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GUIA DA
DISCIPLINA
2019
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância
1. A LINGUAGEM
Objetivo:
Refletir sobre o conceito de linguagem e signo linguístico.
Introdução:
Desde que a humanidade percebeu as circunstâncias inerentes à vida em sociedade,
viu-se diante da necessidade de comunicar aquilo que sente, pensa, observa, registra e
interpreta do mundo. Todo esse processo de compartilhamento é bastante complexo, e por
isso o homem criou (e ainda cria) formas dinâmicas de representar sua realidade,
estabelecendo signos capazes de explicar e sintetizar suas ideias. O conjunto desses
signos, chama-se LINGUAGEM.
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Fonologia e Fonética
A Gramática Normativa estabelece uma área específica para o estudo do aspecto
sonoro das palavras: a FONOLOGIA.
FONOLOGIA uma área de estudo que abrange desde a identidade do som até a
interpretação da substância de um fonema. Essa área, no entanto, surgiu apenas no início
do século XX, e baseou-se em estudos anteriores, puramente descritivos, sobre a produção
e a articulação dos sons da fala: a FONÉTICA.
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A maior parte da literatura que trata de Fonética e Fonologia vem tentando fazer
uma distinção entre elas que não tem convencido aqueles que se aventuram nessas
áreas. Primeiramente, deve-se dizer que tanto a Fonética quanto a Fonologia têm
como objeto de estudo os sons da fala. Ou melhor dizendo, tanto a fonética quanto
a fonologia investigam como os seres humanos produzem e ouvem os sons da fala.
Em segundo lugar, deve-se observar que é difícil, senão impossível, fazer fonologia
sem antes entender de (ou fazer) fonética. É preciso, então, conhecer um pouco
mais sobre o status de cada uma dessas subáreas, sem tentar fazer uma distinção
simplista de suas funções ou modos de ação.
(SEARA,2011)
O objeto de estudo da fonologia, portanto, é a produção oral da palavra, que por sua
vez é a combinação de unidades sonoras que estabelecem, juntas, um significado.
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Cabe frisar que o fonema não é qualquer som isolado e aleatório. Para ganhar status
de fonema, em nosso estudo, é preciso que esse som estabeleça distinções significativas
entre palavras. Observe:
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Esses obstáculos acontecem pela articulação de dentes, úvula, alvéolos, palato (céu
da boca), língua e lábios.
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A produção dos sons que usamos para falar chama-se FONAÇÃO e acontece pela
ação conjunta de órgãos pertencentes ao aparelho digestório e ao aparelho respiratório,
aliados às pregas vocais (também conhecidas como cordas vocais) e à glote. A esse
conjunto chamamos APARELHO FONADOR, porque produz som (phono), voz.
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Outro aspecto da fala, considera que modo como esses sons são produzidos e
articulados envolvem um código lógico (sons inteligíveis) segundo a cultura do indivíduo
falante. Isso significa que todo ser humano produz sons, mas a maneira como esses sons
são articulados é determinada também pelo idioma utilizado para a comunicação.
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ORAL
É o som expelido livremente pela boca
2. Quanto à intensidade do som produzido, a vogal pode ser tônica ou átona (há
também uma classificação bastante específica de vogal subtônica).
subtônica (só aparece em palavras derivadas)- é a vogal que era tônica na palavra
primitiva, mas perde força na derivada Ex: CAFEZINHO
3. Quanto ao timbre do som emitido, uma vogal pode ser aberta ou fechada.
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2.5.
Classificação das Consoantes
Segundo a Nomenclatura Gramatical Brasileira de 1959 (e não houve mudança
depois disso) as consoantes classificam-se:
oclusivas constritivas
na fonação, há um obstáculo total à saída do ar pela na fonação, há um obstáculo parcial à saída do ar.
boca, com uma abertura rápida. Subdividem-se em fricativas, laterias e vibrantes
bilabiais labiodentais
há o contato dos lábios superior e inferior. há contato do lábio inferior e os dentes incisivos.
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linguodentais alveolares
há aproximação da língua e os dentes superiores. há aproximação da língua com os alvéolos.
palatais velares
acontece a aproximação do dorso da língua com o acontece a aproximação da parte posterior da
céu da boca (palato duro). língua com o véu palatino (palato mole).
4. Quanto ao papel das cavidades bucal e nasal, as consoantes podem ser orais ou
nasais.
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3. PROSÓDIA E ENTOAÇÃO
O estudo da fonação, como vimos na aula anterior, envolve muitos aspectos físicos
e articulatórios, mas não apenas isso. A produção da fala não pode ignorar fatores culturais
e ambientais do falante, e desse modo, envolvem-se nessa produção os tipos de fala, os
sotaques, os ritmos e os acentos do falante: esse é o objeto de observação da Prosódia,
área de estudo da Fonética que se dedica à conservação da pronúncia e das variações
melódicas da fala.
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O ditongo é o encontro de dois ( di-) sons vocálicos lado a lado, na mesma sílaba.
No entanto, um desses sons tem pronúncia mais fraca, e por isso é chamado de semivogal.
Observe que o segmento pode organizar-se do som mais forte para o som mais fraco
(vogal + semivogal) ou do som mais fraco para o som mais forte (semivogal + vogal). No
primeiro caso, denomina-se ditongo decrescente (devido à diminuição do tom na
fonação), e no segundo caso denomina-se ditongo crescente (devido ao aumento do tom
na fonação).
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diferentes (lembre-se de que só cabe uma vogal em cada sílaba, portanto, não podem ficar
na mesma sílaba. Esse segmento denomina-se hiato. Observe:
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O AFI atual organiza seus símbolos em três categorias: letras, diacríticos e marcas
de prosódia.
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Não existe um alfabeto fonético brasileiro, uma vez que o AFI padroniza os símbolos
para cada som produzido em qualquer idioma. Sendo assim, cada língua utiliza apenas os
símbolos dos sons que pertencem ao seu conjunto fonético.
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É possível usar os símbolos do AFI para transcrever os sons da fala sob diferentes
níveis de precisão:
Compare:
5. FONEMA
Nas aulas anteriores abordamos o som sob seus aspectos articulatórios, e demos
ênfase à perspectiva da fonética – o fone.
Essa perspectiva, no entanto, precisa ser ampliada à medida que percebemos que
o fone é o aspecto físico do som, mas que este carrega consigo o aspecto abstrato quando
participa da linguagem e compõe significado.
Esse fone com aspecto distintivo chama-se fonema. Ou seja: um fone (som) é
considerado fonema em caso de contraste que indique mudança de significado.
Um dos objetivos da análise fonêmica e estabelecer os sons que tem valor distintivo,
ou seja, servem para distinguir o significado das palavras
(SILVA, 1999)
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Os dois alfabetos – fonético e ortográfico – não têm correspondência exata, uma vez
que o primeiro está relacionado à fonação, e o segundo relaciona-se a regras gramaticais
e formação de palavras escritas.
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5.2. Alofones
No início dessa aula vimos que considera-se fonema o fone que é capaz de
diferenciar significado.
Agora, observe:
A representação dos alofones é feita entre colchetes por tratar-se de uma transcrição
restrita.
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Pares mínimos são palavras que podem causar dúvida na pronúncia mas de
significado diferente, distintas por apenas uma única diferença fonológica (ou um ponto de
articulação, ou um vozeamento, por exemplo).
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Antes de mais nada, é preciso frisar que trataremos aqui de fonemas vogais, e não
de letras. Ortograficamente há 5 letras vogais: a, e, i, o, u. Porém, foneticamente
percebemos 12 fonemas vogais.
Observe:
7
fonemas
7 orais +5 nasais = 12
5.6. Semivogais
O estudo dos segmentos vocálicos em português do Brasil revela que os sons vogais
[ i ] e [ u ] nem sempre são pronunciados como tônicos, e portanto não ocupam o papel de
centro de uma sílaba.
Essa pronúncia mais “fraca” acontece sempre que [ i ] e [u] acompanharem outro
som vogal tônico, formando um ditongo.
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Para a transcrição fonológica desses sons, usa-se [y] para o “i” fraco, e [w] para o
som de “u” fraco. Observe:
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As sílabas são o suporte da fala e são preenchidas por segmentos fonéticos. Cada
língua tem um modo especial de preencher as sílabas em função das suas
necessidades estruturais.
(CAGLIARI, 1981)
Algumas noções são essenciais para o estudo da sílaba e serão apresentadas nessa
aula. Primeiramente é preciso admitir que em português do Brasil a vogal desempenha
papel indispensável em uma sílaba (note que dissemos vogal, e não semivogal). Por sua
função essencial, dizemos que a vogal é elemento central e as consoantes e semivogais
são elementos periféricos.
Isso significa que a sílaba se organiza em torno de um fonema vogal. É esse fonema
vogal que sustenta outros fonemas chamados de periféricos: consoantes ou semivogais.
Portanto, não existe sílaba sem vogal e em cada sílaba só pode haver uma vogal. Uma
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conclusão correta, portanto, é: se quisermos saber quantas sílabas tem uma palavra, é
preciso saber quantos fonemas vogais compõem essa palavra.
Detalhe: Podemos nos referir ao núcleo + coda como RIMA. Nesse caso, o diagrama
seria:
Exemplificando:
coração
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CURIOSIDADE:
A palavra coda vem do latim coda, -ae. Pronuncia-se
É um substantivo feminino e pode significar:
1. [Antigo] Parte traseira. = CAUDA, RETAGUARDA
2. [Fonética] Parte final de uma sílaba, posterior ao núcleo.
O ONSET merece algumas observações que o classificam quanto aos fonemas que
o compõem.
"coda", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-
2013, https://dicionario.priberam.org/coda [consultado em 06-10-2019].
Esse elemento silábico pode classificar-se em simples ou complexo (ambos
opcionais).
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Importante frisar que essa aula refere-se à estrutura da sílaba segundo o sistema
fonológico do português.
Vejamos o quadro Cada língua
a seguir queestrutura
resume aasílaba de maneira
organização dos diferente,
fonemas edentro
há casos
das
em que
sílabas o português
em núcleo da sílaba pode não
(combinações ser umadentro
possíveis vogal. das sílabas). Considere ( V ) vogal e
(C ) consoante:
V É
O quadro ao
Estudos
lado considera os
apontam que a
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estudos de 35
sílaba C+V é a BLEVINS (2006),
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C+V Casa
V+C Arte
C+V+V Paulo
C+C+V+C brando
C+C+V Plano
C+V+C Turma
C+C+V+C+C transtorno
C+C+V+V+C claustro
C+V+V+C Coimbra
C+V+V+V Uruguai
Seguindo esse raciocínio, a escrita da palavra xale – que tanto na fala como na
escrita apresenta a mesma estrutura silábica (duas sílabas CV) – tenderia a ser mais fácil
do que a escrita de chave. Acrescenta-se, ainda, a necessidade de reflexão sobre a divisão
silábica indicando os diferentes critérios que são aplicados na escrita e na fala. Um caso
típico é o da regra que indica que, na escrita, ao final de uma linha, quando dividimos uma
palavra, os dígrafos ‘rr’ e ‘ss’ não ficam na mesma sílaba. Assim a palavra ‘carro’, por
exemplo, seria dividida como ‘car-ro’. Essa divisão, no entanto, não implica que, na fala, a
primeira sílaba seja CVC. Aqui, como em vários casos de convenções, tem-se um
procedimento ortográfico e não fonológico.”
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7. A FONÉTICA DO INGLÊS
Um dos aspectos mais difíceis de aprender inglês é a pronúncia, e não apenas para
aqueles que aprendem inglês como segunda língua. O inglês britânico tem 44 sons
diferentes e cerca de 1.100 maneiras diferentes de escrevê-los. Para um falante não nativo
que quer aprender inglês, pode ser um desafio real pronunciar os diferentes fonemas
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vozeado, enquanto que a abertura da glote faz com que haja pouco atrito nessa região e o
som produzido seja não-vozeado, ou seja, sem vibração das cordas vocais.
Existem vogais longas e vogais curtas. As longas, como o próprio nome assinala,
são aquelas com uma duração maior para a sua pronunciação, enquanto que as curtas são
pronunciadas rapidamente. Analisando as vogais que são encontradas em pares, é fácil
percebermos essa distinção. As vogais longas são representadas por dois pontos. Vejam
o exemplo: a./i:/ - seat (vogal longa) b./I/ - sit (vogal curta
/ə:/ Schwa. Este é um fonema muito comum em Inglês que é encontrado em muitas
palavras. É uma vogal reduzida, frequentemente encontrada na sílaba final de uma palavra.
Também pode ser encontrado em algumas palavras onde a única vogal é encontrada entre
duas consoantes.
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/ʌ/: Este fonema é uma vogal curta perto de “a”. Muitas vezes, em inglês, ele é
associado ao grafema “o” na frente das consoantes “w” ou “c” e depois de um “n”
/eɪ/
Este ditongo é geralmente associado aos seguintes grafemas: o “a” em cake, o “ai”
no brain, o “ay” em play, o “ei” em eight, o “ey” em they e o “ea” no break.
Exemplos: way (caminho) /wei/, to say (falar) /to sei/, main (principal)/mein/, lane
(faixa)/lein/, face (face)/feis/, day (dia)/dei/
/ai/
Exemplos: mild (suave) /maild/, night (noite) /nait/, fight (briga)/fait/, right (direito)/rait/,
high (alto) /haɪ/, mind (mente) /maind/
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Outros Exemplos:
price (preço) /praɪs/, to try (tentar) /to traɪ/, mine (meu) /maɪn/, eye (olho) /aɪ/
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A maioria dos alunos que apresenta dificuldade na escrita, não tem problemas em
entender ou falar palavras com sons trocados. Isto é, ao ouvirem, por exemplo, alguém falar
“pote”, não a confunde com “bote”, assim como, ao se expressarem oralmente, articulam
bem uma e outra palavra.
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Assim, pode-se propiciar ao aluno atividades que o auxiliem a realizar essa análise.
Ao fazer confronto com as diferentes formas de escrita (FACA e VACA, por exemplo) e ao
evidenciar as correspondências letras /som o aluno se dará conta de que, em nosso sistema
de escrita, existe uma única e definida letra para notar o som em questão.
Alguns linguistas propõem que só se trata duas classes de sons como fonemas
distintos se comutar essas classes entre si, gerando enunciados diferentes. Por exemplo:
a classe dos sons representados por /p/ é um fonema distinto de /b/ em português porque
pato e bato são palavras com sentidos diferentes. Embora tenham várias características
fonéticas em comum, /p/ e /b/ são fonemas distintos no português porque a diferença entre
eles é usada na estrutura do idioma para criar enunciados distintos.
Lidar com os fatos da língua como fatos da língua, realidades passíveis de serem
atestadas no convívio social, pode auxiliar o professor a encontrar essas formas de lidar
com as diferenças, de aproveitar os aspectos culturais em sala de aula. Tal aproveitamento,
por sua vez, além de proporcionar a valorização dos saberes do educando, também tende
a proporcionar novas discussões, a motivar o diálogo em sala de aula, a expandir a reflexão
sobre a linguagem a outros níveis, mediante a identificação de outros aspectos até então
não reconhecidos
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9. ATIVIDADES PRÁTICAS
Nessa aula, vamos propor algumas atividades para você refletir sobre seus
conhecimentos da disciplina e que poderão auxiliá-lo em sua prática docente.
Quando falamos em Fonética, voltamo-nos claramente para os sons. Assim, fica fácil
pensar em atividades a partir de áudios e vídeos. No entanto, o texto é capaz de trazer
essas particularidades, seja na transcrição literal, seja em uma reflexão como fez o ENEM
em 2010. Observe o texto da prova:
(ENEM-2010) Quando vou a São Paulo, ando na rua ou vou ao mercado, apuro o
ouvido; não espero só o sotaque geral dos nordestinos, onipresentes, mas para conferir a
pronúncia de cada um; os paulistas pensam que todo nordestino fala igual; contudo as
variações são mais numerosas que as notas de uma escala musical. Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí têm no falar de seus nativos muito mais variantes do
que se imagina. E a gente se goza uns dos outros, imita o vizinho, e todo mundo ri, porque
parece impossível que um praiano de beira-mar não chegue sequer perto de um sertanejo
de Quixeramobim. O pessoal do Cariri, então, até se orgulha do falar deles. Têm uns tês
doces, quase um the; já nós, ásperos sertanejos, fazemos um duro au ou eu de todos os
terminais em al ou el – carnavau, Raqueu… Já os paraibanos trocam o l pelo r. José
Américo só me chamava, afetuosamente, de Raquer. [Queiroz, R. O Estado de São Paulo.
9 maio 1998 (fragmento adaptado).]
Outra forma de se trabalhar essas diferenças é por meio do uso de tirinhas. Observe:
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Não é a mesma coisa que poesia sonora, algo que muitas vezes causa confusão nas
pessoas, no entanto as duas possuem diferenças que, se bem analisadas, irão mostrar que
as distinções são bastante válidas e de efeitos significativos
Na sua origem a poesia possui o fonetismo. A voz é usada, sendo que há muito
tempo as mesmas eram expressas oralmente, por declamação, sendo que alguns artistas
da época eram conhecidos por declamar poemas com extrema habilidade.
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Estes efeitos da sintaxe sobre a fonologia têm vindo a ser estudados, mas também
é possível a influência contrária e termos princípios fonológicos que restringem o número
de representações sintáticas.
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Processo que consiste em suprimir sons ou fonemas numa palavra (no início, no
meio ou no final da mesma).
Aférese – supressão de um fonema no início de uma palavra.
Ex.: attonitu > tonto
Síncope – supressão de um fonema no meio de uma palavra.
Ex.: malu > mau
Apócope – supressão de um fonema no final de uma palavra.
Ex.: amore > amor
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