadores e gestores, dentro e fora da sala de aula. Inclui conhecimentos e expectativas do
Currículo Referência do Estado de Goiás e da Matriz de Referência do Saeb.
Além das atividades de Língua Portuguesa e Matemática, fundamentais para a vida de todos,
o conteúdo de 2018 inclui as habilidades socioemocionais, que ganharam importância no mundo
inteiro nas últimas décadas. Conteúdo específico, formatado em parceria com o Instituto Ayrton
Senna. A abordagem socioemocional ensina a colocarmos em prática as melhores atitudes para
controlar emoções, alcançar objetivos, demonstrar empatia, manter relações sociais positivas e
tomar decisões de maneira responsável. Visa apoiar o aluno no desenvolvimento das competências
que ele necessita para enfrentar os desafios do século 21.
Esse material une modernidade e qualidade pedagógica em uma oportunidade para que todos
os alunos da rede tenham chance de aprender mais.

Secretaria de Educação, Cultura e Esporte.

Apresentação
Apresentação............................................................................................... 03

Matemática.................................................................................................. 05
Unidade 1........................................................................................................... 08
Unidade 2........................................................................................................... 13
Unidade 3........................................................................................................... 19
Unidade 4........................................................................................................... 25
Unidade 5........................................................................................................... 32
Unidade 6........................................................................................................... 38
Unidade 7........................................................................................................... 42
Unidade 8........................................................................................................... 49
Unidade 9........................................................................................................... 54

Língua Portuguesa........................................................................................ 57
Unidade 1........................................................................................................... 60
Unidade 2........................................................................................................... 66
Unidade 3........................................................................................................... 71
Unidade 4........................................................................................................... 76
Unidade 5........................................................................................................... 81
Unidade 6........................................................................................................... 85
Unidade 7........................................................................................................... 91
Unidade 8........................................................................................................... 96
Unidade 9........................................................................................................... 100

Competências Socioemocionais.................................................................... 103


Sumário
7º Ano

Ensino Fundamental
MATEMÁTICA
Caderno do Professor
Volume 1
MATEMÁTICA
APRESENTANDO A UNIDADE 1

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor(a), esta unidade propõe atividades relacionadas com duas expectativas de aprendizagem,
do Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás de Matemática, do 7º Ano do Ensino
Fundamental.
As atividades foram elaboradas, tendo por base seis subdescritores que diagnosticam as habilidades dos
estudantes em operações com potências e radicais, objetivando favorecer a aprendizagem dos conteúdos
aplicados, para que possam identificar as propriedades das potências nas multiplicações e divisões, bem
como compreender e identificar semelhança de radicais em problemas matemáticos.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Esta unidade tem por base as seguintes expectativas de aprendizagem:
î Reconhecer a radiciação como a operação inversa da potenciação e representá-la em forma de
potência com expoente fracionário.
î Compreender as propriedades das operações numéricas e aplicá-las em situações diversas.
Os subdescritores contemplados a partir dessas expectativas são: D19F, D19G, D19H, D19I, D19J e D27A.
As habilidades a serem desenvolvidas, propostas pelas expectativas, são de utilizar as propriedades de
potências em operações com números naturais nas quais os estudantes poderão compreender seu uso
e aplicação nos mais variados problemas, bem como identificar, nas operações que envolvam radicais,
aqueles que são semelhantes. Assim, as atividades foram elaboradas, permitindo aos estudantes a
aprendizagem desses conceitos, através de uma gradação intencional, embasadas nos descritores que
avaliam a consolidação dessas habilidades.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor(a), pensando na efetivação do conhecimentos pelos estudantes, alguns subdescritores possuem
dupla atividades. Assim, nas atividades 1 e 2, os estudantes deverão perceber a necessidade de utilizar
a propriedade de multiplicação de potências de bases iguais, o que implica na adição dos expoentes. As
atividades 3 e 4 abordam a propriedade de divisão de potências de mesma base, o que implica na subtração
dos expoentes. Nas atividades 5 e 6, ensina-se a propriedade de potência, o que implica na multiplicação
dos expoentes. A atividade 7 destaca na propriedade de potência de um produto. Este item permite aos
estudantes retomar e, se necessário, consolidar a propriedade distributiva. As atividades 8 e 9 apresentam
na compreensão dessas propriedades, de forma geral, em que os estudantes deverão utilizar mais de uma
para a resolução do problema. Finalmente, na atividade 10, espera-se que o estudante possa identificar os
radicais que são semelhantes, observando os índices e os radicando.
As atividades deste módulo permitem diagnosticar as dificuldades dos estudantes nas quatro operações
básicas. Com isso, sempre que possível, retome alguns conceitos das operações e auxilie-os. Caso seja
necessário, amplie e acrescente novas atividades, para que esse conhecimento possa ser assimilado.
Professor(a), utilize cada atividade, de modo que alcance a proposta desta unidade e, ao mesmo tempo,
como instrumento de avaliação para sua prática pedagógica.

Boa aula!
Matemática

6
MATEMÁTICA
UNIDADE 1

CONTEÚDO(S)
î Números inteiros.

EIXO TEMÁTICO(S)
î Números e operações.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î E-1 Reconhecer a radiciação como a operação inversa da potenciação e representá-la em forma de
potência com expoente fracionário.
î E-2 Compreender as propriedades das operações numéricas e aplicá-las em situações diversas.

DESCRITOR(ES) – SAEB/SUBDESCRITOR(ES)
î D19F – Utilizar a propriedade produto de potências de mesma base.
î D19G – Utilizar a propriedade quociente de potências de mesma base.
î D19H – Utilizar a propriedade potência de potência.
î D19I – Utilizar a propriedade potência de um produto.
î D19J – Operar com números naturais usando a potenciação.
î D27A – Identificar radicais semelhantes.

Matemática

7
UNIDADE 1
ATIVIDADES
1. Observe a expressão a seguir:
𝟕𝟐 ∙ 𝟕𝟑 ∙ 𝟕𝟗
Assinale a alternativa que apresenta o resultado dessa expressão.
(A) 7 Gabarito: C
Solução
(B) 14
Aplicando a propriedade de multiplicação de potências de bases iguais, tem-se:
(C) 714 72 ∙ 73 ∙ 79 = (7∙7) ∙ (7∙7∙7) ∙ (7∙7∙7∙7∙7∙7∙7∙7∙7) = 72+3+9 = 714
(D) 715

2. Observe as quatro sentenças a seguir:


I. 52 ∙ 53 = 55
II. 36-2 = 36 - 32
III. 94 ∙ 95 = 94+5
IV. 27 = 24 + 23

Estão corretas as sentenças


(A) I, II e III. Gabarito: B
(B) I e III. Solução
I. 52∙53= 55 verdadeira.
(C) II, III e IV. II. 36-2=36-32 falsa.
(D) III e IV. III. 94∙95= 94+5 verdadeira.
IV. 27= 24+23 falsa.

3. Observe a expressão a seguir:

59
52

Assinale a alternativa que apresenta o resultado dessa expressão.


(A) 5 Gabarito: D
(B) 7 Solução
59= 5.5.5.5.5.5.5.5.5 = 59-2 = 57
Matemática

(C) 511
52 5.5
(D)57

8
28 x 37
4. Dada a expressão 36 x 25
, determine sua solução.

Solução
28 x 37= (2.2.2.2.2.2.2.2) x (3.3.3.3.3.3.3) = 23 x 3 = 24
36 x 25 (3.3.3.3.3.3) x (2.2.2.2.2)

5. Observe a expressão a seguir:


3
72

Assinale a alternativa que apresenta o resultado dessa expressão.


(A) 75 Gabarito: C
Solução
(B) 76
Professor(a), existe uma diferença entre propriedade de potência de potência com
(C) 78 o uso dos parênteses e sem o seu uso. Neste caso, o expoente 23 é uma potência que
(D) 79 3
possui valor igual a 8. Logo, tem-se que a potência dada é igual 72 = 78 a .

6. Observe as três sentenças a seguir:


I. (23)6 = 29
II. (57)2 = 57.2 = 514
III. 47 . 47 . 47 = (47)3 = 421

Estão corretas as sentenças


(A) I, II e III. Gabarito: D
(B) I e III. Solução
I. (23 )6 = 23 ∙ 6= 218 Forma correta.
(C) I, II. II. (57)2 = 57 ∙ 2 = 514 Forma correta.
(D) II e III. III. 47∙ 47∙ 47= (47 )3 = 421 Forma correta.

7. Considere a seguinte expressão:


(5∙3)3
Assinale a alternativa que apresenta sua solução.
Gabarito: A
(A) 5·3 · 5·3 · 5·3
(B) 5·3 + 5·3 + 5·3 Solução
(5∙3)3 = (5∙3) ∙ (5∙3) ∙ (5∙3)
(C) 53 + 33
(D) 5 · 5 · 5 + 3 · 3 · 3

8. O professor Marcos escreveu na lousa a seguinte expressão:

8 + 3 x 32 + 45 .. 43
Matemática

O resultado dessa expressão é um número


(A) maior que 54. Gabarito: B
Solução
(B) igual a 51.
8 + 3 x 32 + 45 : 43 =
(C) entre 40 e 50. 8 + 33+1 +45-3 =
(D) menor que 40. 8 + 32 + 42 =
8 + 27 +16 = 51
9
9. Observe a expressão a seguir:
3
57 ∙ 53
252 ∙58

O resultado dessa expressão é um número


(A) múltiplo de 2. Gabarito: B
Solução
(B) maior que 500. 3
57 ∙ 53 57 ∙ 59 516
(C) menor que 500. = = = 516−12 = 54 = 5 ∙ 5 ∙ 5 ∙ 5 ∙ 5 = 625
52 2 ∙ 58 54 ∙ 58 512
(D) múltiplo de 50.

10. Observe os radicais a seguir:


I. 5 3 2 e 7 3 2
II. 10 5 e 43 5
III. 43 5 e 10 3 3
IV. 3 2 e 5 2
V. 125 e 6 5
Apresentam radicais semelhantes em
(A) I, II e IV. Gabarito: D
Solução
(B) III e IV.
São considerados radicais semelhantes os que apresentam índice igual e
(C) II, IV e V. radicando igual.
Nessas condições, apenas I, IV e V possuem radicais semelhantes.
(D) I, IV e V.
Matemática

10
MATEMÁTICA
APRESENTANDO A UNIDADE 2

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor(a), esta unidade propõe atividades relacionadas com duas expectativas de aprendizagem, do
Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás de Matemática, do 7º Ano do Ensino Fundamental.
As atividades foram elaboradas a partir de seis subdescritores, seguindo uma gradação de complexidade
entre eles. Assim, pretende-se estimular as habilidades dos estudantes em reconhecer a radiciação como a
operação inversa da potenciação; compreender e aplicar as propriedades das operações numéricas; e, ainda,
identificar radicais, extrair raízes exatas de radicais e efetuar adição, subtração e multiplicação de radicais.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Esta unidade tem por base as seguintes expectativas de aprendizagem:
î E-1 Reconhecer a radiciação como a operação inversa da potenciação e representá-la em forma de
potência com expoente fracionário.
î E-2 Compreender as propriedades das operações numéricas e aplicá-las em situações diversas.
Os subdescritores contemplados a partir dessas expectativas de aprendizagem são: D27A, D27B, D27C,
D27D, D27E e D27F. Reconhecer e compreender são as habilidades a serem desenvolvidas, propostas
pelas expectativas. Assim, as atividades foram elaboradas, de forma que proporcionem aos estudantes a
aprendizagem dos conceitos aplicados, possibilitando a consolidação dessas habilidades.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor(a), as expectativas de aprendizagem e os subdescritores abordados, nesta unidade, têm em comum
a compreensão da radiciação e as operações com radicais. Desta forma, a atividade 1 destaca a identificação
de radicais semelhantes. As atividades 2 e 3 extraem raízes exatas. Já as 4 e 5 extraem raízes aproximadas. As
atividades 6, 7, 8 e 9 efetuam adição e subtração. Finalmente, a atividade 10 opera multiplicação de radicais.
As atividades oportunizam, ainda, a retomada dos conceitos de potenciação e radiciação.
Professor(a), utilize cada atividade, de modo que alcance a proposta desta unidade e, ao mesmo tempo,
como instrumento de avaliação para sua prática pedagógica.

Boa aula!

Matemática

11
MATEMÁTICA
UNIDADE 2

CONTEÚDO(S)
î Números Racionais.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Números e Operações.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î E-1 Reconhecer a radiciação como a operação inversa da potenciação e representá-la em forma de
potência com expoente fracionário.
î E-2 Compreender as propriedades das operações numéricas e aplicá-las em situações diversas.

DESCRITOR(ES) – SAEB/SUBDESCRITOR(ES)
î D27A – Identificar radicais semelhantes.
î D27B – Extrair raízes exatas de radicais.
î D27C – Extrair raízes aproximadas de radicais.
î D27D – Efetuar adição de radicais.
î D27E – Efetuar subtração de radicais.
î D27F – Efetuar multiplicação de radicais.
Matemática

12
UNIDADE 2
ATIVIDADES
Professor(a), a atividade 1 está direcionada ao subdescritor D27A que aborda semelhança de radicais.
Portanto, este momento é oportuno para lembrar os nomes dos termos dos radicais, fazer retomada
de fatoração, revisão de potenciação e divisibilidade.

1. Nos radicais a seguir, circule os que forem semelhantes a 5 e faça um traço nos que forem semelhantes
a3 2.

2 3 5, 7 5, 3 8, 7 2, 125, 3 5, 23 16, 3 25, 3 128, 3 125 , 3 64


Solução
Os radicais são semelhantes quando possuem o mesmo índice e o mesmo radicando.
Portanto:
7 5 , 125 , e 3 125 são semelhantes a 5 ;
3 3 3
2 16 e 32 são semelhantes a 2 .
3 3 3
2 3 5, 7 5, 3 8, 7 2, 125, 3 5, 2 16, 3 25, 128, 3 125, 64

Professor(a), as atividades 2 e 3 estão direcionadas ao subdescritor D27B que trabalha com a


extração de raízes exatas. É um momento oportuno para trabalhar com a potenciação, inclusive
base 10. Retome, ainda, os números quadrados perfeitos.

2. Determine a raiz de:


Solução
a) 169 = Resolvendo por meio da fatoração.
3
b) 1000 = a) 169 = 132 = 13;
3 3
c) 196 = b) 1000 = 103 = 10;
3 c) 196 = 142 = 14;
d) 729 =
3
4 d)
3
729 = 93 = 9;
e) 625 =
4 4
e) 625 = 54 = 5

3. A professora Rosângela escreveu no quadro o número 1331 e pediu aos estudantes do 7° Ano que
encontrassem sua raiz cúbica.
Rosana respondeu 12, Roberto 14, Rafael 13 e Simone 11.
O estudante que acertou a resposta foi
Gabarito: C
(A) Rosana.
Solução
Matemática

(B) Roberto. Professor(a), este item propõe que o aluno determine a raiz cúbica de um número.
(C) Simone. Uma observação interessante fica por conta da relação que os números possuem ao
serem elevados ao cubo. Diferente da potência 2, cada número ao ser elevado à terceira
(D) Rafael. potência, terá um algarismo da unidade diferente, chame a atenção do estudante para
isso. Assim, para se ter um número ao cubo com a unidade 1, apenas se esse número
possui 1 na unidade. Logo, a solução é 11.
113 = 11.11.11 = 1 331.
A raiz cúbica de 1 331 é igual 11. Portanto, quem acertou foi a aluna Simone.
13
Professor(a), as atividades 4 e 5 estão direcionadas ao subdescritor D27C que trabalha com a extração
de raízes aproximadas. Este é um momento oportuno para revisar a composição dos números
decimais, dizima periódica e não periódica e retomar, principalmente, as regras de arredondamento.
Aproveite, ainda, para falar sobre os símbolos de = e ≅ .

4. Determine a raiz quadrada aproximada de: (Use duas casas decimais.)


a) 𝟏𝟗 ≅

b) 𝟒𝟖 ≅
c) 𝟏𝟐, 𝟔 ≅
d) 𝟐𝟎 ≅

e) 𝟒𝟓 ≅
Solução
Resolvendo pelo método da tentativa.
1º - defina o número quadrado perfeito que é antecessor e sucessor do radicando.
2º - determine o possível intervalo que será raiz do radicando e fazer a estimativa variando as casas decimais.
a) 19 ≅ 42 < 19 < 52 , portanto a raiz aproximada está entre 4 e 5.
Fazer a estimativa variando os decimais.
4,1 2 = 16,81 → 4,3 2 = 18,49 → 4,4 2 = 19,36
(4,33) 2 = 18,75 → (4,35) 2= 18,92 → (4,36) 2 = 19,01 ∴ 19 ≅ 4,35

b) 48 ≅ 62 < 48 < 72 , a raiz está entre 6 e 7.


Como 7X7=49, está mais próximo de 48 do que 6X6=36, a primeira tentativa será com 6,7.
6,7 2 = 44,89 → 6,9 2 = 47,61 → 6,92 2 = 47,89 ∴ 48 ≅ 6,92

c) 12,6 ≅ 32 < 12,6 < 42 , a raiz está entre 3 e 4.


3,4 2 = 11,56 → 3,5 2 = 12,25 → 3,55 2
= 12,60 ∴ 12,6 ≅ 3,55

d) 20 ≅ 42 < 20 < 52 , a raiz está entre 4 e 5.


4,4 2 = 19,36 → 4,5 2 = 20,25 → 4,45 2
= 19,80 → 4,47 2
= 19,98 ∴ 20 ≅ 4,47

e) 45 ≅ 62 < 45 < 72 , a raiz está entre 6 e 7.


6,5 2 = 42,25 → 6,7 2 = 44,89 → 6,71 2
= 45,02 ∴ 45 ≅ 6,70

5. Observe o radical a seguir:


120
Assinale a alternativa que indica a raiz quadrada desse número.
(A) 10,18
(B) 10,48
(C) 10,84
(D) 10,95
Gabarito: B
Solução
Da mesma forma que a atividade 4, resolver pelo método da tentativa.
Matemática

1º - defina o número quadrado perfeito que é antecessor e sucessor do radicando.


2º - determine o possível intervalo que será raiz do radicando e fazer a estimativa variando as
casas decimais.

120 ≅ 102 < 120 < 112 ; portanto, a raiz aproximada está entre 10 e 11.

Fazer a estimativa variando os decimais com a parte inteira 10, porém com os decimais.
10,9 2 = 118,81 ; 10,95 2 = 119,90 ; 10,96 2 = 120,12 > 120.
14 Assim, 10,95 2 = 119,90
Professor(a), as atividades 6 e 7 estão direcionadas ao subdescritor D27D que trabalha com subtração
de radicais e as atividades 8 e 9 estão direcionadas ao subdescritor D27E que trabalha com adição
de radicais. Portanto, é um momento oportuno para lembrar os nomes dos termos de um radical,
principalmente sobre o coeficiente. Orienta-se retomar sobre semelhança de radicais, trabalhada na
atividade 1 desta unidade.

6. Qual é o resultado?
a) 𝟕 𝟓 + 𝟏𝟐𝟓 + 𝟑 𝟐𝟓 =
𝟑 𝟑 𝟑 𝟑
b) 𝟖 + 𝟐 𝟏𝟔 + 𝟑𝟐 + 𝟒 𝟔𝟒 =

c) 𝟒𝟗 + 𝟐 𝟑𝟔 + 𝟏𝟗 =
𝟑 𝟒
d) 2 𝟏𝟔 + 𝟑 𝟖𝟏 =
Solução:

a) 7 5 + 125 + 3 25 = 7 5 + 5 5 + 3.5 = 5 7 + 5 + 15 = 12 5 + 15

3 3 3 3 3 3 3 3
b) 8 + 2 16 + 32 + 4 64 = 23 + 2 23 . 2 + 23 . 22 + 4 23 . 23 =
3 3 3 3 3 3
2 + 2.2 2 + 2 4 + 4.4 = 2 + 16 + 4 2 + 2 4 = 18 + 4 2 + 2 4

c) 49 + 2 36 + 19 = 72 + 2 62 + 19 = 7 + 2.6 + 19 = 7 + 12 + 19 = 38

3 4 3 4 3 3
d) 2 16 + 3 81 = 2 23 . 2 + 3 34 = 2.2 2 + 3.3 = 4 2 + 9

7. Joana resolveu a sentença a seguir:


𝟗𝟎 + 𝟒𝟖

Assinale a alternativa que indica o resultado correto encontrado por Joana.


(Use duas casas decimais).
(A) 10,92 Gabarito: D
Solução:
(B) 11,75
(C) 15,89 90 ≅ 9,487; 48 ≅ 6,928

(D) 16,42 90 + 48 = 9,487 + 6,928 = 16,415

8. Determine a raiz aproximada dos números e, em seguida, resolva as operações:


a) 𝟗𝟎 − 𝟓𝟎 + 𝟐𝟎 = Solução:
a) 90 ≅ 9,49; 50 ≅ 7,07 ; 20 = 4,47
b) 𝟒𝟖 − 𝟏𝟗 − 𝟐 = 90 − 50 + 20 = 9,49 − 7,07 + 4,47 = 6,89

b) 48 ≅ 6,92 ; 19 ≅ 4,35; 2 ≅ 1,41


48 − 19 − 2 = 6,92 − 4,35 − 1,41 = 2,57 − 1,41 = 1,16

9. Observe a operação de radicais a seguir:


3 3
(8 16 - 6 2) - (2 75 - 6 3 )
Matemática

Assinale a alternativa que indica o resultado dessa operação.


(A) 2 3 14 - 4 3 . Gabarito: C
Solução 3 3
8 16 − 6 2 − 2 75 − 6 3 =
3
(B) 10 2 - 4.
3 3
3 8 23 . 2 − 6 2 − 2 52 . 3 − 6 3 =
(C) 10 2 - 4 3.
3 3
8.2 2 − 6 2 − 2.5 3 − 6 3 =
(D) 14 3 .
15
3 3 3
16 2 − 6 2 − 10 3 − 6 3 = 10 2 − 4 3
Professor(a), a atividade 10 está direcionada ao subdescritor D27F que trabalha com a multiplicação
de radicais. Caso haja necessidade de retomar os conceitos mencionados nas atividades anteriores
desta unidade, este é um momento oportuno.

10. Resolva as operações a seguir e identifique, no quadro, as respectivas respostas.


𝟖 𝟖 𝟖
𝒂) 𝟒× 𝟐× 𝟕=
𝟒 𝟒 𝟒
𝒃) 𝟏𝟎 × 𝟕× 𝟔=
𝟑 𝟑 𝟑
𝒄) 𝟏𝟐 × 𝟓× 𝟑=
𝟏𝟎 𝟏𝟎 𝟏𝟎
𝒅) 𝟐𝟒 × 𝟐𝟐 × 𝟐𝟑 =

𝒆) 𝟏𝟑 × 𝟓 × 𝟏𝟎 =

9 6 8 9 7
4 56 9 180 5 26 4 42 4

8 650 3 180 3 23 10 29 4 420 3 20

Gabarito: A
Solução
8 8 8 8 8
a) 4× 2× 7= 4×2×7 = 56
4 4 4 4 4
b) 10 × 7× 6= 10 × 7 × 6 = 420
3 3
c) 3 12 × 5×
3
3= 12 × 5 × 3 =
3
180
10 10 10 10 10
d) 24 × 22 × 23 = 24+2+3 = 29

e) 13 × 5 × 10 = 13 × 5 × 10 = 2 × 52 × 13 = 5 26

a e

9 6 8 9 7
4 56 9 180 5 26 4 42 4

8 650 3 180 3 23 10 29 4 420 3 20

c d b
Matemática

16
MATEMÁTICA
APRESENTANDO A UNIDADE 3

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor(a), esta unidade propõe atividades relacionadas a três expectativas de aprendizagem, do Currículo
Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás de Matemática, do 7º Ano do Ensino Fundamental.
As atividades foram elaboradas a partir de seis subdescritores, seguindo uma gradação de complexidade
entre eles. Assim, pretende-se estimular as habilidades dos estudantes em efetuar multiplicação e divisão
de radicais; reconhecer plano cartesiano; reconhecer coordenadas de pontos inteiros e fracionários e
determinar, no plano cartesiano, os pontos de uma figura geométrica.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Esta unidade tem por base as seguintes expectativas de aprendizagem:
î E-1 reconhecer a radiciação como a operação inversa da potenciação e representá-la em forma de
potência com expoente fracionário.
î E-2 compreender as propriedades das operações numéricas e aplicá-las em situações diversas.
î E-3 localizar no plano cartesiano pontos com coordenadas inteiras ou fracionárias.
Estas expectativas estão relacionadas aos subdescritores: D27f, D27G, D9A e D9B, D9C e D9D. Assim, as
atividades foram elaboradas, de forma que proporcionem aos estudantes a aprendizagem dos conceitos
aplicados, possibilitando a consolidação dessas habilidades.
Professor (a), na expectativa E-1, espera-se que os estudantes reconheçam e operem com multiplicação e
divisão de radicais. A expectativa E-2 é contemplada, parcialmente, visto que as atividades foram elaboradas,
tomando por base os subdescritores. Já a expectativa E-3 é contemplada na íntegra.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), as atividades propostas, nesta unidade, possibilitam estimular as habilidades dos estudantes,
no sentido de resolver situações-problema, recorrendo aos subdescritores e parte das expectativas.
Assim, nas atividades 1, 2 e 3, os estudantes deverão efetuar cálculos simples de multiplicação e
divisão com radicais. As atividades 4 e 5 têm o objetivo de apresentar o plano cartesiano aos estudantes,
levando-os a reconhecer a importância deste na localização de pontos em um determinado espaço. As
atividades 6 e 7 possibilitam o reconhecimento e identificação de coordenadas inteiras; sendo que a
atividade 6 exigirá do estudante uma análise entre as alternativas e o suporte para encontrar a resposta.
Já as atividades 8 e 9 permitem o reconhecimento e identificação das coordenadas fracionárias.
Finalmente, na atividade 10 a habilidade cobrada pelo subdescritor é determinar, no plano cartesiano,
os pontos de uma figura geométrica. No entanto, ao pedir que o estudante desenhe o plano cartesiano,
localize os pontos e trace as figuras.
Nota-se que a atividade vai um pouco além da habilidade cobrada, visto que os estudantes vão reforçar
seus conhecimentos e desenvolver novas habilidades que serão úteis no ensino/aprendizagem das atividades
dos próximos módulos.
Professor(a), utilize cada atividade, de modo que alcance a proposta desta unidade e, ao mesmo tempo,
como instrumento de avaliação para sua prática pedagógica.

Boa aula!
Matemática

17
MATEMÁTICA
UNIDADE 3

CONTEÚDO(S)
î Números inteiros.
î Números racionais.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Números e operações.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î E-1 reconhecer a radiciação como a operação inversa da potenciação e representá-la em forma de
potência com expoente fracionário.
î E-2 compreender as propriedades das operações numéricas e aplicá-las em situações diversas.
î E-3 localizar no plano cartesiano pontos com coordenadas inteiras ou fracionárias.

DESCRITOR(ES) – SAEB/SUBDESCRITOR(ES)
î D27F – Efetuar multiplicação de radicais.
î D27F – Efetuar multiplicação de radicais.
î D27G – Efetuar divisão de radicais
î D9A – Reconhecer o plano cartesiano.
î D9A – Reconhecer o plano cartesiano.
î D9B – Reconhecer as coordenadas cartesianas de um ponto inteiro.
î D9B – Reconhecer as coordenadas cartesianas de um ponto inteiro.
î D9C – Reconhecer as coordenadas cartesianas de um ponto fracionário.
î D9C – Reconhecer as coordenadas cartesianas de um ponto fracionário.
î D9D – Determinar, no plano cartesiano, os pontos de uma figura geométrica.
Matemática

18
UNIDADE 3
ATIVIDADES
1. Observe a operação a seguir:
2 3·5 7
O resultado dessa operação é o número
(A) 7 10. Gabarito: D
(B) 7 21. Solução
(C) 10 10. Professor (a), esta é uma operação simples de radicais. Portanto, os estudantes
(D) 10 21. devem ter em mente que os índices são iguais, que coeficiente multiplica coeficiente
e radicando multiplica radicando. Assim, tem-se: 2 3·5 7=10 21

2. Encontre o resultado das seguintes operações:


3 3 3
a) 2 ∙ 6∙ 18 b) 3 2 3 ∙ 2 4 2 3
c) (4 2) ∙ (5 3)
4

Solução

a) 3 2 ∙
3 3 3
6∙ 18 = 216.
12 12 12
b) 3 2 3 ∙ 2 2 = 3
4 12 12 12
36 ∙ 2 23 = 3 729 ∙ 2 8= 3∙2 79 ∙ 8 = 6 5 832.
12 12
c) 4 3 2 ∙ 5 4 3 = 4 24 ∙ 5 33 = 4 12 16 ∙ 5 12 27 = 4 ∙ 5 12 16 ∙ 27 = 20 12 432

Professor(a), esta atividade poderá ser resolvida em grupo. Os estudantes poderão discutir as formas de
resolução e as propriedades que envolvem a multiplicação de radicais.
3. Observe a operação a seguir:
35
2
O resultado dessa operação é
6 25 Gabarito: A
(A) Solução
8
Professor(a), é necessário que os índices das raízes sejam iguais. Portanto, é necessário
4 25 determinar um número múltiplo de 2 e 3. Neste caso, adota-se o mmc deles (6). Para
(B) 2
8 3
que esses índices sejam transformados para índice 6, eleva-se o número 5 por 2 e o
3
número 2 por . Isto é perfeitamente possível, pois os expoentes equivalem a 1.
Matemática

3 25 3
(C) Assim, tem-se:
8
2
25 1 2 2 6
(D) 35 53 56 5² 6 25 6 25
8 = = = = =
2 3 3 6 2³ 68 8
1 3 26
22

19
4. A figura a seguir representa um plano Cartesiano constituído por duas retas numéricas, uma horizontal e
uma vertical, nas quais é possível marcar localizações de pontos em um determinado espaço.

Para a indicação de certos locais em que a criança se encontra nesta figura, foram traçadas duas retas
perpendiculares. A partir delas foi usado o seguinte processo de localização:
• A criança levantando a espada encontra se na origem, onde as duas retas se encontram
formando o par ordenado (0, 0).
• Com o par ordenado (-3, 3) encontra-se a localização das duas crianças com as mãos dadas.

A partir dos exemplos dados, encontre os pontos em que:


a) a criança está dormindo________________________________________________________
b) a criança está tomando café_____________________________________________________
c) a criança está brincando com o gatinho______________________________________________
Gabarito: Professor (a), possivelmente, os estudantes possuem pouco ou nenhum conhecimento
a) (-3, -2) sobre o plano cartesiano. As atividades 4 e 5 têm o objetivo de apresentar o plano a
b) (2, 2) eles, levando-os a reconhecer a importância deste na localização de pontos em um
c) (4, -4) determinado espaço. O sistema de coordenadas cartesianas possui inúmeras aplicações,
Solução desde a construção de um simples gráfico, até os trabalhos relacionados à cartografia,
localizações geográficas, pontos estratégicos de bases militares, localizações nos
espaços aéreo, terrestre e marítimo. É fundamental o entendimento dos estudantes
em relação a localização dos pontos no plano, para o desenvolvimento das próximas
atividades deste e de outros módulos. Caso seja necessário, mostre outros exemplos.

5. Observe o desenho do mapa a seguir:

Disponível em: <http://esclamariadagloriafundamental.blogspot.


com.br/2015/05/calculo-algebrico-e-plano-cartesiano.html>
adaptado. Acesso em: 06 jun.2017.

No mapa, o ponto vermelho indica onde está enterrado um tesouro. As coordenadas que indicam onde
Matemática

o tesouro foi enterrado é


(A) (4, 2) Gabarito: C
(B) (2, 4) Solução
Observando o desenho do mapa, nota-se que o ponto vermelho está localizado em -4
(C) (-4, 2) para o eixo x e 2 para o eixo y, formando o par ordenado (-4, 2).
(D) (4, -2)
20
6. Observe a representação do plano cartesiano a seguir:

Observando essa representação, pode-se afirmar que


(A) as coordenadas do barco 2 são fracionárias.
(B) as coordenadas do barco 3 em x é fracionária e em y é inteira.
(C) todos os barcos representados no plano possuem coordenadas inteiras.
(D) nenhum dos barcos representados no plano possui coordenadas.
Gabarito: C
Solução (A) incorreta, as coordenadas do barco 2 são inteiras.
(B) incorreta, as coordenadas do barco 3 são inteiras em x e y.
(C) correta, os 4 barcos possuem coordenadas inteiras.
(D) incorreta, todos os barcos possuem coordenadas inteiras.
Professor (a), as atividades 6 e 7 têm como foco a identificação de coordenadas inteiras, caso os
estudantes tenham dificuldades, mostre outras atividades que reforcem esse entendimento.

7. Observe o plano cartesiano a seguir:


4

Os pontos inteiros representados, nesse plano, são


(A) M e K. Gabarito: C
Solução
(B) M e Z. Observando o gráfico, nota-se que os pontos M e K não estão representados por
(C) Z e P números inteiros, sendo M = (-3,5 e 2,5) e k = (2,5 e -2,5). Os pontos P e Z estão
representados por números inteiros, sendo P = (3 e 2) e Z = (-3 e -4).
(D) K e Z.
Matemática

21
8. Veja os pontos representados no plano cartesiano a seguir:
4

Os pontos com coordenadas fracionárias são


(A) H e Q. Gabarito: A
(B) N e H. Solução
(C) N e W Observando os pontos no gráfico, nota-se que os pontos que possuem coordenadas
fracionárias são H e Q, sendo que N e W possuem coordenadas inteiras.
(D) H e W.

9. Observe os pontos marcados no plano cartesiano a seguir:

Observando a representação dos pontos P, M, K e Z, pode-se afirmar que


(A) somente os pontos P e K possuem coordenada fracionárias.
(B) apenas o ponto Z possui coordenadas fracionárias.
(C) os pontos P e M possuem coordenadas fracionárias.
(D) somente os pontos K e Z possuem coordenadas fracionarias.
Gabarito: D (A) incorreta, o ponto P possui coordenada inteira, mas o ponto K possui coordenada fracionária.
Solução (B) incorreta, o ponto Z e o ponto K possuem coordenadas fracionárias.
(C) incorreta, os pontos P e M possuem coordenadas fracionárias.
(D) correta, somente os pontos K e Z possuem coordenadas fracionárias.

10. No quadriculado a seguir, trace os eixos x e y e localize os pontos


P (-4, +1); R (-2 +3); S (+4, +1); Q (+4, -3); T (-3, -3); U (+3, -1); em seguida marque esses pontos. Com os
pontos marcados trace os triângulos PRS e QTU.
Y
4 Solução
Professor(a), nesta atividade, a habilidade cobrada pelo subdescritor
Matemática

R
3
2
é determinar, no plano cartesiano, os pontos de uma figura
P S geométrica. No entanto, ao pedir que o estudante desenhe o plano
1
cartesiano, localize os pontos e trace as figuras. Nota-se que a
X
-4 -3 -2 -1 1 2 3
U
4 atividade vai um pouco além da habilidade cobrada, visto que os
-1
estudantes irão reforçar seus conhecimentos e desenvolver novas
-2
T Q habilidades que serão úteis no ensino/aprendizagem das atividades
-3
das próximas unidades.
-4
22
MATEMÁTICA
APRESENTANDO A UNIDADE 4

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), esta unidade propõe atividades relacionadas com as duas expectativas de aprendizagem, do
Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás de Matemática, do 7º Ano do Ensino Fundamental.
As atividades foram elaboradas a partir de três subdescritores, do descritor D9 e três subdescritores do
D1, seguindo uma gradação de complexidade entre eles. Assim, pretende-se estimular as habilidades dos
estudantes em: determinar, no plano cartesiano, os pontos de uma figura geométrica; construir polígonos,
dados seus vértices; reconhecer, ler, localizar e movimentar pontos e/ou objetos em mapas, croquis ou em
representações gráficas.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Esta unidade tem por base as seguintes expectativas de aprendizagem:
î E-3 - Localizar no plano cartesiano pontos com coordenadas inteiras ou fracionárias.
î E-8 - Localizar e movimentar objetos no plano e no espaço, usando malhas, croquis ou maquetes.
Os descritores contemplados, por meio de seus subdescritores, a partir dessas expectativas de
aprendizagem são: D9 e D1. E as habilidades a serem desenvolvidas, propostas nos subdescritores, são: D9D
– Determinar, no plano cartesiano, os pontos de uma figura geométrica; D9E – Construir polígonos dadas
às coordenadas de seus vértices; D9F – Reconhecer o plano cartesiano em outras representações (mapas);
D1A – Ler mapas, croquis e outras representações gráficas; D1B – Localizar um objeto e/ou ponto em um
mapa, croquis ou em uma representação gráfica; D1C – Movimentar um objeto e/ou ponto em um mapa,
croquis ou em uma representação gráfica.
Assim, as atividades foram elaboradas, de forma que proporcionem aos estudantes a aprendizagem dos
conceitos aplicados, possibilitando a consolidação dessas habilidades.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor(a), a atividade 1 traz como habilidade determinar os pontos de uma figura geométrica no plano
cartesiano. Nas atividades de 2 e 3, as habilidades são de construir polígonos dadas as coordenadas de
seus vértices. As atividades 4 e 5 estimulam a habilidade de reconhecer o plano cartesiano em outras
representações (mapas). As atividades 6 e 7 apresentam a leitura de mapas, croquis e outras representações
gráficas; enquanto as 8 e 9 proporcionam ao estudante a oportunidade de localizar um objeto e/ou ponto
em um mapa, croquis ou em uma representação gráfica. Finalmente, a atividade 10 exibe um croqui para
que o estudante ponha em prática sua habilidade de movimentar objetos e/ou ponto em um mapa, croquis
ou em uma representação gráfica.
Professor(a), utilize cada atividade, de modo que alcance a proposta desta unidade e, ao mesmo tempo,
como instrumento de avaliação para sua prática pedagógica.

Boa aula! Matemática

23
MATEMÁTICA
UNIDADE 4

CONTEÚDO(S)
î Figuras planas e sólidos geométricos: poliedros.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Espaço e forma.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î E-3 Localizar no plano cartesiano pontos com coordenadas inteiras ou fracionárias.
î E-8 Localizar e movimentar objetos no plano e no espaço, usando malhas, croquis ou
maquetes.

DESCRITOR(ES) – SAEB/SUBDESCRITOR(ES)
î D9D – Determinar, no plano cartesiano, os pontos de uma figura geométrica.
î D9E – Construir polígonos dadas às coordenadas de seus vértices.
î D9F – Reconhecer o plano cartesiano em outras representações (mapas).
î D1A – Ler mapas, croquis e outras representações gráficas.
î D1B – Localizar um objeto e/ou ponto em um mapa, croquis ou em uma representação
gráfica.
î D1C – Movimentar um objeto e/ou ponto em um mapa, croquis ou em uma representação
gráfica.
Matemática

24
UNIDADE 4
ATIVIDADES
1. Sejam os pontos A(1,5), B(6,5), C(6,1) e D(1,1).
Localizando esses pontos no plano cartesiano e traçando retas para unir seus vértices, encontramos
(A) um quadrilátero localizado no quarto quadrante.
(B) um quadrilátero localizado no terceiro quadrante.
(C) um quadrilátero localizado no segundo quadrante.
(D) um quadrilátero localizado no primeiro quadrante.
Gabarito: D b
A A
Solução 5
Professor(a), para resolver esta atividade, o estudante
4
precisa localizar os pontos A, B, C e D no plano cartesiano.
Aproveite para revisar com eles os pontos, no plano 3
a c

cartesiano, falando dos quadrantes, das particularidades


2
dos pontos que estão localizados em cima dos eixos das
abscissas e das ordenadas. Após traçar os pontos, unir seus 1
A A
d
vértices e verificar, na figura, o que esses pontos representa. 0
Neste caso, é um quadrilátero, conforme figura a seguir. -1 0 -1 -2 -3 -4 -5 -6

2. Sejam os pontos E(1,4), F(4,1), G(7,3), H(6,6) e I(2,7).


A representação desses pontos, no sistema de coordenadas cartesianas, dá origem ao polígono:

(A) (B)

(C) (D)
Matemática

Gabarito: B
Solução
Professor(a), as atividades 2 e 3 exigem que o estudante tenha a habilidade em localizar pontos no plano
cartesiano e, em seguida, unir seus vértices para dar origem a um polígono. Neste caso, o polígono é um
pentágono irregular (Polígono com 5 lados).
25
3. Os pontos HIL, EFHL e ELM são vértices de três figuras geométricas.
Sendo E(4,0), F(0,0), H(0,3), I(0,5), L(4,3) e M(7,0), lance os pontos no plano cartesiano, ligue esses pontos
e, posteriormente, classifique os polígonos.
Solução
Professor(a), para resolver esta atividade, o estudante deve marcar
os pontos no plano cartesiano e, em seguida, unir os vértices.
Os pontos HIL e ELM representam triângulos, e os pontos EFHL um
quadrilátero, conforme a imagem seguir:

4. O mapa a seguir apresenta algumas cidades de São Paulo.

Disponível em: <http://sarespmat.blogspot.com.br/2012/10/h22-identificar-


localizacaomovimentacao.html>. Acesso em: 5 jun. 2017 (adaptada).

Mônica mora em Araçatuba, na região específica indicada na imagem pela letra “F”, e Juliano mora em
Bauru, especificamente na região indicada pela letra “M”.
A localização das residências nas cidades de Mônica e Juliano podem ser representadas, respectivamente, por
(A) (4,7) e (6,5). Gabarito: A
Solução
(B) (7,4) e (5,6). Professor(a), para resolver esta
atividade, o estudante precisa
(C) (4,7) e (6,7). reconhecer o plano cartesiano
(D) (4,7) e (5,6). a partir do mapa e, com
isso encontrar a localização
das residências de Mônica e
Juliano, conforme indicados na
figura a seguir:

5. Observe o mapa do Brasil representado na figura a seguir:


RR
AP

AM MA CE RN
PA
PA
PI PE
AC TO AL
RO
BA SE
MT

(0,0)
Matemática

GO

MG
MS ES
SP
RJ
PR

SC

RS

Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/


fichaTecnicaAula.html?aula=1913>. Acesso em: 5 jun. 2017 (adaptado).
26
Os pares ordenados que representam os pontos em destaque no estado do Amazonas, Piauí, Minas
Gerais e a fronteira de Santa Catarina e Rio Grande do Sul são, respectivamente,
(A) (-2,1), (2,1), (2,1) e (1,-2).
(B) (-2,1), (2,1), (2,-1) e (1,2).
(C) (-2,1), (2,1), (2,-1) e (1,-2).
(D) (-2,1), (2,1), (-2,-1) e (1,-2).

Gabarito: C
Solução
Professor(a), esta atividade tem como objetivo fixar, ainda mais, a noção e compreensão de referências e
sua importância no estudo do plano Cartesiano. Portanto, observando o plano cartesiano, os estudantes
deverão encontrar a representação em pares ordenados dos pontos pedidos. A habilidade em foco é
a localização de par ordenado que representa o ponto em que se encontram alguns dos Estados, por
exemplo, conforme figura acima.

6. (Prova Brasil/2009 - adaptado) – O desenho a seguir mostra uma estante, na qual são guardados livros.

Um estudante está de frente para a estante. Nesta posição em que se encontra, o livro Esporte é o
(A) nono a sua frente e está na prateleira do meio.
(B) primeiro a sua frente e está na prateleira do meio.
(C) último a sua frente e está na prateleira superior.
(D) primeiro a sua frente e está na prateleira inferior.
Gabarito: A
Solução
Professor (a), para resolver esta atividade, o estudante precisa ter habilidade de localizar pontos em um
croqui e saber identificar a localização do ponto a partir dele mesmo. No caso, o livro de Esporte é o
nono a sua frente e está na prateleira do meio.

7. Analise o croqui a seguir. Veja que nele estão representadas as casas de Lúcia e suas amigas.
Carla
Matemática

Lúcia Maria

Laura Ana

27
Observando os dados, é correto afirmar que a casa que está mais distante da casa de Lúcia é a casa de
(A) Carla. Gabarito: D
(B) Laura. Solução
(C) Ana. Professor(a), para resolver esta atividade, é necessário que o estudante saiba
localizar a casa de Lúcia e comparar a distância dela com as demais casas. No
(D) Maria. croqui, a casa mais distante é de Maria.

8. (Projeto Araribá, 2006) Observe o mapa de um trecho da cidade de Manaus – AM.

Hospital
São José

Praça da
Matriz

Disponível em: <https://www.univates.br/ppgece/media/pdf/2015/Atividades_semelhantes_a_


Prova_Brasil__5_e_9_anos_do_Ensino_Fundamental.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2017(adaptado).

Conforme as informações contidas no mapa, pode-se dizer que a Praça da Matriz e o Hospital São José
localizam-se, respectivamente, nas coordenadas
(A) (A, 2) e (A, 4).
(B) (A, 3) e (B, 4).
(C) (A, 2) e (A, 3).
(D) (A, 1) e (B, 4).

Gabarito: A
Solução
Professor(a), para resolver esta atividade, será
necessário o estudante localizar, através do plano de
coordenadas, a Praça Matriz e o Hospital São José.
Neste caso, (A,2) e (A,4).
Matemática

28
9. Observe a figura a seguir. Veja que nela está representado um fragmento do mapa do Brasil.

Disponível em: < http://www.professoracarol.org/


HOTPOTATOES/DESCRITORES/MAT/D01.htm>. Acesso em: 5 jun. 2017. (adaptado).

Considerando os dados do gráfico, é correto afirmar que


(A) o estado de Mato Grosso é identificado por Q (2,B).
(B) o estado de Goiás é identificado por R (1,B).
(C) o estado de Tocantins é identificado por O (2,A).
(D) o estado da Bahia é identificado por P (3,A).

Gabarito: C
Solução
Professor(a), para resolver esta atividade, basta que o estudante
identifique cada Estado com o seu “par ordenado”, conforme
apresentados na figura ao lado.

10. Observe a figura a seguir e veja o caminho percorrido por Marcos, saindo do ponto T e chegando ao ponto P.
P Q

R S

Para fazer esse caminho, ele percorreu o seguinte trajeto:


(A) Avançou três, virou para a esquerda e avançou quatro, virou para a direita avança três, virou para
a esquerda e avançou cinco.
(B) Avançou cinco, virou para a direita e avançou três, virou para a esquerda e avançou cinco, virou
para a direita e avançou três.
(C) Avançou três, virou para a esquerda e avançou cinco, virou para a direita avançou três, virou para
a esquerda e avançou cinco.
(D) Avançou três, virou para a esquerda e avançou quatro, virou para a direita avançou três, virou para
Matemática

a esquerda e avançou quatro.


5
P Q Gabarito: C
3 5 Solução
R S Professor(a), para resolver esta atividade, o estudante precisa ter noção
3 de seguir em frente, direita e esquerda para o ponto indicado, percorrer o
T caminho e chegar ao ponto final, conforme esquema ao lado.
29
MATEMÁTICA
APRESENTANDO A UNIDADE 5

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor(a), esta unidade propõe atividades relacionadas com quatro expectativas de aprendizagem,
do Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás de Matemática, do 7º Ano do Ensino
Fundamental.
As atividades foram elaboradas a partir de seis subdescritores, seguindo uma gradação de complexidade
entre eles. Assim, pretende-se estimular as habilidades dos estudantes em movimentar pessoas e objetos
em croquis; identificar objetos após movimentação em mapas e croquis; relacionar números fracionários às
suas representações decimais, simplificá-los e compará-los dois a dois.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Esta unidade tem por base as seguintes expectativas de aprendizagem:
î E-4 Compreender as frações e utilizá-las em situações diversas.
î E-5 Calcular porcentagens em situações diversas do cotidiano ou não.
î E-6 Resolver situações-problema que envolva porcentagem, por meio de estimativas.
î E-8 Localizar e movimentar objetos no plano e no espaço, usando malhas, croquis ou maquetes.
Os subdescritores contemplados a partir dessas expectativas são: D1C, D1D, D21A, D23A, D23B e D23C.
Assim, as atividades foram elaboradas, de forma que proporcionem aos estudantes a aprendizagem dos
conceitos aplicados, possibilitando a consolidação dessas habilidades.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor(a), as atividades 1, 2 e 3 se referem à localização e movimentação de objetos em mapas e
croquis. As atividades restantes se relacionam ao tratamento inicial que é dado a números fracionários.
Assim, as atividades 4 e 5 fazem alusão aos números fracionários e a suas representações decimais. Nas
atividades 6 e 7, os estudantes terão que identificar números fracionários dentre números naturais, inteiros
e na representação decimal. Nas atividades 8 e 9, os estudantes terão que simplificar frações. Finalmente,
na atividade 10, os estudantes terão que comparar duas frações e verificar a relação de igualdade e/ou
desigualdade ( < ou >).
Professor(a), utilize cada atividade, de modo que alcance a proposta desta unidade e, ao mesmo tempo,
como instrumento de avaliação para sua prática pedagógica.

Boa aula!
Matemática

30
MATEMÁTICA
UNIDADE 5

CONTEÚDO(S)
î Sólidos Geométricos.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Espaço e Forma.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î E-4 – Compreender as frações e utilizá-las em situações diversas.
î E-5 – Calcular porcentagens em situações diversas do cotidiano ou não.
î E-6 – Resolver situações-problema que envolva porcentagem, por meio de estimativas.
î E-8 – Localizar e movimentar objetos no plano e no espaço, usando malhas, croquis ou maquetes.

DESCRITOR(ES) – SAEB/SUBDESCRITOR(ES)
î D1C – Movimentar um objeto e/ou ponto em um mapa, croquis ou em uma representação gráfica.
î D1D – Identificar a posição e o deslocamento de um objeto no plano.
î D21A – Relacionar um número fracionário à representação decimal e vice-versa.
î D23A – Reconhecer um número fracionário.
î D23B – Simplificar um número fracionário.
î D23C – Comparar números fracionários, identificando o maior, o menor ou o igual.

Matemática

31
UNIDADE 5
ATIVIDADES
1. O croqui a seguir representa parte de um bairro. Nesse croqui, é possível observar Mariana (m) e alguns
de seus amigos(as) p, r, n, s e q.

Sabe-se que Mariana


Moveu-se para a direita;
Virou a 2ª rua para baixo;
Moveu-se para baixo e virou a 1ª rua para a esquerda;
Moveu-se para a esquerda e virou a 1ª rua para baixo;
Moveu-se para baixo e virou a 1ª rua para a direita;
Moveu-se para a direita e virou a 1ª rua para baixo;
Moveu-se para baixo e virou a 1ª rua para a esquerda;
Caminhou até encontrar o primeiro ponto a sua frente.

De acordo com o trajeto feito por Mariana, pode-se concluir que, ao final do percurso, ela encontrou-se com
(A) r. Gabarito: D
(B) n. Solução

(C) q.
(D) s.

2. No croqui a seguir, você tem parte da representação de um bairro. Observe os pontos x e y que
correspondem à frente da casa de Dudu e à frente de sua escola, respectivamente.
Matemática

Assinale a alternativa que apresenta um possível percurso feito por Dudu para ir de sua casa até a escola
em que estuda.
(A) Para o sul; na 1ª rua mover-se para leste; na 2ª rua mover-se para sul; na 2ª rua mover-se para leste.
(B) Para o sul; na 2ª rua mover-se para leste; na 1ª rua mover-se para norte; na 1ª rua mover-se para leste.
(C) Para o sul; na 4ª rua mover-se para leste; na 3ª rua mover-se para norte.
(D) para o sul; na 4ª rua mover-se para leste; na 3ª rua mover-se para sul.
32
Gabarito: C
Solução

3. As figuras 1 e 2 representam, respectivamente, o croqui de um bairro e a divisão dos quadrantes desse croqui.

Sabe-se que João saiu do ponto x e começou a caminhar para o sul. Na quarta rua, ele fez um giro de 90°
e caminhou para o leste. Na quarta, rua ele fez um giro de 90° e caminhou para o oeste. Ele caminhou
e parou no cruzamento da rua seguinte.
De acordo com as informações, João parou no
(A) 1º quadrante. Gabarito: C
(B) 2º quadrante. Solução

(C) 3º quadrante.
(D) 4º quadrante.

4. Considere os números 3 67 .
e
5 10
Assinale a alternativa que apresenta a representação decimal desses números.
(A) 1,6 e 6,7.
(B) 0,6 e 6,7.
(C) 0,6 e 0,67.
(D) 3,5 e 0,67.
Gabarito: B
Solução
Professor(a), segue um exemplo. Proceda da
mesma forma com a fração sessenta e sete,
dez avos.

5. Observe a representação de quatro números nas formas fracionárias (1ª coluna) e decimal (2ª coluna):

3
0,13
4
7
10 0,4

2
5 0,7

13
0,75
100

Identifique e relacione os números correspondentes.


Solução
3
0,13
4
7
0,4
10
2
0,7
5
13
0,75
100

6. Observe parte dos ingredientes de uma receita:


1 kg de farinha de trigo.
0,5 litros de leite.
2/3 de um queijo ralado.
2 colheres de manteiga.

De acordo com as informações apresentadas na receita, o número representado na forma fracionária


corresponde ao ingrediente
(A) farinha de trigo. Gabarito: C
(B) leite. Solução
1 Número natural
(C) queijo ralado. 0,5 Número decimal
(D) manteiga. 2 Número fracionário
3
2 Número natural

7. Observe os números a seguir:

Assinale a alternativa que apresenta o número cuja representação é fracionária.


(A) I Gabarito: B
Solução
(B) II O número escrito na forma fracionária deve apresentar numerador e denominador. Ao
(C) III observar os números apresentados, verifica-se que o único número que apresenta numerador
e denominador é o correspondente a II.
(D) IV

Representação fracionária

8. Simplifique cada uma das frações a seguir até torná-las irredutíveis.


36
a) 60

b) 60
Matemática

210
c) 216
260
d) 135
165

34
Solução
Professor(a), mostre aos estudantes que existem outras possibilidades de simplificar os números, além
das apresentadas nessa solução.

450 .
9. Considere o número fracionário 675
Assinale a alternativa que apresenta a forma irredutível desse número.
2
(A) 3

2
(B) 5

3
(C) 4

4
(D) 7

Gabarito: A
Solução

10. Em cada uma das situações, preencha as lacunas com os sinais de <, = ou >.
3 2
a)
5 7
10 14
b)
35 49

c) 5 6
9 10

d) 3 45
4 60

e) 8 6
9 7

Solução
Matemática

35
MATEMÁTICA
APRESENTANDO A UNIDADE 6

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor(a), esta unidade propõe atividades relacionadas com três expectativas de aprendizagem, do
Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás de Matemática, do 7º Ano do Ensino Fundamental.
As atividades foram elaboradas a partir de seis subdescritores, seguindo uma gradação de complexidade
entre eles. Assim, pretende-se estimular as habilidades dos estudantes em estabelecer relação entre frações
e percentual no conjunto dos números racionais; compreender o conceito de fração; comparar frações em
sua ordem de grandeza, bem como determinar o valor decimal de uma fração, assim como de um número
expresso na forma percentual dentro do conjunto dos números racionais.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Esta unidade tem por base as seguintes expectativas de aprendizagem:
î E 4 – Compreender as frações e utilizá-las em situações diversas.
î E 5 – Calcular porcentagens em situações diversas do cotidiano ou não.
î E 6 – Resolver situações-problema que envolvam porcentagem, por meio de estimativas.
Os subdescritores contemplados a partir dessas expectativas são: D21 B; D22 A e B; D23 C e D28 A e
B. As habilidades a serem desenvolvidas, propostas pelas expectativas, são: ler, reconhecer e interpretar
frações e porcentagens. Assim, as atividades foram elaboradas, de forma que proporcionem aos estudantes
a aprendizagem dos conceitos aplicados, possibilitando a consolidação dessas habilidades.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), os subdescritores aparentemente direcionam para as mesmas atividades, porém
ressaltamos que os subdescritores D22A e B verificam fração como número decimal e porcentagem como
número decimal, e os subdescritores D28A e B enfocam em calcular a porcentagem que representa a parte
do todo, para, depois, calcular o todo a partir de um percentual conhecido.
Assim, na atividade 1, o estudante deve comparar números fracionários, identificando-os em ordem
decrescente. Nas atividades 2 e 3, deve relacionar um número fracionário à representação percentual e
vice-versa. Nas atividades 4 e 5, deve identificar fração como número decimal e vice-versa. Nas atividades 6
e 7, o estudante precisa identificar fração como porcentagem e vice-versa. Nas atividades 8 e 9, é importante
calcular a porcentagem que representa a parte do todo. Finalmente, na atividade 10, deve calcular o todo a
partir de um percentual conhecido.
Professor(a), utilize cada atividade, de modo que alcance a proposta desta unidade e, ao mesmo tempo,
como instrumento de avaliação para sua prática pedagógica.

Boa aula!
Matemática

36
MATEMÁTICA
UNIDADE 6

CONTEÚDO(S)
î Números inteiros e números racionais.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Números e Operações.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î E 4 – Compreender as frações e utilizá-las em situações diversas.
î E 5 – Calcular porcentagens em situações diversas do cotidiano ou não.
î E 6 – Resolver situações-problema que envolvam porcentagem, por meio de estimativas.

DESCRITOR(ES) – SAEB/SUBDESCRITOR(ES)
î D21B – Relacionar um número fracionário à representação percentual e vice-versa.
î D22A – Identificar fração como número decimal e vice-versa.
î D22B – Identificar fração como porcentagem e vice-versa.
î D23C – Comparar números fracionários, identificando o maior, o menor ou o igual.
î D28A – Calcular a porcentagem que representa a parte do todo.
î D28B – Calcular o todo a partir de um percentual conhecido.

Matemática

37
UNIDADE 6
ATIVIDADES
1. Observe as alturas em metros dos irmãos a seguir:
11 9 7 7 5
Andreza m, Catarina m, João Guilherme m, Tarsila m e Arnaldo m.
9 7 𝟔 5 3
Assinale a alternativa que corresponda a ordem decrescente das alturas desses irmãos.
(A) Andreza, Catarina, João Guilherme, Arnaldo e Tarsila.
(B) Arnaldo, Tarsila, Catarina, Andreza e João Guilherme.
(C) João Guilherme, Arnaldo, Andreza, Tarsila e Catarina.
(D) Catarina, Tarsila, João Guilherme, Andreza e Arnaldo.
Gabarito: B
Solução
𝟓 𝟕 𝟗 𝟏𝟏 𝟕 𝟓 𝟕 𝟗 𝟏𝟏 𝟕
𝟑
≅ 𝟏, 𝟔𝟕; 𝟓 = 𝟏, 𝟒; 𝟕 ≅ 𝟏, 𝟐𝟗 ; 𝟗
≅ 𝟏, 𝟐𝟐 ; 𝟔 ≅ 𝟏, 𝟏𝟕 → 𝟑
>𝟓> 𝟕
> 𝟗
> 𝟔∙

A sequência decrescente correta é: Arnaldo, Tarsila, Catarina, Andreza e João Guilherme

4
2. Em um cinema, 5
das cadeiras existentes são vermelhas.
O percentual correspondente de cadeiras vermelhas é igual a
(A) 50%. Gabarito: D
(B) 60%. Solução
4 = 0,80 = 0,80 ∙ 100 = 80% cadeiras.
(C) 70%. 5
(D) 80%.

3. Um auditório tem 25% de sua capacidade máxima ociosa.


Esse valor em sua forma fracionada corresponde a
(A) 3 ∙
1 Gabarito: B
Solução
1 25 5 1
(B) ∙ 25% = 100 = 20 = 4 da capacidade máxima.
4

3
(C) 4 ∙
3
(D) �
5

4. Tatiana tem 1,25 m de tecido em sua gaveta.


A representação fracionária desse número corresponde a
Matemática

1
(A) · Gabarito: D
3
2 Solução
(B) ·
4
125 25 5
2 1,25 = = =
(C) · 100 20 4
3
5
(D) 4 ·
38
3
5. Um reservatório tem 4
de sua capacidade preenchida com álcool.
A representação decimal desse número corresponde a
(A) 0,25. Gabarito: C
(B) 0,55. Solução
(C) 0,75.
3 1 1 1
(D) 0,85. = + + ≈ 0,25 + 0,25 + 0,25 = 0,75
4 4 4 4

6. Em um teatro, existem 125 cadeiras das quais 36% são vermelhas.


A quantidade de cadeiras vermelhas desse teatro corresponde a
(A) 36. Gabarito: C
Solução
(B) 40.
36 4 500
(C) 45. 36% de 125= ·125= =45 cadeiras
100 100
(D) 50.

7. Uma obra tem 200 funcionários, dos quais 70% são casados.
O número de funcionários casados corresponde a
(A) 140. Gabarito: A
(B) 136. Solução
70 14 000
(C) 132. 70% de 200 = ∙ 200 = = 140 casados
100 100
(D) 130.

8. Paulo recebe um salário mensal de R$ 1 200,00 e teve um desconto de R$ 240,00.


O desconto percentual do salário de Paulo corresponde a
(A) 12%. Gabarito: D
Solução
(B) 16%. x 100 24 000
(C) 18%. = → 1 200 ∙ x = 240 ∙ 100 → 1 200x = 24 000 → x = → x = 20%
240 1 200 1 200
(D) 20%.

9. Cristiane tinha R$ 2 400,00 na conta corrente e pagou uma prestação de R$ 672,00.


O percentual pago do valor que Cristiane tinha na conta corrente corresponde a
(A) 28%. Gabarito: A
Solução
(B) 25%.
𝑥 100 67 200
(C) 22%. = → 2 400 ∙ 𝑥 = 672 ∙ 100 → 2 400𝑥 = 67 200 → 𝑥 = → 𝑥 = 28%
672 2 400 2 400
(D) 20%.

10. Aline gastou R$ 600,00 referente a 15% do seu salário com roupas.
Matemática

O salário total que Aline recebe, em reais, corresponde a


(A) 3 000. Gabarito: C
Solução
(B) 3 500.
𝑥 100 60 000
(C) 4 000. = → 15 ∙ 𝑥 = 600 ∙ 100 → 15𝑥 = 60 000 → 𝑥 = → 𝑥 = 𝑅$ 4 000,00
600 15 15
(D) 4 200.
39
MATEMÁTICA
APRESENTANDO A UNIDADE 7

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor(a), esta unidade propõe atividades relacionadas a cinco expectativas de aprendizagem,
do Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás de Matemática, do 7º Ano do Ensino
Fundamental.
As atividades foram elaboradas, tendo por base dois descritores e seis subdescritores, seguindo uma
gradação de complexidade entre eles. Assim, pretende-se estimular as habilidades dos estudantes em
calcular o todo a partir de um percentual conhecido; resolver problema que envolva porcentagem ligada à
ideia de acréscimo e desconto; diferenciar figuras planas de figuras espaciais; identificar semelhanças e/ou
diferenças entre os sólidos geométricos, bem como identificar os elementos de um poliedro.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Esta unidade tem por base as seguintes expectativas de aprendizagem:
î E-4 Compreender as frações e utilizá-las em situações diversas.
î E-5 Calcular porcentagens em situações diversas do cotidiano ou não.
î E-6 Resolver situações-problema que envolva porcentagem, por meio de estimativas.
î E-9 Reconhecer e distinguir, em contextos variados, as formas bidimensionais e tridimensionais.
î E-10 Reconhecer os cinco poliedros de Platão.
Os descritores contemplados a partir dessas expectativas são: D2 e D28 com seus subdescritores. As
habilidades a serem desenvolvidas, propostas pelas expectativas, são: compreender as frações e utilizá-las;
calcular porcentagens na resolução situações-problema; reconhecer e distinguir as formas bidimensionais
e tridimensionais, bem como os cinco poliedros de Platão. Assim, as atividades foram elaboradas, de forma
que proporcionem aos estudantes a aprendizagem dos conceitos aplicados, possibilitando a consolidação
dessas habilidades.
Professor(a), a expectativa E-4: compreender as frações e utilizá-las em situações diversas, será abordada
no contexto da resolução de problemas, envolvendo porcentagem. Assim, cada atividade foi elaborada,
com o intuito de melhorar a proposta desta unidade.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS ?


Professor(a), apesar de algumas atividades estarem relacionadas ao mesmo subdescritor, elas se diferem
pelo grau de dificuldade.
Assim, na atividade 1, o estudante deverá calcular o todo a partir de um percentual conhecido. As
atividades 2 e 3 ressaltam a resolução de problemas, envolvendo porcentagem ligada à ideia de acréscimo:
juros pagos numa compra a prazo, reajuste no preço de um produto; enquanto as atividades 4 e 5 destacam
a porcentagem ligada à ideia de desconto numa compra à vista. Nestas atividades, é importante que os
estudantes saibam utilizar as melhores estratégias de resolução como a regra de três simples ou a regra de
operações com fração e números decimais.
Na atividade 6, o estudante deverá reconhecer as características que diferenciam figuras planas de
figuras espaciais. Já, nas atividades 7 e 8, deve identificar os elementos de um poliedro de Platão (face,
aresta e vértice) para que, nas atividades 9 e 10, faça a diferenciação dos poliedros de Platão de outros tipos
de poliedro e também dos corpos redondos.
Professor(a), utilize cada atividade, de modo que alcance a proposta desta unidade e, ao mesmo tempo,
como instrumento de avaliação para sua prática pedagógica.

Boa aula!
Matemática

40
MATEMÁTICA
UNIDADE 7

CONTEÚDO(S)
î Números naturais.
î Sólidos geométricos: Poliedros.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Números e operações.
î Espaço e forma.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î E-4 – Compreender as frações e utilizá-las em situações diversas.
î E-5 – Calcular porcentagens em situações diversas do cotidiano ou não.
î E-6 – Resolver situações-problema que envolva porcentagem, por meio de estimativas.
î E-9 – Reconhecer e distinguir, em contextos variados, as formas bidimensionais e tridimensionais.
î E-10 – Reconhecer os cinco poliedros de Platão.

DESCRITOR(ES) – SAEB/SUBDESCRITOR(ES)
î D2 – Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais,
relacionando-as com suas planificações.
î D2A – Diferenciar figuras planas de figuras espaciais.
î D2B – Identificar semelhanças e/ou diferenças entre os sólidos geométricos (poliedro e poliedro, poliedro
e corpo redondo, corpo redondo e corpo redondo).
î D2C – Identificar os elementos de um poliedro.
î D28 – Resolver problema que envolva porcentagem.
î D28B – Calcular o todo a partir de um percentual conhecido.
î D28C – Resolver problema que envolva porcentagem ligada à ideia de acréscimo.
î D28D – Resolver problema que envolva porcentagem ligada à ideia de desconto.

Matemática

41
UNIDADE 7
ATIVIDADES
1. Observe, a seguir, o cartaz de venda de uma moto:

% R$
%30 R$
6 870,00
O valor total dessa moto é =
100
%30 𝑥
R$
6 870,00
=
(A) R$ 6 900,00. Gabarito: D 100
%30 𝑥
R$
6 870,00
=
(B) R$ 16 030,00. Solução 30𝑥
30 =
100 687𝑥000
6 870,00
Professor (a), analisando a situação-problema, o 30𝑥 =
100 = 687𝑥000
(C) R$ 20 610,00. estudante deverá calcular o todo a partir de um 30𝑥 687
= 687 000
000
(D) R$ 22 900,00. percentual conhecido. Para isto, pode utilizar uma 𝑥=
30𝑥 68730000
= 687 000
regra de três simples: 𝑥=
30
687 000
𝑥=
𝑥 = 22 900
68730000
𝑥 =
𝑥 = 22 30
900

2. Renata deseja comprar o televisor do cartaz a seguir, mas não tem intenção de pagar𝑥à=vista.
22 900
𝑥 = 22 900
Televisor LED 43’’

Preço à vista R$ 2 200,00


A prazo acréscimo de 15%

Na compra a prazo, Renata pagará pelo televisor a quantia de


Matemática

(A) R$ 1 870,00. Gabarito: B


Solução
(B) R$ 2 530,00. Professor(a), a situação-problema acima envolve porcentagem ligada à ideia
(C) R$ 3 300,00. de acréscimo. Portanto, nele o estudante deverá calcular o novo valor de um
produto acrescido de um percentual dado.
(D) R$ 4 070,00.
Calculando o valor do acréscimo:

42
100 2 200,00
=
15 x

100x = 33 000

33 000
x=
100
x = 330 Reais.
Logo, na compra do televisor a prazo, Renata pagará a quantia de 2 200+330=2530 Reais.
Outra forma de resolver o problema seria considerar o preço do televisor, após o acréscimo de 15%.
Então, deve-se calcular 115% de R$ 2 200,00.
100% ↔ 2 200,00
115% ↔ x

100x = 253 000

253 000
x=
100

x = 2 530 Reais.

Ou, ainda, pode-se calcular 115% de R$ 2 200,00, fazendo 1,15∙2 200=2 530 Reais.

3. Observe a imagem a seguir:


A gasolina subiu de novo!!!

No novo reajuste, a gasolina aumentou de R$ 3,59 para R$ 3,79. Logo, o reajuste percentual foi
(A) inferior a 4,5 %.
(B) entre 4,5% e 5,5 %.
(C) entre 5,5% e 6,5 %.
(D) superior a 6,5 %.
Gabarito: C
Solução
100% ↔ 3,49
Professor(a), a situação-problema envolve porcentagem ligada à x% ↔ 0,20
ideia de acréscimo. Portanto, o estudante deverá calcular o valor
Matemática

do reajuste; para, depois, calcular o percentual equivalente a esse 3,49x = 20


reajuste.
O valor do reajuste foi 3,79 - 3,49 = 0,20 reais. 20
x=
Cálculo do percentual de reajuste em relação ao preço da gasolina 3,49
antes do aumento:
x≈5,7%
Portanto, o reajuste percentual está entre 5,5% e 6,5%.
43
4. Numa loja de informática, Rogério viu o cartaz a seguir.

Se Rogério comprar este notebook à vista, deverá pagar a quantia de


(A) R$ 2 552,00. Gabarito: A
(B) R$ 2 888,00. Solução
Professor(a), a situação-problema envolve porcentagem ligada à ideia de
(C) R$ 2 912,00. desconto. Portanto, o estudante deverá calcular o novo valor de um produto,
(D) R$ 3 020,00. descontando um percentual dado.
Calculando o valor do desconto:
100% ↔ 2 900,00 Logo, na compra do televisor à vista, Rogério pagará a quantia de 2 900-348=2 552 reais.
12% ↔ x Outra forma de resolver o problema seria considerar o preço do televisor, após o
100x = 34 800 desconto de 12%. Então, deve-se calcular 88% de R$ 2 200,00.
34 800 100% ↔ 2 900,00
x= 88% ↔ x
100

x = 348 100x = 255 200

255 200
x=
100

x = 2 552 Reais.

Ou, ainda, pode-se calcular 88% de R$ 2 900,00 fazendo 0,88∙2 900 = 2 552 reais.

5. Observe a oferta no preço de uma bicicleta:

Nessa oferta, o percentual de desconto é


Gabarito: B
(A) inferior a 20%.
Solução
Matemática

100% ↔ 699
(B) entre 20% e 22%. Professor(a), esta situação-problema envolve x% ↔ 150
porcentagem ligada à ideia de desconto, nele o
(C) entre 23% e 25%. estudante deverá calcular o valor do desconto para 699x = 15 000
(D) superior a 25%. depois calcular o percentual equivalente a esse
desconto. 15 000
O valor do reajuste foi 699-549=150 reais. x=
699
Cálculo do percentual de desconto em relação ao
preço original da bicicleta: x ≈ 21,46%
44 Portanto, o reajuste percentual está entre 20% e 22%.
6. Observe as formas geométricas a seguir:

I II III IV V VI
Responda:
a) Quais destas formas geométricas são classificadas como figuras planas e quais são figuras espaciais/
sólidos geométricos?
b) O que diferencia as figuras planas das figuras espaciais?
Solução
Professor(a), nesta atividade, os estudantes deverão saber diferenciar figuras planas de figuras espaciais.
a) Uma figura plana é uma região plana fechada por segmentos de reta (no mínimo 3). Logo, as figuras
planas são: II, V e VI. Uma figura espacial é uma região do espaço limitada por planos (no mínimo 4).
Logo, as figuras espaciais são: I, III e IV.
b) As figuras planas possuem duas dimensões e seus lados são segmentos de reta; já as figuras espaciais
possuem três dimensões e seus lados são semiplanos.

7. Considere o poliedro representado na figura a seguir:

Esse poliedro possui Gabarito: A


(A) 6 vértices e 12 arestas. Solução
Professor (a), nesta atividade, o estudante deverá identificar os elementos
(B) 8 vértices e 6 arestas. de um poliedro (arestas e vértices).
(C) 8 vértices e 12 arestas. Vértice
(D) 6 vértices e 12 arestas.
Face

Esse sólido é o octaedro regular e possui 6 vértices e 2 faces.

8. Observe o poliedro a seguir:


Matemática

45
Esse poliedro possui Gabarito: C
(A) 12 faces e 20 arestas. Professor(a), nesta atividade, o estudante deverá Identificar os
elementos de um poliedro (arestas e faces).
(B) 20 faces e 12 arestas. Solução
(C) 20 faces e 30 arestas. Aresta
(D) 30 faces e 20 arestas.
Face

Esse poliedro é o icosaedro regular e


possui 20 faces e 30 arestas.

9. Considere os sólidos geométricos representados a seguir:

I II III IV
São poliedros de Platão os sólidos
(A) I e II. Gabarito: C
Solução
(B) II e III. Professor(a), nesta atividade, o estudante deverá identificar semelhanças e/ou diferenças
(C) II e IV. entre poliedros.
As figuras I e III não são poliedros de Platão, pois suas faces são formadas por polígonos
(D) I e IV. diferentes (triângulos e quadriláteros na figura I e pentágono e quadrilátero na figura IV).
São poliedros de Platão as figuras II e IV, pois:
• suas faces são polígonos regulares entre si (na figura II: pentágonos; na figura IV: triângulos);
• em cada vértice, concorre o mesmo número de arestas (três arestas em cada vértice nas
duas figuras);
• ambos satisfazem a relação de Euller V + F = A + 2; (na figura II: 20 + 12 = 30 + 2; na figura
IV: 4 + 4 = 6 + 2).

10. Observe as figuras a seguir:

A B C D
Em relação à classificação destes sólidos, é correto afirmar que
(A) A e D são corpos redondos, pois suas faces são arredondadas.
(B) C é uma pirâmide, pois sua superfície é toda plana.
(C) B e C são poliedros, pois suas faces são polígonos.
(D) A é um poliedro de Platão, pois todas as suas faces são triângulos, em cada vértice concorrem cinco
arestas e satisfaz a condição V + F = A + 2.
Matemática

Gabarito: D
Solução
Professor (a), nesta atividade, o estudante deverá identificar diferenças entre poliedros e corpos
redondos.
(A) FALSA. A e D são poliedros, pois suas faces são polígonos.
(B) FALSA. C é um corpo redondo classificado como cone e sua superfície é curva.
(C) FALSA. B e C são corpos redondos, pois suas faces são curvas.
(D) VERDADEIRA. A é um poliedro de Platão, pois todas as suas faces são triângulos; sendo que, em cada
46 vértice, concorre cinco arestas e satisfaz a condição V + F = A + 2 (12 + 20 = 30 + 2).
MATEMÁTICA
APRESENTANDO A UNIDADE 8

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor(a), esta unidade propõe atividades relacionadas com três expectativas de aprendizagem, do
Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás de Matemática, do 7º Ano do Ensino Fundamental.
As atividades foram elaboradas, tendo por base cinco subdescritores, seguindo uma gradação de
complexidade entre eles. Assim, pretende-se estimular as habilidades dos estudantes em relacionar sólidos
geométricos com suas respectivas planificações; calcular área e perímetro de polígonos regulares e irregulares
de figuras compostas por duas ou mais figuras planas; reconhecer e realizar conversões de diversas unidades
de medidas do Sistema Internacional de Medidas.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Esta unidade tem por base as seguintes expectativas de aprendizagem:
î E-7 Compor e decompor figuras para resolver situações diversas.
î E-11 Reconhecer, relacionar e utilizar as diversas unidades de medidas, referentes a grandezas como
comprimento, área, volume e massa.
î E-12 Obter medidas por meio de estimativas e aproximações e decisão quanto a resultados razoáveis
dependendo da situação-problema.
Os subdescritores contemplados a partir dessas expectativas são: D2D, D12C, D13E, D15A e D15B. As
habilidades a serem desenvolvidas, propostas pelas expectativas, são: compor e decompor figuras para
resolver situações diversas; reconhecer, relacionar e utilizar as diversas unidades de medidas, referentes a
grandezas como comprimento, área, volume e massa; obter medidas por meio de estimativas e aproximações
e decisão quanto a resultados razoáveis dependendo da situação-problema.
Assim, as atividades foram elaboradas de forma que proporcionem aos estudantes a aprendizagem dos
conceitos aplicados, possibilitando a consolidação dessas habilidades.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor(a), os subdescritores, aparentemente, direcionam para as mesmas atividades, porém
ressaltamos que o subdescritor D2D se refere à planificação de sólidos geométricos, já os subdescritores
D12C e D13E referem-se ao cálculo de perímetro e área de polígonos regulares e irregulares compostos por
duas ou mais figuras planas. Os subdescritores D15A e D15B se referem-se a reconhecer e realizar conversões
entre diversas unidades de medidas do Sistema Internacional de Medidas.
Na atividade 1, é abordada a identificação da planificação com o sólido geométrico (poliedros de Platão)
correspondente. Nas atividades 2, 3, 4 e 5 os estudantes podem demonstrar as habilidades em calcular
perímetro e área de polígonos regulares e irregulares compostos por duas figuras planas. As atividades 6,
7, 8, 9 e 10 requerem dos estudantes reconhecimento em realizar conversões entre diversas unidades de
medidas do Sistema Internacional de Medidas. Este é um bom momento para retomar com os estudantes
as unidades padrão (unidade fundamental) de medidas do Sistema Métrico Decimal de Medidas, bem como
seus múltiplos e submúltiplos.
Professor (a), incentive seus estudantes, explore com eles as propriedades do os sólidos geométricos com
suas planificações, bem como área e perímetro de polígonos regulares e irregulares compostos por duas ou
mais figuras planas. Também, motive-os a reconhecer e realizar conversões de diversas unidades de medidas
do Sistema Internacional de Medida.
Os estudantes poderão resolver, individualmente, as atividades; mas, é fundamental que eles socializem
com os demais colegas. É imprescindível a correção das atividades propostas, de modo que engaje e envolva
toda a turma e esclareça as dúvidas que, por ventura, os alunos manifestarem.
Ressaltamos a importância de você, professor (a), discutir outras situações que possam colaborar/ampliar/
Matemática

sistematizar o conhecimento dos estudantes. Portanto, é fundamental provocar os alunos, percebendo as


dificuldades deles e procurando saná-las. Lembrando que o caderno do estudante contempla as expectativas
de aprendizagem e alguns descritores. Desta forma, caso identifique alguma lacuna no ensino e/ou
aprendizagem do aluno, pesquise outras situações que demonstrem essas habilidades presentes na unidade.
Professor(a), utilize cada atividade, de modo que alcance a proposta desta unidade e, ao mesmo tempo,
como instrumento de avaliação para sua prática pedagógica.

Boa aula! 47
MATEMÁTICA
UNIDADE 8

CONTEÚDO(S)
î Figuras planas e sólidos geométricos: poliedros.
î Sistema de medida.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Espaço e forma.
î Grandezas e medidas.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î E-7 – Compor e decompor figuras para resolver situações diversas.
î E-11 – Reconhecer, relacionar e utilizar as diversas unidades de medidas, referentes a grandezas
como comprimento, área, volume e massa.
î E-12 – Obter medidas por meio de estimativas e aproximações e decisão quanto a resultados
razoáveis dependendo da situação-problema.

DESCRITOR(ES) – SAEB/SUBDESCRITOR(ES)
î D2D – Relacionar sólidos geométricos com suas respectivas planificações. (poliedros de Platão)
î D12C – Calcular o perímetro de polígonos regulares, irregulares e figuras compostas por duas ou mais
figuras planas. (poliedros de Platão)
î D12C – Calcular o perímetro de polígonos regulares, irregulares e figuras compostas por duas ou mais
figuras planas.
î D12C – Calcular o perímetro de polígonos regulares, irregulares e figuras compostas por duas ou mais
figuras planas.
î D13E – Calcular a área de polígonos irregulares compostos por duas ou mais figuras planas.
î D15A – Reconhecer diversas unidades de medidas do Sistema Internacional de Medidas.
î D15A – Reconhecer diversas unidades de medidas do Sistema Internacional de Medidas.
î D15A – Reconhecer diversas unidades de medidas do Sistema Internacional de Medidas.
î D15B – Realizar conversões entre diversas unidades de medida do Sistema Internacional de Medidas.
î D15B – Realizar conversões entre diversas unidades de medida do Sistema Internacional de Medidas.
Matemática

48
UNIDADE 8
ATIVIDADES
1. Observe a planificação a seguir:

Assinale a alternativa que indica o sólido geométrico correspondente a essa planificação.

(A) (B) (C) (D)

Gabarito: C
Solução
Professor(a), retome com os estudantes o assunto de poliedros de Platão. Reforce que, para um poliedro
ser um poliedro de Platão é necessário que obedeça às seguintes disposições:
a) todas as faces devem ter a mesma quantidade n de arestas;
b) todos os vértices devem ser formados pela mesma quantidade m de arestas;
c) a Relação de Euler deve valer: V – A + F = 2, em que V é o número de vértices, A é o número de arestas
e F é o número de faces.
Explore, ainda, com os estudantes as planificações dos sólidos de Platão (tetraedro, hexaedro, octaedro,
dodecaedro, icosaedro).

A planificação corresponde ao poliedro .

2. O polígono a seguir é um hexágono regular.


2,5 cm

Ao juntar dois polígonos iguais a este, obtém-se a figura a seguir.


Matemática

A medida do perímetro desta figura


(A) é superior a 25,5 m.
(B) é inferior a 24,5 m.
(C) é igual a 25 m.
(D) é igual a 25,5 m.
49
Gabarito: C
Solução
Professor(a), mostre aos estudantes que o hexágono regular possui todos os lados com
2,5 cm

2,5
m
Ao juntar dois polígonos iguais a esse, obtém-se a figura a seguir.
c

c
2,5

m
2,5 cm

2, 5
cm
2,5

cm
m

2, 5
2,5 cm
c
c

2,5

2, 5
cm
m

2,5 cm

cm
cm
2, 5

2, 5
2,5 cm

2, 5

cm
cm

2, 5
2,5 cm
Assim, 2,5 cm × 10 = 25 cm. Portanto, a medida do perímetro do polígono é igual 25 cm.

3. Observe os polígonos a seguir:

6,5 m 6,5 m
5m

2,5 m

Ao juntar os dois polígonos obtém-se trapézio como mostra a figura.


2,5 3m

5 6,5

3 2,5

Em relação a este trapézio pode-se afirmar que seu perímetro


2,5
(A) é inferior a 19 m. Gabarito: B
(B) está entre o intervalo 19 e 20 m. Solução
5 6,5
(C) está entre o intervalo 20 e 22 m.
3 2,5
(D) é superior a 22 m. P = 3 + 5 + 2,5 + 6,5 + 2,5 = 19,5 m

4. Observe os polígonos a seguir:


3 cm 3 cm

5 cm

2 cm

Ao juntar os dois polígonos obtém-se a figura a seguir.

A medida da área dessa figura


(A) é inferior a 27 cm2. Gabarito: B B+b 3 cm 3 cm
SoluçãoA= ·5
(B) está entre o intervalo 26 e 28 cm2. Professor(a), 2 provoque os
Matemática

estudantes para perceberem 5 cm


(C) é igual a 27 cm2. que, ao A= 6+5
juntar os dois
·5 polígonos,
(D) é superior a 28 cm2. obtém-se o seguinte
2 trapézio. 2 cm 3 cm

Para calcular a área desse B+b 11


A= ·5 A= ·5
polígono, tem-se: 2 2
A= 27,5
6+5
A= ·5 Logo a área desse trapézio é igual a 27,5 cm2 .
2
50
11
A= ·5
5. Observe os polígonos a seguir:

5m

2,5 m
Ao juntar os dois polígonos obtém-se trapézio como mostra a figura.

Em relação a esse trapézio, pode-se afirmar que sua área


(A) é inferior a 19 m2. Gabarito: C 2,5 m
Solução
(B) está entre o intervalo 19 e 20 m2.
5m
(C) é exatamente igual a 20 m2.
(D) é superior a 20 m2. 𝐵+𝑏 3m 2,5 m
𝐴= ∙ℎ
2
Professor(a), a atividade pode ser resolvida utilizando a área do trapézio ou a soma das áreas do
triângulo e do paralelogramo.
𝐵+𝑏 5,5 + 2,5
𝐴= ∙ℎ 𝐴= ∙5
2 2
Área do trapézio:
8
𝐴=
𝐵+𝑏
∙ℎ
5,5 + 2,5 𝐴= ∙5 Logo, a área é igual a 20 m2.
𝐴= ∙5 2
2 2
𝐴 = 20
5,5 + 2,5 8
𝐴= ∙5 𝐴= ∙5
2 2
6. Paula tem um terreno retangular
𝐴 = 20 com 13 m de largura e 26 m de comprimento. Ela quer saber qual é a
8
área𝐴 desse
= ∙ 5 terreno.
2
Assinale
𝐴 = 20a alternativa que indica a unidade de medida para medir essa superfície.
(A) quilômetro (km). Gabarito: C
(B) quilômetro quadrado (km2). Solução
Para medir superfície como a área do terreno, é comum utilizar o metro
(C) metro quadrado (m2). quadrado. Um metro quadrado corresponde à área de um quadrado
com 1 m de lado. O quilômetro quadrado é usado para medir grandes
(D) metro cúbico (m3). superfícies a exemplo da área que ocupa uma cidade. Um quilômetro
quadrado corresponde a um quadrado com 1 km de lado.

7. A maior piscina do mundo, registrada no livro Guiness, está localizada no Chile, em San Alfonso
del Mar, cobre um terreno de 8 hectares de área.
A unidade de medida padrão utilizada para medir a capacidade dessa piscina é
(A) metro cúbico. Gabarito: A
Solução
(B) quilômetro quadrado. Professor(a), retome com os estudante o assunto sobre medidas de
(C) quilômetro. capacidade. O litro é a unidade padrão de capacidade e corresponde a
1000 mL, isto é, 1 L = 1000 mL.
Matemática

(D) metro.

51
8. Antônio quer comprar arroz, feijão e açúcar. Assinale a alternativa que indica a unidade padrão (unidade
fundamental) de massa para medir esses produtos.
(A) quilograma. Gabarito: A
Solução
(B) litro. Professor(a), retome com os estudantes o assunto sobre unidades
(C) metro. de medida de massa. Esclareça que massa é diferente de peso,
embora, no dia-a-dia, as pessoas usem peso ao invés de massa.
(D) miligrama. Exemplo: meu peso é 62 Kg, mas o correto é: minha massa é 62Kg.
No Sistema Métrico Decimal de Medidas, o quilograma (kg) é a
unidade-padrão (ou unidade fundamental) de massa.

9. Complete a tabela a seguir, substituindo ??? pelas conversões correspondentes.

??? Solução
5 km m
Professor(a), retome com os estudantes as conversões, utilizando a
18 m ??? dm tabela completa das medidas de comprimento.
2 cm ??? mm
6,5 m ??? cm
8,21m ??? cm

Logo, a tabela completada com as conversões será:

10. Substitua cada espaço em branco pelo número adequado.


a) 5 m² = ............................. dm²
b) 12 km² = ......................... dam²
c) 13,34 dam² = ................... m²
d) 457 dm² = ........................ m²
e) 655 dam² = ..................... km²
f) 4,57 m² = .......................... dam²
Solução
Professor(a), use a tabela a seguir para fazer as conversões

Mostre aos estudantes algumas conversões como, por exemplo:


Transformando 2m² em cm² = 2 x 100 x 100 = 20 000 cm²
Transformando 1km² em m² = 1 x 100 x 100 x 100 = 1 000 000 m²
Transformando 3hm² em dm² = 3 x 100 x 100 x 100 = 3 000 000 dm²
Transformando 4km² em mm² = 4 x 100 x 100 x 100 x 100 x 100 x 100 = 4 000 000 000 000 mm²
Transformando 4m² em dam² = 4 : 100 = 0,04 dam²
Transformando 100cm² em m² = 100 : 100 : 100 = 0,01 m²
Transformando 35 000 000m² em km² = 35 000 000 : 100 : 100 : 100 = 35km²
Matemática

a) 5 m² = 500 dm²
b) 12 km² = 120 000 dam²
c) 13,34 dam² = 1 334 m²
d) 457 dm² = 4,57 m²
e) 655 dam² = 0,0655 km²
f) 4,57 m² = 0,0457 dam²

52
MATEMÁTICA
APRESENTANDO A UNIDADE 9

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor(a), esta unidade propõe atividades relacionadas com cinco expectativas de aprendizagem, do
Currículo Referência da Rede Estadual de Educação de Goiás de Matemática, do 7º Ano do Ensino Fundamental.
As atividades foram elaboradas seguindo uma gradação de complexidade entre as expectativas. Assim,
pretende-se estimular as habilidades dos estudantes em fazer conversões; resolver situações-problema;
compreender e utilizar o princípio multiplicativo da contagem; coletar dados específicos para resolver
problemas e calcular a média aritmética simples ou ponderada em situações diversas.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Esta unidade tem por base as seguintes expectativas de aprendizagem:
î E-13 Resolver situações-problema que envolva moedas diversas, como real, dólar, euro e peso.
î E-14 Fazer conversões de valores de moedas monetárias como, por exemplo: real em euro, peso em
dólar, dólar em real etc.
î E-15 Compreender e utilizar o princípio multiplicativo da contagem em situações-problema.
î E-17 Coletar dados específicos para resolver problemas.
î E-16 Calcular a média aritmética simples ou ponderada em situações diversas, como em uma amostra
de dados e em tabelas ou gráficos.
Professor(a), as habilidades a serem desenvolvidas, propostas por essas expectativas, são: realizar
conversões; resolver situações-problema que envolva moedas diversas; compreender e utilizar o princípio
multiplicativo da contagem; coletar dados específicos para resolver problemas e calcular a média aritmética
simples ou ponderada em situações diversas.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor(a), nas atividades 1 e 2, os estudantes deverão realizar conversões entre diversas unidades
de medida do Sistema Internacional de Medidas: volume e massa. Ele irá recorrer a uma regra de três
simples para fazer conversões do real para o dólar e para o euro, observando a variação que essas moedas
possuem para compra e venda. Nas atividades 3 e 4, o estudante resolverá uma situação-problema que
envolva moedas, real e dólar. As atividades 5 e 6 destacam o princípio multiplicativo da contagem em
duas situações-problema: opções de pratos e sobremesas em um restaurante, e o número máximo de
combinações possíveis de prefixos com vogais nas placas goianas.
Nas atividades 7 e 8, prioriza-se a expectativa de aprendizagem de coletar dados para resolver problemas.
Neste sentido, alguns questionamentos são relacionados à altura média da turma, ressaltando a média das
meninas e dos meninos. Finalmente, as atividades 9 e 10 são sobre o cálculo da média aritmética simples e
ponderada em situações, utilizando um gráfico e outra, uma amostra de dados.
Professor(a), utilize cada atividade, de modo que alcance a proposta desta unidade e, ao mesmo tempo,
como instrumento de avaliação para sua prática pedagógica.

CONTEÚDO(S)
î Unidades de medida do Sistema Internacional de Medidas: volume e massa.
î Sistema monetário.
î Coleta de dados e construção de tabelas e gráficos.
î Noções de técnicas de contagem.
î Noções de probabilidade e de estatística.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Grandezas e Medidas.
î Tratamento da Informação.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
Matemática

î E-13 ─ Resolver situações-problema que envolvam moedas diversas, como real, dólar, euro e peso.
î E-14 ─ Fazer conversões de valores de moedas monetárias como, por exemplo: real em euro, peso
em dólar, dólar em real etc.
î E-15 ─ Compreender e utilizar o princípio multiplicativo da contagem em situações-problema.
î E-16 ─ Calcular a média aritmética simples ou ponderada em situações diversas, como em uma
amostra de dados e em tabelas ou gráficos.
î E-17 ─ Coletar dados específicos para resolver problemas.

53
UNIDADE 9
ATIVIDADES
1. Uma piscina olímpica tem a capacidade aproximada de 2,5 km3.
Essa medida corresponde a
Gabarito: B
(A) 250 000 dam3. Solução
(B) 2 500 000 000 m3. O estudante deverá converter a medida de capacidade dada para uma
correspondente de igual equivalência. Assim, tem-se: 1 km3 = 1000m ×
(C) 25 000 000 000 dm3.
1000m ×1 000m = 109 m3
(D) 250 hm3. 2,5 km3 = 2,5 × 109 = 2 500 000 000 m3

2. Relacione a 2ª coluna com a 1ª:


(1) 15 kg ( ) 15 000 000 g Solução
(1) 15 kg (5) 15 000 000 g
(2) 150 g ( ) 1 500 g
(2) 150 g (4) 1 500 g
(3) 15 mg ( ) 0,000 015 kg (3) 15 mg (3) 0,000 015 kg
(4) 1,5 kg ( ) 15 000 g (4) 1,5 kg (1) 15 000 g
(5) 15 t (2) 150 000 mg
(5) 15 t ( ) 150 000 mg

3. Observe a seguir a cotação no câmbio segundo o Banco Central:

Fonte: Banco Central do Brasil.


Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pt-br/#!/home>.
Acesso em: 06 jun. 2017.
Agora, faça as conversões a seguir:
a) Com R$ 8 203,50 é possível comprar __________________ US$.
b) Com R$ 18 461,5 é possível vender ___________________ €.
Solução
Basta recorrer a uma regra de três simples, observe:
a)
US$ R$
1,00 3,2814
Matemática

x 8 203,50
Pode-se formar a seguinte proporção:
1 3,2814 8 203,50
= → 𝑥 . 3,2814 = 8 203,50 → 𝑥 = → 𝑥 = 2 500,00
𝑥 8 203,50 3,2814

Poderão ser adquiridos US$ 2 500,00.

54
b)
€ R$
1,00 3,6923
x 18 461,50
Pode-se formar a seguinte proporção:
1 3,6923 18 461,5
= → 𝑥 . 3,6923 = 18 461,5 → 𝑥 = → 𝑥 = 5 000,00
𝑥 18 461,5 3,6923

Poderão ser adquiridos € 5 000,00.

4. Num ponto turístico, é oferecido passeio de lancha aos visitantes. Em cada viagem, a empresa
responsável leva no máximo 6 pessoas, sendo que cada pessoa paga R$ 24,50 pelo passeio ou US$ 7,47.
Sabendo que o piloto fez 15 passeios com a capacidade total da lancha, calcule o valor total arrecadado
em reais e o valor correspondente em dólar.
R$ __________ Solução
O estudante deverá calcular R$ 24,50 ∙ 6 = 147,00 → 147,00 ∙ 15 = R$ 2
205,00 em dólar é igual a US$ 672,30.
US$ _________

5. Um restaurante oferece no cardápio, 2 saladas distintas; 4 tipos de pratos com carne; 5 variedades de
bebidas; e 3 sobremesas diferentes. Alice deseja uma salada, um prato com carne, uma bebida e uma
sobremesa.
A quantidade de maneiras que Alice poderá fazer seu pedido é igual a
(A) exatamente 14 possibilidades. Gabarito: C
Solução
(B) entre 100 e 115 possibilidades. O estudante deverá identificar que cada item do cardápio
(C) exatamente 120 possibilidades. pode ser combinado com as quantidades dos outros. Pelo
princípio fundamental da contagem (princípio multiplicativo),
(D) maior que 200 possibilidades.
calcula-se: 2 ∙ 4 ∙ 5 ∙ 3 = 120 possibilidades, exatamente.

6. Em 1994, as placas de veículos em Goiás mudaram a combinação alfanumérica de duas para três
letras. Usando somente vogais, o número máximo de combinações possíveis de prefixos nas placas
goianas é igual
(A) 9. Gabarito: D
(B) 15. Solução
O estudante deverá identificar que as vogais podem ser repetidas, de forma que as
(C) 120. possibilidades podem ser calculadas assim: 5 ∙ 5 ∙ 5 = 125 possibilidades.
(D) 125.

Professor(a), proponha os questionamentos relacionados a seguir para desenvolver as atividades 7


e 8. Para isso, incentive os estudantes a coletarem a altura de todos os colegas de sala e calcular a
altura média da turma, ressaltando a média das meninas e dos meninos.

7. Em dupla, respondam as questões a seguir:


a) Qual a média da altura dessa turma? Ela é maior ou menor que 1,40 m?
b) Quem são mais altos: as meninas ou meninos?
Matemática

Solução
c) Qual a média da altura das meninas? E dos meninos?
Resposta pessoal.

55
8. Faça um gráfico de barras das alturas médias das meninas e dos meninos.
(Observação ultilize os dados da questão anterior 7).
Solução
reposta pessoal

9. Observe o gráfico a seguir:


RENDIMENTOS DA EQUIPE SOL
Gols
6

0
Jogo 1 Jogo 2 Jogo 3 Jogo 4 Jogo 5 Jogo 6

A média de pontos desta equipe


(A) é um número múltiplo de 3.
(B) está entre 4 e 5. Gabarito: A
(C) é superior a 5. Solução
O estudante deverá somar o total de gols e dividir pela quantidade de
(D) é igual a 2,5. jogos: 18 ÷ 6 = 3. Portanto, a média de gols dessa equipe é igual a 3, ou
seja, um múltiplo de 3.

10. Uma empresa para selecionar 1 entre 4 candidatos estabeleceu, como critério, a maior média ponderada
aritmética obtida com as notas dadas à entrevista (peso 3), à prova escrita (peso 2) e ao currículo (peso
2).
Observe na tabela a seguir o desempenho de cada candidato:

Candidato(a) Entrevista Prova escrita Currículo


Paulo 6 8 9
Marina 6 7 7
Rogério 8 7 6
Pedro 7 6 9

O candidato selecionado foi


(A) Paulo. Gabarito: A
Solução
(B) Marina. O estudante deverá calcular a média ponderada do desempenho de cada
(C) Rogério. candidato.
(D) Pedro.
Matemática

18+16+18
Paulo: 7
= 7,4

18+14+14
Marina: 7
= 6,5
24+14+12
Rogério: 7
= 7,1

21+12+18
Pedro: 7
=7
56
7º Ano

Ensino Fundamental
LÍNGUA PORTUGUESA

Caderno do Professor
Volume 1
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTANDO A UNIDADE 1

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), as atividades elaboradas/selecionadas para esta unidade envolvem a leitura e discussão
de textos do gênero Poema. A fim de auxiliar os/as estudantes na compreensão dos textos apresentados,
sugerimos que sejam utilizadas diferentes estratégias de leitura, tais como: antecipação, levantamento
de hipóteses, seleção, dentre outras. Proceda, sempre que possível, a uma leitura coletiva no intuito de
verificar as dificuldades de compreensão de palavras e expressões que os/as estudantes possam apresentar,
trabalhando o significado dessas palavras de forma reflexiva, levando-os/as a inferirem seus possíveis
significados. Verifique também se compreendem a proposta de cada atividade, uma vez que a dificuldade
apresentada em alguma atividade sinaliza possíveis problemas que precisam de uma maior atenção de sua
parte na condução do trabalho em sala de aula.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM / DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


As atividades desta unidade estão relacionadas a seis expectativas de aprendizagem do Currículo
Referência de Língua Portuguesa do Estado de Goiás. Além dessas expectativas, as atividades também se
relacionam aos descritores 18(O), 14, 18(G), 19, 3, 4, 1(O), 1(G) e 6. Particularmente, os descritores 18 e 1
apresentam níveis de gradação, baseados no grau de dificuldade exigido pela atividade e na complexidade
do texto utilizado. O trabalho com a gradação o auxiliará na condução da (re)ordenação de sua prática em
sala de aula, permitindo que você avalie quais as habilidades ainda não estão bem desenvolvidas ou em qual
nível de leitura seus alunos se encontram.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), para o trabalho com as atividades desta unidade, sugerimos que você explore mais
efetivamente os elementos constitutivos do gênero Poema, gênero textual com características e estrutura
próprias. Geralmente, os poemas compõem-se de versos, métrica, estrofes, rimas e ritmo, no entanto,
nem sempre seguem essa composição. Há poemas em prosa, bem como poemas que aliam elementos
visuais à linguagem verbal, contrariando, assim, a ideia de que deve prender-se a regras como métrica ou
rimas. Reforce para os/as estudantes que a linguagem literária é especial, fugindo do usual, sendo rica em
metáforas. O texto poético se caracteriza por privilegiar o prazer estético da leitura. O poema é um gênero
textual que pode ser escrito conforme rígidas normas — os poemas de forma fixa — ou em versos livres,
nos quais mais valem as imagens sugeridas do que a métrica.
Nas atividades 1 e 3, é cobrado o efeito de sentido pretendido pelo autor ao utilizar determinada palavra
ou expressão. Assim, na atividade 1, em relação ao sentido dado pelo autor ao verbo “petrifica-se” no
verso “O coração petrifica-se”, o / a estudante precisa perceber que o autor quis demonstrar a atitude das
pessoas que acabam ficando insensíveis diante da dor e da miséria da triste realidade de muitos meninos
em situação de rua. Essa atividade foi considerada de grau Operacional em razão da particularidade do
gênero em estudo. Já na atividade 3, cobra-se a identificação do sentido pretendido pelo autor ao usar a
expressão “parece imaginação”, demonstrando que o eu lírico sugere que as pessoas muito necessitadas
são invisíveis aos olhos da sociedade.
A atividade 2 solicita ao aluno o reconhecimento, nos trechos selecionados, daqueles que apresentam
um fato ou uma opinião em relação ao tema explorado no poema.
A atividade 4 explora o efeito de sentido decorrente da forma de composição de uma determinada
Língua Portuguesa

palavra (“lembrançacalor”). O poema escolhido para esta atividade trata do sentimento da amizade e, para
demonstrar que a “presença” dos amigos fica marcada nas mãos do poeta por duas sensações (uma física e
uma psicológica), ele usa o recurso de compor um novo substantivo.
Na atividade 5, o / a estudante precisa verificar os vários sentidos que a palavra “mão”, que aparece no
poema, pode apresentar em contextos diversos.
A atividade 6 solicita ao / à estudante que identifique algumas informações implícitas a partir da leitura
do poema “Sonhos”, de Elias José. Trata-se de um poema que se aproxima da experiência de vida dos
alunos da faixa etária dessa série específica, já que aborda a realidade vivida por um pré-adolescente e
seus conflitos familiares.
As atividades 7 e 8 exploram o descritor 1 (Localizar uma informação explícita em um texto), em dois
níveis de dificuldade (Operacional e Global, respectivamente).
Particularmente, a atividade 10 traz uma proposta de produção textual a partir da leitura do poema
58
“Identidade”, de Pedro Bandeira. Explique aos/às estudantes que a palavra que dá título ao poema, dentre
outras acepções, pode significar um documento que registra informações sobre uma pessoa. Observe
que trouxemos a imagem de uma carteira de identidade, em que aparecem espaços específicos para
preenchimento com dados de seu portador. A proposta é que cada estudante confeccione a sua carteira
de identidade.
Procuramos seguir uma linha temática coerente na escolha dos textos que compõem esta unidade, e
esperamos que as atividades propostas possam complementar as atividades previamente selecionadas ou
elaboradas por você na construção de seu planejamento.

LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 1

CONTEÚDO(S)
î Gênero textual: Poema.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Prática de leitura.
î Prática de análise da língua.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î Refletir sobre o valor dos recursos de estilo empregados nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre a estrutura e os recursos expressivos do texto poético (verso, estrofe, rima, ritmo,
musicalidade, figuras de linguagem).
î Dialogar sobre os elementos constitutivos do poema.
î Ler poemas, notícias e diários, utilizando as estratégias de leitura como mecanismos de interpretação
dos textos:
─ Formulação de hipóteses (antecipação e inferência);
─ Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
î Reconhecer a estrutura de um texto e sua finalidade.
î Refletir sobre o emprego das flexões verbais no gênero em estudo.

DESCRITOR(ES)
î D18(O) – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
î D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
î D18(G) – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
î D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos.
î D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
î D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
î D1(O) – Localizar informações explícitas em um texto.
î D1(G) – Localizar informações explícitas em um texto.
Língua Portuguesa

î D6 – Identificar o tema de um texto.

59
UNIDADE 1
ATIVIDADES
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 1 e 2.
Menino da sinaleira
Luís Coronel

Há um menino
Na sinaleira.

A idade se conta
Nos dedos das mãos.

(e sobram dedos
para apontar os culpados).

O menino
Tem um tribunal às costas
E um shopping pela frente.
Noite alta Em todas as sinaleiras E todos sabem
O pisca-pisca amarelo Há um menino. Que não há sinal verde
Libera o menino. Para este país
O coração petrifica-se Enquanto houver
Teríamos prantos O menino quer comprar
De lavar o para-brisa Pão, Um menino na sinaleira.
Fosse um só menino Leite
Na sinaleira. [...].
Disponível em: < http://almanaquenilomoraes.blogspot.com.br/2014/04/menino-da-sinaleira.html>. Acesso em: 29 jun. 2017.

1. O que o autor quis dizer ao usar o termo “petrifica-se” no trecho “O coração petrifica-se”?
O autor quis dizer que, como são muitos os meninos que ficam nos sinais pedindo dinheiro ou vendendo
alguma coisa, as pessoas acabam se tornando insensíveis diante da dor e da miséria dessa triste
realidade. Ou seja, o coração fica petrificado (como se fosse de pedra).

2. Classifique os enunciados a seguir como fato ou opinião:


Língua Portuguesa

a) Há um menino na sinaleira.
Fato.
b) O menino tem um tribunal às costas e um shopping pela frente.
Fato.

c) Teríamos prantos de lavar o para-brisa fosse um só menino na sinaleira.


Opinião.

e) O menino quer comprar pão, leite.


Fato
60
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 3 e 4.

Além da imaginação
Ulisses Tavares
Tem gente passando fome. E não é a fome que você imagina entre uma refeição e outra.
Tem gente sentindo frio. E não é o frio que você imagina entre o chuveiro e a toalha.
Tem gente muito doente. E não é a doença que você imagina entre a receita e a aspirina.
Tem gente sem esperança. E não é o desalento que você imagina entre o pesadelo e o despertar.
Tem gente pelos cantos. E não são os cantos que você imagina entre o passeio e a casa.
Tem gente sem dinheiro. E não é a falta que você imagina entre o presente e a mesada.
Tem gente pedindo ajuda. E não é aquela que você imagina entre a escola e a novela.
Tem gente que existe e parece imaginação.
Disponível em: <http://peregrinacultural.blogspot.com.br>. Acesso em: 29 jun. 2017.

3. No final desse poema, ao usar a expressão “parece imaginação”, o que o eu lírico sugere em relação às
pessoas muito necessitadas?
Ao usar a expressão “parece imaginação”, o eu lírico sugere que as pessoas muito necessitadas são
socialmente invisíveis aos olhos das outras pessoas.

4. No poema “Além da imaginação”, há a repetição do termo “Tem gente”. O que essa repetição sugere?
A repetição do termo “Tem gente” sugere que o autor, através desse recurso, quer chamar a atenção
para a invisibilidade de muita gente e enfatizar a desigualdade social entre as pessoas.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 5.

Meus amigos
Paulo Leminski
Meus amigos meus amigos
quando me dão a mão quando me dão
sempre deixam deixam na minha
outra coisa a sua mão.
In Caprichos e relaxos, 1983.
presença
olhar
lembrança
calor

5. Observe a última estrofe do poema:


“Meus amigos
quando me dão a mão
Língua Portuguesa

sempre deixam
outra coisa”
a) O poeta omite intencionalmente uma palavra já citada. Qual é essa palavra?
No segundo verso da última estrofe, o poeta omite intencionalmente a palavra “mão”.
b) A palavra “mão” tem muitos significados em português. Atribua a ela o significado adequado em cada frase:
* Tinha ótima mão para cerâmica. Habilidade, destreza.
* O poder passou às mãos da oposição. Controle.
* Cuidado! Esta rua não dá mão à esquerda! Sentido em que um veículo deve transitar.
* Acho que esta sua redação tem a mão de seu pai. Influência, intervenção.
61
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 6, 7 e 8.
Sonhos
Elias José
Se eu ganhasse na loteria
compraria dez linhas
de telefone
e me desligaria do mundo...

Acho um inferno a implicância


desta casa.
Bastou eu pegar no telefone,
para todo mundo precisar dele,
pro pai reclamar dos impulsos,
Quando vem a conta
pra mãe falar que é vocação
no fim do mês,
de telefonista, que é deslumbramento.
tenho de botar algodão nos ouvidos
pra sobreviver ao falatório.
Se fico meia horinha
batendo papo com uma amiga
Se eu ganhasse na loteria,
ou com uma paquera especial,
compraria dez linhas,
vira guerra, tremor de terra,
falaria vinte horas por dia
vira eclipse e terremoto!
e ai de quem implicasse!
Interurbano então é fruto proibido
e ai de mim se ousar!... Cantigas de adolescer. 7. ed. São Paulo: Atual, 1992. p.10.

6. O eu lírico do poema vive uma situação que é muito comum em algumas famílias.
a) Que situação é essa? Os pais implicarem pelo fato de os filhos usarem muito o telefone em casa.
b) Qual é, provavelmente, a idade do eu lírico? Sugestão de resposta: Provavelmente, mais de 11 anos.
c) Pelos dois últimos versos, você acha que o eu lírico exagera quando fala ao telefone? Resposta pessoal.
d) Você também vive um problema semelhante em sua casa? Resposta pessoal.

7. O poema é construído em torno de duas situações: uma que o eu lírico imagina, e outra real, vivida no
dia a dia.
a) Qual é a situação que o eu lírico imagina viver?
A situação de ganhar na loteria para ter muitas linhas telefônicas e falar o quanto quiser.

b) Que termo da primeira estrofe introduz o eu lírico nesse mundo imaginário, hipotético?
O termo “se”.
Professor (a), comente com os alunos que essa palavra introduz uma ideia de condição, ou seja, o eu
lírico compraria dez linhas telefônicas desde que ganhasse na loteria.
Língua Portuguesa

8. Observe a primeira e última estrofes. O que a menina compraria se ganhasse na loteria?


Se a menina ganhasse na loteria, ela compraria 10 linhas de telefone.

62
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 9.
Ouriço
Sei não,
do jeito que me dão conselho
dá pra desconfiar à beça,
ou estou sempre errado
ou eles não entendem nada de conversa.
TAVARES, Ulisses. Caindo na real: poemas.
São Paulo: Moderna, 2004.

9. O título desse poema é “Ouriço”, nome de um animal cheio de espinhos que, para se proteger quando se
sente ameaçado por predadores, arrepia seus espinhos e se prepara para soltá-los na direção da ameaça.
a) Qual é o tema desse poema?
O tema desse poema é a desconfiança do eu lírico em relação aos conselhos que as outras pessoas dão a ele.
b) Transcreva os versos que expressam essa desconfiança.
“Sei não, / do jeito que me dão conselho / dá pra desconfiar à beça”.
c) Que expressão indica essa desconfiança?
A expressão é “à beça”.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 10.


Identidade
Às vezes nem eu mesmo caubói lutador, peito de aço,
sei quem sou. jogador campeão. goleador.
Às vezes sou Mas o que importa
“o meu queridinho”, Às vezes sou pulga, o que pensam de mim?
às vezes sou sou mosca também, Eu sou quem sou,
“moleque malcriado”. que voa e se esconde eu sou eu,
Para mim, de medo e de vergonha. sou assim,
têm vezes que eu sou rei, Às vezes eu sou Hércules, sou menino.
herói voador, Sansão vencedor,
BANDEIRA, Pedro. Cavalgando o arco-íris. 3. ed. São Paulo: Moderna, 2002.

10. A palavra “identidade” significa o conjunto das qualidades e das características particulares de uma
pessoa que torna possível o seu reconhecimento e dos caracteres particulares, que a identificam, como
nome, data de nascimento, sexo, filiação, impressão digital etc.
Agora, vamos trabalhar com a sua “identidade”! Para realizar a atividade a seguir, faça uma pesquisa sobre
seus dados pessoais, procure ter em mãos a cópia de sua certidão de nascimento ou pergunte a seus pais ou
alguém responsável por você:
• Nome do cartório, endereço;
Língua Portuguesa

• Nome completo;
• Dia/mês/ano e hora em que nasceu;
• Local onde nasceu;
• Nome dos pais;
• Nomes dos avôs maternos e paternos.

Professor (a), lembre-se que nem toda criança tem registrado o nome do pai na certidão de
nascimento, a fim de evitar qualquer forma de constrangimento para algum/a aluno/a.
Obs.: Em casa, os/as estudantes podem, também, perguntar aos pais, avós, tios ou alguém da família
sobre a origem de seu nome. 63
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTANDO A UNIDADE 2

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), as atividades elaboradas/selecionadas para esta unidade envolvem a leitura e discussão
de textos do gênero Poema. Diferentes estratégias de leitura, tais como: antecipação, levantamento de
hipóteses, seleção, dentre outras poderão auxiliá-lo na compreensão dos textos apresentados, e utilizadas
por você a fim de auxiliar os/as estudantes na execução das atividades propostas. É interessante, sempre que
possível, promover uma leitura coletiva no intuito de verificar as dificuldades de compreensão de palavras
e expressões que seus alunos possam apresentar, trabalhando o significado dessas palavras de forma
reflexiva, levando-os/as a inferirem seus possíveis significados. A verificação quanto à compreensão do que
propõe cada atividade pode sinalizar para as dificuldades em leitura apresentadas pelos/as estudantes e
que precisam de atenção na condução de seu trabalho em sala de aula.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM / DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


As atividades desta unidade estão relacionadas a cinco expectativas de aprendizagem do Currículo
Referência e Língua Portuguesa do Estado de Goiás. Além das expectativas de aprendizagem, as atividades
também estão relacionadas aos descritores 15(O), 15(G), 4, 1, 2, 13(G), 13(O), 17, 6 e 19. Você irá observar
um nível de gradação de dificuldade em algumas atividades propostas, que será alcançado pelo grau de
dificuldade do texto utilizado e pela atividade em si. Nesta unidade, optamos por explorar os descritores 15
e 13 em dois graus de dificuldade (Operacional e Global), possibilitando que você avalie quais as habilidades
em leitura ainda não estão bem desenvolvidas ou em qual nível de leitura os/as estudantes se encontram
para que intervenções didáticas e pedagógicas possam ser efetivadas.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), para o trabalho com as atividades desta unidade, sugerimos que você explore mais
efetivamente os elementos constitutivos do gênero Poema, caracterizado por apresentar estrutura própria,
compondo-se, geralmente, por versos, métrica, estrofes, rimas e ritmo. No entanto, essa composição nem
sempre é seguida pelos autores, sendo que há poemas em prosa, bem como aqueles que aliam elementos
visuais à linguagem verbal. Outra particularidade é o fato de a linguagem literária ser especial, fugindo do
usual, além de ser rica em metáforas.
Nas atividades 1 e 2, o/a estudante deve indicar a circunstância que as locuções adverbiais em destaque
exprimem, em dois níveis de gradação (Operacional e Global, respectivamente), além de saber qual advérbio
pode substituir a locução adverbial especificada na letra “b” da atividade 2.
A atividade 3 solicita ao/à estudante que localize informações implícitas na base textual do poema “Fogão
a lenha”, tarefa que exige uma leitura atenta do texto, já que exige o reconhecimento de informações que
subjazem ao que está exposto explicitamente na base textual.
A atividade 4 explora a habilidade de o/a estudante saber identificar as informações explicitamente
marcadas na base textual. Trata-se de uma habilidade elementar, assim, caso os/as estudante demonstrem
dificuldade em executá-la, será preciso um trabalho mais efetivo de sua parte na (re)ordenação de seu
planejamento.
Já na atividade 5, o trabalho se dá com a habilidade de estabelecer relações entre partes de um
texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto por
meio da exploração da palavra a que se refere o termo “ele” em um verso do poema “Tempestade”, de
Henriqueta Lisboa.
Língua Portuguesa

As atividades 6 e 7 exploram a habilidade de o/a estudante saber identificar as marcas linguísticas


que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto em dois níveis de gradação (Global e Operacional,
respectivamente). A definição do grau de dificuldade pauta-se no fato de o/a estudante precisar acionar
outros conhecimentos que não apenas os linguísticos para responder ao que foi proposto nas atividades.
Na atividade 8, solicita-se ao/à estudante reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação
e de outras notações.
As atividades 9 e 10 trazem como suporte o poema “Bem no fundo”, de Paulo Leminski. Na atividade 9,
solicita-se a identificação do tema e, na atividade 10, o reconhecimento do efeito de sentido decorrente da
repetição da expressão “no fundo” e o emprego do vocábulo “bem” nos versos da primeira estrofe.
O objetivo dos textos que compõem esta unidade é levar os/as estudantes a refletirem acerca das
particularidades do gênero Poema. Esperamos que as atividades propostas possam complementar as
atividades previamente selecionadas ou elaboradas por você na construção de seu planejamento.
64
LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 2

CONTEÚDO(S)
î Gênero textual: Poema.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Prática de leitura.
î Prática de análise da língua.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î Ler poemas, notícias e diários, utilizando as estratégias de leitura como mecanismos de interpretação
dos textos:
─ Formulação de hipóteses (antecipação e inferência);
─ Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
î Ler de forma associativa e comparativa os gêneros em estudo, observando forma, conteúdo, estilo
e função social.
î Refletir sobre o emprego dos elementos articuladores (preposições, conjunções, pronomes e
advérbios) nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre o uso da pontuação nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre a variação linguística nos gêneros em estudo.

DESCRITOR(ES)
î D15(O) – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções,
advérbios etc.
î D15(G) – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções,
advérbios etc.
î D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.
î D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
î D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto.
î D13(G) – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
î D13(O) – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
î D17 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso de pontuação e de outras notações.
î D6 – Identificar o tema de um texto.
î D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos.
Língua Portuguesa

65
UNIDADE 2
ATIVIDADE
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 1, 2, 3 e 4.
Fogão a lenha
Lalau e Laurabeatriz

Toda casinha de roça


Feita de taipa
E palhoça no telhado
Tem um cantinho sagrado.

Lugar onde tacho de cobre,


Panela de ferro e frigideira
Trabalham sem descanso.
Às vezes, quase o mesmo tanto
De uma vida inteira.

Lugar de galinhada, feijão-tropeiro,


Torresminho, arroz com suã.
Bolinho de chuva, tapioca, canjica,

E, no teto, um bocadinho de picumã.


Caminho da roça. São Paulo: Scipione, 2012. p. 15.

Vocabulário:
Picumã: pó negro resultante da queima de um combustível; fuligem.
Suã: carne da parte inferior do lombo do porco; assuã.
Taipa: parede feita de barro e pedaços de madeira, varas ou bambus; pau a pique.

1. Advérbios são palavras invariáveis que exprimem circunstância (de lugar, de tempo, de modo etc.) e
possuem a capacidade de modificar o verbo, o adjetivo, ou outros advérbios. Nos enunciados a seguir,
indique a circunstância que as locuções adverbiais em destaque exprimem.
a) “E palhoça no telhado Circunstância: lugar.
b) “Trabalham sem descanso. Circunstância: modo.
c) “Às vezes, quase o mesmo tanto” Circunstância: tempo.
Língua Portuguesa

2. Reescreva o verso “Trabalham sem descanso.”, substituindo a locução adverbial “sem descanso” por
um advérbio de sentido equivalente.
Trabalham incansavelmente.

3. Segundo o poema, toda casa de roça tem um cantinho sagrado.


a) Qual é o cantinho sagrado a que o poema se refere? O cantinho sagrado a que o eu lírico se refere é a cozinha.
b) Por que esse cantinho é sagrado? Provavelmente, porque ali se prepara a comida da família.
c) Na sua casa, existe algum cantinho sagrado como o descrito no poema? Por que é considerado assim?
Resposta pessoal.
66
4. No poema, quem trabalha sem descanso no fogão a lenha são o tacho de cobre, a panela de ferro e a
frigideira. De acordo com o poema, quais são os alimentos preparados?
Os alimentos são: galinhada, feijão-tropeiro, torresminho, arroz com suã, bolinho de chuva, tapioca e canjica.
Professor (a), é comum ouvirmos que os poemas podem ser lidos e interpretados de várias maneiras. Na
verdade, um poema pode apontar para uma ou mais leituras possíveis, o que não significa que cada um
possa entender o que quiser em sua leitura. Quando se lê um poema, é preciso observar o texto e suas
entrelinhas para apreender os sentidos que ele possibilita que o leitor construa. A interpretação de um
poema só é válida se for comprovada pelos caminhos de leitura que o próprio texto indica.

Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 5 e 6.


Tempestade
Henriqueta Lisboa

— Menino, vem para dentro, Eu tenho força nas pernas


olha a chuva lá na serra, para lutar contra o vento!
olha como vem o vento!
E enquanto o vento soprava
— Ah! Como a chuva é bonita e enquanto a chuva caía,
e como o vento é valente! que nem um pinto molhado,
teimoso como ele só:
— Não sejas doido, menino,
esse vento te carrega,
— Gosto de chuva com vento,
essa chuva te derrete!
gosto de vento com chuva!
— Eu não sou feito de açúcar
para derreter na chuva.
Disponível em: <http://peregrinacultural.wordpress.com/2012/03/19/poesia-infantil-tempestade-de-henriqueta-lisboa/>. Acesso em: 08 ago. 2017.
Imagem disponível em: <http://ovisversek.blogspot.ro>. Acesso em: 31 ago. 2017.

5. No verso “teimoso como ele só”, a quê ou a quem o termo “ele” faz referência?
Nesse verso, o termo “ele” faz referência ao menino.

6. Nesse poema, existe o diálogo do menino com um interlocutor. Relendo as 1ª e 3ª estrofes, quem é
provavelmente, esse interlocutor?
Provavelmente, esse interlocutor é a mãe do menino ou alguém com certa autoridade sobre ele, uma
vez que, nessas estrofes, os verbos indicam uma ordem ou um comando.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 7.


Convite
José Paulo Paes
Poesia é brincar com palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
Só que
bola, papagaio, pião
Língua Portuguesa

de tanto brincar
se gastam.
As palavras não:
quanto mais se brinca
com elas
mais novas ficam.
Como a água do rio
que é água sempre nova.
Como cada dia
que é sempre um novo dia.
Vamos brincar de poesia? Disponível em: <http://www.revista.agulha.nom.br/jpaulo.html>. Acesso em: 08 ago. 2017.
67
7. Ao elaborar um texto, o autor deve levar em conta alguns aspectos da situação comunicativa, pois isso é o
que vai ajudá-lo a fazer as escolhas de linguagem. São eles: a intenção pretendida com o texto; o público a que
o texto se destina (o interlocutor); a situação em que o texto será lido, ouvido ou apresentado; o contexto que
determinou ou motivou a criação do texto. A quem é feito, provavelmente, o convite nesse poema?
Provavelmente o convite para brincar de poesia é dirigido ao leitor do poema.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 8.


M. de memória
Os livros sabem de cor Os livros sabem de tudo.
milhares de poemas. Já sabem deste dilema.
Que memória! Só não sabem que, no fundo,
Lembrar, assim, vale a pena. ler não passa de uma lenda.
Vale a pena o desperdício,
Ulisses voltou de Tróia,
assim como Dante disse,
o céu não vale uma história.
[...]
Disponível em: <http://www.revistabula.com/385-15-melhores-poemas-de-paulo-leminski/>. Acesso em: 08 ago. 2017.

8. O ponto de exclamação é empregado no final de frases exclamativas que expressam emoção, surpresa,
admiração, indignação, raiva, espanto, susto, exaltação, entusiasmo, dentre outros.
a) Qual o efeito provocado pelo uso do ponto de exclamação no verso “Que memória”?
Nesse verso, o ponto de exclamação demonstra que o eu lírico está admirado pelo fato de os livros
conseguirem saber de cor milhares de poemas.
b) Em algumas situações, o ponto de exclamação pode aparecer duplicado ou triplicado, quando enfatiza
e intensifica o sentimento que está sendo expresso. Caso o autor tivesse usado, por exemplo, o recurso
de repetição do ponto de exclamação nesse mesmo verso (Que memória!!!), o efeito continuaria o
mesmo? Justifique sua resposta.
Caso o autor tivesse usado a repetição do ponto de exclamação nesse verso o efeito seria de intensificar
sua admiração pelo fato de os livros conseguirem saber de cor milhares de poemas.

Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 9 e 10.


Bem no fundo
Paulo Leminski
No fundo, no fundo, [...]
bem lá no fundo, Mas problemas não se resolvem,
a gente gostaria problemas têm família grande,
de ver nossos problemas e aos domingos
resolvidos por decreto. saem todos a passear
A partir desta data, o problema, sua senhora
aquela mágoa sem remédio e outros pequenos probleminhas.
Língua Portuguesa

é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo.
Disponível em: <http://mestresdaliteratura.wordpress.com/2015/04/1/bem-no-fundo-paulo-leminski/>. Acesso em: 08 ago. 2017.

9. Qual o tema desse poema?


O tema desse poema é o reconhecimento do eu lírico de que, se não os enfrentamos, os problemas não
se resolvem sozinhos, e podem se multiplicar, ficando mais difíceis de serem solucionados.

10. Qual o efeito produzido pela repetição de palavras e o emprego do vocábulo “bem” nos versos iniciais
do poema “no fundo, no fundo, / bem lá no fundo, (v. 1-2)?
A repetição de palavras ou expressões em dado contexto já configura mecanismo que enfatiza o termo
repetido. Além disso, o emprego do advérbio “bem”, na sequência, confere ainda maior intensidade ao
68 que está expresso.
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTANDO A UNIDADE 3

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), as atividades elaboradas/selecionadas para esta unidade envolvem a leitura e discussão de
textos do gênero Notícia. Fazem parte também dos conteúdos desta unidade os pronomes e os advérbios. O
texto-base desta unidade é uma notícia extraída do jornal Folha de S. Paulo e, para sua melhor compreensão,
sugerimos que você utilize diferentes estratégias de leitura, tais como: antecipação, levantamento de
hipóteses, checagem, dentre outras. Procure, sempre que possível, realizar uma leitura coletiva, a fim de
verificar as dificuldades de compreensão de palavras e expressões que os/as estudantes possam apresentar.
Procure trabalhar o significado dessas palavras de forma reflexiva, levando-os/as a inferirem seus possíveis
significados, verifique, também, se compreendem o que está proposto em cada atividade.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


As atividades desta unidade estão relacionadas a quatro expectativas de aprendizagem do Currículo
Referência de Língua Portuguesa do Estado de Goiás. Além das expectativas de aprendizagem, as atividades
também estão relacionadas aos descritores 6, 9, 2(B), 2(O), 2(G), 15, 12, 11, 3, 13. Optamos por explorar
o descritor 2 em três níveis de gradação (Básico, Operacional e Global) em relação à complexidade das
atividades propostas, pois entendemos esse recurso oportuno para que que seja possível avaliar se a
habilidade requerida por esse descritor já foi ou está em via de ser alcançada pelos/as estudantes.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), na atividade 1, é solicitado ao/à estudante que observe a unidade temática do texto-base
para, em seguida, identificar quais marcas textuais contribuíram para que fosse possível esse reconhecimento.
No caso específico, o próprio título do texto contribui para reconhecer o tema, pois já menciona a exposição
dos bebês a infecções e sujeira em acampamentos de refugiados. Além disso, ao longo do texto, a temática
é ampliada com informações relacionadas a ele.
A atividade 2 requer do/a estudante saber reconhecer que a principal informação do texto está localizada
no segundo parágrafo, estando estritamente ligada à temática central do texto.
Nas atividades 3, 4 e 5, é explorada a coesão textual a partir da substituição por pronomes pessoais e
relativos, em três níveis distintos de dificuldade (Básico, Operacional e Global, respectivamente). A atividade
3, que corresponde ao nível Básico de dificuldade, trata da substituição da palavra “bebês” pelo pronome
pessoal do caso reto “eles”, no trecho “(...), e eles são vulneráveis a infecções respiratórias. A atividade
4 explora o uso do pronome relativo “que” no trecho “Os médicos do MSF atendem, por dia, cerca de
60 crianças que sofrem com os resultados da umidade e da fumaça, disse ele. ”, correspondendo ao nível
Operacional da gradação, pois se trata de uma forma de substituição mais complexa de ser executada pelo/a
estudante nesse nível de escolaridade. Na atividade 5, de nível Global, o/a estudante precisa identificar e
transcrever do texto dois trechos com substituição feita por pronome pessoal do caso reto e por pronome
relativo, assim como identificar quais palavras estão substituindo.
Na atividade 6, são exploradas expressões adverbiais em três trechos destacados do texto. Trata-se de
uma habilidade importante a ser construída, e a dificuldade que os/as estudantes possam apresentar em
sua execução possibilitará a (re)ordenação de seu trabalho em sala de aula.
Para a atividade 7, cujo objetivo é a exploração da finalidade do gênero em estudo, é preciso reconhecer
que o texto lido é um exemplar do gênero Notícia. Com esta atividade, é possível reforçar quais são as
características desse gênero textual, além de levar os/as estudantes observarem que, no caso específico do
texto-base, a notícia foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, de ampla circulação, e tem por finalidade
Língua Portuguesa

informar sobre a situação dos bebês em acampamentos de refugiados.


A atividade 8 explora a relação de causa e consequência em dois trechos destacados do texto-base. Na
identificação das partes dos fragmentos que trazem a causa e a consequência de determinado fato, o/a
estudante precisa reconhecer a função dos elementos conectores que dão suporte para o estabelecimento da
coesão textual.
Na atividade 9, é cobrado o significado que determinada palavra pode adquirir em diferentes contextos.
Esta atividade foi cobrada em dois tópicos: primeiramente, solicita-se ao/à estudante que releia um trecho
do texto e procure no dicionário, no mínimo, quatro significados para determinada palavra, para, depois,
identificar seu significado no contexto em que se encontra.
Por fim, na atividade 10, solicita-se ao/à estudante que reconheça a linguagem predominante usada
no texto-base. É importante reforçar que, em notícias, geralmente, a linguagem empregada é formal,
69
entretanto, eventualmente, podem ser encontrados traços de informalidade, principalmente quando há
reprodução da fala de alguém.
Esperamos que as atividades da presente unidade possam auxiliá-lo em seu trabalho, complementando
seu planejamento e possibilitando o (re)direcionamento de sua prática no intuito de promover a efetivação
das habilidades cognitivas de seus alunos.

LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 3

CONTEÚDO(S)
î Gênero textual: Notícia.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Prática de leitura.
î Prática de análise da língua.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î Ler notícias, utilizando diferentes estratégias de leitura como mecanismos de interpretação de textos:
─ Formulação de hipóteses (antecipação e inferência);
─ Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
î Refletir sobre o uso de substantivos, adjetivos e advérbios em diferentes situações e posições nos
gêneros em estudo.
î Refletir sobre o emprego dos elementos articuladores (preposições, conjunções, pronomes e
advérbios) nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre a variação linguística nos gêneros em estudo.

DESCRITOR(ES)
î D6 ─ Identificar o tema de um texto.
î D9 ─ Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
î D2(B) ─ Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
î D2(O) ─ Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
î D2(G) ─ Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
î D15 ─ Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
î D12 ─ Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
î D11 ─ Estabelecer a relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.
î D3 ─ Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
î D13 ─ Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
Língua Portuguesa

70
UNIDADE 3
ATIVIDADE
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades de 1 a 10.

Em acampamento de refugiados, bebês ficam expostos a infecções e sujeira


Michele Kambas | Da Reuters

Asima tem seis dias de idade e está deitada a


poucos metros de uma fila de banheiros públicos
usados por multidões de refugiados e imigrantes
presos em um lamacento posto de fronteira no
norte da Grécia.
Ela é uma das mais jovens entre milhares de
crianças confinadas no que os trabalhadores
humanitários definem como uma placa de Petri
de sujeira e infecções purulentas, enquanto
líderes europeus tentam resolver o que fazer
com as massas crescentes em fuga de regiões de
conflito e a caminho da Europa.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) Bebê próximo a linha de trem no campo de Idomeni, na fronteira entre Grécia e Macedônia

diz que há pelo menos 40 mulheres grávidas


no acampamento de Idomeni, na fronteira da Uma enfermeira da instituição de caridade Arsis
Macedônia com a Grécia, e que 40% da população troca a fralda de Asima e conta que conhece ao
do campo é de crianças. “Há muitos bebês no menos outras cinco crianças retidas em condições
acampamento, e eles são vulneráveis a infecções precárias. “Há alguns minutos, chegou bebê de
respiratórias”, disse Christian Reynders, vice três meses que só pesava três quilos”, disse a
coordenador do MSF. “Os refugiados acendem enfermeira, menos de metade do peso normal para
fogueiras à noite para manter suas famílias uma criança dessa idade.
aquecidas. Eles queimam tudo: madeira, sacos “Poucos dias depois que o bebê nasce, os pais
plásticos, roupas velhas. A fumaça é tóxica e temos o traz de volta para o acampamento. Eles estão
medo de que infecções, especialmente nos recém- com medo de perder seu lugar para atravessar a
nascidos, possam criar problemas permanentes no fronteira. Muitas são subnutridas. ”
sistema respiratório deles”, acrescentou. Sarala, em seus 20 e poucos anos, está vivendo
Os médicos do MSF atendem, por dia, cerca lá há 19 dias, em uma pequena tenda coberta de
de 60 crianças que sofrem com os resultados lama. Ela fugiu de Idlib, na Síria, com sua filha, então
da umidade e da fumaça, disse ele. Pela última com 15 dias de idade. Ela entrou na Grécia há um
contagem, realizada na quarta-feira (9) havia mês e quer ir para a Alemanha.
Língua Portuguesa

cerca de 36 mil refugiados e imigrantes retidos na O bebê está vestindo um macaquinho rosa,
Grécia. Seus planos de viajar para o norte foram também sujo de lama. “Eu vou ficar no acampamento
bloqueados por paralisações da fronteira em toda até a Macedônia abrir fronteiras”, disse à agência de
a região dos Bálcãs. notícia Reuters. Ela não consideraria sair em busca
A mãe de Asima, síria, deu à luz na cidade de Kilkis, de melhores condições em outros lugares. “Eu fui
a cerca de 40 km de distância do acampamento uma das primeiras a chegar a Idomeni. Não quero
que surgiu em campos lamacentos. Mas retornou perder a oportunidade de cruzar [a fronteira]”.
rapidamente, esperando junto a outras 13 mil
pessoas que querem atravessar a fronteira que Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/03/1748173-em-
acampamento-de-refugiados-bebes-ficam-expostos-a-infeccoes-e-sujeira.
agora está permanentemente fechada. shtml>. Acesso em: 31 jul. 2017.

71
1. Leia o texto, observe sua unidade temática e, a seguir, responda as atividades propostas.
a) Qual é o tema do texto?
O tema do texto é a exposição de bebês de refugiados e imigrantes a infecções e sujeira.
b) Quais marcas textuais contribuíram para você reconhecer o tema do texto?
O próprio título contribui para reconhecer o tema do texto, pois já menciona a exposição dos bebês
a infecções e sujeira em acampamentos de refugiados. Além disso, ao longo do texto, a temática é
ampliada com informações relacionadas a ele.

2. Qual é a principal informação desse texto?


A principal informação do texto encontra-se no segundo parágrafo: “Ela é uma das mais jovens entre
milhares de crianças confinadas no que os trabalhadores humanitários definem como uma placa de
Petri de sujeira e infecções purulentas, enquanto líderes europeus tentam resolver o que fazer com as
massas crescentes em fuga de regiões de conflito e a caminho da Europa”.
Professor (a), comente com os/as estudantes que a principal informação está estritamente ligada à
temática central do texto.

3. No trecho “(...), e eles são vulneráveis a infecções respiratórias. ” (3º parágrafo), o pronome “eles”
substitui qual palavra escrita anteriormente?
O pronome “eles” substitui a palavra “bebês”.
Professor (a), essa atividade corresponde ao nível Básico de dificuldade, pois se trata de substituir
uma palavra pelo pronome pessoal do caso reto à pessoa do discurso a ela correspondente.

4. Observe o seguinte trecho:


“Os médicos do MSF atendem, por dia, cerca de 60 crianças que sofrem com os resultados da umidade
e da fumaça, disse ele. ”.
O pronome relativo “que” substitui qual palavra escrita anteriormente?
O pronome relativo “que” substitui a palavra “crianças”.
Essa atividade corresponde ao nível Operacional da gradação, pois se trata da substituição realizada
por pronome relativo.

5. Identifique e transcreva do texto dois trechos com substituição feita por pronome pessoal do caso
reto e por pronome relativo. Posteriormente, escreva quais palavras estão sendo substituídas por esses
pronomes.
Sugestão de resposta
“Ela é uma das mais jovens entre milhares de crianças confinadas no que os trabalhadores humanitários
definem como uma placa de Petri de sujeira e infecções purulentas. ” e “(...) 13 mil pessoas que querem
atravessar a fronteira que agora está permanentemente fechada”.
No primeiro trecho, o pronome pessoal do caso reto “ela” está substituindo o nome próprio “Asima”. Já
no segundo, o pronome relativo “que” está substituindo a palavra “pessoas”, na primeiro ocorrência e
“fronteira”, na segunda.
Professor (a), esta atividade corresponde ao nível Global da gradação, pois o estudante precisa
identificar os pronomes e as palavras que foram substituídas por eles.

6. Reconheça e escreva se a ideia dada pelas expressões sublinhadas é de tempo, modo e/ou lugar.
Língua Portuguesa

a) “(...) imigrantes presos em um lamacento posto de fronteira no norte da Grécia.”


Lugar.
b) “Os refugiados acendem fogueiras à noite para manter suas famílias aquecidas.”
Tempo.
c) “(...) esperando junto a outras 13 mil pessoas que querem atravessar a fronteira que agora está
permanentemente fechada.”
Tempo.

72
7. Leia o texto e, a seguir, responda as atividades propostas.
a) O texto lido é um exemplar de qual gênero textual?
O texto lido é um exemplar do gênero textual Notícia.
Professor (a), nesse momento você pode explorar as características do gênero notícia. Observe que
esta é uma notícia traduzida e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo.
b) Qual é a finalidade desse texto?
A finalidade desse texto é informar. O texto traz informações sobre a situação dos bebês em
acampamentos de refugiados.

8. Leia os trechos e, a seguir, identifique e escreva as partes em que se reconhecem relações de causa e
consequência.
a) “Seus planos de viajar para o norte foram bloqueados por paralisações da fronteira em toda a região
dos Bálcãs.”
Causa: “por paralisações da fronteira em toda a região dos Bálcãs.”
Consequência: “Seus planos de viajar para o norte foram bloqueados (...).”

b) "Poucos dias depois que o bebê nasce, os pais o trazem de volta para o acampamento. Eles estão com
medo de perder seu lugar para atravessar a fronteira”.
Consequência: “Poucos dias depois que o bebê nasce, os pais o trazem de volta para o acampamento”.
Causa: “Eles estão com medo de perder seu lugar para atravessar a fronteira.”

9. Releia o trecho “Não quero perder a oportunidade de cruzar [a fronteira]”


a) Procure no dicionário, no mínimo, quatro significados para a palavra “cruzar”.
cruzar
1. Dispor em forma de cruz.
2. Atravessar, cortar.
3. Sulcar o mar em direções diversas.
4. Passar através de; penetrar.
5. Acasalar (animais de diferentes raças).
"cruzar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008 2013, https://www.priberam.pt/
dlpo/cruzar [consultado em: 05 jul 2017].

b) Qual o significado da palavra “cruzar” nesse texto?


Nesse texto, a palavra cruzar significa atravessar.
Professor (a), comente com os /as estudantes que as palavras adquirem sentidos diferentes conforme
o contexto em que são empregadas.

10. Qual é a linguagem predominante nesse texto?


A linguagem predominante nesse texto é a formal.
Professor (a), comente com os/as estudantes que, em notícias, geralmente, a linguagem empregada é
formal, entretanto, eventualmente, podem ser encontrados traços de informalidade, principalmente
quando há reprodução da fala de alguém.
Língua Portuguesa

73
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTANDO A UNIDADE 4

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), as atividades elaboradas/selecionadas para esta unidade envolvem a leitura e discussão de
textos do gênero Notícia. Para melhor compreensão do texto apresentado nesta unidade, uma notícia acerca
de como o público feminino vem ampliando sua participação no universo dos games no Brasil, sugerimos
que você continue com o trabalho de usar diferentes estratégias de leitura (antecipação, levantamento de
hipóteses, checagem, dentre outras) a fim de diversificar as possibilidades de levar os/as estudantes a se
apropriarem das particularidades desse gênero textual especificamente.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


As atividades desta unidade estão relacionadas a duas expectativas de aprendizagem do Currículo
Referência de Língua Portuguesa do Estado de Goiás. Além das expectativas de aprendizagem, as atividades
também estão relacionadas aos descritores 1, 11(B), 11(O), 11(G), 6, 9, 15, 2(O), 2(G) e 14. Particularmente, as
atividades relacionadas aos descritores 11 e 2 foram elaboradas em diferentes níveis de gradação pautados
na complexidade da tarefa solicitada aos/às estudantes. O trabalho com a gradação pode ser um norte
para a execução do trabalho em sala de aula, sinalizando para possíveis dificuldades que os/as estudantes
apresentem, assim como apontar para quais habilidades já foram ou estão em via de construção.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), na atividade 1, o estudante é solicitado a localizar informações explícitas no texto em três
perspectivas distintas: o que foi divulgado pela pesquisa Game Brasil 2017, quando e onde a pesquisa foi
realizada e quantas pessoas foram ouvidas, assim com qual é a pretensão da quarta edição da pesquisa.
As atividades 2, 3 e 4 enfatizam o estabelecimento de causa e consequência em três níveis de gradação
(Básico, Operacional e Global, respectivamente. A atividade 2 questiona por que os editores da pesquisa
afirmam que a presença das mulheres já se consolidou no mundo dos jogos, levando o/a estudante a
entender que, segundo os editores da revista, a presença das mulheres já se consolidou no mundo dos jogos
porque elas representam a maioria dos jogadores pelo segundo ano consecutivo. Trata-se de uma atividade
que corresponde ao nível Básico da gradação, pois há uma questão direta na qual a resposta se encontra na
base textual, mesmo que não haja uma referência explícita, a relação de causa e consequência existe. Para
a atividade 3 foram dados trechos dos quais o/a estudante precisa transcrever a causa ou a consequência,
correspondendo ao nível Operacional da gradação. Já a atividade 4 foi classificada como sendo de grau
Global por solicitar ao/à estudante condensar duas frases dadas em uma, utilizando uma conjunção ou
locução conjuntiva que estabeleça a relação de consequência e causa entre essas frases.
A temática do texto é explorada na atividade 5, e o/a estudante precisa concluir que o resultado de uma
pesquisa que mostra a ampliação da vantagem de mulheres que jogam games no Brasil em relação aos
homens é o tema do texto-base.
Na atividade 6, o/a estudante precisa reconhecer que a principal informação do texto-base está no trecho
“As mulheres ampliaram vantagem sobre os homens como o maior público de games no Brasil, segundo a
pesquisa Game Brasil 2017, divulgada nesta terça-feira (4) ”.
Já na atividade 7 é priorizado o sentido de soma estabelecido pela conjunção “e” em dois momentos no
trecho “(...) a empresa de pesquisa especializada em consumo Blend New Research e a Game Lab, divisão
da ESPM dedicada à experimentação e pesquisa de jogos. ”.
Nas atividades 8 e 9, é explorada a coesão textual a partir do uso do pronome relativo “que”. Na atividade
Língua Portuguesa

8, o/a estudante precisa refletir acerca da utilização do termo “que” no trecho “Esta é a quarta edição
do levantamento que busca traçar o perfil dos brasileiros (...). ”, correspondendo ao nível Operacional da
gradação, pois se trata da substituição realizada por pronome relativo. A atividade 9 solicita ao/à estudante
que releia o trecho da atividade 8 e execute dois comandos: reescrever o trecho, suprimindo o termo “que”
e, depois, observar se a frase manteve seu sentido. Classificamos esta atividade como de nível Global, pois
envolve a reescrita e análise do emprego do pronome relativo.
A atividade 10, que explora a distinção entre fato e opinião, o/a estudante precisa, primeiramente,
buscar no dicionário o significado das palavras “fato” e “opinião”, para, depois, concluir que, no texto, há
predominância de fatos, uma vez que o gênero Notícia caracteriza-se por seu caráter informativo, portanto,
fatos são predominantes.
O objetivo da presente unidade é promover a complementação das atividades previamente
selecionadas ou elaboradas por você na construção de seu planejamento, auxiliando-o/a na condução
74 de seu trabalho em sala de aula.
LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 4

CONTEÚDO(S)
î Gênero textual: Notícia.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Prática de leitura.
î Prática de análise da língua.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î Ler notícias, utilizando diferentes estratégias de leitura como mecanismos de interpretação de textos:
─ Formulação de hipóteses (antecipação e inferência);
─ Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
î Refletir sobre o emprego dos elementos articuladores (preposições, conjunções, pronomes e advérbios)
nos gêneros em estudo.

DESCRITOR(ES)
î D1 ─ Localizar informações explícitas em um texto.
î D11(B) ─ Estabelecer a relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.
î D11(O) ─ Estabelecer a relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.
î D11(G) ─ Estabelecer a relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.
î D6 ─ Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.
î D15 ─ Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções,
advérbios etc.
î D2(O) ─ Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
î D2 (G) ─ Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto.
î D14 ─ Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

Língua Portuguesa

75
UNIDADE 4
ATIVIDADE
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades de 1 a 10.

Mulheres ampliam vantagem como o maior público de games no Brasil, diz pesquisa
Ala feminina avança sobre homens e aumenta sua fatia em um ponto percentual entre
jogadores de games, aponta pesquisa Game Brasil 2017, realizada por Sioux,
Blend new Research e ESPM.
As mulheres ampliaram vantagem sobre os homens como o maior público de games no Brasil, segundo
a pesquisa Game Brasil 2017, divulgada nesta terça-feira (4). A fatia da ala feminina aumentou 1 ponto
percentual em relação ao ano passado e passou a representar 53,6% dos jogadores do país.
Esta é a quarta edição do levantamento que busca traçar o perfil dos brasileiros que jogam videogame. O
estudo é feito pela agência de tecnologia interativa Sioux, a empresa de pesquisa especializada em consumo
Blend New Research e a Game Lab, divisão da ESPM dedicada à experimentação e pesquisa de jogos.
A Game Brasil 2017 ouviu 2.947 pessoas de 26 estados e do Distrito Federal entre os dias 1 e 16 de
fevereiro de 2016.

Mulheres no controle
A forte presença das mulheres no mundo dos jogos foi captada desde a primeira edição da pesquisa.
Agora, os editores do documento, afirmam que a presença delas se consolidou já que representam a
maioria dos jogadores pelo segundo ano consecutivo. Apesar disso, os games não são a primeira opção
de entretenimento das mulheres. Cinema, sair com amigos e redes sociais vêm antes.
Quase seis em cada dez (59%) se dizem jogadoras casuais. A plataforma preferida é o smartphone para
53,3%, graças a sua mobilidade. O tempo médio gasto com games por elas é de uma a duas horas por
semana. Quando o assunto é console, o Xbox 360 é o mais citado por 37%.

Smartphone
Os smartphones continuam a ser a plataforma mais popular. É onde jogam 77,9% dos entrevistados. Os
aparelhos móveis são seguidos por computadores (66,4%) e consoles (49%). Os índices são sobrepostos
porque os jogadores brasileiros não são cativos de apenas um dispositivo –74% dos entrevistados optam
por mais de um deles.
Já quando o tópico é o aparelho preferido para jogar, o smartphone é apontado por 37,6% dos gamers,
enquanto consoles são citados por 28,8% e computadores, por 26,4%. Três em cada quatro entrevistados
afirmam ter o costume de baixar aplicativos de jogos.
Disponível em: <http://g1.globo.com/tecnologia/games/noticia/mulheres-ampliam-
vantagem-como-o-maior-publico-de-games-no-brasil-diz-pesquisa.ghtml>. Acesso em: 01 ago. 2017.
Língua Portuguesa

1. De acordo com o texto, responda:


a) O que foi divulgado pela pesquisa Game Brasil 2017?
O resultado da pesquisa mostra que aumentou em 1 ponto o percentual de mulheres que jogam games
no Brasil, ampliando a vantagem sobre os homens.
b) Quando e onde a pesquisa foi realizada? Quantas pessoas foram ouvidas?
A pesquisa foi realizada entre os dias 1 e 16 de fevereiro nos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Foram ouvidas 2.947 pessoas.
c) Qual é a pretensão da quarta edição da pesquisa?
A pretensão da pesquisa é traçar o perfil dos brasileiros que jogam videogame.
76
2. Por que os editores da pesquisa afirmam que a presença das mulheres já se consolidou no mundo
dos jogos?
Segundo os editores da revista, a presença das mulheres já se consolidou no mundo dos jogos porque
elas representam a maioria dos jogadores pelo segundo ano consecutivo.
Professor (a), essa atividade corresponde ao nível Básico da gradação, pois há uma questão direta na
qual a resposta se encontra na base textual. Embora não haja uma referência explícita, a relação de
causa e consequência existe. Na pergunta, percebemos a consequência (a presença das mulheres já se
consolidou no mundo dos jogos), e, na resposta, a causa/motivo (porque elas representam a maioria dos
jogadores pelo segundo ano consecutivo).

3. Releia o trecho:
“Apesar disso, os games não são a primeira opção de entretenimento das mulheres. Cinema, sair com
amigos e redes sociais vêm antes.”
a) Transcreva do trecho uma causa.
Cinema, sair com amigos e redes sociais vêm antes.
b) Transcreva do trecho uma consequência.
“(...) os games não são a primeira opção de entretenimento das mulheres.”
Professor (a), esta atividade corresponde ao nível Operacional da gradação, uma vez que o estudante
precisa saber o que é causa e consequência e identificá-las nos trechos dispostos.

4. Reescreva as duas frases da atividade 3, transformando-as em apenas uma. Utilize uma conjunção ou
locução conjuntiva para estabelecer a relação de consequência e causa.
Sugestão de resposta
Apesar disso, os games não são a primeira opção de entretenimento das mulheres, já que cinema, sair
com amigos e redes sociais vêm antes.
Apesar disso, os games não são a primeira opção de entretenimento das mulheres, uma vez que elas
preferem ir ao cinema, sair com amigos e redes sociais.
Professor (a), essa atividade corresponde ao nível Global da gradação, pois o estudante precisa
condensar as duas frases em uma e utilizar uma conjunção ou locução conjuntiva que estabeleça a
relação de consequência e causa.

5. Qual é o tema do texto?


O tema é o resultado de uma pesquisa que mostra a ampliação da vantagem de mulheres que jogam
games no Brasil em relação aos homens.

6. Transcreva a principal informação do texto.


“As mulheres ampliaram vantagem sobre os homens como o maior público de games no Brasil, segundo
a pesquisa Game Brasil 2017, divulgada nesta terça-feira (4) ”.

7. No trecho “(...) a empresa de pesquisa especializada em consumo Blend New Research e a Game Lab,
divisão da ESPM dedicada à experimentação e pesquisa de jogos. ”, qual a relação estabelecida pela
conjunção “e” nos dois momentos em que aparece?
A conjunção “e” estabelece uma relação de soma.
Língua Portuguesa

8. No trecho “Esta é a quarta edição do levantamento que busca traçar o perfil dos brasileiros (...). ”, o
termo “que” refere-se a qual palavra escrita anteriormente?
A palavra “que” refere-se à palavra “levantamento”.
Professor (a), essa atividade corresponde ao nível Operacional da gradação, pois se trata da
substituição realizada por pronome relativo.

77
9. Releia o trecho da atividade 8:
“Esta é a quarta edição do levantamento que busca traçar o perfil dos brasileiros (...)”.
a) Reescreva o trecho suprimindo o termo “que”.
Esta é a quarta edição do levantamento busca traçar o perfil dos brasileiros.
b) Observe que após retirar o termo “que” a frase ficou sem sentido. Agora, leia a frase com sentido
estabelecido, mas sem a palavra “que”:
Esta é a quarta edição do levantamento, o levantamento busca traçar o perfil dos brasileiros.
Como ficou a frase com sentido estabelecido, mas sem a utilização do pronome relativo “que”?
Houve a repetição da palavra “levantamento” que havia sido substituída pelo pronome relativo “que”.
Professor (a), comente com os/as estudantes que a utilização do termo “que” (pronome relativo)
contribuiu para o estabelecimento de coesão em textos, trechos, frases.
Professor (a), essa atividade corresponde ao nível Global da gradação, pois envolve a reescrita e
análise do emprego do pronome relativo.

10. Procure no dicionário o significado das seguintes palavras:


a) fato
fa∙to |ct|
(latim factum, -i, aquilo que se fez, façanha, proeza, ato)
substantivo masculino
1. Coisa realizada. = ATO, FEITO
2. Acontecimento.
3. Assunto (de que se trata).
"fato", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.pt/
dlpo/fato [consultado em: 08 ago. 2017].
b) opinião
o∙pi∙ni∙ão
(latim opinio, -onis)
substantivo feminino
1. Modo de ver pessoal. = IDEIA
2. Juízo que se forma de alguém ou de alguma coisa.
3. Adesão pessoal ao que se crê bom ou verdadeiro. = CONVICÇÃO, CRENÇA
4. Manifestação das ideias individuais a respeito de algo ou alguém (ex.: dar a sua opinião).
"opinião", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://www.priberam.
pt/dlpo/opini%C3%A3o [consultado em: 08 ago. 2017].
c) No texto, há predominância de fato ou opinião?
No texto há predominância de fato.
Professor (a), comente com os/as estudantes que a notícia é um texto informativo, portanto, fatos
são predominantes.
Língua Portuguesa

78
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTANDO A UNIDADE 5

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), as atividades elaboradas para esta unidade envolvem a leitura, a análise e a escrita de textos do
gênero Diário. Sugerimos que antes de iniciar a unidade seja feito um levantamento prévio dos conhecimentos já
adquiridos pelos alunos sobre o gênero. Converse com a turma sobre quantos segredos, experiências e desabafos
são guardados nas páginas de um diário. Diga-lhes que os diários pessoais constituem não apenas uma fonte de
conhecimento sobre a personalidade e os sentimentos de quem os escreveu, mas também sobre os costumes
e os acontecimentos mais marcantes da época em que seus autores viveram. Se possível, apresente aos alunos
os livros dos quais os trechos foram retirados. Além disso, é importante aproveitar o momento dessa leitura
coletiva para mostrar ao aluno que o diário do passado virou o blog, um diário do século XXI.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Professor (a), as atividades desta unidade estão relacionadas às expectativas de aprendizagem do Currículo
Referência de Língua Portuguesa do Estado de Goiás do 1º bimestre do referido ano. As expectativas que
compõem esta unidade enfatizam a Prática de Leitura e a Prática de Análise da Língua, além de estarem
relacionadas aos descritores 1, 3, 6, 12, 2, 13, 19, 15(O), 15(G) e 17. Você irá observar um nível de gradação
de dificuldade em algumas atividades propostas, que será alcançado pelo grau de dificuldade do texto
utilizado e pela atividade em si. Nesta unidade, optamos por explorar o descritor 15 em dois graus de
dificuldade (Operacional e Global), possibilitando que você avalie quais as habilidades em leitura ainda não
estão bem desenvolvidas ou em qual nível de leitura os/as estudantes se encontram para que intervenções
didáticas e pedagógicas possam ser efetivadas.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), a atividade 1 está relacionada ao descritor 1, cujo objetivo é verificar se o/a estudante sabe
localizar informações que podem ser facilmente encontradas na base textual, seja de maneira evidente, seja
por meio de paráfrase, isto é, ditas de outra forma. O texto-base, que dá suporte à atividade, é um trecho
do livro O Diário de Anne Frank, e, para chegar à resposta correta, o/a estudante deve ser capaz de retomar
o texto, se necessário, localizando outras informações além daquela que foi solicitada.
A atividade 2 está relacionada ao descritor 3, que objetiva verificar ser o aluno capaz de inferir o sentido
de quatro expressões dadas, reconhecendo o sentido com que foram empregadas com base no contexto
em que se encontram.
A atividade 3 está relacionada ao descritor 6, cujo foco é identificar o núcleo temático que confere unidade
semântica ao texto, no caso específico desta atividade, reconhecer do que trata o fragmento “Marisa” do
livro O diário de Marcos Vinícius. Para que o/a estudante consiga identificar o tema de um texto, é necessário
que relacione as diferentes informações para construir o sentido global do fragmento dado.
Na atividade 4, relacionada ao descritor 12, a proposta é identificar se o aluno consegue compreender
qual a função social do gênero textual Diário, ou seja, se sabe ser este um gênero em que se registram os
fatos do cotidiano, os sentimentos, as emoções de quem escreve.
A atividade 5 está relacionada ao descritor 2, cujo objetivo é avaliar a habilidade de o aluno estabelecer
relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a
continuidade de um texto. No caso desta atividade, solicita-se relacionar uma informação dada a outra
informação nova introduzida por meio do uso dos pronomes “ela” e “ele”. Verifica-se que os pronomes
utilizados retomam as palavras “Marisa” e “sonho”, citadas anteriormente.
Na atividade 6, relacionada ao descritor 13, podemos avaliar a habilidade de o aluno identificar as marcas
linguísticas que evidenciam o domínio social do falante, ou seja, o ambiente em que as palavras “tá”,
“pra”, “a gente”, “no duro mesmo” são mais comumente empregadas em vez das formas “está”, “para”,
Língua Portuguesa

“nós” e “de verdade”. É importante explicar aos/às estudantes que o gênero Diário (como é o caso do
fragmento transcrito) admite o uso de um registro mais coloquial do português escrito, recorrendo, em
certos momentos, a estruturas próprias da oralidade.
A atividade 7 está relacionada ao descritor 19. Esse descritor visa verificar a capacidade de o/a estudante
refletir sobre a forma do texto e, ainda, se percebe as marcas utilizadas pelo autor na construção de sentidos.
Nesta atividade, pretende-se avaliar se o aluno consegue identificar o efeito de sentido decorrente das
variações relativas aos padrões gramaticais da língua. No fragmento dado, exploramos o uso do recurso
gramatical do diminutivo (“bobinho”).
As atividades 8 e 9 estão relacionadas ao descritor 15, com gradação nos níveis Operacional e Global,
respectivamente). O objetivo da atividade 8 é refletir sobre o papel dos advérbios, das locuções adverbiais
e das palavras denotativas na construção da coesão textual, requerendo, portanto, mais de um processo
de assimilação cognitiva para resolver a atividade proposta. Comente com os/as estudantes que, em textos
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expositivos e narrativos, os advérbios desempenham uma importante função na construção de um sistema
de referências para o leitor, introduzindo informações de circunstância (tempo, modo, intensidade, negação)
associadas a acontecimentos mencionados no texto. A atividade 9 busca fazer com que o/a estudante tome
consciência da importância de uma escolha acertada das conjunções e locuções conjuntivas para garantir
o estabelecimento e a manutenção da coesão sequencial em um texto. Essa atividade foi classificada em
Global, pois o trabalho com as conjunções requer um conhecimento maior por parte do/a aluno/a, a fim de
identificar a conjunção e sua função em cada situação de uso.
A atividade 10 está relacionada ao descritor 17, cuja habilidade avaliada relaciona-se ao reconhecimento
dos efeitos provocados pelo emprego de recursos de pontuação ou de outras formas de notação. Com esta
atividade, é possível avaliar se o/a estudante consegue utilizar estratégias de leitura que o levem a identificar
o uso de caixa alta e o efeito gerado por esse recurso para o sentido do texto. Neste caso, o mecanismo de
notação “caixa alta” colabora para a construção do sentido global do texto, não se restringindo apenas a um
aspecto puramente gráfico de notação.
Nosso objetivo com o presente material é ajudá-lo/a em seu trabalho, assim, esperamos que as atividades
desta unidade possam complementar as atividades previamente selecionadas ou elaboradas por você no
desenvolvimento de sua prática.

LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 5

CONTEÚDO(S)
î Gênero textual: Diário.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Prática de leitura.
î Prática de análise da língua.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î Ler poemas, notícias e diários, utilizando as estratégias de leitura como mecanismos de interpretação
dos textos:
─ Formulação de hipóteses (antecipação e inferência).
─ Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
î Ler comparativa e associativamente o gênero em estudo, observando forma, conteúdo, estilo e
função social.
î Refletir sobre a variação linguística nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre o emprego dos elementos articuladores (preposições, conjunções, pronomes e advérbios)
nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre o uso da pontuação nos gêneros em estudo.

DESCRITOR(ES)
î D1 ─ Localizar informações explícitas em um texto.
î D3 ─ Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
Língua Portuguesa

î D6 ─ Identificar o tema de um texto.


î D12 ─ Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
î D2 ─ Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
î D13 ─ Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
î D19 ─ Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou
morfossintáticos.
î D15(O) ─ Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
î D15(G) ─ Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
î D17 ─ Identificar o efeito decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

80
UNIDADE 5
ATIVIDADE
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 1 e 2.
Manhã de domingo, 5 de julho de 1942.
Querida Kitty,
Os resultados dos nossos exames foram anunciados no Teatro Israelita, na sexta-feira passada. Eu não
poderia ter desejado coisa melhor. Meu boletim não foi nada mau. Tive um vix satis, um 5 em álgebra, dois
6, e o resto, tudo 7 ou 8. Em casa ficaram muito contentes, embora, em questão de notas, meus pais sejam
diferentes da maioria. Não se importam muito com as notas do meu boletim, desde que me vejam feliz,
satisfeita e não muito acomodada. Acham que o resto vem com o tempo. Eu penso exatamente o contrário.
Não quero ser má aluna. Realmente, eu deveria estar cursando o sétimo ano da Escola Montessori, mas fui
aceita na Escola Secundária Israelita. Quando todas as crianças judias tiveram de ir para escolas israelitas,
o diretor aceitou-nos, Lies e eu, condicionalmente, e após um pouco de persuasão. Confiou em nós e não
quero desapontá-lo. Margot, minha irmã, também recebeu o boletim, brilhante, como sempre. Passaria
com louvor, se isso existisse em nossa escola, tão inteligente ela é. Papai, ultimamente, está sempre em
casa, pois não tem o que fazer no escritório; deve ser horrível a pessoa se sentir sobrando. O Sr. Koophuis
tomou conta da Travies e o sr. Kraler da firma Kolen & Co. Há dias, quando caminhávamos pela pracinha,
papai falou pela primeira vez em nos escondermos. Perguntei-lhe por que falava nisso. — Bem, Anne —
respondeu ele —, você sabe que há mais de um ano estamos transportando víveres, roupas e mobília
para a casa dos outros; não queremos que os alemães nos apreendam os haveres e muito menos que nos
deitem as garras em cima. O melhor será desaparecermos por nossa própria conta, em vez de esperar que
nos venham buscar. — Mas, papai, quando será isso? Ele falara tão seriamente que me deixou angustiada.
— Não se preocupe, arranjaremos tudo. Aproveite bem sua vida despreocupada enquanto puder. Foi
tudo. Oh! Que a realização destas palavras tão sombrias esteja muito distante ainda!
Sua Anne.
Disponível em: <http://sanderlei.com.br/PDF/Anne-Frank/O-Diario-de-Anne-Frank.pdf/>. Acesso em: 04 ago. 2017.

1. O que deixou Anne Frank angustiada?


O que deixou Anna Frank angustiada foi a afirmação do pai de que seria melhor desaparecerem por conta própria.

2. Algumas das expressões verbais usadas no texto têm, na linguagem coloquial, sentido diferente do literal.
Escreva o sentido que têm, no texto, as expressões:
a) “(...) a pessoa se sentir sobrando. (...)” Ser esquecido, relegado.
b) “(...) que nos deitem as garras em cima. (...)” Prender, capturar, aprisionar.
c) “(...) desejado coisa melhor. (...)” Resultado melhor.
d) “(...) nada mau. (...)” Não teve resultado ruim.

Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9.


Língua Portuguesa

Marisa,
Ontem saí com Marisa e ainda estou curtindo nosso encontro. O tempo voou. Se eu pudesse,
aproveitava todos os minutos pra estar com ela, que a saudade já está batendo...
A gente se despediu uma porção de vezes, e nenhum dos dois tinha coragem de ir embora. No fim eu perguntei:
– Marisa, você gosta de mim, no duro mesmo?
– Claro que gosto, bobinho, você ainda não sabe que eu gosto?
– Então me promete que durante as férias vai sonhar sempre comigo, tá?
– Não sei, Marcos. Não posso prometer. Querer eu quero, mas o sonho vem sozinho, não é a gente
que chama ele...
Pra consolar, me deu o maior beijo... E eu fui ficando com vontade de chorar. Disfarcei e fui saindo
depressa pra não dar vexame...
Maria Alice do Nascimento e Silva Leuzinger. O diário de Marcos Vinícius. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.
SARGENTIM, Hermínio Geraldo. Oficina de escritores – Ensino Fundamental: volume 6. São Paulo: IBEP, 2012. p. 39.
81
3. Qual é o tema do texto?
O tema do texto é a despedida de Marisa e Marcos.
4. Os textos que circulam em sociedade são escritos com uma determinada finalidade/objetivo. Qual é a
finalidade do gênero “Diário”? E qual é a finalidade deste fragmento de “O diário de Marcos Vinícius?
O diário é um gênero em que são registrados fatos do cotidiano, os sentimentos, as emoções de quem
escreve. Assim, o gênero diário tem a finalidade de registrar o sentimento e a emoção de Marcos Vinícius
ao se despedir de Marisa que ia sair de férias.

5. Responda:
a) A quem ou a que se refere:
* o pronome “ela” empregado em “aproveitava todos os minutos pra estar com ela”? Refere-se a Marisa.
* o pronome “ele” empregado em “não é a gente que chama ele ...”? Refere-se a “sonho”.
b) Ao responder às questões acima, você pôde observar que os pronomes contribuem para construir a
coesão textual. Agora, responda: qual é a função desses pronomes?
A função desses pronomes é retomar ou fazer referência a termos já citados no enunciado anterior e
evitar a repetição de termos ou mesmo de frases inteiras.
6. Retire do texto passagens que revelam um locutor que faz uso de linguagem predominantemente informal.
“(...) pra estar com ela, (...)”; “A gente se (...)”; “Pra consolar (...)”, “(...) tá?”; “(...) no duro mesmo?”; “(...)
pra não dar vexame (...)”.
a) Quem são os interlocutores deste texto? Os interlocutores deste texto são Marisa e Marcos.

7. No trecho “– Claro que gosto, bobinho, você ainda não sabe que eu gosto? ”, foi utilizado um diminutivo
(“bobinho”) para enfatizar um determinado aspecto de Marcos Vinícius. Que aspecto é esse? Qual pode
ter sido a razão para Marisa ter escolhido essa palavra?
No texto, o diminutivo “bobinho” não é utilizado para indicar uma característica depreciativa e
pejorativa, mas para destacar uma atitude de Marcos no momento em que ele pergunta se ela gosta
dele. O uso do diminutivo, nesse caso, produz, como efeito, uma suavização do significado da palavra.
Marisa vale-se do diminutivo para demonstrar carinho, afeição.

8. Releiaatentamente o texto e classifique as palavras que aparecem destacadas (em negrito) em


advérbios, locuções adverbiais ou palavras denotativas. Feito isso, analise a função que cada um dos
termos selecionados desempenha no texto.
Ontem: referência temporal. Ainda: referência temporal (a ação teve início no passado e continua a
acontecer). Já: referência temporal. Uma porção de vezes: referência de intensidade. Não: negação de
uma ação. Sempre: referência temporal.Depressa: circunstância de modo.

9. Releia com atenção os trechos transcritos a seguir. Identifique as conjunções ou locuções conjuntivas e
explique qual relação de sentido elas estabelecem entre as diferentes partes do texto.
a) “(...). Querer eu quero, mas o sonho vem sozinho, não é a gente que chama ele...” A conjunção, “mas”
atua, nesse trecho, como uma indicação de que a direção argumentativa do texto será alterada.
b) “(...). Disfarcei e fui saindo depressa pra não dar vexame...” A conjunção “e”, aqui, indica a adição de
duas ações mencionadas como explicação para não dar vexame.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 10.


Eu,
Língua Portuguesa

A primeira coisa que não gosto em mim é do nome. Aliás, tem muitas coisas que eu não gosto em mim.
ELA diz que é crise existencial, que é pré-adolescência. Às vezes, tenta explicar o que é isto. Fica dando
voltas. Perde a paciência. Perco também. Brigamos. Fico com peso. ELA também deve ficar.
No encontro dos nossos olhos, leio desculpas. Sem que ELA perceba, puxo um assunto, dou um jeito
de tocar. Encostar. Será que ELA percebeu desculpas no meu calor?
Carolina. Odeio. Se pudesse escolher, seria Abril. Abril...
Mônica Versiani Machado. Manhas comuns. Belo Horizonte: RHJ, 1989. | SARGENTIM, Hermínio Geraldo. Oficina de escritores – Ensino Fund.: volume 6. SP: IBEP, 2012. p. 40.

10. Por meio da pontuação e de outros mecanismos de notação (como o itálico, o negrito, caixa alta,
tamanho da fonte etc.) efeitos de sentido podem ser criados no texto. Qual palavra do texto foi escrita
utilizando um mecanismo de notação e que efeito a autora quis criar ao utilizá-la?
A palavra “ela”. Ao utilizar a palavra “ela” grafada em caixa alta, a autora quis enfatizar a aversão que
82 Carolina sente pelo próprio nome, preferindo se referir a ela mesma como “ELA”.
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTANDO A UNIDADE 6

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), as atividades elaboradas para esta unidade envolvem a leitura, análise e a escrita de
textos do gênero Diário. Sugerimos que, antes de iniciar a unidade, seja feito um levantamento prévio dos
conhecimentos já adquiridos pelos/as estudantes sobre esse gênero. Converse com a turma sobre quantos
segredos, experiências e desabafos são guardados nas páginas de um diário. Diga-lhes que os diários pessoais
constituem não apenas uma fonte de conhecimento sobre a personalidade e os sentimentos de quem os
escreveu, mas também sobre os costumes e os acontecimentos mais marcantes da época em que seus
autores viveram. Como sugestões de abordagens didáticas, propomos que seja feita a leitura de trechos de
diários. Se possível, apresente aos/às estudantes os livros dos quais os trechos foram retirados. Além disso,
é importante aproveitar o momento dessa leitura coletiva para mostrar-lhes que o diário do passado virou
o blog na contemporaneidade, o diário do século XXI. Diga-lhes, também, que há vários tipos de diários. Se
for viável, apresente-lhes os diversos tipos de diários.
Vale ressaltar que o objetivo do presente material é complementar seu plano de aula, pautado no material
já elaborado ou selecionado por você a fim de atender aos conteúdos e às expectativas de aprendizagem
presentes no Currículo Referência de Língua Portuguesa da Rede Estadual de Educação.
QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?
Professor (a), as atividades desta unidade estão relacionadas às expectativas de aprendizagem do
Currículo Referência de Língua Portuguesa do Estado de Goiás do 1º bimestre do referido ano, e enfatizam
a Prática de Leitura e a Prática de Análise da Língua, além de estarem relacionadas aos descritores 1, 3, 2, 17,
15, 4, 11(B), 11(O), 11(G) e 13. Você irá observar diferentes níveis de gradação nas atividades propostas para
o descritor 11 (Básico, Operacional e Global), que será alcançado pelo grau de dificuldade do texto utilizado
e pela atividade em si. Isso possibilitará a você avaliar quais as habilidades em leitura ainda não estão bem
desenvolvidas ou em qual nível de leitura os/as estudantes se encontram para que intervenções didáticas e
pedagógicas possam ser efetivadas.
QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?
Professor (a), na atividade 1, relacionada ao descritor 1, o texto-base, que dá suporte à atividade é um
trecho do livro O Diário de um banana, e, para chegar à resposta correta, o/a estudante deve ser capaz de
retomar o texto, se necessário, localizando outras informações além daquela que foi solicitada.
A atividade 2 está relacionada ao descritor 3. Por meio desta atividade, avalia-se uma habilidade inferencial
específica, não se trata de verificar se o aluno conhece um vocabulário dicionarizado, mas sim se é capaz de
reconhecer o sentido com que as expressões foram empregadas no texto dado.
A atividade 3, relacionada ao descritor 2, solicita ao/à estudante relacionar uma informação dada a outra
informação nova introduzida por meio do uso dos pronomes “ela”, “ele”, “ele” “isso”, “este” e da expressão
“essa história”, os quais retomam as palavras “mamãe”, “papai”, “Rodrick”, “fato de a família não ter ido
a lugar nenhum”, “diário” e ao fato de “Rodrick ter apanhado o diário e isto ter se tornado ‘um desastre’”,
anteriormente citadas.
A atividade 4 está relacionada ao descritor 17, cujo objetivo é avaliar a habilidade de o aluno identificar
que as aspas foram utilizadas para indicar um efeito particular, conotativo nos trechos “perfeitamente
adequada” e “momento bacana”, e também para indicar sua função puramente gramatical como em
“diário”, “tiro de largada” e “Maiores Avanços”, colaborando para a construção do sentido global do texto.
A atividade 5, relacionada ao descritor 15, solicita aos/às estudantes refletirem sobre o papel das
preposições e das locuções prepositivas nas relações de sentido. Espera-se que, ao realizarem a atividade
proposta, possam perceber que, além de estabelecer conexão entre termos, as preposições traduzem
noções fundamentais para a compreensão dos enunciados e para a construção das relações de sentido
Língua Portuguesa

tanto no período como no texto como um todo.


A atividade 6 está relacionada ao descritor 4, cujo foco é a habilidade de o/a estudante ser capaz de
buscar informações que vão além do que está explícito. Ao realizar este movimento, há o estabelecimento
de relações entre o texto e o seu contexto pessoal. O enunciado da atividade propõe que se identifique
o que o personagem deixou implícito em cada frase dita. Assim, a resposta não será exata, mas será uma
possível inferência a partir do que está exposto no texto.
As atividades 7, 8 e 9 estão relacionadas ao descritor 11, que visa levar o/a estudante a estabelecer
a relação de causa e consequência entre partes e elementos do texto. Por ser um descritor que requer
conhecimentos gramaticais mais específicos, estipulamos três níveis de gradação (Básico, Operacional
e Global, respectivamente). O propósito das atividades ligadas a esse descritor é, portanto, solicitar a
identificação dos elementos que, no texto, estão na interdependência de causa e consequência, como na
atividade 7. A atividade 8, por sua vez requer o reconhecimento da conjunção que estabelece a relação de

83
causa/consequência, sendo, portanto, uma atividade de nível Operacional, visto que o/a estudante deve
conhecer as conjunções e sua relação entre partes e elementos do texto. A atividade 9, de nível Global,
requer a substituição da conjunção dada por outra de igual sentido.
Atividade 10, relacionada ao descritor 13, solicita-se que se identifiquem as marcas linguísticas que
evidenciam o domínio social, ou seja, o ambiente em que a palavra “Aí” e as expressões “estava cheio”,
“uns quinze anos de estrada” “ideia maluca” e “momento bacana” são empregadas. É importante explicar
aos/às estudantes que o gênero Diário admite o uso de um registro mais coloquial do português escrito,
recorrendo, em certos momentos, a estruturas próprias da oralidade. Por esse motivo, não devem estranhar
a presença, no texto, das palavras destacadas.
Desejamos que esse material possa ajudá-lo a aprimorar seu trabalho em sala de aula, e que as atividades
desta unidade sirvam como complementação das atividades previamente selecionadas ou elaboradas por
você na construção de seu planejamento.

LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 6

CONTEÚDO(S)
î Gênero textual: Diário.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Prática de leitura.
î Prática de análise da língua.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î Ler poemas, notícias e diários, utilizando as estratégias de leitura como mecanismos de interpretação
dos textos:
─ Formulação de hipóteses (antecipação e inferência).
─ Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
î Ler comparativa e associativamente o gênero em estudo, observando forma, conteúdo, estilo e
função social.
î Refletir sobre a variação linguística nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre o emprego dos elementos articuladores (preposições, conjunções, pronomes e advérbios)
nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre o uso da pontuação nos gêneros em estudo.

DESCRITOR(ES)
î D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
î D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
î D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições
que contribuem para a continuidade de um texto
î D17 – Identificar o efeito decorrente do uso da pontuação e de outras notações.
î D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
Língua Portuguesa

î D4 – Inferir uma informação implícita em um texto.


î D11(B) – Estabelecer relações causa/consequência entre partes e elementos do texto.
î D11(O) – Estabelecer relações causa/consequência entre partes e elementos do texto.
î D11(G) – Estabelecer relações causa/consequência entre partes e elementos do texto.
î D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

84
UNIDADE 6
ATIVIDADE
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades de 1 a 10.
Setembro
Segunda-feira
Acho que a mamãe ficou bem orgulhosa consigo mesma por me fazer escrever aquele diário no ano
passado, porque agora ela comprou outro para mim. Mas lembra que eu disse que se algum idiota me
pegasse com um livro escrito “diário” na capa, teria a ideia errada? Bem, foi exatamente o que aconteceu
hoje. Agora que Rodrick sabe que eu tenho outro diário, é melhor lembrar de deixar este trancado. O
Rodrick acabou apanhando meu ÚLTIMO diário umas semanas atrás e foi um desastre. Mas nem me
pergunte sobre ESSA história. (...)
Mesmo descontando meus problemas com o Rodrick, meu verão foi bem medíocre. Nossa família não
foi a lugar nenhum nem fez nada divertido e isso foi culpa do papai. Ele me fez entrar para a equipe de
natação de novo e quis se certificar de que eu não perdesse nenhum treino este ano. O papai acredita
que estou destinado a me tornar um grande nadador ou coisa do tipo, e é por isso que ele me faz entrar
para a equipe todo verão. (...)
No meu primeiro treino de natação, há uns dois anos, o papai me falou que, quando o juiz desse o tiro
de largada, era para mergulhar e sair nadando. Mas o que ele NÃO me falou foi que o tiro de largada era
com bala de FESTIM. Então eu estava bem mais preocupado com a direção que a bala seguiria do que em
chegar até o outro lado da piscina.
Mesmo depois de o papai ter me explicado todo o conceito do “tiro de largada”, continuei sendo o pior
nadador da equipe. Mas acabei ganhando o troféu de “Maiores Avanços” no banquete de premiação do
fim do verão. Isso foi só porque teve uma diferença de dez minutos entre os meus resultados da primeira
e da última prova. Então, acho que o papai ainda está esperando que eu atinja todo meu potencial. Sob
vários aspectos, estar na equipe de natação foi pior do que estar no ensino fundamental. Em primeiro
lugar, tínhamos de estar na piscina todo dia às 7:30 da manhã, e a água estava sempre CONGELANDO.
[...]
Esse foi o primeiro verão em que o técnico nos deixou usar bermudas em vez daquelas sungas minúsculas.
Mas a mamãe disse que a sunguinha do Rodrick era “perfeitamente adequada”. Depois da natação, o
Rodrick vinha me buscar com a van da banda dele. A mamãe teve essa ideia maluca de que se o Rodrick e eu
passássemos um “momento bacana” todo dia, indo para casa, não brigaríamos tanto. Mas o único resultado
disso foi tornar as coisas bem piores. O Rodrick sempre atrasava meia hora para me pegar. (...)
E ele não me deixava sentar na frente. Dizia que o cloro iria acabar com o estofamento do banco. E olha
que a van já tinha uns quinze anos de estrada. Na verdade, a van do Rodrick não tem bancos na parte de
trás, então eu tinha de me apertar com todo o equipamento da banda. E toda vez que a van freava, eu
Língua Portuguesa

tinha de rezar para não ter a cabeça decepada pela bateria do Rodrick.
Eu acabei indo para casa a pé todo dia em vez de pegar carona com o Rodrick. Concluí que era melhor
caminhar três quilômetros do que ficar com alguma lesão cerebral andando na traseira daquela van. Lá
pela metade do verão, decidi que estava cheio da equipe de natação. Então inventei um truque para sair
do treino. Eu nadava um pouco e então perguntava para o técnico se podia ir ao banheiro. Aí eu ficava
escondido no vestiário até o fim do treino. O único problema com o meu plano era que fazia uns cinco
graus no banheiro masculino. Então era ainda mais frio ALI do que na piscina.
Eu tinha que me enrolar em papel higiênico para não ficar com hipotermia. Foi assim que eu passei boa
parte das minhas férias de verão. E é por isso que estou, na verdade, ansioso para voltar às aulas amanhã.
[...]
Disponível em: <http://www.booksmile.pt/media/pdf/9789897073625.pdf>. Acesso em: 08 ago. 2017.
85
1. Releia atentamente o texto.
a) Por que Rodrick não deixava o narrador sentar no banco da frente na van?
Porque ele achava que o cloro estragaria o banco da van.
b) Segundo o narrador do texto, qual foi o resultado da ideia maluca da mãe?
O resultado da ideia maluca da mãe foi que as coisas só pioraram.

2. Em geral, a linguagem empregada nos textos pode ser denotativa, isto é, utilizada no seu sentido próprio,
comum, habitual, preciso, aquele que consta no dicionário, ou conotativa, quando a palavra é tomada
em um sentido incomum, figurado, circunstancial, que depende sempre do contexto. Dê os sentidos
denotativo e conotativo das palavras e expressões destacadas nos trechos a seguir.
a) “O Rodrick acabou apanhando meu ÚLTIMO diário umas semanas atrás e foi um desastre. ”
desastre:
*sentido denotativo: acontecimento calamitoso, sobretudo o que ocorre de súbito e causa grande dano
ou prejuízo.
*sentido conotativo: algo ruim, desagradável.
b) “(...) E olha que a van já tinha uns quinze anos de estrada. (...)”
quinze anos de estrada (anos de trabalho):
*sentido denotativo - quinze anos de funcionamento, de trabalho.
*sentido conotativo: muito tempo de uso, de utilização.
c) “(...) decidi que estava cheio da equipe de natação. ”
cheio:
*sentido denotativo: que contém tudo que sua capacidade comporta; completo, carregado; muito
cheio; repleto; que excede nalguma qualidade ou propriedade; nutrido, gordo.
*sentido conotativo: aborrecido, farto.

3. A coesão estabelece uma relação entre ideias e palavras por meio de pronomes, da repetição de algum
termo já mencionado ou de um termo equivalente (sinônimo). Nos trechos a seguir, os elementos
articuladores responsáveis pela coesão do período estão destacados. Explique as relações que
estabelecem e a que termo se referem.
a) “Mas nem me pergunte sobre ESSA história. (...)”
A expressão “ESSA história” equivale ao fato do irmão do narrador apanhar o diário e isso virar um
desastre.
b) “Nossa família não foi a lugar nenhum nem fez nada divertido e isso foi culpa do papai. Ele me fez entrar
para a equipe de natação de novo e quis se certificar de que eu não perdesse nenhum treino este ano. ”
O pronome demonstrativo “isso” substitui o fato de a família não ter ido a lugar nenhum e de não ter
feito nada divertido.
O pronome pessoal do caso reto “Ele” substitui a palavra “papai”.
c) “E ele não me deixava sentar na frente. ”
O pronome pessoal do caso reto “ele” substitui “Rodrick”.
d) “Acho que a mamãe ficou bem orgulhosa consigo mesma por me fazer escrever aquele diário no ano
passado, porque agora ela comprou outro para mim. ”
O pronome pessoal do caso reto “ela’ substitui a palavra mamãe”.
Língua Portuguesa

e) “Agora que Rodrick sabe que eu tenho outro diário, é melhor lembrar de deixar este trancado. ”
O pronome demonstrativo “este” substitui a palavra “diário”.

86
4. Em diversos momentos, há o uso de aspas no texto apresentado. Explique que funções esse sinal de
pontuação desempenha em cada uma de suas ocorrências.
a) “Mas lembra que eu disse que se algum idiota me pegasse com um livro escrito ‘diário’ na capa, teria
a ideia errada? (...)”
Nesse trecho, as aspas foram usadas para acentuar o valor significativo da palavra “diário”.
b) “Mesmo depois de o papai ter me explicado todo o conceito do ‘tiro de largada’, continuei sendo o
pior nadador da equipe. Mas acabei ganhando o troféu de ‘Maiores Avanços’ no banquete de premiação
do fim do verão. ”
Em “tiro de largada” e “Maiores Avanços”, as aspas foram utilizadas para citar, respectivamente, o
nome do dispositivo usado no momento de uma largada de natação e o título do troféu da premiação.
c) “Mas a mamãe disse que a sunguinha do Rodrick era ‘perfeitamente adequada’. ”
A ocorrência das aspas em “perfeitamente adequada” foram empregadas para realçar, ironicamente, a
opinião da mãe quanto à sunguinha usada pelo irmão do narrador.
d) “A mamãe teve essa ideia maluca de que se o Rodrick e eu passássemos um ‘momento bacana’ todo
dia, indo para casa, não brigaríamos tanto. ”
Em “momento bacana”, as aspas foram empregadas para realçar, ironicamente, o tipo de momento
que a mãe queria que os filhos passassem juntos.

5. A presença de preposições é frequente em qualquer texto da língua portuguesa. Isso se explica se


levarmos em consideração a função desempenhada por essa classe gramatical: criar vínculos entre
sintagmas de modo a estabelecer unidades de sentido. Indique as relações de sentido das preposições
(inclusive combinações e contrações) destacadas nos trechos a seguir.
a) “Eu tinha que me enrolar em papel higiênico para não ficar com hipotermia. ”
Em: a preposição é exigida pelo verbo “enrolar” para se relacionar com outros termos (no caso, um
adjunto adverbial).
Para: a preposição estabelece uma relação de finalidade.
Com: a preposição introduz uma noção de finalidade.
b) “Sob vários aspectos, estar na equipe de natação foi pior do que estar no ensino fundamental. ”
Sob: a preposição estabelece uma situação de inferioridade em relação a uma noção.
Na: a preposição “em” (em contração com o artigo “a’) estabelece uma noção de lugar, indicando onde
o narrador estava.
No: a preposição “em” (em contração com o artigo “a”) estabelece uma noção de lugar.
c) “Então eu estava bem mais preocupado com a direção que a bala seguiria do que em chegar até o
outro lado da piscina.”
Até: a preposição estabelece uma aproximação de um limite no espaço (o outro lado da piscina).
Da: a preposição “de” (em contração com o artigo “a”) subordina lado a piscina, estabelecendo uma
relação de especificação.
d) “(...) então eu tinha de me apertar com todo o equipamento da banda. ”
De: a preposição é exigida pela regência do verbo, que, por meio dela, se relaciona com seu complemento.

6. O que se pode inferir de cada afirmação do narrador do texto?


Língua Portuguesa

a) “Eu acabei indo para casa a pé todo dia em vez de pegar carona com o Rodrick. ”
Sugestão de resposta
Pela afirmação do narrador, pode-se inferir que ele tinha medo de que algo ruim acontecesse caso fosse
de van.
b) “Sob vários aspectos, estar na equipe de natação foi pior do que estar no ensino fundamental. ”
Sugestão de resposta
Pela afirmação do narrador pode-se inferir que ele não gostava de natação.
c) “E toda vez que a van freava, eu tinha de rezar para não ter a cabeça decepada pela bateria do Rodrick. ”
Sugestão de resposta
Pode-se inferir que o narrador tinha medo de sofrer um acidente quando a van freava.
87
7. Identifique, nos trechos abaixo, a causa e a consequência.
a) “Mas acabei ganhando o troféu de ‘Maiores Avanços’ no banquete de premiação do fim do verão. Isso
foi só porque teve uma diferença de dez minutos entre os meus resultados da primeira e da última prova. ”
Causa: “Mas acabei ganhando o troféu de ‘Maiores Avanços’ no banquete de premiação do fim do verão.
Consequência: “Isso foi só porque teve uma diferença de dez minutos entre os meus resultados da
primeira e da última prova. ”
b) “Acho que a mamãe ficou bem orgulhosa consigo mesma por me fazer escrever aquele diário no ano
passado, porque agora ela comprou outro para mim. ”
Causa: “Acho que a mamãe ficou bem orgulhosa consigo mesma por me fazer escrever aquele diário
no ano passado,
Consequência: “porque agora ela comprou outro para mim. ”
c) “Foi assim que eu passei boa parte das minhas férias de verão. E é por isso que estou, na verdade,
ansioso para voltar às aulas amanhã. ”
Causa: “Foi assim que eu passei boa parte das minhas férias de verão. ”
Consequência: “E é por isso que estou, na verdade, ansioso para voltar às aulas amanhã. ”
d) “O papai acredita que estou destinado a me tornar um grande nadador ou coisa do tipo, e é por isso
que ele me faz entrar para a equipe todo verão. ”
Causa: “O papai acredita que estou destinado a me tornar um grande nadador ou coisa do tipo, ”.
Consequência: “e é por isso que ele me faz entrar para a equipe todo verão. ”

8. Releia a atividade 7 e identifique a conjunção que exprime a relação de causa/ consequência em


cada trecho.
As conjunções que exprimem causa/consequência, respectivamente, são: a) porque; b) porque; c) por
isso que; d) por isso que.

9. Reescreva os trechos, da atividade 7, utilizando outra conjunção equivalente, para manter a mesma
relação de causa/consequência.
Sugestão de resposta
Os trechos anteriores podem ser reescritos utilizando-se as seguintes conjunções: pois, visto que, já que,
uma vez que.

10. Ao registrar suas ideias, desabafos e reflexões sobre os acontecimentos do dia, o narrador faz uso de
palavras e expressões próprias da comunicação oral.
a) Retire do texto os registros que caracterizam a oralidade.
“Aí eu ficava escondido no vestiário até o fim do treino. ”
“Lá pela metade do verão, decidi que estava cheio da equipe de natação. ”
“E olha que a van já tinha uns quinze anos de estrada. ”
“A mamãe teve essa ideia maluca de que se o Rodrick e eu passássemos um ‘momento bacana’ (...)”
b) Em sua opinião, o registro de palavras e expressões próprias da oralidade está adequado ao tipo de
texto que abre a unidade (diário)?
Resposta pessoal
Espera-se que o/a estudante responda que está adequado, levando-se em conta que o diário é um tipo
Língua Portuguesa

de texto em que se fazem registros pessoais e que, em geral, tem como destinatário o próprio autor.

88
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTANDO A UNIDADE 7

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), as atividades elaboradas/selecionadas para esta unidade envolvem a leitura e discussão
de textos dos gêneros Poema e Notícia. Proceda, sempre que possível, a uma leitura coletiva no intuito
de verificar as dificuldades de compreensão de palavras e expressões que os/as estudantes possam
apresentar, trabalhando o significado dessas palavras de forma reflexiva, levando-os/as a inferirem seus
possíveis significados. Verifique também se compreendem a proposta de cada atividade, uma vez que a não
compreensão de alguma atividade sinaliza para as dificuldades em leitura apresentadas e que precisam de
atenção na condução de seu trabalho em sala de aula.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM / DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


As atividades desta unidade estão relacionadas a seis expectativas de aprendizagem do Currículo
Referência e Língua Portuguesa do Estado de Goiás. Além dessas expectativas, as atividades também
se relacionam aos descritores 6, 11, 1, 20(B), 20(O), 20(G), 14, 3, 15 e 13. Particularmente, o descritor 20
apresenta três níveis de gradação, baseados no grau de dificuldade exigido pela atividade e na complexidade
do texto utilizado. O trabalho com a gradação o auxiliará na condução da (re)ordenação de sua prática em
sala de aula, permitindo que você avalie quais as habilidades em leitura ainda não estão bem desenvolvidas
ou em qual nível de leitura os/as estudantes se encontram.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), para esta unidade, sugerimos que você explore mais efetivamente os elementos constitutivos
dos gêneros Poema e Notícia, reforçando as particularidades constitutivas de cada um a partir do trabalho
proposto nas atividades.
Na atividade 1, o/a estudante precisa ser capaz de reconhecer que o tema central do texto-base é
a poluição dos rios, informação facilmente encontrada na base textual em vários trechos, como em “A
população das cidades esquece a importância dos rios e os utilizam como cestas de lixo. ”, por exemplo.
A atividade 2 explora o descritor 11, e cobra qual a causa do sucesso na reciclagem de latas, nesse caso,
a causa é o trabalho das pessoas subempregadas que se dedicam a esse ofício.
Na atividade 3, solicita-se ao/à estudante que releia o poema “Rio solicita” a fim de localizar informações
explicitamente marcadas em sua base textual.
As atividades 4, 5 e 6 exploram o descritor 20 em três níveis distintos (Básico, Operacional e Global,
respectivamente) em dois textos de gêneros distintos: poema e notícia. Na atividade 4, o comando pede
ao/à estudante que identifique em qual dos textos predomina a intenção de emocionar o leitor e em qual
deles prevalece a intenção de informar. Assim, deverá ser capaz de entender, concluir que, no texto I, um
poema, a intenção principal é emocionar, sensibilizar de forma poética, enquanto que no texto II, uma
notícia, embora seja clara a intenção de sensibilizar o leitor, o principal objetivo é informar, comunicar um
fato verídico. Para a atividade 5, solicita-se estabelecer, a partir da relação entre as formas específicas de
cada gênero, qual a diferença fundamental entre os dois textos. A atividade 6 busca reconhecer qual dos
dois textos é mais objetivo, levando o/a estudante a reconhecer ser este o texto II, pois tem a intenção de
informar com maior grau de objetividade, com mais precisão, uma vez que são citados o lugar e o nome
completo da pessoa envolvida.
Na atividade 7, solicita-se ao/à estudante que classifique dois trechos retirados do texto II como sendo
fato ou opinião.
A atividade 8 solicita ao/à estudante reconhecer qual o sentido da expressão “deu na cabeça” no trecho
Língua Portuguesa

“O resultado deu na cabeça: caprichoso.” Trata-se de uma habilidade relacionada com a capacidade de o/a
estudante saber identificar, pelo contexto, qual a significação de determinada expressão entre as várias
possibilidades de seu uso.
A atividade 9 explora as relações de circunstância estabelecidas por determinadas conjunções (inclusive
as locuções conjuntivas) em trechos retirados do texto-base.
Por fim, a atividade 10 solicita ao/à estudante que consiga reconhecer as marcas textuais e linguísticas
que podem identificar o locutor e o interlocutor de um texto. No caso específico desta atividade, o trecho
“Em vez de ficar olhando essa gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade com meus amigos e
amigas” torna possível evidenciar o narrador, uma vez que o contexto situacional descrito por ele faz parte,
geralmente, da realidade vivida por uma criança.
Acreditamos que o trabalho de revisão dos dois gêneros textuais estudados nesta unidade (Poema e
Notícia), possa auxiliá-lo na condução de sua prática.
89
LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 7

CONTEÚDO(S)
î Gêneros textuais: Poema e Notícia.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Prática de leitura.
î Prática de análise da língua.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î Refletir sobre o valor dos recursos de estilo empregados nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre a estrutura e os recursos expressivos do texto poético (verso, estrofe, rima, ritmo,
musicalidade, figuras de linguagem).
î Dialogar sobre os elementos constitutivos do poema.
î Ler poemas, notícias e diários, utilizando as estratégias de leitura como mecanismos de interpretação
dos textos:
─ Formulação de hipóteses (antecipação e inferência);
─ Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
î Localizar informações explícitas em textos narrativos.
î Reconhecer a estrutura de um texto e sua finalidade.

DESCRITOR(ES)
î D6 ─ Identificar o tema de um texto.
î D11 ─ Estabelecer relações causa/consequência entre partes e elementos do texto.
î D1 ─ Localizar informações explícitas em um texto.
î D20(B) ─ Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que
tratam do mesmo tema, em função das condições em que eles foram produzidos e daquelas
em que serão recebidos.
î D20(O) ─ Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que
tratam do mesmo tema, em função das condições em que eles foram produzidos e daquelas em
que serão recebidos.
î D20(G) ─ Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que
tratam do mesmo tema, em função das condições em que eles foram produzidos e daquelas
em que serão recebidos.
î D14 ─ Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
î D3 ─ Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.
î D15 ─ Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.
î D13 ─ Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
Língua Portuguesa

90
UNIDADE 7
ATIVIDADE
Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 1.
Os rios precisam de um banho
A população das cidades esquece a importância dos rios e os utilizam como cestas de lixo. O resultado
muita gente já deve conhecer: enchentes! Com tanto entulho, os canais de drenagem, isto é, o caminho que
as águas percorrem morro abaixo, acabam ficando entupidos e causando inundações em dias de chuvas
fortes. Para evitar as enchentes, que, além da destruição, trazem doenças, a solução é não jogar lixo nos rios.
O lugar das coisas que não queremos mais, sejam chinelos, garrafas ou até eletrodomésticos, é a lata de lixo!
TORRES, João Paulo Machado. Os rios precisam deum banho. Ciência Hoje das Crianças, Rio de Janeiro: n. 98, p. 21, dez 1999 (fragmento).

1. Qual o tema central do texto?


A poluição dos rios.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 2.


Viva o povo brasileiro
O país tem fama de não cuidar da ecologia. Vide as queimadas na Amazônia. Além disso, em reciclagem
de vidros o Brasil foi reprovado, num ranking do Instituto Worldwatch. Assim, parece soar estranho o país
bater recorde em reciclagem de latas. De cada 100 latinhas de bebida, 65 voltam para a indústria. É que
há 125.000 brasileiros suando na coleta de latas usadas. Esse exército de subempregados embolsou 80
milhões de dólares em 1998.
VEJA. São Paulo: Ed. Abril, Ano 32, n. 17, 28 abr., 1999.

2. Qual é a causa sucesso na reciclagem de latas?


O sucesso na reciclagem de latas se deve ao trabalho das pessoas subempregadas.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 3.


Rio solicita
João Proteti
A quem se distraiu
E perdeu um sofá,
Que, por gentileza,
o venha retirar.
Está em sua margem esquerda,
Enroscado no que sobrou
Língua Portuguesa

Do frondoso pé de ingá.
De brinde, pode levar
Todas as outras desumanidades
Que estão por lá.
Classificados desclassificados. Campinas: Papirus, 2011. p. 22-23.
Disponível em: < http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/32960-poluicao-na-baia-de-guanabara./>. Acesso em: 06 jul. 2017.

3. Releia o poema “Rio solicita”.


a) Como o sofá foi parar no rio?
Porque alguém se distraiu e o perdeu.
b) Diante desse fato, qual é a solicitação feita pelo poeta?
O poeta solicita, por gentileza, que quem perdeu o sofá o venha retirar.
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c) Você acha que é possível alguém se distrair e perder um sofá?
Sugestão de resposta
Seria muito difícil alguém “perder” um sofá por estar distraído, uma vez que se trata de um objeto
grande e impossível de ser perder sem se dar conta disso.
d) Na sua opinião, qual foi a intenção do poeta ao criar um poema sobre esse assunto?
Sugestão de resposta
Possivelmente, o poeta quis chamar a atenção do leitor para a falta de conhecimento da população que
vive em centros urbanos sobre os problemas ambientais causados pela eliminação inadequada do lixo.

Leia os textos I e II e, a seguir, responda as atividades 4, 5, 6 e 7.


Texto I
Desistência

O menino Tonho Com queijo de nuvens, O sonho era duro


mexendo no lixo bolachas de estrela, e estava mofado.
achou um sonho pastéis de luar. E ele desistiu
e pôs-se a sonhar. de sonhar acordado.
DINORAH. Maria. Barco de sucata. Porto Alegre: Mercado Aberto. 1986.

Texto II
Pessoas e urubus disputam restos
Em Belford Roxo, onde deveria existir a rodovia estadual RJ-040, urubus e pessoas disputam os
detritos espalhados por um trator, sobre as margens de um riacho e de um mangue à beira da estrada. O
mau cheiro é uma constante e a miséria é compreendida no pedido de Sebastião Mangueira, o Tião, que
sobrevive dos restos produzidos, aos borbotões, pela sociedade de consumo. “Queria provar um pedaço
de panetone. Nesta época do ano vejo um monte dessas caixas, mas nenhuma delas traz um pedacinho
que seja. Deve ser muito bom”, sonha o trabalhador, de 63 anos.
[...].
Disponível em: <www.anbio.org.br/>. Acesso em: 03 jul. 2017.

4. Em qual dos textos predomina a intenção de emocionar o leitor e em qual deles prevalece a intenção
de informar?
No texto I, a intenção principal é emocionar, sensibilizar de forma poética. No texto II, embora seja clara
a intenção de sensibilizar o leitor, o principal objetivo é informar, comunicar um fato verídico.

5. Em relação à forma, qual a diferença fundamental entre os dois textos?


Língua Portuguesa

O texto 1 está escrito em versos, e o texto 2 em linhas contínuas. Um é poema e o outro é prosa.

6. Qual dos dois textos é mais objetivo? Explique.


O texto 2, pois tem a intenção de informar com maior grau de objetividade, com mais precisão (são
citados o lugar e o nome completo da pessoa envolvida).

7. Classifique os trechos retirados do texto II como sendo fato ou opinião.


a) “Em Belford Roxo, onde deveria existir a rodovia estadual RJ-040, urubus e pessoas disputam os
detritos espalhados por um trator, sobre as margens de um riacho e de um mangue à beira da estrada.”.
Fato.
b) “Deve ser muito bom”, sonha o trabalhador, de 63 anos. ”
Opinião.
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Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 8 e 9.
Carnaval à moda da selva
Parintins, no coração da Amazônia, explode em cores e paixões para comemorar o boi-bumbá,
uma festança de rara beleza que encanta os turistas.

É noite na floresta. A 420 quilômetros de Manaus, pelas águas do


rio Amazonas, um caldeirão azul e vermelho, com o formato estilizado
de um boi, acende em Parintins. Tudo ao redor está escuro. Tum-tum-
tum. Os surdos começam a marcar o ritmo. Entra na arena amarujada de
guerra, a bateria do boi Caprichoso. As 15 mil pessoas que estão de azul
cantam, gritam, agitam-se como as águas de uma pororoca. Na metade
de lá das arquibancadas, a galera de vermelho, silenciosamente, torce
para o outro boi, o Garantido, mantém-se num silêncio amazônico. É o
início da festa do boi-bumbá, realizada todos os anos, entre 28 e 30 de
junho, no coração da selva. Nas três noites de espetáculo, os dois bois
revezam-se no bumbódromo. E, num respeito assustador, há sempre
silêncio de uma turma quando o adversário está evoluindo. Terminada a
festa, o suspense: quem vencerá a disputa? O resultado deu na cabeça:
caprichoso. Apesar dos descontentes, a folia pede passagem e garante
mais um dia de animação.
ÉPOCA, Rio de Janeiro: Globo, n. 7, jul., 1998 (fragmento).

8. No trecho “O resultado deu na cabeça: caprichoso. ”, qual o sentido da expressão “deu na cabeça”?
O sentido da expressão “deu na cabeça” é ganhou, venceu.

9. Indique as relações de circunstância estabelecidas pelos advérbios e pelas locuções adverbiais destacadas
nos trechos a seguir.
a) “É noite na floresta. ”
Circunstância de tempo.
b) “A 420 quilômetros de Manaus, (...).”.
Circunstância de lugar.
c) “Na metade de lá das arquibancadas, a galera de vermelho, silenciosamente, torce para o outro
boi, (...).”.
Circunstância de modo.

Leia o texto e, a seguir, responda a atividade 10.


Televisão
Televisão é uma caixa de imagens que fazem barulho. Quando os
adultos não querem ser incomodados, mandam as crianças ir assistir à
televisão. O que eu gosto mais na televisão são os desenhos animados
de bichos. Bicho imitando gente é muito mais engraçado do que gente
imitando gente, como nas telenovelas. Não gosto muito de programas
Língua Portuguesa

infantis com gente fingindo de criança. Em vez de ficar olhando essa


gente brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade com meus amigos
e amigas. Também os doces que aparecem anunciados na televisão não
têm gosto de coisa alguma porque ninguém pode comer uma imagem.
Já os doces que minha mãe faz e que eu como todo dia, esses, sim, são
gostosos. Conclusão: a vida fora da televisão é melhor do que dentro dela.
PAES, J. P. Televisão. In: Vejam como eu sei escrever. São Paulo: Ática, 2001. p. 26.

10. Qual o trecho em que fica mais evidente que o narrador seja uma criança?
O trecho em que melhor se evidencia ser o narrador uma criança é “Em vez de ficar olhando essa gente
brincar de mentira, prefiro ir brincar de verdade com meus amigos e amigas.”.
93
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTANDO A UNIDADE 8

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), as atividades elaboradas/selecionadas para esta unidade envolvem a leitura e discussão de
textos dos gêneros textuais Diário e Cartoon. Fazem parte também dos conteúdos desta unidade o uso dos
pronomes. Para melhor compreensão do texto apresentado, sugerimos que você utilize diferentes estratégias
de leitura, tais como: antecipação, levantamento de hipóteses, checagem, dentre outras. Procure, sempre
que possível, realizar uma leitura coletiva, a fim de verificar as dificuldades de compreensão de palavras
e expressões que possam apresentar. Procure trabalhar o significado dessas palavras de forma reflexiva,
levando os estudantes a inferirem seus possíveis significados. Verifique também se os/as estudantes
compreendem o que está sendo proposto em cada atividade.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


As atividades desta unidade estão relacionadas a três expectativas de aprendizagem do Currículo
Referência de Língua Portuguesa do Estado de Goiás. Além das expectativas de aprendizagem, as atividades
também estão relacionadas aos descritores 13, 10(O), 10(O), 10(G), 18, 2, 5, 16, 4 e 20. Particularmente, o
descritor 10 foi cobrado em três atividades, com dois níveis de gradação de dificuldade (dois Operacional
e um Global), por entendermos que o recurso da gradação permitirá que você avalie quais as habilidades
ainda precisam ser desenvolvidas pelos/as estudantes.

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), na atividade 1, o/a estudante é solicitado identificar as marcas linguísticas que evidenciam o
locutor do texto, no caso específico uma criança. Assim, no trecho “Falando sério, não sei por que a mamãe
e o papai se ocupam de me proteger de filmes de terror e coisas do tipo se vão me expor a algo mil vezes
pior”, é possível relacionar o que foi dito pelo narrador com a fala própria de uma criança.
As atividades 2, 3 e 4 enfatizam os elementos que compõem uma narrativa. Assim, na atividade 2 o
elemento cobrado foi o tempo da história, que aparece de forma explícita, pois mencionam-se o mês e os
dias em que se passam a história, junho, sexta-feira e sábado, respectivamente. Trata-se de uma atividade
que corresponde ao nível Operacional da gradação, pois o/a estudante precisa conhecer o referido
elemento da narrativa e identificá-lo no texto. No caso da atividade 3, exploram-se as marcas textuais que
evidenciam os espaços em que se passa a história. Esta atividade também se encontra no nível Operacional
de dificuldade. Na atividade 4, cobra-se a tipologia do narrador. Classificamos essa atividade como sendo de
nível Global da gradação, pois os/as estudantes precisam conhecer os tipos de narrador e reconhecer qual
é o foco narrativo do texto a partir de marcas linguísticas que permitem essa identificação.
Na atividade 5, explora-se o efeito de sentido da expressão “algo mil vezes pior” no trecho em que
aparece, a fim de se identificar com qual intenção o narrador a utilizou. Aqui, é importante comentar com
os/as estudantes que, no caso desta expressão, pode ser reconhecida a figura de linguagem hipérbole,
demonstrando o exagero do narrador no contexto em que foi usada.
Já na atividade 6, é explorada a coesão textual a partir da substituição de uma determinada palavra por
um pronome relativo. Aproveite essa atividade para discutir com os estudantes a diferença entre o “que”
enquanto conjunção e pronome relativo.
As atividades 7, 8 e 9 têm como texto-base um Cartoon, tipo de texto em que a imagem é priorizada,
mesmo possuindo também elementos verbais. Na atividade 7, explora-se o recurso verbal e não verbal
na interpretação cartoon. Na atividade 8, cobra-se o reconhecimento de humor a partir da quebra
Língua Portuguesa

de expectativa que acontece quando o personagem acata a sugestão dada a ele. Na verdade, não era,
simplesmente para ele brincar fora de casa com o videogame, mas foi o que ele continuou fazendo. O foco
da atividade 9 é a inferência possível de ser feita no trecho “João, tá um dia lindo, porque você não sai
pra brincar lá fora? ”. A partir da sugestão dada pela mulher (provavelmente a mãe do garoto), é possível
que ela queria que o menino (provavelmente o filho) saia para brincar do lado de fora da casa com outros
brinquedos e, não, simplesmente sair e continuar jogando videogame.
Na atividade 10, o reconhecimento de um assunto comum tratado em dois textos é levado em
consideração. Aqui, solicita-se ao/à estudante retornar aos textos Diário de um banana e Brincar fora, a fim
de identificar qual o assunto comum tratado nos dois textos.
Gostaríamos de lembrá-lo/a que as atividades propostas nesta unidade têm como objetivo auxiliá-lo/a
em sua prática, a fim de servirem de norte para o (re)direcionamento do trabalho já executado por você em
sala de aula.
94
LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 8

CONTEÚDO(S)
î Gêneros textuais: Diário e Cartoon.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Prática de leitura.
î Prática de análise da língua.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î Ler diário, utilizando diferentes estratégias de leitura como mecanismos de interpretação de textos:
─ Formulação de hipóteses (antecipação e inferência);
─ Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
î Refletir sobre o emprego dos elementos articuladores (preposições, conjunções, pronomes e
advérbios) nos gêneros em estudo.
î Ler de forma associativa e comparativa os gêneros em estudo, observando forma, conteúdo, estilo
e função social.

DESCRITOR(ES)
î D13 ─ Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
î D10(O) ─ Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
î D10(O) ─ Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
î D10(G) ─ Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.
î D18 ─ Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
î D2 ─ Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
î D5 ─ Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, fotos, etc.).
î D16 ─ Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.
î D4 ─ Inferir uma informação implícita em um texto.
î D20 ─ Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do
mesmo tema, em função das condições em que eles foram produzidos e daquelas em que
serão recebidos.

Língua Portuguesa

95
UNIDADE 8
ATIVIDADE
Leia o texto e, a seguir, responda as atividades de 1 a 6.
Diário de um banana
JUNHO
Sexta-feira
Para mim, as férias de verão são basicamente três
meses feitos para você se sentir culpado.
Só porque o tempo está bom, todo mundo espera que
você passe o dia fora de casa “se divertindo a valer” ou
coisa do tipo. E se você não passa cada segundo lá fora, as
pessoas acham que tem algo de errado com você. Mas a
verdade é que eu sempre fui o tipo de pessoa que prefere ficar em casa.
Gosto de passar as férias de verão na frente da TV, jogando videogame com as cortinas fechadas e a
luz apagada.
Sábado
[...]
A primeira vez que passei pelo vestiário masculino da piscina municipal foi uma das experiências mais
traumáticas da minha vida.
Tenho sorte por não ter ficado cego. Falando sério, não sei por que a mamãe e o papai se ocupam de
me proteger de filmes de terror e coisas do tipo se vão me expor a algo mil vezes pior.
Eu realmente gostaria que a mamãe parasse de me pedir para ir à piscina municipal, porque toda vez
que ela faz isso voltam à minha cabeça imagens que eu tenho feito um tremendo esforço para esquecer.
Disponível em: <http://www.detudoumpouquinho.com/2014/05/resenha-diario-de-um-banana-dias-de-cao.html>. Acesso em: 02 ago.2017.

1. Quem fala no texto é Greg Heffley, uma criança. Aponte algumas partes do texto que comprovam essa
afirmação.
“Falando sério, não sei por que a mamãe e o papai se ocupam de me proteger de filmes de terror e
coisas do tipo se vão me expor a algo mil vezes pior.”
Professor (a), discuta com os/a estudantes as marcas linguísticas presentes em partes do texto que
comprovem que o narrador é personagem (verbos e pronomes na primeira pessoa do singular).
Comente sobre os livros Diário de um Banana, incentive os estudantes a lerem toda a coleção.

2. O tempo da história aparece de forma explícita no texto? Justifique com passagens do texto.
Sim, pois é mencionado o mês e os dias em que se passam a história, junho, sexta-feira e sábado,
respectivamente.
Professor (a), essa atividade corresponde ao nível Operacional da gradação, pois o/a estudante
Língua Portuguesa

precisa conhecer o referido elemento da narrativa e identificá-lo no texto.

3. No texto, o narrador menciona alguns espaços em que se passou a sua história. Transcreva passagens
que comprovem essa afirmação.
“Gosto de passar as férias de verão na frente da TV, jogando videogame com as cortinas fechadas e a
luz apagada.”
“A primeira vez que passei pelo vestiário masculino da piscina municipal foi uma das experiências mais
traumáticas da minha vida.”
Professor (a), essa atividade corresponde ao nível Operacional da gradação, pois o/a estudante
precisa conhecer o referido elemento da narrativa e identificá-lo no texto.

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4. Qual é o tipo de narrador do texto? Comprove sua resposta com partes do texto.
O narrador é personagem, pois os fatos são contados na primeira pessoa do singular do caso reto e
oblíquo: “Para mim”; “Mas a verdade é que eu sempre”; “Gosto de passar”; “Eu realmente gostaria que
a mamãe parasse de me pedir(...)”.
Professor (a), essa atividade corresponde ao nível Global da gradação, pois os/as estudantes
precisam conhecer os tipos de narrador e reconhecer qual é o foco narrativo do texto a partir de
marcas linguísticas que permitem essa informação.

5. No trecho “(...) não sei por que a mamãe e o papai se ocupam de me proteger de filmes de terror e coisas
do tipo se vão me expor a algo mil vezes pior. ”, qual a intenção do narrador ao utilizar a expressão “algo
mil vezes pior.”?
O narrador personagem quis enfatizar o quanto a situação era ruim. A expressão mostra o exagero do
narrador diante da situação retratada.
Professor (a), comente com os/as estudantes que, no caso desta expressão, pode ser reconhecida a
figura de linguagem hipérbole.

6. Releia o trecho:
“Eu realmente gostaria que a mamãe parasse de me pedir para ir à piscina municipal, porque toda
vez que ela faz isso voltam à minha cabeça imagens que eu tenho feito um tremendo esforço para
esquecer.” No trecho “(...) que eu tenho feito um tremendo esforço para esquecer”, o pronome relativo
“que” substitui qual palavra escrita anteriormente?
O pronome relativo “que” substitui a palavra “imagens’.
Professor (a), você pode discutir com os/as estudantes a diferença entre o “que” enquanto conjunção
e pronome relativo

Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 7 a 10.


7. Observe a linguagem verbal e não verbal do texto.
a) O menino obedeceu a sugestão da mulher?
Sim, pois saiu para fora da casa e continuou
brincando.
b) Quais aspectos contribuem para responder a
atividade da letra “a”?
Dois aspectos presentes no texto contribuem para
responder a atividade proposta: a linguagem
verbal e não verbal. A sugestão dada pela mulher
está expressa por meio da linguagem verbal, já
a ação do menino diante da sugestão dada é
expressa a partir da linguagem não verbal.
Disponível em: <https://me.me/i/joao-um-dia-lindo-porque-voce-nao-sai-pra-
brincar-5160963>. Acesso: 02 ago. 2017.
c) Nesse texto, a linguagem verbal e não verbal são independentes uma da outra? Justifique sua resposta.
Elas não são independentes uma da outra, pois precisa-se do texto escrito e da imagem para que se
estabeleça sentido no texto.

8. Explique o humor do texto.


Língua Portuguesa

No texto, há humor devido à quebra de expectativa que acontece quando o menino acata a sugestão
dada a ele. Na verdade, não era simplesmente para ir brincar fora de casa com o videogame, mas foi o
que ele continuou fazendo.

9. No trecho, “João, tá um dia lindo, porque você não sai pra brincar lá fora?” , a sugestão dada pela mulher
nos permite concluir o quê?
A sugestão dada pela mulher (provavelmente a mãe) nos permite concluir que ela queria que o menino
(provavelmente o filho) saísse para brincar do lado de fora da casa com outros brinquedos e, não,
simplesmente sair e continuar jogando videogame.

10. Releia o texto Diário de um banana e Brincar fora. Qual é o assunto comum tratado nos dois textos?
O assunto comum tratado nos dois textos é o fato de as crianças preferirem ficar dentro de casa jogando videogame.
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LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTANDO A UNIDADE 9

O QUE SABER SOBRE ESTA UNIDADE?


Professor (a), as atividades elaboradas para esta unidade envolvem a leitura, a análise e a escrita de textos
dos gêneros Diário, Poema e Reportagem. Para as atividades propostas sugerimos que, antes de iniciar o
trabalho com a unidade seja feito um levantamento prévio dos conhecimentos já adquiridos pelos alunos
sobre os gêneros trabalhados nas unidades anteriores. Converse com a turma sobre a importância desses
gêneros textuais, reforçando o que achar conveniente. Vale ressaltar que você dispõe de autonomia para
utilizar esse material de forma que ele complemente seu plano de aula, pautado no material já elaborado ou
selecionado por você a fim de atender aos conteúdos e às expectativas de aprendizagem do Fundamental
do Currículo Referência de Língua Portuguesa da Rede Estadual de Educação.

QUAIS EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM/DESCRITORES ESTÃO EM FOCO?


Professor (a), as atividades desta unidade estão relacionadas às expectativas de aprendizagem do
Currículo Referência de Língua Portuguesa do Estado de Goiás, enfatizando a Prática de Leitura e a Prática
de Análise da Língua, além do trabalho com os descritores 13, 12, 4(G), 4(O), 1, 20, 14, 21, 2 e 3. Optamos
por explorar o descritor 4 em dois níveis de gradação nesta unidade (Global e Operacional).

QUAIS AS ATIVIDADES PROPOSTAS?


Professor (a), a atividade 1 está relacionada ao descritor 13, e solicita que o/a estudante identifique o
interlocutor no poema dado. Essa é uma atividade complexa, pois o poema apresenta como interlocutor
um eu lírico que nem sempre é perceptível para o leitor. Assim, para chegar ao interlocutor é necessária
uma leitura atenta, buscando identificar, no caso desta atividade se o interlocutor é masculino ou feminino.
A atividade 2 está relacionada ao descritor 12. Observando que todo texto se realiza com uma determinada
finalidade, ou seja, tem um propósito interativo específico (informar ou esclarecer, expor um ponto de
vista, refutar uma posição, narrar um acontecimento, fazer uma advertência, persuadir alguém de alguma
coisa etc.), o entendimento bem-sucedido de um texto depende, também, da identificação das intenções
pretendidas por esse texto. Nesse sentido, elementos linguísticos e contextuais podem funcionar como
pistas para a identificação da finalidade pretendida pelo texto. Este descritor avalia, por meio da atividade
proposta, se o/a estudante compreende qual é a função social dos gêneros textuais dos textos I, II e III.
As atividades 3 e 4 estão relacionadas ao descritor 4. Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade
de o/a estudante reconhecer uma ideia implícita em um texto. A atividade 3 traz esse descritor em um
nível Global de dificuldade, já que solicita a identificação do que está implícito a partir do uso dos pares
de adjetivos “preguiçosa”/“animada”; “confusa”/“entusiasmada”. A atividade 4 está no nível Operacional,
pois o/a estudante pode se reconhecer na mesma faixa etária do interlocutor do poema, valendo-se de seu
conhecimento de mundo para inferir que é na adolescência que os conflitos emocionais se intensificam.
A atividade 5 está relacionada ao descritor 1, cujo objetivo é verificar se o/a estudante sabe localizar
informações que podem ser facilmente encontradas na base textual, seja de maneira evidente, seja por
meio de paráfrase, isto é, ditas de outra forma. O texto-base, que dá suporte à atividade, é um trecho do
livro Diário (nem sempre secreto) de Pedro. Para chegar à resposta correta, o/a estudante deve ser capaz de
retomar o texto, se necessário, localizando outras informações além daquela que foi solicitada.
A atividade 6, relacionada ao descritor 20, pretende avaliar a habilidade de se comparar textos que não são
do mesmo gênero, mas que apresentam a mesma temática. Os textos dados pertencem aos gêneros Poema
e Diário, mas apresentam o mesmo tema, ou seja, têm em comum os conflitos emocionais comumente
vivenciados pelos adolescentes.
A atividade 7 está relacionada ao descritor 14, cujo objetivo é levar o/a estudante a distinguir um fato
da opinião relativa a esse fato, e traz como suporte uma reportagem, material que contém um fato (que é
Língua Portuguesa

o surgimento do Diário on-line) e opiniões sobre ele. Há, nesta atividade, a intenção de que o/a estudante
reconheça as particularidades de fatos e opiniões, identificando também quem emite cada opinião, para,
depois, dizer se essas opiniões são complementares, diferentes ou iguais. No texto-base desta atividade, a
diferença entre o fato e a opinião relativa a ele está bem marcada.
No caso da atividade 8, relacionada ao descritor 21, diferentemente do que é exposto no descritor 20,
dois ou mais textos que desenvolvem o mesmo tema podem ser confrontados para se procurar perceber os
pontos em que tais textos divergem. Trata-se de uma habilidade de grande relevância na vida em sociedade,
pois, constantemente, somos submetidos a informações e opiniões distintas acerca de um fato ou de um
tema. A atividade que se destina a avaliar essa habilidade apoia-se em um único texto, mas com opiniões de
duas pessoas distintas: Little Richard e Bianca Geocze, blogueiros, que expõem suas opiniões sobre o uso do
blog em substituição ao diário convencional.
A atividade 9 está relacionada ao descritor 2, cujo objetivo é avaliar a habilidade de o/a estudante
98 estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem
para sua continuidade. No caso específico, a atividade solicita ao/à estudante relacionar uma informação
dada a outra informação nova introduzida por meio do uso dos pronomes “dele” e “dela”. Verifica-se que os
pronomes utilizados retomam “O cidadão” e “Tal carinha”, “minha irmã”, citadas anteriormente.
Por fim, a atividade 10, relacionada ao descritor 3, propõe que o aluno infira que a palavra “despertar”,
utilizada no texto, tem o sentido de “provocar”, “causar”, isto é, foi empregada em sentido figurado,
conotativo, uma vez que “despertar” significa “Tirar do sono, acordar”. Conclui-se que o desenvolvimento
da habilidade de inferir palavras ou expressões exige do leitor uma forma de pensar que vai além das
informações explícitas no texto.
Professor (a), nosso intuito é que este material possa auxiliá-lo no (re)direcionamento de seu trabalho
em sala de aula.

LÍNGUA PORTUGUESA
UNIDADE 9

CONTEÚDO(S)
î Gênero Textual: Diário, Poemas e Reportagem.

EIXO(S) TEMÁTICO(S)
î Prática de leitura.
î Prática de análise da língua.

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM
î Ler poemas e reportagem, utilizando as estratégias de leitura como mecanismos de interpretação
dos textos:
─ Formulação de hipóteses (antecipação e inferência).
─ Verificação de hipóteses (seleção e checagem).
î Ler comparativa e associativamente o gênero em estudo, observando forma, conteúdo, estilo e função social.
î Refletir sobre a variação linguística nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre o emprego dos elementos articuladores (preposições, conjunções, pronomes e advérbios)
nos gêneros em estudo.
î Refletir sobre o uso de substantivos, adjetivos e advérbios em diferentes situações e posições nos
gêneros em estudo.

DESCRITOR(ES)
î D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.
î D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.
î D4(G) – Inferir uma informação implícita em um texto.
î D4(O)– Inferir uma informação implícita em um texto.
î D1 – Localizar informações explícitas em um texto.
î D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam
do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daqueles em que será recebido.
î D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.
Língua Portuguesa

î D2 – Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.
î D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que
contribuem para a continuidade de um texto.
î D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

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UNIDADE 9
ATIVIDADE
Leia os textos e, a seguir, responda as atividades de 1 a 6.
Texto I
Perguntas
Carlos Queiroz Telles
Espelho, mais preguiçosa,
espelho meu, mais esquisita,
dizei-me se há alguém mais animada,
mais atrapalhada, mais perdida,
mais confusa, mais alegre
mais entusiasmada, e mais apaixonada do que eu?
Sonhos, grilos e paixões. 6. ed. São Paulo: Moderna, 1992. p.12.

Texto II
Sábado, 14 de março. 17h05 e 3 segundos – Sol
Nenhum convite para sair. Será que tenho algum problema? Sofro de mau hálito? Ou as minhas espinhas
são pontudas e amarelas? Pensei em comprar uma barba postiça. Falei com papai e ele disse que “isso
passa” depois dos dezesseis. Vou ter de sofrer por quatro anos, quase. Quero fazer análise transespinhal.
Se não existir, tenho um ataque e invento uma.
Telma Guimarães Castro Andrade. O diário (nem sempre) secreto de Pedro. São Paulo, Atual, 1992.

Texto III
Boca livre I
Carlos Queiroz Telles
Era só o que faltava... Maldito dentista!
nem posso me olhar no espelho Maldito aparelho!
Maldito dentista!
Maldito aparelho! Minha única vontade,
nesta hora de tormento,
Minha boca mais parece é ter uma bruta coragem
o focinho de um coelho... e um alicate bem grande
Bicho dentuço, danado, pra poder arrancar
beiço de arame farpado, esta tralha da minha boca
um idiota perfeito. e gritar alto pra todos
Quase morro de vergonha meu alívio e meu conselho:
com esta cara de fedelho!
Viva a lei da boca livre!
Língua Portuguesa

Maldito dentista! Viva o direito sagrado


Maldito aparelho! de sorrir atravessado!
Quero um canino bem torto
Como é que eu faço agora e um molar encavalado.
pra beijar minha menina? Melhor ser dentuço em pé
Como é que eu faço agora do que sorrir de joelhos!
pra chupar uma mexerica? Malditos dentistas!
Como é que eu faço agora Malditos aparelhos!
pra destravar esta língua?
Como é que eu faço agora (Carlos Queiroz Telles. Sementes de sol. São
pra mascar o meu chiclete? Paulo: Moderna,1992. p. 28-9.)
Como é que eu faço agora Disponível em: <http://atividadeleituradiaria.
blogspot.com.br/2013/08/ler-e-diversao.
pra jogar cuspe à distância? html>. Acesso em: 10 ago. 2017.

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1. Releia os textos I e III e responda. O eu lírico de um poema pode ser masculino ou feminino. Quem é o
eu lírico do texto I e do texto III? Justifique sua resposta com versos do poema.
O eu lírico do texto I é feminino, pois a maioria dos adjetivos empregados estão no feminino. Os
versos que justificam a resposta são: “mais atrapalhada, / mais confusa, / mais entusiasmada, /mais
preguiçosa, / mais esquisita, / mais animada, / mais perdida, ”.
O eu lírico do texto III é masculino, porque, no decorrer do poema, temos versos como: “pra beijar minha
menina? / com esta cara de fedelho! ”
2. Os textos que circulam em sociedade são escritos com uma determinada finalidade/objetivo. Qual é a
finalidade do gênero Poema? E a qual é a finalidade dos poemas “Perguntas” e “Boca livre I”?
O “Poema” é um gênero textual que se constrói com imagens, sonoridade e ritmo. Geralmente,
caracteriza-se pela disposição das palavras em versos e estrofes e por uma necessidade do poeta de
ultrapassar a linguagem objetiva e informativa. Caracteriza-se pela subjetividade, pela polissemia e
pelo uso de recursos sonoros. O poeta busca os efeitos sugestivos e simbólicos das palavras, suscitando
no receptor um estado de receptividade e encantamento. Daí ter como finalidade entreter, divertir,
emocionar. A finalidade dos poemas “Perguntas” e “Boca livre I” é levar o leitor a refletir sobre os
sentimentos contraditórios, conflituosos de um/a adolescente.

3. No texto I, os pares de palavras “preguiçosa/animada”, “confusa/entusiasmada” foram utilizados para caracterizar


o estado do eu lírico. Por esses pares de palavras, que tipo de sentimentos a paixão provoca no eu lírico?
Por esses pares de pares de palavras, podemos dizer que a paixão provoca sentimentos contraditórios,
conflituosos no eu lírico.
4. No texto I, pelas características que o eu lírico se atribui, qual você imagina que seja a idade dele? Por quê?
Sugestão de resposta
As contradições e insegurança do eu lírico levam a crer que se trata de uma adolescente, embora muitos
adultos também se sintam desse modo quando se apaixonam.

5. No texto II, Pedro revela a sua insatisfação. Qual é o principal motivo de sua chateação?
O principal motivo da chateação de Pedro é não ter nenhum convite para sair.

6. Releia os textos I, II e III e faça o que se pede.


a) Identifique o gênero de cada texto.
Os textos I e III pertencem ao gênero poema e o texto II ao gênero diário.
b) Os textos I, II e III desenvolvem um tema muito comum na adolescência. Qual é esse tema?
O tema desenvolvido nos três textos é o conflito emocional vivido pelos adolescentes.
c) Em que os textos II e III se diferem?
Os textos se diferem quanto ao gênero, à estrutura, linguagem e formatação.

Leia o texto e, a seguir responda as atividades 7 e 8.


Meu querido Blog
O diário do século XXI é on-line, para a galera poder bisbilhotar
Os melhores diários do passado tinham um pequeno cadeado. A moça escrevia seus sentimentos mais
íntimos no caderno e passava a chave para que ninguém ficasse sabendo o que lhe ia pela alma. O blog
também é um diário, só que com a intimidade virada de cabeça para baixo: é colocado na internet para
ser bisbilhotado por todo mundo. Escrever um diário on-line exige desprendimento da própria intimidade
Língua Portuguesa

e pouquíssimo conhecimento de internet. É só seguir o passo-a-passo que aparece nos sites que oferecem
esse serviço. Muitos blogs são individuais, mas há também diários de turmas e de fãs de qualquer coisa,
de chocolate branco ao filme Guerra nas Estrelas. A mania surgiu nos Estados Unidos há quatro anos e já
tem milhões de adeptos em todo o mundo – estima-se que no Brasil passem de 100000.
Blog é uma abreviação de weblog, ou, em português, arquivo na rede. As possibilidades são infinitas. Pode-
se juntar texto próprio com imagens, sons, desenhos tirados da rede e mesmo dos sites que os abrigam. A
diferença em relação às antigas páginas pessoais na rede é que no blog tudo é escancarado e o visitante pode
deixar comentários ou as próprias fotos. E tudo isso gratuitamente. "Escrevo porque gosto de extravasar
minhas emoções", diz Little Richard, blogueiro paranaense de 19 anos que jura que não se chama Ricardo.
Diferentemente do diário de papel, o blog não é coisa só de menina. Os garotos também se divertem. Muda
apenas o assunto. Numa simplificação grosseira, pode-se dizer que elas falam mais de sentimentos. Eles
preferem falar uns dos outros e de futebol. Para ambos os sexos, o objetivo é mostrar um ponto de vista.
101
"No início, não sabia mexer direito, usava os modelos-padrão para o blog. Daí fui pesquisando e aprendi
a mexer nos códigos, alterar as páginas", diz a paulista Bianca Geocze, 18 anos, estudante de um cursinho
pré-vestibular. Logo que aderiu ao blog, há pouco mais de um ano, ela chegava a atualizar seu site (www.
bih.bloger.com.br) duas vezes por dia. Hoje faz isso a cada dois dias. Escreve sobre escola, amigos, viagens,
baladas e publica fotos do cachorro, dos amigos e, claro, dela mesma. "Eu acho legal aparecer, mostrar
fotos e falar de mim e do que gosto."
Disponível em: http://origin.veja.abril.com.br/especiais/jovens_2003/p _040.html. Acesso em: 10 de ago. 2017.

7. Retire do texto exemplos de opiniões e fatos.


Opiniões: “Escrevo porque gosto de extravasar minhas emoções” (...)”.
“Eu acho legal aparecer, mostrar fotos e falar de mim e do que gosto."
“Escrever um diário on-line exige desprendimento da própria intimidade e pouquíssimo conhecimento
de internet.”
Fatos: “Blog é uma abreviação de weblog, ou, em português, arquivo na rede. ”
“Eles preferem falar uns dos outros e de futebol. ”
“ Os melhores diários do passado tinham um pequeno cadeado. ”

8. Como a notícia, a reportagem também é um gênero jornalístico. Apresenta informações de modo mais
aprofundado do que a notícia e também opiniões e pontos de vista sobre fatos e assuntos que interessam
ao público do jornal ou de revista. Busca a impessoalidade, mas pode conter, a respeito do assunto
tratado, o ponto de vista do seu autor e de entrevistados. A reportagem lida tem por assunto o uso do
blog – uma espécie de diário on-line muito usado pelos jovens atualmente, em substituição ao diário
convencional. Para enriquecer a abordagem do assunto, a reportagem cita a opinião de blogueiros.
a) Retire do texto as opiniões de Little Richard e de Bianca Geocze.
Opinião de Little Richard:“Escrevo porque gosto de extravasar minhas emoções (...)".
Opinião de Bianca Geocze: "Eu acho legal aparecer, mostrar fotos e falar de mim e do que gosto."
b) Esses pontos de vista são complementares, semelhantes ou contraditórios?
Os pontos de vista de Little Richard e de Bianca Geocze são semelhantes.

Leia o texto e, a seguir, responda as atividades 9 e 10.


No diário
Elias José
Diário, amigo meu, Meu pai dá risinhos.
fica aí quietinho, Diz que todos os diários são iguais,
fechado a sete chaves. cheios de muitos sonhos
e pequenas desilusões.
Gosto de ver como você desperta
curiosidade nesta casa O cidadão M.J.S.,
e naquela carinha. O tal carinha, convencido e "Dom Juan",
já me perguntou se falo dele
Minha irmã ofereceu
em 90% das páginas.
metade da mesada dela
só pra penetrar nos meus segredos. Tem gente que tem caixas-fortes,
cofres de tesouros, mapas de minas.
Meu irmão sempre perturba,
Eu tenho você, meu Diário.
dá desculpas de procurar coisas...
só pra ler alguma coisa Sem a chave (tão bem escondidinha),
Língua Portuguesa

quando escrevo em você. Como vão ler você, meu Diário?

Disponível em: <http://enasser.blogspot.com.br/2008/05/poesia-para-adolescentes.html>. Acesso em: 11 ago. 2017.

9. A quem se referem as palavras destacadas nos trechos a seguir?


a) “já me perguntou se falo dele”.
A palavra “dele” se refere ao “O cidadão”, “O tal carinha”.
b) “metade da mesada dela”
A palavra “dela” se refere à “Minha irmã”.

10. Qual é o sentido da palavra “desperta” no verso “Gosto de ver como você desperta/curiosidade nesta casa”?
A palavra “desperta”, neste verso, tem o sentido de “provocar”, “causar”.
102
Competências
Socioemocionais
CARO (A) PROFESSOR (A),
Educação é um direito de todo o jovem e está atrelado ao acesso à escola, ao conhecimento
e à formação em todas as dimensões do ser humano. Levar essa perspectiva para o dia a dia da
escola de forma estruturada e intencional requer inovações na escola, na formação de professores
e nas práticas pedagógicas que são utilizadas em sala de aula. Para isso, é importante reunir os
conhecimentos que já vêm sendo produzidos, tanto pelos próprios professores, no cotidiano das
escolas, quanto por pesquisadores e especialistas de diversas áreas.
Cientes da importância de aprofundar a reflexão sobre o que são as chamadas competências
socioemocionais e o impacto delas para a aprendizagem e para a vida de nossos estudantes, a
Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esporte de Goiás, em parceria com o Instituto Ayrton
Senna (IAS), oferece a você, professor da nossa rede, um primeiro contato com a experiência de
trabalhar de forma intencional e estruturada com as competências socioemocionais em sala de
aula de forma concomitante aos conteúdos curriculares que você já desenvolve regularmente
com seus estudantes.
O IAS é uma organização que, há 23 anos, acumula experiência no campo do desenvolvimento
humano e integral: além de uma área dedicada à pesquisa, à reunião de dados e produção
de conhecimentos para embasar a construção de políticas e práticas de educação integral
(compreendida como a educação que pode ser realizada em tempo integral ou parcial, cujo objeti
vo é o pleno desenvolvimento dos estudantes), o Instituto desenvolve e implementa diversas
soluções educacionais de educação integral junto à secretarias de educação do país.
A primeira parte desse material apresenta o arcabouço teórico dessa proposta. Ela aborda
a sistematização do conhecimento de especialistas sobre educação integral e competências
socioemocionais. Além disso, traz a refl exão sobre fazeres que fazem a diferença na promoção da
educação integral. São metodologias que muitos de vocês já utilizaram em sala de aula, mas com uma
proposta de pensá-las intencionalmente para o desenvolvimento de competências dos estudantes.
A segunda parte traz orientações que apoiam o planejamento de aula, pensando o
desenvolvimento de competências em todos os momentos: abertura, desenvolvimento e
fechamento da aula. São informações, dicas e links para aprofundamento, dos quais você pode
lançar mão sempre que perceber uma oportunidade de trabalhar um conteúdo associado ao
desenvolvimento de competências para a vida dos seus alunos.
Os estudantes estão cientes da proposta de vivenciar algumas aulas com mediação
diferenciada. Os mais curiosos talvez perguntem sobre quando eles a experimentarão. É
interessante ser franco(a) sobre a intenção de usar ou não essa proposta em suas aulas. Você
pode esperar até o momento em que se sentir mais confortável para usá-las, mas não perca a
oportunidade de oferecer essa nova experiência a seus estudantes! É uma ótima oportunidade
de desenvolvimento para ambos. Assim, contamos com o seu compromisso na implementação
de uma educação integral que promova oportunidades de transformação para os jovens.
Bom desenvolvimento em 2018!

Secretaria de Educação, Cultura e Esporte de Goiás e Instituto Ayrton Senna


QUAL CONCEITO DE EDUCAÇÃO INTEGRAL ESTAMOS UTILIZANDO?
Alinhados com a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948), com a Constituição
da República (1988) e outras declarações, das quais o Brasil é signatário, entendemos o papel
da educação como acesso ao pleno desenvolvimento do ser humano em todas as dimensões,
incluindo competências, atitudes e valores necessários para trabalhar, participar plenamente da
sociedade, conduzir a vida com autonomia e continuar aprendendo ao longo dela.

EDUCAÇÃO INTEGRAL É GERALMENTE CONFUNDIDA COM PERÍODO


INTEGRAL. POR QUÊ?
O termo educação integral é ainda bastante polissêmico. As políticas e experiências que
aconteceram no Brasil, desde a década de 1930, trataram o tema pelo viés da ampliação do
tempo, com intencionalidades que variaram da esfera da assistência social (manter as crianças
e jovens longe das ruas) à oferta de atividades lúdicas ou culturais que não se articulavam
como um currículo. Nossa concepção de educação integral não necessariamente envolve o
tempo que os estudantes passam na escola, mas foca na qualidade dos processos educacionais,
em alinhamento com o que o documento que norteia a construção da Base Nacional Comum
Curricular (BNCC) estabelece:
“Independentemente da duração da jornada escolar, o conceito de
Educação Integral com o qual a BNCC está comprometida se refere
à construção intencional de processos educativos que promovam
aprendizagens sintonizadas com as necessidades, as possibilidades e
os interesses dos estudantes e, também, com os desafios da sociedade
contemporânea, de modo a formar pessoas autônomas, capazes de se
servir dessas aprendizagens em suas vidas.” (BRASIL, 2017, p.18)”

O QUE SÃO COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS?


A capacidade de mobilizar, articular e colocar em prática conhecimentos, valores, atitudes e
habilidades para se relacionar com os outros e consigo mesmo assim como estabelecer e atingir
objetivos e enfrentar situações adversas de maneira criativa e construtiva.

QUAL A RELAÇÃO DAS COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS COM A


AUTONOMIA?
Considerando a ênfase na formação para autonomia, propomos que o desenvolvimento de
competências socioemocionais considere, então, a capacidade de cada pessoa de:

Relacionamento Relacionamento Combinar Tomar decisões Abraçar


consigo mesmo com os outros objetivos e responsáveis novas ideias,
persisti r em ambientes e
Conhecer a si Falar claramente alcança-los Fazer escolhas desafi os
mesmo, suas com os outros, com base em
Pensar sobre o Buscar conhecer
limitações, o saber escutar e informações que
que você quer coisas novas
que você gosta e respeitar com você coletou e
fazer no futuro e quando se sentir
entender como quem você fala, considerando os
agir nesse senti confortável
você lida com as independentemente seus impactos
do. É importante e curioso(a).
próprias emoções. de serem colegas, em diferentes
continuar Explorar é algo
É muito importante pais, professores aspectos da sua
trabalhando diferente para
cultivar o e até mesmo vida e para os
mesmo quando cada um, pois
autoconhecimento pessoas que você outros, quando
encontramos temos interesses
e exercitá-lo todos não conhece for o caso.
desafi os no nosso diferentes. É legal
os dias!
dia a dia! respeitar!
POR QUE A OPÇÃO POR UM CONJUNTO ESPECÍFICO DE COMPETÊNCIAS
SOCIOEMOCIONAIS?
Especialistas na Psicologia e na Economia têm proposto modelos variados para organizar e
analisar as competências socioemocionais, com diferentes nomes. Grupos de pesquisadores
trabalharam para produzir um modelo que fosse abrangente e organizasse as competências
de acordo com o seu grau de abstração. Na esteira desses estudos, o Instituto Ayrton Senna
vem construindo conhecimento sobre o que são, como se desenvolvem e como mensurar
competências socioemocionais, a partir de aportes de áreas como a economia, a pedagogia, a
psicometria e as neurociências, entre outras.

QUAL O MODELO ESCOLHIDO PELA REDE DE GOIÁS PARA O APRENDER+?


Apresentamos um modelo organizati vo, voltado à avaliação de competências socioemocionais
que acomoda as competências de modo empírico em cinco dimensões:

Determinação Iniciativa Social Empatia


Organização Assertividade Respeito
Foco Confiaça
Entusiasmo
Persistência
Responsabilidade
ENGAJAMENTO
AUTOGESTÃO AMABILIDADE
COM OS OUTROS

Tolerância Curiosidade
ao estresse para aprender
Autoconfiança Imaginação criativa
Tolerância Interesse artístico
a frustação
RESILIÊNCIA ABERTURA
EMOCIONAL AO NOVO
Nesse modelo, os nomes na faixa branca correspondem a macro competências, que agregam as
competências listadas no corpo de cada caderno. Por exemplo, a macro competência “engajamento
com os outros” engloba as competências de iniciativa social, assertividade e entusiasmo.

QUAIS AS EVIDÊNCIAS DO IMPACTO DESSAS COMPETÊNCIAS NA VIDA


DOS ESTUDANTES?
Há evidências de pesquisas nacionais e internacionais de que o desenvolvimento de
competências socioemocionais melhora o aprendizado e o ambiente escolar, mas também tem
efeitos em outros aspectos da vida, como empregabilidade, saúde emocional, entre outros.
Por exemplo:
ABERTURA AO NOVO é associado ao avanço na escolaridade, aumento de competências
cognitivas, diminuição do absenteísmo na escola e aumento de notas. Estudo de 2017
de Santos, Primi e Miranda indicam que altos níveis dessa competência melhoram o
desempenho em português, história, geografia, física e biologia.
AUTOGESTÃO também é crucial para o resultado acadêmico. Estudos no Brasil indicam
que altos níveis dessa competência melhoram o resultado em matemática e química. Para
além do ambiente escolar, essas competências ajudam no alcance de metas profissionais,
segundo estudo de Barros, Coutinho, Garcia e Muller (2016).
RESILIÊNCIA EMOCIONAL está associada à redução de absenteísmo no trabalho
(Stömer e Fahr, 2010), equilíbrio salarial (Pinger e Piatek, 2010; Rosenberg, 1965), melhor
desempenho no emprego (Duckworth et al, 2011) e aumento nas chances de ingresso no
ensino superior(Rosenberg, 1965). Estudos no Brasil também apontam para a diminuição
de distúrbios alimentares (Tomaz, & Zanini, 2009).
ENGAJAMENTO COM OS OUTROS estudantes que o desenvolveram tendem a se sair
bem no mundo do trabalho (Cattan, 2010) e a não evadir da escola (Carneiro et al, 2007).
AMABILIDADE está associada à conclusão no ensino médio de estudantes menos
agressivos (Duncan e Magnusson, 2010) e à diminuição de indicadores de violência em
geral (Santos, Oliani, Scorzafave, Primi, De Fruyt, & John (2017).

QUAIS CUIDADOS DEVEMOS TER AO TRABALHAR COM COMPETÊNCIAS


SOCIOEMOCIONAIS?
O trabalho com as competências socioemocionais deve ser entendido como algo que envolve:
Formulação de políticas públicas para garantir a equidade
Promoção do desenvolvimento integral do jovem, integrando competências cognitivas,
socioemocionais e físicas, entre outras.
Reflexão sobre a diversidade dos alunos e as possibilidades de usá-las nos processos de
ensino e aprendizagem.

Planejamento de atividades e projetos institucionais para o desenvolvimento das


competências socioemocionais dos alunos da rede ou da escola.

Para isso, alguns cuidados devem ser tomados:


Não usar comportamentos dos alunos para responsabilizar o professor. O
desenvolvimento das competências é resultado de uma combinação de fatores.
Não traçar um perfil ideal de estudante a ser perseguido pela escola.

Não traçar as características dos alunos como algo dado e que não pode ser mudado.
Não justificar problemas ou naturalizar o comportamento dos estudantes, uma vez que
o objetivo do teste é ajudá-los a superar as dificuldades.

DEFINIÇÃO DAS COMPETÊNCIAS APRESENTADAS

AUTOGESTÃO
As competências de auto-gestão ajudam que cada um estabeleça metas e persista para
cumpri-las, com planejamento e organização

DETERMINAÇÃO ORGANIZAÇÃO FOCO


É ser ordeiro, eficiente,
PERSISTÊNCIA
É a ambição e motivação “Atenção seletiva”:
É completar tarefas
para trabalhar duro apresentável e pontual. a capacidade de
e terminar o que
- é fazer mais do que A organização aplica-se selecionar um objetivo,
assumimos/começamos,
apenas o mínimo que aos nossos pertences tarefa ou atividade
ao invés de deixar
se espera. Quando pessoais e aos da e não direcionar
para depois ou desistir
temos determinação, escola, bem como ao toda nossa atenção
quando as coisas
estabelecemos padrões planejamento de nossos apenas para a tarefa
ficam difíceis ou
elevados e trabalhamos horários, atividades “selecionada” e nada
desconfortáveis. É
intensamente para e objetivos futuros. mais. É especialmente
continuar a trabalhar
fazer progressos. Isso Coordenar nossa vida mais difícil quando a
em um problema
significa nos motivar e e planos de forma tarefa em que estamos
desafiador, tarefa ou
colocar todo o tempo e organizada e mantê- trabalhando não é
projeto, superando
esforço que pudermos los assim requer o uso muito interessante para
as dificuldades até “o
para alcançar nossos cuidadoso de tempo, nós, ou repetitiva ou
trabalho estar feito.”
objetivos atenção e estrutura desafiadora.

RESPONSABILIDADE
É gerenciar a nós mesmos, a fim de conseguir realizar nossas tarefas, cumprir compromissos e promessas que fizemos,
mesmo quando é difícil ou incoveniente para nós. É agir de forma confiável, consistente e previsível, para que outras
pessoas sintam que podem contar conosco e, assim, confiar em nós no futuro.
ENGAJAMENTO COM OS OUTROS
As competências de Engajamento com os Outros nos ajudam a falar com outras pessoas, mesmo
desconhecidas. Também, nos ajuda a manifestar o que pensamos e a agir com vitalidade.

ASSERTIVIDADE
INICIATIVA SOCIAL ENTUSIASMO
É demonstrar firmeza: quando
É a habilidade de aproximar-se e Envolver-se ativamente com a
a situação exige, precisamos
relacionar-se com os outros, como vida e com outras pessoas de uma
ser capazes de fazer-nos ouvir
os amigos, os professores e pessoas forma positiva, alegre e afirmativa,
para dar a voz aos nossos
novas que podem, eventualmente, sentir “gosto pela vida”. quando
sentimentos, necessidades,
tornar-se amigas. Especificamente, somos entusiasmados, encaramos
opniões e de exceder influência
trata-se de iniciar, manter e nossas tarefas diárias com alegria
social. A capacidade de afirmar
apreciar as relações e o contato e interesse, apreciando o que
nossas próprias ideias e
social. Praticar iniciativa social fazemos e mostramos nossa
vontades é muito relevante
nos torna mais hábeis no trabalho paixão ao outro. Entusiasmo é ter
para a realização de metas
em equipe, na comunicação uma atitude positiva: encarar o
importantes para nós mesmos
expressiva e para falar em público. dia-a-dia com energia e emoção.
ou para o grupo.

AMABILIDADE
As competências de Amabilidade ajudam que cada um assuma o melhor das outras pessoas,
que as tratem bem e com respeito.
RESPEITO CONFIANÇA
EMPATIA Tratar outras pessoas, com É acreditar que as pessoas próximas
É usar nossa compreensão
consideração, lealdade e tolerância, são fundamentais para o nosso
da realidade, da vida e
ou seja, a forma como gostamos crescimento, seja quando podemos
habilidades, para entender as
de ser tratados. Significa mostrar- confiar em suas boas intenções
necessidades e sentimentos
se atento aos sentimentos, ou quando precisamos perdoar
dos outros, agir com gentileza
desejos, direitos, crenças ou por terem feito algo errado.
e respeito e investir em nossos
tradições dos outros. O respeito Em vez de ser rude e julgar os
relacionamentos, ajudando e
nos obriga a controlar impulsos outros, a confiança nos permite dar
prestando apoio e assistência.
agressivos ou egoístas. outra chance.

RESILIÊNCIA EMOCIONAL
As competências de Resiliência Emocional nos ajudam a manter a calma e lidar bem com
situações que nos estressam. Com ela vemos o lado positivo das coisas.

TOLERÂNCIA AO ESTRESSE AUTOCONFIANÇA


É podermos administrar TOLERÂNCIA A FRUSTAÇÃO
É um sentimento de força
nossos sentimentos negativos É a habilidade de desenvolver
interior - é sentir-se bem com
nas situações e sabermos estratégias eficazes para
o que somos, com a vida que
maneiras de lidar com eles de regular o sentimento de
vivemos e manter expectativas
forma contrutiva e positiva. raiva e irritação, mantendo
otimistas sobre o futuro. É a voz
Quando fazemos isso, vivemos a tranquilidade e serenidade
interior que diz “sim, eu posso”,
relativamente livres de perante as frustações, evitando
mesmo se, no exato momento,
preocupação exessiva e somos assim o mau humor, fácil
as coisas pareçam difíceis ou
capazes de resolver nossos pertubação ou instabilidade
não estejam indo tão bem.
problemas calmamente.

ABERTURA AO NOVO
As competências de Abertura ao Novo influenciam a curiosidade em conhecer as coisas com
profundidade, no interesse por novidades e na vontade de criar e contribuir de forma original.

IMAGINAÇÃO CRIATIVA INTERESSE ARTÍSTICO


CURIOSIDADE PARA APRENDER Facilidade em gerar formas Valorizar, admirar e apreciar o
Consiste no forte desejo novas e interessantes de fazer desenho das coisas, as produções
de aprender e adquirir ou pensar sobre coisas, por meio artísticas e ver beleza em todas as
conhecimentos e habilidades. de “tentativa e erro”, ajustes, suas formas. Podemos usar nossa
Quando somos curiosos, reunimos aprendendo com as falhas ou imaginação e habilidades criativas
interesses em ideias e uma paixão tendo uma ideia ou uma visão para produzir ou vivenciar arte em
pela aprendizagem, exploração quando descobrimos algo que não muitos domínios diferentes, tais
intelectual e compreensão. sabíamos ou entendíamos antes. como verbal, musical, etc.
DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS POR MEIO DA PRÁTICA DE
METODOLOGIAS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL: FAZERES QUE FAZEM A DIFERENÇA
Estudos apontam que há diversas formas para se promover o desenvolvimento de competências
socioemocionais na escola. Nesta proposta, convidamos você para a uti lização estruturada intencional
de três metodologias de educação integral que possibilitam o desenvolvimento de competências
socioemocionais e impactam positivamente na aprendizagem dos conteúdos curriculares. Essas
metodologias são: Presença Pedagógica, Aprendizagem Colaborativa e Problematização.
Presença Pedagógica: aprender na relação com professor
Todos nós, que já fomos estudantes, temos lembranças de professores que marcaram de
modo consistente e positivo nossa trajetória escolar. Faça uma pausa e busque se lembrar
de um(a) professor(a) que faça parte de suas memórias escolares. Quais são as principais
características desse profissional? O que ele(a) fazia que o(a) tornava tão especial?
Professores que se tornam boas referências costumam ser marcantes pelo acolhimento,
respeito e generosidade com que se dirigem aos estudantes, pelo cuidado na interação em
situações de convívio e de aprendizagem e também com relação à qualidade da mediação
dos conteúdos a serem ensinados. Assim, professores que praticam essas atitudes de modo
estruturado e intencional são profissionais que exercem a presença pedagógica.
Esta metodologia se traduz na capacidade do professor se fazer presente, de forma construtiva, no
cotidiano escolar do estudante. Ou seja, ela se traduz na interação professor-estudante, construída
em diversas situações, espaços e tempos da escola.
A presença pedagógica envolve:
 O exercício do acolhimento e da abertura para construir uma relação de confiança com
os estudantes.
 A mediação do professor nas situações de conflitos relacionais, buscando envolver os
estudantes na reflexão sobre os diferentes aspectos e na resolução do problema, ao
invés de agir como o único “resolvedor”.
 O compromisso do professor com relação à aprendizagem dos estudantes, traduzido na
confiança no potencial de cada um, nas expectativas elevadas sobre suas capacidades
de aprender e na persistência e investimento em ensinar.
Aprendizagem colaborativa: aprender na relação com os pares
Assim conforme a presença pedagógica, a aprendizagem colaborativa se fundamenta na
premissa de que o conhecimento e a autonomia se constroem por meio da interação. Se, no exercício
da presença pedagógica, está em jogo a interação entre professor-estudantes-conhecimento, na
metodologia aprendizagem colaborativa, o foco é a interação entre os estudantes e o conhecimento.
O aprendizado entre pares é uma modalidade de aprendizagem que se configura, na sala de aula
em rodas de conversa, trabalhos em duplas, trios e pequenos grupos. Todos esses são espaços
privilegiados, para que os estudantes assumam o protagonismo de sua aprendizagem e desenvolvam
competências socioemocionais.
Praticando a aprendizagem colaborativa, o (a) professor (a):
 Promove oportunidade para estudantes desenvolverem a liderança e autonomia;
 Corrobora para que estudantes sejam expostos a situações em que precisam ser
“resolvedores” de problemas;
 Cria espaços para que estudantes descubram diferentes pontos de vista e experimentem
distintos modos de se comunicar com clareza;
 Estimula que os estudantes aprendam e ensinem entre seus pares, compreendendo que o
saber deve circular entre todos na escola
A problematização: aprender pelo convite à reflexão
A problematização faz contraponto à ideia de que estudantes silenciosos e cadernos cheios
de anotações são sinônimos de aprendizagem. Assim, com a aprendizagem colaborativa, a
problematização passa a ser uma metodologia que se desenvolve pela participação em torno de
situações-problema, a qual exige o exercício da presença pedagógica do professor durante a mediação.
Esta metodologia consiste na mediação do professor em situações de aprendizagem, que tem
como objetivo fomentar a reflexão dos estudantes, em vez de apresentar conclusões. Problematizar
envolve que o professor e sua turma exercitem a escuta ativa para que o espaço de discussão e
aprendizagem aconteça com respeito às diversas opiniões e conhecimentos presentes na sala de aula.
Para isso, o professor trabalha a partir dos conhecimentos prévios dos estudantes e faz perguntas e
estimula ações de pesquisa para tirá-los de sua zona de conforto, mobilizando-os a querer aprender
mais. Portanto, a problematização imprime às práticas pedagógicas a importância de considerar o
aprendizado como um processo incessante, inquieto, curioso e, sobretudo, permanente por saber.
A problematização requer:
 Que o professor não seja um “explicador”, mas sim um mediador que promove espaços
para reflexões complexas;
 Que o professor planeje suas aulas elaborando perguntas e situações-problemas que
sejam instigantes aos estudantes e que promovam interesse pelo saber;
 Que o conhecimento prévio dos estudantes seja considerado como ponte para a
aquisição de novos saberes.

Leia mais sobre as metodologias de educação integral, acessando o link: http://bit.ly/MetodologiasEI

ENTÃO, PROFESSOR(A)!
Após a leitura acerca da Educação Integral, do desenvolvimento de competências e das
metodologias para a educação integral, você deve estar se perguntando: que proposta é esta? Como
ela está organizada? E como a colocaremos em prática?
Primeiramente, gostaríamos de reforçar que essa é proposta de sensibilização para o
desenvolvimento das competências socioemocionais, que dialoga com ações que você já possui
incorporadas em sua atuação pedagógica. Pretende-se com essas orientações convidá-lo(a) para
um planejamento intencional de fazeres, com o objetivo de promover espaços de desenvolvimento
de competências valiosas para as relações de seus estudantes com o outro, com o mundo e com o
conhecimento.
Mas, como esta proposta está organizada? E como colocá-la em prática?
Nas páginas a seguir, você será convidado(a) a planejar, executar e avaliar suas aulas, de modo que
fomentem o desenvolvimento de competências socioemocionais. As orientações estão organizadas
em três seções, a saber: (a) apresentação da aula, (b) desenvolvimento da aula e (c) fechamento da
aula. Para cada seção, apresentamos atitudes fundamentais para você praticar as metodologias de
educação integral em suas aulas.
Além disso, compartilhamos dicas de atividades que, quando planejadas com intencionalidade,
promovem impactos positivos, no aprendizado dos conteúdos curriculares e no desenvolvimento de
competências socioemocionais.
Ainda, ao final das três seções, disponibilizamos uma seleção especial de links para a ampliação de
seu repertório sobre desenvolvimento de competências socioemocionais de educação integral no
Brasil. Nestes links, você encontrará imagens, relatos de professores e estudantes que já fazem uso
dessas metodologias, além de vários textos sobre os temas em questão.
E a avaliação, como fica?
Reforçamos que a proposta não é quantificar ou hierarquizar o desenvolvimento das competências
socioemocionais. O convite é que você reflita sobre os impactos da implementação dessas orientações
na sua prática docente e no aprendizado dos estudantes. Não vale dar nota para o desenvolvimento
das competências, mas vale refletir e celebrar cada conquista com sua turma!
E que tal criarmos uma comunidade de sentido e de práticas entre os docentes da rede estadual de
Goiás, para que possamos compartilhar as conquistas e os desafios da experiência de implementação
desta proposta? Acesse o link http://bit.ly/RegistroDocenteAprender para registrar suas vivências e
compartilhar seus aprendizados.
E os estudantes? Como envolvê-los neste processo?
Uma das premissas para a mediação de aulas que promovam o desenvolvimento de competências
socioemocionais é que cada aula seja ministrada com os estudantes, e não apenas para eles/elas.
No material Carta ao Estudante, eles foram avisados de que, neste ano de 2018, serão convidados
para experimentarem aulas diferentes, a partir das quais possam aprender, além dos conteúdos das
disciplinas, a se conhecerem melhor, a se comunicarem melhor, a expressarem sua criatividade e
encontrarem aquilo que os motiva a viver.
Acesse o link http://bit.ly/Carta_ao_Aluno e conheça o material que os estudantes receberão.
Este será o primeiro passo para integrá-los à proposta. O segundo passo será preparar suas aulas,
de modo que haja clareza sobre as potencialidades das suas ações pedagógicas em fomentar o
desenvolvimento de competências socioemocionais dos estudantes.
E, para lhe auxiliar nesse processo, basta continuar a leitura destas orientações.
Um excelente trabalho!

METODOLOGIAS DE EDUCAÇÃO INTEGRAL NA SALA DE AULA


A ABERTURA DA AULA
O momento de abertura da aula é privilegiado para que os estudantes construam sentido em
relação às aprendizagens esperadas para o dia, bem como para que desenvolvam uma atitude de
corresponsabilização na construção do conhecimento durante a aula. O planejamento da aula,
ancorado de modo intencional nas metodologias de educação integral, é fator determinante para
o desenvolvimento das competências: responsabilidade, empatia, autoconfiança, amabilidade etc.
Ainda, o engajamento e a participação ativa da classe, tão logo a aula se inicie, asseguram maior êxito
nos momentos subsequentes, ou seja, no desenvolvimento e no fechamento.
Mas, como envolver os estudantes na abertura da aula? Convidamos você para reservar alguns
minutos de sua aula, no sentido de promover uma rotina de abertura que, processualmente,
impactará no engajamento de seus estudantes e na promoção de uma participação colaborativa
e protagonista.
A Presença Pedagógica na abertura da aula: o cuidado com a presença pedagógica se inicia no
planejamento da aula, nas reflexões sobre como estabelecer interlocuções produtivas na mediação
entre conhecimento e estudantes.

Como cuidar da presença pedagógica na abertura da aula e promover o


desenvolvimento de competências socioemocionais?
 Seja pontual e valorize a presença de seus estudantes - esta ação potencializará
o sentimento de pertença dos estudantes à escola e às suas aulas.
 Apresente, com clareza, os objetivos da aula, as expectativas de aprendizagem
e os conteúdos que serão estudados no dia - esta estratégia
auxilia na organização mental do itinerário a ser percorrido na aula
e promove o desenvolvimento da autogestão da aprendizagem.
 Faça combinados sobre a condução da aula - mostre a seus estudantes que
a aula não está centralizada em suas ações. Todos
em sala são corresponsáveis pelas discussões e aprendizagens proporcionadas.

A Aprendizagem Colaborativa na abertura da aula: para fomentar a interação entre estudantes


e conhecimento, por meio da colaboração, é preciso estar aberto(a) ao redimensionamento da
organização da turma na sala de aula e à participação dos estudantes. Auxilie-os(as) a desenvolver
competências a exemplo da empatia, e da abertura para o novo, recorrendo à aprendizagem
colaborativa na abertura de sua aula.

Como cuidar da aprendizagem colaborativa na abertura da aula?


 Organize, com os estudantes, a melhor estrutura do espaço físico para a
aula – essa atitude envolve a turma desde o momento inicial da aula e
estimula o desenvolvimento da criatividade e responsabilidade.
 Planeje sua aula de modo que sejam assegurados momentos de trocas
de saberes e experiências em relação à temática do dia; desta
forma, você contribui para que sua aula seja um espaço valioso para o
desenvolvimento da comunicação, da empatia e do foco.
 Estimule os estudantes para que, a cada dia, haja uma liderança responsável
para a organização da abertura da aula.
A Problematização na abertura da aula: as estratégias utilizadas à mediação da abertura
da aula serão decisivas para promover interesse dos estudantes e instigá-los a desejarem
aprender novos conhecimentos. O uso da problematização é um recurso para a promoção do
desenvolvimento de competências, a exemplo, a curiosidade para aprender, do engajamento
com os outros e do entusiasmo.

Como cuidar da Problematização na abertura da aula?


 Trabalhe com os conhecimentos prévios dos estudantes acerca do conteúdo a
ser desenvolvido no dia.
 Estimule os estudantes a relacionarem o tema da aula com conhecimentos
adquiridos em outras disciplinas – essa prática os convidará a reflexões
complexas sobre as aprendizagens.
 Retome, com o auxílio da turma, os aprendizados gerados na aula anterior.
 Crie oportunidades para que os estudantes construam relações entre o tema a
ser estudado e outros assuntos abordados em aulas anteriores.

DICAS DE OURO: A RODA DE CONVERSA NA ABERTURA DAS AULAS


Professor(a), que tal iniciar sua aula com uma roda de conversa? Esta atividade simples,
quando planejada com intencionalidade pedagógica, configura-se como uma estratégia
potente para a promoção da aprendizagem colaborativa e do desenvolvimento de
competências socioemocionais. Na abertura da aula, este recurso pode ser utilizado
para fazer o levantamento e trabalhar com os conhecimentos prévios da turma em
relação à temática do dia. Além de favorecer o compartilhamento de conhecimentos e a
participação de todos, a roda de conversa promove, intencionalmente, o desenvolvimento
de competências: a empatia para ouvir e compreender o ponto de vista do outro, a
comunicação, a curiosidade para aprender mais, a confiança etc.

O DESENVOLVIMENTO DA AULA
Estudos apontam que a atribuição de sentido ao que é aprendido na escola é um dos
maiores desafios educacionais da atualidade. O interesse dos estudantes pela escola e pelas
aulas está diretamente relacionado aos processos de significação que eles constroem em
relação aos conhecimentos adquiridos. Independente da faixa etária dos estudantes e do
conteúdo específico da aula, é preciso que eles tenham clareza quanto às aprendizagens
geradas na aula e à conexão dessas com seu mundo dentro e fora da escola.
Neste contexto, o engajamento promovido na abertura da aula será a porta de entrada
para a qualificação da participação dos estudantes durante todo o itinerário do dia. A
utilização das metodologias de educação integral no desenvolvimento da aula, por sua vez,
alicerça uma prática a partir de uma abordagem colaborativa, problematizadora e que esteja
conectada à vida dos estudantes.
A Presença pedagógica no desenvolvimento da aula: O exercício da presença pedagógica,
baseado no compromisso da promoção de aprendizagem, requer uma postura dialógica e
equilibrada em relação ao acolhimento e à exigência. Nesta perspectiva, o professor que
atua com presença pedagógica reconhece o potencial de seus estudantes, valoriza a sua
participação nas aulas, compreende o erro como um recurso para novos aprendizados. Ao
mesmo tempo, ele inicia e termina suas aulas com pontualidade e faz questão da participação
de todos, dá devolutivas quanto aos processos de aprendizagem, estimula os estudantes à
tomada de consciência acerca de seus processos de aprendizagem.
O educador Antonio Carlos Gomes da Costa, nos chama a atenção, contudo, para o fato
de que a presença pedagógica não se configura como um dom. Ao contrário, “a capacidade
de fazer-se presente, de forma construtiva, na realidade do educando (sic) é uma aptidão
que pode ser aprendida, desde que haja, da parte de quem se propõe a aprender, disposição
interior, abertura, sensibilidade e compromisso para tanto. ” (Costa, 1991. P.03)
Como cuidar da presença pedagógica na abertura da aula e promover o desenvolvimento
de competências socioemocionais?
 Construa, com seus estudantes, um ambiente propício para a aprendizagem, em
que todos possam ter vez e voz.
 Estimule sua turma a respeitar e conhecer diferentes pontos de vista e valores -
esta estratégia é um recurso importante para o desenvolvimento da abertura
para o novo, a curiosidade para aprender e a empatia.
 Chame seus estudantes pelo nome - embora pareça uma atitude simples, ela
contribui para a construção do sentimento de pertença na escola, além de
corroborar para o fortalecimento de sua identidade individual no contexto coletivo.
 Ensine a seus estudantes que o “erro” é parte importante nos processos de
aprendizagem. Considerar o erro como parte intrínseca do percurso é importante
para o desenvolvimento de competências como a resiliência emocional, a
tolerância à frustração, a autoconfiança e a curiosidade para aprender.
 Demonstre seu interesse pela cultura e experiência de seus estudantes com
sinceridade e escuta ativa. Mostre a eles que, em sala de aula, todos ensinam
e todos aprendem.
 Instigue seus estudantes a exporem seus conhecimentos e pontos de vista
sobre os conteúdos das aulas. Auxilie que compreendam que suas
contribuições fazem parte dos processos de aprendizagem de todos da turma.
 Assuma o papel de mediador em situações de suposta “indisciplina”. Contudo, não
seja o “resolvedor” da questão. Auxilie os estudantes a identificar, refletir e
contribuir na resolução de situações de conflito, indiferença, descompromisso etc.
Tome cuidado para que esse momento não seja algo moralizante - esta é uma
potente estratégia para a promoção do desenvolvimento da autonomia.

A Aprendizagem Colaborativa no desenvolvimento da aula: a mediação do professor


nas atividades em pequenos grupos e na roda de conversa é um convite para mudanças de
paradigmas no que tange à organização da classe e à centralização do conhecimento nas mãos
do professor. A aprendizagem colaborativa convida os estudantes para a corresponsabilidade
em aprenderem juntos, resolverem problemas entre si, contando com a mediação do
professor, nos casos em que não podem solucionar questões sozinhos. Essa estratégia
corrobora para o desenvolvimento da autonomia da turma em relação ao professor.

Como cuidar da aprendizagem colaborativa no desenvolvimento da aula?


 Oportunize que os estudantes experienciem organizações distintas na realização
de atividades: roda de conversa, trabalhos em duplas, trios, e pequenos
times – a exposição a atividades que fomentam o trabalho colaborativo promove o
desenvolvimento de competências como o respeito, a curiosidade para aprender e
a imaginação criativa.
 Apoie os estudantes na organização e na dinâmica dos trabalhos
em duplas, trios e times. No princípio, esta pode ser uma tarefa
desafiadora. Recomendamos que quanto mais novos forem os estudantes, a
preferência seja por agrupamentos menores.
 Estimule seus estudantes a resolverem as situações-problema do trabalho entre si –
essa estratégia potencializará o desenvolvimento de competências
fundamentais para o alcance a autonomia, tais como a abertura para o novo,
a resiliência emocional, o respeito e a assertividade.

Problematização na prática: Problematizar, mais que uma metodologia, é uma postura


frente ao conhecimento que promove, de forma intencional, situações desafiadoras para que
estudantes saiam de sua zona de conforto.
Como cuidar da Problematização no desenvolvimento da aula?
 No planejamento de suas aulas, faça antevisão de perguntas consistentes
e bem formuladas - boas perguntas instigam os estudantes à
busca de suas respostas e estimulam o desenvolvimento da determinação,
foco e persistência.
 Instigue a participação de vários estudantes nas rodas de conversa e estimule o
rodízio de lideranças nas atividades em duplas, trios e pequenos times.
 Estimule a reflexão de seus estudantes com a utilização de recursos que promovam
questionamentos (uma atividade de resolução de problemas, a leitura de um
texto que os convide a reflexões complexas sobre si e sobre o mundo, um
jogo que os convide a refletir sobre os conhecimentos adquiridos). Essas são
estratégias potentes para o desenvolvimento da criatividade, da persistência
e do interesse artístico.

DICAS DE OURO: O TRABALHO EM TIMES NO DESENVOLVIMENTO DA AULA


Professor(a), certamente você já vivenciou muitas situações de trabalhos em grupos em
sua caminhada escolar. Nesta proposta, convidamos você a trabalhar em times com seus
estudantes. Mas, qual é a diferença entre os trabalhos em grupos e os trabalhos em times?
A colaboração é a premissa basilar quando se trata de atividades em times. Nos trabalhos
em time, todos são responsáveis pela própria aprendizagem, pela aprendizagem do colega
e pelo desempenho do time. Não vale ser um participante passivo ou silencioso. No time,
todos devem expressar sua opinião e chegar a consensos para a resolução de problemas.
No desenvolvimento da aula, este é um recurso estruturante para que o conhecimento
circule entre os estudantes, promovendo o desenvolvimento da autonomia, organização,
empatia, responsabilidade e determinação.

O FECHAMENTO DA AULA
Professor(a), é hora do fechamento da aula! Após a leitura das orientações para o uso das
metodologias de educação integral na abertura e no desenvolvimento da aula, você deve estar
se perguntando: Como finalizo a minha aula, de modo que a turma tenha consciência das
aprendizagens geradas e se sinta mobilizada para nosso próximo encontro?
Vejamos as dicas e orientações para um fechamento de aula que avalie o conhecimento adquirido,
instigue a novos saberes e promova o desenvolvimento de competências.
A Presença Pedagógica no desenvolvimento da aula: a mediação do fechamento da aula é tão
importante quanto em sua abertura. Fortalecer a cultura acerca do fechamento da aula, como um
momento que vai além da sirene do intervalo, é um desafio comum a todos os professores. E a
construção de pequenos rituais de fechamento da aula, a partir da mediação e do uso da presença
pedagógica, pode ser estratégia que fortaleça a compreensão dos estudantes sobre esse momento.

Como cuidar da presença pedagógica no fechamento da aula?


 Dê feedbacks aos estudantes sobre sua participação na aula - além de fortalecer o
sentimento de pertença, esta ação contribui para o desenvolvimento
da autoconfiança.
 Faça uma síntese dos aprendizados gerados, de modo a avaliar se há dúvidas sobre
os conteúdos do dia.
 Diga aos estudantes qual será o tema da próxima aula. Instigue-os a novos
aprendizados.
 Auxilie seus estudantes a terem clareza e serem responsáveis pelo seu
desenvolvimento cognitivo e socioemocional – contribua para que percebam
o que e como estão se desenvolvendo.
A Aprendizagem Colaborativa no fechamento da aula: a realização de atividades que
promovem a colaboração propicia o aprendizado entre pares, na medida em que o estudante
que ainda não aprendeu determinado conteúdo pode aprender com quem já avançou. E
quem ensina, por sua vez, aprende ainda mais, pois precisa praticar competências que
exigem organização do pensamento e comunicação. No fechamento da aula, quando se
propõe autoavaliações, ou avaliações entre pares, também é uma oportunidade para que
esta avaliação seja processual e significativa para todos.

Como cuidar da aprendizagem colaborativa no fechamento da aula?


 Crie espaços para que os estudantes possam apresentar o que aprenderam no dia.
 Auxilie os estudantes a identificarem os conhecimentos adquiridos e as
competências desenvolvidas na aula.
 Instigue-os a refletir e compartilhar possibilidade de aplicabilidade dos
conhecimentos adquiridos em outras aulas e fora da escola.

A Problematização no fechamento da aula: o fechamento da aula também pode ser


momento de apresentação de problematizações que induzam os estudantes na busca de
respostas e promovam o interesse pelo conhecimento. Estimule seus estudantes a terem
uma postura investigativa, diante do objeto de conhecimento.

Como cuidar da Problematização no fechamento da aula?


 Estimule e crie espaços de interação, para que os estudantes tragam suas
opiniões sobre os conteúdos abordados na aula.
 Apresente situações-problema para que os estudantes se preparem para a
próxima aula.

DICAS DE OURO: SITUAÇÕES DESAFIADORAS COMO ESTÍMULO AO APRENDER A APRENDER


Professor(a), que tal finalizar sua aula de forma desafiadora e instigante? Deixe um
jogo, uma resolução de problemas, a indicação de um vídeo ou um pequeno texto para
ser lido. Ou, quem sabe, uma imagem? Uma obra de arte? Não se esqueça de trazer
sempre orientações claras sobre como explorar o conteúdo indicado. Os desafios ao
final da aula são recursos mobilizadores e instigantes que podem ampliar o tempo dos
estudantes em contato com os conteúdos e promover a autogestão para os estudos.

Um convite especial!
Falamos muito sobre o sentimento de pertença dos jovens em relação à escola e à sala
de aula. Esse sentimento, promovido pelo fortalecimento de comunidades de práticas, é
fundamental, também entre professores. Vamos construir uma comunidade de sentido e de
práticas acerca das conquistas, descobertas e desafios na implementação dessa proposta?
Acesse o link http://bit.ly/RegistroDocenteAprender, registre as aprendizagens vivenciadas
em suas aulas e conheça as experiências de outros colegas da rede de Goiás.

Para saber mais!


Acesso o link http://bit.ly/ParaSaberMais e saiba mais sobre como promover o
desenvolvimento de competências socioemocionais por meio do trabalho intencional e
estruturado com as metodologias para a educação integral.
CARO(A) ESTUDANTE,
Você já parou para pensar que a escola é um lugar onde você aprende muito mais do que
os conteúdos das disciplinas?
Se sim, que legal! É isso mesmo: a escola é um local para aprender a se conhecer, a conviver
com os outros, a conhecer e fazer coisas novas! Isso é especialmente importante numa fase
escolar de tantas novidades e aprendizados como é o Ensino Fundamental. Se ainda não
tinha pensado em uma escola que ofereça isso, que tal começar agora?
Este ano você vivenciará suas aulas de um jeito diferente! Você aprenderá matemática,
português ou ciências ao mesmo tempo em que aprende mais sobre quem é hoje e o que
quer para sua vida. Aprenderá história, geografia ou artes enquanto aprende a se relacionar
melhor com os outros e descobre o que o (a) motiva a crescer.

Poder conversar com Poder se relacionar


pessoas que você com pessoas de
sempre quis, mas diferentes grupos
tem vergonha! numa boa!

Poder colocar com Poder escutar


clareza suas opiniões e atentamente os
sentimentos em uma colegas e ser escutado
conversa em casa, na IMAGINE! por eles, respeitando e
escola ou com amigos! sendo respeitado(a) em
suas opiniões!

Poder confiar mais


em si mesmo(a) e
se fortalecer como Poder se superar como
pessoa a partir de seus estudante e aprender
interesses, sonhos e mais a cada dia!
desejos para o futuro!
QUERO SABER COMO ISSO VAI ACONTECER!
Você já ouviu falar em educação integral? Provavelmente, sim, pois este é um tema que
está sendo muito discutido. Algumas pessoas confundem educação integral com ficar mais
tempo na escola, mas nem sempre é assim. Então, independentemente de sua escola ser de
tempo integral ou tempo parcial, em 2018, você experimentará em algumas aulas, um pouco
do que é educação integral.
Esse é um tipo de educação que tem como objetivo o desenvolvimento pleno do estudante.
Você continuará a aprender os conteúdos, mas também terá oportunidades para desenvolver,
ao mesmo tempo, um conjunto de competências, chamadas socioemocionais, que fazem toda
a diferença para se sair bem na escola e na vida!
Essas competências têm a ver com:

REL ACIONAMENTO REL ACIONAMENTO


CONSIGO MESMO COM OS OUTROS

Conhecer a si mesmo, suas limitações, Falar claramente com os outros, saber


o que você gosta e entender como você escutar e respeitar com quem você fala,
lida com as próprias emoções. É muito independentemente de serem colegas,
importante cultivar o autoconhecimento pais, professores e até mesmo pessoas
e exercitá-lo todos os dias! que você não conhece!

TER OBJETIVOS E PERSISTIR TOMAR DECISÕES


EM ALCANÇÁ-LOS RESPONSÁVEIS

Pensar sobre o que você quer fazer no Fazer escolhas com base em informações
futuro e agir nesse sentido. É importante que você coletou e considerando os seus
continuar trabalhando mesmo quando impactos em diferentes aspectos da sua
encontramos desafios no nosso dia a dia! vida e para os outros, quando for o caso!

ABRAÇAR NOVAS IDEIAS,


AMBIENTES E DESAFIOS

Buscar conhecer coisas novas quando se


sentir confortável e curioso(a). Explorar é
algo diferente para cada um, pois temos
interesses diferentes. É legal respeitar!

Como você viu, essas competências são demais! Elas nos ajudam a aprender como superar
obstáculos no dia a dia e a não desistir diante do primeiro problema. E aprender tudo isso na
escola é melhor ainda!
ENTENDI!
E COMO OBA! MEUS PROFESSORES
ISSO VAI FARÃO ATIVIDADES DIFERENTES!
ACONTECER?

SIM! NÃO!

Não! Meus
Sim! Meus
professores
professores
ainda não
fizeram!
fizeram!

Que legal! Depois Sim! Reúna um grupo


da atividade, que tal Conversa de colegas para
compartilhar o que feita! Vão SIM! conversar com
você aprendeu nessa rolar as alguns professores
aula nas redes? atividades! e conheça o
planejamento deles!

SIM! NÃO! NÃO!

Refleti e vou Não! Não


compartilhar Não quero consegui
o que compartilhar nenhuma
aprendi! na rede! resposta!

Compartilhe suas Tente mais uma vez!


impressões e aprendizados Reúna novamente o
nas redes sociais utilizando grupo e fale com mais
a hashtag professores! Não desista!
#SOCIOEMOCIONAISGOIAS
NÃO!
Tudo bem! No entanto, que tal
compartilhar seus aprendizados
com seus professores e colegas
na escola? Se o seu/sua professor(a)
achar que ainda não está
na hora, tudo bem. Fica
para a próxima!
LEMBRE-SE...

É LEGAL PARTICIPAR ATIVAMENTE


NAS AULAS!
É LEGAL REFLETIR PARA VALER!
Prepare-se e sinta-se confortável
Ao final de algumas aulas, o(a)
para colocar suas opiniões de forma
professor(a) organizará uma rodada
respeitosa. É importante participar
de reflexão sobre tudo o que você
das atividades que o(a) professor(a)
pode ter aprendido. Pense para
propuser com empenho e aprender
além dos conteúdos da disciplina.
tudo o que puder com elas! E
O que você aprendeu ali que levaria
se tiver dúvidas, não hesite em
para outros espaços de sua vida?
perguntar! Seus colegas também
aprendem com elas.

É LEGAL COMPARTILHAR O QUE


FIQUE LIGADO!
VOCÊ PENSA!
Esse é um trabalho que visa o seu
Conte aos seus professores como
desenvolvimento! Mergulhe nessa
foi a experiência. Se você não for
experiência. As competências que
de falar na frente de todo mundo,
você aprenderá podem ajudar em
encontre um jeitinho de conversar
períodos de incertezas e mudança.
com eles em um momento só
Além disso, ajudam a visualizar o
de vocês. Sua opinião é muito
seu futuro como estudante e, mais
importante para que eles preparem
tarde, como profissional. Aproveite!
aulas ainda mais estimulantes!

BOAS APRENDIZAGENS E DESENVOLVIMENTO EM 2018!


REFERÊNCIAS

Aqui você encontra o que serviu de referência para a produção do material. E você pode
encontrar textos no link indicado anteriormente
BARROS, P.B. et al. O desenvolvimento socioemocional como antídoto para a desigualdade
de oportunidades. Relatório técnico
INAF 2016. São Paulo: Instituto Ayrton Senna e Instituto Paulo Montenegro, 2016.
CARNEIRO, P. et al. The Impact of Early Cognitive and Non-Cognitive Skills on Later
Outcomes. CEE Discussion Papers 0092, Centre for the Economics of Education, LSE, 2007.
CATTAN, S. Heterogeneity and Selection in the Labor Market. PhD thesis: University of
Chicago, 2010.
COSTA, A. C. G. Por uma Pedagogia da Presença. Governo do Brasil: Brasília,1991.
DUCKWORTH, A. et al. Personality psychology and Economics. IZA Discussion Paper 5500,
2011.
DUNCAN, G.J. and K. MAGNUSON. The Nature and Impact of Early Achievement Skills,
Attention Skills, and Behavior Problems. Working paper 2010 at the Department of
Education, UC Irvine, 2010
PIATEK, R.; P. PINGER. Maintaining (Locus of) Control? Assessing the Impact of Locus of
Control on Education Decisions and Wages. Institute for the Study of Labor (IZA), Discussion
Paper No. 5289, 2010.
ROSENBERG, M. Society and the adolescent self-image. Princeton, NJ: Princeton University
Press, 1965.
SANTOS, D.D. et al. Socio-emotional development and learning in school. Relatório Técnico
não publicado, 2017.
SANTOS, D.D. et al. Violence in the School Surroundings and Its Effect on Social and
Emotional Traits. Paper não publicado, 2017.
STÖRMER, S.; FAHR. R. Individual Determinants of Work Attendance: Evidence on the Role
of Personality. IZA Discussion Paper Nº 4927, 2010.
TOMAZ, R.; ZANINI, D.S. Personalidade e Coping em Pacientes com Transtornos Alimentares
e Obesidade, 2009.

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